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Com 34 anos estava prestes a tomar uma decisão que abalaria toda a minha
vida. A minha 2ª filha tinha um mês de vida quando decidi entregar a carta de
demissão, consciente que a minha companheira não tinha emprego e que o
salário de casa dependia exclusivamente de mim. Aquela voz interior era mais
forte que eu, e, mesmo tentando ignorá-la, não consegui. Avancei com medo
mas também acreditando que dentro de mim tinha tudo para vencer. Este
acreditar veio a revelar-se mais tarde insuficiente, pois desconhecia por
completo o tornado que se aproximava, e que, num espaço de 1 ano, pegou em
mim e me virou ao contrário, abanando-me na totalidade e obrigando-me a ver
aquilo de que era feito. Tinha começado a mudança, e o propósito pelo qual te
quero falar dela é para que te prepares muito melhor do que eu me preparei.
Foi também um momento revelador pois ganhei consciência que não tinha mudado de
forma autêntica e genuína. Descobri que muitas pessoas mudam, pensando que estão
autenticamente a mudar. Mas não. Estão a enganar-se. A si próprias e aos outros.
A mudança, a verdadeira, ocorre sempre de forma autêntica e descobri que é composta
por 4 fases. Revelar-tas faz parte da minha missão. Aplicá-las de forma autêntica faz parte
da tua.
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Quem sou eu?
Sou empreendedor, pai de 3 lindas meninas, casado com uma maravilhosa mulher,
autor de 5 livros: “Abre”, “Inspira-te”, “Reinventa a tua vida”, "Liberdade" e "Um sentido
maior para a vida", coach e palestrante.
Desde 2008, tornei-me especialista em ajudar pessoas a descobrirem o seu Propósito de
vida e a viverem daquilo que amam fazer.
Através dos princípios exatos da mudança que ensino e das mais de 100.000 pessoas que ajudei,
consegui reinventar a minha vida vezes sem conta, passando de empreendedor falido e solitário
a empreendedor abundante, unindo a espiritualidade à prática.
Quando não estou a inspirar pessoas através das minhas palestras e formações, sessões de
coaching, cursos online e retiros, viajo pelo mundo com a minha família, corro pelas montanhas
com os meus cães, escrevo, inovo e mergulho na natureza.
Inspiração, compromisso e ação é o que te desejo para os exercícios práticos que te vou passar
neste livro sobre como fazer a mudança.
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As duas grandes forças condutoras do comportamento humano são a dor e o prazer.
Maioritariamente as pessoas fogem primeiro à dor para depois obterem prazer. Não
todas. A maioria. Por exemplo, se alguém está insatisfeito no seu emprego e o mesmo
deixou de fazer sentido, embora saiba que precisa de se preencher de outra forma, a
pessoa prefere aguardar anos de dor e que a despeçam com uma indeminização do que
dar o passo para procurar o prazer de se preencher a fazer algo que a apaixone.
Se alguém está insatisfeito num relacionamento amoroso e percebeu que o amor e a
paixão foram desaparecendo dando lugar ao vazio, a mesma prefere manter-se nesse
relacionamento, pois entre ter pouco ou não ter nada prefere o pouco, do que partir
rumo ao amor e paixão que merece e verdadeiramente a preenche.
Se alguém está insatisfeito com o seu corpo, precisa de perder peso e mudar a sua
alimentação ou tomou consciência que precisa de deixar de fumar, mais facilmente
aguardará que um acontecimento mais dramático aconteça para que faça as
mudanças em direção à libertação e ao prazer que ambiciona.
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Quando a mudança é precipitada, significa
que algo inesperado entrou nas nossas vidas - um
despedimento, uma falência financeira, a morte
de um ente querido, uma doença ou acidente
grave, uma traição num relacionamento.
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Passo para ação
A mudança que vives neste momento na tua vida tem
como base a fuga à dor ou a busca por prazer?
Se a mudança foi precipitada na tua vida, sentes-te insatisfeito porque te falta algo. Se
precipitaste a mudança na tua vida, sentes-te insatisfeito porque queres algo que te
falta. Falta algo dentro de ti e essa falta gera insatisfação. A fase 1 da mudança.
Quando nos sentimos insatisfeitos porque algo nos falta, o caminho mais fácil e que
normalmente acontece é queixarmo-nos e culparmos os outros, culparmos alguns
eventos que aconteceram ou culparmo-nos.
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O que nos falta então?
Baseado nas mudanças de milhares de pessoas com quem me cruzei,
identifiquei as 5 “faltas” que impulsionam a mudança:
... e culpamos os nossos filhos porque não temos tempo de cuidar de nós. Culpamos o nosso cônjuge
porque precisamos de tempo para estarmos sós, culpamos o nosso chefe porque não temos tempo
de fazer tudo e cumprir os objetivos, culpamos os nossos pais porque eles nos absorvem muito
tempo das nossas vidas, culpamos o trabalho porque nos retira tempo de qualidade à nossa vida. Por
fim achamo-nos culpados por não termos tempo e não conseguirmos fazer nada relativamente a
isso.
... e culpamos os outros que têm uma casa melhor que a nossa, um carro melhor que o nosso, têm
dinheiro para gastar em compras, para jantar fora e para irem a espetáculos. Culpamos a crise pela
perda de empregos, por falências de negócios, pela separação de casais e famílias por força da
emigração. Culpamo-nos por não termos dinheiro para nós e para ajudar as pessoas que mais
amamos.
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... e culpamos a pessoa que amamos por não nos dizer o número suficiente de vezes o quanto nos
ama, culpamos os nossos pais por nunca nos terem dito "Amo-te tanto", culpabilizamos os nossos
filhos por não quererem saber de nós parecendo que deixaram de nos amar. Culpamos o casamento
que esteve na origem do amor que nunca sentimos, culpamos o divórcio que nunca queríamos que
tivesse acontecido, culpamos a morte porque nos retirou pessoas que amamos das nossas vidas,
culpamos a vida porque não encontramos alguém que nos ame. Culpamo-nos porque temos um
baixo nível de amor próprio.
... e culpamos os alimentos por terem um alto nível de toxinas, culpamos a comunicação social por não
nos informar devidamente o que comer. Culpamos o trabalho porque nos tira a saúde e anos de vida,
culpamos a doença porque nos colocou entre a espada e a parede, culpamos o acidente por nos ter
colocado naquele sofrimento. Culpamo-nos por não termos tomado a decisão certa no passado que
mudaria ao dia de hoje o nosso estado de saúde e bem-estar.
... e propósito para aquilo que fazemos e culpamos os pais porque nunca nos deixaram seguir o nosso
caminho, culpamos o chefe porque não nos deixa ser quem somos, por não se preocupar connosco e
não criar as estratégias necessárias para ligar as pessoas dentro da empresa.
Culpamos a sociedade por quem somos, pelo vazio em que vivemos, pelos desgostos que temos.
Culpamos a educação que tivemos por nos ter criado bloqueios e por nos ter afastado da nossa
essência. Culpamo-nos por andarmos à deriva sem rumo e não sabermos o que fazer.
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Passo para ação
O que te falta?
Imagina agora que a vida é uma enorme casa com infinitas portas. Se abrirmos a porta
que nos conduz à cave, o caminho torna-se mais fácil pois apenas temos de descer as
escadas e cansamo-nos menos. Quando lá chegamos percebemos que precisamos de ligar
o interruptor da luz para conseguirmos ver, pois não existem janelas. Inicialmente ficamos
satisfeitos pois conseguimos ver, mas o que vemos é limitado porque está confinado a 4
paredes e a luz é artificial. Passadas algumas horas a nossa vista começa a ficar cansada,
passados alguns dias começamos a lamentar-nos por estarmos ali em baixo, passados
alguns meses habituamo-nos a estar lá. Ficamos lá pois subir as escadas e começar a
procurar uma nova porta dá muito mais trabalho. Afinal, até existem mais pessoas nesta
situação e podemos conversar sobre os problemas uns dos outros.
Como as pessoas que lá estão em baixo estão insatisfeitas como tu e estão
todos confinados a 4 paredes, a única realidade que conhecem é aquela. Pensam da
mesma forma. Sentem-se da mesma forma. Falam da mesma forma. Falam do que
lhes falta. Falam de como gostariam de ver a luz do dia. Falam do azar que tiveram.
Falam da sorte que os outros têm. Falam daquilo que acreditam ser a sua realidade.
Lamentam-se. Atraem a atenção dos outros sobre si. Criam a sua prisão.
ESTE É O PAPEL DE VÍTIMA.
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Imagina agora que abrimos a porta que nos conduz ao 1° andar. O caminho torna-se
mais intenso, pois começamos logo a subir, e subir dá trabalho. Dá trabalho porque
precisamos de força para subir, coragem para continuar e confiança porque quanto
maior a subida, maior a queda. Temos medo. Sim, temos medo mas avançamos.
Avançamos porque lá em cima conseguimos abrir outras portas, onde podemos ver e
sentir a luz natural do sol, podemos ver o campo colorido que rodeia a casa, podemos ver
para lá do bairro onde vivemos. Não estamos confinados a 4 paredes. Temos uma vista
soberba. Cá de cima vemos tudo o que nos rodeia. Ganhamos perspetiva. Perspetiva
sobre a vida. Cá em cima encontramos pessoas que falam sobre como a superação
transforma as nossas vidas. Sobre como a gratidão vem preencher um espaço vazio que
existia dentro de nós. Sobre quantas vezes precisamos de nos levantar depois de cairmos.
Sobre como é importante encontrarmos um propósito maior para aquilo que fazemos.
Estas pessoas assumem a responsabilidade das suas escolhas. Criam a sua liberdade.
ESTE É O PAPEL DE LÍDER.
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Passo para ação
O que perdes ao assumires o papel de vítima (Saúde,
dinheiro, amor, etc)
Escreve agora, por favor.
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O preço a pagar
Assumires a responsabilidade das
tuas escolhas implica pagares um
preço.
Pensarmos que não temos escolhas,
faz-nos escolher o papel de vítima.
Assumirmos o risco das nossas
escolhas, faz-nos escolher o papel de
líder.
Numa das minhas sessões de coaching, uma cliente minha decidiu partilhar comigo o
objetivo de realizar um sonho antigo - o sonho de construir um infantário.
Perguntei-lhe qual o preço que ela estava disposta a pagar por querer realizar esse
sonho. Perguntei-lhe se ela estava disposta a pagar o preço de tornar-se empresária,
lidando mensalmente com as consequências nas várias áreas da sua vida nos 2 anos
seguintes. Perguntei-lhe se ela estava disposta a pagar o preço de lidar mensalmente
com os salários dos funcionários até contratar um gestor que o fizesse por ela, se
estava disposta a levantar-se mais cedo que todos lá em casa e deitar-se mais tarde
que todos lá casa, se estava disposta a levar e buscar os seus filhos à escola duas vezes
por semana em vez das habituais cinco vezes, se estava disposta a trabalhar dois fins-
de-semana por mês e a folgar uma vez de quinze em quinze dias, se estava disposta a
jantar menos vezes fora de casa por mês, a modificar as férias por interferências na
empresa e a ausentar-se de casa por alguns períodos para investir na sua formação
em alguns locais no estrangeiro, se estava disposta a recorrer à banca caso o plano de
retorno financeiro não resultasse inicialmente e se estava disposta a ter menos
momentos de lazer com o seu marido e família.
Tinha escolhido não avançar para o projeto de construir o infantário porque tornou-se
claro para ela que não estava disposta a pagar o preço de tornar-se empresária. Não
queria lidar com aquela pressão naquele momento da sua vida nem sujeitar a família às
consequências do seu projeto. De seguida concentrámo-nos em outro sonho dela.
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Qual o preço a pagar por investires tempo,
dinheiro, energia e amor naquilo que queres?
Qual o preço a pagar por ires atrás do que queres e arriscares falar
verdadeiramente o que sentes com a pessoa que gostas no teu relacionamento
ou o preço a pagar por quereres entrar num novo relacionamento, ou o preço a
pagar por ficares como estás?
Qual o preço a pagar por ires atrás do que queres e arriscares, investindo o teu
dinheiro ou o preço a pagar por ficares como estás?
Qual o preço a pagar por ires atrás do teu sonho e descobrires um novo grupo
de pessoas e amigos que te inspirem, um novo grupo de influência ou o preço a
pagar por ficares como estás?
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Passo para ação
Identifica o que não queres mais:
No teu relacionamento.
Escreve agora, por favor.
Na tua saúde.
Escreve agora, por favor.
Na tua família.
Escreve agora, por favor.
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A mudança pressupõe novidade, risco, diversidade e é cíclica. Ela vai com toda a certeza
acontecer. Percebes agora que a coisa mais importante quando tens de fazer qualquer
mudança consiste em escolheres o significado que atribuis à insatisfação que decidiu
bater à porta - podes deixar-te abater pela insatisfação ou utilizares a insatisfação para
te impulsionar a avançar na tua vida.
A vida é um jogo diário que acredito valer a pena jogar de forma inspiradora. A mudança
joga a teu favor. Aprende a jogar com ela.
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FASE 2
•Vais compreender a grande ilusão do ser
humano quando decide mudar.
•Vais perceber porque existem obstáculos no
teu caminho.
•Vais escolher conscientemente abdicar ou
avançar na tua mudança.
FASE 3
•Vais descobrir qual a grande ratoeira da
mudança.
•Vais conhecer o acelerador da clareza no
processo de mudança.
•Vais selecionar as pessoas de quem te
queres afastar e aproximar no processo de
mudança.
FASE 4
•Vais obter consciência do ganho principal
que influencia todo e qualquer processo de
mudança.
•Vais saber o que fazer para obteres uma
mudança com realização, preenchimento e
felicidade.
•Vais celebrar a mudança que começa já a
ocorrer conscientemente dentro de ti.
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