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AULA 2

A lagarta em processo
Na aula de hoje eu quero que você entenda que amar o outro é importante, mas amar a si
mesma é muito mais essencial.

Você já se perguntou o seguinte: eu permito que o meu parceiro me ame ou eu vivo


sabotando isso?

A mudança precisa ser em três níveis: energética, emocional e comportamental.

Você precisa sair do mundo da Alice, o mundo da fantasia. Se a pessoa não quer mudar,
você precisa mudar, porque ninguém muda uma pessoa que não quer ser mudada. Se você
não estiver com uma pessoa que está realmente comprometida, esse relacionamento não
vai pra frente.

Do mesmo modo, você precisa investir em si mesma, se valorizar, investir no seu


autoconhecimento para parar de se autossabotar.

As coisas não mudam se eu não mudo a minha programação.

O SEU CIÚME FALA MAIS SOBRE VOCÊ DO QUE SOBRE O OUTRO

A sua vida não é a outra pessoa. Quando você começa a acreditar que não é ninguém sem
a outra pessoa, você começa a entrar em um processo de dependência emocional.

Você precisa entender o que está por trás do seu sintoma, porque ciúme e insegurança são
sintomas, a doença é a dependência emocional, é isso que está por trás do seu ciúme.

A primeira coisa que vamos desmistificar nessa aula de hoje é que a sua insegurança
e o seu ciúme falam muito mais sobre você do que sobre o outro.
Então, pare de ficar nesse lugar, reforçando a ideia de que a culpa é do outro.

Não é o outro é você!

Se você está se permitindo viver um relacionamento com essa pessoa, nessa dinâmica, a
responsabilidade é sua! A pergunta é: por que você insiste em se relacionar com pessoas
que fazem você se sentir desvalorizada?

Eu precisei chegar a um lugar onde o ciúme começou a me fazer mal. Eu comecei a me ver
adoentada, gastando toda a minha energia vital tentando vigiar cada passo do Marcelo para
ele não me enganar.

Eu precisei chegar nesse ponto onde eu quis melhorar, eu quis mudar!

Se você está esperando o seu parceiro mudar, você vai se frustrar, você vai ver o seu
relacionamento cair por terra para entender que as pessoas não mudam. Sabe o que é
possível? A sua mudança! E eu estou falando isso porque eu já estive nesse lugar.

Quando você muda o seu jeito de se comunicar, o seu parceiro também muda. Ou ele muda
pra melhorar a relação, ou você eleva o seu nível de consciência e esse relacionamento já
não é o suficiente pra você.

A mentalidade é a seguinte: ou muda ou me perde.

ENCARANDO A SUA HISTÓRIA

Agora eu quero que você olhe para a sua história e busque quando e com quem você
aprendeu que esse é o modelo de relacionamento. Quando você aceitou que esse pouco
era o bastante e que isso era normal.
Eu passei tantos anos alimentando essas minhas feridas emocionais que eu não tinha
tempo de olhar pra mim mesma. Quando eu percebi eu estava reproduzindo um modelo de
relacionamento que eu mais detestava: o modelo de relacionamento dos meus pais.

A minha mãe vivia correndo atrás do meu pai, ela o colocava em primeiro lugar na vida
dela, acima de tudo. Eu só consegui mudar de verdade quando percebi que eu estava me
tornando a minha mãe. Eu estava me tornando aquela mulher que só se sentia feliz quando
colocava o homem no centro da vida dela.

A ficha só caiu quando eu percebi que eu estava me tornando essa mulher. Quando eu
comecei a tomar consciência disso, percebi que eu tinha uma ferida de traição.

Eu cresci dentro desse modelo de relacionamento, então, na minha adolescência, quando


eu comecei a me relacionar, eu levei essas referências e comecei a reproduzir esses
modelos de relacionamento.

Eu tomei a dor da minha mãe, eu nunca havia sido traída, mas eu carregava e projetava
essa ferida nos meus relacionamentos.

No meu caso, eu só fui me dar conta disso com 26 anos, ou seja, eu passei 26 anos da
minha vida completamente cega, fazendo escolhas erradas e chamando isso de destino.
Dentro de mim, eu vibrava nessa frequência e vivia falando o tempo inteiro que eu não
podia ser traída. E de tanto que eu falava isso, eu só me conectava com isso.

Por isso, antes de querer mudar a outra pessoa, você precisa entender qual é a frequência
na qual você está vibrando.

A forma como você reage é muito mais importante do que o que o outro está fazendo.
Você precisa cuidar da sua ferida ao invés de ficar alimentando-a. Mas, eu sei que você
prefere gastar horas do seu dia alimentando a sua ferida do que olhar pra você e entender
por que você reage dessa maneira.

O problema não está no seu parceiro, está nos lugares onde você se coloca.

Que vida é essa onde você vive inferiorizada? ​Por quanto tempo mais você vai continuar
olhando pro problema em vez de procurar uma solução?

Pare de dar importância para os gatilhos que vem do lado de fora. Sempre vai haver
gatilhos. O mundo não vai parar de girar porque você está sofrendo, porque você tem um
trauma ou porque você foi traída. O mundo não vai parar pra você se recuperar e ficar bem.

É você que precisa entender que tudo o que você tem aí dentro precisa ser ressignificado.

Se você, por exemplo, viu seus pais se separando, toda vez que você sentir que seu
parceiro vai te abandonar, vai acordar essa ferida emocional dentro de você. Então, hoje
você é esse adulto que, diante da sensação de perda, fica cego.

Eu te pergunto: é o seu parceiro que está causando isso? Não, essa ferida já está há muito
tempo dentro de você. O problema não está no outro, essa pessoa está sendo uma luz para
você enxergar o seu problema.

QUAL É O SEU LIMITE?

Por muito tempo eu não me apropriei da felicidade. Eu queria um reconhecimento, mas não
tinha força de vontade. Eu era uma pessoa medíocre. Eu precisei passar por tudo o que eu
passei para estar aqui.

Eu transformei aquela merda na minha maior força.


Eu me lembro de um dia em que eu cheguei ao meu limite, eu acordei e vi que a minha vida
estava tão sem sentido, porque a minha vida era cuidar e vigiar a vida do Marcelo. Nesse
dia, eu sentei no chão da minha cozinha e chorei deitada quase o dia inteiro. Eu queria
mudar, mas eu não sabia por onde começar.

Há alguns anos eu estava nesse lugar em que você está, acreditando que o problema da
minha vida era o meu ciúme. Por isso, eu sei que o mais importante é você se amar, se
colocar como prioridade e entender que esse caminho em que você está te destrói.

Eu parei a minha vida para ser, exclusivamente, namorada do Marcelo e eu queria que ele
vivesse assim também. Eu era tão carente e dependente emocional que eu não dava
espaço pra ele. Não tinha como eu receber uma ligação, porque eu já tinha ligado 10 vezes,
não tinha como a pessoa sentir saudade, porque eu estava disponível 24h por dia. E isso
era um sintoma da minha ferida de abandono.

Quanto mais eu dou, mais o outro se acomoda, porque eu não dou espaço pro outro. E,
quando você percebe, você já está na reserva, porque deu mais do que tinha, deu tudo de
si e aí começam as cobranças.

Quando eu mudei a minha percepção sobre mim mesma e preenchi as minhas lacunas, eu
não precisei mais disso. A minha ferida de abandono me conduziu por tantos anos que eu
pensei que eu era algo que eu não sou.

VOCÊ ESTÁ COMPROMETIDA(O) COM A SUA MUDANÇA?

O que você pode fazer por si mesma hoje? O que você se compromete a sair dessa live
fazendo por si mesma? Qual é a ferida emocional que está na sua vida disfarçada de
ciúme, de insegurança e de controle.

Exercício: quero que você faça uma lista dos seus medos, das suas inseguranças,
para identificar suas feridas emocionais.
É importante você reconhecer como essa ferida está influenciando a forma como você
interpreta a vida.

#eumeresponsabilizo

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