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Como Encontrar O Amor-Próprio

O amor-próprio guia suas decisões

É o que você pensa sobre si mesmo, o que acredita que


merece, que o leva a escolher um relacionamento,
procurar um novo trabalho, cuidar da saúde e se permitir
experiências.

Então, veja: às vezes fugimos de palavras como amor-


próprio, autoestima e autoconhecimento.

Elas podem soar meio abstratas, sem utilidade prática.

Mas a verdade é que, se você parar para pensar, vai ser


obrigado a admitir.
Esses assuntos não têm nada de místicos.

A forma como você se comunica com os outros, por


exemplo, é totalmente influenciada pelo seu amor-
próprio.

Todo “sim” e “não” que você diz num dia.


O modo como você enfrenta problemas.
E até a quantidade de água que você bebe.
No fim, tudo depende do seu amor-próprio.

Basta trocar “amor-próprio” por “instinto de


sobrevivência” para ter uma ideia melhor.
Porque, se você gosta da própria existência, quer vivê-la
da melhor forma possível.

Busca coisas que te fazem bem.


Quer se preservar, ter uma vida longa.
Ser bem-sucedido.
E feliz.

Agora, se você não está muito satisfeito com quem é,


automaticamente dará menos valor a tudo.

Terá menos prazer.


Tomará decisões ruins.

Deixará que os outros — e você mesmo — te tratem


mal.

Por isso, amor-próprio não deveria ser uma coisa que


você deixa para depois.

Ou esperar que venha como consequência de


conquistas.
O amor-próprio determina onde você está agora!

Com quem está, o cargo que ocupa, as vontades que


tem para o futuro.

Quer saber?

O amor-próprio determina até sua produtividade

Então, que tal “discutir a relação” que você vem tendo


consigo mesmo?

Por onde começar?

Experimente se fazer — e responder, com


maior sinceridade possível — as seguintes
perguntas:

O que gosto em mim, exatamente do jeito que é?


(Vale tudo, de aparência à personalidade).

Em que sou bom?

Qual foi a última vez em que me senti bonito,


competente, digno de um elogio?

O que faço em meu dia a dia que mostra que tenho


amor-próprio?

E o que faço que acaba prejudicando meu bem-estar


(físico e mental)?

Qual é minha maior necessidade no momento?


Eu me perdoo pelos erros do passado?

Com que frequência eu peço desculpas?

Quais são as crenças e regras que me imponho?

De quais poderia me livrar para me sentir em paz


comigo mesmo?

Eu condiciono meu amor-próprio ao que outras pessoas


pensam de mim?

Sei quais são os meus limites?

Eu os respeito?
Pelo que sou grato hoje?

O que me impede de me amar mais?

De me cuidar melhor?

De me sentir merecedor de reconhecimento e novas


oportunidades?

O que as pessoas admiram em mim?

Estou apegado a algo ou alguém que me faz mal?

Por que não me afasto?

Por que me sinto preso?


Qual meu maior orgulho?

Quem estou me tornando?

Princípios do amor-próprio

Complementando a ideia do
autoquestionamento, há uma lista de princípios
orientadores do amor-próprio, compartilhados
por Shannon Kaiser em seu livro The Self-Love
Experiment (O experimento do amor-próprio,
sem tradução em português).

No livro, Shannon fala sobre sua própria experiência na consolidação do

amor-próprio. Ela explica que, apesar de estar comprometida com esse


objetivo, isso não significa que seu plano segue em “linha reta”. Há dias

difíceis, tropeços e desvios do caminho planejado.

Porém, a autora destaca, é precisamente nesses momentos em que

precisamos permanecer “ao nosso próprio lado”.

Ou seja, “mesmo quando você está


desmoronando, chorando, triste ou se
sentindo solitário e consumido pela
preocupação e ódio por si mesmo, você
permanece ao seu lado. Você não se
abandona. Abandonar-se significa desistir.
Jogar a toalha, dizendo que tudo é muito
difícil e sacrificando seus verdadeiros
desejos, se contentando com um modo de
vida que não o eleva ou não te serve. Em
vez de se contentar com uma vida que não
parece boa, fique ao seu lado; torne-se seu
amigo.”*

As palavras de Shannon Kaiser, que citamos acima, provavelmente serão

úteis para você. Lembre-se delas, quando as coisas não saírem exatamente

como gostaria. Porque, eventualmente, você pode não se sentir tão

satisfeito consigo mesmo quanto gostaria.

É natural que isso aconteça — pois somos


humanos, erramos e vivenciamos emoções
complexas. Mas também pode se tornar natural
manter o amor-próprio como um aliado. Um aliado
que não permite que sentimentos de culpa e
vergonha definam nosso comportamento.

Então, como melhorar o relacionamento consigo


mesmo?
Como fazer do amor-próprio uma força que
colabora, ativamente, para o autodesenvolvimento
e conquista de maior bem-estar?

Certamente, não há um roteiro que possa garantir


tal resultado. Porém, a experiência de outras
pessoas sempre pode nos sugerir ideias que, por
sua vez, nós adaptamos para nossa própria
realidade.

Sendo assim, imagino que você vai gostar de


conhecer os princípios do amor-próprio, segundo a
interpretação de Shannon Kaiser. Abaixo, eles
estão listados de forma resumida:
“1. Aceite onde você está.
É apenas um ponto em sua jornada e tudo nele oferece
a possibilidade de crescimento ainda maior.

2. Seja quem você precisava ser quando era mais jovem.

3. Pensar que você não tem escolha é uma escolha.

4. Para conseguir o que você quer, você precisa abrir


mão do que não quer.

5. Esforce-se todos os dias para ser uma versão melhor


de você.

6. Como você se sente é mais importante do que sua


aparência.

7. As coisas não acontecem com você, elas acontecem


para você.

8. Quando você nutrir o interior, o exterior florescerá.

9. Quanto mais você mostrar, mais sua vida fluirá.

10. Você obtém aquilo em que se concentra.

11. Seus sonhos são a arquitetura invisível de sua vida.


Confie neles. Honre-os.

12. Seu relacionamento consigo mesmo dá o tom para


tudo em sua vida.

13. Quando você se cura, você ajuda a curar o mundo.

14. Você é um presente. Lembre-se de como você é


sortudo por estar vivo.
15. O amor-próprio não tem a ver com sua aparência ou
com o que você faz; é sobre como você vive.”*

Lembre-se, não se tratam de ”verdades absolutas”. Esses


são os entendimentos que a autora, Shannon Kaiser,
percebeu que faziam sentido e funcionavam para ela. E,
ao dissertar sobre eles em seu livro, acreditou que — ao
menos alguns dos 15 princípios — fariam sentido e
ajudariam outras pessoas.

Próximo passo?
Mudar o rumo do diálogo interno!

A base de qualquer relacionamento


saudável é a comunicação.

E isso também vale para o relacionamento que você


tem consigo mesmo.

Sim, você conversa consigo próprio.

O tempo todo.

Mesmo que não esteja plenamente consciente


do que “a voz na sua cabeça” esteja dizendo.

Seus pensamentos, suas ideias, suas


crenças… Tudo o que compõe seu diálogo
interno tem extrema influência sobre suas
atitudes diárias.

A boa notícia é que você pode escolher o


que diz a si mesmo.
Há uma técnica da terapia cognitivo
comportamental que você pode usar para
criar uma conversa mais produtiva:

Prática de afirmações positivas.


Você não precisa acreditar que elas
funcionam.

Apenas faça o teste.

Abaixo, indicamos 10 afirmações positivas


para despertar seu amor-próprio:
Hoje, sou minha prioridade.
Sou eu quem crio minha realidade.
Estou me tornando a pessoa que desejo
ser.
Algo maravilhoso está prestes a acontecer.
Cuido do meu corpo porque mereço boa
saúde.
Confio em meu talento.
Eu atraio coisas boas.
Estou em paz com meu passado.
Se alguém pode fazer, sou capaz de fazer.
Mudo meu pensamento e minha vida me
dá novas respostas.
Leia, releia. Repita em voz alta. Memorize
para lembrar em diferentes momentos do
dia. Imprima este texto para colocar na
porta da geladeira…

Enfim, faça o uso que achar melhor.

Tente repetir essas frases diariamente por,


pelo menos, 30 dias.

Trabalhe nelas até que se tornem sua


realidade.

Sua autoconfiança, autoestima e amor-


próprio vão se encarregar de mostrar os
resultados.

Depois, se puder, volte aqui no texto para


contar sua experiência!

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