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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz Impacto dos tributos no fluxo de caixa

Disciplina: Gestão de Tributos

Aluno: Dayane Narciso Barros Turma: 01

Tarefa: Atividade Individual

INTRODUÇÃO

No atual cenário empresarial, a escolha do regime tributário adequado tornou-se uma das decisões
mais críticas para as empresas, especialmente para startups e empreendimentos em crescimento.
Nesse contexto, a gestão financeira eficaz, aliada à otimização da carga tributária, desempenha um
papel crucial na sustentabilidade e no sucesso dos negócios.

Para startups que desenvolvem softwares de gestão financeira, como no caso da nossa empresa,
a escolha do regime tributário certo pode fazer toda a diferença. Com base nas projeções
orçamentárias e nas características específicas do negócio, é essencial avaliar os diferentes
regimes tributários disponíveis, como o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real.

Este trabalho se propõe a analisar minuciosamente cada um desses regimes tributários,


considerando as particularidades da nossa startup. Através de cálculos precisos e análises
detalhadas, buscaremos identificar qual regime oferece a melhor relação custo-benefício, levando
em conta não apenas a carga tributária, mas também os benefícios fiscais e as possíveis
limitações impostas por cada regime.

Ao compreender as nuances de cada regime tributário e suas implicações sobre o fluxo de caixa e
a rentabilidade da empresa, estaremos aptos a tomar uma decisão estratégica e fundamentada,
visando maximizar os recursos disponíveis e impulsionar o crescimento sustentável da nossa
startup no mercado competitivo de hoje.

Regime cumulativo e não-cumulativo do PIS e da COFINS

Regime Cumulativo:

No regime cumulativo, as contribuições incidem sobre o faturamento das empresas. As alíquotas


são aplicadas sobre o total das receitas auferidas, sem deduções em relação aos custos e
despesas. No caso do PIS, a alíquota é de 0,65%, enquanto para a COFINS é de 3%, com
variações para determinados setores como o de combustíveis, petróleo e gás. Este regime é
aplicado para empresas tributadas com base no lucro presumido, para fins de Imposto de Renda
da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), bem como as
empresas elencadas no art. 10º da Lei n° 10.833/2003, para fins de PIS e COFINS. No regime
cumulativo, não há previsão de créditos tributários em relação aos gastos da empresa, o que pode
resultar em um aumento do custo do produto final ao longo da cadeia produtiva.

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Regime Não Cumulativo:

No regime não cumulativo, as contribuições também incidem sobre o faturamento total da empresa,
porém, permite-se o desconto de créditos em operações anteriores da cadeia produtiva. Para o
PIS, a alíquota é de 1,65%, enquanto para a COFINS é de 7,6%. Essas alíquotas são aplicadas
sobre a base de cálculo, considerando as receitas auferidas, porém, são compensadas pelos
créditos tributários decorrentes dos gastos relacionados à atividade principal da empresa. Este
regime é aplicado para empresas tributadas com base no lucro real, para fins de IRPJ e CSLL, em
relação às contribuições para o PIS e a COFINS. Apesar das alíquotas nominais serem maiores no
regime não cumulativo, a possibilidade de créditos tributários pode resultar em economia tributária,
especialmente para empresas que adotam a tributação pelo lucro real. A escolha entre os regimes
cumulativo e não cumulativo depende da estrutura da cadeia produtiva da empresa e da sua
sistemática de tributação. A compreensão desses regimes e a análise criteriosa dos seus impactos
são essenciais para o planejamento tributário e a tomada de decisão dentro da empresa.

FLUXO DE CAIXA

Simples nacional

Aliquota efetiva: 16,81%


Valor devido do simples 504.300,00

Receita/faturamento 3.000.000,00
Tributos do Simples Nacional (504.300,00)
= Receita líquida 2.495.700,00
Custos operacionais (1.650.000,00)
= Resultado bruto 845.700,00
Respesas operacionais (600.000,00)
Respesas financeiras (80.000,00)
= Fluxo de caixa líquido 165.700,00

Presumido
(+) Receitas/faturamento 3.000.000,00
(-) Tributos sobre faturamento (169.500,00)
(-) ISS 2%: (60.000,00)
(-) PIS e Cofins (Cumulativo): 3,65% (109.500,00)
(=) Receita líquida 2.830.500,00
(-) Custos operacionais (1.650.000,00)
(=) Resultado bruto 1.180.500,00
(-) Despesas operacionais (600.000,00)

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(-) Despesas financeiras (80.000,00)
(=) Resultado antes do IRPJ/CSLL 500.500,00
(-) Tributos sobre resultado (302.400,00)
(-) IRPJ: 15% x 288.000,00 (144.000,00)
(-) Adicional do IRPJ: 10% x 228.000,00 (72.000,00)
(-) CSLL: 9% x 288.000,00 (86.400,00)
(=) Fluxo de caixa líquido 198.100,00

Real
(+) Receitas/faturamento 3.000.000,00
(-) Tributos sobre faturamento (337.500,00)
(-) ISS: 2% (60.000,00)
(-) PIS e Cofins (Não cumulativo): 9,25% (277.500,00)
(=) receita líquida 2.662.500,00
(-) Custos operacionais (1.650.000,00)
(+) Crédito de pis e cofins 152.625,00
(=) Resultado bruto 1.165.125,00
(-) Despesas operacionais (600.000,00)
(-) Despesas financeiras (80.000,00)
(=) Resultado antes do IRPJ/CSLL 485.125,00
(-) Tributos sobre resultado (140.942,50)
(-) IRPJ: 15% (72.768,75)
(-) Adicional do IRPJ: 10% (24.512,50)
(-) CSLL: 9% x 288.000,00 (43.661,25)
(=) Fluxo de caixa líquido 344.182,50

CONCLUSÃO

Diante das análises dos três regimes tributários - Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real
- torna-se evidente a importância de uma escolha estratégica e bem fundamentada para a
empresa.

No Simples Nacional, embora apresente uma tributação simplificada, revelou-se menos vantajoso
em termos de fluxo de caixa líquido. Após o cálculo, o fluxo de caixa líquido foi de R$ 165.700,00.

Já no Lucro Presumido, o fluxo de caixa líquido foi calculado em R$ 198.100,00. Embora tenha

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apresentado uma melhoria em relação ao Simples Nacional, ainda não atingiu o potencial máximo
de benefícios fiscais disponíveis.

Ao considerar o Lucro Real, observamos que o fluxo de caixa líquido foi calculado em R$
344.182,50. Além disso, é importante mencionar que este valor inclui o crédito de PIS e COFINS
no montante de R$ 152.625,00. Esses créditos foram fundamentais para maximizar o fluxo de
caixa líquido da empresa.

Se faz necessário mencionar que parte da estratégia sobre a escolha pelo lucro real, se deu pelo
alto valor que foi aproveitado de PIS/Cofins sobre os custos que são possíveis nesse regime de
tributação, caso contrário os valores do regime real e presumido, estariam próximos em fluxos de
caixa.

Em suma, a escolha do regime tributário adequado é crucial para o sucesso e crescimento da


nossa startup. A adoção do Lucro Real representa a decisão mais estratégica e vantajosa, alinhada
com os objetivos de longo prazo da empresa e seu compromisso com a excelência financeira e
operacional.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

ALENCAR, Michael. Gestão de Tributos. Rio de Janeiro: FGV, 2023.

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