Psicoterapia interpessoal para

depressão (TIP)
Sobre a TIP:

É um tratamento de duração limitada, originalmente desenvolvido para tratar

pacientes com depressão maior

Trata de eventos, dificuldades interpessoais e sintomas recentes

foca em ajudar os pacientes a desenvolverem estratégias para lidar com

problemas interpessoais atuais associados ao início dos sintomas

surgiu na década de 70

A pesquisa posterior à Segunda Guerra Mundial sobre os eventos da vida

psicossocial e o desenvolvimento de transtornos mentais havia mostrado
relações entre depressão e luto complicado (a morte de uma pessoa
significativa), disputas de papel (ou seja, maus relacionamentos), transições
de papel (p. ex., perder ou conseguir um emprego, ou qualquer outra
mudança de vida significativa) e déficits interpessoais (isolamento social).

A TIP também foi construída com base na teoria interpessoal de Adolph

Meyer (1957) e Harry Stack Sullivan (1953), bem como na teoria do apego
de John Bowlby (1973).

Bowlby (1973) postulou que o rompimento de vínculos seguros pode

contribuir para o início da depressão e que os transtornos psiquiátricos
resultam das dificuldades de formar e manter vínculos seguros. De fato, os
apoios sociais protegem contra a depressão. Na psiquiatria, a ideia de que a
doença mental era influenciada por eventos atuais, e não (apenas)
decorrente de experiências do início da infância,

Modelo de depressão da TIP

Psicoeducação: depressão como um problema médico e de etiologia

multideterminada ( biologia, experiências de vida e história familiar, entre
outros fatores)

Não é culpa do paciente - menos desesperança (é algo tratável)

Pacientes deprimidos muitas vezes veem seus sintomas e dificuldades no

funcionamento como reflexos de um fracasso, como falha de caráter ou

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 fraqueza no plano pessoal. = ajuda a combater a culpa e a autocrítica da
paciente.

Segundo princípio: A depressão está relacionada a um evento recente na

sua vida

Os eventos estressantes podem precipitar episódios depressivos em

indivíduos vulneráveis, e a depressão, por sua vez, pode dificultar lidar com
eventos estressantes

Foco da TIP: Se concentra em resolver:

Se concentra em resolver:

* problemas interpessoais da vida do paciente

Problemas interpessoais que estejam contribuindo para o início ou

agravamento dos sintomas de depressão

Conflitos em relacionamentos significativos, como familiares, amigos ou

colegas de trabalho

Dificuldades de comunicação e habilidades sociais

Focos da TIP

Resolução de um problema interpessoal

numa área problemática: luto complicado, disputa de papéis (conflito com

uma pessoa importante na vida) , transição de papéis (começo ou fim de
uma relação, novo emprego, formatura, aposentadoria, saída dos filhos de
casa…) ou déficits interpessoais

Resolução da crise interpessoal = melhora da situação de vida = novas

habilidades sociais = alívio dos sintomas depressivos

Características da TIP:

Duração limitada e focada

Uma ou no máximo duas áreas problemáticas

Tem base empírica

é direcionada ao diagnóstico (sintomas e como eles interferem no

funcionamento social)

Foco no aqui e agora

voltada para problemas interpessoais

Psicoterapia interpessoal para depressão (TIP) 2

 Trata a relação entre o humor e os eventos da vida

enfatiza a evocação do afeto = reconhecendo sentimentos como raiva,

mágoa, decepção, vergonha, rejeição…aprendem a melhor administrar seus
sentimentos e os usar para decidir como se comportar e o que dizer em
interações interpessoais.

inclui os fatores comuns em psicoterapia

Diferente da visão da TCC (o terapeuta da TCC define a depressão como

consequência dos padrões disfuncionais de pensamento e a eles atribui as
dificuldades da paciente, o terapeuta da TIP enfatiza que a depressão é um
problema médico e relaciona as dificuldades a se sentir deprimida e a
eventos recentes.)

Não é psicodinâmica

As questões de infância são reconhecidas, mas não enfatizada. A TIP

reconhece a influência de experiências passadas sobre as dificuldades
atuais, mas apenas para identificar padrões de comportamento interpessoal
e criar empatia com o esforço da paciente.

Tem um pouco de postura mais diretiva, mas sem reforçar a passividade e a

dependência

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