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SAÚDE COLETIVA

Níveis de Prevenção

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
SAÚDE COLETIVA
Níveis de Prevenção
Natale Souza

Sumário
Níveis de Prevenção........................................................................................................3
1. Processo Saúde-doença...............................................................................................3
1.1. Um pouco de História................................................................................................3
2. Promoção da Saúde....................................................................................................9
2.1. Promoção da Saúde e Níveis de Prevenção Segundo Leavell & Clark....................... 11
Questões de Concurso................................................................................................... 15
Gabarito........................................................................................................................ 19
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 20
Referências...................................................................................................................26

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NÍVEIS DE PREVENÇÃO

1. Processo Saúde-doença

Muito se tem escrito sobre o Processo Saúde-Doença, no entanto um novo instrumento


intelectual para a apreensão da saúde e da doença deve levar em conta a distinção entre a do-
ença, tal como definida pelo sistema da assistência à saúde – e a saúde, tal como percebida
pelos indivíduos. Também, deve incluir a dimensão do bem-estar, um conceito maior, no qual
a contribuição da saúde não é a única e nem a mais importante.

1.1. Um pouco de História

Interpretações Mágico-Religiosas

A preocupação com a conservação da saúde acompanha o homem desde os primórdios.

Dominante entre os povos da Antiguidade, o pensamento mágico-religioso era responsá-


vel pela manutenção da coesão social e pelo desenvolvimento inicial da prática médica. Nas
diferentes culturas, o papel da cura estava entregue a indivíduos iniciados:
• os sacerdotes incas;
• os xamãs e pajés entre os índios brasileiros;
• as benzedeiras e
• os curandeiros na África.

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Considerados líderes espirituais com funções e poderes de natureza:


• ritualística;
• mágica; e
• religiosa.

É importante destacar que a visão mágico-religiosa ainda exerce muita influência nas
formas de pensar a saúde e a doença na sociedade contemporânea.

As Primeiras Explicações Racionais: a Medicina Hipocrática

O apogeu da civilização grega vai representar:


• O rompimento com a superstição e as práticas mágicas e o surgimento de explicações
racionais para os fenômenos de saúde e doença.

A relação com o ambiente é um traço característico da compreensão hipocrática do fenô-


meno saúde-doença. Hipócrates desenvolveu uma teoria que entende a saúde como home-
ostase, isto é, como resultante do equilíbrio entre o homem e seu meio.
Hipócrates concebia a doença como um desequilíbrio dos quatro humores fundamentais
do organismo:
• sangue;
• linfa;
• bile amarela; e
• bile negra.

A teoria dos miasmas explicava o surgimento das doenças a partir da emanação do ar de


regiões insalubres (a origem da palavra malária vem daí: maus ares).

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Saúde e Doença na Idade Média: entre o Castigo e a Redenção

O cristianismo afirmava a existência de uma conexão fundamental entre


• a doença; e
• o pecado.

Como este mundo representava apenas uma passagem para purificação da alma, as do-
enças passaram a ser entendidas como:

Inúmeras epidemias aterrorizavam as populações. As ciências, e especialmente a medici-


na, eram consideradas blasfêmias diante do evangelho. A especulação científica era, portan-
to, desnecessária. Ainda que limitadas, algumas ações de saúde pública foram desenvolvidas
na intenção de sanear as cidades medievais.
Somente no final da Idade Média é que, pouco a pouco, foram sendo criados códigos sa-
nitários. Também na Idade Média é que surgem os primeiros hospitais. Originados da igreja,
nas ordens monásticas, inicialmente estavam destinados a acolher os pobres e doentes.

O Surgimento da Medicina Social

As péssimas condições de trabalho começam a chamar a atenção dos administradores.


O corpo, tomado como meio de produção pelo capitalismo emergente, será objeto de políti-
cas, práticas e normas. Surgem as primeiras regulações visando à saúde nas fábricas. Dentre
estas, a redução da excessiva carga horária de trabalho.
É possível distinguir três etapas na formação da medicina social:

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A Era Bacteriológica e a Discussão da Causalidade

No final do século XIX, com o auxílio do microscópio, o químico francês Louis Pasteur,
estudando as falhas na fermentação de vinhos e cervejas, observou que microrganismos ti-
nham um papel fundamental neste processo. Boa parte das questões relativas às doenças
infecciosas havia sido respondida, especialmente tratando-se das às doenças contagiosas.
Porém, persistiam algumas interrogações sobre a origem de doenças em que novos casos
surgiam sem qualquer contato direto com os indivíduos enfermos. Do mesmo modo, intrigava
o não adoecimento de pessoas expostas aos doentes.
Nos primeiros anos do século XX, foram desvendados a participação de vetores ou hos-
pedeiros intermediários na transmissão de doenças e o papel dos portadores sadios na ma-
nutenção da cadeia epidemiológica.

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Abria-se a possibilidade de aplicar o princípio da imunidade ativa (inoculação de germes


vivos em estado atenuado ou de seus extratos) e passiva (injeção de anticorpos específicos
produzidos em outro animal) a todas as doenças infecciosas.

A Unicausalidade

O modelo unicausal de compreensão da doença estava baseado na existência de apenas


uma causa (agente) para um agravo ou doença.
Essa concepção, ao passo que permitiu o sucesso na prevenção de diversas doenças,
termina por reduzi-las à ação única de um agente específico.
A prática médica resultante desse modelo é predominantemente curativa e biologicista.

Modelo Uniausal

O Modelo de Explicação Multicausal

A debilidade do modelo unicausal na explicação de doenças associadas a múltiplos fato-


res de risco favoreceu o desenvolvimento dos modelos multicausais.
Tem por foco reconhecer no processo saúde-doença múltiplas determinações – e por
isso mesmo é que poderia representar um avanço na história da epidemiologia.
É forte a influência que recebe do hegemônico modelo biomédico.
Há uma tendência em valorizar de modo secundário os determinantes sociais, sobre a
qual fazem a seguinte crítica:
• a determinação dos fenômenos da saúde não se restringe à causalidade das patolo-
gias (patogênese);
• a história natural das doenças de maneira nenhuma é tão somente natural.

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Modelo Multicausal: a Tríade Ecológica

Proposto por Leavell e Clark (1976), esse modelo considera a interação, o relacionamento
e o condicionamento de três elementos fundamentais da chamada ‘tríade ecológica’:
• o ambiente;
• o agente; e
• o hospedeiro.

A vantagem de exame dos diferentes fatores relacionados ao surgimento de uma doença


e a utilização da estatística nos métodos de investigação e desenhos metodológicos permiti-
ram significativos avanços na prevenção de doenças.
Outra vantagem deste modelo teórico reside no fato de possibilitar a proposição de bar-
reiras à evolução da doença mesmo antes de sua manifestação clínica (pré-patogênese).

Fases da História Natural da Doença

A história natural da doença possui dois períodos, que acontecem de forma subsequente:
• período epidemiológico;
• período patológico.

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1. O PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO: em que a patologia ainda não está manifesta, os deter-


minantes intrínsecos ao sujeito estruturam disposições ao adoecimento.

Fatores que Influenciam o Período Pré-patogênico

Esse período etiológico está também designado no nível de atenção primária, porque po-
demos atuar coletivamente agindo com ações de prevenção, promovendo a saúde (com edu-
cação, por exemplo) e fazendo a proteção específica da saúde (por exemplo, com vacinas).
2. O PERÍODO PATOGÊNICO: já se encontra ativo o processo patológico, período em que a
doença se processa naturalmente no corpo do ser humano, iniciam se as primeiras alterações
no estado de normalidade, pela atuação de agentes patogênicos.
Seguem-se perturbações bioquímicas em nível celular, provocando distúrbios na forma e
função de órgãos e sistemas, evoluindo para as seguintes possibilidades:
• Defeito permanente (sequela);
• Cronicidade;
• Morte; ou
• Cura.

2. Promoção da Saúde

A promoção se vale de conceitos clássicos que orientam a produção do conhecimento na


área de saúde, especialmente da medicina. Historicamente, a promoção da saúde foi referida
pelo sanitarista Henry Sigerist, em 1946, como uma das quatro funções da medicina, ao lado
da prevenção de doenças, do tratamento e da reabilitação de doentes. Nos anos de 1960, ganha

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destaque o preventivismo, do modelo da História Natural da Doença, de Leavell e Clark, que


trouxe a discussão da doença como um processo e sua múltipla causalidade.
De acordo com Leavell e Clark os objetivos finais de toda atividade médica, odontológica
e de saúde são
• a promoção da saúde;
• a prevenção de doenças; e
• o prolongamento da vida.

A promoção da saúde está localizada no primeiro nível das medidas preventivas, portan-
to, antes da instalação da doença no indivíduo. No Sistema Único de Saúde (SUS), ela é uma
estratégia conceitual e prática para a mudança no modelo de organização dos serviços de
saúde.
A promoção da saúde apresenta três formas de conceituar, cunhadas em momentos his-
tóricos e contextos nacionais diferentes:
• a da Carta de Ottawa;
• a da atual PNPS; e
• do ‘Glossário temático’ da PS.

É compreendida respectivamente como o primeiro conceito foi construído na I Conferên-


cia Internacional sobre Promoção da Saúde realizada em Ottawa no Canadá:

Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde,
incluindo uma maior participação no controle deste processo. (Brasil, 2013, p. 20);

O segundo é fruto do processo de revisão da Política Nacional de Promoção da Saúde:

[...] um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, carac-
terizando-se pela articulação e cooperação intra e intersetorial [...] buscando articular suas ações
com as demais redes de proteção social, com ampla participação e controle social. (BRASIL, 2014,
N. P.).

O terceiro é trabalho do Ministério da Saúde:

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Uma das estratégias de produção de saúde que, articulada às demais estratégias e políticas do
SUS, contribui para a construção de ações transversais que possibilitem atender às necessidades
sociais em saúde. (BRASIL, 2012, P. 29).

A prevenção pode ser feita nos períodos de pré-patogênese e patogênese. O conhecimen-


to da história natural da doença favorece o domínio das ações preventivas necessárias. Se um
dos fundamentos de prevenção é cortar elos, o conhecimento destes é fundamental para que
se atinjam os objetivos colimados. Devem ser conhecidos os múltiplos fatores relacionados
com o agente, o suscetível e o meio ambiente, e com a evolução da doença no acometido20.

2.1. Promoção da Saúde e Níveis de Prevenção Segundo Leavell


& Clark

Foram estabelecidos, por Leavell & Clark (1976), três níveis de:

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Prevenção Quaternária

Prevenção quaternária foi definida de forma direta e simples como a detecção de indiví-
duos em risco de tratamento excessivo para protegê-los de novas intervenções médicas ina-
propriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis. Posto que um dos fundamentos
centrais da medicina é o primum non nocere, a prevenção quaternária deveria primar sobre
qualquer outra opção preventiva ou curativa.
A sua amplitude e as exigências éticas, filosóficas e técnicas da sua incorporação à prática
médica desdobram-se em vários aspectos e exigem o domínio de uma série de técnicas mé-
dico-epidemiológicas, no geral pouco conhecidas e manejadas pelos próprios médicos, além
do desenvolvimento extraordinário da “arte de curar”, calcada na relação médico-paciente,
em sabedoria prática e em contextualização existencial, que o aperfeiçoamento da prática
do cuidado permite desenvolver. Este foi o motivo provável pelo qual o conceito de prevenção
quaternária foi desenvolvido operacionalmente pelos médicos especialistas contemporâneos
que se propõem a cuidar das pessoas longitudinalmente - os Médicos de Família e Comuni-
dade - ou seja, propõe-se resgatar e desenvolver a antiga medicina geral, ou clínica genera-
lista, que permite ao mesmo profissional a experiência de cuidar de um conjunto de pessoas
com diversos tipos de problemas de saúde, ao longo de grande tempo (NORMAN, 2009).
Ainda de acordo com Norman (2009), a conceituação de prevenção quaternária foi pro-
posta no contexto clássico dos três níveis de prevenção de Leavel & Clark, que classificava a

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prevenção em primária, secundária e terciária. Jamoule propôs a prevenção quaternária como


um quarto e último tipo de prevenção, não relacionada ao risco de doenças e sim ao risco de
adoecimento iatrogênico, ao excessivo intervencionismo diagnóstico e terapêutico e a medi-
calização desnecessária18.
Similarmente, para Gérvas, é prevenção quaternária a ação que atenua ou evita as
consequências do intervencionismo médico excessivo que implica atividades médicas
desnecessárias18.
Segundo Melo (2012), vários são os exemplos de situações em que a balança entre be-
nefícios e prejuízos pode se desequilibrar para o segundo lado: excesso de programas de
rastreamento, muitos deles não validados; medicalização de fatores de risco; solicitação de
exames complementares em demasia; excessos de diagnósticos, com rotulagem de quadros
inexplicáveis ou não enquadráveis na nosografia biomédica, criando-se os pseudo-diagnós-
ticos como, por exemplo, síndrome de fadiga crônica, fibromialgia, cefaléias inespecíficas e
dor torácica não cardíaca, dentre outros, de que o mais amplo exemplo é o conceito de MUPS
(Medically Unexplained Physical Symptoms) ou sintomas físicos não explicados pela medici-
na, que são situações em que há sintomas físicos sem causa orgânica definida.
Também são exemplos as medicalizações desnecessárias de eventos vitais ou adoeci-
mentos benignos autolimitados (contusões, partos, resfriados, lutos etc.), que redefinem um
número crescente de problemas da vida como problemas médicos; pedidos de exames e ou
tratamentos devido ao medo dos pacientes e ou pressão de pacientes muito medicalizados;
intervenções em razão do medo dos médicos - a chamada medicina defensiva, pouco deba-
tida e conhecida (NORMAN, 2009).

Prevenção Quinquenária

Prevenir o dano para o paciente, atuando no médico constitui uma prevenção denominada
quinquenária – que pretende atuar na prevenção do Burnout.
O burnout é definido como um estado de plena exaustão física e/ou psicológica que ger-
mina da produção contínua e intensiva de respostas concertadas perante as elevadas exigên-
cias no local de trabalho (Santos JA., 2014).

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As estratégias no âmbito da prevenção quinquenária desenrolam-se em quatro esferas:


• 1. Médico: estratégias que têm, como objetivo final criar alterações ou manutenções
favoráveis dos aspectos intrínsecos ebiopsicossociais do médico, enquanto pessoa
(existe uma componente afetiva no raciocínio médico);
• 2. Paciente/Comunidade: estratégias que visam gerar mudanças na comunidade onde
o médico pratica o exercício profissional de maneira a criar uma maior fluidez da rela-
ção médico-paciente;
• 3. Local de trabalho: estratégias que pretendem criar modificações a nível do local de
trabalho que favoreçam a maximização do potencial profissional (recursos humanos,
equipamento necessário no gabinete, adequabilidade dos sistemas informáticos de
suporte à prática clínica, proximidade de outras especialidades médicas para referen-
ciação e/ou discussão quanto à decisão clínica, protocolos de actuação clínica);
• 4. Administração/Governo: estratégias que: vão ao encontro da satisfação do médico
enquanto empregado de uma entidade que o contrata (nomeadamente, o fornecimento
de redes de suporte às suas actividades).

As duas últimas esferas constituem, simultâneamente, campos de desenvolvimento de


estratégias de governação clínica, definida como o processo através do qual “as organiza-
ções prestadoras de cuidados de saúde são responsáveis pela melhoria contínua da Qualida-
de dos seus serviços e pela garantia de elevados padrões de cuidados, criando um ambiente
que estimule a excelência dos cuidados clínicos.” (Santos JA., 2014).

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (VUNESP/2019/IPREMM-SP) Em relação aos níveis de prevenção, é correto afirmar:
a) a melhor relação custo/efetividade, com o objetivo de reduzir a morbimortalidade da popu-
lação, é vista na prevenção quaternária.
b) a prevenção primária inclui imunização, promoção de alimentação saudável, prática do
sexo seguro, recreação e descanso adequados.
c) a prevenção secundária caracteriza-se por agir em agravos à saúde mais frequentes, mas
sem demandar pessoal especializado e tecnologias de alto custo.
d) a prevenção quaternária visa dar resolutividade a cerca de 95% dos eventos a ela demanda-
dos.
e) o principal obstáculo à implementação de medidas custo-eficazes na atenção primária é a
falta de investimento em equipamentos modernos e de alta tecnologia.

Questão 2 (IBFC/2016/COMLURB) Os níveis de aplicação de medidas preventivas são pre-


venção primária, secundária e terciária. O nível de prevenção secundária abrange:
a) A promoção da saúde.
b) A proteção específica.
c) O Diagnóstico precoce.
d) A reabilitação.

Questão 3 (PREFEITURA DE VITOR MEIRELES-SC/2019) Assinale a alternativa correta de


acordo com os períodos da História Natural da Doença:
a) Pré-patológico: relação hospedeiro-ambiente, Patológico: modificações que se passam no
organismo vivo.
b) Pré-patológico: modificações que se passam no ambiente, Patológico: relação am-
biente-hospedeiro.
c) Pré-patológico: desenvolvimento da doença, Patológico: recuperação do indivíduo.
d) Patológico: desenvolvimento da doença, Pós-patológico: recuperação do indivíduo.

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Questão 4 (IADES/2019/SEAD-PA) A prevenção é a ação antecipada, fundamentada no co-


nhecimento da história natural da doença, com o objetivo de tornar improvável seu progresso
posterior. A esse respeito, é correto afirmar que prevenção primária consiste em
a) promover a reinserção do doente na sociedade, por meio de programas de reabilitação.
b) incentivar a detecção precoce da doença e o tratamento, quando ela ainda é assintomática.
c) instituir o tratamento precoce, evitando a progressão da doença.
d) educar para a adoção de hábitos de vida saudáveis.
e) reduzir as complicações da doença.

Questão 5 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UFU/2011) São objetivos da epidemiologia, EXCETO:


a) proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de
prevenção, controle e tratamento das doenças.
b) descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas.
c) explicar os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e conti-
nuação da vida.
d) identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.

Questão 6 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UFG/2010) São consideradas medidas preventivas


aquelas utilizadas para evitar as doenças ou suas consequências. Dentre elas, rastreamento,
exames periódicos de saúde, autoexame e diagnóstico precoce são classificados como me-
didas de:
a) Prevenção primária.
b) Prevenção secundária.
c) Prevenção terciária.
d) Proteção específica.

Questão 7 (PREFEITURA DE PRAIA GRANDE- SP/IBAM/2013) Sobre o processo saúde-do-


ença podemos dizer que:
a) O conceito de saúde-doença estuda exclusivamente os fatores orgânicos e sociais das
enfermidades e pretende obter possíveis causas para o surgimento de determinada doença.

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b) O conceito de multicausalida de exclui a presença de diferentes agentes etiológicos numa


pessoa como fator de aparecimento de doenças.
c) A fase patológica pré-clínica corresponde ao período que antecede às manifestações clíni-
cas das doenças. Somente conhecido por associação de possíveis fatores causais às poste-
riores manifestações epidemiológicas das distintas patologias, considerados a partir de sua
confirmação como somente por fatores de risco.
d) O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variá-
veis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas
estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores.

Questão 8 (SES-DF/IDECAN/2014) Segundo a classificação da Organização Mundial de


Saúde, o termo “saúde” segue o conceito de “Um estado de completo bem-estar físico, mental
e social, e não somente uma completa ausência de afecções ou doenças”. Acerca do proces-
so saúde-doença, análise:
“Em síntese, pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o _______________
representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de
______________ e doença de uma _______________, que variam em diversos momentos históri-
cos e do desenvolvimento científico da _______________.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) Desenvolvimento / saúde / população / humanidade
b) desenvolvimento / saúde / humanidade / população
C)desenvolvimento / caráter / humanidade / população
d) processo saúde-doença / saúde / população / humanidade
e) processo saúde-doença / caráter / população / humanidade

Questão 9 (2005/CESPE/CEBRASPE) O processo saúde-doença pode ser estudado por


meio de diferentes modelos teóricos. A respeito do modelo de história natural e níveis de pre-
venção de H. R. Leavell e E. G. Clark, julgue o item abaixo.
No DF, as ações educativas sobre prevenção de hantavirose são consideradas medidas de
prevenção secundária.

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Questão 10 (2014/CLICK/PREFEITURA DE CONCÓRDIA-SC) Entendemos como prevenção


o ato ou efeito de evitar ocorrências de acontecimentos prejudiciais à vida e a saúde ou mini-
mização dos efeitos, quando o dano já ocorreu. A ação preventiva dos atrasos ou distúrbios
de desenvolvimento pode ser conduzida em três níveis que são:
a) Prevenção primária: que implica em reduzir a incidência de novos casos. Prevenção secun-
daria: realização de intervenções voltadas para reduzir e/ou eliminar a duração ou a severi-
dade dos seus efeitos. Prevenção terciária: investimentos voltados para minimizar as condi-
ções, desenvolvendo ações que resultem em maior independência e autonomia do indivíduo.
b) Prevenção primaria: objetivo é promover a melhoria na condição de vida da população por
agências político/sociais de forma a garantir saúde, educação, trabalho e moradia. Prevenção
secundária: alterar as condições para um subgrupo particular considerado como de risco.
Prevenção Terciária: Tratamento do distúrbio.
c) Prevenção Primaria: diagnóstico precoce do feto. Prevenção Secundária: Diagnóstico rea-
lizado por equipe multidisciplinar. Prevenção terciária: Tratamento do distúrbio
d) Prevenção Primária: Diagnóstico precoce do distúrbio. Prevenção Secundária: Evitar que o
indivíduo fique exposto a condições adversas. Prevenção Terciária: investimentos voltados a
autonomia do indivíduo.

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GABARITO
1. b
2. c
3. a
4. d
5. c
6. b
7. d
8. d
9. E
10. a

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (VUNESP/2019/IPREMM-SP) Em relação aos níveis de prevenção, é correto
afirmar:
a) a melhor relação custo/efetividade, com o objetivo de reduzir a morbimortalidade da popu-
lação, é vista na prevenção quaternária.
b) a prevenção primária inclui imunização, promoção de alimentação saudável, prática do
sexo seguro, recreação e descanso adequados.
c) a prevenção secundária caracteriza-se por agir em agravos à saúde mais frequentes, mas
sem demandar pessoal especializado e tecnologias de alto custo.
d) a prevenção quaternária visa dar resolutividade a cerca de 95% dos eventos a ela demanda-
dos.
e) o principal obstáculo à implementação de medidas custo-eficazes na atenção primária é a
falta de investimento em equipamentos modernos e de alta tecnologia.

Letra b.
Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema
de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. In-
clui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física
para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade).

Questão 2 (IBFC/2016/COMLURB) Os níveis de aplicação de medidas preventivas são pre-


venção primária, secundária e terciária. O nível de prevenção secundária abrange:
a) A promoção da saúde.
b) A proteção específica.
c) O Diagnóstico precoce.
d) A reabilitação.

Letra c.
Prevenção secundária é a ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio
inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico

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definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo


prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce).

Questão 3 (PREFEITURA DE VITOR MEIRELES-SC/2019) Assinale a alternativa correta de


acordo com os períodos da História Natural da Doença:
a) Pré-patológico: relação hospedeiro-ambiente, Patológico: modificações que se passam no
organismo vivo.
b) Pré-patológico: modificações que se passam no ambiente, Patológico: relação ambiente-
-hospedeiro.
c) Pré-patológico: desenvolvimento da doença, Patológico: recuperação do indivíduo.
d) Patológico: desenvolvimento da doença, Pós-patológico: recuperação do indivíduo.

Letra a.
O PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO - em que a patologia ainda não está manifesta, os determinan-
tes intrínsecos ao sujeito estruturam disposições ao adoecimento.
O PERÍODO PATOGÊNICO - já se encontra ativo o processo patológico, período em que a do-
ença se processa naturalmente no corpo do ser humano, iniciam se as primeiras alterações
no estado de normalidade, pela atuação de agentes patogênicos.

Questão 4 (IADES/2019/SEAD-PA) A prevenção é a ação antecipada, fundamentada no co-


nhecimento da história natural da doença, com o objetivo de tornar improvável seu progresso
posterior. A esse respeito, é correto afirmar que prevenção primária consiste em
a) promover a reinserção do doente na sociedade, por meio de programas de reabilitação.
b) incentivar a detecção precoce da doença e o tratamento, quando ela ainda é assintomática.
c) instituir o tratamento precoce, evitando a progressão da doença.
d) educar para a adoção de hábitos de vida saudáveis.
e) reduzir as complicações da doença.

Letra d.
Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema
de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física para
diminuir chance de desenvolvimento de obesidade).

Questão 5 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UFU/2011) São objetivos da epidemiologia, EXCETO:


a) proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de
prevenção, controle e tratamento das doenças.
b) descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas.
c) explicar os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e conti-
nuação da vida.
d) identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.

Letra c.
A epidemiologia possui três objetivos amplamente difundidos. Alternativa C. Incorreta. Não
consta como um dos objetivos da epidemiologia de acordo com a autora supracitada.

Questão 6 (RESID. MULT. PROF. SAÚDE/UFG/2010) São consideradas medidas preventivas


aquelas utilizadas para evitar as doenças ou suas consequências. Dentre elas, rastreamento,
exames periódicos de saúde, autoexame e diagnóstico precoce são classificados como me-
didas de:
a) Prevenção primária.
b) Prevenção secundária.
c) Prevenção terciária.
d) Proteção específica.

Letra b.
Para responder à questão o candidato deve conhecer o escopo de ações que se encaixam em
determinados níveis de prevenção. Quando falamos em prevenção secundária, já admite-se
que a doença possa estar presente, mas com a descoberta o mais cedo possível, possibilita
um tratamento mais eficaz e aumentando as chances de recuperação. Dentre as ações que

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estão elencadas nesse nível de prevenção, podemos citar o autoexame, rastreamento, exa-
mes periódicos de saúde e o diagnóstico precoce.

Questão 7 (PREFEITURA DE PRAIA GRANDE- SP/IBAM/2013) Sobre o processo saúde-do-


ença podemos dizer que:
a) O conceito de saúde-doença estuda exclusivamente os fatores orgânicos e sociais das
enfermidades e pretende obter possíveis causas para o surgimento de determinada doença.
b) O conceito de multicausalida de exclui a presença de diferentes agentes etiológicos numa
pessoa como fator de aparecimento de doenças.
c) A fase patológica pré-clínica corresponde ao período que antecede às manifestações clíni-
cas das doenças. Somente conhecido por associação de possíveis fatores causais às poste-
riores manifestações epidemiológicas das distintas patologias, considerados a partir de sua
confirmação como somente por fatores de risco.
d) O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variá-
veis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas
estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores.

Letra d.
Uma nova maneira de pensar a saúde e a doença deve incluir explicações para os achados
universais de que a mortalidade e a morbidade obedecem a um gradiente, que atravessa as
classes socioeconômicas, de modo que menores rendas ou status social estão associados a
uma pior condição em termos de saúde. Tal evidência constitui-se em um indicativo de que
os determinantes da saúde estão localizados fora do sistema de assistência à saúde.

Questão 8 (SES-DF/IDECAN/2014) Segundo a classificação da Organização Mundial de


Saúde, o termo “saúde” segue o conceito de “Um estado de completo bem-estar físico, mental
e social, e não somente uma completa ausência de afecções ou doenças”. Acerca do proces-
so saúde-doença, análise:

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“Em síntese, pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o _______________
representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de
______________ e doença de uma _______________, que variam em diversos momentos históri-
cos e do desenvolvimento científico da _______________.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) Desenvolvimento / saúde / população / humanidade
b) desenvolvimento / saúde / humanidade / população
C)desenvolvimento / caráter / humanidade / população
d) processo saúde-doença / saúde / população / humanidade
e) processo saúde-doença / caráter / população / humanidade

Letra d.
“O processo saúde-doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e
condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que variam em diversos mo-
mentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.”

Questão 9 (2005/CESPE/CEBRASPE) O processo saúde-doença pode ser estudado por


meio de diferentes modelos teóricos. A respeito do modelo de história natural e níveis de pre-
venção de H. R. Leavell e E. G. Clark, julgue o item abaixo.
No DF, as ações educativas sobre prevenção de hantavirose são consideradas medidas de
prevenção secundária.

Errado.
Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um proble-
ma de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica.
Inclui promoção da saúde. Já a prevenção secundária é a ação realizada para detectar um
problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na
população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua
disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce).

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Questão 10 (2014/CLICK/PREFEITURA DE CONCÓRDIA-SC) Entendemos como prevenção o


ato ou efeito de evitar ocorrências de acontecimentos prejudiciais à vida e a saúde ou minimi-
zação dos efeitos, quando o dano já ocorreu. A ação preventiva dos atrasos ou distúrbios de
desenvolvimento pode ser conduzida em três níveis que são:
a) Prevenção primária: que implica em reduzir a incidência de novos casos. Prevenção secun-
daria: realização de intervenções voltadas para reduzir e/ou eliminar a duração ou a severi-
dade dos seus efeitos. Prevenção terciária: investimentos voltados para minimizar as condi-
ções, desenvolvendo ações que resultem em maior independência e autonomia do indivíduo.
b) Prevenção primaria: objetivo é promover a melhoria na condição de vida da população por
agências político/sociais de forma a garantir saúde, educação, trabalho e moradia. Prevenção
secundária: alterar as condições para um subgrupo particular considerado como de risco.
Prevenção Terciária: Tratamento do distúrbio.
c) Prevenção Primaria: diagnóstico precoce do feto. Prevenção Secundária: Diagnóstico rea-
lizado por equipe multidisciplinar. Prevenção terciária: Tratamento do distúrbio
d) Prevenção Primária: Diagnóstico precoce do distúrbio. Prevenção Secundária: Evitar que o
indivíduo fique exposto a condições adversas. Prevenção Terciária: investimentos voltados a
autonomia do indivíduo.

Letra a.
Prevenção primária - é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema
de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. In-
clui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física
para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade). Prevenção secundária - é a ação
realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes em estágio
subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e
reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento,
diagnóstico precoce). Prevenção terciária - é a ação implementada para reduzir em um indi-
víduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico,
incluindo reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto
– IAM ou acidente vascular cerebral).

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REFERÊNCIAS

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br/bvs/publicacoes/rastreamento_caderno_atencao_primaria_n29.pdf

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organizadores. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fio-
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Mendes, Rosilda, Fernandez, Juan Carlos Aneiros e Sacardo, Daniele PompeiPromoção da


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Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente
em cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas:
Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.

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