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PROC. Frut e Hort VERSAO ACRESCENTADA - 094207
PROC. Frut e Hort VERSAO ACRESCENTADA - 094207
LICENCIATURA EM AGRO-PROCESSAMENTO
3ᵒ Ano
Quelimane
2024
GERMANO VICTORINO SATAR BACAR
RENE CHICO ESTEFANE
Quelimane
2024
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Índice Paginas
1.Introdução ........................................................................................................................... 4
1.1.Objectivos ........................................................................................................................ 5
1.2.Geral ................................................................................................................................ 5
2.Metodologias ...................................................................................................................... 5
4.2.1.3.Tubulações ............................................................................................................... 13
4.2.1.4.Coletores .................................................................................................................. 14
5.Destilação ......................................................................................................................... 15
5.2.Condensação .................................................................................................................. 16
8.Conclusao ......................................................................................................................... 23
9.Bibliografia ....................................................................................................................... 24
1.Introdução
moderno, a eficiência e a segurança dos processos de transporte e destilação são essenciais para
garantir a produtividade e a qualidade dos produtos finais, duas técnicas amplamente utilizadas
nesse contexto são o transporte por bombeamento pneumático e a destilação, contudo o
transporte por bombeamento pneumático, é baseado na utilização de ar comprimido para
movimentar materiais granulares ou em pó, oferece uma alternativa eficaz e versátil aos
métodos tradicionais de transporte, por outro lado, a destilação é um processo fundamental na
separação de misturas líquidas ou gasosas, permitindo a obtenção de produtos puros em
diferentes aplicações industriais. Neste trabalho, exploraremos esses dois processos, discutindo
seus princípios básicos, aplicações industriais e contribuições para a otimização dos processos
produtivos.
1.1.Objectivos
1.2.Geral
Estudar as operações unitárias.
1.3. Específicos
Conhecer princípios básicos do transporte por bombeamento e pneumático;
Investigar os principais componentes e dispositivos envolvidos no transporte por
bombeamento e pneumático;
Explorar os princípios básicos da destilação, incluindo os processos de separação de
componentes de uma mistura líquida através da vaporização e condensação controladas;
Avaliar as aplicações industriais da destilação em diversas indústrias, como
petroquímica, farmacêutica, alimentícia e de bebidas, destacando os diferentes produtos
obtidos e os requisitos específicos de cada processo
2.Metodologias
Na perspetiva de Gil (2008), a metodologia é o caminho utilizado para o alcançar certos
objetivos. Portanto, como forma de auxílio para a realização do presente trabalho, recorreu-se
a informações relevantes em livros, obras e artigos tanto impressos como eletrónicos, a fim de
se obter bases concretas para sustentar o trabalho em questão.
3. REVISÃO DA LITERATURA
As bombas são equipamentos que transferem energia de uma determinada fonte para um
líquido, em consequência este líquido pode deslocar-se de um ponto para outro por escoamento,
sendo classificadas em função de suas características físicas e de seus princípios de trabalho.
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São também chamadas de volumétricas, pois o volume que o líquido ocupa e desocupa
nas câmaras é conhecido. Podem possuir uma ou mais câmaras, em cujo interior o movimento
de um elemento propulsor comunica energia de pressão ao fluido, provocando o seu
escoamento. As Bombas de Deslocamento Positivo apresentam vantagens em relação às
Centrífugas: Aspiração mais fácil; Melhor eficiência; Não há necessidade de escorvamento;
São mais adequadas para altas pressões e baixas vazões.
4.1.1.2.Bombas centrífugas
Fluxo radial: centrífuga propriamente dita, na qual o líquido sai do rotor radialmente à
direção do eixo. São as mais utilizadas e a potência consumida aumenta com o aumento
da vazão;
Fluxo axial: é a propulsora, na qual o líquido sai do rotor com direção aproximadamente
axial em relação ao eixo. Potência consumida maior quando a sua saída se encontra
bloqueada. Indicada para grandes vazões e baixas alturas manométricas;
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Na seleção bombas para qualquer tipo de serviço, é necessário conhecer o tipo de produto
que se deseja transportar, pois cada produto tem suas características físicas e químicas tais como
viscosidade, consistências, temperatura de processo, concentração que irá influenciar no
processo de sucção e descarregamento da bomba. A figura-1 mostra o esquema de modelo de
várias bombas utilizadas na indústria de alimentos.
4.2.Transportadores pneumáticos
4.2.1.Dispositivos pneumáticos
Segundo Bortolaia, (2008) os dispositivos pneumáticos são compostos por diversos
componentes, os quais são responsáveis por funções específicas, onde o emprego simultâneo
destes equipamentos realiza o funcionamento pleno de um transportador pneumático, dos quais
podem-se citar como principais dispositivos: Válvula rotativa; Equipamentos geradores de
pressão ou vácuo; Tubulações e Coletores.
4.2.1.1.Válvulas rotativas
A válvula rotativa é um dispositivo essencial em sistemas pneumáticos, uma vez que
realiza a alimentação forçada na linha transportadora e descarga controlada do particulado no
coletor. O equipamento possui um eixo giratório com palhetas, e a movimentação do rotor
proporciona o abastecimento e retirada do material da linha de transporte, essas características
evitam entupimentos e sobrecarga de material nos dutos de transporte. A taxa de carregamento
de sólido é controlada pela alteração do número de rotações da válvula, proporcionando
praticidade quanto a necessidades de ajustes de vazão (GOMIDE, 1983).
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Figura 3: Representação das principais partes de uma válvula rotativa (Mills, 2004, p. 58).
aspiração do ar a partir do rotor e ejetam o fluido perpendicular ao eixo de aspiração pelo bocal
de descarga, se o ar aspirado pelo equipamento estiver isento de poeira ou particulados, este
sistema de compressão pode alcançar rendimento de 70 a 90%. Porém, se existir poeiras e/ou
particulados ou ainda se o sistema de transporte for de configuração direta, deve-se tomar
cuidado com os sólidos abrasivos, neste caso o rendimento do sistema cai e fica entre 50 a 70%
(SILVA, 2005).
4.2.1.3.Tubulações
As tubulações do transportador pneumático têm a função básica de conduzir a mistura
de ar e sólido particulado desde a entrada até a descarga do sistema. O dimensionamento da
tubulação é fator crucial para o ótimo funcionamento do dispositivo, pois as características e
dimensões do transportador influenciam diretamente o transporte do material e
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4.2.1.4.Coletores
Os dispositivos destinados a recolher o sólido no final da linha de transporte pneumático
são chamados de coletores. É possível empregar diferentes equipamentos para tal finalidade.
Para sólidos finos tipicamente maiores que 5 μm, utilizam-se ciclones ou filtros de mangas;
quando tem-se o descarregamento de sólidos de diâmetro intermediário ou particulados
grosseiros, pode-se utilizar o próprio silo de estocagem ou adotar a utilização de câmara
gravitacional (GOMIDE, 1983). O ciclone, mostrado na Figura 15, é o equipamento coletor de
maior emprego em transportadores pneumáticos.
Figura 7:
Transportador pneumático de configuração direta (a) e indireta (b), Gomide (1983, p. 166 – 167)
5.Destilação
A separação de misturas químicas em seus constituintes tem sido praticada, como uma
arte, por milênios (SEADER; HENLEY, 2006). A maioria dos procedimentos industriais
contemporâneos requer operações de separação, seja para finalizar o processo e atender às
especificações do produto final, ou durante as fases de processamento, a fim de alcançar as
características necessárias para os equipamentos subsequentes. A destilação é o método mais
prevalente nesse contexto, conforme destacado por Kister em 1992.
Segundo (Feltre, 2004) A Destilação é um método ou processo físico de separação de umas
misturas homogêneas (soluções) de natureza sólido-líquido ou líquido-líquido.
A destilação está presente hoje em dia na indústria de bebidas para a produção de vodka, uísque,
cachaça etc., nas refinarias de petróleo na obtenção da gasolina, querosene, óleo diesel etc., nas
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5.1.Ponto de ebulição
O ponto de ebulição é a temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido iguala-se à
pressão atmosférica, resultando na transformação desse líquido em vapor. Esse fenômeno
ocorre quando as moléculas individuais adquirem energia térmica suficiente para superar as
forças de coesão intermoleculares e escapar para o estado gasoso (McMurry, 2008).
5.2.Condensação
A condensação é o processo pelo qual um vapor se transforma em estado líquido quando sua
temperatura é reduzida. Esse fenômeno ocorre quando as moléculas do vapor perdem energia
térmica, resultando em uma transição de fase para o estado líquido. É uma etapa crucial em
muitos processos industriais, especialmente na destilação e em sistemas de refrigeração (Chang,
2010).
5.3.Tipos de destilação
A química moderna faz uso principalmente de quatro técnicas de destilação: destilação simples,
destilação fracionada, destilação a pressão reduzida e destilação por arraste a vapor. Cada
técnica tem suas particularidades e suas aplicações (Eaton, 1989).
5.3.1.Destilação simples
A destilação simples baseia-se na diferença do ponto de ebulição. A destilação simples é um
procedimento que compreende a evaporação, seguida por resfriamento, condensação e coleta
do condensado em um recipiente separado. Essa técnica é eficaz para separar líquidos cujos
pontos de ebulição apresentam uma diferença de aproximadamente 100ºC ou para isolar
líquidos de compostos que não passam pelo processo de destilação. Geralmente, essa
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Segundo (Fieser, 1998) O equipamento para a destilação simples é composto por: balão de
destilação, cabeça de destilação, adaptador de termômetro, condensador resfriado a água e balão
de coleta. O aquecimento é feito em geral por uma manta de aquecimento, e toda a vidraria
deve ser fixada com suportes e garras.
Fonte: FIESER, L. F., WILLIAMSON, K. L. Organic Experiments. 8th Ed, Houghton Miffl in Company, Boston,
USA, 1998, pg. 73.
5.3.2.Destilacao fracionada
A destilação fracionada é um método de separação utilizado para purificar líquidos que contêm
uma mistura complexa de substâncias com pontos de ebulição próximos. Este processo é uma
extensão da destilação simples, sendo particularmente eficaz quando há uma pequena diferença
nos pontos de ebulição dos componentes da mistura.
Assim como na destilação simples, a destilação fracionada baseia-se na discrepância nos pontos
de ebulição dos elementos da mistura. No entanto, ela se distingue pelo uso de uma coluna de
fracionamento, que permite múltiplos estágios de condensação e evaporação. Diversos tipos de
colunas de fracionamento estão disponíveis, sendo a Vigreux a mais comum. Entretanto,
qualquer tubo de vidro preenchido para ampliar a superfície de contato pode servir como uma
coluna de fracionamento eficaz. Este método aprimorado de destilação é crucial para separar
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Fonte: FIESER, L. F., WILLIAMSON, K. L. Organic Experiments. 8th Ed, Houghton Miffl in Company, Boston,
USA, 1998, pg. 74.
Fonte: FIESER, L. F., WILLIAMSON, K. L. Organic Experiments. 8th Ed, Houghton Miffl in Company, Boston,
USA, 1998, pg. 90.
A vidraria para a destilação a vácuo pode ser a mesma para a destilação simples, com a diferença
que na saída do adaptador de vácuo leva a um manômetro e uma bomba de vácuo. Alguns
cuidados a mais de segurança são também necessários. Primeiramente deve-se sempre utilizar
óculos de segurança, pois o sistema corre o risco de implodir. Caso utilize pressão inferior a 0,1
mmHg ou temperatura superior a 200ºC é necessário realizar todo o procedimento na capela,
para sua proteção. Ao montar a aparelhagem deve-se observar a presença de trincas ou
rachaduras, pois vidraria rachada pode quebrar com o vácuo. Também é necessário engraxar
todas as juntas com pequena quantidade de graxa de silicone, para melhor vedação evitando a
perda de vácuo. Por reduzir a temperatura de ebulição, a destilação a pressão reduzida também
reduz a diferença entre as temperaturas de ebulição de dois líquidos, não sendo uma técnica
aconselhável para a separação de líquidos (Fieser, 1998).
Por outro lado, a destilação por arraste a vapor indireto envolve a geração separada do vapor,
que não entra diretamente em contato com a mistura. Antes de interagir com a mistura, o vapor
é passado por um sistema de condensação. Essa abordagem é aplicável quando a mistura
contém componentes suscetíveis a danos pela ação direta do vapor. A destilação por arraste a
vapor indireto oferece maior controle sobre as condições de destilação, permitindo ajustes mais
precisos para atender às necessidades específicas da mistura (McMurry, 2008).
Fonte: EATON, D. C. Laboratory Investigations in Organic chemistry. McGraw-Hill, 1976, pg. 223.
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6.1.Vantagens da Destilação:
Separação de Componentes: A destilação é eficaz na separação de componentes com
diferentes pontos de ebulição, permitindo a obtenção de substâncias mais puras.
Versatilidade: É uma técnica versátil aplicável a diversos setores industriais, incluindo
química, petroquímica, farmacêutica, alimentícia e de bebidas, o que destaca sua
relevância generalizada.
Recuperação de Solventes: Em muitos processos químicos, a destilação é utilizada
para recuperar solventes, contribuindo para a sustentabilidade e a eficiência do processo.
6.2.Desvantagens da Destilação:
Consumo Energético: A destilação frequentemente consome grandes quantidades de
energia, especialmente em processos industriais. O aquecimento necessário para
vaporizar os líquidos pode resultar em custos significativos.
Perda de Compostos Voláteis: Em alguns casos, a destilação pode levar à perda de
compostos voláteis, especialmente em processos onde os componentes desejados têm
pontos de ebulição próximos.
Não Adequada para Algumas Misturas: Em certas misturas complexas, a destilação
pode não ser eficiente na separação de todos os componentes desejados, exigindo
métodos complementares.
Necessidade de Equipamento Específico: Processos mais avançados, como a
destilação fracionada, podem exigir equipamentos mais complexos e custosos.
Sensibilidade a Impurezas: A presença de impurezas nas substâncias a serem
destiladas pode prejudicar a eficiência do processo, exigindo etapas adicionais de
purificação.
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8.Conclusao
Vimos então que a destilação é a principal técnica de purificação de líquidos. A destilação
simples pode ser utilizada para separar líquidos de sólidos ou dois líquidos com diferença de
ponto de ebulição maior que 100ºC. Caso a diferença seja menor, é necessário fazer uso da
destilação fracionada. A destilação fracionada é a mais indicada para a separação de líquidos
com pontos de ebulição muito próximos. A destilação a pressão reduzida é mais útil para
líquidos de alto ponto de ebulição, ou líquidos que se decompõem antes de entrar em ebulição.
Também serve para remover solventes do sistema. Por fi m a destilação por arraste a vapor
trabalha com sistemas heterogêneos e pode tanto destilar líquidos de alto ponto de ebulição,
quanto servir para obter óleos essenciais de plantas ou outros produtos naturais. Qual técnica
utilizar e quando, depende do objetivo que se quer atingir e da experiência adquirida com a
prática do dia-a-dia do laboratório.
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9.Bibliografia
SILVA, Deodoro Ribeiro da. Transporte pneumático: Tecnologia, projetos e aplicações na
indústria e nos serviços. São Paulo: Artliber Ltda, 2005
GOMIDE, R. Operações unitárias: Operações com sistemas sólidos granulares. 1. ed. São
Paulo: R. Gomide, 1983.
SEADER, J. D.; HENLEY, E. J. Separation Process Principles. 2. ed. [s.l.] John Wiley & Sons,
2006.
McMurry, J., Fay, R. C. (2008). Química Geral. 4ª Ed. Porto Alegre: Bookman.
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Brady, J.E. & Humiston, G.E., “Química Geral”, 2ª. Ed., vol 1 e 2; trad. de Santos, C.M.P. e
Faria, R.B.; ed.LTC; Rio de Janeiro, RJ,1990.