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Após a leitura da obra, o leitor vai saber os aspectos importantes para uma
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boa gestão ambiental; aprender sobre deterioração química, deterioração
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física, matéria orgânica e ciclagem de nutrientes; entender do que é com-
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posto o sistema solo-planta-atmosfera; aprender sobre a translocação de
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água e solutos na planta; identificar uma área degradada e quais os sinais
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de alerta; compreender os efeitos da poluição do solo e da água. E não é só
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isso. Tem muito mais. O livro tem muito conteúdo relevante. Aproveite.
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ISBN 9786555580280
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos, Tiago da Rocha
Cengage – 2020.
Bibliografia.
ISBN 9786555580280
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Janguiê Diniz
Autoria
Daniele Candido da Costa
Graduada em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestra em gricultura
Tropical e Subtropical na subárea de Tecnologia da Produção Agrícola pelo Instituto Agronômico de
Campinas (IAC), cursando MBA em Gestão do Agronegócio pela Universidade ederal do Paraná (UFPR).
Atualmente é consultora acadêmica de exatas e agrárias.
Prefácio..................................................................................................................................................8
Este livro, Manejo do solo e plantas, tem como objetivo informar o leitor para
que ele possa manejar o solo de forma adequada. Informa, além de conceitos básicos
da área, conteúdo específico sobre agricultura, sustentabilidade e meio ambiente,
pesquisa em erosão, manejo e conservação do solo e da água.
Esta é apenas uma pequena amostra do que o leitor aprenderá após a leitura do
livro.
Desejamos que o leitor tenha uma carreira de sucesso, com muito prestígio. Aos
leitores, sorte em seus estudos!
UNIDADE 1
Agricultura, sustentabilidade e meio
ambiente
Introdução
Olá,
Você está na unidade Agricultura, Sustentabilidade e Meio Ambiente. Aqui você conhecerá
os princípios de sustentabilidade, e também, os impactos causados pela agricultura ao
meio ambiente quando não são usadas técnicas de manejo sustentável. Será levado a
buscar informações e interagir com a natureza de forma responsável, buscando métodos
inovadores do setor agropecuário para a produção de alimentos.
Bons estudos!
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1 NOÇÕES PRELIMINARES
A Unidade Agricultura, Sustentabilidade e Meio Ambiente apresentará, de forma clara e
objetiva, métodos e técnicas utilizados no Brasil e no mundo que contribuem para uma melhor
gestão dos recursos naturais. Como as Secretarias de Meio Ambiente contribuem com programas
de incentivo, fomentando práticas de recomposição florestal e recuperação de mananciais?
#ParaCegoVer: Na imagem temos dois tratores preparando o solo de uma área rural, o que
indica que em breve será usado pelo agricultor para plantio de alguma espécie agrícola.
Será possível conhecer melhor alguns dos principais documentos que são usados nos estudos
de impactos ambientais de determinados projetos, tais como,
Diante das mudanças climáticas percebidas a olhos nus em nosso planeta, cada vez mais
se exige do profissional que atua na área ambiental conhecimentos técnicos para tomadas
de decisões no caso de acidentes ou imprevistos envolvendo o clima e o tempo. É necessário
conhecimento para que se previnam acidentes e reduzam os impactos. Portanto, é importante o
desenvolvimento de atividades e técnicas que visam a redução do uso degradante do solo. Nesta
unidade será incentivada a capacidade de o aluno analisar de forma crítica e propor medidas
preventivas, objetivando a redução de impactos ambientais no uso do solo.
• Relacionar os efeitos sobre o meio físico-natural com ameaças à qualidade de vida dos grupos
sociais afetados;
• Aplicar procedimentos que facilitem a participação dos diferentes segmentos sociais no seu
estudo (do problema), bem como na difusão dos resultados encontrados. (BERTÉ, 2009, p. 75-76)
É importante que se tenha um olhar atencioso e crítico para todas as formas de impactos
ambientais. Como vimos nos tópicos acima levantados por Berté (2009), é preciso conhecer as
legislações que regulam as atividades produtivas causadoras de impactos na natureza. A legislação
pode ser na esfera federal, estadual e municipal. Muitos gestores públicos, ocupando cargos
em secretarias e ministérios, ignoram ou desconhecem as leis que foram criadas para mitigar
os estragos ao meio ambiente que algumas atividades podem causar. A gestão participativa
se faz cada mais necessária. Envolvendo sociedade civil, governo e empreendedores, todos
saem ganhando, pois, o retorno se dá através do aumento da capacidade produtiva de forma
sustentável e do aumento da qualidade ambiental dos ecossistemas.
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#ParaCegoVer: a imagem mostra uma criança cheirando uma muda prestes a ser plantada. É
nítida a interação do homem com a natureza. Temos que trabalhar para fortalecer esse vínculo.
• Físicas:
• Químicas:
• Biológicas:
O solo é fonte de alimentos, nutrientes, água, e diferentes formas de vida. Mas estudos
comprovam que o manuseio inadequado tem trazidos problemas muitas vezes irreparáveis,
tornando-o inapropriado para o cultivo, as chamadas terras inférteis. O manejo correto evita sua
destruição.
De acordo com Berté (2009), os impactos ambientais são ocasionados por choque de interesses
diretos ou indiretos envolvendo o homem e a natureza. Esses confrontos são considerados
como positivos ou negativos, ocasionais ou permanentes, locais ou globais. Desmatamento,
queimadas, erosão, aumento da camada de ozônio, efeito estufa, inversão térmica e poluição são
as consequências mais graves.
Por sua vez, o RIMA – Relatório de Impacto Ambiental contém as principais informações do
EIA, bem como sua conclusão, que são apresentadas no Relatório em linguagem clara e objetiva.
Deve ser ilustrado por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual,
de modo que todos entendam as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as
consequências ambientais de sua implementação.
FIQUE DE OLHO
A obra Cultura é natureza – tribos urbanas e povos tradicionais, da autora Lara Moutinho
da Costa, apresenta informações importantes sobre a perda da biodiversidade. De acordo
com a estudiosa, algumas das principais causas da perda de biodiversidade são: exploração
excessiva de espécies animais e vegetais pelo mercado; destruição e diminuição dos
habitats naturais; poluição do solo, água e atmosfera; ampliação desordenada das fronteiras
agropecuárias dentro de áreas nativas; mudanças climáticas e aquecimento global. (DA
COSTA, 2009)
Ainda, de acordo com a autora, dentre as consequências dessa perda estão: diminuição
da variedade na produção de alimentos; aumento da vulnerabilidade de ecossistemas
aos desastres naturais; restrições do uso de energia; menor oferta e distribuição irregular
de água potável; crescimento de doenças e epidemias; instabilidades sociais, políticas e
econômicas (DA COSTA, 2009)
A desertificação é um fenômeno que ocorre nas regiões de clima árido, semiárido e subúmido
secos, onde grandes porções de terras se tornam desertos. Ela pode ter várias causas, mas em geral
está relacionada a mudanças no clima e alterações no uso que o homem faz do solo. (CASARIN,
2011, p. 64)
• Técnicas de Reflorestamento
Silvicultura: Consiste em colher a floresta por meio de cortes parciais, pois, evitando o
corte total, aumenta-se a produtividade e a erosão é reduzida. Essa técnica se dá pelo gradual
crescimento de árvores novas que ocupam o lugar das que foram cortadas;
• Agricultura Sintrópica
da terra, que piora os impactos de enchentes; a perda de fertilidade do solo; a menor captação
de carbono da atmosfera.
#ParaCegoVer: A imagem mostra a ocupação do solo por gado e, ao fundo, uma plantação de
milho. A imagem apresenta o uso da terra para mais de uma cultura.
No mesmo período de criação da lei 6.938/81, também foi criado o SISNAMA (Sistema
Nacional de Meio Ambiente) e o Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente). O primeiro
com o propósito de integrar e coordenar a política ambiental nacional, e compatibilizar a atuação
municipal, estadual e federal. O segundo, é um órgão consultivo e deliberativo. Trata-se de um
colegiado representativo de cinco setores, sendo eles os órgãos federais, estaduais e municipais,
o setor empresarial e a sociedade civil.
Nessa lei, o termo meio ambiente é definido como “o conjunto de condições, leis, influências
e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas” (BRASIL, 1981).
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Em seu art. 2º fica definido que A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar,
no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à
proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
Lei nº 7.876, de 13 de dezembro de 1989 O Governo Federal através da Lei 7.876/89 institui o
dia nacional de conservação do solo, a ser comemorado todo dia 15 de abril. Esta data visa motivar a
importância e a necessidade de sua preservação, conscientização dos produtores e toda a sociedade
para um uso sustentável.
Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 A Lei 12.651/12 que atualiza e estabelece o novo Código
Florestal, dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de
1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-
67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Em seu Art. 1°, estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação
Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima
florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios
florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.
químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas
substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Em seu Art. 3º define que a proteção do solo
deve ser realizada de maneira preventiva, a fim de garantir a manutenção da sua funcionalidade ou,
de maneira corretiva, visando restaurar sua qualidade ou recuperá-la de forma compatível com os
usos previstos. Parágrafo único. São funções principais do solo:
I - Servir como meio básico para a sustentação da vida e de habitat para pessoas, animais,
plantas e outros organismos vivos;
III - Servir como meio para a produção de alimentos e outros bens primários de consumo;
VIII - Servir como meio básico para a ocupação territorial, práticas recreacionais e propiciar
outros usos públicos e econômicos.
FIQUE DE OLHO
O CAR – Cadastro Ambiental Rural, criado pela Lei 12.651/12 consiste em um registro
eletrônico público, de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais. O registro
tem a finalidade de integrar informações ambientais das propriedades rurais referentes
à situação das Áreas de Preservação Permanente - APP, das áreas de Reserva Legal, das
florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas
consolidadas. Com isso, compõe-se uma base de dados para controle, planejamento
ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
3 EROSÃO DO SOLO
Agora que os conceitos básicos sobre agricultura e uso do solo foram apresentados,
conheceremos com mais detalhes as causas e consequências da erosão do solo. Percebe-se que
o mau uso da terra traz como consequência a perda de nutrientes, desertificação e abandono de
áreas que poderiam ser cultivadas, caso fossem usadas as técnicas adequadas.
A ação do fluxo de água, e a ação dos ventos, são processos superficiais e naturais que levam a
erosão do solo. Porém, além dos processos naturais, existem os processos que derivam da intervenção
humana, como a agricultura intensiva, construções de estradas, desmatamentos, atividades comerciais
que interferem nas mudanças climáticas, construções irregulares em encostas, entre outros.
A ação da chuva e intempéries podem causar a chamadas “voçorocas”, que são grandes
buracos de erosão. Esse fenômeno geológico acontece onde há indícios da falta de cobertura
vegetal, deixando o solo desprotegido. Um exemplo são as constantes chuvas fortes em regiões
determinadas, que, caso fosse coberta por vegetação, a água iria percolar o solo de forma lenta, uma
vez que as árvores fazem o papel de filtro. Sem as árvores, a água da chuva arrasta os sedimentos,
causando erosão, degradação e formação de crateras sobre o solo.
São muitos e variados os processos que levam a degradação dos sistemas de produção. Em geral,
ocorre em duas fases: A primeira denominada degradação agrícola e, a segunda, degradação biológica.
A degradação agrícola é o processo inicial no qual o sistema perda da produtividade econômica, com
desequilíbrio pela ausência no sentido de mantê-lo no ponto ideal de controle de ervas daninhas e de
agentes bióticos adversos (fitopatógenos, pragas), resultando em menor produção da cultura principal.
Nessa situação, não há necessariamente uma perda da capacidade do solo em sustentar o acumulo de
biomassa, porém, haverá perdas devido a redução do potencial de produção das plantas cultivadas.
Nos sistemas de pastagens do Estado do Acre, principalmente naquelas formadas em sucessão à
floresta primaria, a degradação agrícola é a forma mais comum e a porcentagem de ervas daninhas é
um indicativo do grau de degradação da pastagem. (WADT et. al, 2003, p.12)
No meio ambiente existem necessidades básicas para se ter uma vegetação bem-sucedida,
começando por uma análise do local, exigindo uma avaliação de todas as variáveis que possam
vir a afetar o desenvolvimento e o crescimento de uma vegetação.
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Incluímos nessa análise fatores como o clima, a vegetação nativa e os parâmetros microlocais,
como por exemplo, solo, possíveis condições tóxicas e topografia. Quando estamos revegetando, a
atividade pode se dar por meio de variedade de plantas e diferentes métodos de plantio. As árvores,
arbustos e gramíneas (plantas rasteiras), podem ser utilizadas na recuperação de áreas degradadas.
A escolha dependerá simplesmente da adaptação de cada uma na região onde será usada.
#ParaCegoVer: A imagem mostra uma área com pouca cobertura vegetal, e logo abaixo passa
um rio. Uma chuva forte nessa região, com ação dos ventos deslocaria sedimentos para o rio,
causando assoreamento
Erosão de respingos
Acontece quando o impacto de uma gota de chuva caindo cria uma pequena cratera
levantando partículas do solo. Dependendo da saturação do solo, os sedimentos arrastados
podem ocorrer em maior quantidade, pois o processo de infiltração é reduzido;
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Erosão laminar
Erosão em sulcos
A impermeabilização do solo nas grandes metrópoles e a canalização de rios são fatores que
acarretam as enchentes. A precipitação das chuvas em grande quantidade não tem por onde
escoar ou infiltrar.
As enchentes geralmente, são calamidades naturais que ocorrem quando um curso d’agua recebe
um volume de água superior ao que pode comportar, resultando em transbordamentos. Podem ocorrer
em lagos, rios, córregos e mares, devido a chuvas fortes contínuas. Mas nas cidades, as enchentes, na
maioria das vezes, ocorrem como consequência da ação humana.
As principais causas são: desmatamentos; assoreamento dos rios; alto grau de impermeabilização
do solo, devido ao calçamento de ruas e calçados com asfalto e concreto; lixo que entope os bueiros
e galerias de águas pluviais, impedindo a dispersão das águas; e a retificação dos rios: na natureza, os
rios são curvilíneos, ou seja, caminham como uma serpente. Esse trajeto diminui muito a velocidade da
água. Retificá-lo significa aumentar sua velocidade, podendo ocasionar transbordamentos. (DA COSTA,
2009, p. 64-65)
FIQUE DE OLHO
Mata Ciliar é a vegetação que acompanha os rios. Sua função é proteger os leitos contra
detritos e sedimentos. Assim como os cílios protegem os olhos, a mata ciliar protege os rios,
evitando que os mesmos fiquem assoreados.
incontáveis, tanto para os cidadãos, como para os gestores públicos. Podemos dar como exemplo
vários tipos de , como veremos abaixo:
Perdas financeiras
Cidadãos e gestores públicos terão gastos não esperados. Os cidadãos terão dispêndios para
reconstruírem suas casas, na compra de novos móveis, veículos, entre outros bens. Já os prefeitos
e governadores são os responsáveis por reerguer as cidades, com novas pavimentações de ruas,
desassoreamento dos rios e reconstruções de praças e espaços públicos.
Perdas comerciais
Com a água invadindo lojas e estabelecimentos comerciais, na maioria das vezes mercadorias
que seriam vendidas são perdidas, deixando os comerciantes com enormes prejuízos, muitas
vezes tendo que recomeçar suas atividades do zero.
Perdas de vidas:
Dentre as perdas, podemos considerar essa a principal, pois não são recuperadas. As perdas
de vidas humanas e animais podem se dar de diversas formas. As mortes podem ser causadas por
soterramento, afogamento ou doenças contraídas em contato com a água contaminada, como
por exemplo a leptospirose, entre outras.
Cada vez mais é preciso pensar no planejamento das cidades e na gestão ambiental como um
todo, pois uma população consciente e educada é fundamental para termos mais qualidade de vida.
A crise ecológica atual, em suas diferentes manifestações, seja no nível global ou local, tem
suas origens no processo de desenvolvimento da sociedade moderna. Ou seja, ela está diretamente
relacionada ao modo como a sociedade, a economia e a política se organizam, e tem sido agravada
pelo crescimento explosivo da população e pela distribuição desigual e injusta da riqueza.
Os problemas ambientais que nos afligem hoje são os resultados do consumo excessivo dos
recursos naturais, para atender o crescimento das populações, das cidades e das economias dos
países ao redor do globo. Nesse consumo, predomina o mito da natureza infinita, que existe até hoje
na mentalidade das pessoas. Trata-se de uma ideia errônea, que nos faz achar que os recursos que
a natureza nos oferece são infinitos e inesgotáveis, levando-nos a usar esses recursos de maneira
irresponsável e inconsequente. (FILHO, S. R., 2009, p.10)
No estado do Rio de Janeiro foi criado o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais
(PSA), um instrumento econômico que segue o princípio “protetor-recebedor”. O programa visa
recompensar e incentivar cidadãos que provêm serviços ambientais, melhorando a rentabilidade
das atividades de proteção e uso sustentável de recursos naturais.
O PSA foi criado pelo decreto estadual nº 42.029/11 e representa um avanço para a proteção
dos recursos hídricos, das florestas e da biodiversidade no estado. As modalidades de Serviço
Ambiental são:
PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Legislações ambientais;
• Erosão do solo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTÉ, R. Gestão Socioambiental no Brasil. Curitiba: IBPEX; São Paulo: Saraiva, 2009.
BRASIL. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
CASARIN, F.; DOS SANTOS, M. Água: o ouro azul – usos e abusos dos recursos hídricos.
Ed. Garamond, 2009.
Bons estudos!
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1 PESQUISA EM EROSÃO
A preocupação quanto ao uso degradante do solo vem mobilizando profissionais e instituições
de todo o mundo. Dados divulgados pela ONU (Organização das Nações Unidas) comprovam que
a cada 5 segundos o solo equivalente a um campo de futebol desaparece no mundo. Além dos
fatores naturais, a intervenção do homem com suas atividades econômicas intensifica ainda mais
esse desgaste.
FIQUE DE OLHO
A FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura trabalha no
combate à fome e à pobreza, promove o desenvolvimento agrícola, a melhoria da nutrição,
a busca da segurança alimentar e o acesso de todas as pessoas, em todos os momentos, aos
alimentos necessários para uma vida saudável. Reforça a agricultura e o desenvolvimento
sustentável, como estratégia a longo prazo, para aumentar a produção e o acesso de
todos aos alimentos, ao mesmo tempo em que preserva os recursos naturais. Saiba mais
acessando a página da FAO: http://www.fao.org/brasil/programas-e-projetos/pt/
O “Dia Mundial do Solo” é comemorado dia 05 de dezembro. Essa data foi criada com a
intenção de conscientizar sobre a importância da conservação do solo e sua relação quanto à
sobrevivência da humanidade.
#ParaCegoVer: A imagem mostra oito pessoas reunidas em torno de uma mesa de trabalho. Atrás
delas, é apresentado um quadro-negro com um esquema de termos inter-relacionados através de
setas e ícones ilustrativos. Na parte superior do quadro está escrita a palavra “organização”. Abaixo
dela e ligadas por setas, estão escritas as palavras “direção (ou equipe gestora)” e “administrativo”.
Abaixo da palavra “direção”, estão escritas as palavras “visão e políticas” e “relacionamentos”.
Abaixo da palavra “administrativo” está escrito “missão. A imagem representa diferentes atores
A imagem mostra oito pessoas reunidas em torno de uma mesa de trabalho. Atrás delas, é
apresentado um quadro-negro com um esquema de termos inter-relacionados através de setas e
ícones ilustrativos. Na parte superior do quadro está escrita a palavra “organização”. Abaixo dela
e ligadas por setas, estão escritas as palavras “direção (ou equipe gestora)” e “administrativo”.
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Figura 2 - Semear
Fonte: Shutterstock, 2020
#ParaCegoVer: a imagem mostra uma mão semeando em solo fértil. O cuidado com a terra
nos permite colher bons frutos.
1. Se torna mais fino e denso e as plantas não têm como firmar suas raízes;
2. O solo perde a capacidade de retenção da água, tornando-o mais seco e com menos
disponibilidade hídrica para as plantas;
3. Junto com as partículas do solo que são levadas pela água, também se vão os nutrientes
que ficam na parte superficial.
A forma mais extrema de erosão, causada pela ação água, pode ser verificada em situações
como deslizamentos de terras, queda de barreiras, voçorocas, entre outras. A ação dos ventos
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também pode causar destruição, derrubando árvores, formando grandes buracos e contribuindo
para o processo erosivo do solo.
Deterioração Física:
• Compactação do solo – Causado por diversos fatores como o pisoteio de gado, tráfego de
veículos, animais e pessoas;
• Elevação do lençol freático – Fatores como irrigação inapropriada e enchentes ocasiona uma
entrada excessiva de água no solo, não condizente com a capacidade natural de drenagem;
FIQUE DE OLHO
SERRAPILHEIRA – Chamada também de Manta Morta ou Liteira é constituída por camada de
materiais como restos de plantas, folhas ramos, entre outros e material orgânico vivo, todos
eles em diferentes estágios de decomposição. A serapilheira reveste o solo ou o sedimento
aquático de forma superficial e sua principal função é devolver a estes seus nutrientes.
No que se refere à evolução, o ciclo da decomposição da matéria orgânica pode ser rápido, como
é o caso dos solos bem drenados, arejados e pouco ácidos ou, muito lento, nos solos com excesso
de água ou ácido. No primeiro caso, a atividade biológica se desenvolve fortemente por um grande
número de micro-organismos aeróbios, que promovem a biodegradação rápida das matérias vegetais,
e como produtos resultantes estão o CO2 e o NH3, que são liberados durante as transformações; e as
substâncias solúveis ou insolúveis que, posteriormente, vão formar compostos húmicos mais ou menos
polimerizados a depender do PH do meio (CUNHA, MENDES, e GIONGO, p. 275, 2015).
Figura 3 - Serrapilheira
Fonte: Shutterstock, 2020
#ParaCegoVer: a imagem mostra uma camada de material orgânico no solo de uma floresta,
formando uma grande serapilheira.
Existe uma diferença entre a ciclagem de nutrientes nos ecossistemas naturais e nos
agrossistemas. Veremos a seguir:
• Ciclagem de nutrientes nos agrossistemas – Nesse caso existe uma perda de nutrientes atra-
vés da erosão do solo, extração das plantas e mineralização, causando uma saída de nutrien-
tes maior que sua entrada, e a consequência é um desequilíbrio na reciclagem de nutrientes.
Carbono (CO2) • Hidrogênio (H2O) • Oxigênio (O2, H2O) • Nitrogênio (NO3-, NH4+) • Fósforo
(H2PO4-, HPO42-) • Potássio (K+) • Cálcio (Ca2+) • Magnésio (Mg2+) • Enxofre (SO42-) • Ferro
(Fe2+) • Manganês (Mn2+) • Boro (HBO3) • Zinco (Zn2+) • Cobre (Cu2+) • Cloro (Cl-) • Cobalto
(Co2+) • Molibdênio (MoO42-) • Níquel (Ni2+)
De acordo com artigo publicado pela Universidade Federal da Paraíba sobre produção da
serrapilheira e ciclagem de nutrientes em uma área de Caatinga, pesquisas comprovam que
Estudos sobre ciclagem de nutrientes abordando a vegetação nativa da caatinga, são praticamente
inexistentes, apesar da importância biológica do processo de movimentação de nutrientes entre o solo
e a planta, principalmente quando se leva em consideração as severas condições endafoclimáticas
predominante no bioma, retratando assim o elevado nível de desconhecimento científico da sua
vegetação e em consequência, da sua utilização. As restritivas condições ambientais do semiárido,
a falta de políticas adequadas, a fiscalização ineficiente e os altos níveis de pobreza propiciam o
desmatamento desordenado da caatinga, acelerando o ritmo de degradação do solo, dos recursos
hídricos e da qualidade de vida da população, contribuindo assim para o processo de desertificação.
(SANTANA, 2005, p. 95)
práticas adequadas de manejo, desenvolvendo pesquisas com o objetivo de avaliar o estado de sua
conservação e possibilitando uma gestão adequada e segura dos recursos naturais.
#ParaCegoVer: a imagem mostra a limpeza de um solo saudável, sendo preparado para o plantio.
FIQUE DE OLHO
Relação C/N – A relação C/N é um índice que permite avaliar o grau de evolução da matéria
orgânica do solo ou a importância de sua mineralização. Permite, também, avaliar a atividade
biológica do solo e a capacidade de produzir formas nitrogenadas assimiláveis. A C/N do
solo perto de 10 e acima de 12 é uma indicação de carbono em excesso. As aplicações de
resíduos com relações C/N muito altas levam mais tempo para decompor os resíduos e um
maior consumo de nitrogênio para buscar o equilíbrio da C/N do solo.
• Permeabilidade;
• Densidade;
Quando o solo é mantido em estado natural, com as estruturas acima mencionadas, podemos
afirmar que este solo é fértil.
#ParaCegoVer: a imagem mostra uma estrada cortando um campo verde. O solo da estrada
está compactado pelo uso de máquinas e passagens de veículos.
PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Saber mais sobre a matéria orgânica e ciclagem de nutrientes, assim como entender
os benefícios para o solo.
CASARIN, F.; DOS SANTOS, M. Água: O Ouro Azul – Usos e Abusos dos Recursos Hídricos,
Ed. Garamond, 2009.
CUNHA, T.; MENDES, A.; GIONGO, V. Matéria Orgânica do Solo; Embrapa, 2015.
Bons estudos!
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A forma como a água entra no solo é chamada de infiltração, sendo que inicialmente o
seu valor é elevado e vai diminuindo com o tempo, e quando o solo se encontra saturado essa
taxa é constante (SOBRINHO, 2003). Um outro item importante e que deve ser considerado é
a velocidade de infiltração, ou taxa de infiltração i, ela depende da textura e da estrutura dos
solos. Os solos mais argilosos ou arenosos com partículas agregadas, possuem poros maiores e,
portanto, maior velocidade de infiltração.
Reichardt e Timm (2004) reforçam que a infiltração determina o balanço de água na zona das
raízes e assim, o seu conhecimento é essencial para um bom manejo do solo e da água. Ainda,
segundo os autores, algumas implicações práticas decorrem da infiltração. O comportamento
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do solo quando seco durante uma chuva ou irrigação, será de permitir a infiltração da água.
Porém, com a diminuição da taxa de infiltração ao longo do tempo, e em caso de intensificação
das chuvas, parte da água escoa pela superfície do solo. Desse processo pode ocorrer a erosão.
Nesse caso, não há o controle da condição meteorológica, e cabe ao produtor o correto manejo
da irrigação para evitar esse efeito.
Segundo Brandão (2003), a textura e a estrutura do solo são características que influenciam
a movimentação da água pois determinam a sua quantidade de macroporos. Por exemplo, os
solos de textura grossa, os arenosos, possuem uma maior quantidade de macroporos do que
os argilosos que possuem textura fina, assim, quando saturados possuem uma maior taxa de
infiltração. Entretanto, um ponto de atenção levantado por Brandão (2003) é de que solos
argilosos bem estruturados também podem apresentar taxas de infiltração altas, e tão altas
quanto dos solos arenosos. Isso se deve a estabilidade dos agregados, assim, quanto maior a
resistência dos agregados, maior a taxa de infiltração. Conforme descrito por Santos e Pereira
(2013), uma maior agregação e coesão das partículas faz com que o solo se torne mais poroso e
isso favorece a infiltração, e a matéria orgânica permite essa maior agregação.
A cobertura do solo também afeta a infiltração, se pensarmos nas áreas urbanas, por exemplo,
o escoamento em uma rua asfaltada será diferente de um parque com grama. Nas cidades a água
pode escoar rapidamente pelos telhados, pavimentos, até os cursos d’água próximos causando
enchentes (MOTTA, 2007).
O escoamento de uma área rural, sem tanta impermeabilização do solo, será maior. Há também o
efeito causado pela cobertura vegetal que é de proteger os agregados do impacto direto da água, em
matas densas, por exemplo, o escoamento acontece pelas laterais de tronco e folhas e de forma suave.
Em regiões topográficas planas ou relativamente planas, há maior absorção das águas provenientes de
precipitação, e assim um menor volume de escoamento superficial (SANTOS, 2013).
Outros pontos importantes são: a umidade inicial do solo, quanto mais seco maior a infiltração;
carga hidráulica, quanto maior a espessura da lâmina de água maior a infiltração; a temperatura
afeta a viscosidade da água e assim a velocidade de infiltração pode aumentar (CARVALHO, 2006).
As raízes decompostas, rachaduras, caminhos feitos pela fauna, auxiliam gerando caminhos por
onde a água pode se movimentar. E da mesma forma a compactação do solo pelo tráfego intenso
de máquinas ou animais, pode reduzir a infiltração no solo (CARVALHO, 2006).
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O manejo ideal envolve compreender os fatores ligados ao solo e suas características, como
a maneira com que ele se comporta ao absorver água. Quando pensamos em solo e irrigação
devemos pensar em responder os seguintes questionamentos: quando, quanto e como irrigar?
Para responder ao quando e quanto precisamos pensar no horário e quantidade de água ideais.
A quantidade de água correta, além de favorecer a economia de água e energia ainda assegura a
produtividade e qualidade dos produtos, e de certa forma auxilia na conservação do solo.
2 PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS
Bom, como discutimos um pouco, algumas práticas auxiliam na conservação do solo e afetam
a capacidade de infiltração do solo e por consequência o manejo da área irrigada. Veremos a seguir
algumas das práticas de caráter edáfico, vegetativo e mecânico que auxiliam no cuidado com o solo.
As práticas de caráter edáfico são aquelas relativas às melhorias das características do solo.
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Situações de pré-cultivo, a espécie escolhida como adubo é conduzida de forma com que seja roçada
e/ou podada em sua máxima acumulação de nutrientes e após alguns dias de sua decomposição é
introduzida a cultura de interesse comercial. As espécies podem ser tanto incorporadas ao solo quanto
deixadas na superfície do solo para decomposição. O autor cita que é muito comum nesse sistema a
produção de hortaliças aliadas às espécies de rápido crescimento como feijão guandu (Cajanus cajan),
mucuna preta (Mucuna pruriens) e crotalária (Crotalaria juncea).
Consórcio, é quando o plantio ocorre de maneira conjunta, nesse caso os nutrientes serão
fornecidos para a cultura de interesse comercial ou quando o adubo verde se desenvolve mais
para o fim do ciclo, para a cultura seguinte. Algumas culturas onde pode ser adotado são produção
de mamão, maracujá, açaí e cupuaçu. O cultivo do adubo verde é realizado nas entrelinhas do
cultivo comercial e manejada de tempo em tempo para deposição de biomassa sobre o solo.
Adubação verde móvel, quando é plantada em uma área diferente daquela de interesse
comercial e assim é necessário transportar partes da planta de um local para o outro. Esse sistema é
interessante onde o acesso a adubos é dificultado e também onde há limitação por área de cultivo.
FIQUE DE OLHO
A espécies de leguminosas são muito conhecidas por serem adubos verdes eficientes, tais
como crotalária, mucuna preta, mucuna-cinza, feijão guandu, feijão de-porco, e amendoim.
Algumas não leguminosas utilizadas são milho, sorgo, milheto, girassol, capim-elefante,
braquiária. Como critérios para escolha das espécies é importante considerar que tenham
capacidade de fixação de nitrogênio, elevada produção de biomassa vegetal e acúmulo
de nutrientes, proporcionar rápida e elevada cobertura do solo, possuir sistema radicular
vigoroso e profundo, ter elevada produção de sementes e ser adaptada às condições de solo
e clima da região em questão. E você aluno, consegue pensar em mais alguma espécie que
se encaixaria nesses critérios?
Adubação química, orgânica e calagem: são essenciais para repor os nutrientes retirados pela
cultura e no caso de a calagem permitir a disponibilidade de outros elementos para a planta. Um
solo com baixa disponibilidade de nutrientes limita o crescimento das culturas e assim reduz a
cobertura do solo. E quando se fala em conservação do solo, fala-se de evitar a perda da fertilidade
e do controle ou redução da acidez nociva e, por essa razão, essas práticas são essenciais.
Práticas de caráter vegetativo: são aquelas onde usa-se a vegetação para proteger o solo e
assim minimizar a sua degradação.
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Plantas de cobertura: são plantas que têm como objetivo cobrir o solo protegendo-o de
processos erosivos e lixiviação de nutrientes. A diferença da adubação verde e das plantas cobertura
é que a primeira busca liberar os nutrientes rapidamente, já a segunda demora mais tempo para
disponibilizar os nutrientes. Essas plantas são utilizadas principalmente nas entrelinhas dos cultivos
comerciais, e além das vantagens já mencionadas também protegem a matéria orgânica do solo
contra a ação direta dos raios solares. Sugere-se que seja uma prática adotada nas entressafras,
lembre-se que é importante manter o solo coberto pelo maior período possível.
Rotação de culturas: é uma prática onde se alternam em uma mesma área, diferentes
culturas. É feito um planejamento considerando os diferentes níveis de exploração do solo pela
raiz e também o quanto cada cultura extrai de nutrientes do solo. A prática contribui para reduzir
a incidência de pragas e doenças, por alternar o hospedeiro preferencial desses organismos,
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Algumas outras práticas que podem ser adotadas são: cordões de vegetação permanente,
barreiras vivas ou faixas de retenção, alternância de capinas e cobertura morta.
Práticas de Caráter Mecânico são aquelas que usam estruturas artificiais para a redução da
velocidade de escoamento da água, a ideia é fazer a água perder força e não remover a superfície
do solo.
Não há como falar de irrigação e manejo de áreas irrigadas sem falar de drenagem. Drenagem
é o processo de remoção do excesso de água dos solos. Ela permite dar aeração, estrutura e
resistência ao solo. Todo solo é drenado naturalmente, porém, não significa que essa drenagem é
capaz de tornar a exploração daquele solo viável, então, algumas medidas precisam ser adotadas.
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Mas quem gera um excesso de água? Tanto a precipitação, como as irrigações e até mesmo o
lençol freático que em certas localidades e épocas do ano pode se elevar.
#ParaCegoVer: A imagem apresenta uma área com alto grau de erosão. O solo está exposto, sem
cobertura, em alguns pontos e apresenta uma grande deformação formando uma grande fenda.
Porém, um ponto importante e que pode passar despercebido é que essa é uma
situação extrema, e certamente mais complexa a resolver, mas essa degradação não ocorre
inesperadamente, salvo situações excepcionais. Assim, é importante ter atenção aos sinais iniciais
de degradação. Lembrando que é importante recuperar as áreas não somente para recuperar a
sua capacidade produtiva, mas também para recuperar a função ambiental e os ecossistemas que
ali habitam. Para tal podem ser adotadas estratégias de curto prazo e de longo prazo.
Falando nos termos utilizados há uma diferença entre área degradada e área alterada ou
perturbada. Uma área degradada não retorna ao estado inicial naturalmente, porém, em uma área
alterada ou perturbada, o ambiente pode se regenerar naturalmente. Ainda podemos falar em
recuperar ou restaurar. Ao recuperar uma área estamos restituindo uma situação de degradação,
podendo ser uma condição diferente da original. Quando falamos de restauração a área precisa ser
o mais próximo possível daquela original. E a reabilitação, considera que não há possibilidade de se
obter uma condição igual a original, assim, busca-se uma alternativa para aquele ambiente.
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Erosão: são processos que alteram o relevo e formam crateras. Os solos perdem os nutrientes
e podem se tornar improdutivos. O desmatamento pode agravar a erosão, e gerar o deslizamento
de terras já que a vegetação serve como camada protetora e diminui o impacto da água e dos
efeitos dos ventos sobre a superfície do solo.
Lixiviação: é um processo bem conhecido, é uma lavagem dos nutrientes do solo. Pode causar
a formação de voçorocas. Intensificado pelo desmatamento e/ou chuvas intensas. Salinização:
ocorre em áreas muito quentes, pois a intensa evaporação da água vai deixando sobre a camada
superficial do solo uma dura camada de sais. Nessas regiões normalmente existe pouca chuva e
alta taxa de evaporação.
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Sistemas produtivos agrícolas e florestais com foco conservacionista, tais como cultivo mínimo,
rotação de culturas, adubação verde e de cobertura, manejo de restos culturais e reaproveitamento
de resíduos, podem prestar serviços ambientais de suporte e regulação, como aumento da ciclagem
de nutrientes e de infiltração de água no solo e controle da erosão. Portanto, conhecer e monitorar
os indicadores de qualidade do solo, suas potencialidades e fragilidades e as características de cada
sistema, facilita a escolha das melhores formas de uso e manejo do solo (RACHWAL, 2015).
A seguir você poderá ver algumas das ações que podem ser tomadas, aplicadas ao PRAD e
que são grandes aliadas na recuperação de uma área. O primeiro passo é interromper a atividade
que está causando a degradação. Atividades como pecuária, agricultura, mineração, entre
outras, podem ser fatores de degradação que, após identificados, devem ser interrompidos. Essa
interrupção pode ser feita por medidas físicas, com auxílio de cercas ou construção de curvas
de nível. É importante realizar uma análise do solo para suprir a necessidades de adubação,
calagem, aração ou subsolagem. Em alguns casos há também a necessidade de adicionar uma
camada superficial para o solo. Algumas espécies são aliadas na hora da recuperação de uma área
degradada. E fazer a seleção depende do método de recuperação escolhido.
O adensamento também faz parte dos métodos, e é o plantio de novas espécies através de
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mudas ou sementes visando o recobrimento do solo, o plantio ocorre para encobrir as com falhas de
vegetação. Esse processo acelera a cobertura por espécies nativas e aumenta a chance da regeneração
natural para suprimir espécies indesejáveis. Há ainda o método do enriquecimento que é utilizado em
áreas em estágio intermediário de perturbação e pode ser feito por mudas ou sementes.
#ParaCegoVer: Na imagem podemos ver uma tabela onde as linhas são os tipos de área
degradada, em uma das colunas temos quais são os principais processos de degradação (meio
físico) e na outra coluna algumas medidas corretivas (meio físico).
discutido ainda mais atualmente com as descobertas frequentes de novos materiais e processos,
e esses precisam ser analisados para entender seus impactos no ambiente e minimizá-los. A
seguir veremos algumas das causas, consequência e formas de mitigar alguns desses impactos.
Nesse caso temos de exemplo a contaminação dos corpos d’água por resíduos durante uma
chuva. Segundo Mathiesen 2017, “a agricultura é um dos principais contribuintes para a poluição
difusa no meio rural, mas as deposições no meio urbano também são contribuintes importantes
para a poluição não pontual”. A poluição da água gera um fenômeno chamado de eutrofização,
onde a presença de compostos com nitrogênio e fósforo resultam na reprodução acelerada de
alguns organismos que já estão presentes no ambiente.
Esse processo é devido a um desequilíbrio ambiental, que pode ser temporário, mas durar dias ou
meses. O crescimento desregulado desses organismos pode gerar um prejuízo grande para as comunidades
que utilizam aqueles cursos d’água. Os maiores causadores da poluição da água são a agropecuária, quando
há uso e descarte inadequado de insumos, a urbanização inadequada, sem as devidas estruturas de
saneamento e descarte de dejetos, a indústria, com o indevido descarte de resíduos.
Substâncias como lixo, esgoto, agrotóxicos e outros tipos de poluentes produzidos pela ação
do homem provocam sérios efeitos no meio ambiente. As consequências da poluição do solo
são: solos inférteis, alteração da tipografia, perda da fauna, alteração das características do solo e
perda da capacidade de drenagem natural.
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PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
CARVALHO, DF de; SILVA, LDB da. Hidrologia. Rio de Janeiro: Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro, 2006.
Bons estudos!
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1 SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERA
O sistema de solo-planta-atmosfera (SSPA), faz parte da biosfera e está sujeito a um equilíbrio
dinâmico desses elementos. A interação desses elementos forma um sistema que permite
o desenvolvimento dos diferentes ecossistemas. A seguir iremos falar um pouco sobre cada
elemento.
Solo
A fração sólida é composta por substâncias inorgânicas e materiais orgânicos. A fase líquida
forma a solução do solo, onde se encontram elementos químicos. E os gases que circulam entre
as partículas do solo formam a fração gasosa, sendo resultante de processos bioquímicos, como
a respiração de raízes, microrganismos e da macrofauna.
Planta
Atmosfera
se beneficiar dos seus efeitos. E assim, surge a necessidade de sistemas de transporte. Você com
certeza já ouviu falar do xilema e do floema, eles são papel importante nesse processo.
O xilema transporta água e sais minerais das raízes para a parte aérea, e o floema transporta
os produtos da fotossíntese das folhas maduras para as áreas de crescimento e de estoque (como
raízes, frutos, folhas jovens etc.). A imagem a seguir apresenta um esquema resumido da função
de xilema e floema.
#ParaCegoVer: A imagem apresenta uma planta com sua parte aérea e raiz em um corte
transversal, na raiz há setas que indicam absorção de água e minerais, e mostrando um fluxo
que vai subindo da raiz até a parte aérea. Setas indicam a absorção de substâncias pela folha
e realização da fotossíntese. Os fotoassimilados se disseminam pela planta, e isso é indicado
por setas azuis. Em cada lado da planta há o desenho de um vaso representando o xilema em
vermelho e floema em azul. O xilema indica um fluxo único, com esferas verdes representando
água e sais minerais, sem película no vaso indicando um fluxo livre e sustentado por lignina. Já
no floema a imagem indica que pode haver o fluxo de duas vias, mediado por películas e esferas
verdes representando água e fotoassimilados.
O xilema, como indicado na figura, faz o carreamento de água e sais minerais, sem película no
vaso indicando um fluxo livre e sustentado por lignina. As células que o compões são chamadas de
elementos do xilema, células mortas que formam vasos capilares que fazem a comunicação entre
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os tecidos da planta. As paredes desses tecidos são muito resistentes, pois imagine a pressão que
elas precisam suportar. Assim como indicado pelas setas na imagem apresentada, o sentido do
transporte é ascendente.
Sua estrutura é formada elementos traqueais: traqueídes e elementos de vaso que são
células longas, lignificadas e mortas, assim não apresentam membranas e organelas, e cada qual
se comunica com a seguinte. Mas atenção, há uma diferença nesses vasos dependendo da sua
divisão, pteridófitas, gimnosperma, angiosperma. Em angiospermas e em um pequeno grupo de
gimnospermas são encontrados os elementos de vasos, já os traqueídes estão presentes tanto
nas Angiospermas como nas Gimnospermas.
O floema também redistribui água e vários compostos orgânicos na planta. Assim como
podemos identificar na imagem, há o fluxo de duas vias desses. As células do floema, chamadas de
elementos crivados que transportam açúcar e outros compostos orgânicos. A expressão “elemento
crivado” inclui os elementos de tubo crivado, encontrados em angiospermas e altamente
diferenciadas, e as células crivadas, encontradas em gimnospermas e não especializadas. O
floema também contempla as células companheiras e as células parenquimáticas.
A energia livre da água é composta por quatro principais fatores: potencial osmótico Ѱo,
potencial de pressão Ѱp, potencial mátrico Ѱm e potencial gravitacional Ѱg. Já o potencial
hídrico ѰH nas células vegetais é decomposto apenas em potencial osmótico Ѱo, e o potencial
de pressão Ѱp, pois o gravitacional e mátrico são considerados desprezíveis se tratando da célula.
O movimento da água pode se dar em um grupo de moléculas que se movem por alguma
compressão mecânica ou a própria gravidade, o chamado fluxo de massa; num movimento
espontâneo e ao acaso de partículas individuais, a difusão; ou em um movimento da água através
de uma membrana semipermeável, a osmose (Kerbauy, 2008).
Mas como a planta absorve a água disponível no solo? Pelo contato da superfície da raiz com o
solo, o que parece simples de compreender, embora não seja tão simples na prática. A raiz precisa
de uma boa superfície de contato para garantir a absorção da quantidade necessária de água,
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e aí que os seus pelos entram em ação. Segundo Taiz e Zeiger (2013), “os pelos são projeções
filamentosas das células de epiderme que aumentam significativamente a área de superfície das
raízes, proporcionando, assim, maior capacidade para a absorção de íons e água no solo”.
A região onde ocorre maior absorção é no ápice da raiz. Regiões mais velhas da raiz e que já
desenvolveram exoderme possuem menor capacidade de absorção. Há redução no movimento da
água em situações de: baixas temperaturas, níveis elevados de dióxido de carbono, anaerobiose
ou tratamento com inibidores da respiração (Kerbauy, 2008; Taiz e Zeiger, 2013). Em solos
alagados, por exemplo, a anaerobiose é comum, e como há redução de absorção, mesmo na
presença de água, a planta murcha.
As células que compõe essa região absorvem intensamente sais minerais e assim a pressão
osmótica nas células é elevada, o pelo absorvente é mais concentrado que o solo, assim para
que mais sais entrem na célula, precisamos de transporte ativo, ou seja gasto de energia. A água
aproveita desse fenômeno para entrar nas células a partir da osmose. A osmose caracteriza-se
pelo fluxo de água de um meio menos concentrado para um meio mais concentrado. Ambos os
elementos, água ou sais minerais, seguem em direção a região central da raiz. O trajeto da água
até o xilema inicia no solo, pelos, cortéx, endoderme, pericicloxilema.
FIQUE DE OLHO
Atente-se, pois, existem dois caminhos para o deslocamento da solução em direção
ao cilindro central, que é a região central da raiz. Pode acontecer a movimentação da
água pelos espaços intercelulares, é a chamada via apoplástica, até́ a endoderme. A via
simplástica, é o deslocamento da solução aquosa através dos citoplasmas das células
corticais. Pela via simplástica as células utilizam os plasmodesmos para se comunicar e
formar o simplasto contínuo.
A solução de água e sais minerais encontram uma barreira natural na endoderme, e que
protege o interior do cilindro central e impede o refluxo ao córtex, há um reforço em “U” nas
monocotiledôneas e as estrias de Caspary nas dicotiledôneas. Dessa forma os compostos precisam
atravessar a membrana plasmática e o citoplasma das células da endoderme (dicotiledôneas) ou
células de passagem (monocotiledôneas).
Diferentes forças podem provocar o movimento da água no xilema, como a pressão positiva
da raiz e a capilaridade. Mas a teoria mais completa para explicar os movimentos em maiores
distâncias é a teoria da coesão e tensão, e que explica a formação do potencial de pressão.
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2.3 Capilaridade
A capilaridade ocorre pela interação de forças como adesão, coesão e tensão superficial
da água, com a força da gravidade agindo sobre a coluna de água. E considerando essas forças
quanto mais estreito for o tubo, mais alto a água subirá. Isso se dá devido às forças atrativas da
superfície, que são maiores em relação à da gravidade, ou seja, a subida da água em um tubo
capilar é inversamente proporcional ao raio do tubo. Um ponto importante é que esse movimento
é relevante apenas para plantas vasculares de pequeno porte.
Como resultado da remoção de água do xilema, a seiva fica sob tensão (pressão negativa), que
é transmitida para as regiões inferiores da planta até as raízes, através das colunas contínuas de água
existentes nos traqueídeos ou nos elementos de vaso. Nas raízes, o menor potencial de água (mais
negativo) da seiva do xilema fará com que a água se mova em direção aos elementos condutores vinda
da solução do solo atravessando o córtex e a endoderme. A teoria da coesão e tensão fundamenta-se
na existência de uma coluna contínua de água indo da ponta das raízes, passando pelo caule, até́ as
células do mesofilo das folhas.
Mas a maioria dos nutrientes essenciais e que são retirados do solo são íons, eletricamente
carregados, e assim a cama de ácidos graxos apolares que compõe a matriz lipídica das membranas
impõe uma barreira à sua passagem. (Taiz e Zeiger, 2013). Assim, para transportar esses íons e
outras moléculas maiores como açúcares, aminoácidos, ácidos orgânicos e alguns fitormônios,
necessita-se da mediação por proteínas integrais que possuem um canal interno hidrofílico, o qual
atravessa a barreira hidrofóbica da membrana. Ao atravessarem a endoderme essas substâncias
chegam ao estelo e os sais minerais são bombeados para o interior das traqueides e dos elementos
de vasos, quem faz esse trabalho são as células de transferência (Schwambach e Sobrinho, 2014).
FIQUE DE OLHO
Um conceito muito importante quando falamos de nutrição vegetal é o apresentado
pela Lei de Liebig, ou a chamada Lei do Mínimo. A ideia estabelece que a produtividade
é limitada pelo elemento que está presente em quantidade menor. Ou seja, mesmo
se aumentarmos a quantidade dos outros nutrientes isso não afetará a produtividade.
A representação mais famosa dessa lei é um barril com ripas menores e maiores. Se
enchermos ele de água, a ripa menor é que determinará o quanto de água poderemos
colocar no barril.
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3.1 Água
O déficit hídrico tem como efeito primário reduzir o potencial hídrico, acarretar na
desidratação célula e resistência hidráulica. E como fatores secundários a redução da expansão
celular, das atividades celulares e metabólicas, fechamento estomático, inibição fotossintética,
abscisão foliar, alteração na partição do carbono, citorrise, cavitação, desestabilização de
membranas e de proteínas, produção de ERO, citotoxidade iônica, morte celular. Embora o déficit
hídrico seja, em geral, mais enfatizado, o excesso de água no solo também é prejudicial às plantas.
Esse excesso pode acontecer tanto em ambientes encharcados quanto em solos compactados. O
efeito negativo dessas condições é a remoção do oxigênio do solo.
Um ponto que também pode afetar a disponibilidade de água no solo é a umidade relativa
do ar, pois ela determina o gradiente de pressão de vapor entre a cavidade estomática foliar e a
atmosfera. Significa que esse gradiente é uma força motora da perda de água por transpiração. O
efeito da baixa umidade é um amplo gradiente de pressão que, mesmo quando há água no solo,
impede a sua absorção. Quanto mais a planta transpirar, mais ela irá demandar água.
Em geral, a redistribuição de água nas raízes ocorre durante a noite, pois é durante esse
período que a demanda evaporativa das folhas é menor. Mas em situação de ponto de murcha
permanente o que acontece é que mesmo esse período noturno a redistribuição é lenta e não há
tempo da planta se recuperar. E então o que seria esse ponto de murcha permanente (PMP)? O
PMP é o teor de umidade no qual a planta não consegue mais retirar água do solo.
elementos que auxiliam no desenvolvimento das plantas e devem ser bem compreendidos. Há
uma definição clássica desenvolvida por Arnon & Stout (1939) sobre os critérios para determinar a
essencialidade de um elemento. Eles consideram que para tal o elemento deve estar diretamente
envolvido no metabolismo da planta, a planta não deve ser capaz de completar o seu ciclo de
vida na ausência do elemento e a função do elemento é específica, o que quer dizer que nenhum
outro elemento poderá substituí-lo.
Entretanto, essa diferença é apenas nas quantidades, e não a nível de importância. Como
destacado por Lacerda et al. para cada átomo de molibdênio, um micronutriente, a planta
requer um milhão de átomos de nitrogênio (macronutriente). E assim, segundo o autor, se o
nitrogênio for suprido na forma de nitrato (NO3 -), na ausência de molibdênio, o nitrogênio
não será assimilado, pois é essencial para a redução de NO3- para amônio (NH4+). Assim, não
haverá síntese de aminoácidos e de proteínas e a planta não crescerá adequadamente. Alguns
elementos não podem ser considerados essenciais pois não atendem os requisitos, porém, são
importantes para as plantas. Eles são chamados de benéficos, alguns deles são o sódio (Na),
silício (Si) e cobalto (Co). Eles são importantes para as plantas, mas sua ausência não é um fator
limitante.
PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
LACERDA, C. F.; ENÉAS FILHO, J.; PINHEIRO, C. B. Fisiologia Vegetal. Apostila. Dept. Eng.
Agrícola-UFC, Fortaleza, 356 p., 2002.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5ªed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2013.
O livro Manejo do solo e plantas é direcionado para estudantes
de cursos da área de agricultura e manejo do solo. Além de abordar
assuntos gerais, o livro traz conteúdo específico dos seguintes
assuntos: agricultura, sustentabilidade e meio ambiente, pesquisa
em erosão, manejo e conservação do solo e da água.