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PROFESSORA
Me. Andreia Gonçalves
PAISAGISMO
NEAD
Núcleo de Educação a Distância
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de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard,
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Hellyery Agda, Revisão Textual Érica Fernanda Ortega, Ilustração Marta Kakitani, Fotos Shutterstock.
2
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10
com princípios éticos e profissionalismo, não maiores grupos educacionais do Brasil.
somente para oferecer uma educação de qualidade, A rapidez do mundo moderno exige dos educadores
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão soluções inteligentes para as necessidades de todos.
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo- Para continuar relevante, a instituição de educação
nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional precisa ter pelo menos três virtudes: inovação,
e espiritual. coragem e compromisso com a qualidade. Por
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia,
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro do ensino presencial e a distância.
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, promover a educação de qualidade nas diferentes áreas
com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. do conhecimento, formando profissionais cidadãos
Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais que contribuam para o desenvolvimento de uma
de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos sociedade justa e solidária.
pelo MEC como uma instituição de excelência, com Vamos juntos!
boas-vindas
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja,
iniciando um processo de transformação, pois quando estes materiais têm como principal objetivo “provocar
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta
profissional, nos transformamos e, consequentemente, forma possibilita o desenvolvimento da autonomia
transformamos também a sociedade na qual estamos em busca dos conhecimentos necessários para a sua
inseridos. De que forma o fazemos? Criando formação pessoal e profissional.
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível e construção do conhecimento deve ser apenas
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos
se educam juntos, na transformação do mundo”. fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe
Os materiais produzidos oferecem linguagem das discussões. Além disso, lembre-se que existe
dialógica e encontram-se integrados à proposta uma equipe de professores e tutores que se encontra
pedagógica, contribuindo no processo educacional, disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em
complementando sua formação profissional, seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe
desenvolvendo competências e habilidades, e trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, acadêmica.
autora
PAISAGISMO
Este livro tem como objetivo orientar os estudos e desenvolvimento de projetos de pai-
sagismo na escala do micropaisagismo, voltado ao profissional de design de interiores.
Assim, contém conhecimentos que tratam das definições da atividade de paisagismo;
caracterização de tipologias vegetais utilizadas nos projetos; breve histórico do pai-
sagismo mundial e brasileiro; princípios de composição em projetos de paisagismo;
etapas de projeto e sua representação gráfica, e, por fim, apresenta as tipologias de
projeto paisagístico e demandas de projetos contemporâneas.
______________ _______________
UNIDADE I UNIDADE IV
RECONHECENDO A VEGETAÇÃO REPRESENTAÇÃO GRÁFICA EM PAISAGISMO
14 Definicão de Paisagismo 130 Representação Gráfica à Mão Livre
16 Caracterização das Espécies 136 Representação Técnica
20 Uso Paisagístico 139 Peças Gráficas do Projeto Paisagístico
24 Classificação das Tipologias de Vegetação 143 Etapas de Projeto
40 Referências 154 Referências
41 Gabarito 155 Gabarito
_______________ _______________
UNIDADE II UNIDADE V
HISTÓRIA DO PAISAGISMO PROJETOS PAISAGÍSTICOS
48 Breve Histórico do Paisagismo: Da Pré-História à 162 Tipologias de Projeto: Paisagismo Residencial
Idade Média
165 Tipologias de Projeto: Paisagismo Comercial
59 Breve Histórico do Paisagismo: Renascimento
168 O Micropaisagismo
65 Breve Histórico do Paisagismo: Modernismo e
173 Demandas Paisagísticas Contemporâneas
Pós-Modernismo
179 Paisagistas e Projetos Contemporâneos
68 Paisagismo no Brasil
193 Referências
79 Referências
194 Gabarito
80 Gabarito
195 CONCLUSÃO GERAL
_______________
UNIDADE III
COMPOSIÇÃO EM PAISAGISMO
86 Princípios de Composição
94 Elementos de Composição no Paisagismo
110 Características dos Elementos de Composição
123 Referências
124 Gabarito
RECONHECENDO A VEGETAÇÃO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Definição de paisagismo
• Caracterização das espécies
• Uso paisagístico
• Classificação das tipologias de vegetação
Objetivos de Aprendizagem
• Reconhecer as tipologias vegetais.
• Conhecer conceitos do paisagismo.
• Identificar as características das plantas.
• Aprender as formas de uso da vegetação nos projetos de
interiores.
unidade
I
INTRODUÇÃO
DEFINICÃO DE
PAISAGISMO
14
DESIGN
15
PAISAGISMO
CARACTERIZAÇÃO
DAS ESPÉCIES
Por se tratarem de seres vivos, o desenvolvimen- identificação e utilização do vegetal. Envolve seu
to das plantas depende de várias características do comportamento, sua relação com o meio e suas ne-
ambiente. Segundo Vilaça (2005), as plantas são se- cessidades básicas. São eles:
res vivos e se comportam como tal, sendo assim, • nome popular;
quanto mais o jardim se aproximar da realidade • nome científico;
natural, mais bonito ele será. O jardim deve ser • origem geográfica;
pensado como um meio de integração e não um • temperatura;
espaço onde as plantas funcionam apenas como • solo adequado;
adornos. • luminosidade;
Para se conceber um jardim, é necessário o co- • rega;
nhecimento de fatores importantes para o bom • multiplicação;
desenvolvimento da vegetação. Estes fatores com- • espaçamento de plantio;
preendem um mínimo de dados que permite a • crescimento.
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DESIGN
SOLO
17
PAISAGISMO
Fonte: a autora.
Trata da distância ideal para o desenvolvimento
confortável da muda. Esta característica pode ser
adaptada no projeto e, para criar efeitos, pode-se di-
minuir ou aumentar este espaçamento. REFLITA
CRESCIMENTO
No desenvolvimento de projetos paisagísticos,
é fundamental que seja sempre considerado
O crescimento é a velocidade com que a planta atin- o porte adulto da vegetação, que é variável
ge a maturidade, podendo variar conforme as con- de acordo com cada espécie e tipologia; as-
sim, o aspecto final do jardim será o mesmo
dições ambientais e de manutenção; podendo ser concebido em projeto. Deve-se lembrar que
de crescimento lento, que na maioria dos casos tem a vegetação é um elemento vivo e que se mo-
uma durabilidade maior, ou de crescimento rápido, difica de acordo com o crescimento.
18
DESIGN
19
PAISAGISMO
USO PAISAGÍSTICO
uso paisagístico trata da forma que as plantas podem ser usadas dentro de um jardim.
O
Formas de composição e associação de espécies vegetais, buscando criar aspectos visuais
que podem ser estéticos ou de proteção.
As plantas podem ser usadas como:
BARREIRA FÍSICA
São possíveis por meio do uso de plantas que, por sua textura, porte ou forma, criam uma
barreira física que impede a passagem. Comumente chamado de cerca viva, este elemento
tem função de proteção e cercamento, barreira visual, proteção contra ventos, além da fun-
ção estética. Nesse tipo de elemento, as plantas mais utilizadas são as arbustivas.
20
DESIGN
FORRAÇÕES
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PAISAGISMO
CERCA-VIVA
ISOLADO
22
DESIGN
SAIBA MAIS
MACIÇOS
Muitas espécies permitem seu plantio e uso
Os maciços são formados por meio do agrupamen- em vasos, seja a pleno sol, meia sombra ou
em ambientes internos, o que pode ser muito
to de plantas, seja de uma mesma espécie ou de es-
explorado em projeto de interiores. Os vasos
pécies diversas. Os maciços podem ter tamanhos e podem ser usados isoladamente ou em agru-
formas diversas, desde pequenos maciços até agru- pamentos, com vasos de tamanho igual ou
em tamanhos, alturas e materiais diversos.
pamentos de grande extensão. Em um maciço, po- Os vasos podem são encontrados prontos em
dem ser associadas plantas de tipologias diferentes formas, cores e texturas diversas e são facil-
mente integrados à composição do jardim.
como herbáceas mais junto ao solo, arbustivas fa- Um tipo de vaso muito utilizado no paisagismo
zendo o fechamento mediano, e arbóreas que pro- contemporâneo é o chamado vaso vietnamita.
movem recobrimento no plano mais alto, buscan- Fonte: a autora.
do criam linhas de visão que preencham o espaço.
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PAISAGISMO
CLASSIFICAÇÃO DAS
TIPOLOGIAS DE VEGETAÇÃO
As espécies são divididas em grupos de acordo com suas características físicas e
seu comportamento. Neste livro, elas serão divididas em 7 grupos a saber: arbó-
reas, arbustos, palmeiras, herbáceas, aquáticas, trepadeiras e bromélias.
24
DESIGN
ARBÓREAS ARBUSTIVAS
As árvores são plantas perenes, ou seja, possuem Os arbustos, como o próprio nome sugere, apresen-
vida longa, possuem porte elevado (de modo geral tam algumas semelhanças com as árvores. No en-
acima de 5 metros) e tem como características físi- tanto, há diferenças que permitem distinguir as duas
cas um tronco lenhoso e bem definido e a presença categorias, sendo uma delas o porte. A maioria dos
de copa. As árvores podem ser classificadas quanto arbustos não atinge mais do que três metros de al-
ao porte em: pequeno porte (normalmente até 12 tura, os considerados grandes geralmente não ultra-
metros), médio porte (até 25m) e grande porte (aci- passam os seis metros.
ma de 25m). Como elementos de projeto, permitem diversi-
ficada forma de uso e apresentam-se volumetrica-
mente em uma infinidade de formas, tamanhos e
cores. Alguns se assemelham às pequenas árvores,
outros se mostram finos e pontiagudos, verdadeiros
elementos escultóricos, outros possuem folhagens
de cores diversas.
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PAISAGISMO
PALMEIRAS
26
DESIGN
Figura 14 - Areca bambu - Dypsis lutescens Figura 16 - Palmeira azul - Bismarckia nobilis
Fonte: Shutterstock. Fonte: Shutterstock.
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PAISAGISMO
Outras apresentam folhas semelhantes a uma pena, lidocarpus lutescens), Camedórea (Chamaedorea
chamadas pinadas (Syagrus romanzo�anum, Jeri- oblongata), Coralina (Chamaedorea erumpens),
vá). As raízes das palmeiras são fasciculadas, não Rafis (Rhapis excelsa) e a Tamareira anã (Phoenix
profundas, o que permite o transplante mesmo de robelinii).
indivíduos já adultos. Quanto ao porte, podemos
encontrar desde espécies de palmeiras de pequeno HERBÁCEAS
porte, atingindo cerca de 2m de altura, até as de por-
te maior que podem atingir 50m de altura. As herbáceas são plantas de pequeno porte, poden-
As palmeiras, por seu porte elegante e esguio, do alcançar altura de um metro ou pouco mais. Essas
conferem leveza e harmonia aos jardins. Em função plantas possuem tecidos pouco resistentes, ricos em
de seu crescimento vertical, são comumente utiliza- água, de corte fácil e sem caules definidos. Podem
das em áreas estreitas, tendo em vista a inexistência ser anuais, cujo ciclo de vida ocorre durante uma ou
de uma copa de grande diâmetro. Quando planta- duas estações do ano, ou perenes e se multiplicam
das isoladamente, principalmente as de grande por- por sementes, bulbos ou mudas. Algumas espécies
te, funcionam como marco ou referencial dentro de deste grupo podem ser utilizadas como forração
uma área qualquer, ao mesmo tempo em que as de (VILAÇA, 2005).
pequeno porte podem atuar como esculturas vivas. As espécies herbáceas são ricas em flores colo-
Algumas espécies podem ser cultivadas em ridas, sendo muito utilizadas para promover mais
interiores, são exemplo a: Areca bambu (Chrysa- vida ao jardim.
28
DESIGN
AQUÁTICAS
Figura 17 - 1- anfíbia; 2 - emergente; 3 - flutuante fixa; 4 – submersa livre; 5 – submersa fixa; 6 – flutuante livre; 7 – epífita
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PAISAGISMO
Aquelas que se desenvolvem totalmente embaixo São aquelas plantas que flutuam sobre as águas, mas
da água, podendo ser livre ou terem as raízes fixas. tem suas raízes fixas no fundo do lago. A Vitória Ré-
Normalmente estas espécies não são utilizadas no gia é um exemplo deste tipo de aquática. Esta espé-
paisagismo. cie apresenta folhas gigantes flutuantes que podem
atingir 2,2m de diâmetro (LORENZI, 2013).
FLUTUANTES LIVRES
EMERGENTES
30
DESIGN
TREPADEIRAS
Figura 21 - Inhame-preto – Colocasia esculenta var. Aquatilis Figura 22 - Tumbérgia - Thunbergia alata
Fonte: Shutterstock. Fonte: Shutterstock.
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PAISAGISMO
Sarmentosas
Arbustos escandentes
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DESIGN
Bromélias
SAIBA MAIS
floração exuberante.
33
considerações finais
34
LEITURA
COMPLEMENTAR
HORTA DE TEMPEROS
As hortas têm sido uma opção para se ter elementos verdes em pequenos espaços,
tendo tanto função utilitária, quanto estética.
Quando se deseja implantar uma horta é necessário saber que está necessitará de
pelo menos duas horas de sol todos os dias. O plantio das hortaliças pode ser feito em
pequenos vasos, floreiras de modo que tenham boa drenagem. Os vasos podem ser
colocados nas varandas ou até mesmo no peitoril das janelas, permitindo que as hor-
taliças recebam a luz solar.
Quando se tem pouco espaço disponível é possível montar uma horta vertical, utilizan-
do pequenos vasos que podem ser fixados em um painel ou diretamente nas paredes
ou por meio das bolsas vivas, estas fazem a função do vaso e recebem os temperos ou
hortaliças.
As regas devem ser feitas diariamente e em quantidades razoáveis, sempre em perío-
dos em que o sol esteja mais ameno; o indicado é regar as plantas no início da manhã
ou no fim da tarde.
Uma dica importante é que na hora do plantio as ervas sejam separadas, tendo em
vista que cada uma delas requer um cuidado especial. Para manter a boa drenagem do
solo, uma dica importante é usar pequenas pedras no fundo dos vasos, essas farão a
drenagem e o controle do excesso de água no vaso.
Na escolha das espécies que irão compor a horta, deve-se optar pelas espécies de
maior consumo. São exemplos de espécies para uso em hortas de temperos o alecrim,
manjericão, hortelã, orégano, tomilho, sálvia, pimenta e salsão.
Saiba algumas características dessas espécies:
O manjericão prefere temperaturas mais altas ou amenas. É muito utilizada em pratos
da cozinha italiana, como pizzas e molhos para massas.
O alecrim, por se tratar de uma planta muito resistente, é ideal para hortas com baixa
manutenção. Ele se adapta a climas mais quentes e secos, podendo passar até três dias
sem ser regado. É utilizado para temperar carnes, especialmente peixe e frango.
O salsão resiste bem ao inverno e necessita ser regado todos os dias para se desenvol-
ver bem. É recomendado para uso em sopas, saladas, omeletes e sanduíches.
A hortelã tem suas raízes mais profundas que as das demais ervas, assim indica-se que
seja plantada sozinha em um vaso, de modo que não prejudique o desenvolvimento de
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LEITURA
COMPLEMENTAR
Fonte: a autora.
36
atividades de estudo
3. Os maciços são:
a. Os maciços são formados por meio do agrupamento de plantas de uma
mesma espécie.
b. Os maciços sempre assumem os mesmos tamanhos e formas.
c. Em um maciço, podem ser associadas plantas de tipologias diferentes
como herbáceas, arbustivas e arbóreas.
d. Os maciços são formados por plantas herbáceas que promovem o reco-
brimento do solo.
e. Os maciços são usados para demarcar caminhos, circulações destacando
elementos construídos.
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atividades de estudo
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Plantas para Jardim no Brasil: herbáceas, arbustivas e trepadeiras
Harri Lorenzi
Editora: Instituto Plantarum
Ano: 2013
Sinopse: esta obra apresenta de forma objetiva e ilustra-
da as principais plantas ornamentais cultivadas no Brasil,
para composição de jardins e parques, arranjos florais, e
plantas de vaso para usos em interiores. Este livro abor-
da uma imensidão de espécies efetivamente utilizadas na
composição de jardins, com fins ornamentais.
Comentário: esta obra comporta-se como um grande
book de espécies ornamentais, o que tem facilitado muito
a atividade do paisagista na escolha das espécies que irão
compor os projetos.
Este vídeo apresenta 11 espécies que necessitam de pouca luz direta e que, portanto, al-
gumas delas podem ser facilmente usadas em interior. O vídeo destaca espécies do tipo
folhagem.
Em: https://www.youtube.com/watch?v=1dnkMo7vlBY
referências
ABBUD B. Criando Paisagens: Guia de trabalho em Arquitetura Paisagística. São Paulo: SENAC, 2006.
LORENZI, H. Plantas para jardim no Brasil: herbáceas, arbustivas e trepadeiras. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum, 2013.
VILAÇA, J. Plantas Tropicais: guia prático para o novo paisagismo brasileiro. Editora Nobel, 2005.
Referências On-Line
1
Em: <http://www.jardineiro.net/>. Acesso em: 23 mai. 2017.
40
gabarito
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UNIDADE
II
HISTÓRIA DO PAISAGISMO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Breve histórico do paisagismo – da Pré-História à Idade Média
• Breve histórico do paisagismo – Renascimento
• Breve histórico do paisagismo – Modernismo e Pós-modernismo
• Paisagismo no Brasil
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a história da atividade paisagística no mundo desde os
povos pré-históricos até a atualidade.
• Reconhecer as linhas de pensamento paisagístico que se
desenvolveram ao longo da história.
• Compreender o histórico de implantação e desenvolvimento do
paisagismo no Brasil.
• Reconhecer as diferentes linguagens paisagísticas.
• Conhecer e reconhecer os estilos de jardins, suas características e
elementos formais
unidade
II
INTRODUÇÃO
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DESIGN
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PAISAGISMO
Figura 2 – Stonehenge
Fonte: Shutterstock.
JARDINS DA ANTIGUIDADE
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DESIGN
Figura 4: Jardins suspensos da Babilônia Figura 5 – Jardim do Palácio de Golestan, Tehran, Irã
Fonte: Shutterstock Fonte: Shutterstock.
SAIBA MAIS
De acordo com a lenda, os jardins suspensos da Babilônia teriam sido construídos pelo do rei Nabuco-
donosor II (604-562 a.C.) para sua esposa Semíramis, para lembrá-la da vegetação das montanhas de
seu país natal: Media (Irã).
Estes jardins eram compostos de vários andares, com terraços apoiados por abóbadas e pilares de tijolo
e ligados por uma escadaria em mármore. No primeiro terraço, foram plantadas árvores de grande porte
como os plátanos, palmeiras, pinheiros e cedros. No segundo terraço, os ciprestes e árvores frutíferas.
Nos últimos terraços, estavam as anémonas, as tulipas, os lírios, as íris e as rosas, tão apreciados por
Semíramis. A água para irrigação do jardim era trazida do rio Eufrates por um sistema de irrigação fluvial.
Apesar da beleza descrita desses jardins, não há nenhum registro de como este foi construído, mantido
e qual o motivo de sua destruição. Não existe o registro em nenhum dos documentos encontrados na
Babilônia no período de Nabucodonosor da existência dos jardins suspensos
51
PAISAGISMO
52
DESIGN
53
PAISAGISMO
A arte do jardim na China e Japão sempre foi inde- São jardins cheio de simbolismo, tendo sido ori-
pendente da arte ocidental. Os jardins criados pelos ginados nos templos xintoístas, que têm como prin-
orientais estão baseados em outras crenças e foram cípio a adoração a divindades que representam as
destinados pelos habitantes à compreensão mais ín- forças da natureza, e nos budistas, que consideram a
tima da natureza. O ponto comum entre o jardim natureza como algo sagrado. Esses jardins remetem
japonês ou chinês era a presença de uma montanha à ideia de que o espaço é um bem escasso (COOPER,
ou um lago (PAIVA, 2004). 2006) e induzem o homem a enxergar a si mesmo.
Os jardins orientais têm sua origem associada A água é um elemento recorrente e pode ser en-
aos parques de caça chineses. E, por isso, buscam contrada em pequenos lagos e cascatas. Outros ele-
acomodar os elementos paisagísticos de modo que mentos também podem ser vistos em abundância
pareçam naturalmente acomodados, ou seja, que a como a pedra e o bambu.
interferência do homem seja minimamente perce- O jardim oriental exprime uma relação entre o
bida. Por exemplo, pedras de rio são dispostas para passado, o presente e o futuro. Tem como objetivo
sugerir que a própria natureza as colocou ali. expressar a essência da natureza em um limitado es-
54
DESIGN
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PAISAGISMO
Na Roma Antiga, primeiramente os jardins eram Estes jardins apresentavam os seguintes elementos:
destinados ao cultivo de legumes, frutas, ervas e flo- • estátuas;
res, chamados de hortus. Tinham caráter de subsis- • pergolados;
tência e todas as residências possuíam este tipo de • fontes;
jardim (DEMATTÊ, 2006). • bancos;
Posteriormente, surgem os jardins recreativos • peristilos (pátio cercado por colunas);
que se encontravam nas residências de alto poder • plantas em vasos ou golas;
aquisitivo. • balneários.
56
DESIGN
Os jardins romanos tiveram inspiração nos jardins gre- plantas medicinais, plantas frutíferas e flores de cor-
gos, podendo ser considerados aperfeiçoamento destes. te para a ornamentação dos altares. Na forma, os
Assim como os jardins gregos, os jardins romanos pos- caminhos cortavam-se em ângulos retos que faziam
suíam composições geométricas e simétricas e estavam menção a cruz cristã. Os jardins deste período são
associadas ao lazer, meditação e contemplação. Os jar- divididos em dois tipos: os monacais e os mouriscos
dins definiam o status e a importância da família. (DEMATTÊ, 2006).
Apesar das influências gregas, os jardins roma- Os jardins Monacais estavam localizados nos
nos tinham características próprias de seu povo, claustros dos mosteiros, com características funcio-
sendo espaços ordenados, metódicos e austeros. A nais, e possuíam formas geométricas e simétricas. Nes-
arquitetura era o elemento mais valorizado, sendo te período, as igrejas e mosteiros eram os centros de
comum para se ampliar a sensação de interpene- toda a atividade social. Os jardins tinham função de
tração do ambiente. Os muros do fundo do jardim produção de alimentos e hortaliças, ervas aromáticas
eram pintados com paisagens, árvores, fontes e ou- e medicinais, árvores frutíferas, flores, viveiros de pei-
tros elementos. xes, pássaros (livres ou em gaiolas), locais para banho.
Eram cultivadas plantas utilitárias e ornamen-
tais, sendo comum o uso de bordaduras vegetais nos
canteiros e de trepadeira (hera) revestindo partes
construídas (DEMATTÊ, 2006).
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PAISAGISMO
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DESIGN
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PAISAGISMO
de plantas de valor utilitário, quanto ornamental. No a conexão com a paisagem, por meio da criação de
entanto, segundo Noordhuis (2003), as plantas or- pontos de fuga. As flores são secundárias, a vegeta-
namentais substituem a maioria das utilitárias. ção é composta por ciprestes, tuias e buxinhos, de
Os jardins europeus do século XV ao XVIII são porte baixo e topiadas emoldurando os canteiros.
suntuosos e elaborados, sendo as plantas submetidas Outros elementos são presentes como as estátuas,
a formas artificiais por meio da poda, sendo produto escadarias e fontes de desenho clássico.
do culto à forma clássica (DEMATTÊ, 2006). Uma O jardim Inglês, porém, com inspiração nos jar-
característica importante para a atividade paisagís- dins chineses, busca imitar a natureza por meio de
tica nesse período é o desenvolvimento do projeto um traçado livre e sinuoso, com a presença de água
do jardim antes da execução, o que se deu também em lagos ou riachos, naturais ou artificiais.
pela complexidade deles. Na composição, os jardins Segundo Lamas (1993, p. 194), é no período clás-
fizeram uso da modulação classicista e do antropo- sico barroco que o paisagismo se estrutura “como
centrismo. um campo específico da arquitetura e do planeja-
As plantas utilizadas nos jardins do renascimen- mento urbano”, e a natureza ganha “os mesmos atri-
to eram menos variadas do que as utilizadas atual- butos culturais e estéticos que à cidade”. Neste perí-
mente, porém eles souberam evitar a monotonia nos odo, as cidades passaram por mudanças no modo
jardins (NOORDHUIS, 2003). Neste período, de- de viver urbano; surgem novas tipologias espaciais
ram-se três importantes estilos de jardins: o clássico como os parques, as alamedas, o jardim e o passeio
italiano, clássico francês e o Inglês. arborizado (LAMAS, 1993).
Em cada país, o jardim vai assumir característi-
cas próprias: enquanto na Itália são mais volumosos JARDIM ITALIANO
e opulentos; na França, as formas são mais sutis e
detalhadas, sendo predominante a vegetação de por- O jardim italiano é um jardim pensado nos detalhes
te baixo, dando destaque aos edifícios (DEMATTÊ, e buscava promover perspectiva arquitetônica. Para
2006). promover o prolongamento dos jardins, eram utili-
O Jardim Italiano e o Jardim Francês eram se- zadas muralhas, escadarias e parapeitos. A conexão
melhantes com relação à concepção de formas geo- gradual entre a massa de construção e de vegetação
métricas e simétricas. No entanto, no jardim italiano era feita por meio de pátios com pórticos. Os pas-
era abundante o uso de estátuas, já no francês a ve- seios eram feitos por passagens retilíneas e ortogo-
getação é quem ganha maior importância. nais entre si e a água estava presente de forma deco-
São características do estilo clássico as linhas ge- rativa em fontes.
ométricas e simetria dos traçados: círculos, retângu- Os elementos arbóreos e vegetais são subordina-
los e triângulos combinam-se. Costuma-se dizer que dos à arquitetura, sendo sempre recortados e topia-
este jardim era desenhado com régua e compasso, dos. A vegetação perene é a preferida, pois assegura
dada a geometrização das formas. o aspecto definitivo com o jardim e compõe com a
São comuns nesse jardim as sebes baixas e ri- arquitetura. Eram utilizadas plantas cítricas e orna-
gorosamente aparadas emoldurando os canteiros e mentais, dentre elas, as cidras, limoeiros e laranjeiras.
60
DESIGN
Não se usava flores, o foco era a massa arbórea. Na composição destes jardins, eram
comuns os labirintos.
Nas Figuras 28 e 29, vemos a ilustração dos jardins da Villa Lante, pode-se obser-
var os desenhos geométricos criados com o uso da vegetação topiada. Outra caracte-
rística marcante do estilo italiano encontrado neste jardim é a presença de água, junto
a uma fonte no centro do jardim, assim como o uso abundante de estátuas.
61
PAISAGISMO
JARDIM FRANCÊS
62
DESIGN
63
PAISAGISMO
XIX, os jardins eram patrimônio da classe mais rica; com o tempo, esse cenário
foi mudando e cada vez mais gente pode ter acesso aos jardins (NOORDHUIS,
2003). Optavam pela implantação de vários tipos de flores, folhagens, arbustos,
ervas. As plantas utilizadas eram aquelas que necessitavam pouca manutenção.
Entre as espécies estavam a lavanda, bela-emília, rosas, jasmim, hortênsias, aga-
pantos, glicínias entre outras.
SAIBA MAIS
64
DESIGN
65
PAISAGISMO
66
DESIGN
como o modernismo, com raízes no jardim inglês, que Nas Figuras 38 e 39, podemos observar as caracte-
apresentava justamente formas mais livres e sinuosas, rísticas dos jardins contemporâneos como o uso de
diferente dos padrões clássicos. Busca-se a integração iluminação cênica, buscando valorizar a vegetação
entre jardim e o ambiente construído, com a criação ou os elementos construídos; a relação entre a arqui-
de um jardim alegre e florido, integrado às áreas de la- tetura e o jardim; a interligação entre jardim e áreas
zer. Além da vegetação, este jardim será marcado pelo sociais, de lazer e descanso.
uso de mobiliário e elementos decorativos.
67
PAISAGISMO
PAISAGISMO
NO BRASIL
A introdução do paisagismo no Brasil foi tardia; os Nos palacetes do país, era visível o ecletismo,
primeiros grandes espaços verdes apareceram so- espécies brasileiras decorando jardins franceses e
mente no século XVIII. Ainda no período colonial, ingleses. Segundo Macedo (2012), o século XX foi
foram criados os primeiros passeios públicos do o período em que a atividade de paisagismo brasi-
Brasil, dentre eles o Passeio Público do Rio de Ja- leira se consolidou, libertando-se das influências
neiro em 1785, projetado por Valentim da Fonseca e europeias e assumindo uma identidade própria. O
Silva. Segundo Macedo (2012), este foi um marco na reflexo disso foi a introdução de espécies nativas do
história do paisagismo brasileiro, pois foi o primeiro Brasil nos projetos de paisagismo, incluindo a arbo-
espaço público criado para o lazer da população. rização urbana. De acordo com Macedo (2012), são
68
DESIGN
identificadas três grandes linhas projetuais na arqui- equipamentos como playgrounds, áreas de convívio
tetura paisagística brasileira: familiar, quadras esportivas.
No período moderno, a vegetação predomina,
podendo ser nativa ou exótica, seguindo uma lingua-
Eclética Moderna Contemporânea gem naturalista-tropical. A água ainda tem caráter
contemplativo e é desenhada tanto em formas orto-
gonais, como curvas, porém sempre assimétricas.
ECLÉTICO É comum a presença de elementos construídos
como jardineiras, bancos, mesas, fontes, monumen-
O ecletismo iniciou-se em 1783, com a abertura do tos, pisos e murais com desenhos bem elaborados
Passeio Público, e marcou a ruptura dos velhos pa- (MACEDO; SAKATA, 2010).
drões coloniais. A partir de então, outros espaços fo- O grande representante do paisagismo brasilei-
ram criados seguindo os conceitos vigentes na épo- ro neste período foi Roberto Burle Marx. Ele criou
ca, com forte influência os ideais culturais europeus. jardins tropicais com a presença marcante de plantas
Assim estes espaços de lazer eram compostos por nativas e exuberantes, como as bromélias.
elementos românticos, bucólicos e árcades. Eram
compostos por elementos como maciços arbóreos,
extensos relvados e águas sinuosas, semelhantes aos
parques europeus (MACEDO; SAKATA, 2010).
O tratamento do espaço é feito de forma livre,
dentro de uma visão romântica e idílica, buscando
recriar a imagem de paraísos perdidos, dos campos
bucólicos ou de jardins de palácios reais.
Eram espaços para contemplação, sendo raros os
espaços dedicados às atividades esportivas. A água
está presente em fontes, chafarizes, lagos e espelhos
d’água, seja com formas orgânicas ou geométricas
clássicas. A vegetação é utilizada de forma elaborada
em maciços arbustivos, forrações e arbóreas (MA-
CEDO; SAKATA, 2010).
MODERNO
69
PAISAGISMO
REFLITA
70
considerações finais
71
LEITURA
COMPLEMENTAR
72
LEITURA
COMPLEMENTAR
Neoecletismo ou pós-modernismo
Neste padrão, observa-se o incremento por parte dos projetistas, da utilização de formas tradi-
cionais, com uso constante de canteiros geométricos, cercados por bordaduras de plantas de es-
pécies como o buxinhos e o pingo de ouro, espécies que permitem a topiaria. Tem-se a volta do
uso de roseiras e demais espécies sazonais. Nos jardins privados, é retomado o uso de elementos
decorativos típicos dos jardins do ecletismo, como as estátuas clássicas, fontes e tanque inspirados
na velha Roma e palácios Barrocos e Renascentistas, uso de bancos, pérgulas e gazebos inspirados
no passado.
Ambientalismo
Resultado da conscientização pública em relação a problemas ambientais, esse tipo de projeto
tem como foco a vegetação nativa, que pode ser uma mata de araucárias, um manguezal, a vege-
tação de praia ou do cerrado. A partir dos anos 1970, percebe-se o valor dos remanescentes vege-
tais tanto no aspecto cênico, para a constituição dos espaços, como ambientais, como objetos da
preservação e conservação, a valorização da vegetação em seu estado natural é menor.
É possível encontrar paisagistas que trafegam por estes padrões de concepção de projeto com
facilidade, um padrão não predomina sobre o outro. A pluralidade de pensamentos e atitudes
que conduz a esta miscelânea de soluções espaciais é a característica deste momento. O período
atual do paisagismo se caracteriza por uma extrema liberdade e independência a qualquer tipo
de estilo (MACEDO, 2012).
73
atividades de estudo
74
atividades de estudo
75
atividades de estudo
76
atividades de estudo
77
PAISAGISMO
Jardin y paisaje
Paul Cooper
Editora: Editora Blume
Ano: 2006
Sinopse: o livro discute os jardins e sua relação com a pai-
sagem, fazendo uma breve abordagem dos jardins ao lon-
go da história. Ao longo da referência, são apresentados
diversos exemplos de jardins, com estilos, características e
locais distintos, promovendo ao aluno o entendimento so-
bre as diversas abordagens sobre o jardim.
78
referências
COOPER, P. Jardín y paisaje. Barcelona: Naturart, S.A. Editado por Blume, 2006.
Referências On-Line
1
Em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/2> . Acesso em: 06 jun. 2017.
2
Em:<http://www.infoescola.com/historia/jardins-suspensos-da-babilonia/>.
Acesso em: 24 mai. 2017.
79
gabarito
1. C.
2. A.
3. D.
4. C.
5. B.
80
UNIDADE
III
COMPOSIÇÃO EM
PAISAGISMO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Princípios de composição
• Elementos de composição no paisagismo
• Características dos elementos de composição
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer os princípios de composição de projetos de
paisagismo.
• Entender os elementos que compõem um jardim.
• Reconhecer as características dos elementos compositivos.
unidade
III
INTRODUÇÃO
PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO
A composição de um jardim exige o entendimento mo proporciona ao usuário uma rica vivência sen-
deste como obra de arte e como espaço utilizável, sorial, somando diversas e completas experiências
que despertará as mais diversas sensações em seus perceptivas.
usuários. O paisagismo trabalha com elementos di- O sentido da visão pode ser explorado de várias
versos que permite ao projetista explorar os efeitos e formas, pois este permite ao usuário a percepção do
sensações que um jardim pode causar. movimento das folhagens e copas provocados pelo
Segundo Abbud (2006), o paisagismo envolve vento, a mudança de luminosidade provocada pela
os cinco sentidos do ser humano e, quanto mais um luz do sol durante o dia, pela chuva que escurece,
jardim aguçar os sentidos, melhor este cumprirá seu pela própria escuridão da noite, pontuada pela luz
papel. Ao contemplar os cinco sentidos, o paisagis- da lua e das estrelas (ABBUD, 2006).
86
DESIGN
Quando a visão focaliza os elementos vegetais, O projeto de paisagismo deve fazer uso do jogo
percebe as formas das copas, flores e folhas, dos de dissimular e mostrar certos elementos, fa-
caules e galhos. Investiga as inúmeras cores das zendo com que percursos sejam marcados por
florações, folhas e folhagens e informa também prazerosas descobertas. A modelagem espacial
sobre as texturas, macias ou ásperas, miúdas ou diversificada por meio de volumes vegetais e
graúdas, sobre os efeitos de lisura ou rugosidade, construídos é a base de um bom projeto paisagís-
de brilho ou opacidade presentes em folhas e flo- tico. É por esse percurso que teremos sensações
res (ABBUD, 2006, p. 17). diferenciadas, incluindo a sensação de beleza
(ABBUD, 2006, p. 20).
Pelo tato, pode-se perceber diversas outras sensações Entendendo o espaço paisagístico a se projetar, de-
por meio do contato direto com os elementos do jar- ve-se pensar nos elementos que irão funcionar como
dim. Esse sentido nos permite perceber a temperatura tetos, paredes e pisos. No paisagismo, os tetos se
e características de textura dos elementos. Além, tam- constroem fazendo uso da copa das árvores, de per-
bém, de nos permitir a sensação de calor emitido pelo golados, caramanchões, gazebos. As paredes ou bali-
sol e o frescor da sombra das árvores e demais plantas. zas verticais podem ser feitas por arbustos, árvores,
O paladar possibilita experimentar o sabor dos taludes, rochas, morros, montanhas, muros. O piso
jardins, por meio de frutas e flores comestíveis, tem-
peros e especiarias, chás e infusões que podem ser SAIBA MAIS
implantados nos jardins, hortas e pomares.
A audição nos permite conhecer o som das
Lembre-se que técnicas de ampliação de
águas, o farfalhar das folhas, o balanço dos ramos, jardins já foram utilizadas pelos clássicos,
o canto dos pássaros, os ruídos do caminhar sobre no jardim inglês e no período moderno. Os
paisagistas faziam uso de técnicas para unir
pedras ou pedriscos (ABBUD, 2006).
o espaço do jardim à paisagem do entorno,
Pelo olfato pode-se perceber o perfume das flores, visando à ampliação dele ou à percepção de
folhas, cascas e ramos. Também pelo cheiro de chuva, um jardim sem limites.
de grama cortada (ABBUD, 2006), dentre outros, que O jardim pode ser ampliado e unificado à
enriquecem as sensações que um jardim pode pro- paisagem do entorno utilizando-se algumas
mover ao ser humano, explorando todos os sentidos. técnicas e conceitos de composição. Por meio
de desníveis ou fossos entre um plano e outro
De acordo com Abbud (2006), o espaço paisagís- do jardim, é possível provocar a integração
tico pode transmitir diferentes e contrastantes percep- entre este e a paisagem, pela ilusão de ótica.
ções ao usuário, dependendo das extensões, alturas e Essa técnica já era usada pelos paisagistas no
luminosidade do espaço. Deve-se entender que no período clássico. Outra forma de promover
jardim trabalha-se em grande parte com elementos esta unificação é por meio da composição e
disposição do estrato vegetativo, trabalhando
dinâmicos, que se transformam com o tempo, com a com plantas em alturas diferentes e crescen-
mudança das estações etc. Portanto, no projeto paisa- tes até atingir a altura do estrato vegetativo do
gístico, deve-se pensar para além das superfícies e vo- entorno, promovendo assim uma integração
entre o jardim e a paisagem do entorno.
lumes definidos pelas plantas, como nos espaços entre
elas, os “vazios” que serão utilizados pelas pessoas. Fonte: adaptado de Cooper (2006).
87
PAISAGISMO
pelos gramados, áreas pavimentadas, rampas, esca- A unidade em um jardim acontece quando en-
das, muretas, superfícies de água etc. (ABBUD, 2006). xergamos todo ele como um conjunto harmônico,
A inserção adequada dos elementos paisagísti- não havendo elementos desconectados ou em dis-
cos durante a composição de um jardim pode pro- cordância. Podemos concluir que os princípios de
mover sensações e percepções diferentes, pode-se, harmonia e unidade estão diretamente relacionados.
por exemplo, promover a sensação de ampliação do
jardim, conectando este à paisagem ou massa vege- Equilíbrio
tativa do entorno.
Os princípios de composição são importantes O equilíbrio é alcançado quando a organização do
para a criação de jardins agradáveis e harmoniosos. jardim oferece sensação de estabilidade, ou seja,
Na sequência, abordaremos alguns princípios de quando os pesos visuais são neutralizados. Ele pode
composição que devem ser aplicados no desenvol- ser explorado por meio do uso de elementos simé-
vimento de projetos paisagísticos, buscando sempre tricos (elementos de forma e organização idêntica)
a qualidade estética dos espaços e qualidade de vida ou por pontos que se equilibram na paisagem, mes-
dos usuários. mo não sendo idênticos, porém com pesos equiva-
lentes - equilíbrio assimétrico (DEMATTÊ, 2006).
Harmonia O equilíbrio pode ser dividido em simétrico, as-
simétrico e radial. O equilíbrio simétrico acontece
A harmonia de um jardim é o resultado do uso cor- quando os elementos se organizam de forma igual
reto e equilibrado dos vários elementos artísticos e em ambos os lados, sendo uma característica de jar-
funcionais. A harmonia é a percepção integrada do dins clássicos e formais. Este tipo de princípio pode
jardim, quando este se organiza por meio da unifica- ser visto na Figura 1, em que vemos que a vegetação
ção de uma ideia ou qualidade dominante.
A harmonia é alcançada quando aplicada a pro-
porção adequada entre os elementos (DEMATTÊ,
2006). O projeto do jardim deve ser um todo, um
conjunto de formas, cores, texturas etc. Estas devem
se relacionar e nunca destoar entre si, assim se al-
cançará a harmonia.
Unidade
88
DESIGN
89
PAISAGISMO
Movimento
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DESIGN
Ritmo
91
PAISAGISMO
Figura 9 - Ritmo
Fonte: Shutterstock.
direcionada.
Os elementos de interesse podem também ser Contraste e Analogia
chamados de pontos focais. Segundo Abbud (2006),
podem ser esculturas, painéis, edificações ou espé- O contraste é um elemento importante na composi-
cies vegetais de formas variadas e vistosas, que se ção do jardim, pois auxilia no aparecimento de ou-
destaquem na composição, podendo ser iluminado tro princípio, o movimento. Por meio da utilização
e servir como referência de localização para o usuá- de elementos com características opostas na forma,
rio, quando se tratar de um jardim com dimensões tonalidade, textura e cor, é possível promover tam-
maiores. Na Figura 10, os elementos de interesse são bém dinamismo e movimento ao jardim. No entan-
as palmeiras que, por sua forma e textura diferencia- to, possuir contraste não significa que os elementos
das e ornamentais, funcionam como destaque den- devam discordar, pelo contrário, ainda com contras-
tro do jardim. te o jardim deve ser harmônico.
92
DESIGN
Por outro lado, a analogia na composição de um Na Figura 12, o contraste acontece entre o de-
projeto parte do princípio da utilização de elemen- que de madeira em tom amadeirado e textura lisa e
tos com características semelhantes como cores pró- a vegetação em tonalidade verde vibrante e textura
ximas, formas e texturas semelhantes. pontiaguda. Acontece também com esta mesma ve-
Nas Figuras 11 e 12, podemos ver exemplos de getação e o revestimento da parede, em pedras, com
aplicação do princípio de contraste. Especificamente textura e cores também distintas.
na Figura 11, o contraste está presente na diferen- No entanto, vemos que ambos os ambientes são
ça de cores e textura entre o gramado e o deque de harmônicos e também possuem analogia, pois as to-
madeira, criando uma linha divisória clara entre o nalidades e materiais dos revestimentos são repeti-
recobrimento do solo. dos em vários pontos.
93
PAISAGISMO
ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO
NO PAISAGISMO
Neste tópico, abordaremos os elementos de com- ELEMENTOS NATURAIS
posição no paisagismo. Na elaboração de projetos
paisagísticos, trabalha-se com elementos variados, Água
sendo estes naturais como plantas, rochas, água, luz
ou elementos construídos e arquitetônicos como ca- A água é um dos principais elementos naturais utili-
minhos, bancos, pérgolas, quiosques, piscinas, chur- zados no paisagismo, ela tem a função de aproximar
rasqueiras, mobiliário, luminárias e outros elemen- os espaços construídos à natureza e é um elemento de
tos decorativos. Vamos conhecer alguns deles, suas interação. Ela pode ser utilizada de diversas formas:
características e formas de uso. em lagos, espelhos d’água, fontes, chafariz, cascatas etc.
94
DESIGN
Pedras
Figura 13 - Espelho d’água
Fonte: Shutterstock. As pedras são elementos muito utilizados em jar-
dins, em formas e tamanhos mais variados. Podem
Segundo Abbud (2006), água é sempre o centro das ser utilizadas em sua forma natural, fazendo parte
atenções nos jardins, exercendo fascínio sobre os da composição do jardim juntamente com as plan-
usuários, e proporciona tranquilidade quando uti- tas e lagos, ou podem ser lapidadas para uso como
lizada em superfícies horizontais sem movimento. revestimentos de pavimentos, pisantes, muros, esca-
A água sempre esteve presente nos jardins, tanto das ou em mobiliários.
como um elemento de composição estética, como O jardim de estilo oriental é um exemplo da uti-
com a função de climatização dos espaços. Em algu- lização de pedras. Neste tipo de jardim, as pedras
mas culturas, a água também apresenta valor simbó- eram utilizadas em sua forma mais natural, como
lico, representando a vida. elementos decorativos, nos caminhos, no entorno
dos lagos, como demonstra a Figura 16.
Figura 14 - Lago no jardim da Casa do Baile, Pampulha Figura 16 - Jardim com pedras
Fonte: a autora (2015). Fonte: Shutterstock.
95
PAISAGISMO
Luz
Figura 17 - Jardim com pedras
Fonte: Shutterstock. A luz é um elemento de grande importância em um
projeto paisagístico. Muitas vezes o efeito final do
Madeira jardim só é alcançado com a ajuda da luz. Pode ser
utilizada para focalizar um elemento de destaque ou
A madeira é um elemento muito presente no paisa- para iluminar o espaço de maneira uniforme.
gismo, principalmente em espaços interiores. Estão
presentes em várias partes do jardim como em de-
ques, mobiliário, pergolados, vasos etc. A madeira
pode ser utilizada de maneira mais natural, rústica
ou de forma trabalhada.
96
DESIGN
Figura 21 - Vegetação diversa em um jardim Figura 22 - Caminho sinuoso com pisantes de madeira.
Fonte: Shutterstock. Fonte: Shutterstock.
97
PAISAGISMO
Figura 23 - Caminho sinuoso com pisantes de pedra e pedriscos. Figura 25 - Caminho com pavimentação asfáltica
Fonte: Shutterstock. Fonte: Shutterstock.
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DESIGN
Pergolados
Caramanchões
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PAISAGISMO
Gradis
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DESIGN
Gazebo Deques
O gazebo é uma estrutura coberta, em formato cir- Os deques são elementos de pavimentação que fa-
cular ou em octógono, funcionando como áreas de/ zem a transição entre edificação e jardim. São es-
para convívio dentro do jardim. Este elemento foi truturas normalmente de madeira utilizadas em
muito utilizado no jardim de estilo inglês. jardins, varandas e bordas de piscina, podendo ser
utilizados em conjunto com plantas e iluminação.
Apesar de serem mais recorrentes em madei-
ra, os deques podem ser construídos com outros
materiais que simulem ou não a textura de madei-
ra, como porcelanatos, madeira reciclada, madeira
plástica, pedras.
101
PAISAGISMO
Espelhos d’água
Fonte/ Chafariz
Figura 39 - Espelho d’água
Fonte: Shutterstock. As fontes e os chafarizes foram elementos muito uti-
lizados nos jardins clássicos e, assim como os espe-
Os espelhos d’água são elementos que se adequam a lhos d’água, ajudam a umidificar o ar. São elementos
todo tipo de jardim, seja ele residencial, em espaços de destaque dentro da composição do jardim, de-
corporativos e comerciais, ou em praças e parques. monstrando imponência e a grandiosidade dele.
102
DESIGN
Vasos
Figura 42 - Chafariz
Fonte: Shutterstock.
Esculturas
Figura 43 - Esculturas nos jardins do parque Inhotim, MG Figura 45 - Vasos em material cimentício
Foto: a autora (2015). Fonte: Shutterstock.
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PAISAGISMO
Fonte: a autora.
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DESIGN
Mobiliário
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PAISAGISMO
Luminárias
106
DESIGN
Figura 58 - Arandelas
Fonte: Shutterstock.
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PAISAGISMO
REFLETORES:
PROMOVEM ILUMINAÇÃO
DIRECIONADA A ALGUM
ELEMENTO.
108
DESIGN
Têm-se ainda as luminárias móveis e decorativas que podem ser mudadas de lo-
cal e usadas para criar uma ambientação especial no jardim para um evento. As
Figuras 65, 66 e 67 ilustram essas luminárias.
1 3
109
PAISAGISMO
CARACTERÍSTICAS DOS
ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO
Os elementos que compõem um jardim podem ser Volume
percebidos por meio de suas cores, formas, linhas,
massa, volume e textura. As características plásticas O volume da vegetação - sua massa, seu preenchimen-
e estéticas de uma planta é o que definirá seu poten- to - é a principal característica da vegetação na criação
cial ornamental em uma composição paisagística. dos espaços. Assim, a disposição destes volumes de
As formas, linhas e volumes determinam o dese- forma agrupada, enfileirados ou isolados cria vazios
nho e a estrutura do jardim. O jardim é definido pela entre eles, que podem ser estreitos, largos, fechados,
forma e volume das plantas perenes, mais duráveis, abertos ou voltados a alguma vista, de acordo com a
normalmente arbustos e árvores (DEMATTÊ, 2006). forma de disposição e organização (ABBUD, 2006).
110
DESIGN
As plantas possuem volumes diferentes de acor- a monotonia. As sensações são distintas já que os es-
do com as estações. Uma mesma espécie cria espa- paços parecerão menores quando o volume das fo-
ços volumétricos diferentes no decorrer do ano; isso lhas da vegetação for maior no verão e terão aspecto
garante maior diversidade ao jardim, eliminando-se maior quando as folhas caírem no inverno.
Cores
111
PAISAGISMO
Formas
Figura 70 - Jardim com tons de verde
Fonte: Shutterstock. As formas são fundamentais no projeto paisagístico,
muitas vezes elas são resultado do estilo de paisagis-
mo implantado.
O jardim pode adquirir formas geométricas ou
orgânicas, mais parecidas com as encontradas na na-
tureza (DEMATTÊ, 2006).
Os elementos vegetais se dispõem em diversas
formas, existindo plantas mais arredondadas, ova-
ladas, alongadas, com galhos arqueados etc. O co-
nhecimento do porte da planta adulta talvez seja o
critério técnico mais importante, para que possam
ser evitados problemas futuros de incompatibilida-
de entre o espaço disponível e o crescimento da es-
pécie (BELLÉ, 2013).
Aluno(a), lembre-se que na Unidade I foi abor-
dada a importância de se considerar sempre o por-
te adulto da planta no desenvolvimento do projeto,
considerando, além de sua forma, o seu porte final,
garantindo que o efeito da composição desejado em
projeto será o mesmo que se concretizará com o de-
Figura 71 - Jardim em tons coloridos diversos
Fonte: Shutterstock. senvolvimento e crescimento da planta.
112
DESIGN
Textura
113
PAISAGISMO
114
DESIGN
REFLITA
115
considerações finais
116
atividades de estudo
117
atividades de estudo
118
LEITURA
COMPLEMENTAR
Desde a Antiguidade, os jardins foram espaços criados para o lazer e prazer onde é
possível viajar no tempo, experimentar sensações diferentes, promover encontros e
entrar em contato com a natureza em sua mais exuberante expressão (CHIMENTTHI;
CRUZ, 2008). O jardim é como fragmento de um sonho e deve ser compartilhado por
todo e qualquer usuário, incluindo os portadores de algum tipo de deficiência visual,
auditiva ou física. Os idosos também têm esse direito, com sua natural perda de mobi-
lidade e diminuição dos sentidos.
Analisando-se a evolução histórica do paisagismo, verifica-se que as funções dos jar-
dins se modificaram ao longo do tempo, mas, de forma geral, no passado, não privile-
giaram o acesso e o desfrute pelas pessoas portadoras de deficiência, principalmente
os cegos. Mesmo porque, para muitas civilizações antigas, tais pessoas eram vítimas de
preconceitos. Além disso, os jardins mais antigos foram sempre concebidos mais para
serem vistos do que sentidos. Muitas vezes, eram símbolos evidentes da riqueza e do
poder de seus proprietários (LEÃO, 2007).
No dia-a-dia tem-se a impressão de perceber tudo através dos olhos, como se os outros
sentidos estivessem adormecidos. Na verdade, as relações do homem com seu mundo
dependem de uma série de informações que o instigam a mover-se para investigar,
para buscar ou para defender-se, de maneira precisa e adequada, evitando lesar ou
ser lesado. A função do jardim sensorial é de retomar esses sentidos, avivar a percep-
ção adormecida e torná-la real novamente (BAPTISTA; FRANÇÃO; MARCHESE, 2008). Os
videntes tendem a perceber tudo através dos olhos e perdem os outros sentidos. Não
lembram, por exemplo, que as plantas podem ter uma textura agradável ao tato, além
de um bom aroma (DETONI, 2008). Os jardins, de uma maneira geral, representam
um espaço de lazer e prazer. Através deste espaço, é possível experimentar sensações
diferentes e entrar em contato com a natureza em sua mais exuberante expressão. O
jardim sensorial difere dos jardins comuns em sua proposta; ele deixa de ser apenas
uma área de lazer para se tornar, além disso, uma ferramenta de inclusão social de
pessoas com diversos tipos de necessidades especiais, como a visual, por exemplo, e
de ferramenta para reabilitação em fisioterapia para tratamento de distúrbios como
alteração da marcha, equilíbrio e propriocepção (ELY et al., 2006). Contudo, o jardim
119
LEITURA
COMPLEMENTAR
sensorial não beneficia apenas as pessoas com algum tipo de necessidade especial ou
que estejam em reabilitação, podendo ser útil para as demais pessoas por estimular
sentidos que se encontram adormecidos pela prioridade dada à visão, ajudando-os a
relaxar ao entrar em contato com a natureza e a reassumir seu corpo tendo seus sen-
tidos integrados (ELY et al., 2006). Um jardim sensorial propõe-se mostrar mais do que
os olhos estão acostumados a ver. É como reconhecer a Natureza de outra maneira,
por meio da textura das folhas, do cheiro das flores e do sabor ou do som dos pássaros
e vento. Mais do que um conceito filosófico, essa é uma ótima maneira para instigar o
amor às plantas em pessoas deficientes assim como em crianças (VEIGA, 2008). Desta
forma, o Jardim Sensorial oferece os recursos para que ocorra uma aprendizagem sig-
nificativa, pois o visitante poderá construir ideias baseando-se em suas experiências,
criando uma relação entre o que ele sabia anteriormente e o que ele está aprendendo
(BAPTISTA; EL-HANI, 2006).
O jardim sensorial deve ficar suspenso a uma altura pré-determinada, considerando
passagem tanto para cadeirantes quanto para deficientes visuais e idosos. Este recurso
garante o livre acesso a todos que queiram tocar as espécies com facilidade. Este tipo
de jardim sensorial possui grande influência oriental manifestando-se através dos se-
guintes sentidos do corpo humano (CHIMENTTI; CRUZ, 2008): · Tato, através das textu-
ras das plantas; · Audição, com os repuxos d’água, sons das folhas se mexendo, sons de
pássaros e outros animais; · Visão, através das cores exuberantes; · Olfato com os aro-
mas das espécies e, finalmente; · Gustação, tão importante na formação do paladar jun-
to com a olfação, a associação será feita através do gosto de algumas ervas do jardim.
As diferentes espécies possuem diferentes texturas e através delas é possível garantir
a sensação do tato. Um bom exemplo disso é o caso das plantas suculentas que podem
apresentar infinitas texturas e um resultado excelente, principalmente considerando
os deficientes visuais (CHIMENTTI; CRUZ, 2008). As pequenas fontes e repuxos d’água
também são responsáveis por agradáveis sensações e podem ser inseridas através de
um sistema de bombeamento de água semelhante ao utilizado em aquários, onde é
estimulada principalmente a audição. As cores exuberantes das flores e folhagens tam-
bém garantem excelentes resultados no que se refere ao aspecto visual do jardim, onde
suas combinações podem expressar as mais infinitas combinações. Petúnias, rabos-de-
-gato, violetas, lírios-da-paz, gerânios, ixoras e plumbagos estão entre as mais cotadas
120
LEITURA
COMPLEMENTAR
121
PAISAGISMO
122
referências
COOPER, P. Jardín y paisaje. Barcelona: Naturart, S.A. Editado por Blume, 2006.
123
gabarito
124
UNIDADE
IV
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
EM PAISAGISMO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Representação gráfica à mão livre
• Representação técnica
• Peças gráficas do projeto paisagístico
• Etapas de projeto
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer as ferramentas e desenvolver representações
paisagísticas à mão livre.
• Conhecer as técnicas e formas de apresentação de
projetos paisagísticos.
• Conhecer os desenhos que compõem um projeto
paisagístico.
• Conhecer as etapas para elaboração de um projeto de
paisagismo.
unidade
IV
PAISAGISMO
INTRODUÇÃO
128
DESIGN
129
PAISAGISMO
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
À MÃO LIVRE
Neste tópico, será abordada a representação de figu- Vamos iniciar com a representação de figuras
ras paisagísticas feita à mão livre, para uso no desen- vegetais, elementos fundamentais nos projetos pai-
volvimento e representação de projetos paisagísticos. sagísticos. Nestes desenhos, será utilizado como re-
Tratar-se-á do traço, formato da vegetação, textu- ferência para a criação do desenho um círculo guia,
ra da folhagem, formação de conjuntos vegetais, al- com traço fino, feito com compasso ou com gabarito
gumas representações de revestimentos e elementos de círculos. Essa linha guia ajudará no desenvolvi-
construídos e os efeitos de luz e sombra no desenho. mento das figuras que representarão a vegetação.
130
DESIGN
131
PAISAGISMO
Arbustos
Figura 3 - Representação de árvores com textura de folhagem Os arbustos podem ser representados como minia-
Fonte: adaptada de REID (2002). turas das representações das árvores. Neste caso, o
processo é o mesmo, com os círculos guias, porém
Faça o mesmo processo para os dois tipos de texturas. agora o tamanho dos círculos é o que vai determinar
132
DESIGN
133
PAISAGISMO
Pavimentação Sombras
Para a representação de pavimentação por meio de Segundo Reid (2002), não é necessário adicionar
texturas dos materiais, Reid (2002) sugere que para sombras a todos os projetos, no entanto, as sombras
desenhos paisagísticos em escala de 1:250 não se faz escuras adicionam uma dimensão de profundidade
necessário texturizar toda a superfície do desenho. para o projeto, realçando os pontos de interesse da
A textura pode ser inserida apenas em manchas, nas concepção.
bordas e cantos das superfícies que se deseja cobrir No que diz respeito à direção, as sombras lan-
ou ainda pode-se diminuir ou fragmentar a textura çadas para a esquerda ou para a direita criam um
no meio da superfície, como ilustra a Figura 08. poderoso efeito tridimensional, proporcionando vo-
lume aos elementos do projeto.
Para a definição da direção da fonte de luz, é
importante ter conhecimento do caminho do sol
na região onde o projeto será implantado. No caso
dos países localizados no hemisfério Sul, o cami-
Figura 8 - Representação de pavimentação nho do sol é determinado por um arco no sentido
Fonte: adaptada de REID (2002).
norte. No hemisfério norte, ocorre o contrário. No
Para desenhos na escala de 1:100, a recomendação é que caso do Brasil, localizado no hemisfério sul, a luz
a textura fique mais grossa podendo ser deixadas algu- virá do norte, podendo estar mais à direita ou à es-
mas zonas sem textura, conforme mostra a Figura 09. querda, de acordo com o horário do dia.
Densidade da sombra
134
DESIGN
Sombras de plantas
SAIBA MAIS
Fonte: a autora.
135
PAISAGISMO
REPRESENTAÇÃO
TÉCNICA
A representação técnica de projetos paisagísticos se- senho (representação gráfica) que lembre a espécie em
gue as mesmas normas de desenho técnico utilizado seu máximo desenvolvimento (DEMATTÊ, 2006).
para edificações ou projeto de interiores. Quanto à Quanto à representação de espécie vegetais, ba-
representação da vegetação, não há normas rígidas sicamente são utilizados dois tipos: a representação
para a representação de espécies em projetos paisa- esquemática (Figura 11) e a representação figurativa
gísticos, no entanto, procura-se fazer uso de um de- (Figura 12).
136
DESIGN
137
PAISAGISMO
Convenção de legenda:
21 = quantidade
SAIBA MAIS
A representação gráfica ajuda o profissional paisagista a criar uma linguagem própria, sua forma de
apresentar seus projetos. Nessa tarefa, os softwares são grandes aliados. Além de permitirem a cria-
ção e edição de blocos dos elementos vegetais, eles nos permitem criar templates (arquivo padrão) de
modo que é posição usar configurações, hachuras e blocos idênticos em projetos diferentes, facilitando
o trabalho de representação e criando uma linguagem uniforme entre as representações gráficas de
cada projeto. Por exemplo, pode-se utilizar sempre uma mesma representação gráfica para identificar
uma espécie de palmeira, assim, toda a simbologia, representação e configurações podem ser utilizadas
de um projeto para o outro, tornando assim o trabalho mais ágil. Isso também facilita o trabalho em
equipe, pois se cria um padrão de representação gráfica.
Fonte: a autora.
138
DESIGN
PEÇAS GRÁFICAS DO
PROJETO PAISAGÍSTICO
A representação gráfica de um projeto paisagístico II. Definição e especificação de espécies e de-
deve proporcionar o claro entendimento das etapas mais materiais.
de desenvolvimento do projeto. A representação III. Implantação/execução.
apresenta características particulares do paisagismo.
O projeto paisagístico se divide em três grandes A representação dos projetos se divide em:
partes: I. Elementos gráficos: são eles as plantas, os
I. Concepção paisagística: forma de ocupação cortes, as elevações, perspectivas e detalhes
do espaço e características volumétricas das construtivos.
plantas. II. Especificações/elementos textuais: tabela bo-
139
PAISAGISMO
Elevações
140
DESIGN
Perspectiva
141
PAISAGISMO
SAIBA MAIS
Fonte: a autora.
MEMORIAL DESCRITIVO
142
DESIGN
ETAPAS DE PROJETO
Assim como todo projeto, o paisagístico também se to com o cliente, até finalmente a iniciação dos pro-
divide em etapas. São elas, segundo Abbud (2006): jeto enquanto elemento gráfico.
I. Estudo preliminar (Plano de massas).
II. Anteprojeto. INICIANDO O PROJETO
III. Projeto executivo dos elementos construídos
(layout). Ao iniciar o projeto, o conhecimento das condicio-
IV. Projeto executivo de plantio. nantes do espaço é o primeiro passo: orientação so-
lar, entornos e vistas, formas do relevo, solo, vegeta-
Contudo, ainda antes destas etapas de projeto, exis- ção existente, ventos. Esta etapa pode ser chamada
tem outros procedimentos, desde o primeiro conta- de levantamento.
143
PAISAGISMO
Logo após, define-se, junto ao cliente, o progra- Com as condicionantes conhecidas e o programa de
ma de necessidades: aspirações e necessidade do necessidades definido, inicia-se o processo de zone-
cliente. Variável de acordo com a tipologia da edi- amento espacial, ou seja, a distribuição geral dos ele-
ficação. mentos (vegetais e construídos).
O zoneamento prevê o caráter dos espaços, de-
Não basta anotar mecanicamente os itens de- monstra aproximadamente as dimensões dos equi-
sejados [...] mas também discutir o tipo e o
pamentos, maciços arbustivos, áreas de vegetação
caráter mais ou menos formal dos espaços. É
preciso saber do interesse por lugares acon- arbórea, caminhos etc., ou seja, como se dará a con-
chegantes, sombreados, jardins mais ou menos figuração do jardim (ABBUD, 2006).
densos. (ABBUD, 2006, p. 180).
A próxima etapa, considerada a primeira do
projeto gráfico, é o Estudo preliminar, que se trata
de uma depuração do zoneamento espacial.
O Estudo preliminar apresenta as primeiras
soluções de projetos, a partir do qual os elementos
vegetais e construídos ganham forma. Nessa etapa,
elabora-se o plano de massas vegetais, determinan-
do também as cores, floração, aromas, texturas, tipo
de caule etc. No entanto, nessa etapa ainda não se
define a especificação botânica (ABBUD, 2006).
O estudo preliminar deve apresentar a concep-
ção e as diretrizes a serem adotadas, indicando even-
tualmente as alternativas de partidos e sua viabilida-
de física e econômica (ABAP, 2010 apud HARDT,
2010, s/p).
Segundo Hardt (2010), durante a elaboração do
estudo preliminar, o paisagista faz opção por deter-
minada linguagem projetual. A representação do es-
tudo preliminar normalmente é baseada em peças
escritas (como memorial justificativo) e em peças
gráficas (como plantas – principalmente plano de
massas – e perspectivas), expressas sob a forma de
Figura 21 - Zoneamento espacial
Fonte: Abbud (2006, p. 186). desenho artístico, os croquis.
144
DESIGN
ANTEPROJETO
145
PAISAGISMO
PROJETO EXECUTIVO
146
DESIGN
Fonte: a autora.
REFLITA
147
148
Tabela de espécie vegetais - Pavimento térreo
Dist.
Qtde. Porte
PAISAGISMO
Cód. Nome cíentifico Nome popular Plantlo Especificaações Cor Caule Poda
Unid. cm
cm
ARRE Arachis repens Grama-amendoin 22m2 10 10
BINO Bismarckia nobilis Palmeira-de-Bismarck 3 300 total 300 Tutorar muda bem formada ver det.
CALE Caesalpinia leiostachya Pau-ferro 3 600 ver projeto Tutorar muda bem formada 5
HEBI Heliconia bihai Heliconia alta 17 200 80 Muda bem formada
MAYE Mascarena verschaffeltii Palmeira-prafuso 5 400estipe 400 Tutorar muda bem formada ver det.
MOIR Morrea iridioises Moréia baixa 3m2 30 20
MUPA Murraya paniculata Falsa-murta 19 200 60 Muda com folhas dede baixo com poda ver det.
MYSP Myrciaria sp Jabuticabeira 1 300 100 Muda bem formada
NEDE Neodypsis decaryi Neodysis 1 250estipe ver projeto Tutorar muda bem formada ver det.
NEDE Neodypsis decaryi Neodysis 1 300estipe ver projeto Tutorar muda bem formada ver det.
NEDE Neodypsis decaryi Neodysis 1 400estipe ver projeto Tutorar muda bem formada ver det.
PHBI Philodendron bipinnatifidium Guaimbé 21 60 70 Muda com 4 folhas
PHET Phyllostachys edulis Bambu grosso torto 7 350 150 Muda bem formada ver det
PHRO Phoenix roebelenii Tamareira-anã 4 100estipe 100 Muda bem formada ver det
PHRO Phoenix roebelenii Tamareira-anã 4 120estipe 100 Muda bem formada ver det
PUGR Punica granatum Romã 4 300 150 Tutorar muda bem formada ver det. 3
RHIN Rhododendron indicum Azáleia 33 80 40 Muda bem formada SU
149
LEITURA
COMPLEMENTAR
O Plano de Massas
No desenvolvimento de um projeto paisagístico, são várias etapas até se chegar à cons-
trução e no uso da paisagem que se deseja. O plano de massas é um elemento de
representação gráfica presente na etapa de desenvolvimento de projeto inicial, corres-
pondente ao estudo preliminar. O estudo preliminar, como vimos nesta unidade, é a
etapa do projeto paisagístico na qual deve-se apresentar a concepção e as diretrizes a
serem adotadas, indicando eventualmente as alternativas de partidos e sua viabilidade
física e econômica (ABAP, 2010 apud HARDT, 2010, s/p.).
A representação do estudo preliminar é feita baseada em peças escritas, como o me-
morial justificativo, e gráficas, como plantas – principalmente o plano de massas – e
perspectivas, expressas especialmente sob a forma de desenho artístico, os chamados
croquis (HARDT, 2010).
O autor Macedo (1986) diz que “o plano de massas é o estudo preliminar da paisagem,
quando se define a estrutura básica dos espaços a serem produzidos, suas característi-
cas de uso, forma, cor, textura, os caminhos, etc.”
Na representação do projeto paisagístico, o plano de massas deve conter a proposta de
ocupação da área com a localização e dimensão estimada para os diferentes usos, as
interligações necessárias e a volumetria da vegetação em sua fase adulta.
Segundo Macedo (1986), o plano de massas serve de apoio ao projeto final, pois nele é
estudada a configuração da paisagem a ser desenvolvida.
Nesta etapa ainda não se define as espécies vegetais, mas determinam-se todos os
elementos formadores da paisagem, como as formas, as dimensões básicas, os pisos,
os planos e volumes de vegetação, os muros e volumes edificados.
A configuração do espaço depende da estrutura do elemento vegetal, sua forma, tex-
tura, quantidade, forma de assentamento, predominância, altura, cor e transparência
(MACEDO, 1986).
Com o plano de ocupação do jardim pronto e aprovado, finalmente você pode passar a
definir as plantas, convertendo as tipologias vegetais em plantas específicas.
150
atividades de estudo
151
atividades de estudo
b. Espécie 2
Nome popular: Agapanto
Nome científico: Agapanthus africanus
Quantidade: 45
Porte: 60
Espaçamento de plantio: 50
152
DESIGN
Landscape Graphics
Grant W. Reid
Editora: Watson-Guptil Publications
Ano: 2002
Sinopse: Landscape Graphics apresenta uma progres-
são lógica e fácil de usar, de todas as técnicas gráficas
básicas usadas no desenho paisagístico e na arquitetu-
ra paisagística. O único livro dedicado exclusivamente à
representação gráfica da paisagem; sua ênfase está em
métodos de economia de tempo que incentivam o rápi-
do desenvolvimento de habilidades.
153
referências
154
gabarito
1. desenho.
2. desenho.
3. D.
4. C.
5. a)
b)
155
UNIDADE
V
PROJETOS PAISAGÍSTICOS
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Tipologias de projeto: Paisagismo residencial
• Tipologias de projeto: Paisagismo comercial
• O Micropaisagismo
• Demandas paisagísticas contemporâneas
• Paisagistas e projetos contemporâneos
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer as características e especificidades dos projetos
paisagísticos residenciais.
• Conhecer as características e especificidades dos projetos
paisagísticos comerciais.
• Conhecer as características e especificidades dos projetos
de micropaisagismo aplicados ao projeto de interiores.
• Conhecer as demandas atuais dos programas paisagísticos.
• Conhecer paisagistas e projetos contemporâneos aplicados
à área de projeto de interiores.
unidade
V
INTRODUÇÃO
TIPOLOGIAS DE PROJETO:
PAISAGISMO RESIDENCIAL
No projeto paisagístico residencial, o paisagista tra- cias para assim conceber um projeto de qualidade
balha as demandas de clientes específicos, atenden- que atenda às necessidades de seus usuários.
do as vontades e desejos de uma família, um casal Os projetos residenciais contemporâneos têm
ou até mesmo de uma única pessoa. Neste tipo de sido marcados pela integração do jardim com as áre-
projeto, o programa de necessidades é desenvolvido as de lazer da casa, como espaços de churrasqueira,
baseado nas demandas pessoais. É importante iden- piscinas, playground e espaços de descanso e rela-
tificar hábitos e rotinas dos usuários, suas preferên- xamento.
162
DESIGN
163
PAISAGISMO
164
DESIGN
TIPOLOGIAS DE PROJETO:
PAISAGISMO COMERCIAL
O projeto de paisagismo comercial requer mais tato de de usuários e consumidores do espaço que vão
do paisagista, pois na maioria das situações não se interagir e relacionar-se ao jardim.
pretende atender apenas às demandas ou preferên- Assim, deve-se estar atento às necessidades cole-
cias de um usuário ou pequeno grupo (proprietá- tivas, tal como aos riscos de certas soluções adotadas
rios, mantenedores), mas também de uma infinida- como, por exemplo, a escolha de espécies vegetais
165
PAISAGISMO
166
DESIGN
1 2
Nos ambientes escolares, porém, as plantas po- gístico é realizado principalmente nas áreas de convi-
dem aumentar a capacidade de atenção dos estudan- vência dos hóspedes. As piscinas são locais de desta-
tes, alcançando assim notas melhores. que onde além da vegetação outros elementos fazem
Os jardins comerciais podem ser feitos em uma parte da composição, como mobiliário, iluminação e
infinidade de edificações como lojas, escritórios, elementos decorativos. Neste caso, o tratamento pai-
corporações, shopping centers, centros empresariais, sagístico tem a função de tornar o ambiente agradá-
hotéis entre outros. Nos hotéis, o tratamento paisa- vel e convidativo ao hóspede (Figuras 9 e 10).
167
PAISAGISMO
O MICROPAISAGISMO
Neste tópico, abordaremos projetos de jardins típi- monacais dos palácios espanhóis e mosteiros, os jar-
cos da tipologia de micropaisagismo. dins das casas romanas.
Os espaços introspectivos dos pátios proporcio-
JARDINS EM PÁTIOS nam uma sensação de proteção e refúgio do mundo
exterior, criando locais de tranquilidade. Esses pá-
Ao longo da história dos jardins, o pátio jardim foi tios tinham inspiração nos jardins de climas quen-
um elemento que se repetiu em diversas civilizações. tes e ofereciam sombra e água fresca em movimento
Como exemplos, têm os jardins persas, os jardins (BRADLEY-HOLE, 2006).
168
DESIGN
169
PAISAGISMO
170
DESIGN
Como os jardins de cobertura ficam mais expostos conseguem se desenvolver mesmo sob as condições
ao sol e a ventos mais fortes, a proteção é fundamen- adversas da cobertura.
tal, seja por meio de elementos construídos ou pela Os terraços jardim têm sido uma opção para es-
própria vegetação e mobiliário, como cobertura em paços comerciais, escritórios e corporações, que têm
lona, pergolados entre outras possíveis soluções. visto nos jardins um espaço de liberdade e relaxa-
O jardim de terraço, assim como outro jardim, mento para os funcionários. Segundo Bradley-Hole
deve, por meio de sua composição de plantas e ma- (2006), o jardim é uma constatação de que os jardins
teriais, transmitir sentido de lugar e proteção psico- refrescam e retemperam a mente de quem neles se
lógica aos usuários. recolhem.
De acordo com Bradley-Hole (2006), um jardim
de terraço alcança seu objetivo quando as plantas JARDINS AQUÁTICOS E PISCINAS
ficam protegidas e é possível desfrutar a paisagem
exterior. Assim, segundo o autor, uma boa solução A água é o elemento de um jardim que está mais
para este tipo de jardim é criar duas zonas. Uma vinculado às emoções. A água pode criar música,
zona mais periférica deve ser constituída por um movimento, reflexão, frescor, tranquilidade, misté-
muro ou grade aberto que possa apoiar trepadeiras rio, agitação entre outras. A água atrai o olhar e tem
robustas. A segunda zona, mais interior, deve ser o poder de se tornar o elemento principal em um
constituída por plantas de uma única espécie. Uma jardim, por isso ela esteve presente e é exaltada por
opção seriam as plantas herbáceas ornamentais, que diversas culturas (BRADLEY-HOLE, 2006).
171
PAISAGISMO
172
DESIGN
DEMANDAS PAISAGÍSTICAS
CONTEMPORÂNEAS
Enquanto atividade projetual, o paisagismo tem, ao JARDIM VERTICAL
longo do tempo, ampliado sua escala de abrangên-
cia, na medida da complexidade das demandas da Os jardins verticais são elementos que utilizam es-
sociedade (LIMA; SANDEVILLE, 1997). Neste tó- truturas verticais, como muros, paredes, painéis en-
pico, iremos abordar algumas demandas contempo- tre outros, para se estruturarem e se desenvolverem.
râneas relacionadas ao micropaisagismo, dentre elas Por possuírem esta característica, são ideais para
os jardins verticais, hortas e varandas ajardinadas. ambientes onde o espaço livre de solo é escasso. Com
173
PAISAGISMO
a utilização de jardins verticais ou paredes verdes, é Atualmente já existem no mercado alguns sistemas
possível aproveitar grandes empenas e muros, tor- pré-fabricados de jardim vertical formado por siste-
nando estes ambientes mais verdes e menos hostis. ma de módulos plásticos, cerâmicos ou de concreto,
tecido. Cada sistema tem sua particularidade, no en-
tanto, a maioria funciona de forma semelhante.
A irrigação pode ser manual ou automatizada,
sendo que, para grandes extensões de jardins, se re-
comenda a irrigação automatizada.
As plantas mais recomendadas para este tipo de
elemento de jardim são as herbáceas, devido ao seu
porte, sua característica mais flexível e sua variedade
de cores, flores e folhagem que promove uma boa
cobertura do plano vertical e do seu sistema de su-
porte.
O painel vertical ainda pode ser composto com
a inserção de materiais de revestimento como a ma-
Figura 22 - Jardim vertical em muro externo
Fonte: Shutterstock. deira, pedras, revestimentos cerâmicos etc., dando
mais charme e criatividade à peça (Figuras 24 e 25).
Os jardins verticais podem ser executados tanto no
espaço interno, como no externo; para isso, devem
ser observadas as espécies a se implantar, assim
como o sistema de instalação e irrigação delas.
174
DESIGN
SAIBA MAIS
Fonte: a autora.
VARANDAS
175
PAISAGISMO
JARDIM VINTAGE
176
DESIGN
Outras características comuns neste tipo de propos- As espécies mais utilizadas são as herbáceas e arbustos
ta paisagística é a utilização de peças de mobiliário floridos, com cores abundantes. As cores da floração
antigas, recicladas ou restauradas: juntamente com contrastam com a arquitetura e demais elementos de
a vegetação florida, as peças ajudam a compor um composição, criando um jardim com ares de tranqui-
ambiente bucólico e romântico. lidade e recolhimento, porém com muita vivacidade.
HORTAS
177
PAISAGISMO
As hortas têm sido uma opção de vegetação dentro pequenos vasos ou floreiras, em espaços internos ou
de casa tanto para função ornamental, quanto uti- externos. Adaptam-se a pequenos espaços, podendo
litária. Elas podem ser feitas em canteiros direta- ficar em varandas ou sob a luz de uma janela.
mente no solo, em floreiras, como jardim vertical,
178
DESIGN
PAISAGISTAS E PROJETOS
CONTEMPORÂNEOS
Neste tópico, iremos abordar alguns paisagistas e ESCRITÓRIO BURLE MARX
escritórios de paisagismo que tem se destacado nos
últimos anos no cenário brasileiro. O escritório de paisagismo Burle Marx foi criado em
Aqui destacaremos um pequeno número de 1955, por Roberto Burle Marx, com o objetivo de
profissionais, buscando exemplificar a diversida- dar continuidade ao trabalho que ele vinha desen-
de de trabalhos e áreas de atuação, assim como as volvendo desde 1932 na área de paisagismo.
particularidades entre as linguagens projetuais de A empresa foi dirigida pelo arquiteto paisagista
cada profissional. Haruyoshi Ono até 2017, quando este faleceu. Sob
179
PAISAGISMO
o comando de Haruyoshi, o escritório se estruturou do Flamengo, no Rio de Janeiro, os jardins dos Pa-
com uma equipe multidisciplinar que conta com ar- lácios de Brasília. Mais recentemente os jardins do
quitetos paisagistas, engenheiros agrônomos, admi- Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, o Parque eco-
nistradores entre outros. lógico do Tietê, em São Paulo, e a Vila dos atletas, no
Roberto Burle Marx, ao longo de sua carreira, Rio de Janeiro.
estabeleceu uma relação de parceria muito forte
com Haruyoshi Ono. A partir da segunda metade ATERRO DO FLAMENGO
dos anos 60, este acabou se tornando um herdeiro
artístico natural e, desde então, se dedicou à tarefa No aterro do flamengo, estão alguns dos mais im-
de preservar a memória do mestre e de levar adiante portantes projetos paisagísticos de Burle Marx. São
projetos de envergadura e de inovação. Haruyoshi projetos realizados em períodos distintos, dentre
entrou para o escritório em 1965 na condição de es- eles a Praça Salgado Filho (1938), Jardins do Museu
tagiário e cresceu de tal forma dentro da empresa de Arte Moderna (década de 1960), Parque Briga-
que passou de aprendiz a sócio em 1968, quando se deiro Eduardo Gomes (1961). Esses projetos mos-
formou em Arquitetura na antiga Faculdade Nacio- tram a qualidade e a diversidade plástica do traba-
nal de Arquitetura da Universidade do Brasil. lho de Burle Marx ao longo de sua carreira como
Durante todo o período em que esteve junto paisagista.
com Burle Marx, sempre atuou na área de criação No ano de 1999, o aterro foi restaurado e revi-
dos projetos. Depois da morte do mestre, Haruyoshi talizado pelo escritório Burle Marx & Cia Ltda. (SI-
se tornou o titular do escritório e deu continuidade QUEIRA, 2004).
à criação e elaboração de projetos em espaços públi-
cos, comerciais e particulares, tanto no Brasil, como
no exterior. Assim como Burle Marx, ele também se
interessou pela arte do mosaico, sendo de sua au-
toria diversos painéis já executados em residências
e condomínios particulares, bem como em centros
empresariais.
Atualmente, o escritório conta com uma equi-
pe de arquitetos paisagistas altamente especializa-
da. Fátima Gomes atua como Consultora Geral e os
principais nomes da equipe de projeto são Isabela
Ono, Gustavo Leivas e Júlio Ono que participam
da criação e do desenvolvimento de projetos paisa-
gísticos sob a regência de Haruyoshi Ono (BURLE
MARX, [2017], on-line)1.
Dentre seus principais trabalhos paisagísticos
Figura 36 - Aterro do Flamengo, RJ
estão as calçadas da Praia de Copacabana, o Parque Fonte: Shutterstock.
180
DESIGN
CALÇADÃO DE COPACABANA
181
PAISAGISMO
182
DESIGN
para empreendimentos de grande sucesso do mer- Dentre seus principais trabalhos paisagísticos,
cado imobiliário, como: Cidade Jardim e O2 (RJ), estão residenciais urbanas e de campo no estado de
Menara, Raízes do Juquehy, Villa Lobos O�ce Park Minas Gerais e São Paulo e o trabalho no Instituto
(SP), além do Le Parc (BA) e Living Super Qua- Inhotim em Brumadinho, MG.
dra Park Sul (DF) (FÓRUM DA CONSTRUÇÃO,
[2017], on-line)2. INHOTIM
183
PAISAGISMO
184
DESIGN
OUTROS PROJETOS
185
PAISAGISMO
SAIBA MAIS
Fonte: a autora.
REFLITA
186
considerações finais
187
LEITURA
COMPLEMENTAR
PAREDES VERDES
A utilização de vegetação das fachadas dos edifícios tem sido uma opção para tornar
estas mais humanas e amenizar o impacto visual e ambiental acrescentando mais ve-
getação aos centros urbanos.
Estas estruturas podem ser chamadas de jardins verticais, fachadas verdes, paredes
verdes ou peles verdes e têm se tornado uma maneira de garantir o percentual mínimo
de vegetação em cada lote urbano (GAZETA DO POVO, 2017, on-line).
A vegetação traz à paisagem urbana, além da melhoria da qualidade visual, uma infinida-
de de benefícios, dentre eles a redução da radiação solar incidente nos planos verticais
das edificações, promovido pelo sombreamento gerado pelas plantas, e a redução da
poluição do ar, pois as plantas por meio da fotossíntese ajudam a filtrar o ar. A vegeta-
ção promove ainda sensação agradável e aproxima as pessoas dos elementos naturais.
Dentre as vantagens que se geram a partir de um jardim vertical pode-se citar:
O isolamento térmico, pois a vegetação protege o edifício contra as altas temperaturas
no verão e ajuda a manter a temperatura interna no inverno, assim se reduz os gastos
energéticos, diminuindo a necessidade de refrigeração. Auxiliam também no combate
aos efeitos das ilhas de calor, muito comum em centros intensamente urbanizados.
A vegetação contribui para a redução de ruídos externos, absorvendo e isolando o edi-
fício. Aumenta a vida útil da fachada, na medida em que faz o recobrimento desta e a
protege contra a chuva, o vento e os danos da radiação UV.
Outra vantagem é que as paredes verdes, de modo geral, exigem pouca manutenção,
uma vez que as regas das plantas podem ser automatizadas.
Os jardins verticais são ainda um recurso para a redução da poluição do ar, absorvendo
as substâncias tóxicas e liberando oxigênio na atmosfera. A vegetação ajuda na reten-
ção da água das chuvas e na sua filtragem, o que reduz a necessidade de escoamento
de água e de sistemas de esgoto.
As paredes verdes ainda conseguem promover o embelezamento e a valorização das
edificações e da paisagem urbana, contribuindo para o aumento da biodiversidade nas
cidades, uma vez que as plantas atraem pássaros, borboletas, abelhas entre outros
(SUSTENTARQUI, 2014, on-line)8.
188
LEITURA
COMPLEMENTAR
Nos dias atuais, já existem vários métodos para a aplicação das paredes verdes, poden-
do ser por meio de blocos cerâmicos, em concreto, elementos metálicos ou módulos
plásticos.
O uso das paredes verdes têm se popularizado no mundo todo. Dentre os precursores
dos sistemas, está o designer e botânico francês Patrick Blanc, autor de jardins verticais
em edifícios importantes mundo a fora (GAZETA DO POVO, 2017, on-line).
No desenvolvimento de um jardim vertical, é preciso que o profissional se atente às
condições ambientais para a sobrevivência das plantas tais como a luminosidade, ven-
tilação, incidência do sol, umidade, o substrato para plantio e principalmente quais es-
pécies são mais adequadas ao seu projeto (SUSTENTARQUI, 2014, on-line)8.
Fonte: a autora.
189
atividades de estudo
190
atividades de estudo
191
Luiz Carlos Orsini: 30 anos de paisagismo
Luiz Carlos Orsini
Editora: Decor
Ano: 2008
Sinopse: ‘Luiz Carlos Orsini - 30 anos de Paisagismo’, o maior
livro individual de paisagismo já publicado no Brasil, é uma
homenagem a todos aqueles que têm o dom e a especial
capacidade de saber ouvir e conversar com a natureza.
http://www.gazetadopovo.com.br/haus/paisagismo-jardinagem/paredes-e-te-
lhados-verdes-comecam-a-fazer-parte-da-paisagem-urbana/ Acesso 29 mai.
2017.
Referências On-Line
1
Em: <http://burlemarx.com.br/perfil/a-empresa/>. Acesso em: 29 mai. 2017.
2
Em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=1&Cod=681>.
Acesso em: 29 mai. 2017.
3
Em: <http://www.beneditoabbud.com.br/index2.asp>. Acesso em: 29 mai. 2017.
4
Em: <http://lcorsini.com.br/index.php/lcorsini/>. Acesso em: 06 jun. 2017.
5
Em: <http://elkispaisagismo.com.br/>. Acesso em: 29 mai. 2017.
6
Em: <http://www.hanazaki.com.br/sobre-nos-about-us-1/>. Acesso em: 29 mai.
2017.
7
Em: <http://www.arquitetosassociados.arq.br/?projeto=centro-educativo-burle-
-marx-%E2%80%93-inhotim>. Acesso em: 29 mai. 2017.
8
Em: <http://sustentarqui.com.br/dicas/jardins-verticais-vantagens-e-aplicaco-
es/>. Acesso em: 29 mai. 2017.
193
gabarito
1. V, F, V, F.
2. C.
3. D.
4. D.
5. V, V, V, F.
194
CONCLUSÃO GERAL
Caro(a) aluno(a), neste livro tivemos a oportunidade de refletir sobre o universo
do projeto paisagístico e conhecer melhor o universo de atuação do profissional
paisagista.
Por se tratar de uma atividade que busca promover beleza, conforto e qua-
lidade de vida aos usuários, o paisagismo tem evoluído com o passar do tempo,
ganhando novas funções, elementos de atributos, respondendo imediatamente às
demandas da sociedade contemporânea.
O profissional paisagista deve estar sempre atento às demandas, sempre bus-
cando respondê-las com qualidade técnica, estética e sustentável, fazendo uso da
maneira mais racional dos recursos disponíveis, respeitando os elementos natu-
rais, seus principais elementos de projeto.
Nesse sentido, este livro buscou discorrer sobre as principais temáticas do
paisagismo: o reconhecimento dos grupos e espécies vegetais, fundamental para
o paisagista, buscando exemplificar as características das plantas, suas peculiari-
dades e formas de uso no projeto paisagístico. De fundamental importância, foi
a abordagem da história do paisagismo e estilos de jardim, permitindo ao aluno
conhecer e reconhecer os estilos, suas características e a evolução do paisagismo,
suas formas, atributos e funções ao longo da história da sociedade.
Assim como conhecer a história, importante também é o conhecimento dos
princípios de composição aplicados ao paisagismo, como estes interferem e são
utilizados na produção de projetos e construção de jardins.
Percorremos também pela abordagem das temáticas de projeto paisagístico e
sua forma de elaboração e representação, desde as fases de concepção até o pro-
jeto executivo e de plantio, parte final do projeto de paisagismo, possibilitando a
execução dos jardins.
E assim nos despedimos; espero que nossa caminhada tenha sido pro-
dutiva, proporcionando a você, aluno(a), a descoberta de um mundo “col-
orido” e encantador, o universo do paisagismo.