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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE HUMNIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS

DA FILOLOGIA À LINGUÍSTICA:
CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS
NOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS.

Aluno: Miguel Henrique Cassiano da Silva


Orientador: Prof. Dr. Aloísio de Medeiros Dantas

CAMPINA GRANDE - PB - 2024


PLANO DE APRESENTAÇÃO

1. Contextualização;
2. Objetivos;
3. Classificação da pesquisa;
4. Pergunta-Problema;
5. Hipótese Inicial;
6. Percurso Metodológico;
7. Fundamentação Teórica;
8. Análise;
9. Considerações Finais;
10. Referências.
CONTEXTUALIZAÇÃO

A pesquisa justifica-se na necessidade de descoberta de novas formas de


ver o mesmo objeto;

Interação multidisciplinar;

Possibilidades de se dialogar com um objeto já posicionado no campo


histórico.
OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:
Estudar os modos de recepção da Linguística à luz do clima de época.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Analisar as duas obras do filólogo Gladstone Chaves de Melo;

Verificar as estratégias do mesmo em três grupos 12 de texto: prefácios,


introdução e capítulos 1 a 7;

Adequar conceitos da Historiografia Linguística para a explicação das


fronteiras e barreiras entre a Linguística e Filologia.
CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Documental e Bibliográfica

Aprimoramento e atualização do conhecimento, através de


uma investigação científica de obras já publicadas

Coleta e seleção de informações através da leitura de


documentos

Metódo: Descritivo
PERGUNTA-PROBLEMA

Como os filólogos receberam a implantação da


linguística nos estudos linguísticos a partir de 1961?
HIPÓTESE INICIAL

Houve rejeição a essa nova forma de se pensar ciência,


no entanto, tiveram de adaptar-se ao novo campo de
ensino e pesquisa.
PERCURSO METODOLÓGICO

Analise do corpus
afim de retornar e
verificar as
Revisão da literatura concepçoes postas
sobre Historiografia inicialmente.
Lingusitica, Filologia Considerações acerca
e Linguística. da análise e
descobrimento de
lacunas da pesquisa.
Estabelecimento de
critérios e
caracterização do
estudo - elaboração da
pergunta norteadora
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PRINCIPAIS CONCEITOS PRINCIPAIS AUTORES

Clima de Época; Altman (2020);


Koerner (1997);
Historiografia Linguitica;
Swiggers (2013);
Linguística e Filologia; Melo (1981 e 1978);
Gramática. Vandresen (2001);
Fiorin (2006 e 2013);
Batista (2007 e 2013);
Vieira (2020).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conceitos de Historiografia Lingusística:

Por Swiggers(2013): A história da linguística é um tecido integrado de acontecimentos


pessoais e públicos (políticos, socioeconômicos, institucionais).

Por Koerner(2014): visão integradora da epistemologia e da metalinguagem utilizadas ao longo


dos séculos que nos permite uma cada vez melhor e mais profunda compreensão dos estudos
linguísticos.

Para Altman(2009): O passado que informa continuamente o presente.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conceito de Clima de Época.

CLIMA DE ÉPOCA (OU CLIMA DE OPINIÃO)

olhar e interpretar os seguintes escritos com os olhos do contexto


em que foram escritos, sem preconização ou relativização dos
meios de produção.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conceitos de Linguística e Filologia.

Filologia: ciencia antiga, Linguística: está integrada


cujo objetivo era indagar, aos estudos paralelos que
preservar e fixar os percorrem o âmbito da
textos. linguagem. (mais ampla)

(Muller, 2010)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conceitos de Gramática

Para Souza e Freitas(2012): Essas normas não despertam o interesse deles em


aprendê-las, pois consideram desnecessário, difícil e irrelevante o estudo da
gramática
Para Melazo e Araujo(2020): Ao enunciar, os sujeitos se orientam e reproduzem
normas socialmente instituídas – entendidas como um sistema de regras negociado
em sociedade.

Para Travaglia(2021): Algo que é necessário registrar é o fato de que o tema da aula
de Língua Portuguesa é a língua em si
ANÁLISE

CORPUS: Iniciação à Filologia e à Linguística Portuguesa, e Gramática Fundamental da


Língua Portuguesa

1 - Analisar os prefácios, em ordem cronológica, dos prefácios dos dois


livros;

2 - Utilização dos conceitos para compor a apresentação das características desde a


importância do caráter científico dos estudos linguísticos, passado na sua face de
recepção aos filólogos, e chegando, enfim, a sua classificação das línguas, trazendo
para a luz dos fatos da língua, nos capítulos.
SINTEXE DO TRABALHO
HISTORIOGRÁFICO

Fonte: YouTube (2023)


PERCURSO ANALÍTICO

PREFÁCIOS
Modificações e transformações - percurso evolutivo da
linguística;

Crítica aos modos trandicionais do ensino de Língua;

Evidenciar as novas condições de renovação do fazer


cientifico;

as alterações visam uma Cultura Especializada nas


Faculdade de Letras;
PERCURSO ANALÍTICO

PREFÁCIOS

Ciritica ferrenha ao autodidatismo presente à luz da


instauração da Lingusitica como disciplina;

A trajétoria do conceito de erro;

A modificação se estende à Gramática: termo


Fundamental;

A gramática deve ser serva da língua e não senhora dela.


PERCURSO ANALÍTICO

CAPÍTULOS

Um mesmo objeto por várias lupas e moldes diferentes, podemos verificar


diferentes variantes e variáveis do objeto estudado.
Conflitação entre a Linguística e a Filologia;

métodos da linguística: indutivo, observação e experimentação;

a linguística é induzida e nunca deduzida;


PERCURSO ANALÍTICO

CAPÍTULOS

o “certo” e o “errado” em língua não tem a mesma concepção do que em


matemática, química ou física.
Maior diferenciação entre a Linguistica e a Filologia: a sua forma de
sistematização;

Com filólogo-linguista, ao se por em analise com a língua, se desprende de


qualquer ideologia e contexto, tornando sua analise mais exonerada de
um padrão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A relação entre a Linguística e a Filologia, de fato, se deu por seu embate inicial do fator em que
uma corrente se delimita ao estudo de texto físico e concreto, a Filologia, enquanto a outra se
constituía da sua forma abstrata, do seu uso como um fenômeno a depender da
intencionalidade do falante e da circunstância.

Foi possível observar as mudanças significativas feitas ao longo do processo de instauração da


Linguística como disciplina fundamental nos cursos de Letras, e também como a mesma se deu
no campo da ascensão da pesquisa Linguística no Brasil, visto que sua introdução foi marcada de
desvios conflituosos, tanto de um ponto de confronto científico como contextual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

“onde há atividade linguística existe matéria para a curiosidade


científica do linguista.”

-Melo (1981, p. 8)
REFERÊNCIAS
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BATISTA, Ronaldo de Oliveira. Introdução à Historiografia da Linguística. Cortez, São Paulo, p. 9-34, 2013. MELAZO, Mariane Rezende. ARAÚJO, Leandro Silveira de. Uma introdução à história da gramática em língua
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BASTOS, Neusa Barbosa; PALMA, Dieli Vesaro (org). História Entrelaçada, 3: a construção de gramática e o ensino
SWIGGERS, Pierre. História e Historiografia da Linguística: Status, Modelos e Classificações. EUTOMIA (Revista
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Como Fazer Pesquisa em Historiografia Linguística?. [Campina Grande]: GELP, 2023. 1 vídeo (1h18min). Publicado
query=swiggers&dateFromYear=&dateFromMonth=&dateFromDay=&dateToYear=&dateToMonth=&dateToDay=&au
pelo canal GELP UFCG. Disponível em: https://www.youtube.com/live/5QwaxL5twXY?si=Op-tTqWZvEpMKin4 Acesso
thors=>
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nas Aulas de Língua Portuguesa. Intercursos - V.11- N.1 - Jan-Jun 2012 – ISSN 2179-9059
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