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UNIC – Universidade de Cuiabá


FACULDADE DE PSICOLOGIA

Leis de Diretrizes e Bases na Educação Nacional

Daiane Melo
Jenyffer Daltro
Josely do Carmo
Luís Borges
Michelly Nishiyama
Núbia Conceição
Raiane Leite

Trabalho apresentado da disciplina de


Psicologia Ciência e Profissão de
Psicologia da Universidade de Cuiabá –
UNIC.

Professora: Daniela Piloni

Cuiabá-MT

2017
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Sumário

1Introdução.................................................................................................. 3

2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................4

2.1Conceito de LDB....................................................................................... 4

2.1.2 LDB no ensino superior...........................................................................6

2.1.3 LDB na psicologia...................................................................................8

2.1.4CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................11

2.1.5 Referências bibliográficas.....................................................................12


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1INTRODUÇÃO

O desenvolvimento desse trabalho, resultou da necessidade de


familiarizar os acadêmicos do curso de Psicologia com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que rege, inclusive, o ensino
superior no qual estamos inseridos. Esse estudo tem por objetivo,
esclarecer as características e relações entre a LDB e a Psicologia no
cenário educacional atual.
A LDB (Leis de Diretrizes e Bases da Educação) é conhecida
popularmente como lei Darcy Ribeiro, a mesma é a mais importante lei
brasileira que se refere à educação, ela é composta por 92 artigos que
versam sobre os mais diversos temas da educação brasileira desde o
ensino infantil até o superior.
A LDB é importante para a educação no ensino médio, na
educação profissional técnica de nível médio e educação de jovens e
adultos que proporciona as pessoas que exerçam seus direitos através
das leis que definem a política da educação nacional.
As Diretrizes curriculares para o curso de psicologia foram
organizadas em uma estrutura cuja a sequência e conteúdo são
articulados em princípios e fundamentos que orientam o planejamento, a
implementação e a avaliação do curso.
Essa estrutura prevê o curso de psicologia diferenciando-se em
três perfis de formação: O bacharel, o professor e o psicólogo, esses
perfis concentram-se na diferenciação e domínio de conhecimentos
psicológicos e de áreas afins e na capacitação para utiliza-los em
diferentes contextos de atuação.
A metodologia utilizada para este trabalho foi a pesquisa
bibliográfica, enriquecida com os seguintes temas: LDB e sua história na
psicologia e no ensino superior no qual estamos inseridos.

2 DESENVOLVIMENTO
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2.1.1 CONCEITO DE LDB

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação é a mais importante lei


brasileira que se refere à educação, a mesma foi aprovada em dezembro de
1996 com o número 9394/96.

A LDB também é conhecida popularmente como Lei Darcy Ribeiro, em


homenagem a este importante educador e político brasileiro, que foi um dos
principais formuladores desta lei, Darcy Ribeiro nasceu em 26 de outubro de
1922 em Montes Claros (MG).

Em 1964 formou-se em antropologia pela Escola de Sociologia e Política


de São Paulo onde iniciou sua trajetória como antropólogo. Nos anos
seguintes, dedica-se a educação primária e Superior, ingressando na área
educacional, subindo rapidamente ao cargo de Ministro da Educação, em 1962,
durante o governo João Goulart. Em 1991 foi eleito Senador da República,
tendo elaborado a lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB, onde foi
sancionado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 20 de dezembro
de 1996 como a Lei Darcy Ribeiro.

Ao longo dos 47 anos do surgimento da primeira LDB, diversas foram as


emendas que alteraram o texto regulamentar e legislatório da lei 4.024/61, bem
como das subsequentes, marcando o progresso das diretrizes e bases
nacionais da educação. Por conseguinte, alguns projetos de lei foram
propostos à Assembleia Constituinte na tentativa de aperfeiçoar a LDB.

Deste modo, foram realizadas discussões sobre as necessidades da


educação entre professores e demais profissionais da área, tanto do âmbito
público quanto privado, norteando assim as adaptações dos textos
denominados de “projetos substitutivos”

Uma vez aprovado no Senado o projeto retornou a Câmara dos


Deputados na forma do substitutivo Darcy Ribeiro e o deputado José Jorge foi
designado relator. O Governo Federal exigiu a aprovação até o final do ano de
1996, assim, em sessão realizada em 17 de dezembro de 1996, foi aprovado
na Câmara o relatório contendo o texto final da LDB, posteriormente
sancionada pela Presidência da República no dia 20, sob o nº 9.394/96.
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Instituída a lei surge a necessidade de adequação da educação aos


novos parâmetros legislativos, de forma a estabelecer um modelo educacional
condizente com a realidade do país.

Logo, a LDB 9.394/96 não cessou os debates em torno da educação,


novas emendas e programas foram alvo de impasses no legislativo e entre os
representantes dos profissionais da educação. As dificuldades encontradas no
sistema de educação pública são consequências da inexistência de uma
indicação oficial acerca das modificações propostas pela LDB, a exemplo dos
problemas como a baixa remuneração e a capacitação inadequada de
docentes, tal como afirma Castro (2003, p.45):

Em vez de ensinar o futuro professor a dar aula, se gasta o tempo


repetindo as teorias dos autores defuntos. Não se ensina a lhe dar
com o cotidiano da sala de aula. [...] Portanto, os professores acabam
tendo de se lembrar das aulas dos próprios professores quando
estavam naquela mesma série.

A LDB, nº 9.934/96 assume a característica indicativa, de modo a


permitir o aperfeiçoamento de questões educacionais amplamente discutidas.
Tais discussões proporcionaram autonomia por parte das instituições de ensino
e suas respectivas secretárias de educação (municipal ou estadual),
descentralizando o poder de decisões da união, definindo assim as ações que
devem ser realizadas e quais os objetivos a serem atingidos conforme a
realidade nas diferentes localidades.

A LDB é composta por 92 artigos que versam sobre os mais diversos


temas da educação brasileira, desde o ensino infantil até o ensino superior.

2.1.2 LDB no Ensino Superior

O capítulo IV da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),


abrange o ensino superior em 15 artigos; artigos esses, que entre outras coisas
não menos importantes, tem como finalidade estimular e promover o
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pensamento reflexivo-crítico e o conhecimento, incentivar o trabalho de


pesquisa científica e formar profissionais capacitados a serem inseridos em
setores de trabalho e também aptos a auxiliar no desenvolvimento da
sociedade como bem comum. Passados vinte anos desde a sua aprovação
oficial até os dias de hoje, a LDB vem norteando os caminhos da vida
acadêmica, mas ainda sem corresponder integralmente às expectativas criadas
em cima dela.

Segundo Antônio Gois (2016), no que diz respeito às mudanças


ocorridas de 1996 até hoje, ele enfatiza:

'' [...] como quase sempre acontece no Brasil, os avanços mais


notáveis nesses 20 anos de vigência da LDB são quantitativos''.

Na citação referenciada, temos uma breve clarificação da expansão do


ensino superior pós LDB. A Lei, que serve de base para regulamentar a
educação, indiscutivelmente deu novos rumos ao ensino do país, inclusive nas
IES e universidades, porém, ao longo dos últimos anos, não houve
reestruturação ou reformulação dos seus artigos, o que tornou seu progresso
apenas quantitativo. Em aspectos gerais, aumentou-se o percentual de
crianças na escola, diminuiu a evasão de jovens no ensino médio e incentivou
a formação superior a LDB, definitivamente, reorganizou o sistema educacional
superior.

O crescimento foi significativo em vários vieses, principalmente no que


se refere às instituições privadas, como o aumento do número de IES, de
matrículas e de cursos. Já para as universidades federais, o acesso através do
programa de bolsas (processo seletivo), substituindo o antigo vestibular,
estimulou o ingresso de novos estudantes no sistema, porém, ainda não o
suficiente para aumentar a taxa de escolarização superior no país, que ainda é
considerada mínima à nível internacional.

Brzezinski (2007, p. 163), mencionou:

''[...] a LDB, principalmente nos termos estabelecidos no PL, tinha


como objetivos centrais a expansão com qualidade e a democratização do
acesso''.
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Fica claro pois, que a maior deliberação é que sem políticas públicas
implantadas, fundamentadas e sustentadas, a LDB não consegue ''operar'' em
sua totalidade e sozinha, dentro da atual realidade, pois ela efetiva os
princípios estabelecidos mas deixa o avanço qualitativo em questionamento.

No próximo item, abordaremos a atuação da LDB na Psicologia, em


suas relações e configurações.

2.1.3 LDB na Psicologia

Sabemos que a psicologia, como área de conhecimento, nasceu sob o


signo da diversidade (Figueiredo, 1995), entre todas essas "Psicologias"
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algumas conquistaram reconhecimento acadêmico por serem consideradas


"científicas", disseminando teorias e práticas que, apesar das divergências
entre si, instituíram um "modus operanti" especifico do psicólogo.
Outros modelos teóricos e metodológicos tenham-se desenvolvido,
certamente, por força do momento político vigente no Brasil, na época da
regulamentação da profissão (década de 60); no âmbito dos cursos de
formação do psicólogo, o modelo clínico de consultório predominou e continua
predominando.

Segundo Mary Jane Spink (1992,p.65 ):

[...] É pouco frequente no treinamento do psicólogo a introdução de


temas macrossociais que possibilitem uma discussão das
determinações econômico-sociais dos fenômenos psicológicos. A
incorporação do social se dá, portanto, de forma reducionista atendo-
se muitas vezes a categorias estanques como classe social que,
embora permitindo a manipulação estatística das variáveis, não
contribuem para a compreensão do social como processo.

Os cursos de graduação em psicologia foram-se disseminando no Brasil


fortemente marcados por um compromisso tático com o sistema político
vigente, ao ampliar e facilitar a emergência dessa pratica profissional. Somos
incitados a preparar um novo modelo de atuação profissional, a lembrança e o
registro da história recente da psicologia no Brasil.
E para ambientação e melhor entendimento da LDB em relação à
Psicologia veremos alguns dos diversos movimentos da história da Psicologia,
e que neste texto, teremos como atingimento do seu ponto máximo no
documento Diretrizes Curriculares para os cursos de Graduação em Psicologia,
ou seja, na modernização de seu currículo. Em 1953 iniciou-se o primeiro curso
superior de Psicologia, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro –
PUC, apesar da falta de regulamentação do ensino e da prática. A profissão de
psicológico somente foi criada em 1962 através da Lei 4.119 de 27/08/1962. E
neste ano, é criado um currículo mínimo e a duração dos cursos de Psicologia,
em 03 níveis, cada qual com seu foco:
Bacharelado / Licenciatura / Psicólogo
No período de 1960 à 1979, houveram grandes avanços e crescimento
acentuado das instituições de ensino superior e consequente abertura de
turmas do curso de Psicologia.
Foi neste período o primeiro curso de mestrado em Psicologia na PUC. A
criação dos Conselhos Federal e Regionais. O Código de Ética Profissional. O
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primeiro Curso de Doutorado em Psicologia na USP.E finalmente em 1996 foi


promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei n
9.394/96.
E após 3 anos de debates, em 1999, com instituições de ensino superior
e entidades profissionais, é apresentado uma minuta de resolução com as
Diretrizes Curriculares para à Psicologia. E em 2004 a minuta é aprovada.
As diretrizes vem para revisar, discutir e atualizar as práticas de ensino
das universidades, dando nova concepção aos cursos de Graduação. Então os
moldes antigos dos currículos mínimos são deixados para trás e substituídos
pela nova formulação das Diretrizes Curriculares, que conferiu transformações
na estrutura e organização dos currículos dos cursos superiores. No caso
específico da Psicologia, as mudanças são significativas e seguem algumas:
-A identidade do curso de Psicologia passa a ser desde o núcleo
comum, onde temos a base da formação em Psicologia até as partes
específicas dos perfis, profissional psicólogo, pesquisador e professor de
Psicologia.
-Preocupação com conteúdos fundamentais que deviam ser assimilados
para posterior aplicação, dão lugar a preocupação no desenvolvimento de
processos de aquisição de conhecimentos.
-Para os estágios, houve uma maior valorização na formação prática,
através dos estágios supervisionados.
-Percebendo uma necessidade de propor um papel ativo ao estudante e
deixando as antigas práticas baseadas em conteúdos são substituídas por
práticas de competências e habilidades durante a formação, face aos
substanciais desenvolvimentos científicos e profissionais.
-A estrutura prevê o curso da Psicologia, em 03 perfis de formação:
Bacharel, Professor e Psicólogo. Os perfis concentram-se na diferenciação e
domínio de conhecimentos psicológicos e de ares afins, e na capacitação para
utilização em diversos contextos. Ao Bacharel é o primeiro grau universitário,
voltado à pesquisa e área básica de conhecimento. A Licenciatura, fica o título
de Professor, com conhecimentos específicos para lecionar. E por fim, o
Psicólogo que é voltado para psicologia clínica.
-Valorização do Bacharelado, que tinham objetivos pouco claros, mas de
igual importância aos demais perfis, pois poderá formar nossos futuros
pesquisadores.
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-Outra mudança é quanto aos conteúdos e cargas horárias, que devem


obedecer a diretrizes, e que ocupam parte da grade como obrigatório, e outra
parte fica por conta da instituição à definir por conta própria, dando mais
autonomia as faculdades.
-Proposta de um modelo de formação generalista, em que o aluno
consiga compreender na prática e ativamente os vários caminhos que se pode
tomar na psicologia e não somente a visão de somente psicologia clínica.
-As instituições de ensino superior, devem oferecer pelo menos duas
linhas de pensamento, já que a busca da verdade é incompatível com uma
única linha teórica.
-Os cursos de graduação e as IES passam a partir da LDB a serem
analisados permanentemente e com método de sistema diversificado
-E o mais recente, que fala sobre a Licenciatura em Psicologia para o
ensino médio, o que antes era conferido ao Bacharel agora é dado direito ao
Licenciado, parte importante no ensino médio pois contribui para discussão de
temas relevantes, como direitos humanos, relações sociais, preconceitos.
Vemos então que a nova legislação busca uma maior autonomia do
aluno, o desenvolvimento de suas potencialidades, a preparação para o
trabalho, muda seu modo de interação com o professor e vice-versa e faz com
que se busque um constante desenvolvimento educacional, dando respaldo,
quanto à instituição e suas obrigações. Isto é resultado de um intenso e
exaustivo trabalho, e representa uma seriedade maior em relação a formação
profissional e principalmente científica.

Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados sobre o que é a LDB e sua história


no ensino superior e na Psicologia conclui-se que a lei 9.934/96, aprovada para
servir de Diretrizes e Bases na Educação Nacional, apesar de propor novas
inovações não gerou efetivo sucesso a uma educação de qualidade; há uma
expressiva parcela da população que fica excluída também de outros
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processos sociais.

Já no ensino superior, a lei serve de base para a educação, dando


novos rumos ao ensino no país, contribuindo para o crescimento da educação
e aumentando o número de jovens no ensino médio e incentivando na sua
formação, lembrando que ela não consegue trabalhar sozinha, mas a sua
expansão no sistema educacional superior é bem significativa.

Na Psicologia, ela está voltada para a organização da formação e dos


currículos nos ensinos superiores, servindo de base e estrutura na formação
acadêmica, que devem ser obedecidas de acordo com as diretrizes.

Dessa forma, concluímos que a LDB faz-se necessária como lei na


educação, no ensino e formação de acadêmicos e profissionais, principalmente
dentro do ramo da psicologia, gerando assim uma melhor estrutura de ensino e
aprendizado dos mesmos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO, Carlos.LDB Passo a Passo. 3.ed.São Paulo,Avercamp,2005.

NEVES, Carla;CASTELLO,Liana. Lei diretrizes e bases da educação


esquematizada- série concursos. 3.ed.São Paulo,Ferreira,2016

<http://blogs.oglobo.globo.com/antonio-gois/post/ldb-20-anos.html> acesso em:


30/10/2017

<http://www.ceap.br/material/MAT14092013162714.pdf> acesso em:


27/10/2017
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<http://www.fundar.org.br/controller.php?pagina=12> acesso em:31/10/2017

<https://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/ldb.htm> acesso em:


28/10/2017

<http://www.mec.gov.br/sesu/diretriz/diretriz.htm.> acesso em: 27/10/2017

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