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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Botulismo e Reino Monera

Tuca Maria Fernando – 708203792

Curso: Biologia
Turma: B
Disciplina: Microbiologia
Ano de Frequência: 3º

Gurué, Maio, 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Botulismo e Reino Monera

Tuca Maria Fernando – 708203792

Curso: Biologia
Turma: B
Disciplina: Microbiologia
Ano de Frequência: 3º
Tutor: Dra. Melba

Gurué, Maio, 2022


Índice

Introdução…………………………………………………………………………4

Objectivo Geral……………………………………………………………………4

Objectivos Específicos…………………………………….....................................4

Metodologia……………………………………………………………………….4

1. Botulismo………………………………………………………………….5
1.1.1. Fontes de Tixina……………………………………………………….6
1.1.2. Sinais e sintomas comuns de botulismo…………………………….…7
1.1.3. As principais complicações do botulismo ……………………….....…7
1.2. Botulismo por alimentos………………………………………………....7
1.3. Botulismo por ferimento………………………………………………....8
1.4. Diagnóstico do botulismo………………………………………………..8
1.5. Tratamento do botulismo………………………………………………...8
1.6. A maior ameaça à vida……………………………….………………….9
1.7. Antitoxina…………………………………………………………….….9
1.8. Prevenção do botulismo ………………………………………….…….10
2. Reino Monera……………………………………………………….……10
2.1. Importância dos organismos do reino Monera…………………….……11
2.2. Reprodução dos organismos do reino Monera…………………….……11
2.3. Características dos organismos do reino Monera………………….……11

Conclusão…………………………………………………………………….…..12

Referencias Bibliográficas…………………………………………………….….13
Introdução

O botulismo é uma doença rara e potencialmente fatal que ocorre quando a toxina
botulínica se dissemina por via hematogênica e interfere de modo irreversível na
liberação de acetilcolina nas extremidades dos nervos periféricos, manifestando-se
como fraqueza. Botulinum são altamente resistentes ao calor e podem sobreviver
fervendo durante várias horas a 100° C.

Sintomas neurológicos são caracteristicamente bilaterais e simétricos, começando com


os pares cranianos e então fraqueza ou paralisia descendente. No botulismo transmitido
por alimentos, o padrão de distúrbios neuromusculares e a ingestão de uma provável
fonte de alimentos são indícios importantes para o diagnóstico.

Objectivo Geral

 Conceitualizar o Botulismo

Objectivos Específicos

 Definir o Botulismo;
 Descrever as fases do Botulismo;
 Explicar sintomas do Botulismo.

Metodologia

Para efetivação do trabalho se fez uso da pesquisa bibliográfica, onde se destaca


colecta e análise de dados de manuais e artigos. As ideias que estão plasmadas
nesta pesquisa, que serão parafraseadas ou directamente citadas, foram tecidas sobre
este fundamento.

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1. Botulismo

Botulinum é uma das várias espécies de clostrídios que causam doenças humanas. O
botulismo é uma doença rara e potencialmente fatal que ocorre quando a toxina
botulínica se dissemina por via hematogênica e interfere de modo irreversível na
liberação de acetilcolina nas extremidades dos nervos periféricos, manifestando-se
como fraqueza. O botulismo é uma emergência médica e, às vezes, uma emergência de
saúde pública.

O C. Botulinum desenvolve 8 tipos de neurotoxinas antigenicamente distintas (tipos A a


G e F/A híbrido). Cinco dessas toxinas, tipos A, B, E e, raramente, F e F/A híbrida
(anteriormente chamada de H), afetam seres humanos. Toxinas botulínicas são proteínas
altamente tóxicas resistentes à degradação pelo ácido gástrico e pelas enzimas
proteolíticas. O tipo F/A híbrido é a toxina mais potente conhecida. Aproximadamente
50% das epidemias transmitidas por alimentos nos EUA são provocadas pela toxina tipo
A, seguidas pelos tipos B e E.

A toxina tipo A ocorre predominantemente a oeste do Rio Mississipi; o tipo B nos


estados orientais; e o tipo E no Alasca e na região dos Grandes Lagos (o tipo E costuma
estar associado à ingestão de peixes e produtos derivados de peixe). Pode ocorrer
botulismo quando a neurotoxina é elaborada in vivo pelo C. botulinum ou quando a
neurotoxina é adquirida de uma fonte externa.

A elaboração in vivo causa as seguintes formas:

 Botulismo por ferimento


 Botulismo infantil (a forma mais comum)
 Botulismo entérico em adultos (raro)

No botulismo por feridas, a neurotoxina é elaborada no tecido infectado.

No botulismo infantil e no botulismo entérico em adultos, os esporos são ingeridos e a


neurotoxina é elaborada no trato gastrintestinal. O botulismo entérico em adultos
geralmente só ocorre em adultos com resistência prejudicada.

A aquisição de neurotoxina pré-formada provoca as seguintes formas:

 Botulismo por alimentos

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 Botulismo iatrogênico
 Botulismo por inalação

No botulismo de origem alimentar, a neurotoxina produzida nos alimentos


contaminados é ingerida.

No botulismo iatrogênico, a toxina do tipo A ou B é injetada terapeuticamente para


aliviar a atividade muscular excessiva; raramente, ocorre botulismo depois de injeções
para fins estéticos (toxina botulínica). No botulismo por inalação, as toxinas são
aerossolizadas acidental ou intencionalmente quando usadas como arma biológica;
toxinas em aerossol não ocorrem na natureza.

Esporos de C. Botulinum são altamente resistentes ao calor e podem sobreviver


fervendo durante várias horas a 100° C. Porém, a exposição ao calor úmido a 120° C
durante 30 minutos mata os esporos. Por outro lado, toxinas são destruídas
imediatamente pelo calor; cozinhar os alimentos a 80° C por 30 minutos protege contra
o botulismo. C. botulinum pode produzir toxina tipo E a temperaturas de apenas 3° C,
(ou sej, no interior de um refrigerador, por exemplo, em peixe defumado embalado a
vácuo).

1.1.1. Fontes de Tixina

Alimentos enlatados em casa, especialmente os de baixa acidez (pH > 4,5), são as fontes
mais comuns de toxina ingerida; contudo, alimentos preparados comercialmente foram
implicados em cerca de 10% das epidemias. Vegetais (mas normalmente não tomates),
peixes, frutas e condimentos são os veículos mais comuns, porém, carne de boi,
produtos lácteos, carne de porco, produtos avícolas e outros alimentos foram
envolvidos. Das epidemias causadas por frutos do mar, o tipo E é responsável por
aproximadamente 50%; os tipos A e B provocam o restante. Recentemente, alimentos
não enlatados

Às vezes, a toxina é absorvida pelos olhos ou lesão na pele e, nesses casos, pode causar
doença grave.

Esporos de C. Botulinum são comuns no meio ambiente; a maioria dos casos de


botulismo infantil é causada pela ingestão de esporos, tipicamente do mel. Esporos
também podem entrar no corpo quando drogas são injetadas com agulhas não
esterilizadas; pode resultar botulismo por ferida. Mais arriscado é injetar heroína marron

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contaminada em um músculo ou sob a pele (skin popping); isso pode causar gangrena
gasosa, bem como botulismo.

Se toxinas botulínicas entrarem na corrente sanguínea, o resultado é botulismo,


independentemente de como as toxinas forem adquiridas. Sinais e sintomas do
botulismo

1.1.2. Sinais e sintomas comuns de botulismo


 Boca seca
 Visão turva ou diplopia
 Ptose palpebral
 Fala arrastada
 Disfagia

Sintomas de paresia bulbar (p. ex., disartria, disfagia, disfonia, expressão facial flácida)
se desenvolvem. A disfagia pode provocar pneumonia por aspiração. Esses sintomas
neurológicos são caracteristicamente bilaterais e simétricos, começando com os pares
cranianos e então fraqueza ou paralisia descendente.

Não há distúrbios sensoriais e o sensório geralmente permanece claro.

Músculos respiratórios, das extremidades e do tronco se enfraquecem progressivamente


em um padrão descendente. Não há febre e o pulso permanece normal ou lento, a menos
que a infecção intercorrente se desenvolva. Constipação intestinal é comum após o
aparecimento do comprometimento neurológico.

1.1.3. As principais complicações do botulismo


 Insuficiência respiratória causada por paralisia diafragmática
 Infecções pulmonares e outras infecções nosocomiais
1.2. Botulismo por alimentos

O botulismo transmitido por alimento começa abruptamente, geralmente 18 a 36 horas


após a ingestão da toxina, embora o período de incubação possa variar de 4 horas a 8
dias. Náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia frequentemente precedem os
sintomas neurológicos.

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1.3. Botulismo por ferimento

Manifesta-se como sintomas neurológicos, como no botulismo transmitido por


alimentos, mas não há qualquer sintoma gastrintestinal ou evidência que implique o
alimento como uma causa. História de lesão traumática ou ferimento perfurante
profundo (especialmente se causado por drogas injetáveis ilícitas) nas 2 semanas
precedentes pode sugerir o diagnóstico.

Uma busca cuidadosa deve ser feita para fissuras e abscessos na pele provocados por
autoadministração de drogas ilícitas.

1.4. Diagnóstico do botulismo


 Teste toxicológicos
 Algumas vezes, eletromiografia

O botulismo pode ser confundido com síndrome de Guillain-Barré (variante de Miller-


Fisher), poliomielite, acidente vascular encefálico, miastenia grave, paralisia por doença
do carrapato e intoxicação causada por metais pesados, curare ou alcaloides da
beladona. A electromiografia mostra aumentos característicos da resposta à estimulação
repetitiva rápida, na maioria dos casos.

No botulismo transmitido por alimentos, o padrão de distúrbios neuromusculares e a


ingestão de uma provável fonte de alimentos são indícios importantes para o
diagnóstico. A apresentação simultânea de pelo menos 2 pacientes que ingeriram o
mesmo alimento simplifica o diagnóstico, que é confirmado encontrando a toxina do C.
botulinum no sangue ou nas fezes. A identificação da fonte se faz pelo achado da toxina
de C. botulinum em alimentos suspeitos.

No botulismo por ferimento, confirma-se o diagnóstico de botulismo identificando a


toxina no soro ou pelo isolamento de C. botulinum em cultura anaeróbia da ferida.

Somente alguns laboratórios fazem exames toxicológicos, que podem ser localizados
por meio da autoridades de saúde locais ou dos Centers for Disease Control and
Prevention (CDC) nos EUA.

1.5. Tratamento do botulismo


 Cuidados de suporte
 Antitoxina heptavalente equina

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Qualquer pessoa conhecidamente ou supostamente exposta a alimentos contaminados
deve ser observada de maneira cuidadosa. A administração de carvão ativado pode ser
útil. Pacientes com sintomas significantes apresentam, muitas vezes, comprometimentos
dos reflexos das vias respiratórias; se for usado carvão, este deve ser administrado por
sonda nas gástricas e as vias respiratórias devem ser protegidas por um tubo
endotraqueal inflado.

1.6. A maior ameaça à vida


 Deficiência respiratória e suas complicações

Os pacientes com botulismos devem ser hospitalizados e rigorosamente monitorados


com aferição seriada dos sinais vitais. A paralisia progressiva impede que os pacientes
mostrem sinais de angústia respiratória, pois sua capacidade vital diminui. O
comprometimento respiratório requer acompanhamento em uma unidade de terapia
intensiva, onde entubação e ventilação mecânica estão prontamente disponíveis.
Melhorias nas condições de tais cuidados de suporte têm reduzido a taxa de mortalidade
para 10%.

Entubação nasogástrica é o método preferido de alimentação porque

 Simplifica o gerenciamento de calorias e líquidos


 Estimula o peristaltismo intestinal (que elimina o C. botulinum do intestino)
 Permite a utilização de leite materno em crianças
 Evita as potenciais complicações infecciosas e vasculares inerentes à
alimentação IV

Pacientes com botulismo por ferimento necessitam de desbridamento da ferida e


antibióticos parentais, tais como penicilina ou metronidazol.

1.7. Antitoxina

Uma antitoxina botulínica heptavalente equina [HBAT (A a G)] agora também está
disponível nos EUA, substituindo a antitoxina trivalente mais antiga. A antitoxina não
inativa as toxinas que já estão ligadas à junção neuromuscular; dessa forma, o
comprometimento neurológico preexistente não pode ser revertido rapidamente. (A
recuperação final depende da regeneração das extremidades do nervo, o que pode levar
semanas ou meses.) Porém, a antitoxina pode reduzir a velocidade ou parar a progressão

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posterior. Em pacientes com botulismo por ferimento, a antitoxina pode reduzir
complicações e taxas de mortalidade.

Deve-se administrar a antitoxina o mais rápido possível após o diagnóstico clínico e não
deve ser adiada para esperar resultados de cultura ou toxicologia. Provavelmente, é
menos benéfica se dada 72 horas após o início dos sintomas.

Uma ampola de 20 ou 50 mL da antitoxina heptavalente diluída a 1:10, é dada a adultos


em infusão lenta; a dose e a velocidade da infusão são ajustadas para crianças. Não
recomenda-se a HBAT para crianças < 1 ano. Todos os pacientes que exigem antitoxina
devem ser notificados às autoridades estaduais de saúde, que então solicitam a
antitoxina do CDC, que é a única fonte; os profissionais de saúde não podem obter a
antitoxina diretamente do CDC.

1.8. Prevenção do botulismo

Como até mesmo quantidades mínimas de toxina de C. botulinum podem causar doença
grave, todos os materiais suspeitos de conter toxina requerem manipulação especial.
Toxoides estão disponíveis para imunização ativa de pessoas que trabalham com C.
botulinum ou suas toxinas. Detalhes relacionados com a coleta e o controle de
espécimes podem ser obtidos nos departamentos de saúde estatais ou nos CDC.

O processo apropriado de enlatar e o aquecimento adequado de alimentos enlatados em


casa é essencial antes de servi-los. Alimentos em conserva que mostram evidência de
deterioração, tumefação, ou vazamentos devem ser descartados.

2. Reino Monera

O reino Monera englobava organismos unicelulares e procariontes, ou


seja, bactérias, arqueas e cianobactérias. Atualmente o reino não é mais considerado
válido, uma vez que a classificação dos seres vivos em três domínios fez com que os
organismos procariotos fossem divididos em dois grupos. Apesar de o reino Monera ter
sido desmembrado, ainda encontramos referências a ele em muitos livros didáticos,
portanto, conheceremos um pouco mais desse reino a seguir. O reino monera é formado
por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (também chamadas arqueas), todos seres
muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres
microscópios são geralmente menores do que 8 micrômetros (1µm = 0,001 mm).

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2.1. Características dos organismos do reino Monera

Os organismos pertencentes ao reino Monera são procariotos e unicelulares que podem


formar colônias ou não. Por organismos procariotos, entende-se aqueles
que possuem células que não têm núcleo definido, com o material genético disperso
pelo citoplasma. Além de não apresentarem núcleo, as células
procarióticas não possuem organelas membranosas, o que significa que elas não têm
estruturas como mitocôndrias, complexo golgiense e retículo endoplasmático, típicas
das células eucarióticas.

2.2. Reprodução dos organismos do reino Monera

Os representantes do reino Monera reproduzem-se de maneira assexuada por meio


da divisão binária. Nesse processo, observa-se a duplicação do material genético do
procarioto e a posterior divisão da célula em duas geneticamente iguais. A variabilidade
genética entre os procariotos surge devido a eventos de mutação e também por meio de
recombinação.

2.3. Importância dos organismos do reino Monera

Apesar de serem muito relacionados com doenças, os organismos do reino Monera têm
importância ecológica e também econômica. Veja, a seguir, exemplos:

 Muitas bactérias realizam decomposição, sendo fundamentais na ciclagem de


nutrientes;
 Algumas bactérias estabelecem interações mutualísticas, sendo esse o caso de
bactérias que vivem em nosso intestino e que atuam, por exemplo, facilitando a
absorção de algumas substâncias e sintetizando vitaminas;
 Algumas bactérias participam do ciclo do nitrogênio, garantindo a fixação de
nitrogênio atmosférico;
 Cianobactérias e outros procariotos autotróficos produzem matéria orgânica que
é aproveitada na cadeia alimentar;
 Cianobactérias produzem oxigênio que é liberado na atmosfera;
 A bactéria Clostridium botulinum produz a toxina botulínica, utilizada para
amenizar linhas de expressão e rugas;
 Algumas bactérias são utilizadas na fabricação de alimentos, como o iogurte.

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Conclusão

Botulinum é uma das várias espécies de clostrídios que causam doenças humanas. O
botulismo é uma emergência médica e, às vezes, uma emergência de saúde pública.
Quanto aos seus sintomas, não há febre e o pulso permanece normal ou lento, a menos
que a infecção intercorrente se desenvolva. Constipação intestinal é comum após o
aparecimento do comprometimento neurológico.

O botulismo transmitido por alimento começa abruptamente, geralmente 18 a 36 horas


após a ingestão da toxina, embora o período de incubação possa variar de 4 horas a 8
dias. Para a sua prevenção, o processo apropriado de enlatar e o aquecimento adequado
de alimentos enlatados em casa é essencial antes de servi-los. Alimentos em conserva
que mostram evidência de deterioração, tumefação, ou vazamentos devem ser
descartados.

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Referencias Bibliográficas

LARRY M. Bush.; CHARLES E. MD, FACP Schmidt College of Medicine. Florida


Atlantic University.

MARIA T. Vazquez-Pertejo. (2021). MD FACP, Wellington Regional. Medical Center

SANTOS, Vanessa Sardinhados. (2002). Reino Monera; Brasil Escola. Acesso em 05


de maio de 2022.

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