Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nosso lugar enquanto psicólogo/terapeuta, ainda que carregue uma “encomenda” é um lugar que NÃO deve estabelecer um “certo” ou
“errado”, uma “certeza”, este caminho deve ser traçado APENAS pelo sujeito, e não pelo psicólogo
Sobre o Saber
Tratamento de ensaio (preliminar à análise) é um saber que sabe, mas, que não se sabe pelo outro, já que
tinha como objetivo ligar o paciente a figura do analista não sei a verdade do outro, é um saber com limite
e seu tratamento, proporcionando uma criação de uma
relação transferencial
A constituição do sintoma analítico é correlata ao estabelecimento da transferência que faz emergir o sujeito
suposto saber, pivô da transferência. Esse momento em que o sintoma é transformado em enigma é um momento de
histerização, já que o sintoma representa aí a divisão do sujeito ($). Enquanto o sintoma faz parte da vida do sujeito —
vida com a qual ele se acostumou antes do encontro com o analista — pode ser considerado como um signo (ou sinal):
aquilo que representa alguma coisa para alguém. Quando esse sintoma é transformado em questão, ele aparece como a
própria expressão da divisão do sujeito. É nesse momento que o sintoma, encontrando o endereço certo que é o analista,
se torna sintoma propriamente analítico. É isso que Lacan quer dizer com a formulação “o analista completa o sintoma”
— que corresponde ao discurso da histérica
Momento inicial
3 funções lógicas e interdependentes (não cronológicas)
G A função sintomal (sinto-mal)
(sintoma) o sujeito chega para o terapeuta relatando sobre No entanto, não devemos aceitar este discurso como
o que se sente mal, sintoma que consegue ser relatado, indiscutível, não deve haver um contentamento deste. Essa
“meu problema é insônia”, em suma, com conceitos já função (função sintomal) é responsável por transformar
produzidos até o momento, em outras palavras, um saber esse sintoma bruto em um sintoma analítico, “é depressão
sobre ele, um relato dele. Um sintoma/demanda bruto, mesmo?”, “o que é essa depressão que eu tenho?”,
aquilo que ele consegue dizer sobre ele transformando a queixa em uma pergunta
G A função diagnóstica
Não aprisionar ao diagnóstico psiquiátrico! Mas sim, guiar o Sobre o sujeito: é delirante? Possui discurso sem furo?
manejo do tratamento e seu sentido. Traz em seu discurso a necessidade de objetos que lhe
Ele serve para condução de análise e não rotulação, não se preencham? Se entendemos que se trata de um sujeito
trata de preencher critérios, é apenas no registro do psicótico, à medida que não se separa da relação
simbólico que será possível entender como ele se posiciona inicial/castração (materno) é um discurso que não tem
no laço social, e qual a estrutura que está sendo furo, que não tem falta. Dessa forma, temos que entender
trabalhada cada uma da estrutura
G A função transferencial
Momento em que o sujeito começa a se questionar a Ex. citado em aula: criança com dor de cabeça e aponta
partir da análise, é o que denominamos a função para virilha, relaciona-se quando o discurso da “pessoa
transferencial das entrevistas preliminares. depressiva” vem pronto.
A transferência a transferência não é condicionada ou motivada pelo analista! A transferência não é uma
função do analista, mas do analisante. A função do analista é saber utilizá-la.