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G E S TA L T - T E R A P I A E

A P S I C O L O G I A DA
G E S TA L T

G ESTA LT – 2º PERÍODO

P R O F. L O I V O J. M A L L M A N N

CRP – 08/19791
F U N DA M E N T O S DA
G E S TA L T T E R A P I A
• 1. A Psicologia da Gestalt

• 2. Homeostase
• 3. A Doutrina Holística

• 4. Limite de Contato
A P S I C O L O G I A DA
G E S TA L T
• Princípios da Psicologia da Gestalt

• A Psicologia da Gestalt e a GT
• A Psicologia da Gestalt – F. Perls
P R I N C Í P I O S DA
G E S TA L T
• Princípio de figura/fundo

• Princípio da pregnância ou da boa forma


• Princípio do fechamento

• Princípio da semelhança
• Princípio da proximidade
• Princípio da simetria
• Princípio da continuidade
PRINCÍPIO DE FIGURA-FUNDO

Percebemos Figura: o que está em Fundo: o que está em


totalidades primeiro plano segundo plano;
contexto e ambiente

Figura e fundo não Há um processo É a relação figura-


são fixas nem contínuo de formação fundo que dá sentido
estáticas e destruição de à figura
Gestalten
P R I N C Í P I O DA
PREGNÂNCIA OU
B OA F O R M A
• A organização psicológica será sempre tão “boa” quanto as
condições reinantes permitirem.
• A percepção do estímulo é mediatizada pela forma como
interpretamos o conteúdo percebido.

• A “boa forma” é alcançada quando há equilíbrio, simetria,


estabilidade e simplicidade.

• Relação com a noção de ajustamento criativo da GT


PRINCÍPIO DO
FECHAMENTO
• Tendemos a fechar ou completar figuras
que na realidade são incompletas;
• “Efeito Zeigarnik” – situações incompletas
são carregas de tensão;
P R I N C Í P I O DA S E M E L H A N Ç A

• Imagens com características


semelhantes tendem a ser
agrupadas;
• Antes mesmo de perceber as
formas, percebemos os
grupos vermelho, preto, etc...
P R I N C Í P I O DA
P ROX I M I DA D E

• Elementos próximos tendem a


serem vistos como um todo e
não como partes individuais;
• Vemos primeiro a imagem de
um rosto e posteriormente os
equipamentos que formam a
figura;
P R I N C Í P I O DA S I M E T R I A

• Tendemos a perceber objetos como simétricos a partir do centro.


• Vemos mais facilmente três pares de símbolos do que conjuntos
isolados de símbolos.
• Vemos mais facilmente continuidade em determinada
direção nos elementos de uma figura;
• Na figura abaixo as linhas tracejadas são vistas como
se seguissem por um caminho invisível, do canto
esquerdo inferior até seu canto direito superior.

PRI N CÍ PI O DA
CON T I N UI DA DE
P S I C O L O G I A DA G E S TA L T E G T

Laura Perls – estudou a Foi aluna de Wertheimer –


psicologia da Gestalt doutorado acerca de
percepção visual

Funcionamento psíquico –
entendido em sua
totalidade e não pelo Laura Perls (1905-1990)
estudo de suas partes Livro: Viviendo en los límites.
Valência: Ed. Promolibro, 1986.
PERLS – 4 ELEMENTOS
I M P O R TA N T E S DA
P S I C O L O G I A DA
G E S TA LT

• A ideia de situação inacabada

• Uma Gestalt é um “fenômeno irredutível”


• A diferenciação da Gestalt em figura e fundo

• O princípio de que uma Gestalt forte tem necessidade de se


fechar
• Obs: Elementos presentes na obra “Escarafunchando Fritz:
dentro e fora da lata de livro”, 1979, p. 81-4.
A P S I C O L O G I A DA
G E S T A L T – F. P E R L S
• A compreensão do self requer sentimento e sensibilidade;

• A abordagem gestáltica é fundada em premissas facilmente


verificáveis pela experiência;

• 1ª Premissa – “É a organização de fatos, percepções,


comportamentos ou fenômenos, e não os aspectos individuais
de que são compostos, que os define e lhes dá um significado
específico e particular” (p. 18).
A P S I C O L O G I A DA
G E S TA L T
• Psicologia da Gestalt – não percebemos as coisas de forma
isolada e sem relação, mas como um todo organizado e
significativo;

• Ex: em uma festa com muitos convidados, a pessoa busca com


quem combinou de se encontrar. O amigo está no primeiro
plano e todo o resto é fundo.

• Primeiro e segundo plano são intermináveis e intercambiáveis;


A P S I C O L O G I A DA
G E S TA L T
• Psicologia da Gestalt – premissa – “a natureza humana é
organizada em partes ou todos, que é vivenciada pelo
indivíduo nestes termos, e que só pode ser entendida como
uma função das partes ou todos dos quais é feita” (p. 19).
2 . H O M E O S TA S E
• Homeostase – processo pelo que o organismo satisfaz suas
necessidades e se mantem em equilíbrio;

• Exemplo fisiológico – o organismo funciona bem quando o


nível de açúcar no sangue é mantido dentro de certos limites.

• Organismo – tem necessidades psicológicas e fisiológicas de


contato;
• Os instintos são as forças condutoras da vida e a sua repressão
gera neuroses.

• McDougall destaca 14 instintos; para Perls são milhares; para


Freud os instintos básicos são dois: Eros (de vida) e Tanatos (de
morte);

2. • A necessidade dominante torna-se a figura de primeiro plano e


as outras necessidades ficam em segundo plano (fundo);
H O M E O S TA S E
2 . H O M E O S TA S E
• Frase:

• “Para que o indivíduo satisfaça suas necessidades, feche a


Gestalt, passe para outro assunto, deve ser capaz de
manipular a si próprio e ao seu meio, pois mesmo as
necessidades puramente fisiológicas só podem ser satisfeitas
mediante a interação do organismo com o meio” (p. 24).
3.DOUTRINA
HOLÍSTICA
• Ser humano – organismo unificado que supera a cisão
corpo/mente;

• Na psicologia ainda prevalece o conceito de causalidade – a


doença funcional é vista como um distúrbio físico causado por
um fator psíquico.

• Pensamento não é a única atividade mental. A mente possui


funções como atenção, capacidade de conscientização e
vontade.
Nas atividades mentais a relação entre o que
fazemos e pensamos é muito clara.

Atividade de fantasia – uso interno da atividade de


simbolização.

3. DOUTRINA Conceito holístico em psicoterapia – ações mentais e


HOLÍSTICA físicas estão entrelaçadas;

“O que ele (homem) faz fornece indícios para o que


pensa, assim como o que pensa fornece indícios para
o que faz ou gostaria de fazer” (p. 30).
3. DOUTRINA
HOLÍSTICA
• Entre os níveis do pensar e do agir há um estágio
intermediário de fazer de conta (fantasias e representações).

• A pessoa busca a própria compreensão para as suas


fantasias e representações.

• Na experiência em três níveis de imaginar, representar e


fazer a pessoa se torna um entendedor de si mesma.
3. DOUTRINA
HOLÍSTICA
• Psicoterapia – experiência de viver no presente.

• Psicoterapia – busca a integração de pensamentos,


sentimentos e ações (no consultório e na vida cotidiana);

• Neurótico – pessoa fragmentada por seus conflitos e vivências


inacabadas;
4 . L I M I T E S D E C O N TAT O

Comportamento da pessoa permeado pela relação que ela tem com o meio.
Uma relação satisfatória gera um comportamento denominado de normal.

Uma relação de conflito entre organismo e meio gera um comportamento


descrito como anormal.

Fronteira de contato – modo como o ser humano funciona no seu meio.

Organismo e meio se mantêm numa relação de reciprocidade.


4. LIMITES DE
C O N TAT O
• Para satisfazer suas necessidades, o organismo tem que achar
os suplementos necessários no meio.

• O neurótico perdeu a habilidade de organizar seu


comportamento de acordo com uma hierarquia de
necessidades.

• Na terapia aprende a distinguir e dedicar-se a uma


necessidade de cada vez, mantendo a situação no tempo
suficiente para fechar a Gestalt.
4. LIMITES DE
C O N TAT O
• “Portanto, nem todo contato é saudável, nem toda fuga é
doentia. Uma das características do neurótico é não poder
fazer bom contato, nem organizar sua fuga” (p. 35).

• “Quando o objeto catexial, seja sua catexis positiva ou


negativa, foi apropriado ou destruído, contatado ou dele se
fugiu, ou relacionado de algum modo satisfatório com o
indivíduo, tanto ele quanto a necessidade a que está
associado desaparecem do meio; a Gestalt está fechada” (p.
36).
4. LIMITES DE
C O N TAT O
• Papel das emoções – As emoções são a própria linguagem do
organismo.

• “As emoções energizam as catexis e mobilizam os modos e


meios de satisfação de necessidades” (p. 37).

• Neurótico – perdeu a liberdade de escolha pois não consegue


ver as opões que lhe estão disponíveis;
REFERÊNCIAS:
• ANDRADE, C. C. A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico
na gestalt-terapia. 2007, 281 f. . Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Católica de
Goiás – Goiânia – GO. Disponível em: http://tede.biblioteca.ucg.br. Acesso em 22 abr. 2017.

• BOCK, Ana Mercês Bahia et all. Psicologias - Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo:
Saraiva, 2001.
• FRAZÃO, L. 6. Psicologia da Gestalt. IN: FRAZÃO, L. e FUKUMITSU, K. O. (Org.) Gestalt-terapia:
fundamentos epistemológicos e influências filosóficas. São Paulo: Summus, 2013. p. 99-113.
• PERLS, F. Escarafunchando Fritz: dentro e fora da lata de lixo. São Paulo: Summus, 1979.

• PERLS, F. A abordagem gestáltica e testemunha ocular da terapia. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

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