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FACULDADE DE FONOAUDIOLOGIA
FONOAUDIOLOGIA E COMUNIDADE:
O OLHAR DO ACESSO EM DIFERENTES CONTEXTOS E REALIDADES
Desenvolvido por:
Verificado por:
Prof. William A. L. Shimizu, Coordenador do Curso
Mapeamento e Diagnóstico
Cidade Kemel é um bairro do extremo leste da cidade de São Paulo, ele faz divisa com as cidades
da comunidade de Póa, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba. A região é administrada pela subprefeitura do
Itaim Paulista, responsável pelos bairros ao redor.
A população é composta por famílias de classe média baixa. O comércio local é composto por
lojas de pequeno porte, não há grandes lojas ou redes.
Há uma UBS para atender a população da Cidade Kemel, mas há outras unidades nos bairros
vizinhos (Encosta norte, Jardim das Oliveiras, vila Nélia e Jardim Indaiá) onde é possível receber
atendimento. A UBS Cidade Kemel não oferece o serviço de fonoaudiologia, os pacientes são
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encaminhados para a unidade do jardim das Oliveiras. Também não há consultórios particulares
ou clínicas na região que ofereçam atendimento com fonoaudiólogo.
Não existe nenhum tipo de rede de apoio para pessoas com algum tipo de deficiência no bairro,
mas existem APAEs próximas nas cidades vizinhas, Ferraz e Itaquaquecetuba.
Mapa do bairro Cidade Kemel
Problemas sociais
A prefeitura de São Paulo demora ou não presta serviços de melhoria para o Bairro Cidade Kemel,
como canalização do córrego, melhoria na iluminação e recapeamento das ruas. A região é
cortada por um córrego sem nenhum tipo de saneamento, em dias de chuvas fortes acontecem
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enchentes trazendo perdas materiais e doenças. O local sofre com problemas de segurança
pública, principalmente na área da rua Tubulação.
A UBS é defasada e não atende todas as necessidades da população local e não oferece
atendimento com fonoaudiólogo, fazendo com que a população tenha que procurar atendimento
em outros locais ou deixar de realizar o tratamento.
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Orientar agentes comunitários de saúde, para coletar dados referentes à comunicação dos
usuários e detecção de sinais indicadores de alterações da comunicação humana;
Desenvolver atividades de promoção à saúde e de comunicação, por meio da abordagem de
temas como saúde materno infantil, desenvolvimento infantil, saúde auditiva, saúde mental, saúde
vocal e saúde do idoso;
Realizar visitas domiciliares, para elencar fatores ambientais e familiares que possam gerar
alterações na comunicação humana;
Realizar consulta compartilhada com a equipe de saúde da família;
Facilitar a inclusão social de usuários com deficiência auditiva, física e intelectual;
Promover educação permanente para os profissionais da saúde e da educação a respeito dos
diversos distúrbios da comunicação.
Essas funções são essenciais para o atendimento das pessoas que vivem no bairro Cidade Kemel,
e assim desenvolver uma comunidade mais saudável.
Levando em consideração a atuação do Fonoaudiólogo na atenção básica da saúde e os pontos
levantados, se faz necessário a ampliação e manutenção do trabalho desses profissionais nas
UBS através de mais verbas da prefeitura, abertura de concurso para preencher a vaga no bairro.
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Incentivo para que clínicas e consultórios particulares sejam abertos na região
A História da Fonoaudiologia no Brasil teve seu início na década de 30, pois se via necessário
tratar os transtornos de linguagem apresentados por estudantes. Ao decorrer dos anos a profissão
foi crescendo e em 09/12/1981 foi sancionada a Lei n° 6965, que regulamenta a profissão do
Fonoaudiólogo, mas também a criação dos Conselhos e do Código de Ética que dispõem sobre
os direitos e deveres que esses profissionais possuem.
De acordo com pesquisas realizadas pela Agência do Senado (2022) saúde é o fator que mais
preocupa a população, principalmente entre pessoas com baixa escolaridade, 34% dos
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entrevistados responderam que era uma preocupação. Para as pessoas que possuem menor
acesso a serviços de saúde, ela se torna uma preocupação pela incerteza se será possível realizar
o tratamento e a qualidade dele.
Os grupos privilegiados apresentam melhor saúde e menor risco de saúde, enquanto a população
menos privilegiada não desfruta do mesmo benefício, pois a distribuição e acesso desse recurso
é desigual (SANTOS, 2011). Se faz necessário que os serviços de saúde sejam mais bem
distribuídos, ou seja, além da oferta por parte do poder público, também ter oferta de clínicas e
consultórios particulares onde há escassez de profissionais. No bairro Cidade Kemel, e até mesmo
nos outros bairros da região, há poucos consultórios de fonoaudiologia, o que torna a região
atrativa para futuros empreendimentos. O incentivo para a abertura de novos consultórios e
clínicas viria da demanda pelo serviço em um lugar onde não a oferta dele para a população.
Criar campanhas para que a população conheça o trabalho dos fonoaudiólogos e sua
importância
Apesar de ser uma profissão ainda pouco divulgada, a fonoaudiologia já é uma solução indicada
por muitas escolas e médicos pediatras, para auxiliar no desenvolvimento da criança. E sua
atuação vai muito além de “ensinar crianças a falar certo”.
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Muitas pessoas acreditam que um fonoaudiólogo deve ser procurado apenas quando há um
problema de fala, mas o tratamento fonoaudiológico é muito mais do que isso. Além da linguagem
oral, o fonoaudiólogo atua nas dificuldades da linguagem escrita, como nos casos de dislexia, além
de auxiliar as crianças com problemas na voz, na respiração e dificuldades para engolir, mastigar
ou sugar.
A fonoaudiologia pode ajudar também com habilidades sociais. Como: comunicação limitada, ou
não tem fala funcional, a fonoaudióloga trabalhará as habilidades sociais, através do uso de
estratégias diversas como modelagem de vídeo, representação de papéis. Mostrando algumas
partes que a fonoaudiologia atua podemos ver o tanto de importância que ela traz para a nossa
sociedade, não somente na “fala”, mas ajuda em demais dificuldade. O que falta na área é
divulgação e necessidade das pessoas saberem a importância como qualquer outra profissão.
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população é defasada de profissionais e acabam aguardando por longos tempos o atendimento
por não ter na cidade.
Conclusões A área de fonoaudiologia é uma área pouco conhecida pela população em geral, é extremamente
recente no Brasil se considerarmos que seu ensino começou na década de 60 na Universidade
de São Paulo (1961), vinculado à Clínica de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina, e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1962), ligado ao
Instituto de Psicologia. Ambos estavam voltados à graduação de tecnólogos em Fonoaudiologia.
Tendo em vista que é uma área praticamente nova no Brasil, é natural que esteja carente em
profissionais e pouco conhecida ainda.
Por esse motivo, faltam profissionais qualificados para atuar nessa área. Porém, existe um
protocolo no SUS, para o atendimento fonoaudiológico a criança deverá ser encaminhada por um
médico que pode ser pediatra ou outra especialidade que te dará a guia de encaminhamento para
a avaliação fonoaudiológica.
Nas UBS centrais de cada cidade pode se conseguir atendimento com um fonoaudiólogo.
Entretanto, em algumas cidades esses cargos não são preenchidos por falta de profissionais. No
atendimento em consultórios particulares a regiões com quase nenhum profissional que é o caso
da região por nós estudada na cidade de São Paulo no Bairro Cidade kemel, que as pessoas que
precisam se deslocar para a cidade vizinha Itaim.
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Ações de promoção e prevenção a saúde se mostram absolutamente relevantes e necessárias e
nós como estudantes podemos e devemos colaborar com nossa comunidade desenvolvendo
várias ações como palestras explicativas e ações que ajudem a população local próxima de nosso
convívio a conhecer a nossa área e ajudá-los a entender os mecanismos para encaminhamento
para o sistema único de saúde, além de propor junto ao município uma atenção as demandas
populacionais, e o preenchimento das vagas disponíveis para o cargo de fonoaudiologia.
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Referências
BAPTISTA, Rodrigo. DataSenado: Cai preocupação com saúde e cresce com educação., 17 fev. 2023. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/02/17/datasenado-cai-preocupacao-com-saude-e-cresce-com-
educacao#:~:text=Prefeitura%20de%20Jaru-
,A%20sa%C3%BAde%20continua%20a%20ser%20a%20maior%20preocupa%C3%A7%C3%A3o%20dos%20brasileiros,a%20principal%20fonte%20de%20i
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BARBOSA, Daniela. Fonoaudiologia: o que é e como ela pode ajudar o meu filho?, 5 set. 2018. Disponível em: https://fofuuu.com/blog/o-que-e-
fonoaudiologia/. Acesso em: 6 dez. 2023.
CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (Brasil). Contribuição da Fonoaudiologia para o avanço do SUS. CARTILHA SUS, 2015. Disponível em:
https://fonoaudiologia.org.br/comunicacao/cartilha-sus-contribuicao-da-fonoaudiologia-para-o-avanco-do-sus/. Acesso em: 5 dez. 2023.
CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (Brasil). Fonoaudiologia nas Redes de Atenção, 2021. Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/wp-
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CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA (Brasil). História da Fonoaudiologia., 2015. Disponível em: https://fonoaudiologia.org.br/historia-da-
fonoaudiologia/. Acesso em: 6 dez. 2023.
RADAR DO FUTURO. Profissões do futuro: fonoaudiologia em ascensão. [S. l.], 10 fev. 2021. Disponível em: https://radardofuturo.com.br/profissoes-do-
fututo-fonoaudiologia-ascensao/. Acesso em: 6 dez. 2023.
SANTOS, José Alcides Figueiredo. Classe social e desigualdade de saúde no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 26, n. 75, 2011. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/sNVpwMC3DxJ7KXJxJ5FDj6C/?lang=pt. Acesso em: 6 dez. 2023.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (seguir as normas da ABNT)
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