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tacão, controlando-se o nível de vinho na última dorna ao mínimo pos_
sível.
- Evitar depósitos nas dornas e cubas, mantendo o sistema agita_
do e aerado com "sangria" permanente de fundo. Os fundos acentuada
mente cónicos, interligados ao topo da dorna subsequente, são efeti
vos no controle de deposições. Na última dorna, a saída acima do co
ne permite selecionar o teor de sólidos que vai â centrífuga ou ao
sistema de purificação do fundo.
- Manter alta eficiência de centrifugação, ou seja, perder o mí_
nimo possível de fermento.
- Ter flexibilidade no resfriamento da dorna primária e secunda
ria, devendo ser possível usar 1/3, 2/3 ou a metade da área de tro
ca disponível em qualquer destas dornas.
Os trocadores devem ser mantidos limpos, através de inversão
de fluxo frequentes e/ou sistema de limpeza sem desmontar. A tempera
tura deve se situar na faixa de 33-34 C.
- Turbinar o máximo possível de vinho quando de paradas prolonga
das armazenando o leite diluído nas cubas ou na dorna primária. Evi
dentemente deverá haver espaço,também, para armazenar o vinho turbi
nado.
- Evitar reciclo da água de lavagem da torre para o pé-de-cuba.
- Utilizar a maior quantidade possível de água no tratamento áci
do do fermento, mantendo o teor alcoólico, ou seja, quanto mais água
no pé-de-cuba menos água no mosto.
- Quando da necessidade de tornar o tratamento ácido mais agres
sivo procurar recuperar os danos causados às leveduras através de
alimentação de mosto na última cuba (para manter teor de açúcar infe
rior a 1%) com eventual adição de nutrientes nitrogenados e/ou fosfa
tados.
- Manter aeração adequada nas dornas, mesmo com alto teor de fer
mento, para agitação do fundo, para aumentar a permeabilidade do eta
nol através das membranas celulares e ainda limitar o crescimento de
bactérias anaeróbias.
- Evitar acúmulo de sólidos flotantes, realizando limpezas na
parte superior das dornas.
- Reduzir ao máximo a entrada de sólidos insolúveis com o mosto
para evitar sobrecargas no sistema de tratamento do fundo e perdas
nas centrífugas.
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- Evitar o uso excessivo de antiespumantes com base oleosa para
que não haja formação de grumos. Um espaço de, no mínimo, 1,5m entre
o líquido e o tampo, e a possibilidade da espuma escoar para a dorna
subsequente, leva ã minimização no uso de antiespumante.
- Evitar variações bruscas de vazão e/ou concentração de ART no
mosto. Evitar variações bruscas de composição (mel para xarope ou vi
ce-versa).
- Ao ligar as bombas dos trocadores de calor ou compressores, evi
tar saltos de vazão (O para 100%) pois isso leva ao "Boil-Over" da
dorna, também chamado de "erupção".
- Manter o sistema de alívio de pressão e vácuo em bom estado
com testes frequentes.
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(poucas dornas, poucos trocadores etc.) torna-se mais difícil genera.
lizar os dimensionamentos.
De forma geral tem-se procurado projetar instalações com 3 dor
nas de fermentação e uma dorna volante. A primeira dorna normalmente
tem um volume igual ã soma das outras duas e a volante um volume in
termediário entre a primária e as outras duas.
O fundo de todas as dornas e cubas deve ser acentuadamente cõní.
co (60 com a vertical) e as interligações feitas do fundo para o
topo da subsequente. A espuma deve poder fluir até a dorna volante,
de onde saem os gases para lavagem.
O tempo de fermentação é projetado com folga (em torno de 8,0h)
para teores alcoólicos relativamente baixo (8 GL).
Usa-se no mínimo duas cubas em série, tanto na mistura de leite-
-água-ácido, como pé-de-cuba-mosto e vinho resfriado-vinho dorna pró
cura-se altas eficiências e pré-mistura.
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GÁS
CARBÓNICO
MOSTO
L AGUA
U)
U)
\\R
^ ^V^ DE CALOR
P/ RECUPERAÇÃO
LEVEDURA E AlcOOL
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Ainda mais, quando realizar a reativação do fermento após o tra
tamento, o pré-fermentador precisa ter volume a mais para mosto cor
respondendo a 5% do volume total do líquido, mais 10 a 20% para espu
ma e gás preso. Com isso, o pré-fermentador será bem dimensionado
quando se usar um volume de 40% da dorna.
A relação entre altura e diâmetro deve ser grande (pelo menos
1,5 a 2) visando o aumento da eficiência de agitação por aeração.
O número de pré-fermentadores é uma função, em primeiro lugar,
do número de dornas e, também depende dos tempos de centrifugação e
descarga, do número de fermentos usados a mais (do que números de
dornas), das condições de operação como: pH final, temperatura, por
centagem de fermento e grau alcoólico e da realização de reativação
ou não. Com isso, o tempo de ciclo situa-se dentro de uma faixa de
5 a 7 horas.
Quando o número de fermentos é igual ao número de dornas, a rela_
cão de dornas sobre pré-fermentadores pode ser determinado da seguin
te forma.
•- - . ,. _ T _. -, tempo ciclo pré-f ermentador
N9 pre-f ermentador = N9 dornas x *•• *•
tempo ciclo dorna
Na média geral, a relação acima descrita está na faixa de O,3 a
0,4.
Somente quando a fermentação é conduzida com um número maior de
fermentos do que de dornas correspondentes, o número de pré-fermenta
dores tende a aumentar.
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- Pintura externa
Valem os mesmos critérios e especificações da pintura externa
para dornas.
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mento do sistema de distribuição de ar em mais detalhes.
Mesmo que a aeração atenda primeiro as necessidades de forneci_
mento de oxigénio, uma agitação fraca é atingida com tais sistemas.
De qualquer modo, os sistemas de aeração deverão ser otimizados no
sentido de atender às exigências não somente de um fornecimento de
oxigénio mas também de uma agitação com tal grau de intensidade para
poder substituir sistemas mecânicos de agitação.
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6,2 DORNAS E ACESSÓRIOS
6.2.1 DESCRIÇÃO pó PROCESSO
Como regra geral, a instalação de fermentação descontinua é com
posta de um determinado número de dornas (no mínimo seis) com capac_i
dade igual. Existem algumas instalações que operam dornas com dife
rentes capacidades. Para o esquema ser operacional, as dornas com ca
pacidade menor precisam ser interligadas perfazendo o volume da dorna
de capacidade maior. Dentro dos programas de ampliação das destila
rias, muitas instalações de fermentação chegaram a número de dornas
elevados que, por facilidade de operação, podem ser interligadas em
2 ou em até 4 dornas. Não obstante, o número de dornas não deveria
passar das 12 unidades pensando num projeto otimizado.
As dornas do processo contínuo têm funções diferentes, o que faz
com que, não somente as capacidades, mas também detalhes construtivos
e tipo de acessórios, possam ser diferentes de uma dorna para a ou
tra. Dependendo do tipo de processo empregado, o número e as capacida.
dês das dornas variam. O processo de fermentação da Copersucar é ca
racterizado pela capacidade das primeiras dornas (de cabeça) serem,
de preferência, 3 a 5 vezes maior do que as dornas seguintes (de cau
da) .
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ar no fundo da dorn,a, a importância da relação geométrica da -dorna
tem influencia maior,
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rezas sólidas da matéria-prima decantam no fundo da dorna, a constru
cão geométrica da parte inferior da dorna deve responder a essas im
posições do processo.
Um cone com uma inclinação de 10% ou uma dupla inclinação pia
na para o meio da dorna atendem a estes requisitos.
O dreno é posicionado na parte mais baixa da dorna, enquanto
a saída do vinho para as centrífugas deve ser locada em um lugar que
evite o arraste de partículas sólidas com o vinho.
O processo contínuo necessita de um fundo cónico porque o es_
vaziamento do conteúdo das dornas somente se dá uma vez por safra;
neste fundo se faz a purga de materiais que ali se depositam (areia,
argila, bagacilho). A saída do vinho para a dorna seguinte ou para
centrífuga ou para o aparelho de destilação depende do projeto e do
número de dornas. Uma alternativa é a saída do vinho da parte supe_
rior da dorna, conectando com a outra na parte do fundo. Convém lem
brar que a dorna no processo contínuo acumulará uma quantidade muito
maior de sólidos, o que obriga tomar cuidado no posicionamento da
saída do vinho a fim de não entupir. Para manter a perda de carga
pequena nas passagens entre dornas, a velocidade do vinho nos tubos
ou canaletas não deve passar de 0,5m/s.
b) Entrada de mosto e pé-de-cuba
No processo descontínuo usando alimentação por cima, a dorna
possui uma conexão somente quando tiver tampa. A alimentação por c_i
ma oferece a vantagem de possibilitar a observação da vazão sem vi-
sor, no caso da dorna aberta. Quando o mosto é composto de caldo
cru, a espuma pode ser parcialmente controlada pela ação mecânica da
queda do mosto. Existem sistemas de alimentação por baixo, onde o mos_
to entra na dorna através de um tubo vertical que termina numa aitu
rã de 1m acima do fundo. Este esquema não demonstra nenhuma vantagem
em relação ao outro. De modo geral, o mosto chega até a dorna por
gravidade, o que determina o diâmetro da conexão (ou tubulação).
O pé-de-cuba, quando transferido da cuba para a dorna por
gravidade, entrará no costado da dorna a meia altura. Em instalações
com equipamentos de capacidade grande, o deslocamento do pé-de-cuba
é feito por meio de bomba. Neste caso a entrada do líquido pode ser
por cima.
A alimentação do mosto no processo contínuo é feita sempre na
1.40
primeira dorna (com a opção para as outras dornas de cabeça). Nunca
as dornas de cauda ou dornas que fermentam com uma concentração bai_
xá de fermento, receberão mosto.
O esquema de alimentação depende do projeto. Como no caso de
vinho, também o mosto pode ser alimentado em lugares diferentes da
dorna. Para evitar curto-circuitos dentro da dorna, o lugar de entra
da do mosto somente pode ser numa posição longe da saída do vinho.
Se, por exemplo, o vinho sair da dorna em cima, através de uma
canaleta, o mosto deve ser alimentado ã dorna no lado diametralmente
oposto e inferior da dorna.
O pé-de-cuba deve entrar somente na primeira dorna do conjun
to, ã mesma altura do mosto.
Resumindo-se as possibilidades de interligação das dornas abor
dadas nos itens anteriores, chegamos aos seguintes esquemas:
1- Entradas de mosto, pé-de-cuba, vinho centrifugado e mosto
em fermentação: por baixo* Saídas de mosto em fermentação e vinho para
destilação: por cima.
2- Entrada de mosto na primeira dorna, pé-de-cuba e vinho cen
trifugado e mosto em fermentação nas dornas com numeração ímpar: por
cima. Entradas de mosto na segunda dorna e vinho centrifugado e mos_
to em fermentação nas dornas com numeração par: por baixo. Saídas de
mosto em fermentação e vinho centrifugado: por cima e por baixo.
3- Entradas de mosto, pé-de-cuba, vinho centrifugado e mosto
em fermentação: por cima. Saídas de mosto em fermentação e vinho para
destilação: por baixo.
A alternativa "1" consegue um fluxo ascendente em todas as dor
nas. A decantação de partículas não afetará tanto o funcionamento hi-
dráulico das passagens como as demais alternativas.
O fluxo do vinho em fermentação nos tubulões no sentido contrário
ao gás ascendente torna-se pulsante frequentemente chegando a transbor_
dar da face superior do tubulão, o que causa um indesejado curto-cir
cuito. Além disso, esta opção leva a um uso de mais material que os
demais.
A alternativa "2" representa, a solução que menos gasta, mate
rial mas ainda pode ter tubos com fluxos descendentes (o mosto ou o
vinho centrifugado ao voltar para a dorna 2)«
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A alternativa "3" apresenta o esquema com maior grau de flexi.
bilidade. A alternativa "b" tem a desvantagem de ter as saídas par
cialmente ou totalmente em baixo. Deve-se evitar depósitos nas passa
gens, colocando-as numa determinada altura acima do fundo e prevendo
uma inclinação da tubulação na direção do fluxo.
c) Entrada e salda de vinho para trocador de calor externo
A localização da saída do vinho em processo descontínuo é fei_
ta para permitir o resfriamento da dorna mesmo num nível baixo. Para
conseguir uma operação de bombeamento sem bolsões de gás, o trecho da
tubulação entre saída da dorna e entrada na bomba deve ser mínimo.
Portanto, a saída costuma ser numa altura igual ã saída do vinho para
a centrífuga. A conexão de entrada do vinho deve ser suficientemente
afastada da saída para evitar curto-circuito.
A entrada tangencial permite uma mistura no plano horizontal.
Existem projetos que devolvem o vinho na linha do eixo da dorna dire
cionado por cima para evitar aumento na formação de espuma.
De qualquer modo, o vinho dificilmente apresentará um gradien
te térmico, mas eventualmente um gradiente de concentrações.
As mesmas observações feitas para o processo descontínuo valem
para o processo contínuo. O aspecto de homogeneização pelo retorno do
vinho não exerce um papel tão importante porque as dornas que possuem
sistemas de resfriamento com trocadores de calor externos costumam ré
ceber uma aeração moderada, o que promove uma certa agitação.
d) Sistemas de controle de espuma
A formação de espuma, principalmente no caso de fermentação de
mostos de caldo, é um grande inconveniente, prejudicando sobremaneira
o sistema de coleta e lavagem de gases nos casos de dornas fechadas e
causando perdas de vinho no caso de dornas abertas. Dessa forma vá
rios sistemas de adição de antiespumante foram desenvolvidos e testa
dos em usinas e geralmente se baseiam na detecção de espuma, por um
ou dois sensores condutivimetricos e adição de antiespumante em um só
ponto da dorna. O sistema de adição consiste de um reservatório de
20 litros que abastecem, por gravidade, uma câmara de pressujrização.
Fechado o contato entre sensor e costado, o sinal resultante aciona
uma válvula solenóide que deixa passar ar comprimido para a câmara
forçando o fluxo de uma quantidade definida para dentro da dorna.
Estes sistemas, mesmo quando bem ajustados, têm um desempenho in
142
satisfatório na fase de enchimento, quando o nível da dorna ainda es
tá baixo.
Nas dornas de fermentação pode-se ter um esquema de controle
de espuma onde a detecção e adição de antiespumante é feita em dois
ou mais pontos. Ã medida em que o nível do líquido sobe, as sondas in
feriores vão sendo eliminadas do sistema; para que isso seja possível
se faz necessária a medição de nível através de um LI. O novo esquema
permite um controle que antecipa a adição de antiespumante tornando o
sistema mais confiável.
Além dos sistemas individuais de pressurização para cada dor
na, um vaso único com ramais para as diversas dornas pode ser
pressurizado por uma bomba dosadora ou por meio de ar comprimido.
Nos últimos anos sistemas mecânicos para quebrar espuma foram
testados em algumas usinas com a finalidade de se conseguir diminuir
o consumo de antiespumante. No entanto, estes sistemas normalmente ba
tedores, somente têm mostrado alguma eficiência no controle de espuma
de fermentações com caldo cru. Como a maioria das usinas usa mostos
contendo algum caldo tratado, o controle de espuma com antiespumante
é indispensável.
O processo de fermentação contínua oferece uma possibilidade
de deixar escoar a espuma da primeira dorna, onde a formação de es
puma è a mais intensa, para a segunda dorna que, de modo geral, tem
uma fermentação menos acelerada e consequentemente menos espumosa,
criando condições para uma dissolução natural de espuma.
e) Sistema de limpeza
Dornas fechadas no processo contínuo devem ter, obrigatoriamen
te, um sistema de lavagem do tipo "Cleaning in place".
Uma vez que não existe necessidade de uma limpeza em condições
sanitárias da dorna, a lavagem poderá ser feita com água limpa, não
sendo necessário recorrer a soluções de limpeza como soda cáustica e
outras.
A injeção de vapor na fase inicial da operação de limpeza cons^
titui uma prática comum nas usinas. Alcança-se com isso um amolecimen
to da sujeira, especialmente dos resíduos de antiespumantes. Porém,
por falta de uma boa penetração no interior do equipamento, o efeito
143
do pré-tratamento com vapor é pequeno. Também não se pretende efe
tuar uma esterilização da dorna e sim uma remoção substancial de mate
ria sólida que fixa um grande número de microrganismos nocivos ã
fermentação. Normalmente, temperaturas de cerca de 70°C, medidas na
chapa do costado, são alcançadas. Os vapores, que não condensam, saem
pela saída dos gases de fermentação no topo da dorna. Para melhorar a
troca térmica entre costado e vapor, a entrada deve ser colocada num
ponto baixo do costado da dorna. Melhor que o uso de vapor é a aplica
cão de água quente, podendo-se aproveitar águas condensadas ou flegma
ca.
Entre os sistemas de lavagem, dois tipos gozam de uma utiliza_
cão comprovada nas usinas: o anel perfurado e o "spray-balls".
O primeiro tem a vantagem de ser um sistema mais barato, pois
todas as partes podem ser fabricadas na usina, porém o grau de limpe:
za nem sempre é tão bom como no segundo tipo. Evita-se a má distri.
buição pela escolha de um diâmetro do coletor (tipo anel) suficient£
mente grande.
O sistema de "spray-balls" permite uma adequação melhor às
características da dorna que o anel perfurado . Quando a dorna tem como
sistema de resfriamento a serpentina, a locação dos bicos precisa
ser escolhida de tal maneira que todas as partes internas da dorna se_
jam atingidas pelos jatos de água. Assim, o tipo e o número dos bicos
serão diferentes de acordo com o tipo de sistema de resfriamento.
Dornas equipadas com serpentinas têm intalados um bico no cen
tro e mais um determinado número de bicos em diferentes distâncias
do costado, dependendo da capacidade da dorna e do número de espirais
de serpentinas. Todos os bicos são instalados numa altura acima do
nível do líquido numa forma a permitir a desmontagem da tubulação. To
dos os bicos são de aço inox e esfera de 2 1/2" de diâmetro com
100 furos de 3/32" de diâmetro distribuídos sobre toda a extensão da
esfera. O modelo SC-2 1/2", da firma Diversey Wilmington reúne tais
características.
Numa pressão de entrada de 20 psi e uma vazão correspondente de
220 litros/minuto, o dispositivo desenvolve seu melhor desempenho..
Na Tabela 6.1 a seguir apresenta-se detalhes da instalação do sis;
tema de lavagem em função da capacidade da dorna.
144
Tabela 6.1 - Sistema de lavagem em função da capacidade da dorna
N9 de chuveiros 7 13 15 15
Detalhes Fig. 6.1 (a) Fig. 6.1 (b) Fig." 6.1 (c) Fig. 6.1 (d)
145
6600
2100
SPRAY BALL
Mod. J C
SERPENTINA
180° 180'
335O
d)
146
215cm2 cada, que se afastam da sede, ã medida que é necessário a en
trada de mais ar (vide Figura 6.2).
O mesmo tamanho de válvula de pressão e vácuo atenderá todas
as capacidades de 100 a 400m3.
g) Válvula de retenção
A operação da fermentação descontinua não permite o estabeleci
mento de condições estacionárias como no caso da fermentação contí
nua. A sequência de fases cíclicas de produção, descarga, limpeza e
espera, faz com que uma determinada dorna não produza gás carbónico
num certo tempo, enquanto outras dornas produzem.
Nas operações de limpeza e descarga a dorna não pode continuar
ligada ao coletor de gases, porque os gases das dornas em fermentação
procurarão um caminho preferencial através da dorna parada. Conse
quentemente, todas as dornas da fermentação descontinua devem ter uma
válvula de retenção na saída dos gases, que garanta a lavagem, indepen
dentemente da abertura de uma ou outra dorna» Os prójetos da
Copersucar usam uma válvula padronizada para as 4 capacidades diferen
147
tes de dornas para fermentação descontínua (vide Figura 6.3)
0 300
FIG.6-3- V Á L V U L A DE R E T E N Ç Ã O
h) Visores
Para que se possa observar o conteúdo das dornas, mesmo numa
dorna fechada, dois visores com um diâmetro interno <àe 450mm, um sen
do coberto por uma luminária com lâmpada incandescente de 300W, são
colocados no tampo. Um limpador do tipo "pára-brisa" e um bico de
água, ambos fixados na parte interna da dorna, garantem uma boa visi
bilidade.
i) Tomada de amostra
A presença dos gases de fermentação junto com a espuma criam
condições difíceis de uma amostragem tranquila, quando a tomada é con
vencional, ou seja, tem uma única tampa.
No momento de abrir a tampa para abaixar o coletor de amostras,
os gases conseguem escapar.
Um sistema com duas tampas que funciona sempre com pelo menos
uma tampa fechada, facilita a amostragem mesmo em condições extremas
de espuma (Vide Figura 6.4 a).
No processo da fermentação contínua, onde o nível do líquido
mantém-se constante, a tomada de amostra poderá ser projetada para
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funcionar como um selo liquido (vide Figura 6.4 b).
a) FERMENTAÇÃO DESCONTINUA
b) FERMENTAÇÃO CONTINUA
FIG. 6-4 - T O M A D A P/ A M O S T R A
149
6,3 VASOS E TANQUES
6.3.1 INTRODUÇÃO
Como todos os processos industriais que processam ou empregam ma
térias-primas e insumos líquidos, a fermentação alcoólica também faz
uso de uma gama de tipos diferentes de vasos. Pela função e tamanho
podemos distinguir entre tanques de armazenamento, vasos de processo
como dornas, cubas e diluidores e, finalmente, tanques-pulmão. Como
os vasos de processo serão abordados em outros capítulos, trataremos
mais profundamente dos tanques de armazenamento e tanque-pulmão.
A função dos diversos tanques no contexto da fermentação cont_í
nua e descontínua pode ser compreendida mais facilmente nos fluxogra
mas de processo da fermentação.
150
c) Funcionalidade
A necessidade de colocação de um tanque intermediário nem sem
pré é tão óbvia como no caso de tanques de armazenamento. Quando se
tratar de um líquido cuja falta no processo poderia causar problemas
graves, um tanque-pulmão montado ern uma determinada altura garantirá
o abastecimento num ponto importante do processo para um certo tempo,
mesmo quando houver falta de energia.
De modo geral, estes sistemas de abastecimento podem ser en
contrados quando se precisa de água para combate de incêncio e para
resfriamento de reatores, entre as mais importantes. Na fermentação
alcoólica uma certa atenção é dada ao fornecimento de água de eme£
gência para as centrífugas.
O emprego de tanques intermediários se justifica quando se
quer fornecer um fluído em uma vazão constante a um determinado pon
to no processo.
Este objetivo pode ser alcançado através da implantação de
um tanque em um nível elevado, que opera em um nível máximo, desta
maneira garantindo uma carga pré-estabelecida e com isso uma vazão
constante.
Necessariamente, haverá ura aumento de consumo de energia de
bombeamento por causa do retorno (vide Figura 6.5 (a))ressaltando-se
que o mesmo objetivo pode ser alcançado através de um controle de
nível adequado (vide Figura 6.5 (b)).
RETORNO
TANQUE INTERMEDIÁRIO
DESTINO
ENTRADA
TANQUE DE RECEPÇÃO h^
TANQUE DE RECEPÇÃO
O) b)
151
6.3.3 MATERIAL E NORMAS DE CONSTRUÇÃO
Os tanques de armazenamento são projetados segundo a norma brasi_
leira NB 89 quando atmosféricos, enquanto que o projeto dos tanques
pressurizados segue as diretrizes da norma ASME Secção VIII Divi
são 1 .
Os materiais mais comuns para chapa são:
- Aço Carbono ASTM-A-285C para vasos pressurizados.
- Aço Carbono ASTM-A-283C para vasos atmosféricos.
Devido ao ataque químico sobre a chapa, que é determinado em fun
cão do tipo de fluído e das condições de operação, na fermentação é
usual de 3 até 5mm de sobrespessura.
Outros materiais mais nobres como aço inox e materiais plásticos
não tem tantas aceitação na fermentação como em outros processos com
maior desgaste, uma vez que na grande maioria dos vasos na fermenta
cão com exceção das cubas, não há tanta corrosão que pudesse justif^L
car materiais mais caros. Além da opção em outros materiais existe a
possibilidade de aplicação de pinturas internas e revestimentos para
o aço carbono, visando um aumento da vida útil do equipamento.
152
que possam entupir o fundo do vaso. Normalmente, vasos com capacida
de menor que 2m3 podem ser equipados com drenos de um diâmetro de 1"
enquanto vasos com capacidades de 2 até 10m3 com 1 1/2" e de 10 a
50m3 com 2" de diâmetro. Capacidade maiores recebem drenos com 3" de
diâmetro.
Fluídos que são voláteis ou não possa ter contacto com agua de_
vem ser armazenados em tanques com teto. Queremos lembrar, que tan
quês de mel devem obrigatoriamente ter tampas para impedir a dilui,
cão e posterior infecção do mel. Somente os vasos de água poderão
permanecer sem tampa.
Quando o ar na usina é muito carregado com fuligem, bagacilho ou
poeira recomenda-se até fechar os vasos de água.
Mesmo nos vasos de capacidade menor, a possibilidade de acesso
ã parte interna do equipamento para manutenção precisa ser garantida
através de entrada localizados no costado ou no tampo. Em vasos maio
rés, o diâmetro da boca de inspeção é de GOOmm. Com um tamanho menor
do vaso o bocal de acesso pode ser menor, mesmo que não possibilite
a passagem de uma pessoa mas sim de um dispositivo de inspeção.
O suporte do vaso depende em primeiro lugar da capacidade, do
seu tipo de fundo e do local de instalação. Tanques grandes e médios
são simplesmente apoiados em cima de uma base fixa de concreto ou
areia. Vasos menores podem ser suportados com sapatas ou uma saia em
uma estrutura metálica ou- ainda com pés num piso.
153
fundo para aquecimento com vapor.
O uso excessivo e descontrolado de aquecimento porém, poderá
trazer prejuízos decorrentes de caramelizâção dos méis.
Por causa da viscosidade elevada dos méis todas as conexões
de entrada e salda do líquido devem ser de diâmetros grandes (fluxo
laminar).
Por fim, em consequência da densidade elevada (em torno de
1,45 para melaço) o tanque terá uma espessura mais grossa em compara
cão com tanques para água e álcool. É desnecessário ressaltar que
tanques existentes, projetados para água ou álcool, não devem ser
usados para mel.
b) Tanque-pulmão para mel
O diluidor recebe o mel por gravidade do tanque-pulmão locado
em um lugar mais elevado, a altura sendo determinada pela perda de
carga da tubulação e das perdas localizadas.
Por tradição, os tanques tem uma forma cúbica, provavelmente
para poder se encaixar melhor nos lugares altos do prédio da destila
ria.
Como já observamos o formato do tanque cilíndrico vertical
oferece um custo menor para a mesma capacidade.
Em ambos os casos os tanques devem ter um ladrão, de preferên
cia direcionado, para tanque de armazenamento mesmo se este for dis_
tante da destilaria ou para um equipamento onde o mel poderá ser
aproveitado no proceso e onde o mel excedente possa ser detectado vi^
sualmente, por exemplo para a cuba ou diluidor do tipo convencional.
Se o esquema de bombeamento do processo ou do tanque de arma
zenamento tiver um bom controle, o tanque-pulmão não necessitará ter
um volume tão grande como tem normalmente.
Um consumo de 5m3 de mel por hora pode ser atendido folgada
mente com um tanque de uma capacidade de 3m3.
As observações a respeito das implicações da densidade e vis_
cosidade elevadas no projeto valem,em princípio, para o tanque-pulmão
também.
c) Tanque-pulmão de água
Na fermentação precisa-se de dois tipos de qualidade de água:
de resfriamento e água de processo.
Ao contrário da destilação que precisa ter um pulmão de água
154
de resfriamento de 3 a 5 minutos para se evitar perdas de álcool
nas trombetas dos condensadores, em caso de uma falta de energia de
bombeamento, a fermentação precisa correr o risco de ficar sem água
para resfriar o vinho em um caso de falta de energia, porque a gran
de inércia da fermentação exigiria uma quantidade tão grande de água
que seria antieconõmico a colocação de um tanque-pulmão em um nível
elevado da destilaria.
A água de processo será usada principalmente, para o preparo
de mosto, tratamento de fermento e a lavagem dos gases de fermenta
cão.
Outros usos de água em quantidades e frequências menores são
para preparo de solução de nutrientes, antimicrobianos, soda cáusti.
ca e lavagem de equipamentos e pisos.
O uso descontinuo da água para o tratamento de fermento deter
mina a capacidade do tanque de água com pelo menos um terço do volu
me da cuba.
d) Tanque para soda cáustica
Um tanque para a solução de limpeza faz parte do sistema
"cleaning in place". Equipamentos como trocadores de calor para ca_l
do, torres de resfriamento para caldo, diluidor e tubulações de mos_
to podem ser conectados a um sistema CIP. A prevalecência de matéria
orgânica causará entupimentos nos equipamentos, justificando o empre_
go de soluções quentes (60-70°C) de soda cáustica em uma concentra,
cão de 2%.
A capacidade do tanque precisa atender a lavagem do maior
equipamento com uma folga de pelo menos 50%.
O aquecimento da solução é feito através de um sistema de se£
pentinas pelos quais passa vapor. As partículas retiradas dos equipa
mento são separada da solução em um cesto de tela na entrada do equi_
pamento.
e) Tanque para solução antimicrobiana
Alguns antimicrobianos apresentam uma maior eficiência no con
trole da fermentação. Porém, a toxidade natural destes produtos, d_i
ficultam o seu amplo emprego, agravado ainda mais pela falta de uma
estrutura de aplicação segura e eficiente, como um tanque que permi_
ta a preparação de uma solução antimicrobiana a partir de um sólido
ou um líquido.
155
O tanque de preparação destas soluções devem ter um volume
que corresponda ao uso do produto por vários dias. Uma destilaria
com uma produção de 300.000 l de álcool por dia será bem atendida
com um tanque de 200 l de volume útil.
Para evitar a saída de respingos ou neblinas do tanque, a mis_
tura é efetuada através de um agitador mecânico de baixa rotação,
f) Tanque para antiespumante
O sistema de controle de espuma nas dornas pode ser alimenta,
do por um tanque central que abasteça todos os recipientes pequenos
nas diversas dornas ou forneça antiespumante para diversos ramais
sem uso de recipientes. Este tanque pode ser atmosférico,quando o
antiespumante é bombeado ou pressurizado, quando deslocado por meio
de ar comprimido. Por causa da viscosidade elevada do produto, as co
nexões devem ter um diâmetro suficientemente grande.
Uma capacidade de 220 l para um tanque pressurizado represen
ta um volume ligeiramente maior que um tambor de 200 l, que é a emba
lagem usual deste produto, e portanto será suficiente.
156
6,4 CENTRÍFUGAS
6,4,1 PRINCÍPIOS GERAIS
As centrífugas utilizam o princípio segundo o qual qualquer ob
jeto que gire em torno de um ponto central, a uma distância radial
constante, está submetido a uma aceleração centrípeta que atua no
sentido radial. Se o objeto é um recipiente cilíndrico, seu conteú
do exerce sobre ele uma força igual e oposta ã força centrípeta diri
gida para as paredes do recipiente. É esta força que causa a sedimen
tacão de partículas sólidas pesadas, através de uma camada de líqui
do, ou a filtração de um líquido através de uma camada de sólidos pó
rosos, mantidos dentro de um recipiente perfurado rotativo.
Qc = - (6.2)
9 y s
157
Onde Qc é a vazão volumétrica, em m3/s, e V o volume, em m 3 , do
líquido retido no vaso. Com uma vazão dada Q, o diâmetro critico ou
"diâmetro de corte" Dpc é dado por:
A maior parte das partículas com diâmetro maior que Dpc sai na
"fase pesada", os de diâmetro menor na "fase leve", as partículas
com diâmetro Dpc são divididas igualmente entre a fase leve e pesa.
da.
Quando o espaço da sedimentação não é cilíndrico, ou a camada lí_
quida é espessa, a equação (6.2) deve ser escrita:
18 y g Se
2Tr
^k
3 g Tan 0
158
Para destilarias de álcool, com teor de fermento no vinho entre
8% a 10% (v/v) e no leite de 60% (v/v)(Saccharomyces cerevisie) e
temperatura de entrada na separadora de 25 a 30°C podemos considerar
como produção máxima.
Q - 1,2 Z
Onde:
Q = vazão de vinho fermentado em l/h
Z = Área equivalente da centrífuga em m2
159
ZONA DE FASE LEVE PURIFICADA
160
BICOS
FIG. 6 - 7 - L O C A L I Z A Ç Ã O DOS
BICOS E J E T O R E S
A descarga das fases leve ou pesada pode ser efetuada sob pres_
são por meio de rodete que pode ser simples (para a descarga de uma
fase sob pressão, enquanto que a segunda fase sai livremente do tam
bor) ou duplo (ambas as fases saem sob pressão),
O funcionamento do rodete é semelhante ao de uma bomba centrífu
ga. Nesta, o rotor, munido de palhetas curvas, gira dentro do esta
tor e o líquido a ser bombeado escoa para fora através dos caminhos
que existem nas palhetas do rotor. No caso do rodete dã^-se o inve£
só. Este fica rigidamente fixo ã centrífuga. O disco, dotado de du
tos, fica mergulhado no líquido que gira com o tambor. O líquido é
captado pelo rodete e escoa para o centro do mesmo, através de seus
dutos helicoidais.
Em consequência, a energia cinética se converte em energia de
pressão.
161
6.4,3 DETERMINAÇÃO DAS BOQUILHAS
.Para a determinação inicial do tamanho das boquilhas é aconselha
vel proceder de acordo com o manual fornecido pelo fabricante, modifi
cando o tamanho depois de acordo com as características do vinho processado.
A dimensão dos furos das boquilhas de descarga deve ser adequada
ã vazão de alimentação, ã vazão da fase pesada, e ao teor de sólidos
da alimentação e da fase pesada.
Para se evitar a obstrução das boquilhas, o líquido processado
deverá ser filtrado por um elemento filtrante que tenha furos de cer_
ca de 75% do diâmetro da boquilha. Estes filtros devem ser duplos pá
rã evitar interrupções durante a limpeza.
Em algumas destilarias, há necessidade de se instalar hidrociclo
nes para a retirada de sólidos decantáveis.
A opção mais indicada seria instalar os hidrociclones no caldo
ou mosto pois assim evitaríamos uma perda de fermento no rejeito do
hidrociclone do vinho.
É interessante salientar que os filtros são de segurança, ou se_
já, para proteger os equipamentos de centrífugas, não se dispensando
o tratamento do caldo.
Para determinação do diâmetro das boquilhas admitiremos:
- Vazão de vinho fermentado - 60m3/h
- Teor de fermento no vinho = 8 %
- Teor de fermento no leite de levedura = 65%
- Teor de fermento no vinho turbinado = 0%
Através de um balanço nas centrífugas temos:
60 . 8 = 65 . x
x = 6° •8
65
x = 7,38m3/h
162
será:
Sabemos que:
= VA - SA
. SF
Onde:
7T D2
S =
Temos portanto:
DA DF
qA = 480 l/h
D, F = =1mm
£\ 615 l/h
DF = X
480 = 615
12 X2
163
X = 1,13mm
Onde:
Q = Vazão em l/h
V = Volume em litros
t = Tempo em horas
164
vinho delevêdurado para controle da periodicidade de limpeza das
mesmas.
Quando da utilização de filtros, deve-se evitar interromper a
operação da centrífuga para troca do filtro entupido (constatado
através de uma diferença de pressão entre os manómetros de entrada e
saída do filtro). Neste caso primeiramente deve-se dirigir a elimen
tacão do vinho para o filtro limpo e em seguida ir interropendo a
alimentação através do filtro sujo. O filtro sujo deve ser limpo ime_
diatamente. Se ocorrer alguma perturbação da alimentação da centrífu
ga, utilize imediatamente água evitando assim obstrução das boqu_i
lhas e desbalanceamento.
c) Para a parada da centrífuga deve-se primeiro abrir a água pá
ralelamente ao fechamento do vinho de modo que o desligamento do mo
tor ocorra com água. Ao atingir 900rpm aciona-se o freio, não inte£
rompendo a água enquanto a separadora estiver girando. Alguns mode_
los tem instruções diferentes, deve-se portanto, verificar catálogo.
Como medida de segurança & aconselhável instalar uma caixa de
água que permita a alimentação das centrífugas em caso de emergência
(por exemplo: falta de eletricidade) . Como regra geral esta caixa de_
vê armazenar um volume de aproximadamente 5m3 por centrífuga.
6,4,5 LIMPEZA
Podemos considerar a limpeza como parte da operação das centrífu
gás sendo aconselhável a utilização da limpeza CIP (limpeza sem des_
montar) prolongando assim a sua desmontagem.
A limpeza CIP depende de 3 fatores:
a) Características construtivas da centrífuga
Deve-se projetar a limpeza CIP de tal modo que todas as pa£
tes das centrífugas entrem em contato com o produto. Os cantos mo£
tos e frestas estreitas devem ser irrigados o mais possível e as im
purezas dissolvidas devem ser facilmente removíveis. Também o acúmu
Io de impurezas na periferia do tambor causa grandes problemas às
centrífugas com tambor de bicos ejetores, portanto deve ser removido
para limpeza.
b) Tipos de impurezas
As impurezas na centrífuga dependem diretamente das caracte_
165
rísticas do produto centrifugado.
Os sólidos podem ser de natureza orgânica, inorgânica ou uma
combinação de ambas. No caso do vinho os sólidos serão basicamente
de origem orgânica.
Seguindo-se este racioncínio, tem-se três processos básicos
de limpeza:
- Limpeza alcalina
- Limpeza ácida
- Limpeza alternada (alcalina, ácida)
É aconselhável que alimpeza CIP seja semi-automãtica ou com
automatização total. No caso de automatização total, além do comando
do programa a conexão das centrífugas ao circuito de limpeza é feita
automaticamente por meio de válvulas solenóides.
Uma limpeza completa CIP deverá ser:
- Agua fria para expulsão do liquido do processo.
- Água quente (65 - 709 C) para dissolução do fermento.
- Soda cáustica (NaOH) (65 - 70°C; 2% de concentração) para
dissolver os resíduos de proteína.
- Agua quente (65 - 70PC) para lavagem.
- Acido nítrico (1,0% de concentração) para dissolver depósjL
tos inorgânicos.
- Agua quente (90 - 959C) para lavagem e esterilização.
O programa acima pode ser simplificado para o caso da destila,
ria, utilizando apenas os 4 primeiros passos.
A não existência da limpeza CIP implica na limpeza manual que
além de ser demorada, pode acarretar danos as centrífugas.
Quando a limpeza das centrífugas é feita manualmente deve-se
usar água quente e fria, instalando-se nestas tubulações filtros de
segurança, com malha de abertura máxima de 0,8mm,
Os sistemas de água fria e quente, devem ter uma capacidade
de vazão de pelo menos 30% da capacidade das separadoras para água
quente, e 50% para água fria.
Deve-se lembrar que as centrífugas devem ser limpas sempre
que o laboratório acusar perdas de leveduras no vinho turbinado e
não como rotina em horário pré-fixados (ver capítulo 3).
166
6,4,6 INSTALAÇÃO DAS CENTRÍFUGAS
A instalação das centrífugas deverá ser realizada em local bem
arejado, que permita a montagem e desmontagem da mesma através de ta
lhas, possuindo no mesmo local suprimento de água para permitir a Ia
vagem do rotor e do piso quando da limpeza manual (Figura 6.8).
O vinho fermentado deve passar por filtros de segurança, com a co
bertura máxima de 0,75 do diâmetro da boquilha. No caso em que estes
sejam auto-limpantes, através de água em contra-fluxo, esta também de_
vê possuir filtros de segurança.
O uso de manómetros na rede, em determinados locais, são de extre
ma importância para o controle das separadoras, não sendo recomenda,
do porém para o controle de vazão.
Na maioria das vezes estão instalados nas tubulações, recebendo
consequentemente as vibrações da separadora, tornando precária a lei_
tura e a durabilidade do manómetro.
É aconselhável a instalação de manómetro de membrana (que impe_
de o contato com o vinho) e de enchimento de glicerina (que minimiza
as vibrações) quando da utilização na própria tubulação de vinho ou
a fixação do manómetro na própria estrutura do prédio utilizando uma
tubulação em espiral conhecida como "rabo de porco" para transferên
cia do impulso. A colocação de indicadores de fluxo na alimentação
das centrífugas facilita a regulagem destas,
O painel de comando da separadora, onde devem pelo menos constar
rotação e amperagem, deve ficar próximo do operador.
É necessário o uso de um dispositivo de segurança, que alimenta
a separadora com água, automaticamente, quando da queda de energia
ou falta de vinho por qualquer motivo. No caso de alimentação da cen
trífuga por bomba, este dispositivo é imprescindível. Também, como
dito anteriormente é necessário a instalação das linhas de água quen
te e fria para limpeza "CIP" da separadora.
Um dos aspectos mais importantes é a vazão na alimentação (vinho
fermentado) que deve permanecer constantemente próximo do valor pré-
-estabelecido, pois a variação provoca uma queda no rendimento da se
paradora.
Em vários casos as separadoras são alimentadas, através de bomba,
direto das dornas, assim conforme varie o nível da dorna a vazão de
167
alimentação variará.
Este problema pode ser resolvido se o operador, for abrindo a
válvula de alimentação, acompanhando a queda no nível da dorna, pó
rém na prática é de difícil controle.
Além disso, corre-se um sério risco, pois com o operador abrindo
a válvula, na troca da dorna, se este não voltar fechá-la como no pa_
drão inicial haverá uma vazão bem acima do limite, podendo causar
problemas ao acionamento e ao próprio rotor de separadora.
Para a solução deste problema tem-se feito uso de tanques de ní_
vel constante, quando houver altura suficiente, alimentando direta
mente as separadoras, caso contrário alimentando uma bomba, que por
sua vez alimenta a separadora.
Os tanques de nível constante devem possuir alta capacitância,
ou seja, procurar manter dimensões horizontais maiores que as verti,
cais.
Devem possuir dispositivos para indicação de nível de vinho, vá_l
vula controladora de nível e ladrão que é encaminhado ã dorna volan
te ou ã secção da bomba.
O tanque deve ser fechado para impedir a entrada de sólidos gros^
seiros e a bóia da válvula controladora de nível deve ser protegida
das oscilações da alimentação.
Para as centrífugas mais comuns a tubulação de vinho das centrí_
fugas, deve ser projetada para permitir uma pressão mínima de
0,7kgf/cm2 na entrada da separadora e de 0,3kgf/m2 para a água de
proteção das centrífugas. Estes valores podem variar de centrífuga
para centrífuga, sendo recomendado seguir as instruções do fabrican
te.
Também deve-se tomar cuidado com variações na frequência da rede
elétrica, pois pode causar sérios danos as separadoras.
Para se ter uma ideia, suponhamos que a frequência aumente de
60 para 63Hz. A rotação da separadora passará (por exemplo DX-309,de
6.100rpm para 6.405rpm e a aceleração centrífuga passará de
6.656 para 7.338 que acarretará sobre tensões sérias no rotor. No ca
só inverso, haverá queda na eficiência de separação.
168
RESPIRO
VÁLVULA
CONTROLADORA DE
NÍVEL
Ç)
ff>
00
m
AGUA
U)
o
c
m
S
o
n
M-
VINHO TURBINADO
CTi
LEITE DE
o LEVEDURA
x
o QUANDO NÃO HOUVER
o
J> ALTURA GEOMÉTRICA
co
o SUFICIENTE
m
c
o
LEGENDA
B - BOMBA DE VINHO
F - FILTRO DE VINHO
M - MANÓMETRO DE MEMBRANA
C - SEPARADORA CENTRÍFUGA
DORNAS DE V1NHO_
FERMENTAÇÃO "
Quando da aquisição das separadoras deve-se procurar manter o
mesmo modelo já instalado pois a instalação de modelos diferentes pó
dera acarretar exigência de pressões de alimentação de vinho diferen
tes, podendo ocorrer o mesmo com o vinho turbinado e o leite de leve_
dura acarretando com isto perdas de fermento, deficiência de concen
tração etc. Também deve-se considerar uma folga na capacidade de cen
trifugação da ordem de 15% devido a parada para limpeza, manutenção
etc.
Tabela 6.2 - Capacidade das separadoras centrífugas
DVK-4* 10
DVK-6* 20
SCM-DX-309* 37,5
HDA-40* 40
SCM-40 42
DX-409B 45
HDA-50* 50
SCM-50 50
HDA-60 60
SCM-60 60
FESX 512S-34 65
HDA-80 80
SCM-80 80
FESX 5 12-31 C 80
170
6,5 TROCADORES DE CALOR
6.5:1 INTRODUÇÃO
Uma das características das fermentações industriais é serem
exotérmicas e como tal necessitam que o calor produzido seja removi
do. Esta retirada de calor se realiza quando da fermentação alcoó
liça, por meio de trocadores de calor que são geralmente dos tipos:
placas (Fig. 6.9), serpentinas (Fig. 6.10), casco-tubo (Fig. 6.11).
AGUA
171
to
DIMENSÕES PESOS P/ MODULO OBS : - A CAPACIDADE DO MODULO E 1,7 m 2 , PODENDO-SE COLOCAR TANTOS
TA M.
A B C D E F G H VAZIO OPER. MÓDULOS QUANTO FOR NECESSÁRIO EM PARALELO OU EM SERIE.
m2 POL. POL. mm fn m mm mm mm mm Kg Kg
1,7 4" 3" 3.510 305 152 350 2.220 205 91 120
1 73
leio atingindo velocidades aceitáveis e, consequèntemente, perda de
cargas elevadas.
b) Coeficientes de incrustação
Deposições minerais e/ou orgânicas formadas no trocador, que
resultam em resistência à transferência de calor, são chamadas de in
crustação. O tamanho e o custo do trocador de calor estão relaciona
dos com o fator de incrustação.
Existem muito poucos dados disponíveis para a determinação dos
coeficientes de incrustação, dependendo do material de construção dos
tubos, do tipo de fluido envolvido, temperaturas, velocidades e ou
trás condições de operação. Portanto, a seleção dos coeficientes de
incrustação é arbitrária.
Fixado um certo coeficiente de incrustação deve-se prever o
uso de limpeza mecânica e/ou química do trocador, periodicamente, pá
rã mante-lo nas condições de projeto.
c) Perda de carga permisslvel
A seleção da perda de carga permisslvel envolve considerações
do processo todo. Entretanto, alta perda de carga pode resultar em
tamanhos menores dos trocadores de calor. A economia inicial ao custo
do trocador de calor deve ser avaliada contra o possível aumento no
custo de operação (bomba, espessuras da tubulação etc.).
Para projetos razoáveis, a perda de carga permissivel em troca
dores casco-tubo deve ser entre 3 e 4 metros de coluna d'água, mas em
alguns casos são maiores. Não é recomendável, em alguns casos, o uso
de toda perda de carga disponível, porque a alta velocidade resultan
te poderia causar erosão ou danos por vibração nos componentes do tro
cador de calor.
174
vido aos coeficientes de transferências de calor serem diretamen
te relacionados ã velocidade, baixas velocidades podem resultar em
trocadores grandes.
No projeto de um trocador de calor otimizado, toda a perda de car
ga disponível deve ser usada, providenciando que as velocidades dos
fluidos sejam razoáveis.
- LMTD: o tamanho, ou seja, a superfície do trocador é inversamen
te proporcional ao coeficiente global de transferência de calor e ao
LMTD corrigido. Assumindo que temperaturas de operação razoáveis te
nham sido especificadas, o projetista deve tentar maximizar o produto
do coeficiente global de transferência de calor e o LMTD para chegar
a um trocador otimizado.
- Coeficiente de incrustação: o tamanho ou a superfície do trocei
dor de calor depende dos coeficientes de incrustação utilizados. A
superfície de um trocador depende do coeficiente global de transferên
* ,
cia de calor, o qual é função da incrustação e da condutividade térmi
ca da parede do tubo, entre outras variáveis»
175
- Mosto
Brix 17,7
Açúcares redutores totais (ART) 15,68%
ART residual Será desprezado
Temperatura do mosto no diluidor 30°C
Calor especifico do mosto 0,89kcal
- Pé-de-cuba
Temperatura do pé-de-cuba 30°C
Brix 5
Calor específico 1kcal kg"
- Temperatura máxima de fermentação 34°C
- Temperatura da água de resfriamento
Na entrada do trocador de calor 28°C
Na saída do trocador de calor 3.2ÒC
- Tempo de fermentação 8 horas
- Cerca de 10% e 5% do volume da dorna e cuba, respectivamente,
são perdidos devido ã espuma, o espaço vazio deixado para evitar o
transbordamento.
- O calor perdido por convecção e pelos gases da fermentação será
desprezado.
- O calor recebido por irradiação será desprezado.
- Admitiremos que a taxa de remoção de calor pelo trocador de
calor seja duas vezes a taxa média de geração de calor.
b) Cálculos
- Calor total gerado na dorna (QD)
- Volume de mosto = Volume de vinho - Volume do pé-de-cuba
- Volume de mosto = 305.630 x 0,9 - 76.340 x 0,95 = 202.544m3
- ART fornecido ã dorna = 202.544 x 1,0698 x 0,1568 = 33.976kg
Da equação de Gay-Lussac temos:
Ci 2 H 2 2Oii + H20 -> 4C2H5OH + 4C02 AH = - 53,89kcal/mol
Considerando que todo o ART fornecido à dorna seja na forma
de sacarose temos:
176
QD = 32.277 x 10 IrLJli =5.085.987 kcal
- Calor absóVvido pelo mosto
QM = 2 0 2 . 5 4 4 x 1 , 0 6 9 8 x 0 , 8 9 x ( 3 4 - 30)
QM = 771.,386kcal
- Calor absorvido pelo pé-de-cuba (QC)
QC = 7 6 . 3 4 0 x 0 , 9 5 x 1 , 0 1 6 8 x 1 x ( 3 4 - 30)
QC = 294.966 kcal
- Calor total a ser removido pelo trocador de calor (QT)
QT = 5.085.987 - 771.386 - 294.966
QT = 4.019.635 kcal
- Taxa de remoção de calor pelo trocador de calor (QTC)(dobro da
média)
QTC = 4.019635 x 2
8
177
dem haver variações nas condições de operação das dornas.
Desvantagens
1- O trocador de placas não pode ser construído na usina.
2- A presença de gases dissolvidos, em regime de fluxo insta
vel, pode levar ã formação de bolsões com redução de eficiência, pe-r
mitindo acúmulos de sólidos.
í
3- Do ponto de vista mecânico, as unidades de palcas com jun
tas são podem resistir a pressões de operação superiores a 21kg/cm2
ou a variações bruscas de pressão (golpe de ariete)
4- Pelo fato das juntas dos trocadores à placa serem flexj.
veis, há uma limitação na temperatura máxima de operação destes a
260 C. Na fermentação alcoólica (ou no tratamento de caldo) não chega
a ser uma desvantagem real.
5- Para um mesmo fator de incrustação a queda de eficiência do
trocador de placas é muito maior que para os tubulares. Esta desvanta_
gem é superada pela facilidade de limpeza e pela flexibilidade na am
pliação.
b) Trocadores tubulares (casco-tubo ou multi-tubulares)
Vantagens
1- Pode ser construído na usina, partindo de projeto e especi.
ficação do CTC, o que pode levar ã economia no investimento inicial.
2- O modelo muiti-tubular horizontal é modular, podendo ser am
pliado ou reduzido facilmente.
Desvantagens
1- Ocupa muito espaço, comparado com o trocador de placas
2- Retenção média, favorecendo deposição e corrosão
3- Peso: exige fundações mais caras que os de placas
4- Mistura de fluidos é possível caso haja perfuração nos tu
b.os. A falha é de difícil localização exigindo desmontagem.
5- Limpeza e manutenção mais difícil e demorada
c) Serpentinas
Vantagens
1- Execução na usina, não exigindo recursos especiais.
2- Para dornas pequenas (até 100m 3 ) é a opção de menor investi
mento inicial.
Desvantagens
1- Por apresentar muitos pontos de tensão e de solda a sua vi.
da útil é muito reduzida,
178
2- Reduz a capacidade efetiva da dorna por ocupar volume não
desprezível.
3- Torna menos efetiva a limpeza da dorna, favorecendo o apare
cimento de pontos estagnantes,
4- Permite o acúmulo de material orgânico no interior dos tu
bos, aumentando a perda de carga e reduzindo a vazão admissível e,
assim, o coeficiente de troca térmica.
5- Manutenção difícil.
6- Sua eficiência depende das condições de agitação do vinho
dentro das dornas.
7- Mesmo com várias entradas (e saldas) de agua, a troca de ca
lor durante o enchimento é feita com apenas uma parte da área (aquela
que está efetivamente mergulhada no liquido),
8- Em vista da sua baixa eficiência, é menos apropriado para
controle da temperatura.
q = Uo Ao LMTD
Onde:
179
Ao « Área de transporte de calor -Ia4o externo
LMTD = Diferença de temperatura media logarltma
LMTD Atz ~
In Ata
At!
UoiAt2 - Uo 2 Ati Ao
ln(UoiAt2/Uo2Ati)
180
SAÍDA DO
FLUÍDO DO ENTRADA
INTERIOR DO FLUÍDO
DOS TUBOS NA CARCAÇA
t
II 11
l
4^"^""""~~
*^s_
^x*- ..!
\,S_ |
P \^
^u"">- 1
K i
O-i ; =
V
V" i
l
g
n N
/
/
V 'í'
SAÍDA DO ENTRADA
FLUÍDO DA DO FLUIDO
CARCAÇA NO INTERIOR
DOS TUBOS
ENTRADA DO SAÍDA DO
FLUÍDO FRIO FLUÍDO QUENTE
h A
i_j
r
i—•• -H
*fi—~—» ; - 3J
— -9*
^••H
L—r •
-— l
M
-—j
i *
SAÍDA DOV 'J ENTRADA DO
FLUÍDO FRIO f T FLUÍDO QUENTE
181
Em uma parte do trocador os fluidos do interior do tubo escoam em
paralelo e em outra, parte em contra-corrente.
As áreas de troca térmica para estes sistemas são calculadas uti
lizando-se fatores correção da equação (1) que podem ser obtidos para
os diversos tipos de trocadores casco-tubo em literatura específica.
Para todos os sistemas presume-se que o fluido em qualquer passa
gem do casco esteja completamente misturado em todas as secções trans
versais normais ao escoamento. Realmente isto não acontece no casco,
mas conseque-se aproximadamente o mesmo efeito pela colocação das
chicanas que causam uma mistura do fluido em várias posições ao longo
do eixo do trocador.
Valores de fatores de correção menores que 0,8 são inaceitáveis
devido ã configuração ineficiente do trocador.
No interior de alguns condensadores, evaporadores e dornas de fer
mentação, a temperatura do fluido no lado-casco é constante em todo
comprimento do trocador. Para este sistema o fator de correção é 1.
- Exemplo:
Deseja-se resfriar mosto em fermentação através de um trocador
casco-tubo 1:1.
Admitir Uo = 1.500kcal/h m2 C e constante. Calcular a área ne
cessaria do trocador de calor.
São dados:
Vazão de mosto em fermentação = 300t/h
Calor específico do mosto em fermentação = 0,95kcal/kg
Temperatura de fermentação = 34 C
Temperatura da agua na entrada do trocador = 28 C
Temperatura da água na saída do trocador = 32 C
6
Taxa de calor a ser removido = 1x10 kcal/h
Calor específico da água = 1kcal/kg C
- Do balanço entálpico temos: e
Vazão de água necessária = — = 250.000kg/h
1 x (32 - 28)
Temperatura de saída do vinho do trocador será:
Q = mcpAt
1x10 = 300,000x0,95 x (34 - t v )
t = 30,49°C
v '
182
LMTD = (34 - 32) - (30,49 ~ 28) =
In , 34 - 32 ,
- 28'
- Da equação q = UoAoLMTD temos:
1x1 O 6 = 1 .500x Ao x 2,24
Ao = 297, 62m2 .*.
Ao = 300m2
183
As ga.xetas são geralmente inseridas em uma depressão em volta da
placa presa por uma cola especial que as protegem contra danos meça
nicos quando da abertura do trocador para inspeção ou limpeza.
O coeficiente global de transporte de calor para resfriamento atin
2Q —
gê valores acima de 3.500kcal/h m C.
- Exemplo
Deseja-se resfriar mosto em fermentação através de um trocador
de calor ã placa. Calcular a área necessária aproximada.
São dados:
Uo = 4.500kcal/hm2°C
Fator de correção do LMTD = 0,95
LMTD = 2,24°C
6
Calor total a ser removido = 1 x 1'0 kcal/h
•
Da equação . .
Q = UoxAox_y x LMTD
1.10 = 4 . 5 0 0 x Aox 0,95 x 9,24
Ao = 104,43m2 .".
Ao = 105m 2
184
não existindo, portanto, camadas de limo em seu interior (comuns em
tubos de ferro) que com o passar do tempo pode se tornar significati
vá, diminuindo bastante a eficiência de troca térmica. Tubo de cobre,
mesmo após anos de uso, mantêm uma rugosidade em sua superfície pra
ticamente igual a de quando novos, fator bastante importante no cãlcu
Io da perda de carga, principalmente quando se está limitado quanto à
máxima altura do reservatório de água e quanto ã qualidade duvidosa
da água empregada.
Com o objetivo de se facilitar o entendimento, continuaremos a
utilizar as condições do exemplo anterior para o cálculo da taxa de
remoção de calor pelo trocador de calor,
- Cálculo da serpentina
LMTD
Temperatura da fermentação = 34°C
Temperatura da água na entrada da serpentina = 28 C
Temperatura da água na saída da serpentina = 32 C
34 - 28
- Área de troca
6
_A = 686,63 = 2,25m2/m3
V 305,36
686'63 , 1,913*
0,359
185
Diâmetro de St ; Dn = 7,2 - 1,0 = 6,2m
Diâmetro de S3 í D, = 6,2 ~ 1,0 = 5,2m
Diâmetro de S2 ; D 2 = 5,2 - 1 ,0 = 4,2m
Diâmetro de 83, ; Di = 4,2 - 1,0 = 3, 2m
O número de espiras n, igual pa,ra, cada conjunto, é dado por;
n = -ç.
si
onde:
P é o perímetro das serpentinas, O espaçamento x será considera
70
do igual a x = —^—, sendo 7,0 a altura de cada conjunto.
~
Portanto temos:
1.913 = mr (6,2 + 5,2 + 4,2 + 3,2)
n = 32
x = lj^ = 0,22
x = 22cm
Assim n = 32 espiras e,
51 = 322m
52 = 423m
53 = 523m
Si* = 624m
Entre o fundo da dorna e a primeira volta, o espaço será de
0,2m.
- Perda de carga nas serpentinas
Nesta seção vamos calcular as perdas de carga nas serpentinas
e, para tal utilizaremos a fórmula de Hazen-Williams devido às suas
inúmeras vantagens.
Convém salientar que além dessas perdas de carga existem aque
Ias devido ã configuração da instalação (tubulações, curvas, válvulas
etc) e que obrigatoriamente devem ser levadas em conta, pois a esc£
lha da bomba, ou o posicionamento do reservatório de água só poderá
ser feito através do conhecimento da perda de carga total no
tO. 1,852
186
V = Velocidade de escoamento (m/s)
D = Diâmetro do tubo (m)
O coeficiente de Hazen-Wllliaras que depende da natureza das pá
redes do tubo (material e estado) foi tomado igual a 100, estimando-
-se uma vida útil dos tubos de aço carbono nas condições das destila
rias na faixa de 3 a 5 anos.
- Admitindo-se apenas 1 entrada de agua
. Serpentina Si*
Comprimento da serpentina - 624m
Vazão de água:
m = t L , 8 1,54*' /h
1 . 4 . 1.000
Lê = 655m
Assim:
APC = 655 . 0,1266 = 82,9mca*
ok
* Deve-se notar que, considerando-se o coeficiente de Hazen-
-Williams igual a 130 para tubos novos de ferro, a perda de carga
inicial será 51mca, podendo, inclusive, não chegar ao valor final cal
culado se forem tomadas as providências para limpeza da parte interna
dos tubos nos períodos de entressafra, principalmente nos locais onde
a água empregada for bastante agressiva.
- Serpentina S3
Comprimento da serpentina :523m
Vazão de água :68,34m3/h
Velocidade da água no tubo: 2, 31 m/ s
187
J = 0- r 0.915m/pi
Lê = 583m
AP = 53,32mca
^3
Perda de carga inicial : 32,8mca
- Serpentina S2
Comprimento da serpentina : 423m
Vazão de água : 55,28m3/h
Velocidade da água no tubo : 1,87m/s
J = 0,0617m/m
Lê = 498m
APC = 30,70mca
tj2
Perda de carga inicial : 18,9mca
- Serpentina Si
Comprimento da serpentina : 322m
Vazão de água ; 42,08m3/h
Velocidade da água no tubo: 1,42m/s
J = 0,0372m/in
Lê =400
APbit
0 = 14,9mca
Perda de carga inicial: 9,15mca
- Conclusão
A seguir apresentamos a Tabela 6.3 mostrando os dados obtidos
para várias entradas de água nas serpentinas.
Como podemos notar, a serpentina projetada é inviável de se rea
lizar, pois certamente é de um custo acima de um trocador de calor,
além de ser de impossível limpeza e de reduzir o volume útil das dor
nas acentuadamente.
1 88
Tabela 6.3 - Dados obtidos para várias entradas de água nas serpentinas
Número de espira 32 32 32 32
c»
10
Espaço entre espira (m) 0,22 0,22 0,22 0,22
Vazão de água na seção (m3 /h) 42,08 21 ,04 55,28 27,64 68,34 34,17 81 ,54 40,77
Velocidade de água no tubo (m/ s) 1,42 0,71 1 ,87 0,93 2,31 1,15 2,76 1 ,38
Perda de carga final por 14,9 2,06 30,7 4,22 53,32 7,33 82,9 1 1 ,54
seção (mca)
Perda de carga inicial por 9,15 1,3 18,9 2,60 32,8 4,51 51 7,10
seção (mca)
Na Tabela 6,4 resumimos os 03 sistemas de resfriamento de dornas.
Podemos notar que o trocador de calor ã placa apresenta a menor rela
cão área de troca térmica/volume de dorna.
Resfriamento de Dorna
Volume da dorna (m3 ) 300
Tipo de trocador de calor Serpentinas Placas Casco-tubo
Área necessária (m2 ) 687 105 300
Relação área do trocador /volume da 2,29 0,35 1
dorna
Temperatura da água na entrada ( C) 28°C 28°C 28°C
Temperatura da água na saída ( C) 32°C 32°C 32°C
Temperatura da fermentação ( C) 34°C 34°C 34°C
190
6,6 HlDROCICLONES, PENEIRAS E FILTROS
6,6,1 INTRODUÇÃO
A operação eficiente e sem paradas frequentes das separadoras
centrífugas necessita a instalação de equipamentos que separem impu
rezas tais como areia, bagacilho, gomas e resíduos de tubulação do
vinho fermentado e do caldo que deu origem a este vinho.
Dependendo do fluido, da composição de impurezas contidas nele e
do tipo de processo um ou outro equipamento de classificação ou sepa
ração de impurezas é o mais adequado.
6,6,2 HlDROCICLONES
191
FI6. 6. 14 HIDROCICLONE
6,6,2,2 APLICAÇÃO
De modo geral, hidrociclones podem ser divididos de acordo com
as separações de diferentes fases como se mostra a seguir:
- Sólido de liquido;
- Sólido de gás;
- Líquido de líquido;
- Gás de liquido.
Na indústria açucareira, o hidrociclone é usado, principalmente
no tratamento do caldo, após as peneiras e, em alguns casos particu
lares, no vinho, antes das separadoras centrífugas, na separação de
192
impurezas, tais como: areia, resíduos de tubulação e parte do bagac^
lho.
A finalidade principal é a eliminação de sólidos, que eventual,
mente viriam causar um sério problema de desgaste, pela erosão e
abrasão, nos equipamentos como nas separadoras centrífugas, em ge_
ral, nas tubulações, válvulas e bombas.
Além de evitar a erosão, o hidrociclone oferece a vantagem de se
trabalhar com um caldo (e consequentemente com um vinho) com menos
partículas em suspensão o que leva a uma quantidade menor de depõsi.
to na dorna, especialmente importante na fermentação contínua.
193
W 2 = 11,4 ton/h W6 = 7,512 ton/h
X 2 = 0,01 03" 03" X6 = 0,01 CUBAS
l l l l t l l
í[
l li
III
III
03'
W 3 = 3,6 ton/h
W7* 3,348 ton/h
X 3 = 0,30 W 4 = 7,24 t o n / h
X7*0,30
04" 0 2" X4 = O 03"
04"
03"
04"
6.6.2.4 OPERAÇÃO
Para se ter um bom funcionamento, dois fatores devem ser consi_
derados:
- Trabalhar com uma pressão constante na entrada, para em conse_
quência se ter uma vazão constante.
- Trabalhar sempre com a perda de carga recomendada.
A eficiência de separação do hidrociclone, sempre dependerá das
características físicas do produto, principalmente, a quantidade e o
tamanho das partículas a serem separadas.
6,6,3 PENEIRAS
6,6,3,1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Peneiramento é uma maneira de separação de partículas somente de
acordo com a granulometria.
Com uma única peneira obtém-se uma separação em duas frações,
uma fração que é constituída pelo fluido que passou a peneira conten
do todas as partículas menores que a abertura da tela e pelo rejei
to, contendo as partículas que não passaram pela tela.
195
6.6.3.2 APLICAÇÃO
6.6.3.3 DETALHES
O tipo de peneira bastante empregada atualmente é aquela desen
volvida pela Dorr-Oliver conhecida com DSM, que consiste de barras
trapesoidais longitudinais, deixando entre elas um espaço de 1 a
0,35mm, curvadas num arco de circulo de 45°, cuja tangente superior
é vertical e cujo comprimento total é de 1.600mm (Figura 6.16).
Ao contrário da peneira estática, a peneira vibratória possui
uma inclinação entre 15 a 35% com a horizontal e i munida de um pé
queno motor elétrico que produz vibrações muito rápidas.
Estas vibrações permitem peneirar uma grande quantidade de caldo
em uma pequena superfície de peneira. (Figura 6.17)
Essas telas são fabricadas em plástico, aço inoxidável 304 ou
316, bronze ou em aço carbono. No caso de vinho a tela somente pode
ser de aço inoxidável.
Na maioria dos casos, as peneiras estáticas para caldo e vinho
são equipadas com telas de 0,35 ou 0,50mm de abertura.
A escolha do tipo da malha depende, em primeiro lugar, da concen
tração dos sólidos a serem retirados, e também da concentração res_i
dual no fluido.
196
, Alimentação
/ . -:i v-
Barras trapezoidais-'' •^
Partículas fi
Partículas grossas
Alimentação-
Partículas grossas
Partículas finas
Saída de fluido
198
6,6,4 FILTROS
6.6.4.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
O filtro, como é usado na destilaria, tem a função de um equipa
mento de segurança, pois retém partículas que deveriam ter sido reti_
radas já do caldo anteriormente através de peneira e decantador.
Como o filtro não usa um meio filtrante, ele é um simples filtro
coador.
Por causa da abertura da malha de 0,5 e 0,8mm e da pressão posi_
tiva do vinho poucas partículas ficam retidas. Por outro lado, o f 11.
tro estático não pode reter grandes quantidades de sólidos a não ser
que se opere com alta frequência de limpezas ou se use filtros com
escovas rotativas que limpam o interior do conjunto filtrante, impe
lindo os sólidos para a seção cónica do fundo, de onde são descarre_
gados periodicamente.
6.6.4.2 APLICAÇÃO
Os filtros estáticos e autolimpantes são usados para proteger as
separadoras centrífugas das partículas de tamanho grande como baga
cilho e gomas.
Se o caldo que vai para a destilaria for decantado, o filtro con
segue uma operação razoável, porém em casos onde existe probabilida
de de formação de gomas no trajeto de caldo e na própria fermentação,
a peneira será, sem dúvida, o equipamento mais indicado.
199
equipamento, sendo que a saída do vinho filtrado, necessariamente, é
no lado oposto.
De qualquer forma, o conjunto filtrante e a disposição de entra
da e saída de vinho deve ser de tal maneira que facilite o descarre
gamento dos sólidos retidos para a seção inferior do equipamento, de
onde eles podem ser drenados através da conexão de saída de sólidos.
A colocação de água de limpeza permite a remoção de depósitos da
tela sem desmontar o filtro.
Dependendo do tipo e da quantidade de sólidos retidos, a limpeza
do equipamento precisa ser feita com o conjunto filtrante fora do
equipamento.
6.6.4.4 OPERAÇÃO
Com manómetros na linha de entrada e saída do vinho o filtro pó
de ser operado através de controle de perda de carga. Conforme o mo
delo a diferença de pressão máxima aceitável fica em torno de 1,O a
1,5kgf/cm2.
200
ENTRADA DE A'GUA P/
ÃVAGEM DO FILTRO
ENTRADA DO
VINHO
SAÍDA DO
VINHO
DRENO
6 , 6 , 4 , 6 DADOS TÉCNICOS
201
6,7 SOPRADORES E AERADORES
6,7,1 SOPRADORES
6.7.1.1 DEFINIÇÃO
Sopradores são equipamentos industriais destinados, essencialmen
te a elevar a energia utilizável dos fluidos compresslveis pelo au
mento de sua pressão.
202
cão média em volume•
- 78,06% de nitrogénio;
- 21,0% de oxigénio (02);
- 0,94% de argônio.
Em peso, as porcentagens são:
- 75,5% de nitrogénio;
- 23,2% de oxigénio;
- 1,3% de argônio.
A massa específica do ar puro , 0°C e pressão atmosférica é de
1,2929kg/m3.
Tipos de compresso
rés
I
Compressor Compressor
alternativo rotativo
Compressor de Compressor
anel líquido Roots
203
6,7,1,5 COMPRESSOR DE ANEL LÍQUIDO
204
6,7,1,6 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO COMPRESSOR
A escolha de um compressor depende basicamente de apenas duas
variáveis: pressão e vazão.
A vazão de ar necessária é definida pela demanda do processo lê
vando-se em conta a necessidade da oxigenação e da agitação.
A pressão já é definida basicamente em função da altura de lí^
quido a ser aerado e da perda de carga nos aeradores e tubulação.
Evidentemente o soprador de ar deve ter necessariamente um siste
ma de regulagem de capacidade de tal forma que adapte sua produção
as condições de consumo. Para isto dispõe-se dos seguintes tipos de
regulagem:
a) Regulagem por descarga: quando alcançada a pressão pré-regul<a
da, o excesso de ar escapará livre da saída do compressor através de
uma válvula.
b) Regulagem por fechamento: neste tipo de regulagem se fecha o
lado da sucção; o compressor não pode mais aspirar o ar livremente
e funciona parcialmente em vazio.
6,7,2 AERADORES
6.7.2.1 INTRODUÇÃO
O uso do ar comprimido para a agitação e, consequentemente, aera
cão das cubas de tratamento ácido e dornas de fermentação tem várias
vantagens. Uma das principais é a de promover a reprodução celular,
aliada ao fato da instalação ser extremamente simples.
205
ser agitada, da consistência do material e do grau de agitação. Os
lay-out podem ser em linhas paralelas, cruzando o tanque, em anéis
circuncêntricos, em forma de cruz etc.
A pressão do ar é normalmente baixa. Existe uma pressão estãtL
ca, correspondendo ã carga de líquido externa aos orifícios, e exis_
te uma perda de carga, devido ã passagem através dos orifícios, que
depende do tamanho do orifício e da vazão de ar.
O procedimento normal é calcular a quantidade de ar necessária
para um dado grau de agitação, baseado na área do tanque.
A Tabela 6.5 ilustra melhor essa informação.
Tabela 6.5 - Consumo de ar na agitação e aeração.
206
6,7,2,3 CÁLCULO DA ÁREA DE ORIFÍCIO NECESSÁRIA
l, 71
1 .640 Pi AC /(Ia.-
Q =
/~rT PI Pi
207
pés cúbicos/minuto, através de 1 pol2 e, com isto, é possível calcu
lar a área necessária.
Conhecendo a área total, é possível dividi-la por um número sufi
ciente de furos para distribuir o ar uniformemente sobre o comprimen
to do tubo.
O número de furos dependerá do tamanho e do formato do tanque,
mas, como regra geral, os furos devem estar espaçados entre 3 e 12
pol.
Quando a alimentação de ar para um sistema de agitação está no
fim de um tubo muito longo, é frequentemente necessário fazer os fu
ros próximos da entrada menores que os mais distantes de modo a com
pensar a diferença de pressão devido ã perda de carga na tubulação.
6,7,2,4 EXEMPLO
Deseja-se aerar 4 cubas de tratamento ácido de diâmetro 3,78m e
altura 4,62m.
A superfície de uma cuba em pé2 será:
A = * . (3,78/0,3048)* = ?9
sup. 4
Ap = 56'77— = 0,358pol2
244 . 0,65
208
no fundo da cuba sejam iguais:
2A = ^ . (3,78)2
4
A = 5,61m2
.*. Dserp = 2,67m
O perímetro da serpentina será:
L = ir . D = ir . 2,67
L = 8,39m = 330,24pol
209
será:
Vazão = 4 . 56,77 = 227,08cfm
Vazão = 230cfm
A pressão necessária do compressor será:
P = Altura geométrica da cuba + perda de carga nos orifícios +
perda de carga na linha.
Admitindo que a perda de carga nos orifícios seja 2psi, temos pá
rã altura geométrica da cuba = 4,62m = 6,57psi e perda de carga na
linha = 5psi (estimado).
P_ = 6,57 + 2 + 5 = 13,57psi
\-r
P = 14psi
Portanto devemos adquirir um compressor de 230cfm e pressão de
14psi.
210
6,8 BOMBAS
6,8,1 DADOS PARA A ESCOLHA DE BOMBAS HIDRÁULICAS
A função básica de uma bomba hidráulica, é fornecer a vazão deseja
da contra a resistência total existente, ou seja, a altura manométri
ca.
Esta resistência total ou altura manométrica compõe-se dos seguin
tes elementos:
1) Altura na sucção.
2) Altura no recalque (descarga).
3) Perdas por atrito nas tubulações de sucção e recalque.
4) Perdas ocasionandas pelas curvas, válvulas, tês etc., coloca
dos na tubulação.
As Figuras 6.20 e 6.21 mostram os esquemas típicos na sucção e
no recalque.
prd
prd
211
prd
212
cidades inferiores a 2m/s (em geral 0,8 a 1m./s) ou um diâmetro de, pé
Io menos, 2 bitolas maior que o bocal de sucção da bomba.
Resistências elevadas na sucção podem levar o líquido a "ferver"
no interior da bomba, o que levará ao fenómeno de cavitação, com gran
dês possibilidades de dano e reduções drásticas na vida útil do equi_
pamento.
Para evitar este problema, há a necessidade de realizar medições
criteriosas na planta e calcular as perdas de carga usando as tabe
Ias, ábacos e gráficos disponíveis na literatura e nos catálogos de
fabricantes.
Obtida a altura manométrica da instalação (na vazão de trabalho) ,
trata-se agora de escolher a bomba, ou seja, aquela que apresenta uma
curva característica adequada, no ponto de trabalho, dando a vazão e
a altura correta com o maior rendimento possível.
A potência consumida pela bomba pode ser estimada pela seguinte
fórmula:
P =
270n
onde :
H em metros
Q em m3 /h
Y em kg/1
P em cv
O rendimento, n/ sõ pode ser obtido do fabricante da bomba.
Numa instalação existente deve ser lembrado que a curva caracte
rística da bomba pode ser mudada alterando-se a rotação ou o diâmetro
do rotor , guardadas as seguintes proporcionalidades:
1- A vazão é diretamente proporcional ã rotação:
Q = JL
Qi ni
213
3- A potência consumida varia com o cubo da rotação
Pi ri
Em resumo:
3
n _ Q _ /" H /~P__
ni~ Qi ~ H! = P!
2 Q ~ H
D1 Q1 Hi i
ou:
D' s D / Q 1 s D /"TT
H
214
ITEM;
COPERSUCAR
FOLHA Dl£- DADOS! CALCULO DE BOMBA
PROJETO:. ÁREA !
CLIENTE :. LOCAL: .
DADOS GERAIS
SERVIÇO QUANTIDADE
T I P O ! C E N T R I F U G A / A L T E R N A T I V A / D E ENGRENAGENS
FLUIDO TO(°C) PESO ESP. a TO VISCOS. CP
215
Q$$ COPE R S U C A R
FOLHA DE DADOS! BOMBA CENTRÍFUGA
PROJETO: ÁREA :
CLIENTE : LOCAL:
SERVIÇO : ITEM H°
FABRICANTE : TIPO E TAMANHO: QUANT. :
CONSTRUÇÃO CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO
1 MONTAGEM-CARCACA HORIZ. VERT. LIN.CEN PE' 15 OPERAÇÃO
2 BIPARTIDA AXIALM. RADIALM. 16 FLUIDO BOMDEADO
3 TIPO VOLUT. SIMP. V. D, DIFUS. 17 MAT. CORROS. OU EROS.
4 CONEXÕES RESP. DRENO MANOM. 18 TEMP. BOM B. TB. °C
5 BOCAIS DIMENS. TIPO FACEAM. POSIC. 19 DENS. RELAT. a T.B.
6 SUCÇÃO 20 VISCOSIDADE o T. 8.
7 DESCARGA 21 VAP. a T.B. Kgf/cm 2 abs
PRESSÃO
8 PRESS./TEMP. PROJ.CARC. 22 DESCARGA Kgf/cm 2 obs
9 T|PO DE ROTOR 23 SUCÇÃO Kgf/cm 2 ob»
10 ROTAÇ. VISTA LADO ACOPL. HORÁRIA ANTI-HOR. 24 DIFERENCIAL Kgf/cm 2
II MANCAIS TIPO RADIAL ESCORA 25 A M T REQUER. tti.c.l.
12 P L A C A DE BASE POR FABR. COMBIN. P/ BOMBA E ACION. 26 A M T (CURVA) m.c.l.
13 LUBRIFICAÇÃO 27 CAPACIDADE m*/ h.
14 PARAFUSOS DE FUNDAÇ. POR 28 NPSH OISPON. m
MATERIAIS DESEMPENHO
29 CARCAÇA COD. ESPECIFIC. CHAVE 00 COD 39 NPSH REQUER. m
30 ROTOR 1-FERRO F.O. 40 RENDIMENTO
31 ANEL DESG ASTE ROTOR B- BRONZE 41 POTENC. CONS. P/ PROJ.
32 ANEL DESG. CARCAÇA S- AÇO 42 POT. M A X . ROTOR PROJ.
33 ANEL LANT./B. DA GARGAN. C-ll-13% Cr 43 VELOC. .BOMBA rpm
34 EIXO 44 (ÍROTOR PROJ./MAX./MIN.
RE tf DATA POR VER. APR DESCRIÇÃO RE1/ DATA POR V E R . APR. DESCRIÇÃO
216
6,8,2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS BOMBAS EMPREGADAS. NA INSTALAÇÃO DE
FERMENTAÇÃO
Com exceção de líquidos perigosos ou corrosivos, como ácido sulfú
rico, e de líquidos viscosos como o mel e antiespumante, todos os ou
tros fluidos na fermentação alcoólica permitem o uso de bombas centr_í
fugas.
Em face das características corrosivas e às vezes abrasivas dos
fluidos da fermentação a escolha do material adequado ganha uma im
portãncia fundamental .
A carcaça e o rotor da bomba, para fluidos como vinho, pé-de-cu
ba, mosto, caldo e fundo de dornas, devem ser de bronze e o eixo em
aço inox 316, garantindo-se, assim, uma boa vida útil ao equipamento.
Para água, a carcaça pode ser em ferro fundido. O rotor fechado repre_
senta a melhor solução para praticamente todos os fluidos, com exce
cão do fundo de dorna, cujo teor de elevado de sólidos em suspensão
necessita de um rotor semi-aberto.
No bombeamento de vinho em fermentação o rotor pode ser do tipo
fechado, desde que a passagem através do rotor não seja muito pequem
na.
Em vista da operação das bombas se dar em condições de pressões
relativamente baixas e dos líquidos conterem sempre um certo teor de
sólidos em suspensão, a rotação máxima da bomba nunca deve exceder
1.740rpm. Em casos onde a bomba de vinho em fermentação não esteja
instalada perto da dorna, a operação em 1.140rpm favorece o bombeamen
to suave e com menores perdas, especialmente quando o teor de gases
no vinho já pode se tornar crítico.
A selagem do eixo é feita através de gaxetas de teflon, sendo es
ta a opção mais indicada pela simplicidade e facilidade de manutenção
do sistema de vedação do eixo.
Selos mecânicos dificilmente poderão funcionar razoavelmente sem
sistemas de proteção, os quais impedem as partículas contidas nos
fluidos de chegarem as faces do selo.
Somente no caso de ácido sulfúrico concentrado, o selo mecânico
traz alguma vantagem sobre a gaxeta, por proteger melhor a carcaça
da bomba, que corroiria rapidamente quando houvesse vazamentos de ãc_i
do.
217
O selo mecânico pode ser do tipo simples com as faces em material
carbono ou Hastelloy C( este último apresentando a vantagem de não
ser danificado tão facilmente através de elevação de temperatura de
corrente de falta de líquido.
Por causa das características de viscosidade elevada, líquidos co
mo méis, devem ser recalcados através de bombas de engrenagem ou de
parafusos. O material da carcaça pode ser de ferro fundido. As partes
giratórias e o rotor da bomba de parafusos são de aço inox, enquanto
o estator é de borracha.
Para conseguir uma vida útil prolongada, a rotação deve ficar
abaixo de 400rpm.
O bombeamento de ácido sulfúrico pode ser realizado não somente
com bombas centrífugas de carcaça e rotor em ferro fundido, mas tam
bem através de bombas de diafragma com acionamento hidráulico do dia
fragma. Com as partes internas em aço inox AISI-316 Hastelloy e te_
flon, esta bomba praticamente não apresenta problemas de vedação.
A locação adequada de bombas adquire importância quando se trata
de fluidos com gases em suspensão como no caso de vinho em fermenta
cão. Para se evitar a formação de bolsões de gases no trajeto entre
a dorna, bomba, trocador de calor e dorna (que podem levar a transbor
damentos de vinho na dorna) a bomba de vinho deve ser instalada o
mais perto possível da dorna.
Aquelas bombas que não têm restrições quanto a serem instaladas
próximas a um determinado equipamento, podem ser agrupadas de forma a
facilitar o projeto da tubulação e dispensar a instalação elétrica ã
prova de explosão.
Para as bombas que têm válvulas de controle a jusante, ou operam
em condições de carga variável na linha de sucção (como no caso da
bomba de vinho da dorna para centrífuga), a curva característica da
bomba deve ter uma inclinação pronunciada, o seja, a diferença entre
a altura manométrica desenvolvida no ponto de trabalho e a altura ré
lativa ã vazão nula ("shut-off") é em torno de 40%.
As demais bombas podem ser especificadas de tal maneira que o pon
to de trabalho é somente 10 a 20% abaixo da altura relativa à vazão
nula.
218
6:9 DECANTADOR DE FUNDO DE DORNAS
6,9,1 INTRODUÇÃO
No fim da fermentação, quando diminuir considera vê Imente o dej;
prendimento de gás carbónico, as células de levedura começam a decantar
lentamente junto com outras partículas maiores, como bagacilho, areia ,
terra etc. Todo esse depósito de material é, na pratica, conhecido co
mo fundo de dorna. Essa massa lodosa aumenta diretamente com o aumen
to do tempo entre o fim da fermentação e o início de centrifugação. Evi-
dentemente, a quantidade de fundo também é relacionada ao tipo e esta
do (grau de infecção, floculação e brotamento) do fermento ao trata
mento e ã composição da matéria-prima, o que torna praticamente impoj;
slvel de se ter uma estimativa, mesmo grosseira, da quantidade de fun
do de dorna.
Para garantir o bom funcionamento das separadoras-centrífugas, só
mente o vinho isento das partículas, que estão concentradas no fundo
da dorna, deve ser centrifugado. Existem várias alternativas para o
destino do fundo de dorna. Devido ao seu teor alcoólico não se deve
descartá-lo diretamente para o esgoto. A alternativa mais comumente
empregada é o envio direto para a dorna volante, procedimento que pó
de trazer problemas ao setor de destilação, pois o material em suspen
são é responsável pelas incrustações nas bandejas da coluna A 1 e no
aquecedor indireto desta coluna, prejudicando a produção de álcool pé
Io estrangulamento de fluxos, além de acarretar o aumento no consumo
de vapor e requerer paredas do setor de destilação para limpeza.
O envio direto, ou após um peneiramento,para a cuba, visando não
somente o aproveitamento integral do álcool mas também toda a biomaj;
sã, constitui uma prática comum em algumas destilarias. Este procedi,
mento pode realmente trazer benefícios no sentido de conseguir recir
cular células de leveduras viáveis, algumas delas em brotamento, auman
tando ligeiramente a produtividade.
Por outro lado, sempre deve existir uma purga de células decanta
das no processo, evitando-se assim a manutenção de células muito vê
lhas. O rendimento fermentativo, como mostra a literatura e a prática
de fermentação a este respeito, é muito pouco alterado pelo aumento
da produção de fermento.
219
Todavia , não podemos esquecer o grande risco que oferece o
reciclo total do fundo de dornas no que tange ã propagação da infec
cão, que muitas vezes acompanha a floculação. Além disso, com a purga
inexistente ou ineficiente das outras partículas como areia e terra,
este material tende a se concentrar no circuito prejudicando a opera
cão das centrífugas.
Com o uso de um decantador, que será descrito com mais detalhes a
seguir, eliminam-se os problemas, tanto no setor de destilação como
na própria fermentação. Todo o fundo de dorna, acrescido da primeira
água de lavagem de dorna, que carrega parte do lodo e, principalmente,
grande parte do álcool contido nele, é mandado para um decantador que
separa o lodo do sobrenadante.
6,9.2 O EQUIPAMENTO
220
Altura da seção piramidal ; 0,85m
Área transversal da seção cúbica : 4,75m2
[LADRSo] •
[SAÍDA DO LODO]
221
6,10 MlSTURADORES, DILUIDORES E AGITADORES
6,10,1 FllSTURADORES
6.10.1.1 INTRODUÇÃO
A mistura é qualquer processo onde ocorre um aumento da aleatori.
dade da distribuição de dois ou mais materiais com diferentes pró
priedades. Na prática, a mistura pode tomar lugar entre sólidos, en
tre líquidos, ou entre sólidos e líquidos, etc., em certos casos, ga
sés, particularmente ar, pode ser incorporado de propósito ou aciden
talmente ã mistura.
A mistura pode ser conseguida por uma das seguintes técnicas:
- Os ingredientes são colocados em um vaso, que é girado ou só
fré uma agitação por movimentos excêntricos, submetendo os ingredien
tes a uma variedade de movimentos.
- Os ingredientes são colocados em um vaso no qual um braço ou
um agitador movimenta a massa, dentro do tanque.
- A mistura de ingredientes é bombeada através de um orifício,
válvula ou um misturador estático.
Em todos os casos, a operação pode ser realizada descontinuamen
te ou continuamente, pela alimentação separada (ou parcialmente pré-
-misturada) dos ingredientes para o misturador e o produto misturado
continuamente retirado.
222
trás aleatórias de massa constante pré-determinada. Para cada amos_
tra homogeneizada cuidadosamente a proporção de cada constituinte é
determinada através de análises químicas, separação mecânica etc.
Para qualquer procedicmento usado, o grau de heterogeneidade
é expresso pela variância ou desvio padrão.
A variância real é obtida pela expressão:
6e = (n - 1)'1 Z (x - x)2
223
do por outros procedimentos tais como a determinação da área de con
tacto entre fases, ou do tamanho das gotas, no caso de emulsões,
b) Taxa de mistura
A força motriz para a mistura é o grau de heterogeneidade,
ô - <5r2 . A taxa de mistura depende desta força motriz e de um coefi.
ciente K que é característico do equipamento e dos materiais que es
tão sendo misturado. Uma expressão proposta é:
^1 = - K(ô 2 - 6 r2 )
dt
L
11
224
AGUA MELAÇO
AGUA
MOSTO
*n;r
;PROVETA
r-\ 1
!'i<
DESCARGA
225
A garrafa misturadora, de forma cilíndrica, possui internamente
um rotor horizontal acionado pela água, que entra por uma canaliza
cão horizontal, enquanto que o mel entra na parte superior do mistu
rador.
Neste misturador, a água entra pela parte lateral da garrafa mis_
turadora, atinge as aletas do rotor acionando-o, e o mel flui pela
parte superior, caindo sobre o rotor sendo expelido contra as pare_
dês do misturador, provocando o seu contacto com a água, saindo a
mistura pela base. Em seguida, a mistura atinge o tanque homogeneíza
dor pela parte inferior, onde recebe o caldo, completando a homoge
neização pelo agitador mecânico.
O mosto sai por uma tubulação superior que funciona como nível
do tanque, sendo encaminhado as dornas de fermentação. Esta tubula
cão possui uma passagem secundária, que leva o mosto a uma proveta
de testes.
O controle da concentração pode ser feitos através das válvulas
das tubulações de água, mel e caldo.
Atualmente durante o regime normal de trabalho somente o tanque
de homogeneização é utilizado pois dificilmente utiliza-se água para
a diluição a não ser durante a partida da instalação.
O tempo de residência nestes diluidores é de no mínimo 2 minu
tos, com uma relação potência do motor de agitação/volume do mistura
dor de no mínimo 1,2HP/m3.
Devido a utilização crescente de misturadores estáticos não será
desenvolvido um roteiro de cálculo do equipamento.
226
com direção de espiral oposta.
A mistura é causada pelo cisalhamento do líquido no começo de ca
da elemento (hélice) , pela mudança de direção do líquido causado no
sentido horário e anti-horãrio , pela aceleração e desaceleração, na
formação ou destruição da camada limite no começo e no fim de cada
elemento.
A energia de agitação provém da alimentação da bomba; as perdas
de cargas são altas, cerca de 10 vezes maior do que a de um tubo de
mesmas dimensões, mas existe uma menor variação dos tempos de ré
sidência que no fluxo laminar. Na Figura 6.24 observa-se um mistura.
dor estático.
a) Cálculo do misturador estático
Para o dimensionamento do misturador estático deve-se seguir
os passos descritos a seguir:
Passo 1 - Número de Reynolds
Determinação do número de Reynolds que é a chave para a espe
cificação técnica.
RE =
y
Onde
RE: Número de Reynolds - adimencional
P : Massa específica da p mistura - kg/m3
V : Velocidade da mistura - m/s
D : Diâmetro interno do misturador estático - m
y : Viscosidade dinâmica - kg .m .s
227
Passo 2 - Seleção do módulo
Na maioria dos casos, o número correto de módulos para aplica
cão de mistura é como segue:
228
DIMENSÕES
TAMANHO PESO
A B C
POL. SCH. mm m m mm Kg
i
7
f
/
100 /
10 / SEDIMENTO
CALIZE Re NA ABCIS
IA "A" NA ORDENADA
ILCULE K
:(K'ol. A) + Kol
1 llllll _LU1
10 IO2 IO3 IO'"
Re
(a)
Re> 2 x 10°
100
PROCEDIMENTO
l- LOCALIZE Re NA ABCISSA
2-LEIA "B" NA ORDENADA
3-CALCULE K
K=
10°
(b )
230
Determinando-se os parâmetros de perda de carga através da
Tabela 6.7 a seguir:
Tabela 6.7 - Parâmetros de perda de carga para misturador e£3
tático
231
Quando possível, deve-se evitar a utilização de misturadores
estáticos em paralelos, pois como os materiais diferem grandemente
em densidades pode ocorrer o problema de segragação dos materiais ou
seja devido ao problema de inércia o mel pode ter um caminho prefe
rencial.
- Exemplo
Misturador estático para uma destilaria de álcool para uma
produção de 400m3 /dia AEHC. São dados:
Vazão de mosto = 158,28m3/h
Viscosidade do mosto = 1,51cP
Densidade do mosto = 1,09g.cm~3
Diâmetro da linha de mosto = 8"
- Cálculo
Adotando o diâmetro do misturador igual ao diâmetro da li
nhã temos :
Passo 1 - Número de Reynolds
RE = 5YJI
u
Q = V. S
vc
TTD2
v = 4 . 158,28/3.600
100
V = 1 , Sõrns" 1
RE = 2,0 . 10 5
232
Para determinação da perda de carga no tubo vazio utilizare_
mós a fórmula clássica de Hazen-Williams para tubo de aço carbono.
V1/852
J = 0,00 135 . -
D1/167
Onde:
J = Perda de carga em metro de coluna do líquido por metro
de tubulação.
V = Velocidade do liquido - m.s"
D = Diâmetro do misturador - m
V = 1,36 m.s
D = 8 * 2'54 = 0,203m
100
1 36 1 ' 852—
J = 0,00135 . --í-—
0,20a1'167
J = 1 ,534 . 10~2m/m
233
Temos:
AP misturador = 102,98 . 2,976 . 10~2
AP misturador - 3,06mcm
A perda de carga no misturador devemos acrescentar as per
das nas linhas, válvulas etc. e verificar se a perda de carga exigi
da é compatível com o sistema de tanques ou bombas.
6,10,2 DlLUIDORES
234
6.10.2.1 SUSPENSÃO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS
Partículas de sólidos são suspensas em líquidos por muitas rã
zoes, entre elas para produzir uma mistura homogénea para alimentar
um ponto do processo, para dissolver sólidos, ou para promover uma
reação química. Suspensão de sólidos em vasos agitados é muito pare_
cida com a fluidização de sólidos em líquido, exceto que a energia
para suspender as partículas vem do agitador e não da perda de carga
do fluido. Desde que as partículas são mantidas em movimento pelas
correntes do líquido, a suspensão satisfatória de partículas requer
uma taxa adequada de circulação e uma forma de circulação apropriada
do líquido no vaso.
A facilidade com que os sólidos são suspensos no líquido e subs£
quentemente mantidos em suspensão, depende da velocidade de sedimen
tacão das partículas, que depende do tamanho, formato e densidade
das partículas, da viscosidade e densidade do líquido, e se a sedo.
mentação é livre ou não.
Em geral, partículas leves e pequenas com uma velocidade de sed_i
mentação livre menor que 0,30m/min são prontamente suspensas em um
vaso agitado, e tende a seguir a forma de circulação do líquido. Par_
tículas pesadas e grandes tendem a sedimentar contra o movimento do
líquido, mas se a velocidade de sedimentação é abaixo de 3m/min é
possível produzir uma suspensão razoavelmente uniforme. Quando a vê
locidade de sedimentação excede 3m/min, um simples agitador não pode
produzir uma suspensão uniforme.
As taxas de sedimentação também são governadas pela fração de só
lidos em suspensão. Quando os sólidos ocupam menos que 0,3 vezes o
volume da suspensão, as partículas são praticamente de sedimentação
livre.
Quando a fração em volume é maior que 0,5, ocorrem problemas na
sedimentação, e o lodo comporta-se mais como um fluido não- newtonia.
no do que em fases separadas de líquidos e sólidos, neste caso as
partículas suspensas normalmente sedimentam vagarosamente.
235
mós uma correlação aproximada para a determinação da potência consu
mida no eixo.
Em uma suspensão agitada de partículas sólidas, especialmente em
velocidades de agitação moderada, algumas das partículas podem nunca
atingir a superfície. Frequentemente os sólidos são mantidos em altu
rã máxima Zg acima do fundo do vaso, acima desta altura o líquido é
livre de sólidos. Se a velocidade do agitador é aumentada, Z aumen
ta, algumas vezes até a superfícis do líquido. A potência necessária
para suspender as partículas ã uma altura máxima Zo , usando um agita—
dor tipo turbina é dado pela equação empírica:
P -- l(1
' - £-
E mJ)'/>
' ((-£i_)
) 2/3 e 4 ' 35 ' 6
g.pm.Vm.Ut Da
Onde:
o _ Zs - E _ Q ,|
g D2 p (pp - p)
18 y
Onde:
~. l
Ut = Velocidade terminal - m.s
236
Dp = Diâmetro da partícula - m
pp = Densidade do sólido - kg.m~3
p = Densidade do líquido - kg.rn"
}_ l
y = Viscosidade cinemática - kg.m .s
- Exemplo:
Deseja-se solubilizar uma suspensão de sulfado de amónia em
água. Determinar as condições do misturador. São dados:
Diâmetro do vaso 1m
Altura do vaso 1 ,5m
Volume de água no misturador 700 l
Massa de sulfato de amónia 35kg
Diâmetro da partícula de sulfato de amónia 1 /5mm
Densidade da água 1 .OOOkg.m"3
.3
Densidade do sulfato de amónia 1.769kg.m
Viscosidade da água a temperatura ambiente = 1cP
Diâmetro da turbina do agitador : 0,3m
Altura da turbina do agitador : 0,1m
Abertura entre a palheta e o fundo do vaso: 0,1 m
- Cálculos:
Passo 1 - Volume da suspensão
>t!
4
Considerando altura da suspensão (Zs) de O , 5m temos:
Vm =
— = 0,020m3
1 .769
Passo 5 - Volume de líquido em suspensão
0,39 - 0,020 = 0,37m3
237
Passo 6 - Densidade da suspensão
pm = 35 + 0/ 37 . 1.000 = 1>094^9
0,37
pm s 1 .095kg.m~3
Em = °'37 = 0,949
0,39
Dp = Dpartícula
.„ -, = - 10~3m
y = 10~3kg.m~ . s~~
u = .Dp2 (PP - P)
t 18 y
u L. = O/OlõSm.s"1
Passo 9 - Determinação de 3
Zs - E - 0,1
Dt
Zs = O,5m
E = O,1m
D^ = 1m
B = 0,3
Passo 10 - Cálculo da potência
p = g.Pm.vm.ut (1 - Em)a/í.(2t)1/2-.e1''3Sx0
Da
238
P = 9,81 . 1.095 . 0,39 . 0,0168 (1 - 0,94)2/3 (—l—J1/2 .
0,3
. e,4,35 .0,3
P = 65,17w
Admitindo uma eficiência do redutor de 50% e 65% do motor te_
mós que:
r r -t -y
Protência consumida = ' = 200,5w = 0,265Hp
0,5 . 0,65
Passo 11 - Cálculo da rotação
Admitindo regime turbulento (Re > 10 6 ); do cálculo de potência
em agitadores temos que Np = 5.10~2
Np = P
w3 . h . D 4 . p
Onde:
Np = Número de Newton
P = Potência - W
h = Altura da turbina do agitador - m
D = Diâmetro do agitador - m
p = Densidade da suspensão - kg . m 3
w = Rotação do agitador - rad.s
Portanto:
Np . h . D 4 .p
W -
65,17 i/:
5.10 . 0,1 . 0,34 . 1.095
«v "j
w = 11,37 rad.s
108,57rpm
w = 11Orpm
Resumo:
Diâmetro do vaso = 1m
Altura do vaso = 1,5m
239
Diâmetro da turbina do agitador : O,3m
Altura da turbina do agitador : 0,1m
Abertura entre a palheta e o fundo do vaso: 0,1 m
Potência consumida no motor = 0,265Hp
Rotação da turbina : 11Orpm
6,10,3 AGITADORES
6.10.3.1 INTRODUÇÃO
Muitas operações do processo dependem para seu sucesso de uma
agitação e mistura eficiente dos fluidos.
Embora frequentemente confundidos, agitar e misturar não são s.i
nônimos. Agitar refere a um movimento induzido em um material em um
determinado percurso, normalmente em circulação dentro de alguma es_
pécie de vaso. Misturar é distribuir aleatoriamente, dentro e atra
vês de duas ou mais fases separadas inicialmente. Um material homo
gêneo único, tal como um tanque de água fria, pode ser agitado, mas
não pode ser misturado, até que um outro material (por exemplo um
sal) seja adicionado.
O termo misturar é aplicado em uma variedade de operações, dife_
rindo grandemente no grau de homogeneidade do material misturado.
Considere um caso em que dois gases são completamente miscíveis e, no se
gundo caso, areia, cascalho, cimento e água são colocados em tambor
rotativo por um período longo. Em ambos os casos o produto final é
dito estar misturado. Ainda que os produtos não estão obviamente
igualmente homogéneos. Amostras dos gases misturados, mesmo que pe_
quenas, têm todas a mesma composição. Pequenas amostras de concreto
misturado, por outro lado, obviamente diferem grandemente na composi
cão.
240
- Suspensão de partículas sólidas.
- Mistura de líquidos miscíveis; Ex.: álcool e água.
- Dispersão de um gás através de um líquido na forma de pequenas
bolhas.
- Dispersão de um segundo líquido, imiscível com o primeiro, pá,
rã formar uma emulsão ou suspensão de pequenas gotas.
- Promover transferência de calor entre o líquido e as serpenti_
nas.
Frequentemente um agitador serve para vários propósitos ao mesmo
tempo, como na agitação de uma dorna de fermentação por ar. Para au
mentar a transferência de massa entre a célula e o ambiente e a
tranferência de calor entre o vinho e a serpentina de resfriamento.
241
rti
Fl G. 6.26 T I P O S DE A G I T A D O R E S
(l ) T U R B I N A , LAMINAS PLANAS ( 2 ) TURBINA, LÂMINAS PLANAS
INCLINADAS ( 3 ) TURBINA , LÂMINAS CURVAS ( 4 ) TURBINA,
DISCO COM LÂMINAS PLANAS (5 ) T U R B I N A , DISCO COM LÂMINAS
CURVAS ( 6 ) T U R B I N A , VENTOINHA (7) HÉLICE ( 8 ) PALHETA
242
em torno do eixo. O caminho percorrido pelo fluído dentro do tanque
resulta da variação dessas três componentes de velocidade.
Quando o eixo está colocado no centro do tanque e perpendicular
ao seu fundo, não é vantajoso o movimento tangencial porque ele prp_
voca o aparecimento de um vórtice na superfície do líquido e tende a
perpetuar um movimento circulatório estratificado em diversos níveis,
impedindo desse modo que haja uma circulação longitudinal e, portan
to, homogeneização do meio. Quando ocorre de partículas sólidas esta.
rem presentes, elas entram em movimento circulatório e são lançadas,
contra a parede do vaso, de onde, por gravidade, vão se acumular no
fundo.
Num tanque desprovido de chicanas e com agitador central e verti,
cal, sendo o movimento predominante o circulatório, aumentando-se a
velocidade do agitador, aumenta-se também a velocidade do líquido
por ele impulsionado, de modo que a potência que se possa fornecer
ao líquido para promover dispersão é limitada. Sem as chicanas obser
va-se esse efeito com qualquer dos tipos de agitadores mencionados
(Figura 6.27).
243
lação ã parede de tanque. No caso de agitadores tipo turbina, em vez
de chicanas para prevenir a formação do movimento circulatório e de
vórtice, pode-se fazer o agitador abrigado por um anel e, concentrai
co a este, pelo lado de fora, coloca-se um anel de difusão (anel per
furado)
Uma vez que cessou o movimento circulatório ao redor
do eixo de agitação, o caminho percorrido pelo fluído dentro do vaso
depende especificamente do tipo de agitador empregado. Contudo deve_
mós aqui lembrar que, ao falarmos em caminho percorrido pelo fluído,
estaremos nos referindo a corrente principal de fluído e que, inde_
pendentemente desta, sempre existirão correntes secundárias que cuja
direção de movimento não é muito bem definida.
- Agitadores tipo hélice
Provocam um escoamento axial do fluído e são usadas em altas
rotações e para líquidos de baixa viscosidade. Dependendo da altura
de líquido dentro do tanque, mais de uma hélice pode ser montada só
bre o mesmo eixo. Na Figura 6.28 vemos o tipo mais comum de hélice,
bem como a principal direção de escoamento do fluído dentro do vaso.
Esse tipo de agitador é usado quando correntes verticais for
tes são necessárias, como, por exemplo para colocar e manter em sus_
pensão partículas relativamente pesadas. Não são usadas quando a vi£
cosidade do líquido ultrapassa os 5.000 centipoise.
/ vi
244
- Agitadores tipo palheta
Esses agitadores produzem um movimento radial e tangencial do
líquido, sem que se note um movimento longitudinal pronunciado. Devi
do a esse fato, são poucos utilizados, tanto para a dispersão de ga
sés como de partículas sólidas.
- Agitadores de turbinas
As correntes principais produzidas por esses tipos de agitado
rés são radiais e tangenciais. O líquido é empurrado contra as pare
dês do vaso e, ao se chocar contra estas, divide-se indo uma parte
para cima e outra para baixo (movimento longitudinal) para em segui,
da, retornarem em direção ao eixo e novamente para a turbina. Forma-
-se dessa maneira, um movimento circulatório vertical impedindo que
haja, dentro do vaso zonas de estagnação. Como dissemos anteriormen
te, chicanas ou tipos especiais de turbinas são necessários para evi_
tar-se a formação de movimento circulatório horizontal e de vórtice.
Na Figura 6.29, vemos o tipo mais comum de turbinas, bem como a prin
cipal direção de escoamento do fluído dentro do vaso. Estes tipos de
agitadores são efetivos em líquido cuja viscosidade varia numa faixa
bastante grande e podem ser movidos em altas e baixas rotações.
245
dissolução de um gás no liquido. Geralmente o gás é borbulhado na
parte inferior do disco e este se encarrega de apanhar as bolhas
grandes do gás, quebrá-las e dispersá-las através do líquido, aumen
tando dessa maneira a eficiência do transporte de massa por aumento
da superfície específica gás-llquido.
Outro tipo bastante utilizado e que apresenta caracteríscas se
melhantes às do anterior (quanto ã dispersão de gases) é aquele cons
tituido de uma turbina abrigada por um anel externo, que constitui o
rotor e, concêntrico a esse anel, por fora, um outro estacionário to
do perfurado, que constitui o difusor.
O difusor pode também ser constituído de um anel com palhetas.
Geralmente o gás é borbulhado pela parte inferior do agitador e pró
duz-se o mesmo efeito de dispersão citado anteriormente.
Esse tipo de agitador mostra-se também bastante efetivo quando
se quer produzir dispersão de líquidos não miscíveis (Figura 6.30).
246
pensão de partículas sólidas que têm tendência a se aglomerar, ou
suspensão de líquidos imiscíveis.
Quando o agitador é do tipo hélice, o tubo de aspiração deve
envolvê-lo totalmente, de modo que o líquido circule longitudialmen
te, como mostra a Figura 6.31. Caso o agitador seja do tipo turbina,
o tubo de aspiração é colocado logo acima da superfície do disco da
turbina como mostra a Figura 6.32.
Esses tubos de aspiração podem ser construídos de diversas ma_
neiras e, quando possuem furos ou janelas longitudinais, eles provo_
cam no líquido um movimento circulatório vertical ao redor desses
orifícios ou janelas e praticamente não se observa o movimento circu
latório horizontal da massa total de fluído.
OO
247
FIO. 6.32- TUBO DE ASPIRAÇÃO COM AGITADOR
TIPO TURBINA
1 H
= 1 1
D4 12
E
= 1
W J_
Da 5
248
o-
n -*l
FIG. 6 . 3 3 DIMENSÕES U S U A I S DE UM AGITADOR TIPO
TURBINA PARA UM TANQUE COM CHICANAS
T = (dvx/dy) ,
249
6,10,3,3,1 AGITAÇÃO DE LÍQUIDOS NEWTONIANOS
Vamos considerar um tanque contendo um líquido e provido com um
agitador rotativo formado por uma placa de altura h e largura D (Fi_
gura 6.34) .
N
V2
N =
P V3 L 2 .p
250
tência:
N
w 3 h D1* . p
O número de Reynolds é:
w D2
Re = v
Ip 1
3
V
\—
IO1
\
\^
IO2
*• 1—
in 3
10 io2 i c r i c r icr icr io7
Re
251
6,10,3.3,2 AGITAÇÃO DE LÍQUIDO NÃO NEWTONIANO
Poucos autores tem se esforçado em definir um número de Reynolds
para dedução de um número de potência de um gráfico do tipo da Figu
rã 6.35. Estes esforços não tem produzido um método que é geralmente
aplicado.
O procedimento mais versátil é o de Metzner e Otto (1957) que
consiste da comparação do material não newtoniano cora fluído newtonia
no possuindo a mesma "viscosidade aparente":
dvx/dy
252
Altura do vaso 5,9m
Temperatura 30°C
Diâmetro do agitador 1 , 5m
Largura do agitador 0,3m
Rotação 3 O rpm
Viscosidade 4cP
Densidade 1,0237g/cm3
Cálculos:
Passo 1 - Cálculo do número de Reynolds
wD2
Re =
D = 1,5m
R = = 1,81 . 10
3,91 . 10~6
P = N . w3 . h . D1* . p
P = 6 . 10~3 . ir3 . 0,3 . 1,5** . 1.023,7
P = 289,24
Para 4 turbinas a potência será:
P = 4 . 289,24
P = 1 .156,96
P = 1,55Hp
Esta é a potência exigida no eixo do motor. Considerando um
rendimento de 50% do redutor e 70% de rendimento do motor, a potên
cia do motor necessário será de aproximadamente 5;Hp.
- Nomenclatura
i - Tensão de cizalhamento - Pa
y - Viscosidade dinâmica - kgm""' s"1
253
Vx - Componente da velocidade no eixo x - ms~
y - Comprimento - m
F - Força - N
V - Componente da velocidade - ms~
L - Comprimento - m
p - Densidade - kg m~
P - Potência - w
h - Altura - m
D - Diâmetro - m
W - Velocidade angular em radianos por segundo - S~~
N - Número de Newton
P
Re - Número de Reynolds
254
6,11 TORRE DE LAVAGEM DE GÁS
Para a recuperação do álcool contido nos gases de fermentação cos_
tuma-se usar uma coluna de enchimento denominado de "torre de lava.
gem de gases". Um desenho esquemático deste equipamento pode ser vis_
to na Figura 6.36.
A função básica deste equipamento é proporcionar o contacto mais
Intimo possível entre a água, que é fornecida na parte superior e os
gases de fermentação, fornecidos na parte inferior, para que o álcool
seja dissolvido e então reciclado ao processo.
O enchimento funciona aumentando o trajeto do gás e do liquido e
promovendo a formação de filmes líquidos com grande área disponível
para troca. O seu material de construção deve ser quimicamente inerte
ao gás e ao liquido, deve ter resistência suficiente para suportar o
empacotamento e as operações de carga e de limpeza (eventual).
O diâmetro da torre e a altura do enchimento são calculados em
função das vazões de gás, para as diversas capacidades típicas de pró
dução de álcool. No projeto padrão usam-se anéis de Pall de polipropi
leno de diâmetro (igual a altura) de uma polegada, que permite a ope
ração da torre com uma perda de carga máxima que é compatível com o
projeto das dornas.
Na operação da torre são importantes os seguintes pontos:
1- Trabalhar com água limpa, isenta de sólidos.
2- Vazões de gases e de água, os mais estáveis possíveis, evitan
do-se despressurizações constantes das dornas.
3- Temperatura da água a menor possível.
4- Não recircular a água, a não ser quando absolutamente necessá.
rio.
A localização da torre deve ser feita evitando-se o retorno do
CO2 para o piso de operação das dornas e, ao mesmo tempo, procurando-
-se situá-la na menor distância possível da produção, evitando-se gas_
tos desnecessários em tubulações.
Nos diversos projetos realizados não se tem notado problemas de
corrosão, nem de entupimento por excesso de sólidos. Neste último as
pecto é importante evitar arraste de antiespumante para as tubulações
ou ã torre.
Na entressafra é importante verificar:
255
1- Alinhamento e presença de sólidos n.os distribuidores de llqui
do.
2- Calibraçao do medidor de vazão de agua.
3- Limpeza do filtro de agua (proteção do hidrômetro ou rotâme
tro) .
SAÍDA DE GÁS
ENTRADA
DE LÍQUIDO DISTRIBUIDOR
DE LÍQUIDO
SUPORTE DO
ENCHIMENTO
ENTRADA DE GÁS
SÁ OA DE
LÍQUIDO
256
6,12 TUBULAÇÕES
257
6.12.2.1 CRITÉRIOS DE. SELECÃO
A seleção de materiais para, a tubulação de fermentação é regida
por uma série de critérios, dos quais os mais importantes são:
- Corrosividade do fluido:
Os fluidos do grupo A têm em comum um pH baixo e uma acidez ele
vada, o que leva a uma taxa de corrosão acentuada no caso de aço car_
bono. Materiais mais nobres como aço inox 316 resistem satisfatória
mente ao ataque destes fluidos na temperatura ambiente.
- Abrasão, erosão e incrustação
Fluidos com um elevado teor de sólidos abrasivos podem levar a
um desgaste acelerado de um determinado material, especialmente com
velocidades grandes. O entupimento com material orgânico (algas) e
inorgânico em serpentinas de aço carbono representa uma perda substan
ciai na capacidade de troca de calor; com isso, viabilizando outros
materiais mais nobres, que não tendem a incrustar tão facilmente.
- Condições de serviço
O material tem de ser capaz de resistir ã pressão e também a
toda faixa de variações possíveis de temperatura. Por isso, muitos
elastõmeros não podem ser usados mesmo que a resistência ã corrosão
seja boa.
- Custo de material
Este fator é evidentemente muito importante. Para cada aplica
cão prática existem sempre vários materiais possíveis: o melhor será
o que for mais económico. Deverá ser considerado não só o custo in_i
ciai, como também de vida e os consequentes custos de reposição e de
paralisação do sistema.
258
responsabilidade, exigem tubos de aço carbono com ou sem costura de
qualidade corrente, ASTM-A-53 Gr.A.
A grande maioria dos fluidos da fermentação se enquadram nesta
especificação.
Em casos de serviços de alta responsabilidade, como no caso de
ácido sulfúrico concentrado, o material, conforme ASTM-A-106 Gr.B. de
vê ser usado.
Todos os fluidos provenientes da fermentação como vinho, leite,
pé-de-cuba e outros, costumam ter tubos em aço inox 316, mesmo que os
vasos com estes fluidos sejam de aço carbono.
A tubulação das serpentinas mostra uma variedade grande de mate
riais começando com aço carbono de baixa qualidade, que apresenta uma
vida útil pequena. Materiais mais nobres como cobre e aço inox 316
são mais adequados do ponto de vista de vida útil e do desempenho do
sistema de resfriamento, mesmo que eles sejam mais caros.
A espessura dos tubos de aço carbono até diâmetros de (inclusi.
vê) 8" pode ser obtida usando o sistema de Schedule 40 ou 80, este úl
timo se o diâmetro do tubo for menor que 2". Para diâmetros maiores
que 8" a espessura deve ser determinada de acordo com as tensões que
o tubo estará sujeito somada ã sobrespessura de corrosão, empregando-
-se chapa de aço carbono ASTM-A-283.
- Flanges
Para tubos de aço carbono os flanges são do tipo sobreposto
com face plana e de ressalto, classe ANSI 150 libras, de aço forjado
ASTM-A-181 Gr.I. seguindo a norma ANSI B 16.5. Quando os tubos são de
material em aço inox, o tipo do flange é solto, demais característi
cãs permanecendo iguais ao primeiro caso.
- Acessórios
Como no caso dos flanges, também vários acessórios podem ser
usinados na própria usina a partir de chapas e tubos de aço carbono.
Em pontos de responsabilidade no processo, onde poderão existir pró
blemas futuros de corrosão, o uso de acessórios de aço forjado ASTM-
-A-181 para 1/2 até 2" e aço carbono ASTM-A-234 WPB para 3" até 8" po-
derão ser usados.
- Juntas
Mesmo que para muitos fluidos o papelão sirva como material de
vedação, o amianto comprimido pode ser justificado em pontos onde há
259
necessidade de uma boa vedação,
O acido sulfúrico exige juntas em amianto azul comprimido.
A espessura para todos os diâmetros de tubos costuma ser de
1/16".
- Válvulas
1- válvula borboleta
Este tipo de válvula está gradativamente substituindo a tra
dicional válvula gaveta, justificado pela melhor vedação, fácil opera
cão e montagem e pelo menor custo, especialmente para líquidos visco
sós. Esta válvula possui um disco giratório biconvexo no interior de
uma cavidade esférica e que, conforme a inclinação, possibilita um fé
chamento estanque ou uma ampla passagem do fluido, ou ainda, uma gra,
duação intermediária no valor de descarga. A válvula borboleta é em
pregada nas destilarias como válvula de bloqueio e regulagem para a
maioria dos fluidos como água, vinho, pé-de-cuba, caldo e mosto.
Especificações típicas:
Fluido Vinho
Classe 150 libras
Corpo Ferro fundido nodular ASTM-A-536 bipartido
Disco Aço inoxidável AISI-316
Haste Aço inoxidável AISI-316
Sede EPDM
Bucha Ac e ta l Copo lime r o
Gaxeta ""
Buna "N
Características construtivas: Wafer para ser instalado entre
flanges, haste e disco em uma peça só.
2- Válvula gaveta
A perda de carga nessas válvulas, quando completamente aber
tas, é desprezível, mas quando parcialmente abertas, produzem perda
de-carga elevada e, em instalações de vapor sob certas condições, es;
tão sujeitas ã cavitação.
Porém, devido aos efeitos de fluxo dinâmico em cima da gave_
ta, este tipo de válvula não serve para regulagem, ainda mais que a
válvula parcialmente aberta pode levar a vazamentos durante a opera
cão com fluidos com um teor de sólidos elevado, a sujeira ou incru£>
tacão formada pode impedir o fechamento completo da válvula. De modo
geral, a sua estanqueidade não é perfeita para qualquer fluido, o
260
que, todavia, para, o caso comum das instalações de bombeamento, não é
essencial. Apesar de ser uma. válvula pesada, a válvula gaveta em fer
ro fundido, ainda pode concorrer com a válvula borboleta. Especialmen
te em diâmetros pequenos, a válvula gaveta ainda constitui a melhor
opção como válvula de bloqueio» A principio, a válvula gaveta pode
ser empregada na seção de fermentação para todos os casos onde estão
sendo usadas a válvula borboleta. No entanto, somente para fluidos
menos corrosivos como água, caldo, mosto e mel, a válvula gaveta
ainda oferece uma boa opção.
Especificação típica:
Fluido : Água
Classe : 125 libras
Características construtivas:
. Castelo aparafusado
. Haste ascendente
. Extremidades flangeadas de acordo com padrão ANSI 16.5
Material do corpo e castelo: Ferro fundido ASTM-A-126 Clas_
se A.
3- Válvula globo
Ela possui uma haste parcialmente rosqueada em cuja extrema,
dade, oposto ao volante de manobras, existe um alongamento, tampão em
disco para controlar a passagem do fluido por um orifício. Esta válvu
Ia é empregada para regulagem da descarga, pois pode trabalhar com o
tampão da vedação do orifício em qualquer posição, embora acarrete
fortes perdas de carga, mesmo com abertura máxima. Consegue-se uma vê
dação estanque, pois o disco se apoia sem folga no "assento".
Em geral, a válvula globo é usada, para diâmetros até 250mm,
em serviços de regulagem e fechamento que exigem estanqueidade.
Na fermentação, a linha de vapor (para limpeza de equipamen
to) tem instalado válvula globo com as seguintes características:
Classe : 150 libras
Características construtivas:
. Castelo aparafusado
« Haste ascendente
. Extremidades flangeadas de acordo com padrão ANSI 16.5
Material : Corpo, tampa e disco; aço carbono ASTM-A-216 WCB.
Anéis, haste e contra-vedação: Aço inox com 13% Cr
261
Gaxeta : Amianto grafitado
4--. Válvulas esféricas
Com os avanços da tecnologia dos elastômeros e da usinagem
em massa da esfera, esta válvula conseguiu aumentar seu campo de apli
cação nos últimos 15 anos. Devido a sua boa estanqueidade ela é consi
derada uma válvula de responsabilidade. Além disso, as boas caracte;
rísticas de fluxo permitem usar a válvula para regulagem.
Na fermentação a válvula esférica é empregada principalmente
nas linhas de ácido sulfúrico.
Especificação típica:
Fluido : Acido sulfúrico concentrado
Classe : 150 libras
Material : Corpo, esfera e haste: aço inox AISI-316
Sedes e juntas: Teflon
Características construtivas: Extremidades rosqueadas
5- Válvula macho
Semelhante à válvula esférica, a válvula macho é uma válvula
que tem a vantagem de fechamento rápido e, de modo geral, boa estan
queidade.
A vedação entre plug e corpo é feita com um material lubrifi.
cante entre as faces metal e metal ou as partes internas são revesti
das com um elastômeros como, por exemplo, teflon.
Por serem os modelos simples deste tipo de válvula mais bara
tos do que as válvulas esféricas, encontra-se frequentemente a válvu
Ia macho em bronze para linhas de vinho e pé-de-cuba como válvula de
bloqueio.
Especificação típica;
Fluido : Vinho
Classe : 150 libras
Características construtivas: Extremidades flangeadas de
acordo com padrão ANSI 16.5.
Material : Corpo, plug, preme gaxeta: bronze fundido ASTM-B-
-62.
Gaxeta : Amianto grafitado
6- Válvula de diafragma
Esta válvula pode ser empregada para fluidos com alto teor
de sólidos e para líquidos corrosivos. Neste caso, as partes internas
262
da válvula, são de materiais mais nobres que suportam melhor a corrosi
yidade do fluido.
Além disso, esta válvula, pelo tipo de construção, permite
uma sanitização boa evitando-se focos de infecção, por exemplo.
A durabilidade limitada do diafragma ainda constitui uma cer
ta desvantagem em casos específicos, especialmente quando a válvula é
operada com frequência.
Em algumas usinas a válvula de diafragma com corpo de ferro
fundido revestido com vidro e com o diafragma em teflon é empregada
para as linhas de ácido sulfúrico concentrado.
7- Válvula de retenção
Es-te tipo de válvula permite o escoamento do fluido somente
em um sentido. Dependendo da construção, elas podem fechar autómato,
camente por diferença de pressões provocadas pelo próprio escoamento
do fluido ou pela força de uma mola.
As válvulas de retenção do segundo tipo têm uma resposta qua
se imediata, por causa disso constribui para evitar golpes de ariete.
A válvula de retenção mais comum nas destilarias é a chamada
"Duo-check", constituída de duas portinholas. Como a válvula borbole
ta, a válvula "Duo-check" pode ser colocada entre flanges.
Especificação típica:
Fluido : Vinho
Classe : 150 libras
Detalhes construtivos: Para ser colocado entre flanges, com
ressalto, padrão de acordo com ANSI 16.5.
Material do corpo das portinholas : Aço inox 316
Material das partes internas : Aço inox 316
263
6.12,3,1 PELA VELOCIDADE
264
L cf V2
AP-, - j —; "• (Equação de Darcy)
a Di 2
O fator de atrito (j) é calculado para fluxo laminar (Re < 2.300)
• = 64
Re
1/852 4/87
AP = 0,0021 Q /D
265
-6 5,33
AP = 1,22 10 Q2YTL/p p
FLUXO
DORNA i DESCENDENTE DORNA 2
(BIFÁSICO)
0 II
266
O coalescimen.to de bplhas pequena,s forma bolhas de tal tamanho
que o fluxo se torna pulsante.
Calculando-se o número de Froude através da seguinte expressão:
NFr =
v = 4 Q + D* = 16 -Q 2
267
7 INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE
7,1 INTRODUÇÃO
Neste capitulo descreveremos brevemente algumas técnicas em uso
e,outras propostas, para o controle da fermentação.
O assunto será apresentado tendo como base dois processos consi
derados típicos dentro dos padrões Copersucar:
- Fermentação contínua com dornas fechadas.
- Fermentação descontínua com dornas fechadas.
Para facilitar a compreensão serão utilizados fluxogramas de
instrumentação com simbologia padronizada.
Cada instrumento será representado por um círculo onde estão
inseridas as letras que caracterizam a função do instrumento na ma.
lha. O traço horizontal no interior do círculo significa instrumen
to montado em painel, a ausência do traço significa instrumento mon
tado no campo.
Não serão necessários conhecimentos mais profundos sobre simbo
logia pois cada fluxograma será acompanhado de texto descritivo.
268
7,2 FERMENTAÇÃO CONTÍNUA
No que se refere ã fermentação contínua, é um processo relativa
mente novo e ainda pouco desenvolvido apesar de exigir uma instru
mentação mais completa.
Para facilitar o entendimento o processo será dividido em 5 par_
tes:
- Preparo do mosto
- Tratamento do leite de levedura
- Dornas
Separação do fermento (purificação do vinho)
-- Recuperação do etanol dos gases
269
SET-POINT( LOCAL OU REMOTO)
to
^j
o
DILUIDOR DE L I N H A
271
resistência TT-10, que envia um sinal do registrador de temperatura
TR-10 ao indicador de temperatura T^. - i C ^ ao alarme de temperatura
alta TAH-10.
O objetivo é ter um melhor acompanhamento da temperatura do
mosto que, sendo alta, pode atrapalhar o trabalho da primeira
dorna onde a maior parte da fermentação é realizada.
e) Indicações locais de variáveis
Não estão representados no fluxograma da Figura 7.1 os ind_i
cadores locais: termómetros, manómetros, visores de nível etc., que
complementam o trabalho das malhas de controle descritas.
272
AGUA DE
PROCESSO
ACIDO
SULFÚRICO NUTRIENTES E
ANTIMICROBIANO
RETORNO DE AGUA DA
TORRE DE RECUPERAÇÃO
/LEITE DAS
\CENTRIFUGAS
AGUA DE
M
RESFRIAMENTO
^J
U)
AR DE
AGITAÇÃO
LEITE TRATADO E
R E A T I V A D O P/ DORNA
7,2,3 DORNAS
Com relação às dornas de fermentação, pode-se destacar o caso da
primeira que deve receber cuidado especial no que se refere ã ins
trumentação.
O fluxograma da Figura 7.3 ilustra as principais malhas de con
trole sugeridas para a 1£ dorna. Pode-se destacar:
a) Controle de temperatura do vinho em fermentação
O controle de temperatura do vinho na 1 £ dorna é fundamental
para a manutenção do bom rendimento da fermentação já que nesta dor_
na pode-se realizar mais que 60% do trabalho do conjunto de dornas.
Sugere-se a instalação da malha de temperatura mostrada no
fluxograma da Figura 7.3. Já que a vazão de vinho que circula no
trocador externo (trocador 1) é alta, comparada ao volume da dorna,
existe uma grande facilidade para o controle de temperatura pois al-
tas vazões de água de resfriamento são necessárias. Além da malha
fechada TT-10, TIC-10 e TV-10 sugere-se a implantação de um regi£
trador TR-10 e alarmes de alta e baixa temperatura TAH/L-10
b) Controle de adição de antiespumante
Em função da abundante produção de espuma que ocorre na pri.
meira dorna, sugere-se a instalação de um sistema de controle de
adição de antiespumante que se baseia na detecção da espuma através
do controlador LC-10 e manipulação da válvula solenóide LV-10 na li.
nhã de antiespumante. O controlador opera pelo principio da conduto,
vidade e deve incorporar temporizadores reguláveis para a dosagem
correta de antiespumante. Em algumas configurações atuais, onde a
espuma flui para outras dornas, não há necessidade deste controle.
c) Controle de vazão do ar de agitação
Em função da necessidade de se manter uma vazão estável de
274
LEITE TRATADO
E REATIVADO
AGUA DE
M RESFRIAMENTO
-J
L7I
RETORNÕN
AR \O
276
7,2,4 SEPARAÇÃO DE FERMENTO
a) Instrumentação das separadoras centrífugas
Geralmente a instrumentação das centrífugas é fornecida pelo
fabricante, porém, pelo fato de ser oferecida como item opcional é
comum encontrarmos instalações sem o mínimo necessário até mesmo pá
rã a segurança das mesmas.
Como itens importantes para o controle das operações das cen
trífugas sugere-se:
- Manómetros tipo diafragma na entrada de vinho a ser turbi
nado e na saída do vinho turbinado, que não devem ser usados para
controlar vazão pois pressão estável não significa vazão estável,já
que os bicos injetores têm perda de carga variável com o tempo.
- Medidor de vazão de vinho para regulagem de carga que pode
até mesmo ser feita automaticamente pela medição de vazão do vinho
turbinado e atuação na vazão do vinho a turbinar.
- Pressostato ou chave de fluxo para a injeção automática de
água a fim de evitar o funcionamento em vazio. Este item pode ser
.substituído por um sistema centralizado (ver abaixo) .
- Amperímetro, voltímetro e indicador de rotação para um me:
lhor acompanhamento do trabalho do motor elétrico.
- Monitores de vibração e temperatura para supervisão dos
mancais.
Como instrumentos que atendem ao conjunto das centrífugas sug^
re-se ainda:
- Manómetros diafragma na linha geral de vinho.
- Medidor e registrador de vazão total de vinho a turbinar para
um melhor controle da operação do setor de centrifugação ao longo
do tempo.
- Sistema de segurança para o caso de falha de energia elétrica
concomitante com falta de vinho. Em tais casos, água de processo de_
verá ser injetada automaticamente na tubulação de vinho para permi
tir a parada total das turbinas com carga.
277
7,2,5 SETOR DE RECUPERAÇÃO DE ETANOL DOS GASES
A torre de lavagem de gases da fermentação pode operar sem gran
dês investimentos em instrumentação. Os pontos necessários a serem
controlados são:
- O alívio de pressão da torre, para prevenir a operação perigo_
sã fora de certos limites de pressão que podem comprometer a estru
tura do tampo ou do fundo das dornas. Válvulas de alivio de abertu
rã automática podem ser instaladas, porém os novos projetos de tO£
rés já contam com dispositivos de alívio de pressão bem simples ba
seados em um "tubo em U" de dimensão adequada conectado ã torre. O
tubo trabalha cheio de água, até uma altura de aproximadamente 450im
A água transborda sempre que existe a tendência da pressão su
bir além de 450mm de col. de água; dessa forma valores superiores
de pressão nunca são atingidos.
- A vazão de água de lavagem deve ser medida, registrada e tota
lizada para se estabelecer os valores mínimos que não comprometem o
rendimento da recuperação e para realização de balanço material.
- A pressão de trabalho do sistema de coleta de gases das do£
nas também deve ser monitorada para prevenir excessos de pressão,an
tes mesmo do alívio da torre começar a operar.
278