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Conformismo: a maioria influencia a minoria + essencial para o processo de integração

O conformismo consiste na tendência para aproximar as nossas atitudes e


comportamentos às atitudes e comportamentos dos grupos que nos inserimos.

De facto, a sociedade dispõe de agentes de socialização como a família ou instituições


como a escola, que por meio de representações, costumes, crenças e tradições não modelando
as condutas individuais. Deste modo, o ser humano sente-se, por vezes, condicionado pelo
grupo, sendo, de certa forma, induzido a executar determinados atos e a abster-se de realizar
outros consoante acha que estes serão alvo de aceitação social ou não.

Esta adaptação aos outros leva-nos a aceitar as normas sociais vigentes, sem o que não
seria possível integrar-nos de modo estável e duradouro nos diferentes contextos sociais em
que nos movemos.

De modo a compreender melhor este conceito: peer pressure

Para compreender até que ponto cedemos ao conformismo, Solomon


Asch realizou uma experiência que já foi exemplificada em aula, a experiência
do conformismo de Asch: desenhar 3 linhas no quadro de 3 comprimentos
diferentes, sendo que aumentam de tamanho da esquerda para a direita, ou
seja, a linha A é a mais curta, a B intermédia e a C a mais comprida. Ao entrar
um novo indivíduo no espaço, o chamado sujeito ingénuo, mesmo que ele
discorde ao dizermos que a C é a mais curta, ele vai acabar por ser influenciado
a dizer algo com que discorda. Pode também ser relativamente a cores ou ao
típico 2+2 não ser 4 mas ser 5.

Asch concluiu que a autoconfiança, a unanimidade e o contacto visual são fatores


decisivos para o conformismo.

• Autoconfiança
O conformismo é inversamente proporcional à autoconfiança. Os conformistas têm
um nível mais baixo de autoestima e confiam menos nos seus juízos. Os resultados da
experiência do conformismo de Asch mostram que a maior parte das pessoas tende a
conformar-se às opiniões do grupo.

• Unanimidade
O número de pessoas que constitui o grupo não influi no comportamento dos sujeitos,
mas o acordo unânime é um fator relevante.

• Contacto visual
Separando o sujeito ingénuo dos restantes elementos, de modo a não haver contacto
visual, os níveis de conformismo baixam significativamente, mostrando que quando as
pessoas estão sentadas face a face, se sentem mais compelidas a submeter-se ao
grupo.

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