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SÁ
ARTHUR MIGUEL
ANNA BRAGA
CAIQUE
DHULLY ALVES
GIOVANNA
SÂMELLA NEVES
VICTORIA
YASMIN PADÃO
Macaé /
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RJ 2024
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SUMÁRIO
1 RESUMO..................................................................................................3
2 INTRODUÇÃO.........................................................................................4
3 O SONO....................................................................................................5
4 CONSEQUÊNCIA....................................................................................6
5 A PESQUISA DA UFSM...........................................................................7
6 NOSSA PESQUISA ...........................................................................
7 METODOLOGIA..................................................................................
8 REFERÊNCIAS...................................................................................
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RESUMO
Com base em algumas pesquisas vimos que o sono afeta nã o só o corpo mas as mentes
destes profissionais podendo causar diversos problemas, nã o só neles como nos pacientes.
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INTRODUÇÃO
Com o avanço da Revolução Industrial e o crescimento das operações, também se deu início à
implementação da rotatividade de horários de trabalho. Essa abordagem inovadora surgiu
como uma maneira de estruturar a distribuição de jornadas entre o período diurno e noturno,
seja de maneira estática ou rotativa. No campo da saúde, essa organização se faz essencial
para garantir atendimentos ininterruptos – entretanto, pesquisas indicam que funcionários do
turno da noite podem enfrentar desafios em relação à saúde e ao equilíbrio entre vida
profissional e pessoal.
O ciclo diurno e noturno, conhecido como ritmo circadiano, é responsável por regular as
funções biológicas e garantir o equilíbrio do corpo. Conforme explicado pela pesquisadora
que integra o Grupo de Estudos em Saúde Ocupacional, Trabalho e Bem-Estar, esse ciclo é o
responsável pelo pico de atividade durante o dia, favorecendo a disposição. Além disso, o
ritmo circadiano é influenciado por variáveis ambientais, como temperatura, clima e
exposição à luz, assim como por questões sociais, como horários de trabalho, de refeições e
outras atividades do dia a dia.
Identificar se você é uma pessoa matutina, vespertina ou intermediária pode ser benéfico para
minimizar o impacto do trabalho em sua vida pessoal. Segundo Ariane, a interrupção do
ritmo natural e a falta de ajuste aos horários podem resultar em um aumento nos índices de
cortisol - o hormônio do estresse -, provocando consequências sérias. Sob estresse, o
colaborador não consegue atingir o
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desempenho desejado em suas responsabilidades e aumenta as chances de cometer
erros ou sofrer acidentes no ambiente de trabalho.
O labor noturno implica em falta de sono, o que pode ser prejudicial para muitas pessoas, já
que muitas vezes não conseguem compensar as horas não dormidas durante o dia. De acordo
com Rosangela Marion Da Silva, enfermeira e professora do curso de enfermagem na UFSM,
o sono durante o dia não tem a mesma qualidade do sono noturno, devido principalmente à
intensa luminosidade e barulho. A melatonina, hormônio que regula o sono, é responsável por
controlar a energia humana, sendo liberada no escuro e determinando os momentos em que o
indivíduo está mais produtivo ou alerta. Por isso, é desafiador recuperar o sono perdido
durante a noite. A enfermeira destaca a importância de pequenos cochilos durante o intervalo
de trabalho para evitar a exaustão.
Para Rosangela, ter uma boa noite de sono é essencial para garantir o bom funcionamento do
corpo humano: “Sem dormir, uma pessoa não consegue se manter saudável, por isso é
importante descansar de maneira adequada e estabelecer uma rotina”. O descanso durante a
noite é fundamental para promover o
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equilíbrio mental, emocional e metabólico, garantindo energia para enfrentar as
atividades diárias. De acordo com a professora, o sono é considerado uma necessidade
básica do corpo, sendo responsável por reabastecer as energias necessárias para o pleno
funcionamento do organismo.
O turno da noite causa uma liberação dos hormônios reguladores do estresse e do sono para o
meio externo, De acordo com a doutoranda Ariane, que realizou sua pesquisa com
trabalhadores do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), o indivíduo pode apresentar
cansaço, ansiedade e nervosismo entre outros, também constatando que uma baixa qualidade
de sono causa irritabilidade, causando problemas no ciclo da melatonina acarretando doenças
graves, acontecendo pois a troca do dia pela noite, pois nosso siclo biológico é relacionado a
luz solar para ser natural.
O descanso pode estar acarretando numa falta física, mental ou social, causando também
danos aos vasos sanguíneos do coração levando a diversos problemas e sintomas, um deles a
dor ou desconforto no peito.
A falta de sono também gera ganho de peso pois libera um hormônio chamado grelina que
induz a fome, acarretando assim a vontade de comer de forma irregular a noite.
Também pode acarretar problemas psicológicos, como percepção, memória, pensamentos
entre outros localizado no córtex frontal do cérebro. E como o grande estímulo de trabalho
relacionado aos funcionários da saúde e junto com a falta de estresse temos o aumento de
cortisol que traz facilidade a irritabilidade. E os elevados níveis de or mínimo acarretando até
na ansiedade.
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A PESQUISA DA UFSM
Em entrevista à Arco, Ariane compartilha sobre sua pesquisa realizada com 139
profissionais de enfermagem que trabalham no HUSM, situado dentro do campus da
UFSM. Desses, aproximadamente 80% mencionaram baixa qualidade do sono e afirmaram
não conseguirem restabelecê-lo completamente. A doutoranda e as outras co-autoras do
estudo utilizaram o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh para analisar os impactos do
trabalho noturno. Isso resultou na constatação de que 56,9% dos enfermeiros sofrem de
problemas físicos devido ao trabalho, enquanto 23% apresentam indícios de problemas
psicológicos e 27,3% relatam dificuldades sociais, indicando um início precoce de
problemas sociais.
Outro ponto destacado durante a pesquisa foi a sobrecarga enfrentada pelas mulheres
devido às responsabilidades domésticas e familiares que ainda são predominantes. Ariane
observa que a maioria das mulheres entrevistadas expressou sentir-se esgotada com as
múltiplas tarefas diárias, o que, junto com a falta de horas de sono, contribui para o
esgotamento físico e mental. A conclusão do estudo enfatiza a necessidade de (re)planejar
a saúde dos trabalhadores noturnos por meio de iniciativas institucionais e sociais que
despertem a consciência dos profissionais sobre a importância do autocuidado.
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REFERÊNCIAS
Marçal JA, Moraes BF, Mendes SS, De Martino MM, Sonati JG. Sono e variáveis de saúde
de profissionais de enfermagem nos diferentes turnos de trabalho. REME Rev Min Enferm.
2019;23:e-1235.