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Elaboração
Talita Costa
José Mário Barreto Oliveira
Supervisão
Carmen Lima
Daniel Carneiro
Rita Clementina
A distribuição total ou parcial deste conteúdo é permitida, desde que sejam citadas as fontes.
SUMÁRIO
ESCRITÓRIO BAHIA CRIATIVA 5
1. APRESENTAÇÃO 9
2. CONTEÚDO
2.1 ORÇAMENTO: CONCEITOS BÁSICOS, FASES;ELABORAÇÃO E CONTROLE 10
2.2 CONTROLE FINANCEIRO 13
2.2.1 Planejamento: abertura de conta corrente especíca, undo xo para
projetos 14
2.2.2 Fluxo de caixa, controle de gastos, controle de contas a pagar 15
3
2.2.3 Conciliação mensal e aplicações nanceiras 21
2.2.4 Relatório nanceiro e prestação de contas 22
3. ATIVIDADES 28
3.1. ATIVIDADE EM GRUPO 28
4. LEITURAS RECOMENDADAS 28
REFERÊNCIAS 28
CONTABILIDADE GERENCIAL
1 APRESENTAÇÃO 32
2 CONTEÚDO 33
2.1 NOÇÕES PRELIMINARES DE CONTABILIDADE,
CAMPO DE ATUAÇÃO E OBJETIVOS; 33
2.1.1 Objeto, nalidade e campo de atuação
2.1.2 Usuários da Contabilidade
3. ATIVIDADE 48
3.1 SOBRE COMPONENTES PATRIMONIAIS 48
3.2 SOBRE BALANÇO 49
3.3 ESCRITURAÇÃO E DEMONSTRÁVEIS CONTÁBEIS. 50
4 LEITURAS RECOMENDADAS 51
REFERÊNCIAS 56
O ESCRITÓRIO BAHIA CRIATIVA
Provavelmente, você já percebeu que tem um ingrediente novo nas receitas de modelos de negócios.
Uma pesquisa rápida na internet e você talvez tenha descoberto diversos documentos ociais, relatórios,
pesquisas acadêmicas e redes empresariais que utilizam o conceito de economia criativa. Mas, anal, o
que é a economia criativa?
O termo economia criativa é utilizado para denominar uma conceituação mais ampla do segmento
cultural com foco em sua dimensão econômica. A economia criativa são as atividades econômicas
relacionadas ao Patrimônio Cultural, às Expressões Culturais Tradicionais, às Artes Visuais, às Artes dos
Espetáculos; à Arte Digital; ao Audiovisual; aos Serviços Funcionais; e às Artes Editoriais, Publicações
e Mídias Impressas. Os segmentos criativos, assim, abrangem aqueles reconhecidamente “culturais”, em
suas diversas linguagens, e outros, que têm a criatividade e o valor cultural como elementos fundamentais,
a exemplo do design, arquitetura, publicidade e moda.
Para além do impacto econômico, outros indicadores apontam a força dos segmentos criativos no que
concerne à formação de redes urbanas que fomentam o desenvolvimento sócio-produtivo de forma
transversal. A dinâmica da economia criativa se realiza a partir de redes de colaboração e infuência. Na
denição de Jason Potts e outros (2008), tal economia está inserida nos “mercados de redes sociais”,
nos quais redes de interações de indivíduos atuam desde a produção até o consumo e infuenciam
decisivamente os resultados nais (POTTS et al., 2008, p. 169). Neste cenário, insere-se a tendência
mundial de elaborar políticas públicas estratégicas para potencializar o trabalho em rede e as vocações dos
segmentos criativos em cidades.
O Bahia Criativa é um escritório público de atendimento e suporte a prossionais e empreendedores
que atuam nos setores criativos na Bahia, por meio da oferta de informação, capacitação, consultorias e
assessorias técnicas, entre outros serviços voltados para a qualicação da gestão de projetos, produtos e
empreendimentos criativos.
6
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, ECONÔMICA E 7
FINANCEIRA
APRESENTAÇÃO
Caro Participante,
O orçamento é um dos instrumentos de planejamento mais ecazes de uma organização. Ele lhe permite
prever as situações de controle nanceiro que poderão ocorrer durante determinado período, ndo o
qual deverá ser eita uma análise das receitas e despesas eetivamente ocorridas para avaliar a eciência
administrativa no manuseio dos recursos nanceiros.
Este módulo Gestão Orçamentária, Econômica e Financeira se propõe a discutir temas referentes à
gestão de recursos nos projetos e empreendimentos criativos, tomando como base a legislação em vigor,
bem como, aspectos do dia a dia organizacional e do controle econômico e nanceiro realizado pelas
instituições. Trataremos de aspectos como: planejamento, execução e avaliação nanceira, elaborando
questões e análises referentes ao acompanhamento de orçamento e à prestação de contas. 9
A proposta é desenvolver uma espécie de manual que contém fundamentos e instrumentos básicos que
visam introduzir os passos de uma gestão prossional para projetos e empreendimentos criativos, com
base nas experiências acumuladas pelos gestores das áreas ans.
A gestão prossionalizada é um dos caminhos para a auto sustentabilidade política e nanceira, pois impõe
uma reavaliação estrutural dos processos de administração dos recursos disponíveis. Consideraremos,
ainda, como parte do tema, aspectos éticos, políticos e institucionais relevantes para construção de uma
sociedade mais justa, democrática e sustentável.
É um prazer tê-lo nesta formação e sinta-se convidado para aprender conteúdos e experimentar a
aplicação destes na sua área de atuação.
O orçamento é o instrumento de planejamento mais ecaz de uma organização. Ele lhe permite prever as
situações de controle nanceiro que poderão ocorrer durante determinado período, ndo o qual deverá
ser eita uma análise das receitas e despesas eetivamente ocorridas para avaliar a eciência administrativa
no manuseio dos recursos nanceiros.
Conceitos básicos
Como os empreendimentos culturais trabalham com projetos de ação especíca, desta orma, seus or-
10 çamentos são feitos por projetos. Entretanto, se houver mais de um projeto em desenvolvimento, seus
orçamentos devem, para ns de administração da organização, ser somados a m de que ela trabalhe com
um orçamento global. Seguem importantes conceitos a serem trabalhados:
Receitas: são todos os valores que a organização recebe, seja de doações (de projetos ou volun-
tárias), seja de atividades próprias ou provenientes de juros ou de rendimentos sobre aplicações
nanceiras;
Despesas: são todos os gastos de natureza passageira, que podem ser repetitivos ou não. Exem-
plo: salários, aluguel, serviços de terceiros.
Período nanceiro: corresponde ao período durante o qual são feitos os gastos previstos no
orçamento, ao nal do qual azemos uma avaliação para ver se gastamos mais ou menos do que
a previsão. Esse período é, normalmente, no Brasil, o ano civil: 1 de janeiro a 31 de dezembro.
Rubricas orçamentárias: são os termos aplicados para os itens que compõem o orçamento.
Exemplo: despesas com salários, encargos sociais.
Fases do orçamento
Controle do orçamento
12 Neste ponto, trataremos do controle do orçamento, fase que somente ocorre após a realização dos pri-
meiros gastos. Como dissemos, o controle é o acompanhamento rigoroso dos gastos que se vão reali-
zando. Assim, mensalmente, devemos vericar como estão os gastos ocorridos em relação ao previsto.
rubricas orçamentárias;
• Prover os gestores de dados para fazer previsões mais acuradas de gastos dos projetos dos períodos
seguintes.
2.2. CONTROLE FINANCEIRO
Introdução
Uma estrutura nanceira tem períodos programados de entradas, todavia dependem de relatório de pres-
tações de contas do desembolso anterior e balanços, que deve registrar com clareza os gastos e as sobras
de recursos, se houver.
Isso exige das organizações um contínuo apereiçoamento do processo de administração de suas nan-
ças, ora planejando os momentos dos gastos, ora aplicando nas alternativas de investimentos disponíveis
no mercado e, principalmente, exercendo controle e acompanhamento rígido das despesas a serem reali-
zadas no período compreendido entre um desembolso e outro.
• Escrituração contábil;
• Balanço;
Para exercer um controle mais eetivo do fuxo de valores, recomenda-se uma conta corrente especíca
para cada agência cooperadora:
Assim, as aplicações nanceiras eetuadas com esses recursos também serão demonstradas em extratos
de contas especícos para o Centro de Educação Popular.
Dessa orma, os controles das receitas nanceiras, das despesas nanceiras e das despesas bancárias (tari-
fas de talões de cheques, extratos de contas, outros) serão feitos nos próprios extratos de contas.
14 É necessário que mensalmente sejam solicitados do banco os extratos de contas correntes e aplicações
nanceiras que compreendam a movimentação de todo o mês, do primeiro ao ultimo dia útil, de modo a
acilitar o trabalho da contabilidade e o controle das prestações de contas (relatórios nanceiros).
O undo xo é uma das ormas de controle do dinheiro em caixa, mas dirigido exclusivamente aos pe-
quenos gastos e para evitar emissão desnecessária de cheques de pequeno valor.
O valor destinado ao undo xo servirá para utilização em pequenos gastos, como condução urbana,
correios e telégraos, cópias e autenticações, reconhecimentos de rma em cartório, pequenas compras,
lanches, outros.
Para sua implantação, deve-se determinar uma quantia xa que cará sob a responsabilidade de uma pes-
soa, que prestará contas ao nal do período determinado, que pode ser de uma ou duas semanas.
A prestação de contas deve ser feita periodicamente utilizando-se algum modelo de formulário. Para o
nosso trabalho, utilizamos um modelo que denominamos Boletim de Fundo Fixo (BFF). O BFF deve ser
completamente preenchido e assinado pelo responsável, com a anexação de todos os comprovantes de
despesas, e analisado, rubricado, pelo administrador principal da organização.
A recomposição do undo xo é eita mediante emissão de um cheque no montante das despesas cons-
tantes do BFF, nominal ao responsável pelo seu controle, e a cópia do cheque, juntamente com boletim
e comprovantes de despesas, serão encaminhados à contabilidade para registro.
O BFF é elaborado pelo responsável pelo controle dos gastos, que deverá relacioná-los analiticamente
no formulário.
Apresentamos a seguir, dados para a elaboração de um fuxo de caixa, bem como sugerimos um ormu-
lário e as técnicas de seu preenchimento.
Situações iniciais:
Saldos em bancos
Conta corrente R$ 530,00
Fundo de aplicações nanceiras (FAF) R$ 2.100,00
Aplicações em CDB/RDB R$ 6.500,00
Inormações complementares:
• No dia 23/2/2014, a agência de cooperação ABC depositará a segunda parcela do projeto XYZ, no
valor de R$ 7.500,00.
• Fazer levantamento dos recursos totais, disponíveis e indisponíveis para todo o período do
fuxo;
• Relacionar as possíveis receitas a serem aueridas no período: doações, rendimentos nanceiros, outros;
• Em seguida, vericar o total de recursos com que poderá contar em cada semana para cumprir os com-
promissos nanceiros;
• Subtrair o total dos recursos disponíveis das despesas a pagar, por semana, para vericar a sobra de
recursos para a semana seguinte, até completar o período total do fuxo de caixa.
FLUXO DE CAIXA
Período: 6 a 24/2/2014
Movimentação Semana Semana Semana Semana 17
6 a 10/2/2014 13 a 17/2/2014 20 a 24/2/2014 27 a 3/3/2014
1. Recursos Disponíveis
- - -
Doações - - -
Outros
Total 2
3. Total disponível
Aluguel 400,00 - -
Telefone - 75,00 -
Passagens - 420,00 -
Adiantamentos 300,00 - -
Serviços terceiros
Títulos - - 180,00
Salários - - 360,00
Outros gastos - - -
Bancárias
10,00 4,00 -
Caixa
C/corrente - - -
— 30 dias
7. Recursos totais
Observações:
1. No item “Recursos não-disponíveis”, devem ser registrados os valores em aplicações nanceiras res-
gatáveis a prazo xo e outros valores que, mesmo sendo da organização, não possam ser utilizados no
período do fuxo de caixa;
2. O item 6, “Recursos não-disponíveis”, deve ser transerido para o item 2, à medida que or sendo li-
berado para utilização. 19
* Assessoria + Pintura do prédio = R$ 250,00 + R$ 600,00
Podemos observar que a previsão de comprar uma TV em 15/2 terá de ser revista, pois, nessa semana, o
saldo bancário estará negativo em R$ 261,00. A organização possui recursos (R$ 6.500,00), todavia não
disponíveis nessa data.
Contas a pagar são todas aquelas decorrentes de contratos rmados, compras aturadas, encargos sociais
sobre folha de pagamentos, impostos retidos na fonte, outros.
O controle das contas a pagar deve ser bastante rígido, de modo a evitar pagamentos após a data de
vencimento e, com isso, o pagamento desnecessário de juros e multa, ou ainda, dependendo do caso, o
protesto ou ajuizamento do título vencido.
Convém lembrar que os pagamentos de juros e multa são sempre recursos desnecessariamente utilizados
e que reduzem a previsão feita no orçamento e, consequentemente, mínguam os poucos recursos desti-
nados aos projetos sociais.
Para controle das contas a pagar, recomenda-se a adoção das seguintes medidas:
Data Data
Contas a pagar Valor
de vencimento de pagamento
Aluguel do prédio R$ 800,00 15/2/2014 15/2/2014
Observação: o atraso do pagamento gera despesas e juros que oneram o orçamento das atividades sociais.
DICAS • Manter uma pasta especial, de preferência sanfonada, com os documentos (fatura,
duplicatas, contas diversas, outros.) arquivados por ordem de vencimentos;
Contas correntes
Mensalmente, pelo menos, é necessário azer uma vericação dos cheques emitidos, depósitos realizados,
débitos e créditos eetuados pelo banco, para conrmação do saldo bancário constante do extrato de
contas. O saldo resultante dessa confrontação deve ser comparado ao saldo controlado internamente pela
contabilidade da organização.
O procedimento para execução dessa tarefa, que a contabilidade denomina “conciliação bancária”, é o
seguinte:
• Toma-se o extrato de contas do mês anterior completo (contas correntes) e os canhotos do talão de
cheques; 21
• Verica-se se todos os cheques emitidos, conorme canhotos, constam do extrato de contas, anotando
em uma folha de papel os cheques emitidos e ainda não sacados;
• Verica-se se algum depósito eetuado não oi lançado pelo banco, principalmente no nal do mês,
anotando-se em uma folha de papel, caso tenha ocorrido;
• Toma-se a posição de conta corrente do seu controle interno (contabilidade) e procede-se à análise dos
lançamentos efetuados pelo banco e ainda não registrados pela contabilidade da organização, anotando à
parte (exemplo: tarifas de talão de cheques, extrato bancário e impostos, outros);
• Verica-se se todos os cheques emitidos e depósitos eetuados oram devidamente registrados pela
contabilidade, anotando os lançamentos não feitos;
• Após todas essas providências, utiliza-se um formulário próprio para conciliação de contas.
Aplicações nanceiras
Tal como as contas correntes, mensalmente, pelo menos, deve-se azer uma vericação dos saldos apre-
sentados nos extratos bancários de aplicações nanceiras e do controle interno contábil.
Os passos a serem seguidos para execução dessa tarefa são os seguintes:
• Toma-se o extrato de aplicações nanceiras (FAF, Fundo Ouro, outros) do mês anterior completo,
fornecido pelo banco;
• Verica-se se algum valor de aplicação eetuada no mês não consta do extrato emitido pelo banco;
• Anota-se em uma olha de papel o montante dos rendimentos nanceiros (correção monetária mais
juros) creditados pelo banco durante o mês, conforme extrato;
• Anota-se, à parte, o valor das despesas bancárias de aplicações nanceiras, imposto de renda, IOF ,
outros, separadamente;
• Toma-se a posição do controle interno contábil de aplicações nanceiras e procede-se ao registro con-
forme item anterior:
— do imposto de renda;
— do IOF;
• Em seguida, confronta-se o saldo apresentado pelo banco com o saldo do controle contábil interno
(após lançamento do item anterior): os respectivos saldos deverão ser idênticos, caso contrário, deverá ser
feita análise minuciosa do motivo da divergência e corrigida imediatamente.
Relatório nanceiro
O relatório nanceiro é a orma pela qual se demonstram os recursos obtidos e sua aplicação, com base
em documentação autêntica e válida para a situação.
A preparação para o relatório nanceiro exige dos gestores algumas precauções preliminares, exempli-
cadas a seguir:
• Controle dos recursos recebidos:
— Levantamento e análise das despesas com impostos e outras incidentes sobre as aplicações nanceiras
bancárias;
A prestação de contas se inicia, de fato, a partir do momento em que se recebe os recursos, pois aí começa
a necessidade de organização dos controles especícos, e o mais importante: a manutenção permanente
desses controles organizados.
A conciliação mensal dos saldos da conta corrente e de aplicações nanceiras é undamental para o
acompanhamento da posição nanceira de recursos e também muito útil para a elaboração do relatório
nanceiro, pois grande parte do trabalho já terá sido eita. Melhor ainda, não haverá erros e dierenças a
serem localizados.
Relatório nanceiro deve, inicialmente, ser elaborado em orma de rascunho, para o qual sugerimos os
seguintes passos:
• Tomar o saldo nanceiro (caixa e banco) do relatório nanceiro do período anterior e anotá-lo na olha
24 de rascunho;
• Com base nos documentos de desembolso de recursos, somar o montante recebido; o valor encontrado
deverá ser confrontado com os controles contábeis;
• Quando se tratar de relatório nanceiro para agência de cooperação internacional, e esta exigir a presta-
ção de contas em moeda estrangeira (por exemplo, o dólar), efetuar cálculos pela taxa média de câmbio.
Resumo do processo de elaboração do relatório nanceiro
Apresentamos a seguir um fuxograma dos recursos dentro da organização, do ponto de vista da elabo-
ração do relatório nanceiro para prestação de contas periódica.
Figura 1: Exemplo de Fluxograma de Recursos de Organização.
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• Com base num fuxo de caixas, a organização deve avaliar quanto poderá deixar em aplicações
nanceiras e durante quanto tempo;
• Os recursos aplicados voltarão, periodicamente, para a conta corrente do projeto por meio dos
resgates;
• As pequenas despesas de undo xo serão somadas às outras de acordo com a rubrica orça-
mentária;
• Deverão ser tomados os valores dos rendimentos nanceiros e das despesas bancárias por meio
dos extratos de contas;
26
• Somar todas as despesas por rubrica orçamentária.
Se a organização zer o controle orçamentário recomendado na parte III (observar a sequencia), não será
mais necessário todo esse trabalho, pois, mês a mês, a planilha de controle orçamentário já demonstrará
a posição das despesas do projeto. É preciso apenas anotar as receitas recebidas, os rendimentos nan-
ceiros e as despesas bancárias para calcular o saldo nanceiro que restará para o período seguinte. Esse
saldo nal deverá ser devidamente conciliado com o último extrato bancário.
Modelo do Relatório Financeiro
• Saldo anterior
1. Receitas → • Doações
• Rendimentos nanceiros
• Itens do orçamento
2. Despesas → • Bancárias
• Fundo xo
• Aplicações
• Nos gastos administrativos incluem-se: água, luz, telefone, contratos diversos, títulos a
pagar e os gastos com o undo xo;
• Doação R$ 7.500,00
Total R$ 17.139,00
2. Despesas
• Salários R$ (2.100,00)
• S. terceiros R$ (2.130,00)
• Viagens R$ (720,00)
28 • Aluguel R$ (400,00)
• Adm. R$ (1.001,50)
R$ (6.407,50)
Subtotal
R$ (14,00)
• Bancárias R$ (6.421,50)
Total R$ (6.421,50)
3. Saldo contábil (1-2) R$ 10.717,50
4. Saldo nanceiro
• C/corrente R$ 3.217,50
• Aplicações R$ 7.500,00
3 ATIVIDADES
3.1 ATIVIDADE EM GRUPOS
I. Estudo de caso; XII Mercado Cultural – Casa Via Magia. Análise comparativa entre orçamento apre-
sentado e orçamento aprovado pela lei Rouanet.
II. Elaborar o orçamento de um projeto de algum participante do grupo, tomando, como base, a planilha
orçamentária dos editais da Secult-BA.
4 LEITURAS RECOMENDADAS
• Pequenos gigantes | Cultura e Mercado | desde 1998 |
REFERÊNCIAS
ABONG, AFINCO. Manual de Administração Jurídica, Contábil e Financeira para Organizações não-
-governamentais. 1.ed. ABONG.São Paulo: 2012
BREALEY, Richard e outros. Fundamentos de Administração Financeira. 3.ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2004.
GITMAN, Laurence. Princípios de Administração Financeira. 10.ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2004.
HOJI, Masakazu. Administração nanceira: uma abordagem prática: matemática nanceira aplicada,
estratégias nanceiras, análise, planejamento e controle nanceiro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
NESTA POLICY&RESEARCH UNIT. Beyondthe creative industries: making policy for the creative
economy. BCI/20. Fevereiro de 2008. Disponível em: http://www.nesta.org.uk/sites/deault/les/
beyond_the_creative_industries.pdf Acesso em: 20 set 2014
POTTS, Jason; CUNNINGHAM, Stuart; HARTLEY, John; ORMEROD, Paul. Social networks mar-
kets: a new denition o the creative industries. Jornal o Cultural Economics, 2008, 32, p. 167-185
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle nanceiro.
Porto Alegre: Sagra, 2007.
.
CONTABILIDADE GERENCIAL 31
APRESENTAÇÃO
Caro participante,
Em um mercado competitivo e atraente como o que vemos no mundo de hoje, a presença da contabi-
lidade nos empreendimentos criativos, independentemente do porte, é imprescindível. O ambiente de
negócios é cada vez mais dinâmico e exige constantes e rápidas adaptações, tornando os processos de
controle e tomadas de decisão muito mais complicados.
A Contabilidade surgiu em função dessa necessidade prática do próprio gestor do patrimônio, normal-
mente seu proprietário, preocupado em elaborar um instrumento que lhe permitisse, entre outros be-
neícios, conhecer, controlar, medir resultados, obter inormações sobre produtos mais rentáveis, xar
preços e analisar a evolução. Assim, pode-se dizer que a Contabilidade surgiu ou foi criada em função
de sua característica utilitária, de sua capacidade de responder a dúvidas e de atender as necessidades de
seus usuários. Este conjunto de características que não só oi eciente para o surgimento da Contabili-
32 dade como também para sua própria evolução e analisando-se sua trajetória, constata-se que ela passou
a interessar a grupos cada vez maiores de indivíduos: acionistas, nanciadores, banqueiros, ornecedores,
órgãos públicos, empregados, além da sociedade em geral, pois a vitalidade das empresas tornou-se as-
sunto de relevante interesse social.
Dentre os vários modelos existentes, cada um com suas particularidades, atendendo a interesses especí-
cos, percebe-se que esta ciência se adapta pereitamente em qualquer contexto em que esteja inserida.
Vamos a princípio aprender o que é e como funciona a contabilidade, o que é um Balanço Patrimonial;
o que é Ativo e Passivo; vamos conhecer e entender algumas outras demonstrações contábeis. MÃOS
À OBRA!!!
A Contabilidade é um dos melhores e mais completos instrumentos com que o gerente pode contar para
as tomadas de decisões e deve ser vista pelos gestores como um INSTRUMENTO DE GESTÃO.
O objeto da Contabilidade é o patrimônio. Ele é constituído pelo conjunto de bens, direitos e obrigações
vinculados à entidade econômico-administrativa, e é indispensável para que esta realize seus objetivos.
Estudando o patrimônio, a Contabilidade desenvolve suas funções, informando e orientando o gestor
sobre o estado desse patrimônio e suas variações.
• Pessoa física;
• União;
• Estados;
• Municípios
34
2.1.2 Usuários da Contabilidade
Compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse na
avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade, como titulares (empresas individuais), sócios,
acionistas, administradores, governo (sco), ornecedores, bancos, etc.
O Patrimônio é composto por um conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma a uma pessoa (física
ou jurídica), avaliados em dinheiro.
Pode-se entender como Bens todos os objetos que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo,
por exemplo: prateleira, balcão, espelho, Mercadorias para revenda, material para embalagem, material de
escritório.
Os Direitos são bens de nossa propriedade que se encontram em poder de terceiros. São todos os valores
que a empresa tem para receber de terceiros, como cheque a receber, duplicatas a Receber, dinheiro em
contas bancárias.
As Obrigações são bens de propriedade de terceiros que se encontram em nosso poder. Normalmente,
aparecem no patrimônio seguidas da expressão “a pagar”. Exemplos: Cheques a pagar, Título a Pagar,
Salários a Pagar, Duplicatas a Pagar, etc. Entretanto, há contas, cuja a nomenclatura dispensa a expressão
“a pagar”, por trazer inerente a idéia de tratar-se de uma obrigação. Por exemplo: Fornecedores, Impostos
a Recolher, outros.
FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Para se constituir uma empresa é preciso que se tenha, inicialmente, um Capital. Quando a empresa está
sendo constituída, a palavra Capital é usada para representar o conjunto de elementos que os proprietá-
rios da empresa possuem para iniciar suas atividades. Por exemplo:
Lúcia vai abrir um cinema. Ela possui para esse m, R$60.000 em dinheiro. Logo, esses R$60.000 em
dinheiro constituem o seu Capital Inicial.
O Capital Inicial pode ser composto por: Dinheiro; Móveis; Veículos; Imóveis; Direitos a Receber,
outros.
35
Suponhamos que uma pessoa deseje iniciar suas atividades (abrir um circo) e possua R$5.000 em di-
nheiro e um caminhão especial no valor de R$60.000. Neste caso, seu Capital Inicial é R$65.000, sendo:
Este Capital é conhecido por: Capital; Capital Inicial; Capital Nominal; Capital Subscrito
Cuidado para não confundir os conceitos de Capital com o de Patrimônio, pois são
diferentes. O Capital é o conjunto de elementos que o proprietário da empresa possui
para iniciar suas atividades, já o Patrimônio é o conjunto que compreende os bens da
empresa (dinheiro em caixa, contas a receber, imóveis, veículos, outros), seus direitos
(contas a receber) e suas obrigações para com terceiros (contas a pagar).
2.2.1 A representação algébrica e gráca do patrimônio
Em uma primeira denição, podemos dizer que o Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida) é a dierença
entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, em um determinado instante.
Modernamente, podemos, também, entender o Patrimônio Líquido como sendo uma obrigação que a
empresa tem junto aos proprietários.
Resumidamente, podemos dizer que no Balanço Patrimonial o lado esquerdo é formado por bens e direi-
tos e o lado direito é formado por obrigações, tanto para com terceiros como para com os proprietários.
Para Representação Gráca do patrimônio, o Ativo e o Passivo são representados no Balanço Patrimonial
trazem o saldo das Contas Patrimoniais, que aumentam ou diminuem de acordo com a movimentação
patrimonial da empresa.
Para atender a um grande objetivo: acrescentar ao seu conhecimento mais um grupo de elementos na
representação gráca do Patrimônio.
Este grupo, que se chama Patrimônio Líquido, juntamente com os Bens, com os Direitos e com as
Obrigações, completará a reerida representação gráca do Patrimônio, permitindo que o total do lado
esquerdo seja igual ao total do lado direito, dando-lhe forma de equação. Entretanto, para que você possa
compreender melhor esse novo grupo de elementos (Patrimônio Líquido), vamos estudar antes as Situa- 37
ções Líquidas Patrimoniais possíveis.
A partir da equação fundamental do patrimônio, pode-se deduzir que em dado momento, o patrimônio
assume, invariavelmente, um dos quatro estados a saber:
1 – Quando o ativo é maior que o passivo, teremos patrimônio líquido maior que zero, o que
revela a existência de riqueza patrimonial.
A = P + PL
2 – Quando o ativo é maior que o passivo e o passivo é igual a zero, teremos patrimônio líquido
maior que zero, revelando inexistência de dívidas.
A = PL
3 – Quando o ativo é igual ao passivo, teremos patrimônio líquido igual a zero, revelando ine-
xistência de riqueza própria.
A = P
4 - Quando o passivo é maior do que o ativo, teremos patrimônio líquido menor que zero, re-
velando má situação nanceira e existência de passivo a descoberto.
A + PL = P
ESCRITURAÇÃO
Até o presente momento nos referimos aos componentes patrimoniais, os chamando de contas do ativo
e do passivo e para que servem as contas?
Conta é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio
Líquido, estas são utilizadas para elaboração do Balanço Patrimonial) e aos elementos de resultado
(Receitas, Despesas e Custos, estas são utilizadas para apuração do resultado).
As principais Demonstrações Contábeis que estudaremos em nosso curso são: Balanço Patrimonial,
DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), DLPA (Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados), que pode ser substituída pela DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) e
DFC (Demonstração de fuxo de caixa). Esses demonstrativos serão complementados com Notas Expli-
cativas, as quais passam a integrar as Demonstrações Contábeis.
Na estruturação do Balanço Patrimonial, as contas são classicadas por grupos, de acordo com sua na-
tureza. Por exemplo: os bens e direitos de curto prazo são representados pelo “Ativo Circulante” e as 39
máquinas, móveis e imóveis são agrupadas no “Ativo Não Circulante – Imobilizado”.
Os grupos de contas, por sua vez, são escalonados em ordem decrescente de liquidez no ATIVO e de
exigibilidade no PASSIVO.
Por isso, o ATIVO inicia relacionando as Disponibilidades (Caixa e Saldos Bancários); depois, os direitos
de curto prazo (Clientes, Duplicatas a Receber), Estoques e outros valores de curto prazo a receber; em
seguida, os direitos realizáveis a longo prazo e, por último, os bens com característica permanentes.
Resumindo, os bens que possuem maior liquidez (possíveis de se transformar em dinheiro mais rapida-
mente) aparecem em primeiro lugar.
Já no Passivo as contas guram por ordem decrescente de exigibilidade, gurando primeiro as contas de
Empréstimos e Financiamentos Bancários e Fornecedores, a seguir as outras obrigações de curto prazo,
depois as obrigações de longo prazo e, nalmente, o Patrimônio Líquido.
Assim, as obrigações com vencimentos mais próximos da data do Balanço aparecem em primeiro lugar.
Os recursos dos sócios (PL), por não serem exigíveis, aparecem ao nal do Passivo.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível
Recebíveis de Curto Prazo
Estoques
Despesas Antecipadas
Outros Valores a Receber
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante (Longo Prazo)
- Ativo Realizável a Longo Prazo
- Investimentos Patrimônio Líquido
- Imobilizado
- Intangível
Ativo
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ATIVO CIRCULANTE: Disponibilidades, Bens e Direitos realizáveis no decorrer do exercício seguin-
te ao do balanço sob análise (até 1 ano), subdividindo-se em:
Disponível: Representam dinheiro em caixa e bancos, bem como valores equivalentes que representam
recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da empresa para os quais não haja restri-
ções de uso imediato.
Recebíveis de Curto Prazo: Representam, normalmente, um dos mais importantes ativos da empresa. São
valores a receber decorrentes de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes.
Provisão para Devedores Duvidosos: Representam, pela atual legislação, uma previsão de perdas não
dedutíveis do IR, e os recebíveis já vencidos não contabilizados como perdas que aguardam o prazo legal
para serem baixados.
Duplicatas Descontadas: Títulos ainda não vencidos, já negociados com instituições nanceiras e outras
contas de ajustes que se zerem necessárias.
Estoques: Representam, também, um dos ativos mais importantes das empresas comerciais e industriais.
A sua correta determinação no início e no m do período contábil é essencial para uma apuração adequa-
da do lucro líquido do exercício. Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação
dessas companhias e envolvem problemas de administração, controle, contabilização e principalmente
de avaliação.
Outros Valores a Receber: Representam outros realizáveis de curto prazo que se realizarão no exercício
seguinte ao do encerramento do balanço (menos de 1 ano).
ATIVO NÃO CIRCULANTE: Bens e direitos realizáveis após o encerramento do exercício seguinte
(mais de 1 ano) e, também, os Bens e Direitos que a empresa não pretende alienar ou elementos que serão
utilizados por prazo indeterminado, subdividindo-se em:
Ativo Realizável em Longo Prazo: bens e direitos realizáveis após o encerramento do exercício seguinte
(mais de 1 ano). Exemplos: Duplicatas a Receber, Empréstimos a Diretores, Empréstimos a Interligadas,
etc. 41
Investimentos: Participações de natureza permanente em outras empresas (coligadas e não coligadas) e
outros bens e direitos não destinados à manutenção da atividade da empresa. Exemplos: Ações e Partici-
pações, Imóveis para Aluguel, entre outros.
Imobilizado: Bens e Direitos necessários à manutenção das atividades operacionais da empresa e que são
tangíveis. Exemplos: Imóveis de Uso, Máquinas e Equipamentos, Veículos, outros.
Intangíveis: Bens e Direitos necessários à manutenção das atividades operacionais da empresa e que são
intangíveis. Exemplos: Marcas e Patentes, entre outros.
Passivo
PASSIVO CIRCULANTE – Obrigações vencíveis no decorrer do exercício seguinte (até 1 ano). Exem-
plos: Fornecedores, Salários e Encargos a Pagar, Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários, Provisão
para Imposto de Renda, entre outros.
Capital Social - Representa o capital que foi efetivamente integralizado (investido) na empresa pelos só-
cios ou acionistas. O Capital Social é a diferença entre o Capital Subscrito e o Capital a Integralizar.
Lucros / Prejuízos Acumulados - representa o valor do resultado (lucro ou prejuízo) auferido pela em-
presa no exercício encerrado.
Observação: No Balanço Patrimonial aparecem contas reticadoras, entre parênteses ou com sinal ne-
gativo e que diminuem o saldo da conta reticada. As principais são:
No Ativo Circulante: Duplicatas Descontadas, Provisão para Devedores Duvidosos e Provisão para
42 Ajustes
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados evidencia o lucro apurado no exercício, sua desti-
nação e os eventos que modicaram o saldo da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, como ajustes e
reversões de reservas.
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido mostra as variações ocorridas nas Contas do
Patrimônio Líquido, evidenciando os saldos iniciais, os ajustes de exercícios anteriores, os aumentos do
Capital, as reversões de Reservas, o Lucro Líquido do Exercício e sua destinação, além dos saldos nais
das respectivas contas que compõem o Patrimônio Líquido da empresa.
A lei das Sociedades por Ações concede à empresa a opção de elaborar a Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido em substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Entretanto, a
partir de 1985, as Sociedades Anônimas de Capital Aberto caram obrigadas, por resolução da Comissão
de Valores Mobiliários (CVM), a elaborar essa demonstração, cando dispensadas da elaboração da De-
monstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
A Demonstração de Fluxo de Caixa é eita pelo regime de caixa, isso signica que aparecerá na demons-
tração de um dado período, apenas o que foi recebido e pago neste período. Portanto, ela apresenta a
modicação no saldo de disponibilidades de uma empresa durante um determinado período, por meio
dos fuxos de recebimentos e pagamentos nanceiramente concretizados.
44
2.4 CONTABILIDADE APLICADA À EMPRESA E PROJETOS CRIATIVOS
José e Mário decidiram abrir uma empresa de prestação de serviços em elaboração de projetos culturais,
a Projetos Criativos Ltda. Iniciou suas atividades no dia 02/10/2014. Durante o seu primeiro mês de
funcionamento, os seguintes fatos ocorreram:
Transação 1 - Constituição da Projetos Criativos Ltda com depósito de R$20.000 no Banco Alfa
Transação 4 - A Projetos Criativos foi contratada para prestar serviços, tendo recebido R$3.000, depo-
sitados na sua conta.
Transação 8 - Prestação de Serviço a um cliente que será recebido no próximo mês no valor de R$2.000
SOLUÇÃO
ATIVO PASSIVO + PL
Bancos Capital
20.000 20.000
ATIVO PASSIVO + PL
20.000 20.000
ATIVO PASSIVO + PL
ATIVO PASSIVO + PL
ATIVO PASSIVO + PL
ATIVO PASSIVO + PL
ATIVO PASSIVO + PL
Transação 8 - Prestação de Serviço a um cliente que será recebido no próximo mês no valor de R$2.000
ATIVO PASSIVO + PL
Projetos Criativos
Outubro - em R$
Projetos Criativos
Outubro - em R$
Balanço Patrimonial
48 Projetos Criativos
30 de Novembro - em R$
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Bancos 16.000,00 Contas a pagar 200,00
Material 500,00
Valores a Receber 3.000,00
Ativo Não Circulante Patrimônio Líquido
- Imobilizado
Terrenos 5.000,00 Capital 20.000,00
Lucro 3.300,00
Total 23.500,00 Total 23.500,00
Demonstrativo do Fluxo de Caixa
Bancos Inicial 0 49
Variação em Novembro 16.000
Bancos Final 16 000
30 de Novembro
3 ATIVIDADES
3.1 SOBRE COMPONENTES PATRIMONIAIS
I - Identicar os componentes patrimoniais abaixo com a letra B (BEM), D (DIREITOS) e com a letra
O (OBRIGAÇÕES):
Automóvel
Ordenados a Pagar
Caminhão
Impostos
Obras de Arte
Aluguéis a Receber
Caixa (dinheiro)
Apartamento
Contas a Pagar
50 Contas a Receber
Duplicatas a Receber
Promissórias a Pagar
Ordenados a Receber
Terras
Prestações a Receber
Maquinaria
Imóveis
ATIVO PASSIVO
BENS OBRIGAÇÕES
Dinheiro 500
DIREITOS
Mário e José decidiram abrir uma empresa de prestação de serviços em elaboração de projetos culturais,
a Projetos Criativos Ltda. Iniciou suas atividades no dia 02/10/2014. Durante o seu primeiro mês de
funcionamento, os seguintes fatos ocorreram:
Transação 1 - Constituição da Projetos Criativos Ltda com depósito de R$15.000 no Banco Ala
Transação 2 - Compra de um terreno, por R$6.000, pagos por um cheque
Transação 4 - A Projetos Criativos oi contratada para prestar serviços, tendo recebido R$4.000, depositados na sua conta.
Transação 5 - Prestação de Serviço a um cliente que será recebido no próximo mês no valor de R$3.000
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4 LEITURAS RECOMENDADAS
Texto 1
- Contabilidade?
- Fala sério !!!! Você deve ser louco !!!! Só vê matemática não é?
A parábola acima é dita 7 vezes em cada 10 comentários quando alguém ca sabendo que você entrou na
faculdade para estudar contabilidade.
A realidade diz justamente ao contrário, ao entrar numa faculdade de contabilidade você não passará 4
anos de sua vida estudando somente matemática.
Poucos sabem que um dos objetivos da contabilidade é simplesmente o de preparar relatórios para os
gestores (administradores) a m de ajudar na análise e nas decisões da empresa.
Objetivo este atualmente totalmente distorcido pelo sco (atualmente um contador passa mais de 70%
do seu tempo cumprindo obrigações impostas pelos governos, tais como preenchimento de declarações). Portanto
não saia pensando que o seu contador não faz alguns tipos de relatórios por que não quer, às vezes não sobra
tempo, para ajudar no gerenciamento.
Um contador de uma empresa média pode chegar a ter que fazer mais ou menos 47 declarações durante
um ano, algumas simples outras mais complexas, algumas até com mais de 100 folhas, dependendo do tipo de
atividade da empresa.
Abaixo vou colocar um exemplo simplicado de como a contabilidade/contador pode ajudar na gestão
de uma empresa, mais antes se faz necessário chamar sua atenção para o seguinte:
A resposta? Porque, na maioria das vezes, não possuem um pouquinho de conhecimento de contabilidade.
Você talvez tenha ou conhece alguém que tenha uma empresa, pergunte a ele se ele entende aquele monte
de números chamado balanço patrimonial que o contador manda para ele assinar no nal do ano.
O Sebrae divulga constantemente que a maioria das empresas que “quebram” é devido a uma má gestão.
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Agora vamos ao conveniente, você tem uma empresa, faz dela o seu ganha pão, assim como o sustento
da sua família. Você paga todo mês os honorários do seu contador e ele tem condições de fazer todos os relatórios.
Porque não usar esses relatórios para melhorar o gerenciamento da sua empresa????
No decorrer desse curso vamos adquirir alguns conhecimentos básicos para permitir que você possa
entender e analisar um balanço patrimonial de uma empresa assim como dos demais relatórios contábeis, para isso
necessitaremos adquirir esses conhecimentos básicos e iremos discuti-los um a um, no nal tenho certeza de que
você, quando ver um balanço patrimonial de uma empresa vai encará-lo com outros olhos.
Acima eu disse que colocaria um exemplo de auxilio contábil para a gestão, vamos exemplicar o que
mais preocupa os empresários a carga tributária, o valor dos impostos.
Suponhamos que você descobriu como se faz um telefone especial, um telefone que lhe avisa 5 minutos
antes de tocar quem vai te ligar. Esse aparelho é a febre do momento, todo mundo quer comprar um.
Você tem um amigo que montou uma loja de produtos eletrônicos, e cou sabendo que ele paga por um
aparelho igual à quantia de R$ 100,00.
A primeira coisa que você pensaria seria: “bom se eu gasto R$ 60,00 para produzir o teleone especial,
e as lojas estão comprando ele por R$ 100,00. Eu poderia vender por R$ 85,00 e ganhar muito dinheiro, assim eu
vou viajar, trocar de carro e principalmente largar meu emprego”.
Ai você começa a produzir e fecha um grande contrato com uma rede de lojas, ela quer comprar de você
10.000 aparelhos desses. Contrato fechado. No primeiro mês a loja quer 1.000 aparelhos.
Calcular quanto você vai ganhar com esses 1.000 aparelhos no primeiro mês.
Bom se você gasta R$ 65,00 por produto e você produziu 1.000, você gastou R$ 65.000,00 para produzi-
los. Certo?
Mesmo antes de receber você já começou a gastar, largou seu emprego, trocou de carro, viajou com a
família e etc.
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Você se esqueceu de perguntar ao seu contador quanto você pagaria de imposto com a venda desses
produtos e como era o calculo deles.
Passa-se um mês, você produziu e entregou os 1.000 aparelhos prometidos e recebeu a quantia combinada.
Lá esta você na sua fábrica, quando chega o boy do seu contador com os impostos para você pagar.
Quando você vê os valores você quase cai para trás, sua primeira reação é ligar para o contador e dizer que ele errou
nos cálculos e que tem que ter alguma coisa errada com esses valores.
Então começa o contador a te explicar como ele chegou aos valores, ele começa:
• Olha o imposto X é 8% do seu faturamento, o imposto Y é 3% do seu faturamento e o imposto Z é 15%
do seu lucro.
Ai você confere com os cálculos do contador cujo total dos impostos foi de R$ 12.350,00.
• Não disse que estava errado? Você está maluco? Se eu pago esses R$ 12.350,00 como eu iria pagar o alu-
guel da fábrica, meus funcionários, a conta de luz, a conta de telefone, o IPTU, o seguro e outras despesas
e ainda sobrar algum dinheiro para mim?
• O imposto X é 15% do seu lucro: seu lucro foi de R$ 20.000,00, então 15% de 20.000,00 é igual a R$
3.000,00.
Você mais uma vez achando que seu contador esta errado:
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• MEU QUERIDO!! (com ar nervoso), você está fazendo os cálculos errados, meu faturamento não foi de
R$ 85.000,00, meu faturamento foi de R$ 20.000,00, eu faturei somente R$ 20.000,00 que é a diferença de
R$ 85.000,00 – R$ 65.000,00.
Você então bate o teleone na cara do contador e lembra que o amigo do tio da prima do lho do seu
amigo é contador também, e pede para ele refazer o cálculo do seu imposto, e para sua surpresa o valor total é R$
12.350,00.
E agora, você ainda tem que pagar aluguel da fábrica, os funcionários, a conta de luz, a conta de telefone,
o IPTU, o seguro e as outras despesas.
Lembrando que você já gastou dinheiro trocando de carro, viajando com a família e até mesmo investindo
em sua fabrica.
Será que se você tivesse conversado com o seu contador antes, essa situação poderia ter sido evitada?
Lógico que estamos partindo de um exemplo hipotético, que a realidade pode ser diferente desses valores,
mais vale lembrar que certos tipos de produtos tais como o cigarro, a carga tributaria chega a mais de 80% do preço
de venda.
O exemplo é de carga tributária, mais poderíamos fazer a seguinte pergunta, por quanto eu deveria ter
vendido os 1.000 aparelhos para que me sobre R$ 20.000,00, depois de eu ter pago todos os meus impostos?
Lembrando que o exemplo acima é um pouco mais complexo, pois envolve carga tributária, o que não
será o foco de nosso estudo.
Texto 2
Entretanto, por desorganização interna ou simples alta de prioridade ao assunto, muitos gestores têm diculdades
em obter dados contábeis conáveis. Balancetes mal conciliados, balanços com deciências de inormação, docu-
mentos não contabilizados, transformam uma contabilidade numa mera peça burocrática, sem utilidade gerencial.
O primeiro passo para reorganizar o departamento contábil é contar com um prossional de contabilidade que
tenha visão gerencial. A seguir, otimizar o fuxo de documentos e inormações, de orma que estes fuam adequa-
damente e possam estar integrados à contabilidade, evitando atrasos e falhas na escrituração.
Todos empresários precisam organizar suas nanças - compreendendo custos, tributação, gerenciamento e orça-
mentos. Como notório, a contabilidade é uma ferramenta imprescindível à gestão de qualquer entidade, seja esta
pequena ou grande.
A alta de controle contábil, mesmo que em pequenos negócios, pode dicultar a sobrevivência das atividades, já
que a contabilidade, como ciência universal, permite mecanismos de gestão, como planejamento scal, controle de
custos e estoques, aferição da lucratividade e rentabilidade, projeções orçamentárias e segurança patrimonial (como
combate às fraudes, erros e desperdícios), entre outras possibilidades.
Por exemplo: a alha na contabilização de custos e despesas distorce o resultado contábil. Isto implica em diculda-
des em determinar a melhor forma de tributação para a empresa (Lucro Real, Presumido ou Simples), impedindo
assim a escolha do regime que resulte no menor ônus scal eetivo.
Outro exemplo: deixar de escriturar movimentação de conta bancária. Resulta em maior possibilidade de fraude
interna (por falta de controle e conciliação da conta) e da distorção dos resultados contábeis, por omissão no regis-
tro de receitas e despesas nanceiras, taxas e tarias bancárias, entre outros.
Por aí se constata a importância do gestor em valorizar os procedimentos contábeis. Anal, inormação precisa, em
época de aumento de custos, receitas em queda e outros fatores de mercado, é imprescindível para tomadas de deci-
sões. Tiro no escuro, sorte e “chute” são mecanismos pouco recomendáveis para quem deseja sucesso empresarial.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Cultura. Disponível em:<www.cultura.gov.br>.Acesso em:1 out. 2014.
BRASIL. Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Diário Ocial 57
da República Federativa do Brasil, Brasília, 1976.
_____. Lei n° 11.638, de 29 de dezembro de 2007. Altera dispositivos da Lei das Sociedades por Ações.
Diário Ocial da República Federativa do Brasil, Brasília, 2007.
_____. Lei n° 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária feral relativa ao parcelamento
ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que especica; institui regime tributário
de transição, alterando, entre outros, altera dispositivos da Lei das Sociedades por Ações. Diário Ocial
da República Federativa do Brasil, Brasília, 2009.
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral, 23ª edição, São Paulo: Atlas, 1997.