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Reforma Trabalhista: Modernização Ou Retrocesso?
Reforma Trabalhista: Modernização Ou Retrocesso?
Reforma Trabalhista: Modernização Ou Retrocesso?
A polêmica lei 13.467/17, conhecida como reforma trabalhista, traz consideráveis alterações às
relações de trabalho, dividindo opiniões entre empregados e empregadores. Nota-se que a
reforma proposta gerou uma expectativa aos empregadores de reduzirem os encargos
trabalhistas, aliada à esperança de um remanso, frente à crise econômica que o país vem
atravessando. Assim, na visão dos empregadores, a reforma trabalhista é sinônimo de
modernização e progresso.
Por outro lado, aos empregados celetistas, a reforma soa como um retrocesso. A CLT, criada em
1943, pelo então presente Getúlio Vargas, foi um marco histórico na luta dos trabalhadores pela
garantia da dignidade no trabalho. Ao longo dos anos, a CLT foi sofrendo alterações, visando à
proteção do empregado, visto como subordinado e hipossuficiente nas relações de trabalho.
Com a Constituição Federal de 1988, a proteção aos empregados foi reforçada, com a definição
dos direitos e das garantias fundamentais dos trabalhadores (art. 7º), como por exemplo, a
irredutibilidade do salário, o direito ao recebimento do décimo terceiro salário, o descanso
semanal remunerado, o gozo de férias anual remuneradas, acrescida de 1/3, dentre outras. Mas
enfim, a reforma trabalhista pode ser vista como modernização ou retrocesso? Esta reforma era
mesmo necessária?
Acredita-se, ainda, que a regulamentação de alguns assuntos, até então julgados com base no
entendimento jurisprudencial, trará mais segurança jurídica, garantindo que demandas
semelhantes não tenham resultados divergentes, contribuindo, também, com o objetivo de
desafogar o Poder Judiciário.
A lei foi sancionada pelo presidente Michel Temer em 13/7/17, mas só entra em vigor em 11/11/17,
com possibilidade de alguns pontos serem modificados por meio de medida provisória, antes
mesmo da sua vigência.
Em resumo, a reforma trabalhista realmente é necessária, no entanto, a dúvida que paira é se os
pontos abordados na lei realmente atenderão à sua finalidade ou causarão efeito adverso, ou
seja, se as alterações podem trazer mais insegurança jurídica e aumentar o número de demandas
judiciais, diante da recepção negativa dos trabalhadores com relação à possibilidade de
flexibilização de alguns direitos que atualmente lhes conferidos e da prevalência do negociado
sobre o legislado.
Fonte:
https://www.migalhas.com.br/depeso/265160/reforma-trabalhista--modernizacao-ou-retrocesso