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Projecto de

Desenvolvimento
Do Desporto Escolar

Criação da Federação
Angolana do Desporto
Escolar

Quadro Competitivo

Ministério da
Ministério da
Juventude e
Educação
Desportos

1
Identificação do Produto

Projecto de Desenvolvimento Do Desporto Escolar, Criação da Federação


Identificação do Projecto:
Angolana do Desporto Escolar e Quadro Competitivo

Nº do Projecto: SharePoint -2015-219

Projecto de Desenvolvimento Do Desporto Escolar, Criação da Federação


Documento:
Angolana do Desporto Escolar e Quadro Competitivo

Data da Conclusão: 18-Jun-2015

Luis Filipe Reis – Team Leader


Equipa de Consultores: Osvaldo Caldeira – Consultor Sénior
Antonio Joaquim Serôdio – Consultor Sénior

2
Conteúdo

A - JUSTIFICATIVA DO PROJECTO ................................................................................................ 4


1 Enquadramento........................................................................................................................... 4
2 Modelo Vigente ........................................................................................................................... 5
3 Objectivos do Projecto ................................................................................................................ 6
4 Conceito de Desporto Escolar ................................................................................................. 6
B - ORGANIZAÇÃO DO DESPORTO ESCOLAR .............................................................................. 7
C - FEDERAÇÃO ANGOLANA DO DESPORTO ESCOLAR (FADE) ................................................ 7
1 Objectivo .................................................................................................................................... 7
2 Âmbito e fim .............................................................................................................................. 7
3 Competências da FADE ............................................................................................................ 8
4 Financiamento do Desporto Escolar ....................................................................................... 9
5 Organização da FADE ............................................................................................................... 9
6 Estrutura ................................................................................................................................... 10
7 Assembleia Geral ..................................................................................................................... 10
8 Competências da Assembleia Geral...................................................................................... 11
9 Eleições ..................................................................................................................................... 12
10 Elegibilidade ......................................................................................................................... 12
11 Mandato................................................................................................................................ 13
12 Perfil dos Membros de Direcção ....................................................................................... 13
13 Gestão e organização da informação ............................................................................... 14
D - CLUBE DE DESPORTO ESCOLAR............................................................................................ 14
1 Conceito .................................................................................................................................... 14
2 Objectivo .................................................................................................................................. 14
3 Estrutura ................................................................................................................................... 14
C - REGULAMENTO GERAL DE PROVAS ...................................................................................... 16
D - ORÇAMENTO PREVISIONAL - Primeiro Ano ......................................................................... 27
E - ESQUEMA DO ANTEPROJECTO PILOTO................................................................................ 31

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
A - JUSTIFICATIVA DO PROJECTO

1 Enquadramento

O acesso à Educação e ao Desporto é parte integrante da afirmação da cidadania e


é um direito consagrado na Constituição da República de Angola, de acordo com o
Artigo 79 ponto 1, 2 e 3, e na Lei de Bases de Sistema de Educação (subsecção II,
Educação Extra-Escolar, artigo 49° alínea 2) e na Lei do Desporto.

A Educação Física e o Desporto Escolar conquistaram um espaço relevante na escola


e no processo educativo.

A Escola, através do desporto escolar, deve dar resposta às motivações e


necessidades dos alunos em relação à cultura motora e o acesso às diferentes
práticas lúdicas e desportivas.

O desporto é um factor fundamental no desenvolvimento global e equilibrado dos


jovens permitindo alcançar os seguintes resultados:

a) Aumento do sucesso escolar;

b) Melhoria comportamental dos alunos e predisposição para o cumprimento de


regras;

c) Desenvolvimento das capacidades motoras e competitivas para o desporto, e


consequentemente para a vida;

d) Desenvolvimento do espírito de colectivo, respeito mutuo, iniciativa,


autonomia, responsabilidade e educação para cidadania.

A iniciação desportiva é tradicionalmente realizada no âmbito da disciplina de


Educação Física e deve cobrir obrigatoriamente todos os jovens entre os 5 e os 14
anos que, em regra, estão a frequentar o 1º e 2º Ciclo.

De acordo com as projecções da população, frequentam o ensino obrigatório, no


corrente ano, cerca de 6,140 mil alunos.

No final do ciclo olímpico abrangido pela Estratégia Nacional de Desenvolvimento do


Desporto (ano 2024) espera-se que o universo de alunos a frequentar o 1º e 2º
Ciclo seja na ordem de 7,036 mil alunos.

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
O processo da iniciação desportiva é determinante para que, no futuro, os jovens
incorporem a prática desportiva nos seus padrões de vida. Para o seu sucesso são
determinantes três elementos:

• A existência de professores com formação;

• Programas escolares consistentes;

• Infra-estruturas adequadas para a prática do desporto escolar.

Assim torna-se imprescindível o alinhamento dos programas escolares da iniciação


com as modalidades de referência previstas na Estratégia Nacional de
Desenvolvimento do Desporto. A experiência mostra a força dos êxitos desportivos
e como estes promovem a adesão dos jovens para a sua prática.

2 Modelo Vigente

O Ministério da Educação já realizou sete edições de provas escolares baseadas num


modelo que assentava na baixa mobilidade dos alunos durante as diversas fases:
intra-turmas, inter-escolas, inter-distritais, inter-municipais e a fase provincial. No
entanto, essas provas não ofereceram a qualidade desejada e ficaram aquém do
nível competitivo pretendido para os jovens alunos.

Até 2014 foram realizadas as seguintes provas escolares:

Edições
Edição I Jogos II Jogos III Jogos IV Jogos V Jogos VI Jogos VII Jogos VIII Jogos
Anfitriã Cabinda K. Sul Huila Bié Cabinda Namibe Uíge L. Sul
Ano 2000 2001 2007 2008 2010 2011 2013 2014
Alunos
Participante 245 469 644 714 908 932 1018 1223
s
Províncias
Participante 14 14 18 18 16 18 18 18
s
Basquetebo Basquetebo Basquetebo Basquetebo Basquetebo Basquetebo Basquetebo Basquetebo
l l l l l l l l
Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol Futebol
Andebol Andebol Andebol Andebol Andebol Andebol Andebol
Modalidades
Atletismo Atletismo Atletismo Atletismo Atletismo Atletismo Atletismo
Voleibol Voleibol Voleibol Voleibol Voleibol Voleibol Voleibol
Ginástica Ginástica

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
3 Objectivos do Projecto

O presente projecto persegue os seguintes objectivos:

1. Aumentar a participação nas actividades desportivas de todas as instituições de


ensino do território nacional e promover a ampla mobilização da juventude
estudantil angolana, como suporte ao desenvolvimento da actividade física e
desportiva em geral e, ao desporto de rendimento em particular.

2. Contribuir para o combate ao insucesso e abandono escolar e promover a


inclusão social, a aquisição de hábitos de vida saudável e a formação integral dos
jovens, através da prática de actividades físicas e desportivas.

3. Desenvolver de forma consistente os valores cívicos e de cidadania.

4 Conceito de Desporto Escolar

Denomina-se Desporto Escolar (DE) toda a actividade desportiva que de uma forma
organizada e sequencial se realiza fora do programa de Educação Física.

O Desporto Escolar promove os valores humanísticos, educacionais, e éticos.


Desempenha um papel fundamental no acesso dos jovens ao desporto e a
aprendizagem para a vida em sociedade. Promove na manutenção da saúde e a
preservação da integridade dos alunos. É um instrumento para promover a igualdade
de oportunidades entre os alunos.

O Desporto Escolar é um fenómeno dinâmico que incentiva e promove a coesão das


instituições de ensino. Tem funções educacionais, de saúde social e de preparação
para competição. Decorre durante todo o percurso escolar do aluno e envolve a
comunidade escolar e os encarregados de educação.

O instrumento chave para a promoção do desporto escolar é a criação de clubes


escolares congregados na Federação Angolana do Desporto Escolar.

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
B - ORGANIZAÇÃO DO DESPORTO ESCOLAR

Devido ao seu carácter específico, em função do meio onde ele se desenvolve, o


desporto escolar organizar-se-á em função do seu quadro competitivo e modelo de
financiamento conforme o quadro seguinte:

Responsabilidade de Apoio financiamento


Provas Local
organização principal
Fase Concentração
Ministério da
Nacional numa Província Federação Angolana de
Juventude e
Numa Província Desporto Escolar
Fase Zonal Desportos
da Zona
Fase Direcção Provincial da
Nas Províncias
Provincial Educação
Nos Municípios Direcção Municipal da Ministério da
Fase Local Educação
Nos Distritos Educação
Fase Escola Nas Escolas Escola

C - FEDERAÇÃO ANGOLANA DO DESPORTO ESCOLAR (FADE)

1 Objectivo

A Federação Angolana do Desporto Escolar é um organismo que tem por objectivo


organizar e desenvolver a prática do desporto escolar, como contributo fundamental
à formação integral dos jovens e ao desenvolvimento do desporto nacional.

A Federação Angolana do Desporto Escolar tem ainda como objectivo criar


programas desportivos facultativos, através de Clubes de Desporto Escolar (CDE)
que se inserem como complemento a disciplina de Educação Física, proporcionando
aos alunos oportunidades de praticar desporto de forma orientada, regular e segura.

2 Âmbito e fim

A FADE é a entidade máxima do desporto escolar, a nível nacional, e tem por fim
prosseguir, entre outros, os seguintes objectivos:

a) Dirigir, promover, incentivar e regulamentar o desporto escolar em articulação


com os órgãos do Estado responsáveis pela tutela do desporto e educação.

b) Criar programas desportivos facultativos, através dos Clubes de Desporto


Escolar, que se inserem como complemento a disciplina de Educação Física,

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
proporcionando aos alunos oportunidades de praticar desporto de forma
orientada, regular e segura.

c) Estimular a constituição e apoiar o funcionamento de associações provinciais e


municipais de desporto escolar, definindo os princípios fundamentais da sua
actuação nas respectivas áreas de jurisdição;

d) Estabelecer e manter boas relações de cooperação com todas as associações e


federações nacionais e internacionais de desporto escolar tendo em vista a
participação em eventos e actividades internacional;

e) Representar perante a Administração Pública e perante as organizações


desportivas internacionais os interesses dos seus associados;

f) Cooperar com as demais entidades representativas do desporto nacional.

3 Competências da FADE

À Federação Angolana do Desporto Escolar cabe organizar a competição dos clubes


desportivos escolares e, no âmbito da organização escolar, deve ainda assegurar um
sistema de informação que assegure o registo dos clubes escolares, dos seus alunos,
dos professores, dos seus dirigentes, das modalidades, das competições, das infra-
estruturas desportivas e dos recursos financeiros.

Resumidamente competirá à FADE, em colaboração com o Ministério da Educação,


Ministério da Juventude e Desportos e demais parceiros (Federações Desportivas,
Comité Olímpico, Associação de Pais, etc.):

• Elaborar o Plano de Desenvolvimento do desporto escolar nacional;

• Elaborar o regulamento geral de provas;

• Elaborar o regulamento específico das modalidades;

• Elaborar quadros competitivos;

• Elaborar o calendário das provas;

• Organizar as competições zonais e nacionais;

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
• Monitorar o desenvolvimento do desporto escolar em função das metas
estabelecidas na estratégia nacional de desenvolvimento do desporto.

4 Financiamento do Desporto Escolar

Devido à especificidade do desporto escolar, o seu financiamento obedecerá a


seguinte dualidade:

Instituição Financiamento
Clubes Escolares
Competições até ao nível provincial
Treinadores
Ministério da Educação Juízes, árbitros, oficiais de mesa para as
Competições até ao nível provincial.
Equipamento
Instalações desportivas
Fases zonais e nacionais das
Federação Angolana do Desporto Competições
Escolar Juízes, árbitros, oficiais de mesa para as
Competições zonais e nacionais.

5 Organização da FADE

A estrutura da Federação Angolana do Desporto Escolar é a seguinte:

Presidente

Vice-Presidente Vice-Presidente

Director Provincial Director Provincial


da Educação da Educação x 18
(Coordenador) (Coordenador)

A Federação Angolana do Desporto Escolar é constituída por uma estrutura


administrativa central e provincial.

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
A estrutura central é constituída por um Presidente e dois Vice-presidentes
assessorados por serviços próprios e pelos 18 Directores Provinciais de Educação.

O Presidente e um Vice-presidente são eleitos pelos Clubes de Desporto escolar,


devendo estes dois elementos constar de uma lista de candidatos pertencentes ao
sistema educativo.

O outro Vice-presidente será um elemento cooptado, indicado por votação dos


Clubes de Desporto escolar.

O presidente tem como função dirigir a Federação Angolana do Desporto Escolar.

O Vice-presidente indicado pelos ministérios tem por responsabilidade a Área


Administrativa e Financeira

O Vice-presidente cooptado pelos clubes tem por responsabilidade a Área de


Eventos, Comunicação e Marketing.

Os Directores Provinciais da Educação têm as funções de coordenar a estrutura


provincial do desporto escolar, dinamizar e organizar os quadros competitivos
provinciais. Nas suas funções os directores provinciais são assistidos por dois
técnicos. Um dos técnicos deverá ser o Chefe de Departamento do Desporto da
Direcção Provincial da Juventude e Desportos.

A estrutura nacional deverá ser organizada de modo a dar apoio ao Presidente e os


Vice-presidentes e deverá incluir um representante da comissão nacional de pais.

6 Estrutura

A Federação Angolana de Desporto Escolar é composta pelos seguintes Órgãos


Sociais:

a) Mesa da Assembleia
b) Direcção
c) Conselho Fiscal
d) Conselho de Justiça
e) Conselho de Disciplina
f) Conselho de Arbitragem.

7 Assembleia Geral

A Assembleia Geral é o órgão máximo deliberativo da FADE, sendo constituída por


(20%) Delegados, distribuídos pelos associados ordinários e agregados no pleno
gozo dos seus direitos, podendo igualmente contar com a presença de membros dos

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
corpos gerentes da FADE, associados honorários, de mérito e Presidentes
Honorários.

Os delegados à Assembleia Geral da FADE são eleitos ou designados nos termos


estabelecidos pelo Regulamento Eleitoral, o qual igualmente estabelece a duração
dos seus mandatos e o procedimento para os substituir em caso de vacatura ou
impedimento.

Apenas os associados ordinários e agregados têm direito a voto.

Nenhum delegado pode representar mais do que uma entidade.

Cada delegado tem direito a um voto.

Farão igualmente parte dos Delegados:

• Os chefes de repartição da acção social provincial do MED;

• O chefe do desporto federado das Direcções provinciais da juventude e


desportos.

Serão convidados: Pais, professores, Clubes Escolares.

8 Competências da Assembleia Geral

À Assembleia Geral compete deliberar sobre as matérias não compreendidas nas


atribuições dos outros órgãos e, em especial:

a) Aprovar os Estatutos e respectivas alterações;


b) Eleger e destituir, em votação secreta, os membros dos órgãos sociais, bem
como conferir-lhes a respectiva posse;
c) Deliberar sobre a adesão da FADE a outros organismos nacionais e
estrangeiros;
d) Apreciar e votar o Orçamento, os Planos de Actividade e Relatório de
Actividades, o Balanço e os documentos de prestação de Contas;
e) Autorizar a FADE a processar judicialmente os membros dos órgãos sociais
por actos praticados no exercício das suas funções;
f) Deliberar sobre a admissão de associados sob proposta da Direcção;
g) Deliberar sobre os limites de jurisdição e atribuições das associações
provinciais e municipais;
h) Ratificar sanções administrativas, nos termos das disposições legais e
regulamentares;
i) Deliberar sobre a aquisição onerosa e alineação de bens imóveis;

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
j) Deliberar sobre a dissolução da FADE;
k) Apreciar, quando solicitado por requerimento subscrito por um mínimo de
20% dos delegados da Assembleia Geral, os Regulamentos federativos.

Para além do disposto nos presentes Estatutos, o regime disciplinar será


estabelecido em regulamento próprio.

9 Eleições

Os Órgãos Sociais da FADE são eleitos em Assembleia Geral convocada para o efeito.

A Mesa da Assembleia Geral, o Conselho Fiscal, o Conselho de Justiça, o Conselho


de Disciplina e o Conselho de Arbitragem, são eleitos em listas próprias.

Os órgãos colegiais mencionados no número anterior devem possuir um número


ímpar de membros.

A eleição dos órgãos sociais da Federação Angolana do Desporto Escolar deve ter
um efeito educativo, no âmbito da educação para cidadania.

A participação dos alunos nos actos eleitorais do desporto escolar deve prepará-los
para o acto de votar em eleições quando atingirem a vida adulta.

10 Elegibilidade

1. São condições de elegibilidade para os Órgãos Sociais:

a) Ser maior de 18 anos não afectado por qualquer incapacidade de exercício;

b) Estar em pleno gozo dos seus direitos civis;

c) Não ter sido punido por infracções de natureza criminal, ou disciplinar em


matéria de violência, corrupção, dopagem, racismo ou xenofobia associadas
ao desporto, até cinco anos após o cumprimento da pena;

d) Não ter sido punido por crimes praticados no exercício de cargos dirigentes
em associações despotivas, bem como crimes contra o património destas, até
cinco anos após o cumprimento da pena, salvo sanção diversa lhe tiver sido
aplicada por decisão judicial;

e) Ser angolano.

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
2. Devido a especificidade do Desporto Escolar, constituem também condições de
elegibilidade:

a) Ser professor;

b) Ter participado em edições dos jogos escolares como dirigente ou treinador;

c) Possuir vivência desportiva;

d) Possuir formação em gestão desportiva.

11 Mandato

O mandato dos corpos gerentes é de quatro anos, conforme estipulado na Lei das
Associações Desportivas.

12 Perfil dos Membros de Direcção

A especificidade da Federação Angolana do Desporto Escolar, requer um perfil


específico para os seus membros de direcção.

Assim os membros da Direcção da FADE deverão ter o seguinte perfil:

Membro Perfil

Devem ser convidadas pessoas com


Assembleia Geral vivência organizativa e prática do
desporto escolar.
Presidente indicado por concertação
Vice-Presidente indicado por
Membros de Direcção concertação
Vice-Presidente indicado pela Comissão
Nacional de pais.
Pessoa com vivência desportiva e
formação em gestão desportiva.
Secretário-Geral Deverá possuir experiência de pelo
menos um mandato na gestão
desportiva.
Pessoas com vivência desportiva e
Vogal formação em gestão desportiva.
Pessoas com vivência desportiva e
Conselho Fiscal formação nas áreas de especialidade.
Pessoas com vivência desportiva e
Conselho de Disciplina formação nas áreas de especialidade.

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
13 Gestão e organização da informação

A Federação Angolana do Desporto Escolar deverá organizar e gerir a informação


dos alunos de acordo com a base de dados do sistema desportivo nacional.

D - CLUBE DE DESPORTO ESCOLAR

1 Conceito

Denomina-se Clube de Desporto escolar (CDE) todos os clubes pertencentes à rede


escolar, que organizem actividades desportivas complementares à disciplina de
educação física e que estejam inscritos na Federação Angolana do Desporto Escolar.

O Clube de Desporto escolar (CDE) é uma estrutura interna das escolas com
autonomia administrativa.

A constituição de Clubes Escolares está sujeita a algumas exigências prévias das


quais importa salientar as seguintes:

• O compromisso e participação quer da Direcção da Escola, quer dos


Professores de Educação Física nos Órgãos de Gestão do Clube.

• A verificação da existência de Infra-estruturas próprias ou cedidas para a


prática do das modalidades.

Acrescem-se ainda alguns princípios de funcionamento visando garantir a


democraticidade e o direito de todos os alunos poderem praticar, sem discriminação,
actividades desportivas.

Admite-se, tendo em conta referências internacionais do desporto juvenil, que é


possível garantir que 35% da população escolar venha a participar voluntariamente
em Clubes Escolares. Um dos aspectos determinantes para o desenvolvimento da
prática desportiva é a redução do abandono escolar a partir do 1º Ciclo do Ensino
Secundário e o alargamento do ensino obrigatório para os 13 anos de escolaridade

2 Objectivo

O Clube de Desporto escolar tem por objectivo organizar e dinamizar os programas


desportivos definidos pela Federação Angolana do Desporto Escolar.

3 Estrutura

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
O Clube de Desporto escolar tem a seguinte estrutura:

Presidente (Director da
Escola)

Representante dos Representante da


Alunos Associação dos Pais

Coordenador do Clube
Escolar
Administrativo
Professor de Educação
física)

Responsável de Responsável de Responsável de


Modalidade… Modalidade… Modalidade…

O Clube de Desporto escolar tem uma direcção constituída por um Presidente, que
deve ser o Director da Escola, e por dois adjuntos, sendo que um deles deve ser
professor de educação física, e outro, um aluno, bem como o representante da
associação dos pais.

Competências do Presidente do Clube de Desporto escolar:

a) Apoiar os Professores de Educação Física que pretendam fazer formação


específica da modalidade que desenvolve.

b) Informar as escolas das acções a desenvolver pela Federação Angolana do


Desporto Escolar.

c) Solicitar a certificação a Federação Angolana do Desporto Escolar das acções de


formação dinamizadas por esta instituição.

d) Providenciar equipamento e material específico para as modalidades praticadas


no CDE.

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
C - REGULAMENTO GERAL DE PROVAS

REGULAMENTO GERAL DE PROVAS DA FEDERAÇÃO ANGOLANA DO


DESPORTO ESCOLAR

INTRODUÇÃO

O Regulamento Geral de Provas aplica-se a todas as competições realizadas no


âmbito do Programa da Federação Angolana do Desporto Escolar.

O presente Regulamento obedece às orientações expressas no Programa da


Federação Angolana do Desporto Escolar, sendo complementado pelos
Regulamentos Específicos e Técnico-Pedagógicos de cada uma das modalidades
desportivas, bem como, pelo Regulamento de cada competição.

CAPÍTULO I

QUALIFICAÇÃO DOS PRATICANTES DESPORTIVOS ESCOLARES

Artigo 1º

É considerado praticante do Desporto Escolar todo o aluno que frequenta um


Estabelecimento de Educação e Ensino em particular nos 1º e 2º Ciclos do Ensino
Secundário, que esteja devidamente inscrito, de acordo com o programa vigente.

Os alunos podem ser inscritos nas equipas ao longo de todo o ano lectivo.

Os alunos que frequentem um estabelecimento de ensino no qual não exista equipa,


no seu escalão/género, para a prática de uma modalidade desportiva específica,
poderão inscrever-se e participar nas actividades do Desporto escolar de um outro
estabelecimento onde a modalidade seja praticada. A inscrição estará sempre
condicionada a autorização escrita do encarregado de educação e do Director da
Escola de Origem.

Artigo 2º

Ao praticante do Desporto escolar só é permitido participar em jogos ou provas no


escalão etário correspondente à sua idade ou no imediatamente superior. Neste
último caso, deve manter-se até ao fim do ano lectivo nesse escalão. Exceptuam-se
o Atletismo e os Desportos Gímnicos, nos quais se aplicam os respectivos
Regulamentos Específicos.

Artigo 3º

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
Considera-se fraude a participação, individual ou colectiva, nos jogos ou provas, com
alunos irregularmente inscritos, ficando os professores responsáveis sujeitos a
procedimento disciplinar.

Artigo 4º

A aplicação da sanção, expressa no Artigo 3º deste Regulamento, será da


responsabilidade da entidade organizadora da respectiva competição

CAPÍTULO II

IDENTIFICAÇÃO DOS PRATICANTES DO JOGO / PROVA /COMPETIÇÃO

Artigo 5º

1. A identificação do praticante do Desporto escolar, junto da equipa de arbitragem,


antes do início de cada competição, faz-se, obrigatoriamente, através do Bilhete
de Identidade e cartão da escola, sem o qual não pode participar. Poderão ainda
ser aceites fotocópia do bilhete de identidade com fotografia legível, autenticada
pela direcção da escola. Esta situação aplica-se, igualmente, a todos os outros
participantes da Equipa (professor responsável e dirigentes da Escola).

2. Nos desportos colectivos são aplicáveis as regras e regulamentos das respectivas


modalidades.

3. Para além dos alunos inscritos no Boletim de Jogo ou Prova, o professor


responsável pela equipa pode agregar a si um aluno para desempenhar as
funções de delegado/dirigente, devidamente identificado, não podendo, em caso
algum, substituir o professor nas suas funções.

Artigo 6º

O professor responsável ou o dirigente da equipa tem que apresentar ao


árbitro/oficiais de mesa uma lista de participantes no jogo/prova, conjuntamente
com os elementos de identificação referidos no Artigo 5º 1).

Artigo 7º

Em caso de impossibilidade, justificada por escrito pela Direcção do Estabelecimento


de Educação e Ensino, pode o professor responsável pela equipa ser substituído pelo
respectivo Director do Clube do Desporto escolar ou, em último recurso, por outro
professor da escola, o qual deve apresentar-se devidamente credenciado.

CAPÍTULO III

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
ORGANIZAÇÃO DE PROVAS

Artigo 8º

A organização de cada uma das Fases dos Campeonatos Escolares é da


responsabilidade das entidades abaixo indicadas:

1. FASE ESCOLAR

É da responsabilidade lida Direcção da Escola a realização dos jogos intra-turmas e


inter-turmas com objectivo de serem seleccionados os melhores alunos para disputar
a fase seguinte.

a) Intra-turmas - Fase de competição disputada entre os alunos da mesma turma.

b) Inter - turmas - Fase de competição disputada entre os alunos de diferentes


turmas aonde a responsabilidade recai ao Professor de Educação Física e a Escola,
com o principal objectivo de apurar os melhores para a outra fase.

2. FASE MUNICIPAL

É da responsabilidade da Repartição Municipal de Educação, em parceria com os


estabelecimentos de ensino, a realização das competições, nesta fase nas
modalidades inscritas nos regulamentos das provas escolares e que deverão apurar-
se a fase Provincial os classificados das modalidades desportivas em competição.

c) Inter-Escolas (Jogos Escolares Distritais e Municipais) - Fase de competição


disputada entre Clubes Escolares de diferentes Escolas confinados no mesmo Distrito
ou Município, com o principal objectivo de apurar os vencedores para passarem à
Fase seguinte.

3. FASE PROVINCIAL

Compete aos Governos Provinciais e da Direcção Provincial de Educação, a


organização dos jogos nesta fase nas modalidades inscritas no regulamento das
escolares.

d)Jogos Provinciais Escolares - Fase de competição em que participam os


vencedores Clubes Escolares de cada município por modalidade, onde é apurado o
clube escolar vencedor e passará a fase seguinte.

4. REALIZAÇÃO DOS ZONAIS ESCOLARES

Os Jogos Zonais Escolares realizam-se por zonas conforme mapa abaixo. Deverão
participar todas as províncias de cada zona.

COMPOSIÇÃO DAS ZONAS POR PROVÍNCIAS

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
1

2
3

5
4 6 8
7

10
9

13
12 14
11

16

15
18
17

Zona Norte – Cabinda (1), Zaire (2), Uíge (3), Luanda (4) e Bengo (5).

Zona Centro – Kwanza Norte (6), Kwanza Sul (9), Benguela (11), Huambo (12) e Bié (13)

Zona Leste – Malange (7), Lunda Norte (8), Lunda Sul (10) e Moxico (14)

Zona Sul – Namibe (15), Huíla (16), Cunene (17) e Cuando Cubango (18).

De forma rotativa, obedecendo a ordem alfabética, uma Província será anfitriã para
albergar os Jogos, comprometendo-se a atender todas as exigências contidas no
compromisso assinado com a Federação Angolana de Desporto Escolar, e o
Ministério da Educação.

e) Jogos Zonais Escolares - Fase de competição em que participam os melhores


Clubes Escolares por modalidade de cada Província, representada pela sua zona, em
que o principal objectivo é o apuramento para a fase seguinte.

Compete a Federação Angolana do Desporto Escolar a organização dos Jogos zonais


Escolares.

5. REALIZAÇÃO DOS JOGOS NACIONAIS ESCOLARES

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
Os jogos nacionais escolares são organizados pela Federação Angolana de Desporto
Escolar, em parceria com o Ministério da Educação e o Governo da Província anfitriã.
A fase nacional é de periodicidade bianual, sendo coincidente com o ano de
realização dos jogos da CPLP.

Participam nas provas todos as equipas apuradas na fase zonal.

f) Jogos Nacionais Escolares - Fase de competição em que são representadas


pelos Clubes Escolares de cada Zona nas diferentes modalidades vencedoras por
zonas, em que o principal objectivo é encontrar o campeão nacional da modalidade
em competição.

6. PROVAS INTERNACIONAIS

Compete à Federação Angolana do Desporto Escolar Fase a organização da


participação em competições internacionais.

Provas
Internacionais
Jogos Nacionais
escolares

Jogos Zonais Escolares

Jogos Provinciais Escolares

Jogos Municipais Escolares

Jogos Distritais

Jogos Inter-turmas
Jogos Intra-turmas
Pirâmide das Fases de Competição dos Jogos Escolares

Artigo 9º

Os locais, as datas, as horas dos jogos/provas e outras informações consideradas


relevantes, referentes a cada uma das Fases acima indicadas, assim como a
estrutura dos Campeonatos Escolares, são definidos e comunicados às Escolas pelas
entidades a quem compete a sua organização.

Artigo 10º

1. Sempre que um Clube de Desporto escolar de um Estabelecimento de Educação


e Ensino, numa determinada modalidade desportiva, escalão etário/sexo, seja
autorizado a participar com duas ou mais equipas na mesma competição, estas

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
adquirem a designação de Equipa A, Equipa B, e assim sucessivamente. A
constituição destas equipas deve ser antecipadamente comunicada à entidade
organizadora da respectiva competição.

2. Se nessa competição as equipas forem distribuídas por séries, as do mesmo


Estabelecimento de Educação e Ensino devem ser incluídas em série diferentes.

Artigo 11º

1. Quando o quadro competitivo for disputado com as equipas agrupadas em séries,


o número de cada uma das equipas será atribuído por sorteio, sendo o calendário
de jogos, o seguinte:

Concentração numa
Fase Nacional 1 Equipas por Zona
Província
Fase Zonal 1 Equipa por Província Numa Província da Zona

Fase Provincial 1 Equipa p/ Município Nas Províncias

1 Equipa p/ Escola Nos Municípios


Fase Local
1 Equipa p/ Escola Nos Distritos

Fase Escola n Equipas Nas Escolas

2. Nas competições disputadas no sistema de jornadas concentradas, a ordem dos


jogos (ou emparceiramento) pode ser alterada, por necessidade da organização.

Artigo 12º

1. Nos desportos colectivos e nas provas com classificação colectiva dos desportos
individuais, serão eliminadas da prova ou do campeonato as equipas que se
apresentem numa das seguintes situações:

• Com Falta de Comparência a duas jornadas simples ou a duas jornadas


concentradas (salvaguardam-se as excepções previstas no regulamento da
prova);

• Com manifesto comportamento antidesportivo e/ou deficiente conduta


disciplinar, comprovado pelo respectivo inquérito.

2. Quaisquer das ocorrências indicadas no ponto anterior serão analisadas pelos


Órgãos de Gestão dos Estabelecimentos de Educação e pela Federação Angolana do
Desporto Escolar.

Artigo 13º

21
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
1. Os resultados obtidos por uma equipa que desista de uma prova ou campeonato,
serão anulados e não contam para a classificação final.

Artigo 14º

1. Qualquer alteração do local, da data ou da hora de realização de uma actividade,


deverá obedecer às seguintes regras:

a) Acordo entre os intervenientes – Informação escrita à entidade competente, a


enviar à Associação do Desporto escolar, até 4 (quatro) dias úteis antes da data
prevista para a realização do jogo ou prova, conjuntamente com a declaração de
acordo das Direcções dos estabelecimentos de ensino dos Grupos/equipa
intervenientes, onde deve ser indicado o local, a data e a hora alternativas para
a realização da actividade. A marcação definitiva é da responsabilidade da
entidade organizadora;

b) Sem acordo entre os intervenientes – Solicitação escrita, por parte do


interessado, à entidade responsável pela organização com, pelo menos, 7 (sete)
dias úteis de antecedência, indicando propostas de local, data e hora alternativas
para a sua realização. A marcação definitiva é da responsabilidade da entidade
organizadora.

2. Não são permitidas alterações à última jornada.

3. Nenhum jogo adiado, em jornadas anteriores à última, deve ser disputado após
esta.

4. Nas competições disputadas em poule a duas voltas, os jogos adiados da 1ª volta


devem ser realizados antes do início da 2ª volta.

Artigo 15º

1. Se, por razão de força maior, uma actividade não se puder realizar, as equipas
intervenientes devem comunicar o facto, de imediato, à entidade responsável pela
organização, propondo, desde logo, uma data alternativa para a sua realização;

2. O não cumprimento da formalidade referida no ponto anterior implica o


averbamento de Falta de Comparência às equipas envolvidas.

Artigo 16º

Quando um jogo ou prova não durar o tempo regulamentar, por causas estranhas
às equipas em competição, aplicar-se-á o estipulado no Artigo 14º. A actividade

22
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
prosseguirá no dia, hora e locais acordados, sendo as equipas constituídas pelos
mesmos participantes inscritos no jogo interrompido e disputando-se:

- o tempo em falta (e.g. Andebol, Futebol, Basquetebol, Voleibol – infantis, iniciados


fase Local, etc.), desde que o jogo/prova seja realizado por tempo;

- a partir do resultado verificado no momento da interrupção (e.g. Voleibol, etc.),


desde que o jogo/prova não seja realizado por tempo.

CAPÍTULO IV

EQUIPAMENTO

Artigo 17º

1. Em todas as Provas e Campeonatos do Desporto escolar, os praticantes


representantes do mesmo Estabelecimento de Educação e Ensino devem possuir
equipamento igual e, sempre que possível, com o nome ou emblema da Escola.

2. A numeração no equipamento, deverá estar de acordo com as Leis e Regras da


respectiva modalidade desportiva.

Artigo 18º

Só serão permitidas referências publicitárias nos equipamentos desde que se


integrem no espírito do Desporto escolar.

Artigo 19º

1. Nas modalidades colectivas, o Estabelecimento de Educação que participe numa


competição na qualidade de visitado, deverá, obrigatoriamente, diligenciar no
sentido da respectiva equipa utilizar camisolas de cor diferentes da equipa visitante.

2. Quando o encontro ocorrer em campo neutro, mudará de equipamento a equipa


cujo Estabelecimento de Educação seja considerado, no sorteio, como visitado.

2.1. Nas Fases Provinciais Regional e Nacional, as entidades organizadoras, durante


a reunião técnica, deverão providenciar a elaboração de um plano de utilização de
equipamentos das várias equipas, de modo a evitar que exista semelhança na cor
dos equipamentos.

Artigo 20º

A entidade organizadora impedirá a participação em qualquer competição ao


praticante ou grupo de praticantes que desrespeite o disposto nos artigos anteriores
do presente capítulo.

23
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
CAPÍTULO V

LOCAIS DE COMPETIÇÃO - MATERIAL

Artigo 21º

A entidade, a quem cabe a organização de uma actividade, é responsável pelo


terreno onde se realiza o jogo ou prova, bem como pelo material necessário para a
sua efectivação, respeitando as regras e regulamentos específicos de cada
modalidade desportiva.

Artigo 22º

Nos desportos colectivos, cada equipa deve apresentar uma bola em condições
regulamentares, cabendo ao árbitro a escolha da bola com que se iniciará o jogo.
No caso de nenhuma equipa apresentar uma bola em condições regulamentares, e
na impossibilidade de se encontrar uma alternativa, será atribuída Falta de
Comparência a ambas as equipas.

Nos desportos individuais as equipas/participantes deverão apresentar-se com o


material individual necessário para a competição/actividade. A não apresentação do
material, ou em más condições, implica a não participação no jogo ou prova.

Artigo 23º

O árbitro pode declarar o campo impraticável, após consulta e concordância dos


professores responsáveis pelas equipas intervenientes. Caso tal se verifique, deverá
esse facto ser mencionado no Boletim de Jogo ou Prova. Neste caso, deverão as
equipas participantes, por mútuo acordo, mencionar no Boletim de Jogo/Prova a
marcação de uma data alternativa, respeitando o disposto nos artigos 14º e 15º.

CAPÍTULO VI

ARBITRAGEM

Artigo 24º

Em todas as provas ou jogos, os árbitros e o secretariado têm as seguintes funções:

a. Fazer cumprir as regras do jogo/prova e regulamentos específicos da modalidade;

b. Identificar os praticantes desportivos escolares e os professores responsáveis;

c. Preencher os Boletins de Jogo ou de Prova.

24
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
Artigo 25º

1. Em todos os jogos/provas da Fase Escola, Local, Provincial, Zonal e Nacional é


obrigatório que cada equipa inscreva 1 (um) aluno árbitro, com formação para
exercerem as funções de arbitragem, cronometragem e secretariado. Exceptuam-se
as modalidades cujo Regulamento Específico contemple outro número de árbitros
ou outras formas de arbitragem.

a) A formação destes alunos deverá respeitar o estipulado pelo “Regulamento de


Formação de Alunos Árbitros” em vigor.

b) Nas Fases Zonal e Nacional, deverá ser dada preferência aos alunos com maior
nível de formação, salvaguardando que os alunos árbitros não arbitrem o jogo
da própria equipa, podendo, no entanto realizar as tarefas de oficiais de mesa.

2. Para além dos alunos árbitros de cada Clube Escolar, a entidade organizadora é
responsável por assegurar a presença de alunos árbitros, com formação para
exercerem as funções de arbitragem, cronometragem e secretariado, em número
suficiente de forma a garantir a realização dos jogos/provas e de acordo com o
seguinte:

a) Nos jogos/provas das fases escola e local, a escola organizadora terá de garantir
a constituição da equipa de oficiais de mesa.

b) Nos jogos/provas da Fase Provincial cada Delegado provincial deverá assegurar


o número de árbitros a definir pela comissão organizadora respeitando o
estipulado nas alíneas a) e b) do ponto anterior.

c) Nos jogos/provas da Fases Zonal e Nacional, os serviços centrais da Federação


Angolana do Desporto Escolar devem assegurar o número de árbitros a definir
pela comissão organizadora respeitando o estipulado nas alíneas a) e b) do ponto
anterior.

3. Nas Fases Escola e Local se nenhuma das equipas apresentar o seu elemento de
arbitragem na competição, e não houver mais nenhuma equipa presente, nem
árbitro a quem a organização possa recorrer, cabe aos professores responsáveis
pelas duas equipas encontrar uma solução, quer através da arbitragem efectuada
por um aluno, quer pelos próprios professores responsáveis pelos Clubes Escolares
intervenientes, respeitando sempre o disposto nos Regulamentos Específicos da
Prova e Regras da Modalidade. Em último caso, caberá à Escola visitada encontrar
uma solução para o problema causado pela falta de árbitro, garantindo assim a
realização do Jogo/Prova.

4. Quando, apesar do disposto no presente artigo, se realizar o Jogo/Prova, será


marcada Falta Administrativa a ambas as equipas.

25
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
5. Quando, apesar do disposto no presente artigo, o Jogo/Prova não se realize, será
averbada Falta de Comparência a cada uma das equipas participantes.

Artigo 26º

Nas Fases Provincial, Zonal e Nacional, a nomeação das equipas de arbitragem é


feita durante as reuniões técnicas e respeitando o estipulado na alínea b) do ponto
1 do artigo 25º.
Artigo 27º

Nas Fases Provincial, Zonal e Nacional o incumprimento do disposto no ponto 1 do


Artigo 25º implica a marcação de Falta de Administrativa à equipa, ou equipas, que
se apresentem sem o respectivo aluno árbitro.

Neste caso a organização da prova deverá precaver-se no sentido de assegurar a


realização dos jogos, sendo que, a equipa, ou equipas, que incorram no
incumprimento do disposto no ponto 1 do Artigo 26º, deverão efectuar o jogo, ou
jogos, sendo-lhes averbada (s) Falta (s) Administrativa (s).

Luanda, 18 de Junho de 2015

______________________________

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
D - ORÇAMENTO PREVISIONAL - Primeiro Ano

PROJECTO / ACTIVIDADE: FEDERAÇÃO ANGOLANA DO DESPORTO ESCOLAR - Organização dos Clubes e


Campeonatos
JUSTIFICAÇÃO TÉCNICA
CÓD./NAT C.Médio
DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO Qtd Custo Total (AKz)
UREZA (Akz)
x.x.x.x.x Clubes Escolar e Competições
1,949,436,800.00
Escolares Locais
Alunos ( 10% alunos em Clubes 619841 x 10 %
61,984 22,700 1,407,036,800.00
Escolares) =61984 alunos
[ 2 Lanches (3 USD) / semana x 9 meses + Logística (11
USD)]
Logística para participação em
Competições Locais
Professores Responsáveis (1 Prof para 61984 alunos /45
1,377 200,000 275,400,000.00
45 alunos) =1377 Profs
[ Bolsa Actividade Desportiva = 20%
Salário x 10 meses]
Funcionamento Administrativo 534 escolas 1º
534 500,000 267,000,000.00
Ciclo
[ Apoio = 5000 USD / ano ]

x.x.x.x.x Competições Escolares - Fase


2,462,936,000.00
Provincial
(Modalidades Colectivas -10 semanas ; Atletismo -3
semanas)
Andebol 13 Pessoas (Equipa) X 161 Munic X 2 (M/F)
83,720 7,000
x 10 Semanas x 2 Dias 586,040,000.00

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PROJECTO / ACTIVIDADE: FEDERAÇÃO ANGOLANA DO DESPORTO ESCOLAR - Organização dos Clubes e
Campeonatos
JUSTIFICAÇÃO TÉCNICA
CÓD./NAT C.Médio
DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO Qtd Custo Total (AKz)
UREZA (Akz)
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Basquetebol 11 Pessoas (Equipa) X 161 Munic X 2 (M/F)
70,840 7,000
x 10 Semanas x 2 Dias 495,880,000.00
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Futebol de 7 13 Pessoas (Equipa) X 161 Munic X 2 (M/F)
83,720 7,000
x 10 Semanas x 2 Dias 586,040,000.00
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Voleibol 12 Pessoas (Equipa) X 161 Munic X 2 (M/F)
77,280 7,000
x 10 Semanas x 2 Dias 540,960,000.00
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Atletismo 24 Apurados X 18 Províncias X 2 (M/F) x 7
36,288 7,000
Disciplinas x 3 Semanas x 2 Dias 254,016,000.00
[ Apoio Diária = 70 USD ]

x.x.x.x.x Competições Escolares - Fase Zonal [País dividido em 352,800,000.00


5 Zonas - participam 30 equipas]
(Modalidades Colectivas -10 semanas ; Atletismo -2
semanas)
Andebol 13 Pessoas (Equipa) X 30
12,480 7,000 87,360,000.00
Equipas X 2 (M/F) x 8 Semanas x 2 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Basquetebol 11 Pessoas (Equipa) X 30
10,560 7,000 73,920,000.00
Equipas X 2 (M/F) x 8 Semanas x 2 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
PROJECTO / ACTIVIDADE: FEDERAÇÃO ANGOLANA DO DESPORTO ESCOLAR - Organização dos Clubes e
Campeonatos
JUSTIFICAÇÃO TÉCNICA
CÓD./NAT C.Médio
DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO Qtd Custo Total (AKz)
UREZA (Akz)
Futebol de 7 13 Pessoas (Equipa) X 30
12,480 7,000 87,360,000.00
Equipas X 2 (M/F) x 8 Semanas x 2 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Voleibol 12 Pessoas (Equipa) X 30
11,520 7,000 80,640,000.00
Equipas X 2 (M/F) x 8 Semanas x 2 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Atletismo 12 Apurados X 5 Zonas X 2
3,360 7,000 23,520,000.00
(M/F) x 7 Disciplinas x 2 Semanas x 2 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]

x.x.x.x.x Competições Escolares - Fase 62,720,000.00


Final
(Modalidades Colectivas -8 dias ;
Atletismo -8 dias )
Andebol 13 Pessoas
1,664 7,000 11,648,000.00
(Equipa) X 8 Equipas X 2 (M/F) x 8 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Basquetebol 11 Pessoas
1,408 7,000 9,856,000.00
(Equipa) X 8 Equipas X 2 (M/F) x 8 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Futebol de 7 13 Pessoas
1,664 7,000 11,648,000.00
(Equipa) X 8 Equipas X 2 (M/F) x 8 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
PROJECTO / ACTIVIDADE: FEDERAÇÃO ANGOLANA DO DESPORTO ESCOLAR - Organização dos Clubes e
Campeonatos
JUSTIFICAÇÃO TÉCNICA
CÓD./NAT C.Médio
DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO Qtd Custo Total (AKz)
UREZA (Akz)
Voleibol 12 Pessoas
1,536 7,000 10,752,000.00
(Equipa) X 8 Equipas X 2 (M/F) x 8 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]
Atletismo 24 Apurados X 2
2,688 7,000 18,816,000.00
(M/F) x 7 Disciplinas x 8 Dias
[ Apoio Diária = 70 USD ]

x.x.x.x.x Despesas Administrativas (10% 482,789,300.00


do Orçamento Corrente)

Orçamento Total - Campeonato 5,310,682,100.00


Escolar

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PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR
E - ESQUEMA DO ANTEPROJECTO PILOTO

Com base no roteiro para a elaboração de programas de desenvolvimento desportivo


propõem-se que seja elaborado um projecto-piloto no âmbito do desenvolvimento
do desporto escolar nas seguintes vertentes:

Destinatários:

• Alunos do 1º e 2º ciclo do secundário.


• Ambos os géneros nos escalões de Infantis, iniciados, juvenis e juniores.

Objectivos:

• Aumentar a participação desportiva;


• Criar hábitos de vida saudáveis;
• Desenvolver as modalidades;
• Dar a conhecer as modalidades juntos da comunidade;
• Aumentar o número de praticantes.

Implementação:

Numa Província a selecionar.

Desenvolvimento de duas modalidades:

• Uma colectiva (basquetebol); e


• Uma individual (atletismo).

Recursos Humanos:

• Direção estabelecimentos escolares;


• Professores de educação física;
• Técnicos especializados na modalidade;
• Juízes árbitros; e
• Alunos.

Recursos Materiais:

• Instalações desportivas apropriadas para a prática e desenvolvimento da


modalidade.
• Equipamentos e materiais desportivos adequados á prática e
desenvolvimento das modalidades.

Recursos específicos:

• Formação de professores;
• Formação de alunos dirigentes, juízes/árbitros.

31
Duração:

Ano lectivo

Onde:

Exemplo Província de Luanda

Área abrangida:

7 Municípios.

• Todas as escolas do 1º, 2º e secundário;


• Parcerias com os Municípios, Associações e Federações.

Fases de desenvolvimento:

• Abertura do clube do desporto escolar


• Horário e local dos treinos
• Divulgação junto da comunidade educativa
• Inscrição dos alunos

Fases de competição:

• inter-escolas (apuramento do campeão municipal)


• inter-municipios (apuramento do campeão Provincial)

32
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR

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