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É essencial falarmos sobre a violência simbólica tão bem destacada por Aranha
(1996). Assim, diz-se que a escola não é um contexto separado, ou seja, não é uma ilha
isolada de tudo (Aranha, 1996, p. 188).
A escola impõe determinados conceitos fazendo-nos agir por coação. Não cabe,
então, a ela promover a democratização, uma vez que reafirma os privilégios existentes.
Vemos, dessa forma, o intenso fracasso escolar de alunos oriundos da classe baixa, sendo
que as crianças da classe alta vivem envoltas de livros e conhecimentos vários, como visitas
a museus, ou seja, estão bem próximas da educação escolar. E, mesmo sabendo dessa
realidade, são impostas aptidões e dotes às primeiras (Aranha, 1996, p. 188-189).
Bourdieu nos conduz cada vez mais a refletir sobre toda a desigualdade crescente nas
escolas nos levando a pensar mais uma vez sobre as ideologias impostas.
Bourdieu nos fala também sobre as estratégias que nos ajudam a refletir sobre a
reprodução nos grupos. É importante ressaltarmos as estratégias de fecundidade onde o
melhor é limitar-se quanto ao número de filhos, e vem nos chamar a atenção com a
estratégia ideológica onde os privilégios são naturalizados.
Bourdieu nos dá ainda uma noção geral sobre diploma e, através da sua leitura,
vemos até onde vai a avaliação do professor em meio a dois mundos: o mundo externo e o
mundo interno do aluno. É importante grifarmos que Bourdieu tem uma visão muito atual,
pois, ainda hoje, encontramos a apreciação professoral incluída na classificação social do
aluno.
Portanto, diante de tantas explicações podemos afirmar novamente que Bourdieu foi
um grande sociólogo e a sua importante obra em relação ao espaço escolar é que nos leva a
aprofundar mais e mais o estudo sobre tais temas e autor.
METODOLOGIA
A pesquisa será realizada através de livros que nos guiarão através da teoria
Bourdiesiana.
QUADRO TEÓRICO
Podemos dizer, então, que tudo se deve ao habitus, este que interioriza as normas de
conduta que a sociedade deseja. A escola, por sua vez, trabalha com hábitos burgueses e,
por trabalhar com estes, faz com que crianças vindas de meios desfavorecidos tenham
dificuldades na sala de aula, obtendo, assim, insucesso escolar (Aranha, 1996, p. ).
Além de Bourdieu e Passeron, podemos dar ênfase também a Althusser que, através
do “Aparelho Ideológico”, pode mostrar a exploração que uma classe impõe sobre outra,
mascarando o que a realidade tem, por meio de ideologias (Aranha, 1996, p. ).
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Bourdieu deu conta de explicar com toda clareza a má distribuição dos bens culturais
e também simbólicos. A existência de uma violência, denominada simbólica por ele, vem nos
mostrar as grandes desigualdades existentes em meio a escolas que privilegiam, cada vez
mais, a classe superior. Aliás, é importante destacarmos que é a escola o maior centro de
reprodução dessas ditas desigualdades vivenciadas a cada instante.
Vivendo por imposições, não nos damos conta de que reproduzimos e reafirmamos
privilégios cada vez mais constantes na sociedade, de modo que isso passa despercebido. É
aí que Bourdieu traz grande contribuição, pois ele nos leva a pensar sobre tais ideologias.