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Marketing PESSOAL

Transforme sua comunicação para ter


clareza e confiança em ser você mesmo

CRISTIANE THIEL

Copyright © 2022 Cristiane Thiel


Todos os direitos reservados.
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO
UMA NOVA VISÃO
ATITUDE POSITIVA
PSICOLOGIA DA INVEJA
AUTENTICIDADE
SÍNDROME DO IMPOSTOR
INTROVERTIDOS
EMPATIA E ANTIFRAGILIDADE
AUTOGERENCIAMENTO
MARCA PESSOAL
MARKETING PESSOAL
INTRODUÇÃO
Em um mundo cada vez mais competitivo e incerto, ter boas
habilidades técnicas não é mais suficiente para se destacar. Por
isso, se você quer ser notado e escolhido, é hora de investir na sua
marca pessoal.

O marketing pessoal não é sobre criar uma personalidade falsa,


trata-se de destacar os aspectos mais relevantes sobre você e o
trabalho que realiza. Com as estratégias certas de promoção
pessoal, você será capaz de se destacar, independentemente da
sua área de atuação.

É sobre construir confiança na sua marca como especialista e


interagir com sua rede de relacionamentos.

Muitos acham difícil falar sobre si mesmos. Às vezes até optamos


por desviar a atenção para outra pessoa quando somos elogiados
por nossa experiência e sucesso.

Há uma grande diferença entre o marketing pessoal e o marketing


de um negócio.

Você sempre pode vender uma marca, trocar de empresa ou iniciar


outro projeto com um nome e identidade totalmente novos, mas
sempre terá seu rosto, sua personalidade e sua reputação.

Por isso, você sempre precisa ser extremamente cuidadoso com a


forma como você faz seu próprio marketing.

Pode não ser fácil, mas é essencial para o sucesso.

E não é algo que você faz apenas quando sobra um tempo livre.
Deve ser parte da sua rotina diária.
Trata-se de mostrar às pessoas o que você pode fazer por elas,
quais são suas habilidades e o que você traz para a mesa.

Continue lendo para encontrar muitos insights sobre a melhor forma


de se promover.

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UMA NOVA VISÃO
“Toda mudança é difícil no começo,
bagunçada no meio e deslumbrante no final.”
Robin Sharma

Em que área da sua vida seus resultados não estão alinhados com
o que você realmente quer ser, fazer ou ter?

Quais resultados você realmente tentou melhorar, mas não importa


o que faça, as coisas simplesmente não andam pra frente?

Suas crenças limitantes estão ocultas nas áreas em que você está
produzindo resultados indesejados. Porque elas moldam tudo o que
você faz.

Foram elas que impediram você de ver oportunidades e talvez até


mesmo desencorajaram você a tentar. Hora de tirá-las do
esconderijo!

Então, como identificar esses traquinas? Primeiro, pense nas áreas


que você tem o pensamento negativo.

Por exemplo, se você está tendo problemas para encontrar um


relacionamento, talvez justifique isso com algo como:

“As mulheres só querem homens que têm muito dinheiro.”

ou

“Os homens só estão interessados em mulheres mais jovens.”

Tudo o que você diz a si mesmo para justificar o que não está
funcionando é uma crença limitante.
Essa crença parece verdadeira para você. Claro! Vai soar
perfeitamente razoável e válido e você provavelmente poderá
apresentar muitas evidências apoiando tais justificativas.

Ainda assim, é uma crença que está atrapalhando o que você quer.
Então, a menos que você esteja disposto a desistir totalmente de
suas metas e desejos, é uma ideia que você não quer manter por
perto.

Às vezes, crenças limitantes não são tão conscientes. Talvez você


tenha aprendido a reprimir seus pensamentos negativos, e você se
saiu bem em uma conversa interna positiva. Então, pode ser que
você não ouça mais nenhuma crença limitante em sua cabeça. Mas
você saberá que ainda tem uma à espreita se suas emoções forem
negativas sobre essa área específica.

Por exemplo, se você está sobrecarregado de pressões financeiras,


como se sente em relação a isso? Ansioso? Com raiva? Sem
esperança?

Se você prestar atenção a essa emoção e reconhecer por um


momento, você encontrará a crença limitadora logo aí.

Vamos ver mais exemplos.

A ansiedade pode estar dizendo: “O que as pessoas pensarão de


mim?”

E a raiva pode refletir: “A vida não é justa para pessoas como eu.”

Por baixo da falta de confiança, “Não sou forte o suficiente ou


esperto o suficiente para conseguir.”

Agora que você arrastou algumas dessas crenças limitantes para


fora do armário, o que você faz com elas?
Existem processos específicos para descobrir e eliminar crenças
limitantes. Aqui estão alguns passos para você começar:

Escreva a crença limitante.


Siga seus pensamentos e emoções para descobrir as crenças
limitantes que o prendem. Coloque-as no papel. Você vai notar a
força de cada crença e quais emoções elas provocam em você.

Reconheça que são crenças, não verdades!


Este é frequentemente o passo mais difícil. Aqui é onde a escolha
entra. Em que você está mais interessado: defender suas crenças
até a morte ou alcançar seus objetivos e desejos? Como escreveu a
autora Evelyn Waugh: “Quando defendemos nossas limitações,
conseguimos mantê-las.” Você tem o poder de escolher seu
destino.

Estabeleça uma crença diferente.


Use sua imaginação e tente uma crença que esteja alinhada com o
que você quer. Pode ser algo como: “Minhas dificuldades
financeiras no passado me ensinaram tanto que estou totalmente
preparado para lidar com elas agora.” Ou: “Agora que estou em um
relacionamento ruim, aprendi a procurar por um parceiro amoroso.”

O truque é ir além de apenas dizer essas palavras. Você quer


realmente entrar nessa nova crença e viver da maneira como ela
faz você se sentir. Feitos com cuidado, os Passos 2 e 3 irão
percorrer um longo caminho para desmantelar sua antiga crença
limitante.

Tome uma ação diferente.


Isso pode parecer assustador, mas deve agir como se sua nova
crença já fosse sua nova realidade.

Em outras palavras, se você é realmente capaz e aprendeu muito


com dificuldades financeiras passadas, que passos você daria? Se
você realmente é o tipo de pessoa que come comida saudável, o
que você vai colocar em seu carrinho de compras?

Se você evitar tomar qualquer ação com base em sua nova crença,
você apenas alimentará sua antiga crença.

Agir, mesmo um pequeno passo, ajudará a solidificar sua nova


decisão não limitante.

Seus primeiros passos não precisam ser perfeitos, basta seguir na


direção certa. E certifique-se de reconhecer a si mesmo quando
tiver dado esse passo.
ATITUDE POSITIVA
“As pessoas costumam dizer que a motivação não dura sempre.
Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente.”
Zig Ziglar

Nosso cérebro não é projetado para criar felicidade da maneira que


nós gostaríamos que fosse. Porque seu objetivo é cuidar da
nossa sobrevivência.

Ele guarda a química da felicidade (dopamina, serotonina e


ocitocina) para oportunidades de satisfazer uma necessidade de
sobrevivência, e só liberar essas substâncias em pequenas
quantidades e ainda assim, são rapidamente metabolizadas.

Isso nos motiva a continuar tomando medidas que estimulam esses


neurotransmissores. Nessa busca, a química do cérebro fica
desequilibrada.

Ao final de um dia estressante, por exemplo, podemos acabar com


muito mais química que leva a sentimentos negativos. É o caso do
cortisol, o objetivo desse hormônio é alertar sobre obstáculos no
caminho para os bons sentimentos.

O problema é que toda vez que você contorna um obstáculo seu


cérebro já começa a trabalhar para encontrar o próximo.

Nosso cérebro evoluiu para procurar problemas e é muito hábil


nisso. Toda vez que esbarramos em uma nova descoberta, seja
uma tecnologia ou um novo hábito, a tendência é exaltar a parte
negativa da novidade. Somos habilidosos em encontrar ameaças,
mesmo quando buscamos por recompensas.
Circuito de Positividade
Sendo assim, a negatividade vai engolir você a menos que construa
um circuito de positividade.

Tendo consciência da química do nosso cérebro, basta que você


remodele esse esquema, treinando cérebro para procurar pontos
positivos da maneira que já está treinado para procurar por
negativos.

Por isso se fala tanto em gratidão.

Focar em razões para agradecer (ser grato) reformula essa


tendência natural de buscar por problemas e obstáculos.

Pode parecer difícil, pois no mundo que vivemos, tudo ao nosso


redor dá muito mais destaques às notícias ruins.

Porém para que equilibre a negatividade não é preciso que seu


contraponto positivo seja de magnitude exemplar, qualquer
pensamento positivo serve. Não importa o quanto pareça
insignificante. Até mesmo esse ceticismo pode ser explicado pelo
fato de nosso cérebro enxergar o mundo através de uma lente
negativa.

Essa negatividade tem lá suas vantagens, pois pode nos salvar de


muitos acidentes e desventuras, mas se isso acontece de maneira
mecânica e automática, vai sobrecarregar você apenas com
sentimentos negativos inúteis.

Nosso cérebro é projetado para aprender com a dor, dessa forma


pode evitar que a mesma coisa aconteça no futuro.

O apoio social promove nossa sobrevivência, por isso nosso


cérebro recompensa você com ocitocina quando você encontra
segurança no apoio social, e avisa com o cortisol quando você se
distancia dessa segurança.
Emoções e Recompensas
Somos sobrecarregados com informações o tempo todo então
estamos sempre filtrando o que precisa ser foco de atenção e o que
será descartado como inútil.

Não percebemos esse filtro porque a eletricidade no cérebro flui


rápido demais. Para economizar energia, muitas vezes o cérebro já
definiu esse filtro com uma experiência individual passada. Então
ficamos condicionados a essas emoções e recompensas passadas
e antigas.

Sentimentos ruins são o sinal do cérebro de que as recompensas


esperadas não se materializaram. Sendo assim, devemos parar de
investir no Plano A e começar a investir no Plano B. Simples assim.

É difícil ser positivo quando todo mundo ao seu redor é


tão negativo.

Seu cérebro de mamífero quer correr quando o resto do rebanho


corre. Na natureza selvagem, você acabaria nas mandíbulas de um
predador se ignorasse os sinais de ameaça de seus companheiros
do grupo e esperasse para ver se a ameaça era real.

Quando você constrói seu circuito de positividade, substitui a


negatividade com a alegria de poder escolher seu próximo passo.

Você nunca pode prever os resultados de seus esforços, mas


sempre pode escolher o próximo passo para atender às suas
necessidades.

Ter expectativas realistas é a alternativa quando o cortisol emerge,


embora seja natural ter um sentimento negativo quando seus
esforços não trazem recompensas visíveis imediatas, você pode
lembrar a si mesmo que sua sobrevivência não está realmente
ameaçada.
A maioria das realizações humanas vieram de esforços que não
trouxeram recompensas visíveis imediatas. Quando seus resultados
são decepcionantes, você pode ajustar suas expectativas e dar
outro passo.

Desta maneira você vai estimular a química positiva e feliz em você


em vez de apenas esperar que o mundo faça isso por você.
PSICOLOGIA DA INVEJA
“Aprendemos nosso sistema de crenças quando crianças, e então
passamos a vida criando experiências para corresponder às nossas
crenças. Olhe para trás em sua própria vida e observe com que
frequência você passou pela mesma experiência.”
Louise L. Hay

‘Inveja’ deriva do latim — invidia, que significa “não vista”. Em


Inferno, Dante descreve a inveja como um ser com os olhos
costurados com arame. Esta etimologia sugere que a inveja tanto
surge, e resulta em uma forma de cegueira ou falta de perspectiva.

Para se caracterizar o sentimento como inveja, três condições


devem ser atendidas. Em primeiro lugar, o indivíduo deve estar
diante de alguém com uma qualidade superior, uma realização ou
posse. Em segundo lugar, deve-se desejar a qualidade para si
mesmo, ou se desejar que a outra pessoa não a tivesse. E em
terceiro lugar, essa emoção deve causar dor a quem sente.

Em suma, a inveja é a dor causada pelo desejo de se ter as


vantagens dos outros.

A inveja é sem dúvida o mais vergonhoso dos pecados capitais (os


outros seis são luxúria, gula, avareza, preguiça, ira e orgulho).
Nossa inveja quase nunca é admitida, nem para nós mesmos. A
inveja é um segredo muito bem guardado que pode irritar ao ser
descoberta, é sentida como uma traição.

Ela não é o mesmo que o ciúme. Considerando a inveja como o


desejo de possuir, o ciúme é o medo de perder. Assim, o ciúme é
algo que você já possui, muitas vezes uma pessoa, mas também a
reputação, a beleza, os bens materiais, e assim por diante.
Comparado a inveja, o ciúme é um pecado menor, e por isso mais
fácil de admitir.
Inveja é especialmente dirigida a todos aqueles a quem nos
comparamos, como nossos primos e parentes. Mendigos não
invejam milionários, mas outros mendigos que são mais bem
sucedidos. Em nossa era de igualdade de oportunidades e meios
de comunicação, não é de surpreender que a inveja seja tão
comum, principalmente quando a nossa cultura do charlatanismo e
do consumismo enfatiza o material e tangível sobre o espiritual e
invisível.

A dor da inveja não é causada pelo desejo de possuir as vantagens


dos outros, por si só, mas a partir do sentimento de inferioridade e
frustração que isso causa.

Ao longo do tempo, nossa infelicidade pode levar a problemas de


saúde, tais como infecções, doenças cardiovasculares e câncer, e
problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e insônia.
Estamos, literalmente, consumidos pela nossa inveja.

Ao mesmo tempo, a energia mental despendida na inveja, e a


relutância para despertar nos outros, nos impede de alcançar o
nosso pleno potencial como seres humanos.

A inveja também nos custa amigos e aliados, e, mais geralmente,


prejudica a proximidade e satisfação de nossos relacionamentos.
Em alguns casos, ela pode até mesmo levar-nos a pôr em risco os
interesses dos outros, como uma criança invejosa que quebra o
brinquedo que ele sabe que não pode ter.

A inveja também pode levar a algumas reações defensivas mais


sutis, como a ingratidão, ironia, escárnio, esnobismo e narcisismo,
que todos têm em comum o uso de desprezo para minimizar a
ameaça existencial colocada pelas vantagens dos outros. Outra
defesa comum contra a inveja é de incitá-la em outros, raciocinando
que, se as pessoas têm inveja de mim, eu não tenho nenhuma
razão para ter inveja delas.
A inveja reprimida pode se transformar em ressentimento, que é,
essencialmente, a inveja projetada: a redesignação da dor que
acompanha a nossa sensação de fracasso ou inferioridade em um
bode expiatório, que pode, então, ser culpado por nossos males e,
em alguns casos, até mesmo sacrificado.

Embora cuidadosamente escondida, a inveja muitas vezes vem à


tona na forma de Schadenfreude (palavra alemã), que é definido
como prazer na desgraça dos outros, um prazer que ajuda a vender
a notícia, que é muitas vezes dominado por boas histórias de
desgraça de celebridades por exemplo. Enquanto este é um termo
relativamente recente, a emoção que denota já era conhecida para
os gregos antigos. Aristóteles chamou de epikhairekakos.

O problema fundamental da inveja é que ela nos cega para a visão


do todo. A inveja é como o capitão de um navio, que navega pelos
mares tempestuosos e não pelas estrelas no céu. A inveja puxa-nos
em todas as direções e nenhuma ao mesmo tempo.

Como conter a inveja?


Muitas vezes, quando temos inveja, é porque falhamos em ver o
todo, como a série de esforços e sacrifícios que foram necessários
para se chegar ao sucesso.

É fácil esquecer que o banqueiro da cidade efetivamente vendeu


sua alma para obter seu sucesso, talvez ele nem tenha mais a
capacidade vital para desfrutar de seu dinheiro.

Para evitar a inveja, precisamos reformular nossas vidas e esse


reenquadramento requer perspectiva, justamente o falta na inveja.

Na tradição hindu, as pessoas de ‘sorte’ estão apenas colhendo os


frutos de suas ações do passado, incluindo as ações anteriores de
seus pais e de todos os seus antepassados.
Podemos também observar que a natureza compensa: se não
temos uma coisa, nós temos outra, mesmo que isso não seja uma
daquelas coisas anunciadas em um outdoor.

Enquanto nós invejarmos os outros, vamos nos concentrar no que


nos falta, esquecendo tudo o que nós temos. É por isso que
virtudes como a piedade, humildade e gratidão podem nos proteger
da inveja.

Sempre que nos deparamos com alguém que é melhor ou mais


bem sucedido do que somos, podemos reagir com indiferença,
alegria, admiração, inveja ou emulação.

Emulação é como inveja, mas sem a parte da dor e amargura. Esta


é uma diferença sutil, mas importante. Ao reagir com inveja, nos
impedimos de aprender com aqueles que sabem ou entendem mais
do que nós, e, assim, estaremos condenados à estagnação.

Porém, reagindo com emulação, podemos pedir para ser


ensinados, e, através da aprendizagem, melhorar nossa situação.
Ao contrário da inveja, que é estéril e autodestrutiva, emulação nos
permite crescer, evoluir e adquirir as vantagens que teriam incitado
a nossa inveja.

Aristóteles diz que a emulação é sentida sobretudo por aqueles que


acreditam que eles merecem certas coisas boas que eles ainda não
têm. Em outras palavras, enquanto a inveja é a reação das pessoas
com baixa autoestima, a emulação é a reação das pessoas com
autoestima elevada.

Por que eu falei sobre inveja em um livro sobre marketing pessoal?

Antigamente nossos modelos para comparação eram os vizinhos ou


colegas de trabalho. Então, costumávamos comparar nossos
sapatos com os colegas de colégio, nossas mochilas e estojos.

Hoje, temos as redes sociais.


Se o carro do vizinho nos gerava o sentimento de não ter o melhor
automóvel, hoje ficamos tristes porque não temos o jatinho
particular ou o iate de alguma celebridade.

Mesmo que seja do conhecimento de todos que muitas vezes


aquela vida não é real. Ainda assim, somos atingidos pelo
sentimento de que ainda não temos o suficiente.

Não somos bonitos o suficiente. Não somos inteligentes o


suficiente. Não somos ricos o suficiente. Não somos bons o
bastante.

Podemos dizer que essa é a mentalidade de escassez que


simplesmente alimenta a paranoia de não ser o suficiente.

Qual é o antídoto para esse sentimento? Gratidão.


AUTENTICIDADE
“A vulnerabilidade soa como verdade e parece coragem. Verdade e
coragem nem sempre são confortáveis, mas nunca são fraquezas.”
Brené Brown

Muitos esquecem que o marketing é sobre conexão e autenticidade.


Não se trata de seguir o que as outras marcas estão fazendo, é
sobre ouvir seu cliente.

É sobre posicionamento, e a transparência gera confiança. Para ser


autêntico, as vezes você estará vulnerável.

A mentalidade de escassez faz com que as pessoas nunca se


sintam prontas para começar. Além disso, a vontade de proteger
sua marca de toda e qualquer crítica impede que você se conecte
autenticamente com os clientes. Ouvir os clientes de todo o coração
mostra força.

O crescimento acontece quando as marcas vivem seus valores.


Não foque na concorrência. Olhe para o mercado, conecte-se com
seu público e certifique-se de que sua marca seja a melhor versão
de si mesma, honestamente.

Uma das coisas mais corajosas e necessárias que podemos fazer é


buscar ativamente por críticas construtivas e feedback. Ouça as
pessoas que não pensam como você.

A vulnerabilidade é definida como aquilo que experimentamos em


momentos de incerteza, risco e exposição. Ela nos deixa ansiosos e
com medo.

Porém, é assim que nos mostramos autênticos.


SÍNDROME
DO IMPOSTOR
“O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons.”
Martin Luther King

A síndrome do impostor se refere a pensamentos de que você não


é tão competente quanto os outros acham que você é.

Embora essa definição seja geralmente aplicada de maneira restrita


à inteligência e à conquista, ela tem ligações com o perfeccionismo
e o contexto social.

De maneira resumida, é se sentir uma farsa – você sente que a


qualquer momento será descoberto como uma fraude – como se
não pertencesse onde está e só chegou lá por pura sorte.

A síndrome do impostor é um sentimento generalizado


de insegurança, apesar de muitas evidências esmagadoras do
contrário. Atinge indivíduos inteligentes e bem-sucedidos.

Muitas vezes, alguém que se destaca após uma conquista


especialmente notável, como admissão em uma universidade de
prestígio, mas também reconhecimento público, conquista de um
prêmio ou promoção. Antes de mais nada, a síndrome do impostor
não discrimina: pessoas de todos os grupos demográficos podem
se sentir como fraudes.

A síndrome do impostor vem com três tipos de sentimentos:

Podemos experimentar apenas um desses sentimentos ou todos


misturados.
Tipo 1: “Sou uma farsa”
O medo fundamental é de ser descoberto ou desmascarado. O
sentimento é de que conquistaram muito, mas chegará o dia em
que eles serão revelados como fraudes.

Tipo 2: “Eu tive sorte”


Aqui o sentimento é que as conquistas se deram por pura sorte. Na
verdade, a pessoa sente que não é tão talentosa assim.

Tipo 3: “Isso não é nada”


É quando a pessoa não consegue ver o valor nas suas
conquistas. Principalmente não recebe bem os elogios. Acredita
que seu sucesso só teve mérito porque seus concorrentes eram
muito fracos e assim foi “fácil” ganhar.

É um transtorno?

A síndrome do impostor é um termo da Psicologia que se refere a


um padrão de comportamento em que as pessoas duvidam de suas
realizações e têm um medo persistente, principalmente
internalizado, de serem expostas como uma fraude.

Não é um distúrbio real, o termo foi cunhado pelos psicólogos


Pauline Clance e Suzanne Imes em 1978, quando descobriram que,
apesar de terem evidências externas adequadas de realizações, as
pessoas com a síndrome ou fenômeno continuavam convencidas
de que não mereciam o sucesso conquistado.

Você não está sozinho.

Se você já se sentiu assim, fique tranquilo. Estudos indicam que


aproximadamente 70% das pessoas experimentam esses
sentimentos em algum momento de suas vidas. ⠀

Muitos fatores podem levar a esses sentimentos. Não apenas algo


interno como autoestima e autoconfiança, mas também uma
expectativa muito alta construída desde a infância.

Uma mudança de papel também pode desencadear a síndrome do


impostor. Por exemplo, iniciar uma universidade ou novo emprego
pode fazer com que você sinta que não pertence ou não é capaz.

O perfeccionismo desempenha um papel significativo. Bem como


problemas para pedir ajuda a outras pessoas ou procrastinar devido
aos seus próprios altos padrões.

Os perfeccionistas criam expectativas extremamente altas para si


mesmos e, mesmo que atinjam 99% de suas metas, se sentem
fracassados. Qualquer pequeno erro faz questionar sua própria
competência.

Para superar a síndrome do impostor, sobretudo você precisa


começar a se fazer algumas perguntas difíceis.

Quais crenças centrais eu tenho sobre mim mesmo?


Acredito que sou digno de amor como sou?
Devo ser perfeito para que os outros me aprovem?

Primeiramente, para se sentir melhor é preciso saber que pessoas


famosas e bem-sucedidas sofrem das mesmas dúvidas. Da mesma
forma que seus ídolos.

Uma pesquisa descobriu que o que você diz a si mesmo pode


realmente mudar a maneira como se vê, aumentando a confiança
durante um evento estressante.

Como mudar sua maneira de pensar?


Faça uma lista.
Pelo menos 10 itens que mostram que você é tão qualificado
quanto qualquer outra pessoa para o papel que está buscando.
Está tendo problemas? Então, pergunte a si mesmo que evidências
existem de que você é menos qualificado do que qualquer outra
pessoa para fazer esse trabalho.

Comemore suas realizações.


Muitas pessoas tendem a explicar seu sucesso como “sorte” ou
“ajuda de outras pessoas”, em vez de seus próprios méritos.

Assuma o papel que desempenhou no seu sucesso, proibindo-se


de recorrer a desculpas. Portanto, pratique dizer essas palavras em
voz alta: “Tenho orgulho do que realizei”.

Visualize o sucesso.
Visualize com precisão como será a situação (de maneira positiva e
com sucesso) antes que ela aconteça. Essa é uma tática que é
ensinada aos militares, treinando-os para visualizar como eles vão
lidar com uma situação antes que ela aconteça.

É importante lembrar:
O fracasso não faz de você uma fraude. Até os melhores atletas
falham, os melhores advogados perdem casos, ao mesmo tempo
que grandes marcas cometem erros de marketing.

Falhar, perder e estar errado de vez em quando fazem parte do


trabalho. Dessa forma, não deixe isso definir você. Aprenda com
seus erros e siga em frente.
Para superar esses sentimentos, você precisa se sentir confortável
em enfrentar algumas dessas crenças profundamente arraigadas
que mantém sobre si mesmo. Isso pode ser difícil, porque você
pode nem perceber o que realmente pensa e sente sobre você.
Aqui estão algumas técnicas que você pode usar.

Compartilhe seus sentimentos.


Converse com outras pessoas sobre como você está se sentindo.
Isso porque essas crenças irracionais têm mais força quando estão
ocultas e não são mencionadas.

Ajude os outros.
Embora isso possa parecer fora de foco, tente ajudar outras
pessoas na mesma situação que você. Se você encontrar alguém
que parece inseguro, ajude. Ao praticar esse poder, você ganhará
confiança em suas próprias habilidades.

Avalie suas habilidades.


Se você tem crenças antigas sobre sua incompetência em
situações sociais e de desempenho, faça uma avaliação realista de
suas habilidades. Assim, anote suas realizações e no que você é
bom, e compare isso com sua autoavaliação.

Dê passos de bebê.
Não se concentre em fazer as coisas perfeitamente, mas faça seu
melhor possível no momento e se recompense por agir.
Questione seus pensamentos.
Ao começar a avaliar suas habilidades e dar pequenos passos,
pergunte se seus pensamentos são racionais. Afinal, faz sentido
que você seja uma fraude, considerando tudo o que sabe?

Pare de se comparar.
Toda vez que você se comparar com os outros em uma situação
social, encontrará uma falha em si mesmo que alimenta a sensação
de não ser bom o suficiente ou não pertencer. Em vez disso,
durante as conversas, concentre-se em ouvir o que a outra pessoa
está dizendo. Seja genuinamente interessado em aprender mais.

Use as redes sociais conscientemente.


Sabemos que o uso excessivo das redes sociais pode estar
relacionado a sentimentos de inferioridade. Portanto, se você tentar
retratar uma imagem nas redes que não corresponde a quem você
realmente é ou que é impossível de alcançar, isso só piorará seus
sentimentos de fraude. Ainda mais que ninguém mostra seu pior ou
seus fracassos. Então, o que você está vendo dos outros não é a
verdade completa.

Pare de lutar contra seus sentimentos...


Não lute contra os sentimentos de não pertencer. Antes de tudo,
tente se apoiar neles e aceitá-los. É somente quando você os
reconhece que você pode começar a desvendar as crenças
fundamentais que o estão impedindo.
..., mas não permita que a insegurança te
paralise.
Não importa o quanto você sinta que não é capaz, não deixe que
isso o impeça de perseguir seus objetivos. Continue. Afinal, se você
sabe 1% a mais que alguém, você já é capaz de ajudar. Se der
medo, vai com medo mesmo!

A ausência do medo (ou pelo menos prudência) é loucura. Ter


medo é normal. Afinal, impede que a gente faça coisas
completamente suicidas. Porém, deixar de realizar seus sonhos e
desejos é um problema de verdade e precisa ser encarado.

Se você se sente um impostor, significa que você já teve algum


grau de sucesso em sua vida que está atribuindo à sorte. Tente
transformar esse sentimento em gratidão. Veja o que você realizou
em sua vida e seja grato.
INTROVERTIDOS
“Não pense na introversão como
algo que precisa ser curado.”
Susan Cain

Marketing pessoal também é para introvertidos.

Muitos introvertidos descartaram a ideia de trabalhar suas marcas


pessoais, acreditando que é melhor deixar essas atividades apenas
para os extrovertidos. Porém, isso significa que muitas vezes
perdem oportunidades valiosas.

Existem muitas maneiras de trabalhar sua marca pessoal, e muitas


servem aos introvertidos. Apesar do mundo sempre parecer feito
sob medida para os extrovertidos.

Muitas vezes os introvertidos acabam não levando o crédito pelo


excelente trabalho que fizeram. Por isso é preciso encontrar
maneiras de comunicar o valor que agregam, que começa com a
compreensão de seus pontos fortes únicos.

Você precisa descobrir sua marca pessoal, seja você introvertido ou


extrovertido.

Os extrovertidos ganham energia passando tempo com outras


pessoas, enquanto os introvertidos aumentam sua energia
passando tempo sozinhos. É quando podem pensar mais
profundamente e atingir suas ideias mais criativas.

Para fazer seu marketing pessoal sendo introvertido, você precisa


aprender a equilibrar o tempo investido no trabalho e na resolução
de problemas com a conversa sobre o que está fazendo.
Em outras palavras, não basta ser bom. As pessoas precisam saber
que você é bom!

Além disso, não ajuda em sua carreira se você tiver uma ideia
brilhante, mas não compartilhar com outras pessoas. Somente
assim suas ideias podem ser implementadas e você será
reconhecido por sua contribuição.

Comece a registrando suas realizações e compartilhando elogios e


depoimentos que você recebe. Essa é uma maneira muito útil de
comunicar seu valor para os outros como introvertido, porque você
não precisa se gabar do seu sucesso, pode deixar os outros
fazerem isso por você.
EMPATIA E ANTIFRAGILIDADE
“É preciso muito conhecimento apenas para perceber a extensão de
sua própria ignorância.”
Thomas Sowell

Duas tendências que têm se desenhado no mundo dos negócios


são empatia e antifragilidade. Seria um paradoxo? Vamos pensar
sobre isso…

O termo empatia tem sido amplamente exaltado. É muito comum,


principalmente nas redes sociais, vermos as pessoas
questionando “onde está a empatia?”.

Por outro lado, o cancelamento daqueles que pensam de maneira


diferente nunca foi tão generalizado. É uma espécie de Malleus
Maleficarum do mundo digital.

Cortem a cabeça dele! Vamos queimá-lo na fogueira!

Ok. Me parece haver uma confusão aqui. Empatia não é quando eu


te amo porque você é como eu sou.

Empatia é a capacidade de compreender emocionalmente o que as


outras pessoas sentem, ver as coisas do ponto de vista delas e se
imaginar no lugar delas. Na teoria é lindo, mas na prática não é tão
simples assim.

Note que ter empatia não significa admirar ou concordar.

Se empatia é ver as coisas do ponto de vista do outro, então é


preciso uma dose bem grande de antifragilidade para ser empático,
e vice-versa.
O antifrágil se fortalece com a incerteza, com os conflitos e com as
adversidades. Para sua empatia ser realmente necessária, você
precisa estar diante de uma situação exatamente assim.

Como seria empatia se fosse algo que você pode simplesmente se


relacionar e compreender sem esforço algum?

A antifragilidade é ser máquina? É ser desprovido de fragilidade?


Não! Antifragilidade não é antônimo ou ausência de fragilidade.
Neve não é antônimo de chuva. São estados diferentes da mesma
matéria.

Isso significa então que a antifragilidade é algo latente no ser


humano e que pode ser desenvolvida? Sim. Da mesma maneira
que a empatia.

Como é possível ser antifrágil “negando” a fragilidade? Não é


possível. Simplesmente não é possível.

Para entender, precisamos ir além do que seria o significado


gramatical de tal palavra e mergulhar no significado que Nassim
Nicholas Taleb deu quando desenvolveu o conceito.

O antifrágil se fortalece com os fatores externos e inesperados. Ou


seja, são fatores que despertam, questionam e tencionam sua
fragilidade. A fragilidade ainda está presente, mas é superada.

Lembra da Síndrome do Impostor? Tem tudo a ver.

Superar não significa ignorar ou destruir. Significa aprender com as


dificuldades. Lutar com elas e não contra elas.

Para ficar mais claro, Taleb também cita que:

“Não terás a antifragilidade à custa da fragilidade dos outros.”


Ou seja, se você está comparando antifragilidade com regimes
ditatoriais ou com o uso do poder para esmagar seus adversários,
está enganado.

Ser antifrágil não é sinônimo de ser um tirano.


AUTOGERENCIAMENTO
“O mais importante na comunicação
é ouvir o que não foi dito.
Peter Drucker

No passado as famílias seguiam uma determinada habilidade que


era transmitida entre seus descendentes. Então, se alguém nascia
filho de agricultor, seguia seu destino. Se era neto de um
comerciante, assim se mantinha.

Hoje nós temos escolhas.

Porém, para sermos bem-sucedidos precisamos conhecer nossas


forças. Somente quando temos entendimento sobre nossas
habilidades e competências podemos encontrar nosso lugar no
mundo.

Quais são as suas forças?


Peter Drucker explica com excelência a importância de saber no
que somos realmente bons.

A melhor maneira de descobrir nossas forças é por meio de análise


e observação.

O exercício indicado nesse caso é tomar nota de quais são as


expectativas.

Performance e Resultados
Defina seus objetivos com prazo.
Anote os resultados esperados.
Analise onde suas expectativas estavam certas e onde
você falhou.

Dessa maneira você começa a entender quais são suas forças.


Muitas vezes podemos subestimar ou superestimar nossas
habilidades. Fazer esse exercício vai te dar a dimensão correta.

Próximos Passos
Concentre-se em suas forças, entenda onde suas forças
podem produzir os resultados que você deseja.
Aprimore suas forças.
Perceba onde sua arrogância está te impedindo de
enxergar suas falhas.

“É necessário muito mais energia e trabalho para sair da


incompetência e chegar à mediocridade do que ir de um alto
desempenho a excelência.”

Muitas vezes empregamos energia e esforço para ser melhor em


algo que não está diretamente ligado aos nossos objetivos.

O erro de entendimento nessa análise de Drucker se dá quando


tentamos simplesmente simplificar a visão geral do conceito.

Por exemplo, quando nos deparamos com alguma dificuldade,


temos mais inclinação em valorizar esse problema do que exaltar os
outros pontos positivos.

Cabe aqui o equilíbrio entre saber aproveitar nossas forças, mas


sem abrir mão de melhorias em outras áreas.
Se você é introvertido ou tímido, precisa encontrar maneiras de
compensar essas características. Usar nossas dificuldades como
escudo é autodestrutivo.

Quando falamos em marca pessoal ou marketing pessoal, pode


parecer um contrassenso para os tímidos e introvertidos (como eu).

Como você trabalha?


Poucas pessoas conhecem seu modo de realizar tarefas. Entender
o modo como funcionamos é uma excelente vantagem.

Existem inúmeras maneiras de descobrir como você trabalha.


Existem testes de personalidade, testes para descobrir seu estilo de
aprendizagem e testes comportamentais.

Como você aprende?


Algumas pessoas preferem receber informações por meio de
gráficos e relatórios, outras preferem ler. Existem também aquelas
que preferem escutar uma palestra ou discurso. Tudo é uma
questão de personalidade. O autoconhecimento determina seu
sucesso.

O ensino formal é organizado com uma determinada metodologia,


como se todos aprendessem da mesma forma. Porém cada pessoa
tem um modo de aprender diferente. Algumas pessoas precisam
tomar notas, outras aprendem falando. Não basta conhecer seu
jeito de aprender, é necessário que você pratique e aproveite ao
máximo sua capacidade.

O autoconhecimento não termina aí, existem mais perguntas.

Você trabalha melhor em grupo ou sozinho?


Se trabalha melhor em grupo, qual tipo de papel
desempenha com mais eficácia? Subordinado? Líder?
Seu desempenho é melhor em grandes corporações ou em
empresas menores?
Ambientes estruturados ou com alto nível de stress?
Você é melhor tomando decisões e assumindo riscos ou
aconselhando?

Respeite seus valores


Organizações e pessoas têm valores. Busque ambientes com os
mesmos valores que os seus. Somente assim você terá o
sentimento de que está realizando algo importante.

Seja coerente e encontre seu lugar


Trabalhe duro para aperfeiçoar cada vez mais a sua performance e
não desgaste sua energia com atividades que não sejam seu ponto
forte. Saiba buscar parcerias e delegar.

Qual será a sua contribuição?


Quando você sabe no que é bom, é capaz de fazer a diferença na
vida das pessoas. É assim que sua marca toma forma e conquista
credibilidade.

Para cada situação, você sempre deve se questionar qual será a


sua contribuição. Então, você deve responder essas três perguntas:

O que a situação demanda de mim?


Levando em consideração minhas forças, meu modo de
trabalhar e valores, como posso contribuir com a solução?
Quais resultados devem ser atingidos para fazer a
diferença? O que fazer? Onde e como começar? Quais são
as metas e os prazos?

Seja responsável pelos seus relacionamentos.

Entenda as pessoas com quem você trabalha.

Seja claro
Quando começar um projeto com alguém, explique:

Aqui está no que eu sou bom.


Assim é como trabalho.
Esses são meus valores.
Veja como posso contribuir.
Estou concentrado nessas tarefas e esses são os
resultados que as pessoas podem esperar de mim.

Não se trata de força ou poder. Relacionamentos são baseados em


confiança.
MARCA PESSOAL
“Nada na vida é para ser temido.
É somente para ser compreendido.”
Marie Curie

Ao contrário do que você possa imaginar, ainda existem muitas


pessoas que enfrentam dificuldades para se mostrar no ambiente
digital. Em meio ao excesso de exposição nas redes sociais, muitos
ainda relutam em se mostrar para o mundo. Se para alguns é difícil
passar um dia sem postar uma selfie nas redes sociais, para outros
a luta é entre definir a identidade de marca e o medo de não ser
aceito.

Trabalhar a marca pessoal pode ser algo desafiador para nossas


emoções. Estamos presos em nossas próprias barreiras na hora de
mostrar para o mundo quem somos.

“Quem sou eu para espalhar meu rosto nas redes sociais?”

“Não quero dar a impressão de que estou me exibindo.”

“O que meus colegas de trabalho vão pensar? E meus amigos? O


que meus clientes vão achar disso?”

“E se alguém me achar um impostor por querer parecer um


influenciador, sendo que na verdade sou uma pessoa comum
vivendo uma vida normal?”

“Eu não sou atraente o suficiente. Não tenho uma personalidade


forte e minha vida não é tão interessante assim.”

“Já tem tanta gente falando desses assuntos. Por que eu vou falar
também?”
“Não sei sobre o que falar. Não tenho um assunto que eu domine e
ame para poder ensinar.”

A maioria passa por esses períodos de dúvida para definir a marca


pessoal. E isso é totalmente normal. Uma das grandes dificuldades
dos meus clientes na hora de desenvolver sua própria marca é um
certo medo de mostrar seu rosto e nome.

Eu também passei por muita insegurança e medo na hora de


mostrar meu próprio rosto. Passei a maior parte da minha vida nos
bastidores. Era onde me sentia confiante e confortável.

Eu entendo que seja uma questão de equilíbrio entre seu ego e


humildade. Por isso que o autoconhecimento e a autocompaixão
são tão importantes nessa hora.

Identidade de Marca
Usar seu nome como sua marca o torna visível. Algumas pessoas
precisam de um personagem ou um nome de marca para fazer as
coisas funcionarem. Alguns artistas usam um pseudônimo ou nome
artístico, e isso funciona para eles. Ajuda a manter sua vida pessoal
separada da privada.

No entanto, no caso de figuras públicas, é mais complicado evitar


usar seu próprio nome. Você quer ter certeza de que sua marca é
confiável e para ser confiável é preciso se mostrar. Sim, isso
significa seu nome, seu rosto e quem você é da maneira mais
autêntica.

Você pode descobrir que, ao usar seu nome e rosto para definir
uma marca, também precisa lidar com muitas inseguranças. É um
processo muito delicado que fará você encarar coisas sobre si
mesmo que pode ter guardado por anos. Toda vez que você vê seu
nome sendo usado, você pode questionar se é bom o suficiente
para ser citado como referência.
Confiança em Ser Você Mesmo
“Por que as pessoas querem aprender comigo ou sobre mim? Por
que tenho autoridade para dizer o que estou dizendo?”

Não é incomum ter essas dúvidas e inseguranças. Quem tem


coragem suficiente para se expor e compartilhar o que sabe, é
porque entende a importância em fazê-lo. Somente quem sabe o
seu propósito no mundo tem coragem de se expor.

Martin Luther King, Ayn Rand, Dale Carnegie e Napoleon Hill. Não
são apenas nomes de pessoas, são marcas.

Quando falamos o nome dessas pessoas, pensamos em marcas. O


que essas pessoas tinham de tão importante para dizer ao mundo
que se tornaram conhecidas? Que produtos, serviços ou ideias
essas pessoas entregam ao mundo. Que diferença fazem na vida
das pessoas? Como mudam o mundo?

A resposta está em acreditar em algo, de uma maneira tão clara e


certa que é preciso falar sobre. Sentimos que precisamos
compartilhar com o mundo as nossas descobertas ou nossos
sonhos.

Ser o rosto da sua marca exige coragem, mas é gratificante.

Quanto mais você tenta, melhor fica e mais


sua confiança aumenta.
Quanto mais você se posicionar, mais alcance terá e, de repente,
terá um público genuíno e sentirá que está realmente ajudando
alguém, isso tudo aumenta sua confiança.

Conexões Emocionais
Quando seu rosto é a sua marca, as pessoas criticam você. Em vez
de pessoas que criticam a empresa X, elas agora o mencionam seu
nome. Você precisará desenvolver resiliência e antifragilidade.

A antifragilidade está além da resiliência. O resiliente resiste a


choques e permanece o mesmo, o antifrágil melhora.

Você precisa aceitar que não é todo mundo que vai gostar das suas
opiniões. E está tudo bem. É importante saber que, embora
algumas pessoas discordem de você, as pessoas que concordam
são seus melhores clientes.

E mais, se não concordam, o fazem sem ataque. Eu costumo dizer


que um cliente que reclama é um cliente que ainda me ama. Pois o
cliente pode simplesmente pedir reembolso e sumir da minha vida.
Agora, se ele se dá ao trabalho de me dizer porque está
desapontado, ele quer meu bem, quer que eu melhore.

E é justamente para isso que estamos aqui, não é mesmo? Para


sermos melhores.

Mesmo quando temos sucesso, quase sempre escondemos uma


parte importante de nós mesmos. Essa é a nossa parte da vida
particular. E tudo bem também.

Porém, muitas vezes, suas posturas e opiniões ocultas são as que


podem gerar mais retornos gratificantes e lucrativos para os seus
negócios.

Pense quais são as partes da sua vida que influenciam diretamente


em três aspectos diferentes: pessoal, profissional e particular.

Essa questão, na hora de equilibrar sua identidade de marca e o


medo de ser você mesmo, pode ser facilmente entendida e
aproveitada. Mais uma vez, é o equilíbrio entre o ego e a
humildade.
Ser o rosto da sua marca exige clareza, coerência e consistência.
Seus valores guiam sua marca. Entenda o real motivo do seu medo
para poder superá-lo. Não é tão difícil quanto parece e eu estou
aqui para te ajudar.
MARKETING PESSOAL
“A felicidade não depende do que você é ou do que tem, mas
exclusivamente do que você pensa.”
Dale Carnegie

A importância do marketing pessoal é inegável para o sucesso na


carreira e nos negócios.

Se para as marcas corporativas está cada vez mais difícil


conquistar a atenção das pessoas, imagine para quem quer
ganhar relevância em um mundo com tanta concorrência e poucas
oportunidades aparentes.

O primeiro ponto que deve ser esclarecido é a diferença entre


branding e marketing. Branding é quem você é, e marketing é o que
você faz.

Branding Pessoal
Em resumo, o branding pessoal é a gestão da sua marca pessoal.

Descobrir o que o torna único


Determinar seu posicionamento
Comunicar seu valor

Ou seja, qual seu propósito?

Branding pessoal é mais que pedir para alguém criar um logo para
você, escolher um corte de cabelo e usar palavras de efeito para
impressionar as pessoas a sua volta. É algo extremamente
relacionado ao autoconhecimento.
Como você poderia exigir do mundo te ver, te reconhecer e gostar
de você se nem mesmo você é capaz disso?

Marketing Pessoal
De maneira simplificada, marketing pessoal é quando você se joga
no mercado e inicia as atividades de troca, da mesma maneira que
as marcas fazem.

Para te ajudar nesse processo, eu organizei seis passos essenciais


que vão te ajudar na hora de estabelecer uma estratégia pessoal
de crescimento contínuo e resultados positivos.

1. Invista em autoconhecimento
Somente quando nos conhecemos de verdade podemos
estabelecer uma marca pessoal.

O autoconhecimento é um caminho longo. Por ser extremamente


doloroso, muitas pessoas evitam. É doloroso sim! Descobrir suas
fraquezas, entender que você não é o que gostaria de ser, que as
pessoas não te veem como você gostaria, tudo isso pode ser bem
difícil. Autoconhecimento é a base da autoestima e autoconfiança.

Porque a autoestima é nos valorizarmos.

Por outro lado, a autoconfiança é confiarmos em nós mesmos.

Quantas oportunidades você já perdeu por falta de autoestima ou


autoconfiança?

Além de você se boicotar por não se achar bom o suficiente, pode


acontecer o inverso também, você se achar muito mais competente
do que verdadeiramente é e se lançar a um desafios sem ter a
preparação necessária.
Pode ser ótimo construir o avião durante a queda, mas pode ser
que nem o paraquedas desse avião funcione.

Então aqui estão algumas dicas para fortalecer sua autoestima:

Pare de fazer comparações


Faça algo por você diariamente
Cuide de suas emoções

Cada pessoa tem seu tempo, seus valores, sua própria história.
Ficar se comparando aos outros vai te deixar muito mais infeliz do
que motivado. E cuidado, nas redes sociais as pessoas vão postar
fotos de seus melhores momentos, mas isso não significa que a
vida delas é constituída apenas de momentos maravilhosos.

Fazer algo bom por você todos os dias, essa dica aqui é
basicamente você fazer um carinho em você mesmo. Permita-
se. Faça algo bacana para você. Se dê um presente, um afago,
uma palavra de incentivo.

Cuidar das suas emoções significa estar junto a elas, entendê-las.


Controlar já é outra história. A melhor maneira de entrar em contato
com suas emoções é verbalizar. Fale sobre como você se sente,
você pode escrever ou falar com alguém.

O objetivo não é buscar a solução para um problema, mas trazer o


problema à tona para que ele possa ser reconhecido.

É trabalho diário, não termina nunca.

Para fortalecer sua autoconfiança:

Pratique a gratidão
Saia da zona de conforto
Aprenda com os fracassos
Gratidão não é o mesmo que simplesmente agradecer porque
alguém segurou a porta para você passar. É algo muito mais
profundo.

O que eu quero dizer aqui é que praticar a gratidão não é usar essa
palavra no seu dia a dia. É sentir-se grato de verdade por coisas
que normalmente você nem se importaria. Quanto mais a gente
agradece, se sente grato, mais coisas boas acontecem. Faça o
teste por alguns dias e depois me conte o resultado.

Sair da zona de conforto é desafiar-se a fazer coisas que você não


pensa ser capaz. Faça isso conscientemente. Se tudo funcionar,
ótimo! Você teve uma conquista e agora tem mais uma habilidade
para se orgulhar. Se não der certo, tudo bem, aprenda com a
experiência.

Aprender com os fracassos é uma maneira de evoluir. Não é


glamourizar as falhas, mas usar esses erros como uma maneira de
ganhar terreno, evoluir, seguir em frente. Todo mundo erra. Marcas
conceituadas já erraram, pessoas de muito sucesso já erraram.
Encarar os fracassos como uma evolução e aprendizado vai
fortalecer muito sua autoconfiança.

2. Faça seu planejamento


Para começar seu planejamento, estabeleça objetivos profissionais
claros. Não faça isso apenas na sua cabeça, escreva. Registre.
Defina prazos.

Você pode usar papel e caneta ou um documento no seu


computador. Mapas mentais também são ótimos para organizar as
ideias.

Depois de determinar seu objetivo é preciso dividir em partes


menores. Crie metas para prazos mais curtos. Tudo que será
preciso para a conquista do seu objetivo de longo prazo.
Mantenha o foco na sua próxima meta e não pule etapas. Se for
preciso reorganizar as metas, mudar alguns prazos, tudo bem.
Continue registrando seu progresso.

Para que esse processo tenha continuidade e você siga sempre


melhorando a cada passo, tenha paciência e siga comemorando
suas vitórias, mesmo que muito pequenas.

3. Cuide de você
Cuidar da sua saúde física, mental e emocional é fator crítico para
manter a produtividade. Aqui eu estou falando de cuidar da sua
alimentação, praticar exercícios físicos e valorizar sua noite de
sono.

É importante lembrar que um perigo para nossa produtividade é a


multitarefa. Porque isso não existe.

Você pode até pensar que é capaz de realizar várias tarefas ao


mesmo tempo, mas infelizmente você está errado. Foque em uma
tarefa por vez.

Ter esses cuidados vai te livrar o estresse. Tentar fazer várias


coisas ao mesmo tempo ou ficar pulando de uma tarefa para a outra
vai fazer com que você demore muito mais para terminar cada uma
delas. Isso vai te deixar cansado, improdutivo e infeliz.

4. Mantenha a postura que reforça sua


marca
A nossa aparência diz muito sobre nossa personalidade, é uma
maneira de falar para o mundo sobre você. Cada ambiente tem
seus códigos, alguns pedem o uso de terno e gravata, outros o uso
de roupas brancas.
É muito importante encontrar o equilíbrio entre a maneira como
você gosta de se vestir, manter o cabelo/barba ou usar maquiagem.
Vivemos em sociedade e sendo assim temos algumas regras,
porém, você não precisa deixar de lado seu estilo pessoal.

Tome cuidado com sua linguagem, seus gestos e lembre-se de


olhar nos olhos das pessoas e cumprimentar a todos, ser gentil.
Todos são importantes para que o ecossistema funcione,
principalmente a pessoa que cuida para que seu ambiente de
trabalho esteja limpo e arrumado.

Valorize o trabalho das outras pessoas, da mesma maneira que


você deseja que seu trabalho seja reconhecido.

Esqueça a ideia de que sua rede social é um ambiente pessoal e


que você pode compartilhar tudo que quiser. Todos estão olhando e
já é um hábito comum dos recrutadores acessar perfis pessoais
para conhecer um pouco mais sobre os candidatos a uma vaga, o
que as pessoas não contam em seus currículos.

Tenha cuidado com o que você compartilha,


com seus comentários e atividades nas redes.

Mantenha seu currículo sempre atualizado e pronto para envio, é


ele que vai determinar se o recrutador vai te chamar ou não para
uma entrevista. Pesquise modelos de currículo, veja como outros
profissionais da sua área estão se apresentando.

A foto que você escolhe para seu perfil também é muito importante.
Para isso você pode fazer testes com suas fotos e assim saber qual
a impressão que você causa nas pessoas.

5. Cuide dos seus relacionamentos


As pessoas são sempre a base para qualquer negociação, para
qualquer atividade de marketing. Tudo é feito por pessoas para
pessoas. Então fique atento:

Sempre responda ligações, mensagens e emails. Muitas vezes


você estará ocupado para responder com mais detalhes. Talvez
esteja dirigindo ou saindo para um compromisso. Então avise a
pessoa que você recebeu a mensagem e entrará em contato em
breve. Não deixe as pessoas sem uma resposta, isso vai fazer você
parecer rude ou que você não se importa.

Seja pontual. Isso mostra que você tem respeito pelo tempo das
pessoas e responsabilidade com seus compromissos. Além disso,
chegar com calma, dentro do horário previsto te permite se
preparar, se acalmar. Chegar correndo em cima da hora ou
atrasado vai te deixar desequilibrado, nervoso e com uma péssima
reputação.

É muito bom que você comente suas conquistas, mas pense na


diferença entre confiança e arrogância. Na maioria das vezes a
arrogância soa mais como despreparo do que como capacidade.

Faça perguntas. Você quer que as pessoas se interessem pelo seu


trabalho. Então faça o mesmo. Além de ser muito mais fácil
começar uma conversa, se interessando pelas opiniões e projetos
do outro.

Cuidado com o celular. Estamos tão habituados a olhar quando


chega uma nova notificação que esquecemos a presença do outro
na nossa frente. Ficar olhando o celular durante uma conversa é
uma falta de respeito enorme com o tempo da outra pessoa.

Antes de uma reunião ou entrevista, lembre-se de desligar ou deixar


seu celular no mudo. Se você estiver esperando uma ligação
realmente importante, avise a pessoa que está com você.
Sucesso é conseguir o que deseja e felicidade é querer o que se
tem.

6. Analise os resultados e faça ajustes


Como você pode perceber, a jornada é longa. Seja paciente. Você
vai ter muitas comemorações, mas também muita espera e alguns
fracassos.

Analise sempre seus resultados. Onde você está acertando? Onde


está errando? Quais suas vitórias de hoje? Como ser melhor
amanhã?

Peça ajuda. Não é vergonha procurar pessoas com mais


experiência ou até mesmo colegas de trabalho para pedir dicas e
opinião. Isso vai aumentar sua conexão com a pessoa, abrir o
diálogo. Estamos todos sempre aprendendo uns com os outros.

Lembre-se: é uma jornada. Então divirta-se!


SOBRE A AUTORA

CRISTIANE THIEL Desde os anos 90 atuando nas áreas de


Branding e Marketing. Foi responsável pela estratégia de Marketing
Digital e Marketing de Conteúdo de empresas dos segmentos de
Serviços, Financeiro e Educacional.

Especialista em Estratégia e Inovação, com formação executiva em


Neurobusiness.

Conheça também seu site e aproveite artigos e materiais


educacionais: cristianethiel.com.br

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Sua opinião é muito importante
Ficarei muito grata se você deixar uma avaliação na loja da
Amazon. Obrigada por me acompanhar até aqui. Um grande abraço
e conte sempre comigo.

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