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PROJETO DE PESQUISA
A pesquisa científica deve ser planejada, antes de ser executada. Isso se faz atra‐
vés de uma elaboração que se denomina “projeto de pesquisa”. O projeto de pesquisa
é um documento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo de
investigação científica a ser realizado.
Bibliografia
Recursos
Cronograma
Metodologia
Objeto
Justificativa
Objetivos
Introdução
Sumário
Folha de Rosto
Capa do Projeto
CAPA DO PROJETO:
Consiste de Instituição, Título, Autor, Local e data.
PROJETO DE PESQUISA
<COLOQUE AQUI O TÍTULO DO PROJETO >
PÁGINA DE ROSTO:
Consiste de Instituição, Título, Autor, Orientador e Natureza do projeto.
INTRODUÇÃO:
Constitui em uma introdução bem estruturada:
1. Objetivo Geral: Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Rela‐
ciona‐se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das
idéias estudadas. Vincula‐se diretamente à própria significação da tese pro‐
posta pelo projeto. Deve iniciar com um verbo de ação.
2. Objetivos Específicos: Apresentam caráter mais concreto. Têm função inter‐
mediária e instrumental, permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e, de
outro, aplicar este a situações particulares.
OBJETO (O QUÊ)?:
O objeto da pesquisa responde a questão “o quê?” e engloba os seguintes com‐
ponentes:
METODOLOGIA (COMO?):
A metodologia deve descrever as formas e técnicas que serão utilizadas para
executar o projeto. A especificação da metodologia do projeto é a que abrange núme‐
ro de itens, pois responde, a um só tempo, as seguintes questões “como?”, “com
que?” e “onde?”.
A metodologia deve responder às seguintes questões:
CRONOGRAMA (QUANDO?):
A elaboração do cronograma responde à pergunta “quando?”. A pesquisa deve
ser divida em partes, fazendo‐se a previsão do tempo necessário para passar de uma
fase para outra. Não esquecer que, se determinadas partes podem ser executadas
simultaneamente, pelos vários membros da equipe, existem outras que dependem das
anteriores, como é o caso da análise e interpretação, cuja realização depende da
codificação e tabulação, só possíveis depois de colhidos os dados.
Sugestão de cronograma para seis meses de pesquisa:
ETAPA MÊS 01 02 03 04 05 06
Escolha do Tema de Pesquisa X
Seminários do projeto1 X
Definição dos capítulos X
Seminário – desenvolvimento da proposta X X X
Redação preliminar X X
Ajustes metodológicos, conceituais. Formatação. X X X
Preparação para a defesa X
Apresentação do trabalho final X
RECURSOS (QUANTO?):
Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não neces‐
sitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos
quando o Projeto de Pesquisa for apresentado para uma instituição financiadora de
Projetos de Pesquisa, como por exemplo a Capes, a FINEP, o CNPq ou a FAPERJ.
Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Mate‐
rial de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios
de organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo
apresentado o Projeto.
Material Permanente:
São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente de‐
finidos como bens duráveis, ou seja, que não são consumidos durante a realização da
pesquisa. Ao final da pesquisa ou vigência do projeto os bens podem voltar para a
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Justificativa, objetivos, problemática, metodologia e estrutura do trabalho.
instituição financiadora ou fazer parte do acervo permanente da instituição de ensino
ao qual está vinculada a pesquisa.
Podem ser classificados como bens permanentes: geladeiras, ar refrigerados,
computadores, impressoras, livros, licenças de softwares etc.
Exemplo:
BIBLIOGRAFIA:
As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um
item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de
informação consultados no Levantamento de Literatura.
Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, para elaboração das Referências estão ex‐
pressas no Capítulo 9 desta apostila.
QUANTO À NATUREZA:
1. Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da
ciência sem aplicação prática prevista, isto é, possui um enfoque teórico. En‐
volve verdades e interesses universais.
2. Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática diri‐
gida à solução de problemas específicos, isto é, possui foco prático. Envolve
verdades e interesses locais.
QUANTO A FORMA DE ABORDAGEM (SEGUNDO GIL, 1991):
1. Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que sig‐
nifica traduzir em números opiniões e informações para classificá‐los e anali‐
sá‐los. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem,
média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de
regressão, etc...).
2. Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mun‐
do real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A inter‐
pretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicos no
processo de pesquisa qualitativa. Não requer os uso de métodos e técnicas
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o
pesquisador é o instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a
analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos
principais de abordagem.
DEFINIÇÃO DO TEMA:
O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma
dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade científica, de
desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria. Pode ter
surgido pela entidade responsável, portanto, “encomendado”, o que, no entanto não
lhe tira o caráter científico. Independente de sua origem, o tema é, nessa fase, neces‐
sariamente ampla, precisando bem o assunto geral sobre o qual se deseja realizar a
pesquisa.
TEORIA DE BASE:
A finalidade da pesquisa científica não é apenas um relatório ou descrição de
fatos levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um caráter interpreta‐
tivo, no que se refere aos dados obtidos. Para tal, é imprescindível correlacionar a
pesquisa com o universo teórico, optando‐se por um modelo que serve de embasa‐
mento à interpretação do significado dos dados e fatos colhidos ou levantados. Todo
projeto de pesquisa deve conter as premissas ou pressupostos teóricos sobre os quais
o pesquisador (o coordenador e os principais elementos de sua equipe) fundamentará
sua interpretação.