Você está na página 1de 15

UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACUDALDE DE LETRAS

O tráfico de escravos no Perú colonial (séc. XVI)

Sonia Jeraldine Marín Cervantes

165224
Conteúdo
Introdução .......................................................................................................................................... 3
Metodologia ....................................................................................................................................... 4
Contexto histórico ............................................................................................................................. 5
Trata de escravos ............................................................................................................................... 6
¿Como conseguiam os escravos? .................................................................................................... 6
¿Por que eles? .................................................................................................................................. 9
Condições ...................................................................................................................................... 10
Trabalhos ....................................................................................................................................... 11
O tráfico de escravos no Peru. Séc. XVI........................................................................................ 12
Conclusões........................................................................................................................................ 13
Bibliografia ...................................................................................................................................... 14

2
Introdução
Durante os séculos XVI e XVII, a monarquia hispânica tentou fazer transformações para
adequar-se a um sistema imperial. No entanto, com a consolidação territorial das conquistas
da monarquia hispânica em América, mais a sua anexação com o território português, fiz que
surgira um sistema escravista transatlântico para amortiguar a falta da mão de obra indígena.
Entre os mercados de compra venta de escravos, foram importantes os papeis dos mercadores
da Coroa de Aragão, valencianos, catalães e genoveses.1

Mas, que é um escravo? De acordo com Le Petit Robert, é uma pessoa que não tem uma
condição livre, baixo o poder de um amo, por causa do seu nascimento, por captura numa
guerra, venta ou condena2.

No território africano havia duas formas da trata de escravos: uma interior e outra exterior,
cujo foco era para o mediterrâneo e depois ao atlântico ao partir do séc. XV3. Nos primeiros
anos do tráfico de escravos hacia América, só foi um comércio com as colónias espanholas
do Novo Mondo. Os envios de escravos na incipiente América espanhola até 1518 não são
muito conhecidos4. Foi já com a entrada do séc. XVI quando as chegadas seriam sobre todo
para a parte hispana do território. Quando com os descobrimentos de minas de materiais
preciosos, converteu-se numa importante atividade económica5. A trata era controlada por o
Estado para cobrar impostos, dado que este direito só se dava a particulares de toda Europa
cambio de impostos por cada escravo entregado.

1
Manuel FERNÁNDEZ CHAVES & Rafael M. PÉREZ GARCÍA, Tratas atlânticas y esclavitudes en
América. Siglos XVI-XIX (Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2021)
2
José Luis BAÑO SÁNCHEZ, “El papel de Europa en el negocio de la esclavitud negra en América (1441-
1640)” (tesis de licenciatura, Universidad de Alicante, 2015)
3
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
4
Rafael Mauricio PÉREZ GARCÍA, “Metodología para el análisis y cuantificación de la trata de esclavos
hacia la América española en el siglo XVI”, em Los vestidos de Clío: métodos y tendencias recientes de la
historiografía modernista española (1973-2013) (Santiago de Compostela: Universidad de Santiago de
Compostela, 2013) 823-840.
5
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)

3
É importante fazer enfases em que a trata de pessoas negras não era mal vista porque como
não eram cristianos, tinham a categoria de seres inferiores.

Nos anos iniciais, o trafico atlântico foi principalmente focado ao México e Peru.6 No caso
peruano, o tráfico negreiro foi o mais longe e inusual que as demais rotas que havia em
América porque afetava o facto das condições climáticas e a sua situação demográfica.7

O escravo negro em América foi o protagonista do peso da colonização, assim como também
o de a posta em valor dos territórios sobre tudo quando a população índia caiu 8.

Metodologia

Este trabalho, ao dividir-se em diferentes subgrupos, é preciso conhecer bem as fontes que
estamos a tratar para a sua redação.
Entre as principais fontes encontram-se as dissertações de José Luis Baño Sánchez
chamado El papel de Europa en el negocio de la esclavitud negra en América (1441-1640) e
de Victor Hugo Haro Hidalgo com Precio de los esclavos en el Perú: 1650-1620, que
aportaram datos para fazer tanto a introdução, o contexto histórico e as tratas dos escravos.
A obra de El tráfico atlántico de esclavos de Herbert S. Klein deu informações ao largo do
todo o trabalho, assim como passo com De la cadena al vínculo, una visión de la trata de
esclavos de Doudou Diène. Enquanto a livros, não esquecemos de fazer menção de Tratas
atlânticas y esclavitudes en América de Manuel Fernández Chaves y Rafael Pérez García, y
de La esclavitud en la monarquía hispánica: un estúdio comparativo de José Andrés-
Gallego.
Do livro Debates históricos contemporâneos: africanos y afrodescendientes en México y
Centroamérica, é destacável o capítulo de Paul E. Lovejoy sobre a escravatura e comercio
escravista na África occidental e as investigações actuais.
Em quanto a artigos, o primeiro a falar é Historia de la esclavitud africana en el Perú desde
la Conquista hasta la Abolición de Maribel Arrelucea, a Metodologia para el análisis y
cuantificación de la trata de esclavos hacia la América española en el siglo XVI de Rafael
Pérez García, El esclavo negro, colonizador de América, a través de las capitulaciones de

6
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
7
Jean-Pierre TARDIEU, “La mano de obra negra en las minas del Perú colonial (fines del s. XVI- comienzos
del XVII)”. Rábida, 10 (1991): 7-20
8
José Luis CORTÉS, “El esclavo negro, colonizador de América, a través de las capitulaciones de Indias del
siglo XVI”. Studia Histórica: Historia Moderna 7 (diciembre): 825-835

4
Indias del siglo XVI de José Luis Cortés, Los esclavos negros en el Perú y América
colonial y republicana: su contribución a la economia y la cultura de Enrique Jaramillo
García, El tráfico de esclavos y la esclavitud a la base del surgimiento y desarrollo del
sistema capitalista de Dolores García Cantús e La esclavitud en el Perú colonial de Luis
Gómez Acuña.
Para finalizar, enquanto a bibliografia portuguesa é interessante o capítulo de Maria da
Graça Alves Mateus Ventura acerca do Desenraizamento, doença e definhamento dos
negros no Perú no século XVII conteúdo no livro se Senhores e escravos nas sociedades
ibero-atlânticas.

Contexto histórico
A explotação de escravos já existia desde tempo atrás, mas foi com o chamado descobrimento
de América quando teve o seu impulso mais notório. Por exemplo, desde o século XIV os
canários foram escravizados por mercadores catalano-aragoneses e eram vendidos nos
mercados das Islas Canárias ou Medina del Campo.

No território peruano, é interessante falar que durante a conquista do Tahuantinsuyu, os


espanholes trazerem os seus escravos como auxiliares militares e sirventes9. Além disso, as
Capitulações de Toledo davam a licencia a Pizarro para trazer 50 escravos como soldados e
amantes10 e começando, de maneira discreta, a escravatura11.

Foi durante a segunda metade do século XVI quando, depois do descobrimento de minas de
prata em territórios como o Peru, foi necessária mais mão de obra foi e Lima convirtiu-se na
cidade mais rica do Novo Mondo. Graças a esto, surgiu um importante mercado de tráfico de
escravos, que se fortaleceu com a união das coroas espanhola e portuguesa12.

9
Maribel ARRELUCEA, “Historia de la esclavitud africana en el Perú desde la Conquista hasta la
Abolición”, Arqueología y Sociedad (2004): 239-278
10
Maribel ARRELUCEA, “Historia de la esclavitud africana en el Perú desde la Conquista hasta la
Abolición”, Arqueología y Sociedad (2004): 239-278
11
Victor Hugo HARO HIDALGO, “Precio de los esclavos en el Perú: 1650-1820” (tesis de licenciatura,
Pontificia Universidad Católica del Perú, 2017)
12
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)

5
Como o Consejo de Indias, Sevilha, viu que os negros podiam ser rentáveis para o auge
económico, se proibiu que estos foram embargados, sem importar a dívida.13.

Com a existência do comércio triangular, que uniam África, América e Europa produzem-se
um dos maiores deslaçamentos de população e que formo uma forma de genocídio ocultado14

Trata de escravos
¿Como conseguiam os escravos?
O que mais influxo no crescimento do trafico escravista foram as condições do mercado
laboral americano15.

Os principais documentos que temos para explicar quem dava os permissos eram:

− Licencias. O seu início foi em 1510 por a Coroa castelhana com a intenção de mandar
negros as Índias para que foram vendidos a os colonos a conta da Real Facienda.
Eram umas ordenes16 que não conduziram a uma obrigação por parte do particular ao
rei. Entre os compradores, destacavam os mercadores da Coroa de Aragão, catalães e
valencianos.17
− Asientos. Permissos que a Coroa castelhana concedia. Regulamentavam o transporte
de escravos e a sede estava em a Casa da Contratação de Sevilha18, que foi um órgão
que organizava os intercâmbios comerciais nas empresas africanas abastecendo-lhes
de escravos que depois mandavam à América. Tráfico com caracter estacional devido

13
Jean-Pierre TARDIEU, “La mano de obra negra en las minas del Perú colonial (fines del s. XVI- comienzos
del XVII)”. Rábida, 10 (1991): 7-20
14
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
15
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
16
Lutgardo GARCÍA FUENTES, “El tráfico de negros hacia América” (España: Fundación MAPFRE, 2005)
17
Manuel FERNÁNDEZ CHAVES & Rafael M. PÉREZ GARCÍA, Tratas atlânticas y esclavitudes en
América. Siglos XVI-XIX (Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2021)
18
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)

6
às correntes marítimas, ventos e necessidades comerciais19. Nos asientos
participavam os efeitos de compra e também de cumprimento de determinadas
clausulas por parte de um asentista20.
− Capitulações. Tinham uma base de contrato e o seu objetivo era a posta em valor de
um território que beneficiaria à Coroa. Neste ponto, o destinatário recebia alguma
merce do rei ao troco de umas funções.21

Entre os ofícios das pessoas que compravam escravos não só eram negreiros, também
advogados, alcaldes, caciques, barbeiros, tesoureiros e incluso clérigos e pessoas que tinham
alguma conexão com esta instituição22.

Enquanto ao preço dos escravos nos seus domínios, Coroa não os regulo e eram os negreiros
que faziam. Os preços variavam em função da nacionalidade do escravo e o espaço
geográfico da transação, onde em Lima era um 80% mais caro comprar que em Cartagena
das Índias, por exemplo23.

Agora, para conseguir-lhos, havia pessoas que se vendiam como escravos para pago de
dívidas, por sequestros ou por grupos de criminais24. Também, a existência de africanos que
controlavam aos escravos até a venta ao capitam. Eram comuns os lotes pequenos25. Muitas

19
José Luis BAÑO SÁNCHEZ, “El papel de Europa en el negocio de la esclavitud negra en América (1441-
1640)” (tesis de licenciatura, Universidad de Alicante, 2015)
20
José Luis CORTÉS, “El esclavo negro, colonizador de América, a través de las capitulaciones de Indias del
siglo XVI”. Studia Histórica: Historia Moderna 7 (diciembre): 825-835
21
José Luis CORTÉS, “El esclavo negro, colonizador de América, a través de las capitulaciones de Indias del
siglo XVI”. Studia Histórica: Historia Moderna 7 (diciembre): 825-835
22
Manuel FERNÁNDEZ CHAVES & Rafael M. PÉREZ GARCÍA, Tratas atlânticas y esclavitudes en
América. Siglos XVI-XIX (Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2021)
23
Maribel ARRELUCEA, “Historia de la esclavitud africana en el Perú desde la Conquista hasta la
Abolición”, Arqueología y Sociedad (2004): 239-278
24
José Luis BAÑO SÁNCHEZ, “El papel de Europa en el negocio de la esclavitud negra en América (1441-
1640)” (tesis de licenciatura, Universidad de Alicante, 2015)
25
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)

7
vezes davam as armas precisas para que povos diferentes se pelearam e que depois os
vencedores venderam a os prisioneiros.26.

Alemães, espanholes, portugueses, italianos e demais preparavam barcos com destino a costa
africana onde, por medio de um troco, carregavam os seus navios com mercancia escrava27.
Mas, os trocos eram desiguais. Os negreiros tinham que pagar impostos de ingresso, o
almojarifazgo.28. As relações entre comerciantes de África Occidental e Europa eram
comunes e baratas graças às exportações constantes de ouro e marfim de dita zona e ao
desarrolho do império comercial asiático29

Os negros eram vendidos junto com um pedaço de terra e ganhado30.

De acordo com F. Bowser, havia três principais fontes de abastecimento de escravos:


Senegambia y Guinea-Bissau, África central e meridional e África ocidental.31Durante quase
todo o séc. XVI, os escravos do norte das costas ocidentais foram os favoritos por os
espanhóis porque eram trabalhadores, alegres y não era muito complicada a sua adaptação32.
As origens dos escravos negros no Perú eram da parte da África ocidental e ao sul do rio
Senegal33.

26
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
27
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
28
Maribel ARRELUCEA, “Historia de la esclavitud africana en el Perú desde la Conquista hasta la
Abolición”, Arqueología y Sociedad (2004): 239-278
29
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
30
Victor Hugo HARO HIDALGO, “Precio de los esclavos en el Perú: 1650-1820” (tesis de licenciatura,
Pontificia Universidad Católica del Perú, 2017)
31
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
32
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
33
Enrique JARAMILLO GARCÍA, “Los esclavos negros en el Perú y América colonial y republicana: su
contribución a la economía y la cultura”, Investigaciones sociales, 20, N36 (2016): 173-186

8
No entanto, entre o comércio ilícito, os mercadores da Coroa de Aragão também tiveram um
papel destacado.

As transações que involucravam escravos aumentarem ao final do século XVI.

¿Por que eles?


Embora durante uns anos os indígenas foram escravizados, a publicação em 1542 das Leyes
Nuevas por Carlos I, protegiam-lhes e pretendiam melhorar a suas condições para frenar os
abusos. Fray Bartolomé de las Casas foi um firme defensor dos direitos dos indígenas e, para
substituir-lhos nos trabalhos de escravos, propôs aos negros.34

Estos escravos eram úteis porque não tinham parentes e podiam ser movidos com liberdade35.

As idades com que os escravos africanos comerciavam eram entre 16 e 30 anos, mas também
se vendiam se eram maiores, embora o seu preço diminuía até não ter36.

Entre os tipos de escravos havia:

− Ladinos. Foram os que acompanharam a os seus amos nas viagens de descobrimentos


e conquista das ilhas do Atlântico e Novo Mondo. Também foram os primeiros
povoadores negros de América37. Falavam espanhol porque haviam nascido em
Espanha38
− Bozales. Não falavam as línguas romances, eram a maioria de escravos mandados ao
Novo Mondo.

Embora os índios dominavam a vida rural, os espanholes precisavam de escravos porque, por
exemplo, o Peru perdeu muita população devido às enfermidades europeias em partes ideais
para o cultivo. Já para mediados do sec. XVI, havia 3 mil escravos, onde a metade moravam

34
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
35
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
36
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
37
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
38
Enrique JARAMILLO GARCÍA, “Los esclavos negros en el Perú y América colonial y republicana: su
contribución a la economía y la cultura”, Investigaciones sociales, 20, N36 (2016): 173-186

9
em Lima39. No território peruano, como os escravos tinham de passar por o rio da Prata, o
seu preço era mais alto40.

Devido à boa situação económica em que os espanholes encontravam-se, provaram em


América com a importação de escravos africanos para encher as regiões abandonadas por os
trabalhadores ameríndios ou para cobrir a carência laboral urbana pobre entre espanholes das
novas cidades vice-reinales da América. Para o séc. XVI, os africanos ocidentais trasladados
por mar já haviam conseguido substituir a outros grupos étnicos e religiosos nos mercados
de escravos europeios41.

Os preços em América eram mais caros que na Península Ibérica42.

Condições
enquanto ao transporte, já seja por via marítima ou terrestre, não deixava de ser uma forma
de despersonalização dos escravos43.
De acordo com Mungo Park, os escravos tinham nos seus pescoços tiras e também nos
tornozelos para que não tiveram oportunidade de escapar44. Bartolomé de las Casas dizia que
os escravos negros eram tratados de forma cruel com respeito ao caminho a fazer assim como
as coisas que os negreiros lhes davam.

Os primeiros buques eram grandes embarcações de 350 toneladas, além de viveres para
sobreviver e água potável que obtinham nas costas locais. No barco, os escravos tinham de
dobrar a sua espalda e o espácio para cada individuo era só de 90 cm. A habitação era
obscura45. As vezes embarcavam 400 ou 500, onde o olor era insuportável.

39
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
40
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
41
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
42
Manuel FERNÁNDEZ CHAVES & Rafael M. PÉREZ GARCÍA, Tratas atlânticas y esclavitudes en
América. Siglos XVI-XIX (Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2021
43
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
44
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
45
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)

10
Na travessia muitos escravos morriam, geralmente por as infeções. Também muitos
falecerem por a captura e o traslado aos portos. Só 30 de cada 100 escravos negros sobrevivia
quem ano desde a sua captura46.

No caso peruano, depois da travessia, o a maioria dos escravos chegavam doentes a Lima,
além má alimentados, entumecidos, com feridas, defeitos físicos, etc.47

Se os escravos sobravam num lugar, eles iam a outros. Embora fora um mercado rentável,
também tinha um inconveniente crucial: as doenças que os escravos portavam.

Trabalhos
Os primeiros escravos domésticos foram para os ladinos48.

Os escravos ao chegar às cidades de América começavam uma capacitação, onde primeiro


trabalhavam em tarefas domésticas e de construção. Às vezes, no trabalho doméstico, podiam
receber por os seus amor dois pesos anuais e eram quase mais abundantes que os que
trabalhavam nas minas49.

Também, os foram distribuídos em função das necessidades da nova realidade económica


colonial.
Os ofícios podiam ser desde escravos urbanos, pequenos ofícios50, vidraria, faciendas51,
ganadeira e trabalhar nas padarias, como las limenhas.

Mas, que eram? Eram lugares onde o escravo ganhava um salário, mas o trato era péssimo,
estavam atados com tiras ou de uma forma parecida52.

46
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
47
Maribel ARRELUCEA, “Historia de la esclavitud africana en el Perú desde la Conquista hasta la
Abolición”, Arqueología y Sociedad (2004): 239-278
48
Paul E. LOVEJOY, “Esclavitud y comercio esclavista en el África Occidental: investigaciones en curso”,
em Debates históricos contemporáneos: africanos y afrodescendientes en México y Centroamérica (México:
Instituto Nacional de Antropología e Historia, 2011), 35-59
49
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
50
Manuel FERNÁNDEZ CHAVES & Rafael M. PÉREZ GARCÍA, Tratas atlânticas y esclavitudes en
América. Siglos XVI-XIX (Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2021)
51
Manuel FERNÁNDEZ CHAVES & Rafael M. PÉREZ GARCÍA, Tratas atlânticas y esclavitudes en
América. Siglos XVI-XIX (Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2021)
52
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)

11
Em Potosí, Alto Perú, com o descobrimento da mina de prata, muitos escravos negros foram
mandados aí, mas as condições climáticas e geográficas não eram boas para eles, por lo que
apenas estiveram tempo. Os indígenas estavam mais costumados e foram usados para isso
trabalhos.53

Também na indústria do açúcar, e a importação do escravo negro estive muito vinculada ao


desarrolho de novos cultivos.

Enquanto às mulheres escravas, só podiam trabalhar para o seu amo e não em trabalhos que
foram relacionados com homens ou que tiveram algum contacto com eles.Os escravos
maiores de 60 anos e os menores de 17 não podiam trabalhar, mas continuavam a depender
dos seus amos54.

O tráfico de escravos no Peru. Séc. XVI


O trafico de escravos foi facilmente adaptado para as necessidades do trafico atlântico para
quando apareceu no s. XV devido a os antecedentes que estos povos tinham55.
Um dos piores trajetos no tráfico de escravos desde África a América era quando o destino
era Perú, pois de acordo com as investigações de F. Bowser a percentagem nos barcos
negreiros era muito alta, sobre tudo no translado desde Panamá a Callao56. No entanto, estos
barcos também tinham sobrecarga para poder contra restar as perdidas com as mortes de
alguns escravos no trajeto57. Um número notável de negros bozales foram os que entraram
no Perú por o Rio de la Plata devido a que era maior, mas também de contrabando58.

53
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
54
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)
55
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
56
Lutgardo GARCÍA FUENTES, “El tráfico de negros hacia América” (España: Fundación MAPFRE, 2005)
57
Lutgardo GARCÍA FUENTES, “El tráfico de negros hacia América” (España: Fundación MAPFRE, 2005)
58
José ANDRÉS-GALLEGO, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estudio comparativo (España:
Fundación MAPFRE, 2005)

12
O Perú converteu-se num território muito destacado quando, na década de 1540, as minas
de Potosí (Alto Perú), foram descobertas sendo o início da uma nova sociedade59. Em Lima,
os escravos foram vendidos por tudo o Vice-reino 60.

O porto de Portobello e a cidade de Panamá conectavam as riquezas do Peru com as terras


do outro lado do Atlântico61.

Desde 1543, houve pressões para que mandara a Coroa mais escravos ao Peru como fonte de
ajuda nas explotações de minas de ouro, onde a situação era pior para os índios.

A medida que a cidade de Lima creia, também os seus escravos, chegando a ser quease a
metade da população na última década do século XVI.62

Conclusões
Este tráfico foi importante porque, de repente, todos os intercâmbios foram destinados ao
Atlântico, produzindo uma descomposição em alguns estados do interior da África.63 Mas,
além disso, a conquista europeia do hemisfério americano não asseguro a expansão do mano
de obra escrava africana ao Novo Mondo. Tomo vários anos desarrolhar a organização duma
trata negreira intensiva64.

Em África, a instituição da servitude tive uma importante repercussão demográfica


manifestada em o aumento da demanda de escravos, a relação entre servitude e a demografia

59
Manuel FERNÁNDEZ CHAVES & Rafael M. PÉREZ GARCÍA, Tratas atlânticas y esclavitudes en
América. Siglos XVI-XIX (Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2021)
60
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
61
Paul E. LOVEJOY, “Esclavitud y comercio esclavista en el África Occidental: investigaciones en curso”,
em Debates históricos contemporáneos: africanos y afrodescendientes en México y Centroamérica (México:
Instituto Nacional de Antropología e Historia, 2011), 35-59
62
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)
63
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
64
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)

13
africana porque os índices de mortalidade não deixavam de aumentar, por lo que precisavam
de mais escravos, havendo praticamente violência no todo o sistema.

Embora apenas mencionamos pessoas que defendiam a os escravos, é crucial falar dos chefes
africanos, movimentos de guerreiros como la «la larga marcha de los jaga de África al Nuevo
Mundo»65

Para finalizar, o estado do desarolho de África não pode ser explicada sem valorizar a
desestructuração das sociedades africanas durante os séculos da trata de escravos transariana
e transatlântica. Nos próximos cinco séculos, América converteu-se num grande mercado
para uns nove ou dez milões de africanos66.

Bibliografia
ALVES MATEUS VENTURA, Maria da Graça. Desenraizamento, doença e definhamento
dos negros no Peru no século XVII. Em Senhores e escravos nas sociedades ibero-
atlânticas, 265-283. Lisboa: CHAM, 2019
ANDRÉS-GALLEGO, José, La esclavitud en la monarquía hispánica: un estúdio
comparativo, España, Fundación MAPFRE, 2005
ARRELUCEA, Maribel. Historia de la esclavitud africana en el Perú desde la Conquista
hasta la Abolición. Arqueología y Sociedad, 15 (2004): 239-278
BAÑO SÁNCHEZ, José Luis. El papel de Europa en el negocio de la esclavitud negra en
América (1441-1640). Tesis de Licenciatura, Universidad de Alicante, 2015
CORTÉS, José Luis. El esclavo negro, colonizador de América, a través de las
capitulaciones de Indias del siglo XVI. Studia Histórica: Historia Moderna 7 (diciembre):
825-835
DIÈNE, Doudou, De la cadena al vínculo: Una visión de la trata de esclavos. París,
Ediciones UNESCO, 2001
GARCÍA FUENTES, Lutgardo. El tráfico de negros hacia América. España: Fundación
MAPFRE, 2005

65
Doudou DIÈNE, De la cadena al vínculo: una visión de la trata de esclavos (París: Ediciones UNESCO,
2001)
66
S. Herbert KLEIN, El tráfico atlántico de esclavos (Lima, IEP: Fundación Manuel J. Bustamante de la
Fuente, 2011)

14
HARO HIDALGO, Victor Hugo. Precio de los esclavos en el Perú: 1650-1820. Tesis de
Licenciatura, Pontificia Universidad Católica del Perú, 2017
JARAMILLO GARCÍA, Enrique. Los esclavos negros en el Perú y América colonial y
republicana: su contribución a la economía y la cultura. Investigaciones sociales, 20, N36
(2016): 173-186
JOVEJOY, PAUL E.. Esclavitud y comercio esclavista en el África Occidental:
investigaciones en curso. En Debates históricos contemporáneos: africanos y
afrodescendientes en México y Centroamérica, 35-59. México: Instituto Nacional de
Antropología e Historia. Centro de estudios mexicanos y centroamericanos, Universidad
Nacional Autónoma de México-Centro de investigaciones sobre América Latina y el
Caribe. Institut de recherche por le développement, 2011
KLEIN, HERBERT S., El tráfico atlántico de esclavos. Lima, IEP; Fundación Manuel J.
Bustamante de la Fuente, 2011 (Estudios Históricos, 56)
PÉREZ GARCÍA, Rafael Mauricio. Metodología para el análisis y cuantificación de la trata
de esclavos hacia la América española en el siglo XVI. En Los vestidos de Clío: métodos y
tendencias recientes de la historiografía modernista española (1973-2013), 823-840.
Santiago de Compostela: Universidad de Santiago de Compostela, 2013
TARDIEU, Jean-Pierre. La mano de obra negra en las minas del Perú colonial (fines del s.
XVI- comienzos del XVII). Rábida, 10 (1991): 7-20

15

Você também pode gostar