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Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230504242303
MAURÍCIO FRANCESCHINI
Servidor público do TJDFT desde 1999, tendo atuado como supervisor de informática
por 8 anos no órgão. Graduado em Ciência da Computação pela UnB, pós-graduado
em Governança de TI pela UCB e mestrando pela UnB. É professor de Informática
para concursos desde 2008 e ministra também algumas disciplinas da área de TI,
com experiência em várias instituições renomadas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini
SUMÁRIO
O Marco Civil da Internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Estrutura da Lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1. Capítulo 1 (Arts. 1º ao 6º) – Disposições Preliminares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2. Capítulo 2 (Arts. 7º e 8º) – Direitos e Garantias dos usuários. . . . . . . . . . . . . 15
2.3. Capítulo 3 (Arts. 9º ao 23) – Fornecimento de Conexão e Aplicações de
Internet. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4. Capítulo 4 (Arts. 24 a 28) – Atuação do Poder Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.5. Capítulo 5 (Arts. 29 a 32) – Disposições Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Anexo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
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O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo(a) a aula sobre a Lei n. 12.965 de 2014, O Marco Civil da Internet.
Com a popularização do uso da internet, tornou-se imprescindível a criação de uma
legislação para regulamentar o uso dessa rede.
Portanto, essa lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da
Internet no Brasil, que devem ser respeitados pelos usuários, provedores de internet e
demais envolvidos na utilização dessa ferramenta indispensável na sociedade moderna.
Além disso, essa legislação traz um capítulo inteiro para tratar da atuação ao Poder
Público em relação ao uso da Internet. Logo, as orientações e diretrizes estabelecidas na
lei devem ser seguidas pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
O Marco Civil da Internet foi um enorme avanço na legislação Brasileira, ao que se refere
ao uso das redes, pois até então, como diziam por ai, “a internet era uma terra sem lei”
aqui no Brasil, sendo o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil o amparo legal aos
usuários, ou seja, nada muito específico.
Então vamos ao estudo dessa importante legislação que busca estabelecer uma estrutura
para a governança da internet no país, garantindo que ela seja utilizada de maneira segura
e responsável, principalmente por aqueles que fornecem os serviços.
Estarei aqui do outro lado, mas junto com você nessa caminhada. Ao final, você estará
pronto(a) para gabaritar as questões sobre esse assunto.
Te desejo uma excelente aula!
Primeiramente vou te apresentar a estrutura da Lei, dessa forma você saberá exatamente
o que está estudando e em qual ponto do estudo você está. Também vou sinalizar os principais
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O Marco Civil da Internet
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artigos mais cobrados em provas de concurso, além de estudarmos também vários outros que
também são importantes para nossa prova. Mas por favor, faz-se necessário o estudo dos
demais, bem como a leitura da Lei em sua integralidade, a qual deixarei ao final do material.
2. ESTRUTURA DA LEI
• Estrutura da Legislação
Capítulo 1. (Art. 1º ao 6º) No primeiro capítulo, estudaremos os fundamentos, os princípios,
a aplicabilidade da Lei e o glossário de termos que são usados nela. Peço que dê muita
atenção nesse ponto do nosso estudo, pois esse é um assunto de extrema importância.
Capítulo 2. (Art. 7º e 8º) No segundo capítulo abordaremos temas relevantes, como a
internet como meio essencial ao exercício da cidadania e a privacidade dos usuários. Aqui
estudaremos os direitos e garantias dos usuários.
Capítulo 3. (Art. 9º ao 23) No terceiro capítulo, e mais extenso, estudaremos dentre
outros temas, a proteção dos registros, dos dados pessoais e das comunicações privadas,
além da responsabilização por danos relacionados ao conteúdo gerado por terceiros.
Capítulo 4. (Art. 24 ao 28) No quarto capítulo, vamos entender como funciona a atuação
do Poder Público em relação à matéria, o que é importante para garantir a aplicação da Lei
e a proteção dos direitos dos usuários da internet.
Capítulo 5. (Art. 29 ao 32) No quinto e último capítulo, abordaremos as Disposições
Finais da legislação, com informações sobre a proteção das crianças e adolescentes na
utilização da internet.
Fiz um mapa mental sobre a legislação que trata sobre o Marco Civil da Internet para
que você consiga visualizar essa estrutura. Te adianto que encontrará vários mapas mentais
com informações preciosas no decorrer da nossa aula. Espero que goste dessa didática para
estudar legislação, priorizando o aspecto mais visual e esquemático e menos “a letra da Lei”.
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Minha resposta padrão para todas as aulas que ministro legislação: TUDO! Esse é o
ideal!! Inclusive, se está fazendo sua preparação a longo prazo com tempo disponível para o
estudo, aprofunde-se ao máximo, pois quanto mais você souber do conteúdo, mais “sorte”
terá na hora de responder as questões.
Mas também compreendo que você possui outras disciplinas para estudar, tem suas
atividades pessoais e geralmente o tempo que você tem disponível não é suficiente para
conseguir fechar todo o edital. Então se você se encontra nessa situação, vou te dar uma
colher de chá e apontar o conteúdo de maior incidência em prova. Baseado nas estatísticas
das questões de concursos passados, eu consigo te apresentar os dez “Artigos de Ouro”,
aqueles que precisam estar na ponta da língua. Te asseguro tranquilamente que se você
compreender esses artigos, você estará à frente de muitos candidatos.
Novamente, o ideal é estudar todo o conteúdo, inclusive ler a letra da Lei, a qual deixarei
ao final do material para você não precisar nem sair desta janela. Tudo o que você precisa
pra essa disciplina, está aqui. Vamos juntos!
Veja, agora, os artigos do Marco Civil de maior incidência em provas de concurso. Dê
bastante ênfase a eles, pois são os mais cobrados!
Art. 2º Fundamentos
Art. 3º Princípios
Art. 4º Objetivos
Art. 7º Direitos
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Art. 8º Garantias
Art. 13 Guarda de registros de conexão
Art. 18 Responsabilidade Civil
Art. 19 Exceção a não responsabilização
Art. 21 Responsabilidade Subsidiária
Art. 24 Diretrizes de atuação do Poder Público
Sem mais delongas, vamos ao estudo do Marco Civil da Internet!
• Fundamentos
Os fundamentos e os princípios são tópicos diferentes, mas geralmente confundem um
pouco. Por isso, para fins didáticos, peço que pense nos fundamentos como a base de uma
edificação. Da mesma maneira que essa edificação precisa de uma fundação, a lei precisa
de alguns fundamentos que sirvam de alicerces para que ela possa ser estruturada. Isso
significa que os fundamentos são os pilares para criação da lei, enquanto os princípios vão
dar direcionamento para lei, uma espécie de proposito.
A Lei nos traz em seu artigo 2º os 7 fundamentos que foram utilizados para criação do
Marco Civil da Internet. Vejamos:
− A Liberdade de expressão: Esse fundamento é pautado na Constituição Fede-
ral, sendo um dos direitos fundamentais do indivíduo. Atualmente, a internet é
o veículo mais poderoso no que diz respeito à expressão do indivíduo. Portanto é
fundamental que a legislação tenha como fundamento a liberdade de expressão.
− O reconhecimento da escala mundial da Rede: Significa que a rede(internet)
será reconhecida como meio de alcance global. Portanto a legislação deve levar
em consideração os efeitos da internet em diversas partes do mundo.
− Os Diretos Humanos, o desenvolvimento da personalidade e exercício da ci-
dadania em meios digitais: Esse é um fundamento importante para a sociedade,
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• Princípios
Diferentemente dos fundamentos, que são os alicerces para criação da Lei, os princípios
são a bússola, eles norteiam propósitos, os quais a Lei deve atingir.
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São oito os princípios a serem buscados pelo Marco Civil da Internet. Vejamos:
− Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensa-
mento nos termos da Constituição: Perceba que quando a liberdade de expressão
aparece com um dos fundamentos é no sentido de que, o uso da internet, tem
como fundamento a liberdade de expressão, já quando a liberdade de expressão
aparece em princípio é no sentido de direito à liberdade de expressão. Esse prin-
cípio é essencial para a garantia do uso da internet de forma plena, sem que haja
restrição ou censura de maneira arbitrária, considerando os termos previstos na
Constituição.
− Proteção da privacidade: esse princípio tem como finalidade a proteção da pri-
vacidade de todos que utilizam da rede. Portanto a legislação deve cuidar para
que os dados pessoais não sejam coletados, armazenados e compartilhados com
terceiros sem consentimento expresso do titular dos dados, exceto em casos
previstos em lei.
− Preservação e garantia da neutralidade da rede: Isso significa que não haverá
favorecimento de determinados serviços a determinadas instituições. Além de não
haver discriminação no acesso de conteúdos, aplicativos ou serviços disponíveis
na rede. Esse princípio garante que haja igualdade no tratamento dos usuários da
internet e das instituições provedoras de serviços.
Obs.: Guarde essa informação pois no decorrer da nossa aula, falaremos das situações
em que pode haver discriminação ou degradação do tráfego dos dados.
Não confunda!!!
Em relação à preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, não estou
falando do plano de internet que você contratou para sua residência e nem dos equipamentos
que você tem em sua casa. Aqui estamos tratando da infraestrutura da rede do provedor,
ou seja, por meio de uma boa infraestrutura de cabeamento de fibra ótica, centrais de
transmissão, antenas de transmissão etc. garante-se a estabilidade, a segurança e a
estabilidade da rede.
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− Proteção dos dados pessoais na forma da lei: esse princípio é bem similar ao
anterior e possuem a mesma finalidade. Trata-se da proteção dos dados pessoais
dos usuários da internet. Por exemplo a necessidade de informar aos usuários os
dados que serão coletados, para quê e por quem serão utilizados. Veja, por exem-
plo, a página da Amazon.
EXEMPLO
O incentivo à promoção da inclusão digital e a produção e circulação de conteúdo nacional,
conforme dispõe o artigo 27, que estudaremos em momento oportuno.
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suas atividades, esses agentes devem responder pelos prejuízos que causarem ou
conteúdos ilegais, de acordo com os termos da Lei.
− Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet: Aqui o propósito
é fomentar a economia, o crescimento econômico das instituições e da própria
sociedade. Os modelos de negócios promovidos na internet devem ser livres, não
podendo ser limitados por regulamentações excessivas ou restritivas.
Bem tranquila essa parte, né? Como de costume, deixo a seguir um mapa mental sobre
esse importante tópico: Princípios.
• Objetivos
Os objetivos são o alvo, aquilo que a lei deve atingir com sua aplicação.
Geralmente esses objetivos ficam dentro de princípios, mas o no Marco Civil o legislador
trouxe fundamentos, princípios e objetivos. Você, como aluno exemplar, vai saber diferenciar
todos eles.
− A promoção do direito de acesso à internet a todos: Esse objetivo estabelece
que o ordenamento jurídico garanta o direito do acesso à internet a todos. Isso
significa que qualquer pessoa, independentemente de sua condição econômica
tem o direito de acessar a internet. Esse objetivo busca garantir aos cidadãos
brasileiros a igualdade de oportunidades e a inclusão social e digital.
− Promoção do acesso à informação, conhecimento e a participação na vida cul-
tural e na condução dos assuntos públicos: Esse princípio, assim como o ante-
rior, visa garantir que a internet proporcione aos cidadãos o acesso à informação,
ao conhecimento, à cultura e à participação nos assuntos públicos. Essa inserção
dos usuários na rede favorece a democratização da informação entre os cidadãos.
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Não confunda!!!
Promover o direito ao acesso é diferente de promover o acesso. O primeiro traz a ideia
de que o ordenamento jurídico garanta o direito, enquanto o segundo é diz respeito aos
meios práticos que permitirão a concretização do direito adquirido, ou seja, o acesso
propriamente dito.
DICA
São quatro objetivos e todos eles começam com promoção
de alguma coisa. Então se a questão trouxer esse termo,
orelha em pé!! Pois há grande chance de se tratar de um
objetivo!
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• Interpretação da Lei
Note que essa lei estabelece não apenas fundamentos e princípios, mas também objetivos
específicos. Contudo, ao interpretá-la, é necessário levar em consideração não somente
esses elementos, mas também a natureza da internet, suas práticas e sua relevância para
fomentar o progresso humano e econômico.
EXEMPLO
O WhatsApp usa criptografia de ponta a ponta, o que significa que toda a conexão e conteúdo
da conexão são criptografados. Essa medida garante a privacidade das mensagens, fotos,
links e qualquer conteúdo compartilhado, assegurando que somente o destinatário possa
acessar as informações contidas ali.
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Finalizamos o estudo do primeiro capítulo da Lei n. 12.965 de 2014. Peço que no decorrer
da nossa aula, se você ficar com dúvidas quanto algum desses conceitos, volte para esse
tópico e leia quantas vezes forem necessárias. Auxiliará na sua memorização!
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• Direitos:
O Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo e oitavo sobre os direitos e
garantias dos usuários da internet. Vejamos cada um deles.
− Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação: Esse direito está
assegurado no artigo 5º da Constituição Federal e no artigo 7º da legislação em
estudo. Esse dispositivo estabelece que ninguém pode invadir a vida particular
de um indivíduo sem seu consentimento ou autorização legal. Portanto, caso
isso ocorra, é garantido ao indivíduo que teve sua privacidade violada, o direito
à indenização, tanto material quanto moral.
− Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo
por ordem judicial, na forma da lei: Esse direito garante que as comunicações
feitas pela internet, como por exemplo, e-mails ou conversas por aplicativos de
mensagens não sejam acessadas por terceiros durante sua transmissão, com
exceção dos casos em que exista uma ordem judicial que autorize a quebra
desse sigilo.
− Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo
por ordem judicial: Esse direito se assemelha ao anterior, porém aqui estamos
falando da inviolabilidade e do sigilo das comunicações privadas armazenadas
(guardadas). Nesse caso, os dados estão armazenados em dispositivos eletrônico
ou na nuvem. Dessa forma, esses dados só poderão ser acessados por terceiros
em caso de ordem judicial permitindo o acesso.
− Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorren-
te de sua utilização: Esse direito garante que não haverá suspensão da conexão
com a internet, exceto nos casos de falta de pagamento do serviço. Muito simples
isso aqui: se não paga, não usa! Somente nesse caso poderá haver a suspensão
da conexão. Isso aqui cai demais em prova!!
− Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet: Esse direito
garante ao usuário que o provedor do serviço sempre mantenha a qualidade da
conexão à internet de acordo com o contrato.
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Esse direito é bem semelhante ao anterior, mas nesse caso estamos falando da proteção
dos dados pessoais. Isso significa que as informações precisam ser claras e completas para
que o usuário entenda como seus dados pessoais serão tratados (coleta, uso, armazenamento)
bem como as medidas de segurança para a proteção dos seus dados pessoais.
Nesse ponto, não estamos tratando de informações de acesso, somente dados que
identificam o titular do serviço contratado, ok?
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• Garantias
O artigo 8º do Marco Civil da Internet estabelece que o direito à privacidade e à liberdade
de expressão são fundamentais para o pleno exercício do direito de acesso à internet. Isso
significa que o usuário deve ter garantias de que sua privacidade não será violada e que
sua liberdade de expressão não será cerceada ao utilizar a internet.
É importante ressaltar que esses direitos devem ser assegurados tanto pelas empresas
responsáveis pela oferta dos serviços de internet quanto pelo próprio Estado, que deve
criar mecanismos de proteção e fiscalização para garantir o cumprimento desses direitos.
Portanto a legislação dispõe que nos contratos de prestação de serviços, algumas cláusulas
contratuais podem ser nulas por violar algumas garantias dos usuários. Sendo as que:
− Impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela
internet; ou
− Em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção
do foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados
no Brasil.
Veja esse exemplo sobre cláusulas contratuais que podem ser NULAS:
EXEMPLO
Imagine que você queira contratar o serviço de uma provedora de internet. Dentre as várias
cláusulas do contrato de prestação de serviços, há uma cláusula que autorize o provedor
a disponibilizar os dados de sua comunicação privada com terceiros, sem que haja seu
consentimento expresso para isso.
Essa cláusula é considerada nula, por violar o sigilo das comunicações privadas, conforme
dispõe a Lei do Marco Civil da Internet. Esse compartilhamento só pode ocorrer em casos
específicos previstos em lei ou com consentimento expresso do usuário titular do serviço.
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Veja abaixo um mapa mental sobre cláusulas contratuais que podem ser nulas.
Obs.: Sugestão: Vai lá rapidinho encher sua garrafinha, aproveite e beba água. Vou
estar aqui te esperando para estudarmos o próximo e mais extenso capítulo dessa
legislação.
• Neutralidade da Rede
Quando estamos falando da neutralidade da rede, é exatamente no sentido de ser
neutra, imparcial. Portanto, os dados que trafegam na internet devem ser tratados de
forma igualitária, sem que exista distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,
terminal ou aplicação.
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Ainda sobre a neutralidade da rede, quero aprofundar um pouco mais sobre essa questão
de discriminação ou degradação do tráfego de dados na internet.
No caso de discriminação ou degradação do tráfego de dados, o provedor deve agir de
forma proporcional e transparente, de maneira a não prejudicar o usuário, informando
previamente sobre as práticas adotadas de gerenciamento de tráfego, além de oferecer
serviços em condições comerciais não discriminatórias.
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As questões relacionadas a esse tema, trazem a letra da lei, portanto deixo aqui o artigo
9º parágrafo 3º para sua leitura. Dessa maneira você vai se familiarizando com os termos
da legislação.
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EXEMPLO
A Claro é um provedor de conexão à internet e a Meta é um provedor de aplicativo. Vamos
supor que um indivíduo que tem a Claro como fornecedora do serviço de internet, acesse o
Instagram (rede social da Meta).
Nesse caso, a provedora de internet Claro é a responsável por armazenar registros de conexão
desse indivíduo, como por exemplo o endereço IP, hora e data de acesso, tempo de acesso e etc.
No entanto, a Meta é a responsável por armazenamento de dados de acesso ao Instagram,
como data e hora de uso do Instagram a partir de um determinado endereço IP.
Você deve ter percebido que os tópicos são muito parecidos, mas preciso que entenda
que o provedor de conexão é diferente do provedor de aplicação.
Em relação ao armazenamento e disponibilização dos registros de conexão e acesso a
aplicações de internet, bem como as informações pessoais e conteúdo de comunicações
privadas, os provedores devem preservar a intimidade, privacidade, a honra e a imagem
das partes envolvidas.
Isso quer dizer que os provedores não podem disponibilizar esses registros?
Realmente o provedor não pode, por conta própria, disponibilizar os registros de acesso e
aplicações na internet. Os provedores devem disponibilizar esses registros apenas mediante
ordem judicial, o que também se aplica ao conteúdo das comunicações privadas.
As autoridades administrativas que possuam competência legal, podem requerer o
acesso dos dados cadastrais, tais como nome, data de nascimento, filiação e endereço.
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PRAZO DE 1 ANO
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Peço um pouco mais da sua atenção nesse ponto, pois geralmente essa parte
confunde um pouco.
Aqui, estamos falando sobre os provedores de conexão à internet, como por exemplo
empresas como a Claro, a Oi ou a Tim, armazenarem os registros de acesso a aplicações
como as informações referentes a data e hora de uso da plataforma de aplicação de
internet a partir de um determinado endereço IP.
Veja esse exemplo para que você visualize o contexto.
EXEMPLO
Um usuário contratou a empresa OI Fibra (provedor) para fornecer conexão de internet em
sua residência. Caso o usuário acesse suas redes sociais, por exemplo, a empresa OI Fibra não
pode armazenar os registros de acesso dessas atividades. Ou seja, a empresa não poderá
guardar aquele conjunto de informações referentes à data e hora de uso de acesso as redes
sociais partir de um determinado endereço IP.
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PRAZO DE 6 MESES
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Obs.: Caso o fornecedor opte por não guardar os registros de acessos a aplicações de
internet, eles não serão responsáveis por danos causados por terceiros que utilizam
esses serviços.
Veja abaixo esses dois casos em que o armazenamento é proibido.
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Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por dados
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.
Esse artigo, com certeza, é um dos favoritos dos examinadores. Quando você for resolver
as questões, vai comprovar isso!
A legislação traz uma exceção em que o provedor pode ser responsabilizado civilmente
por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, sendo ela:
Após a uma ordem judicial especifica, o provedor não remover o conteúdo apontado como infrator.
Ou seja, o provedor será responsabilizado civilmente se descumprir ordem judicial específica
para retirar o conteúdo considerado ofensivo.
Podia ser só isso, né: blá, blá, blá NÃO SERÁ RESPONSABILIZADO CIVILMENTE e fim. Mas
como a vida do estudante é muito tranquila e pacata, o legislador traz 59 exceções para
cada regra (contém ironia). Portanto, aqui não seria diferente, então tente memorizar esse
artigo dessa forma:
O provedor de conexão não será responsabilizado civilmente por conteúdo gerado
por terceiros, salvo se não tomar providências para indisponibilizar o conteúdo após ordem
judicial nesse sentido.
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Em relação à ordem judicial, ela deve identificar de forma clara e especifica o conteúdo
considerado infringente, de modo a permitir sua localização inequívoca.
Os usuários prejudicados por conteúdo disponibilizados na internet relacionado à
honra, a reputação ou a direitos de personalidade podem ingressar perante os juizados
especiais, ao invés de recorrer a um tribunal comum. Tendo os trâmites mais simplificados
pelo juizado especial.
O juiz pode antecipar, total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido
inicial, existindo prova inequívoca do fato e levando em consideração o interesse da
coletividade na disponibilização do conteúdo na internet, desde que presentes os requisitos
de verossimilhança da alegação do autor e de fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação.
Deixe-me explicar de maneira mais fácil, principalmente para você que não é da área do
Direito. Nesse caso, o juiz pode determinar a retirada do conteúdo de forma antecipada, ou
seja, antes da conclusão do processo, mas para que haja essa determinação, será necessária
uma prova clara de que aquele fato ocorreu, além de risco concreto de dano irreparável ou
de difícil reparação.
Veja esse exemplo para que você visualize o contexto.
EXEMPLO
Imagine que um influenciador digital, com milhares de seguidores, poste em suas redes sociais
fotos intimas de sua ex-namorada por motivo de vingança, já que não aceitou o término do
relacionamento.
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Inconformada por ter tido sua intimidade exposta na internet, a ex-namorada busca auxílio
no judiciário para que suas fotos sejam imediatamente retiradas. Em sua petição inicial ela
demonstra de forma clara e específica os conteúdos que deve ser retirado da internet, bem
como todas as provas que comprovem o alegado.
Nesse caso, o juiz, antes mesmo da conclusão do processo, pode determinar a retirada das
fotos íntimas da internet, visto que, quanto mais tempo essas imagens permanecerem
na internet, mais alcance e propagação terão, sendo, portanto, um risco concreto de dano
irreparável em relação à vítima com a intimidade exposta.
Veja essa reportagem retirada do site do Jornal Ipanema. Esse é apenas um dos milhares
de casos nesse sentido.
EXEMPLO
Caso real:
Ainda em relação ao nosso caso hipotético, o juiz determina que o provedor de aplicação, no
caso a rede social, indisponibilize as fotos íntimas que foram postadas.
A legislação dispõe que, caso o provedor possua informações de contato desse usuário
responsável pelo conteúdo indisponibilizado, deve comunicar os motivos e informações
relativos à indisponibilização do conteúdo, dessa forma o usuário terá a oportunidade
de se defender em juízo. Além disso, o usuário pode solicitar que o provedor substitua o
conteúdo indisponibilizado pela motivação ou ordem judicial que fundamentou a decisão
da indisponibilização do conteúdo.
Vamos ao estudo do artigo 21, que traz a responsabilidade subsidiária do provedor
de aplicações de internet. Esse é um artigo que colocarei na integra para que você o leia e
internalize, pois ele tem bastante incidência em questões de concurso.
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Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo
cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação
pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito
e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
Em outras palavras esse artigo dispõe que os provedores de aplicação de internet, que
disponibilizem conteúdos gerados por terceiros têm responsabilidade SUBSIDIÁRIA, caso
após notificação pelo participante ou representante legal, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, em casos de violação da intimidade
decorrente da divulgação de imagens, vídeos ou outros materiais que contenham cenas de
nudez ou atos sexuais de caráter privado, sem autorização dos envolvidos.
As questões de concurso vão falar sobre responsabilidade solidária, que tem outro significado
(todos respondem em mesmo grau pela obrigação), só para te confundir. Fique atento!
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Essa notificação deve ter elementos que permitam a identificação exata do conteúdo
violador da intimidade do participante. É importante que o provedor da plataforma tenha
certeza de que a notificação é legitima e que o conteúdo em questão é de fato ofensivo,
antes de removê-lo.
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O Marco Civil da Internet também dispõe que para as aplicações de internet do Poder
Público deve buscar a compatibilidade com diversos terminais, sistemas operacionais e
aplicativos para acesso, a acessibilidade para todos os interessados, independentemente de
suas capacidades, a compatibilidade tanto com a leitura humana quanto com o tratamento
automatizado das informações, a facilidade de uso dos serviços de governo eletrônico e o
fortalecimento da participação social nas políticas públicas.
Não para por aí! O Poder Público deve tomar iniciativas para incentivar à cultura digital
e promover a internet como ferramenta social. Essas iniciativas devem:
1) Promover a inclusão digital;
2) Buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no
acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e
3) Fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.
Essa última iniciativa em especial já caiu em prova e ela tem como objetivo o incentivo
da criação e disseminação de conteúdo produzido por brasileiros, valorizando a cultura e
a produção nacional.
Veja um mapa mental sobre as iniciativas do Poder Público.
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Obrigado pela sua companhia nesse estudo teórico do Marco Civil da Internet. Te vejo
na resolução das questões, até logo!
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RESUMO
Essa lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no
Brasil, que devem ser seguidos pelos usuários, provedores de internet e demais envolvidos
na utilização, bem como a atuação dos órgãos governamentais, devendo ser seguidas pela
União, os Estados, O Distrito Federal e os Municípios.
Nosso resumo abordará, de forma sintetizada, os conceitos sobre cada capítulo da Lei,
os mesmos conceitos apresentados na aula, porém de forma bem mais suscinta.
• Fundamentos
A Lei nos traz em seu artigo 2º os 7 fundamentos que foram utilizados para criação do
Marco Civil da Internet. Vejamos:
• A Liberdade de expressão
• O reconhecimento da escala mundial da Rede
• Os Diretos Humanos, o desenvolvimento da personalidade e exercício da cidadania
em meios digitais
• Pluralidade e diversidade
• Abertura e colaboração
• A Livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor
• A finalidade social da rede
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• Princípios
São 8 princípios utilizados para elaboração do Marco Civil da Internet. Vejamos:
• Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento
nos termos da Constituição
• Proteção da privacidade
• Proteção dos dados pessoais na forma da lei
• Preservação e garantia da neutralidade da rede
• Preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede
• Preservação da natureza participativa da rede
• Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei
• Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet
Deixo a seguir um mapa mental sobre esse importante tópico: Princípios.
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• Objetivos
Os objetivos são o alvo, aquilo que a lei deve atingir com sua criação.
• A promoção do direito de acesso à internet a todos
• Promoção do acesso à informação, conhecimento e a participação na vida cultural
e na condução dos assuntos públicos
• Promoção da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e
modelos de uso e acesso
• Promoção da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação,
a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados
Veja a seguir um mapa mental sobre os objetivos da Lei.
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Perceba que essa lei possui fundamentos, princípios, bem como objetivos. Entretanto,
a interpretação dessa legislação levará em conta, além dos fundamentos, princípios e
objetivos, também a natureza da internet, seus costumes e a importância para a promoção
do desenvolvimento humano e econômico.
• Glossário
Essa parte é bem conceitual, pois traz as definições de diversos termos utilizados ao
longo da Lei. Você vai aprender o que é internet, aplicações de internet, endereço IP, conexão
à internet, terminal, administrador de sistemas autônomo, registro de conexão, registro
de acesso a aplicações de internet.
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• Garantias
O artigo 8º do Marco Civil da Internet estabelece que o direito à privacidade e à liberdade
de expressão são fundamentais para o pleno exercício do direito de acesso à internet. Isso
significa que o usuário deve ter garantias de que sua privacidade não será violada e que
sua liberdade de expressão não será cerceada ao utilizar a internet.
Portanto a legislação dispõe que nos contratos de prestação de serviços, algumas cláusulas
contratuais podem ser nulas por violar algumas garantias dos usuários. Sendo as que:
• Impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela
internet; ou
• Em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção
do foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados
no Brasil.
Veja abaixo um mapa mental sobre esse assunto.
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As questões relacionadas a esse tema, trazem a letra da lei, portanto deixo aqui o artigo
9º parágrafo 3º para sua leitura. Dessa maneira você vai se familiarizando com os termos
da legislação.
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Isso quer dizer que os provedores não podem disponibilizar esses registros?
Realmente o provedor não pode, por conta própria, disponibilizar os registros de acesso e
aplicações na internet. Os provedores devem disponibilizar esses registros apenas mediante
ordem judicial, o que também se aplica ao conteúdo das comunicações privadas.
As autoridades administrativas que possuam competência legal, podem requerer o
acesso dos dados cadastrais, tais como nome, data de nascimento, filiação e endereço.
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Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por dados
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.
A legislação traz uma exceção em que o provedor pode ser responsabilizado civilmente
por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, sendo ela:
Após a uma ordem judicial especifica, o provedor não remover o conteúdo apontado como infrator.
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Em relação a ordem judicial, ela deve identificar de forma clara e especifica o conteúdo
considerado infringente, de modo a permitir sua localização inequívoca.
A legislação dispõe que caso o provedor possuir informações de contato desse usuário
responsável pelo conteúdo indisponibilizado, deve comunicar os motivos e informações
relativos a indisponibilização do conteúdo, dessa forma o usuário terá a oportunidade
de se defender em juízo. Além disso o usuário pode solicitar que o provedor substitua o
conteúdo indisponibilizado pela motivação ou ordem judicial que fundamentou a decisão
da indisponibilização do conteúdo.
Vamos ao estudo do artigo 21, que traz a responsabilidade subsidiária do provedor
de aplicações de internet. Esse é um artigo que colocarei na integra para que você o leia e
internalize, ele tem bastante incidência em questões de concurso.
Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo
cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação
pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito
e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
Em outras palavras esse artigo dispõe que os provedores de aplicação de internet, que
disponibilizem conteúdos gerados por terceiros, têm responsabilidade SUBSIDIÁRIA, caso,
após notificação pelo participante ou representante legal, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, em casos de violação da intimidade
decorrente da divulgação de imagens, vídeos ou outros materiais que contenham cenas de
nudez ou atos sexuais de caráter privado, sem autorização dos envolvidos.
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Por fim, o usuário que teve seu direito lesado, pode buscar defesa na justiça de acordo
com a legislação em vigor.
Terminamos nosso estudo do nosso resumo sobre essa importante legislação: Marco
Civil da Internet.
Te vejo na resolução das questões dessa aula.
Até lá!
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QUESTÕES DE CONCURSO
Agora chegou a de você colocar em prática tudo que estudamos, separei muitas questões
para você treinar.
Ao lado de cada questão você encontrará o nível de dificuldade, dessa forma saberá se está
respondendo uma questão fácil, média ou difícil.
Obs.: Alunos que ainda não tiveram contato com o conteúdo teórico encontrarão
dificuldades em resolver até as questões fáceis, visto que, em geral, as questões
não são intuitivas.
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de imagens suas de nudez em um site para fins comerciais, porém as visualizou em outro
site adulto, veiculadas sem seu consentimento. Com base nessa situação hipotética e
considerando o Marco Civil da Internet (Lei Federal n. 12.965/2014) e a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) As imagens de nudez, produzidas e cedidas para fins comerciais – absolutamente lícitos
– não ostentam natureza privada, que estabelece a responsabilização do provedor, caso,
após ordem judicial específica, não tomar as providências para, nos limites técnicos do seu
serviço, tornar indisponível o conteúdo apontando.
b) O provedor de aplicações de internet deverá manter os respectivos registros de acesso
a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de
1 (um) ano, nos termos do regulamento.
c) Em observância à liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento,
a exclusão e o cancelamento dos serviços e das funcionalidades da conta ou do perfil de
usuário de redes sociais somente poderão ser realizados com justa causa e motivação.
d) O provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente
por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica,
não tomar as providências para tornar indisponível a divulgação, sem autorização de seus
participantes, de imagens ou de atos sexuais de caráter privado.
e) Moderação em redes sociais são ações dos provedores de redes sociais de exclusão,
suspensão ou bloqueio da divulgação de conteúdo gerado por terceiros, incluídos aqueles
que se destinam à troca de mensagens instantâneas e às chamadas de voz.
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tempo, serviços de telefonia e de internet por banda larga. A fim de maximizar seus lucros,
passa a privilegiar a qualidade das ligações telefônicas, deixando mais lenta para os usuários
a velocidade de conexão da internet em serviços e aplicativos que realizam chamadas de
vídeo e voz.
À luz do Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014), essa prática é considerada
a) lícita, porque a lei assegura a livre iniciativa e a livre concorrência.
b) ilícita, porque viola a regra que impõe a neutralidade da rede.
c) ilícita, porque viola a regra da inimputabilidade da rede.
d) lícita, porque não configura conduta anticoncorrencial.
e) ilícita, porque aplicações não configuram pacotes de dados.
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a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 3 – 1.
c) 2 – 1 – 3.
d) 3 – 1 – 2.
e) 3 – 2 – 1.
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033. ( C E S P E / C E B R A S P E / B A N E S E / T É C N I C O B A N C Á R I O / I N F O R M ÁT I C A /
DESENVOLVIMENTO/2021/FÁCIL) Acerca do sigilo bancário, da proteção de dados pessoais
e do marco civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Qualquer provedor de aplicações de Internet deverá manter os registros de acesso a
aplicações de Internet sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo
estabelecido em lei.
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extrajudicialmente pelo lesado, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo
apontado como infringente.
b) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais
contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após ordem judicial
específica, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu
serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
c) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais
contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento
de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
d) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação do direito à honra subjetiva de
pessoa jurídica quando, após o recebimento de notificação do seu representante legal,
deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço,
a indisponibilização desse conteúdo.
e) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da prática
de pornografia de vingança quando, após o recebimento de notificação pelo participante
ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo, não havendo que se falar em
dano moral ao lesado se nas imagens, vídeos ou outros materiais não aparecer seu rosto.
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de nudez ou de atos sexuais de caráter privado, caso não promova sua indisponibilização
de forma diligente, ainda que produzidos por terceiros.
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c) Aplicações de internet.
d) Conexão à internet.
e) Endereço IP.
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GABARITO
1. d 18. b 35. a
2. b 19. b 36. c
3. b 20. a 37. E
4. c 21. c 38. C
5. c 22. E 39. e
6. d 23. E 40. a
7. d 24. c 41. b
8. d 25. a 42. E
9. c 26. c 43. d
10. a 27. a 44. c
11. a 28. e 45. b
12. b 29. e 46. b
13. c 30. d 47. d
14. E 31. c 48. E
15. a 32. e 49. C
16. d 33. E 50. d
17. b 34. c
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GABARITO COMENTADO
Agora chegou a de você colocar em prática tudo que estudamos, separei muitas questões
para você treinar.
Ao lado de cada questão você encontrará o nível de dificuldade, dessa forma saberá se está
respondendo uma questão fácil, média ou difícil.
Obs.: Alunos que ainda não tiveram contato com o conteúdo teórico encontrarão
dificuldades em resolver até as questões fáceis, visto que, em geral, as questões
não são intuitivas.
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O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que exerça essa
atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os
respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e
de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.
Letra b.
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a) Errada. O erro está em dizer que o prazo não ultrapassará 6 meses, sendo que o parágrafo
segundo dispõe que os registros podem ser guardados por prazo superior ao previsto no
caput (1 ano). Veja o que dispõe o Art. 13 e o parágrafo segundo.
b) Errada. Veja o que dispõe o parágrafo primeiro do Art. 13. § 1º: A responsabilidade pela
manutenção dos registros de conexão não poderá ser transferida a terceiros.
c) Certa. Conforme dispõe o artigo 13:
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d) Errada. Veja o que dispõe o artigo Art. 14 sobre isso: na provisão de conexão, onerosa ou
gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações de internet.
e) Errada. Veja o que dispõe o artigo 13 em seu § 4º:
o provedor responsável pela guarda dos registros deverá manter sigilo em relação ao requerimento
previsto no § 2º, que perderá sua eficácia caso o pedido de autorização judicial seja indeferido
ou não tenha sido protocolado no prazo previsto no § 3º.
Letra c.
Muito fácil essa, né? Veja o que dispõe o Art. 1º da Lei do Marco Civil da Internet.
Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e
determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
em relação à matéria.
Letra c.
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Nosso gabarito é a letra D, por trazer dois requisitos imprescindíveis para a admissibilidade,
sendo eles os fundados indícios da ocorrência do ilícito e a justificativa motivada da utilidade
dos registros solicitados para fins de investigação oi instrução probatória.
Veja o que dispõe o artigo 22 e seus incisos.
Art. 22. A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo
judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao
responsável pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a
aplicações de internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou
instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.
As outras alternativas não atendem ao comando da questão por não estarem descritas na
legislação. Portanto incorretas.
Letra d.
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O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem
autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas
de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação pelo
participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e
nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
Até a entrada em vigor da lei específica prevista no § 2º do art. 19, a responsabilidade do provedor
de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, quando se
tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos, continuará a ser disciplinada pela
legislação autoral vigente aplicável na data da entrada em vigor desta Lei.
Quando solicitado pelo usuário que disponibilizou o conteúdo tornado indisponível, o provedor
de aplicações de internet que exerce essa atividade de forma organizada, profissionalmente e
com fins econômicos substituirá o conteúdo tornado indisponível pela motivação ou pela ordem
judicial que deu fundamento à indisponibilização.
Letra d.
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Letra d.
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A legislação do Marco Civil da Internet dispõe no seu artigo sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente
de sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,
e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso
e informado ou nas hipóteses previstas em lei
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A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo judicial
cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável
pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de
internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou
instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.
b) Errada. A disseminação de notícias falsas por meio de redes sociais pode estar sujeita
a restrições, pois pode violar outros direitos fundamentais, como a honra, a intimidade,
a dignidade e a segurança. Os tribunais têm o poder de determinar a remoção de conteúdos
ilícitos ou prejudiciais, desde que observem os devidos processos legais e os princípios
constitucionais.
c) Errada. O sigilo de comunicações privadas pela Internet é um direito fundamental e não
pode ser afastado por cláusula contratual. Mesmo que haja um contrato de fornecimento
de serviço de acesso à Internet, o sigilo das comunicações continua protegido, a menos que
haja uma ordem judicial que justifique a quebra do sigilo.
d) Errada. O usuário tem direito à inviolabilidade e ao sigilo de suas comunicações pela
Internet, sendo que a exceção é a intervenção por ordem judicial. A referência à autoridade
administrativa e à ANATEL não é aplicável ao sigilo telemático, pois a quebra de sigilo deve
ocorrer por decisão judicial e não por regulamentação administrativa.
e) Errada. O sigilo telemático engloba a proteção das conversas ocorridas em aplicativos
de mensagens, desde que sejam consideradas comunicações privadas. O direito ao sigilo
telemático inclui a proteção das trocas de mensagens realizadas em aplicativos de mensagens
instantâneas, salvo em casos excepcionais previstos na legislação, como ordem judicial.
Letra a.
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A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por
ordem judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente
de sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de
conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento
livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei
• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais
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• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais
• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet
Letra b.
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O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que exerça essa
atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os
respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e
de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.
Letra c.
Errado.
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O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem
autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo
cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação
pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito
e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que exerça essa
atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os
respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e
de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de
aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de
conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para,
no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível
o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
e) Errada. A moderação em redes sociais refere-se à ação dos provedores de redes sociais
de monitorar e controlar o conteúdo gerado por terceiros para garantir o cumprimento de
regras e políticas estabelecidas. Não se restringe apenas à exclusão, suspensão ou bloqueio,
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mas também pode incluir outras medidas, como advertências, restrições de visibilidade,
entre outras.
Letra a.
A legislação do Marco Civil da Internet dispõe no seu artigo sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
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a) Errada. A prática descrita não é considerada lícita, mesmo que a lei assegure a livre
iniciativa e a livre concorrência. O Marco Civil da Internet estabelece princípios e regras
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Letra b.
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Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização: Esse direito garante que não haverá suspensão da conexão com a internet, exceto nos
casos de falta de pagamento do serviço. Muito simples isso aqui, se não paga, não usa. Somente
nesse caso poderá haver a suspensão da conexão
d) Errada. Veja o que dispõe o Art. 13. § 1º: A responsabilidade pela manutenção dos registros
de conexão não poderá ser transferida a terceiros.
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a) Certa. Conforme o Marco Civil da Internet, a rede social pode ser responsabilizada civilmente
por danos decorrentes da criação de perfil falso se, após ordem judicial específica, não
tomar as providências necessárias para tornar o conteúdo indisponível. Isso significa que
a plataforma deve agir para remover o perfil falso e o conteúdo associado a ele quando
receber uma ordem judicial que determine essa remoção.
b) Errada. O Marco Civil da Internet estabelece que é possível conceder tutela provisória
de urgência para determinar a indisponibilização de conteúdo lesivo à honra de outrem,
mesmo que temporariamente. Essa tutela pode ser imposta por decisão judicial provisória,
antes de uma decisão definitiva, com o objetivo de evitar danos imediatos e irreparáveis.
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Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini
A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo judicial
cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável
pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de
internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou
instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.
Letra a.
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O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini
a) Errada. O Marco Civil da Internet estabelece que as empresas provedoras das redes
sociais digitais não têm responsabilidade civil automática sobre os danos decorrentes dos
conteúdos postados pelos usuários. Elas são responsabilizadas somente após a notificação
judicial específica sobre conteúdo ilegal e, caso não tomem as providências necessárias
para tornar o conteúdo indisponível, podem ser responsabilizadas.
b) Errada. Conforme dispõe o Art. 13.
Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
no desenvolvimento da internet no Brasil:
V – adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;
Letra c.
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O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos decorrentes
de conteúdo gerado por terceiros.
Errado.
Errado.
A Lei nos traz em seu artigo 2º os 7 fundamentos que foram utilizados para criação do
Marco Civil da Internet. Vejamos:
• A Liberdade de expressão
• O reconhecimento da escala mundial da Rede
• Os Diretos Humanos, o desenvolvimento da personalidade e exercício da cidadania
em meios digitais
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• Pluralidade e diversidade
• Abertura e colaboração
• A Livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor
• A finalidade social da rede
Letra c.
Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no
Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios em relação à matéria.
Letra a.
internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser
obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção
dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.
d) Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 6 meses, nos termos do regulamento.
e) Na provisão de conexão gratuita, é permitido guardar os registros de acesso a aplicações
de internet.
a) Errada. Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da
lei é um princípio, porém a pluralidade e a diversidade é um dos fundamentos.
b) Errada. Veja o que dispõe o artigo Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da
cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos:
VII – não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de
acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado
ou nas hipóteses previstas em lei;
Letra c.
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b) Errada. Fundamento.
c) Errada. Fundamento.
d) Errada. Fundamento.
e) Errada. Fundamento.
Letra a.
Letra e.
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2. Terminal.
3. Aplicações de Internet.
a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 3 – 1.
c) 2 – 1 – 3.
d) 3 – 1 – 2.
e) 3 – 2 – 1.
Para responder essa questão, deixo nosso Glossário. Aproveite e leia os demais conceitos
para revisar.
Letra e.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por
ordem judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por
ordem judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente
de sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
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Letra e.
033. ( C E S P E / C E B R A S P E / B A N E S E / T É C N I C O
B A N C Á R I O / I N F O R M ÁT I C A /
DESENVOLVIMENTO/2021/FÁCIL) Acerca do sigilo bancário, da proteção de dados pessoais
e do marco civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Qualquer provedor de aplicações de Internet deverá manter os registros de acesso a
aplicações de Internet sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo
estabelecido em lei.
Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Errada. O Marco Civil da Internet não prevê a não suspensão do acesso à internet de
forma ampla nos casos de inadimplemento pelos consumidores. O acesso à internet pode
ser suspenso por questões contratuais, desde que respeitados os direitos e garantias
individuais dos consumidores estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor.
b) Errada. Veja o que dispõe o § 3º:
Na interpretação desta Lei serão levados em conta, além dos fundamentos, princípios e objetivos
previstos, a natureza da internet, seus usos e costumes particulares e sua importância para a
promoção do desenvolvimento humano, econômico, social e cultural.
e) Errada. No Art. 13 §2º diz que a autoridade policial (o delegado, neste caso) ou administrativa
ou o Ministério Público poderá requerer cautelarmente que os registros de conexão sejam
guardados por prazo superior a 1 ano.
Letra c.
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Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
no desenvolvimento da internet no Brasil:
I – estabelecimento de mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa
e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da
comunidade acadêmica;
II – promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da internet, com participação do
Comitê Gestor da internet no Brasil;
III – promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo
eletrônico, entre os diferentes Poderes e âmbitos da Federação, para permitir o intercâmbio de
informações e a celeridade de procedimentos;
IV – promoção da interoperabilidade entre sistemas e terminais diversos, inclusive entre os
diferentes âmbitos federativos e diversos setores da sociedade;
V – adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;
VI – publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e estruturada;
VII – otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de armazenamento,
gerenciamento e disseminação de dados no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação
e a difusão das aplicações de internet, sem prejuízo à abertura, à neutralidade e à natureza
participativa;
VIII – desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da internet;
IX – promoção da cultura e da cidadania; e
X – prestação de serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada, eficiente,
simplificada e por múltiplos canais de acesso, inclusive remotos.
Letra a.
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O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem
autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas
de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação pelo
participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e
nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
Letra c.
A primeira parte da questão está correta, porém na segunda diz que pode transferir a
responsabilidade pela manutenção dos registros a terceiros. Não pode!!
Veja o que o Art. 13 fala sobre isso:
Errado.
O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem
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Certo.
A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
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Letra a.
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em prazo não inferior a 10 (dez) dias úteis, mas a recusa, o retardamento ou a omissão
daquela empresa configura crime pela Lei da Ação Civil Pública.
d) A recusa da empresa provedora de aplicações acerca da requisição direta pelo Promotor
de Justiça enseja a aplicação de multa civil, a ser aferida em Ação Civil Pública e destinada
ao Fundo Constitucional.
e) Ao notificar diretamente a empresa provedora de aplicações para o fornecimento dos
dados pessoais e da remoção de conteúdo infringente, o Promotor de Justiça deve apontar
de forma precisa os motivos fáticos e de direito, com a indicação da URL (abreviação de
Uniform Resource Locator ou Localizador Uniforme de Recursos) específica.
Letra b.
Essa questão está errada pois a responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades
não é um objetivo e sim um princípio.
Para revisão, veja os princípios dessa legislação: São 8 princípios utilizados para elaboração
do Marco Civil da Internet. Vejamos:
• Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento
nos termos da Constituição
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• Proteção da privacidade
• Proteção dos dados pessoais na forma da lei
• Preservação e garantia da neutralidade da rede
• Preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede
• Preservação da natureza participativa da rede
• Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei
• Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet
Errado.
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Letra d.
A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização
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Art. 27. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como
ferramenta social devem:
I – promover a inclusão digital;
II – buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso
às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e
III – fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.
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Letra b.
c) somente João, autor da conduta de postar, pode ser responsabilizado civilmente pelos
danos causados a Maria, respondendo mediante o regime objetivo de responsabilidade civil,
considerando o grave dano à dignidade da pessoa humana e seus aspectos da personalidade,
sobrelevando-se a importância de ampliação da tutela da mulher vítima do assédio sexual
online;
d) o provedor de aplicações de internet será responsabilizado diariamente pelos danos
sofridos por Maria quando, após o recebimento de notificação, deixar de promover a
indisponibilização do conteúdo de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do
seu serviço;
e) o provedor de aplicações de internet responderá objetivamente pelos danos causados a
Maria e, ainda, solidariamente com João, deflagrando-se o dever de indenizar a partir do
imediato momento em que João postou o material ofensivo.
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pelo Marco Civil da Internet, que representa o dever do responsável pela transmissão,
comutação ou roteamento de tratar quaisquer pacotes de dados de forma isonômica, sem
qualquer distinção de conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. Sobre o
tema, julgue o próximo item.
A discriminação ou degradação do tráfego somente poderá decorrer de requisitos técnicos
indispensáveis à prestação adequada dos serviços e das aplicações.
Errado.
A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo judicial
cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável
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Certo.
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judicial específica, especialmente quando se trata de uma aplicação de usuário que registra
transações do dia a dia da empresa.
e) Errada. Ela menciona a questão de dados pessoais excessivos em relação à finalidade
do consentimento, mas não aborda diretamente a entrega dos registros de acesso a uma
aplicação na internet.
Letra d.
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ANEXO
Conforme havíamos combinado em aula, deixo, aqui, a Lei do Marco Civil da Internet na
íntegra para leitura. O texto foi retirado do site do Planalto.
Te desejo uma excelente leitura!
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet
no Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios em relação à matéria.
Art. 2º A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à
liberdade de expressão, bem como:
I – o reconhecimento da escala mundial da rede;
II – os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania
em meios digitais;
III – a pluralidade e a diversidade;
IV – a abertura e a colaboração;
V – a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VI – a finalidade social da rede.
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:
I – garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento,
nos termos da Constituição Federal;
II – proteção da privacidade;
III – proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV – preservação e garantia da neutralidade de rede;
V – preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas
técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;
VI – responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
VII – preservação da natureza participativa da rede;
VIII – liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem
com os demais princípios estabelecidos nesta Lei.
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Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem outros previstos no
ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados internacionais em que
a República Federativa do Brasil seja parte.
Art. 4º A disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a promoção:
I – do direito de acesso à internet a todos;
II – do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na
condução dos assuntos públicos;
III – da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso
e acesso; e
IV – da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação, a acessibilidade
e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – internet: o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em
escala mundial para uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação
de dados entre terminais por meio de diferentes redes;
II – terminal: o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet;
III – endereço de protocolo de internet (endereço IP): o código atribuído a um terminal
de uma rede para permitir sua identificação, definido segundo parâmetros internacionais;
IV – administrador de sistema autônomo: a pessoa física ou jurídica que administra blocos
de endereço IP específicos e o respectivo sistema autônomo de roteamento, devidamente
cadastrada no ente nacional responsável pelo registro e distribuição de endereços IP
geograficamente referentes ao País;
V – conexão à internet: a habilitação de um terminal para envio e recebimento de pacotes
de dados pela internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço IP;
VI – registro de conexão: o conjunto de informações referentes à data e hora de início
e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal
para o envio e recebimento de pacotes de dados;
VII – aplicações de internet: o conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas
por meio de um terminal conectado à internet; e
VIII – registros de acesso a aplicações de internet: o conjunto de informações referentes
à data e hora de uso de uma determinada aplicação de internet a partir de um determinado
endereço IP.
Art. 6º Na interpretação desta Lei serão levados em conta, além dos fundamentos,
princípios e objetivos previstos, a natureza da internet, seus usos e costumes particulares e
sua importância para a promoção do desenvolvimento humano, econômico, social e cultural.
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CAPÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS DOS USUÁRIOS
Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são
assegurados os seguintes direitos:
I – inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
II – inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei;
III – inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por
ordem judicial;
IV – não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização;
V – manutenção da qualidade contratada da conexão à internet;
VI – informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de
acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da rede que
possam afetar sua qualidade;
VII – não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,
e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e
informado ou nas hipóteses previstas em lei;
VIII – informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso
de aplicações de internet;
IX – consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais;
X – exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as
hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a
proteção de dados pessoais;
XI – publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet;
XII – acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei; e
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XIII – aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet.
Art. 8º A garantia do direito à privacidade e à liberdade de expressão nas comunicações
é condição para o pleno exercício do direito de acesso à internet.
Parágrafo único. São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que violem o disposto
no caput, tais como aquelas que:
I – impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela
internet; ou
II – em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção
do foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados
no Brasil.
CAPÍTULO III
DA PROVISÃO DE CONEXÃO E DE APLICAÇÕES DE INTERNET
Seção I
Da Neutralidade de Rede
Seção II
Da Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às Comunicações Privadas
Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de
internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações
privadas, devem atender à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem
das partes direta ou indiretamente envolvidas.
§ 1º O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar os
registros mencionados no caput, de forma autônoma ou associados a dados pessoais ou a
outras informações que possam contribuir para a identificação do usuário ou do terminal,
mediante ordem judicial, na forma do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o
disposto no art. 7º.
§ 2º O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser disponibilizado mediante
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, respeitado o disposto nos
incisos II e III do art. 7º.
§ 3º O disposto no caput não impede o acesso aos dados cadastrais que informem
qualificação pessoal, filiação e endereço, na forma da lei, pelas autoridades administrativas
que detenham competência legal para a sua requisição.
§ 4º As medidas e os procedimentos de segurança e de sigilo devem ser informados
pelo responsável pela provisão de serviços de forma clara e atender a padrões definidos em
regulamento, respeitado seu direito de confidencialidade quanto a segredos empresariais.
Art. 11. Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de
registros, de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações
de internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser
obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção
dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.
§ 1º O disposto no caput aplica-se aos dados coletados em território nacional e ao
conteúdo das comunicações, desde que pelo menos um dos terminais esteja localizado
no Brasil.
§ 2º O disposto no caput aplica-se mesmo que as atividades sejam realizadas por pessoa
jurídica sediada no exterior, desde que oferte serviço ao público brasileiro ou pelo menos
uma integrante do mesmo grupo econômico possua estabelecimento no Brasil.
§ 3º Os provedores de conexão e de aplicações de internet deverão prestar, na forma
da regulamentação, informações que permitam a verificação quanto ao cumprimento da
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Subseção I
Da Guarda de Registros de Conexão
Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo
respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado
e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.
§ 1º A responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão não poderá ser
transferida a terceiros.
§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer
cautelarmente que os registros de conexão sejam guardados por prazo superior ao
previsto no caput.
§ 3º Na hipótese do § 2º, a autoridade requerente terá o prazo de 60 (sessenta) dias,
contados a partir do requerimento, para ingressar com o pedido de autorização judicial de
acesso aos registros previstos no caput.
§ 4º O provedor responsável pela guarda dos registros deverá manter sigilo em relação
ao requerimento previsto no § 2º, que perderá sua eficácia caso o pedido de autorização
judicial seja indeferido ou não tenha sido protocolado no prazo previsto no § 3º.
§ 5º Em qualquer hipótese, a disponibilização ao requerente dos registros de que trata
este artigo deverá ser precedida de autorização judicial, conforme disposto na Seção IV
deste Capítulo.
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Subseção III
Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Aplicações
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II – de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade para a qual foi dado
consentimento pelo seu titular, exceto nas hipóteses previstas na Lei que dispõe sobre a
proteção de dados pessoais
Art. 17. Ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei, a opção por não guardar os registros
de acesso a aplicações de internet não implica responsabilidade sobre danos decorrentes
do uso desses serviços por terceiros.
Seção III
Da Responsabilidade por Danos Decorrentes de Conteúdo Gerado por Terceiros
Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura,
o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não
tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do
prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas
as disposições legais em contrário.
§ 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade,
identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a
localização inequívoca do material.
§ 2º A aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos de autor ou a direitos
conexos depende de previsão legal específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão
e demais garantias previstas no art. 5º da Constituição Federal.
§ 3º As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos
disponibilizados na internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade,
bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos por provedores de aplicações de
internet, poderão ser apresentadas perante os juizados especiais.
§ 4º O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3º, poderá antecipar, total ou
parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, existindo prova inequívoca do
fato e considerado o interesse da coletividade na disponibilização do conteúdo na internet,
desde que presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de fundado
receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
Art. 20. Sempre que tiver informações de contato do usuário diretamente responsável
pelo conteúdo a que se refere o art. 19, caberá ao provedor de aplicações de internet
comunicar-lhe os motivos e informações relativos à indisponibilização de conteúdo, com
informações que permitam o contraditório e a ampla defesa em juízo, salvo expressa
previsão legal ou expressa determinação judicial fundamentada em contrário.
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Parágrafo único. Quando solicitado pelo usuário que disponibilizou o conteúdo tornado
indisponível, o provedor de aplicações de internet que exerce essa atividade de forma
organizada, profissionalmente e com fins econômicos substituirá o conteúdo tornado
indisponível pela motivação ou pela ordem judicial que deu fundamento à indisponibilização.
Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por
terceiros será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente
da divulgação, sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros
materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o
recebimento de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover,
de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização
desse conteúdo.
Parágrafo único. A notificação prevista no caput deverá conter, sob pena de nulidade,
elementos que permitam a identificação específica do material apontado como violador
da intimidade do participante e a verificação da legitimidade para apresentação do pedido.
Seção IV
Da Requisição Judicial de Registros
Art. 22. A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em
processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que
ordene ao responsável pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros
de acesso a aplicações de internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá
conter, sob pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação
ou instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.
Art. 23. Cabe ao juiz tomar as providências necessárias à garantia do sigilo das informações
recebidas e à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem do usuário,
podendo determinar segredo de justiça, inclusive quanto aos pedidos de guarda de registro.
CAPÍTULO IV
DA ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO
Art. 24. Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios no desenvolvimento da internet no Brasil:
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caminhos
crie
futuros
gran.com.br
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