Você está na página 1de 139

INFORMÁTICA

O Marco Civil da Internet

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230504242303

MAURÍCIO FRANCESCHINI

Servidor público do TJDFT desde 1999, tendo atuado como supervisor de informática
por 8 anos no órgão. Graduado em Ciência da Computação pela UnB, pós-graduado
em Governança de TI pela UCB e mestrando pela UnB. É professor de Informática
para concursos desde 2008 e ministra também algumas disciplinas da área de TI,
com experiência em várias instituições renomadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

SUMÁRIO
O Marco Civil da Internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Estrutura da Lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1. Capítulo 1 (Arts. 1º ao 6º) – Disposições Preliminares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2. Capítulo 2 (Arts. 7º e 8º) – Direitos e Garantias dos usuários. . . . . . . . . . . . . 15
2.3. Capítulo 3 (Arts. 9º ao 23) – Fornecimento de Conexão e Aplicações de
Internet. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.4. Capítulo 4 (Arts. 24 a 28) – Atuação do Poder Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.5. Capítulo 5 (Arts. 29 a 32) – Disposições Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Anexo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

O MARCO CIVIL DA INTERNET

1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo(a) a aula sobre a Lei n. 12.965 de 2014, O Marco Civil da Internet.
Com a popularização do uso da internet, tornou-se imprescindível a criação de uma
legislação para regulamentar o uso dessa rede.
Portanto, essa lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da
Internet no Brasil, que devem ser respeitados pelos usuários, provedores de internet e
demais envolvidos na utilização dessa ferramenta indispensável na sociedade moderna.
Além disso, essa legislação traz um capítulo inteiro para tratar da atuação ao Poder
Público em relação ao uso da Internet. Logo, as orientações e diretrizes estabelecidas na
lei devem ser seguidas pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
O Marco Civil da Internet foi um enorme avanço na legislação Brasileira, ao que se refere
ao uso das redes, pois até então, como diziam por ai, “a internet era uma terra sem lei”
aqui no Brasil, sendo o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil o amparo legal aos
usuários, ou seja, nada muito específico.
Então vamos ao estudo dessa importante legislação que busca estabelecer uma estrutura
para a governança da internet no país, garantindo que ela seja utilizada de maneira segura
e responsável, principalmente por aqueles que fornecem os serviços.
Estarei aqui do outro lado, mas junto com você nessa caminhada. Ao final, você estará
pronto(a) para gabaritar as questões sobre esse assunto.
Te desejo uma excelente aula!
Primeiramente vou te apresentar a estrutura da Lei, dessa forma você saberá exatamente
o que está estudando e em qual ponto do estudo você está. Também vou sinalizar os principais

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

artigos mais cobrados em provas de concurso, além de estudarmos também vários outros que
também são importantes para nossa prova. Mas por favor, faz-se necessário o estudo dos
demais, bem como a leitura da Lei em sua integralidade, a qual deixarei ao final do material.

2. ESTRUTURA DA LEI
• Estrutura da Legislação
Capítulo 1. (Art. 1º ao 6º) No primeiro capítulo, estudaremos os fundamentos, os princípios,
a aplicabilidade da Lei e o glossário de termos que são usados nela. Peço que dê muita
atenção nesse ponto do nosso estudo, pois esse é um assunto de extrema importância.
Capítulo 2. (Art. 7º e 8º) No segundo capítulo abordaremos temas relevantes, como a
internet como meio essencial ao exercício da cidadania e a privacidade dos usuários. Aqui
estudaremos os direitos e garantias dos usuários.
Capítulo 3. (Art. 9º ao 23) No terceiro capítulo, e mais extenso, estudaremos dentre
outros temas, a proteção dos registros, dos dados pessoais e das comunicações privadas,
além da responsabilização por danos relacionados ao conteúdo gerado por terceiros.
Capítulo 4. (Art. 24 ao 28) No quarto capítulo, vamos entender como funciona a atuação
do Poder Público em relação à matéria, o que é importante para garantir a aplicação da Lei
e a proteção dos direitos dos usuários da internet.
Capítulo 5. (Art. 29 ao 32) No quinto e último capítulo, abordaremos as Disposições
Finais da legislação, com informações sobre a proteção das crianças e adolescentes na
utilização da internet.
Fiz um mapa mental sobre a legislação que trata sobre o Marco Civil da Internet para
que você consiga visualizar essa estrutura. Te adianto que encontrará vários mapas mentais
com informações preciosas no decorrer da nossa aula. Espero que goste dessa didática para
estudar legislação, priorizando o aspecto mais visual e esquemático e menos “a letra da Lei”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Sempre escuto esse questionamento. Professor, são 5 capítulos, 32 artigos


artigos!!
!! O que
realmente devo estudar?

Minha resposta padrão para todas as aulas que ministro legislação: TUDO! Esse é o
ideal!! Inclusive, se está fazendo sua preparação a longo prazo com tempo disponível para o
estudo, aprofunde-se ao máximo, pois quanto mais você souber do conteúdo, mais “sorte”
terá na hora de responder as questões.
Mas também compreendo que você possui outras disciplinas para estudar, tem suas
atividades pessoais e geralmente o tempo que você tem disponível não é suficiente para
conseguir fechar todo o edital. Então se você se encontra nessa situação, vou te dar uma
colher de chá e apontar o conteúdo de maior incidência em prova. Baseado nas estatísticas
das questões de concursos passados, eu consigo te apresentar os dez “Artigos de Ouro”,
aqueles que precisam estar na ponta da língua. Te asseguro tranquilamente que se você
compreender esses artigos, você estará à frente de muitos candidatos.
Novamente, o ideal é estudar todo o conteúdo, inclusive ler a letra da Lei, a qual deixarei
ao final do material para você não precisar nem sair desta janela. Tudo o que você precisa
pra essa disciplina, está aqui. Vamos juntos!
Veja, agora, os artigos do Marco Civil de maior incidência em provas de concurso. Dê
bastante ênfase a eles, pois são os mais cobrados!

Art. 2º Fundamentos
Art. 3º Princípios
Art. 4º Objetivos
Art. 7º Direitos

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Art. 8º Garantias
Art. 13 Guarda de registros de conexão
Art. 18 Responsabilidade Civil
Art. 19 Exceção a não responsabilização
Art. 21 Responsabilidade Subsidiária
Art. 24 Diretrizes de atuação do Poder Público
Sem mais delongas, vamos ao estudo do Marco Civil da Internet!

2.1. CAPÍTULO 1 (ARTS. 1º AO 6º) – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


A Lei n. 12.965 de 2014, o famoso Marco Civil da Internet, estabelece princípios, garantias
e diretos para os usuários da internet, e também, deveres para os fornecedores (provedores)
de conexão e aplicação de internet sobre o uso da internet do Brasil. Essa legislação também
determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municípios
A título de curiosidade, a elaboração dessa legislação foi bastante democrática, visto
a participação da sociedade por meio de debates, audiências públicas, comentários e
propostas via sites específicos criados com finalidade de coletar informações pertinentes
a criação dessa lei.

• Fundamentos
Os fundamentos e os princípios são tópicos diferentes, mas geralmente confundem um
pouco. Por isso, para fins didáticos, peço que pense nos fundamentos como a base de uma
edificação. Da mesma maneira que essa edificação precisa de uma fundação, a lei precisa
de alguns fundamentos que sirvam de alicerces para que ela possa ser estruturada. Isso
significa que os fundamentos são os pilares para criação da lei, enquanto os princípios vão
dar direcionamento para lei, uma espécie de proposito.
A Lei nos traz em seu artigo 2º os 7 fundamentos que foram utilizados para criação do
Marco Civil da Internet. Vejamos:
− A Liberdade de expressão: Esse fundamento é pautado na Constituição Fede-
ral, sendo um dos direitos fundamentais do indivíduo. Atualmente, a internet é
o veículo mais poderoso no que diz respeito à expressão do indivíduo. Portanto é
fundamental que a legislação tenha como fundamento a liberdade de expressão.
− O reconhecimento da escala mundial da Rede: Significa que a rede(internet)
será reconhecida como meio de alcance global. Portanto a legislação deve levar
em consideração os efeitos da internet em diversas partes do mundo.
− Os Diretos Humanos, o desenvolvimento da personalidade e exercício da ci-
dadania em meios digitais: Esse é um fundamento importante para a sociedade,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

pois busca garantir um ambiente inclusivo e seguro a qualquer usuário, respeitando


seus direitos, sua singularidade e promovendo o exercício da cidadania.
− Pluralidade e diversidade: Esse fundamento busca garantir a liberdade de escolha
e a variedade de opiniões, conteúdo, conceitos, ideologias entre outros. O respeito
à pluralidade e a diversidade faz da internet um espaço democrático e inclusivo a
qualquer usuário, independentemente de posicionamentos políticos, religiosos,
opções sexuais, níveis de escolaridade e etc.
− Abertura e colaboração: Esse fundamento está relacionado ao acesso à internet
e ao compartilhamento de conhecimento e informações. Traz a ideia da internet
como mecanismo de desenvolvimento do indivíduo.
− A livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor: Esse fundamento
busca proporcionar um ambiente justo e competitivo em relação à prestação de
serviços online. Além de buscar a proteção dos direitos do consumidor, como por
exemplo serviços de qualidade.
− A finalidade social da rede: Diz respeito a integração da sociedade como um todo
na utilização do serviço de internet. Mais um fundamento que busca garantir o uso
da rede como espaço inclusivo e democrático, onde os usuários possam usufruir
de todos os benefícios da rede.
Veja abaixo um mapa mental sobre este tópico:

• Princípios
Diferentemente dos fundamentos, que são os alicerces para criação da Lei, os princípios
são a bússola, eles norteiam propósitos, os quais a Lei deve atingir.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

São oito os princípios a serem buscados pelo Marco Civil da Internet. Vejamos:
− Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensa-
mento nos termos da Constituição: Perceba que quando a liberdade de expressão
aparece com um dos fundamentos é no sentido de que, o uso da internet, tem
como fundamento a liberdade de expressão, já quando a liberdade de expressão
aparece em princípio é no sentido de direito à liberdade de expressão. Esse prin-
cípio é essencial para a garantia do uso da internet de forma plena, sem que haja
restrição ou censura de maneira arbitrária, considerando os termos previstos na
Constituição.
− Proteção da privacidade: esse princípio tem como finalidade a proteção da pri-
vacidade de todos que utilizam da rede. Portanto a legislação deve cuidar para
que os dados pessoais não sejam coletados, armazenados e compartilhados com
terceiros sem consentimento expresso do titular dos dados, exceto em casos
previstos em lei.
− Preservação e garantia da neutralidade da rede: Isso significa que não haverá
favorecimento de determinados serviços a determinadas instituições. Além de não
haver discriminação no acesso de conteúdos, aplicativos ou serviços disponíveis
na rede. Esse princípio garante que haja igualdade no tratamento dos usuários da
internet e das instituições provedoras de serviços.

Obs.: Guarde essa informação pois no decorrer da nossa aula, falaremos das situações
em que pode haver discriminação ou degradação do tráfego dos dados.

− Preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede: Esse princí-


pio é muito importante pois ele busca garantir que a internet sempre funcione de
forma estável e segura em nosso país.

Não confunda!!!
Em relação à preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, não estou
falando do plano de internet que você contratou para sua residência e nem dos equipamentos
que você tem em sua casa. Aqui estamos tratando da infraestrutura da rede do provedor,
ou seja, por meio de uma boa infraestrutura de cabeamento de fibra ótica, centrais de
transmissão, antenas de transmissão etc. garante-se a estabilidade, a segurança e a
estabilidade da rede.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

− Proteção dos dados pessoais na forma da lei: esse princípio é bem similar ao
anterior e possuem a mesma finalidade. Trata-se da proteção dos dados pessoais
dos usuários da internet. Por exemplo a necessidade de informar aos usuários os
dados que serão coletados, para quê e por quem serão utilizados. Veja, por exem-
plo, a página da Amazon.

− Preservação da natureza participativa da rede: Esse princípio visa a participação


e colaboração da sociedade na rede.

EXEMPLO
O incentivo à promoção da inclusão digital e a produção e circulação de conteúdo nacional,
conforme dispõe o artigo 27, que estudaremos em momento oportuno.

− Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da


lei: Aqui podemos dizer que a Lei vai dispor sobre a verificação de irregularidades
e aplicação de sanções. Além da responsabilização dos agentes de acordo com

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

suas atividades, esses agentes devem responder pelos prejuízos que causarem ou
conteúdos ilegais, de acordo com os termos da Lei.
− Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet: Aqui o propósito
é fomentar a economia, o crescimento econômico das instituições e da própria
sociedade. Os modelos de negócios promovidos na internet devem ser livres, não
podendo ser limitados por regulamentações excessivas ou restritivas.
Bem tranquila essa parte, né? Como de costume, deixo a seguir um mapa mental sobre
esse importante tópico: Princípios.

• Objetivos
Os objetivos são o alvo, aquilo que a lei deve atingir com sua aplicação.
Geralmente esses objetivos ficam dentro de princípios, mas o no Marco Civil o legislador
trouxe fundamentos, princípios e objetivos. Você, como aluno exemplar, vai saber diferenciar
todos eles.
− A promoção do direito de acesso à internet a todos: Esse objetivo estabelece
que o ordenamento jurídico garanta o direito do acesso à internet a todos. Isso
significa que qualquer pessoa, independentemente de sua condição econômica
tem o direito de acessar a internet. Esse objetivo busca garantir aos cidadãos
brasileiros a igualdade de oportunidades e a inclusão social e digital.
− Promoção do acesso à informação, conhecimento e a participação na vida cul-
tural e na condução dos assuntos públicos: Esse princípio, assim como o ante-
rior, visa garantir que a internet proporcione aos cidadãos o acesso à informação,
ao conhecimento, à cultura e à participação nos assuntos públicos. Essa inserção
dos usuários na rede favorece a democratização da informação entre os cidadãos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Não confunda!!!
Promover o direito ao acesso é diferente de promover o acesso. O primeiro traz a ideia
de que o ordenamento jurídico garanta o direito, enquanto o segundo é diz respeito aos
meios práticos que permitirão a concretização do direito adquirido, ou seja, o acesso
propriamente dito.

− Promoção da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e


modelos de uso e acesso: Esse objetivo busca o desenvolvimento tecnológico,
o estímulo a inovação e difusão de novas tecnologias com objetivo de proporcionar
a melhoria do ambiente virtual para os usuários da internet.
− Promoção da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comuni-
cação, a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados:
Esse objetivo tem por finalidade a promoção da adesão a padrões tecnológicos
abertos, ou seja, tecnologia que não possui restrição de uso ou acesso, garantindo
a comunicação e acessibilidade entre as bases de dados.

DICA
São quatro objetivos e todos eles começam com promoção
de alguma coisa. Então se a questão trouxer esse termo,
orelha em pé!! Pois há grande chance de se tratar de um
objetivo!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Interpretação da Lei

Note que essa lei estabelece não apenas fundamentos e princípios, mas também objetivos
específicos. Contudo, ao interpretá-la, é necessário levar em consideração não somente
esses elementos, mas também a natureza da internet, suas práticas e sua relevância para
fomentar o progresso humano e econômico.

Professor, o que isso significa??

Simples, a Lei deve ser interpretada considerando as características da internet e


não apenas a letra da lei. Essa forma de interpretação garante que hábitos e costumes já
estabelecidos não sejam ignorados no momento da aplicação da Lei.
Veja esse exemplo sobre a interpretação do Marco Civil:

EXEMPLO
O WhatsApp usa criptografia de ponta a ponta, o que significa que toda a conexão e conteúdo
da conexão são criptografados. Essa medida garante a privacidade das mensagens, fotos,
links e qualquer conteúdo compartilhado, assegurando que somente o destinatário possa
acessar as informações contidas ali.

Entretanto, essa ferramenta de segurança é constantemente criticada por impossibilitar


o trabalho de investigação em caso de crimes.
Nesse caso, a interpretação da Lei leva em consideração tanto a proteção à privacidade
dos usuários, como a importância do combate aos crimes. Dessa forma, a interpretação
busca atender ambos os interesses, buscando equilíbrio quanto à aplicação da Lei.

• Glossário do Marco Civil da Internet

Glossário é uma lista de termos e definições em um determinado assunto ou área


de conhecimento. Você não vai encontrar o termo “glossário” na legislação, mas eu
gosto muito de estruturar dessa forma para que fique muito bem destacado para você.
Sendo assim, o artigo 5º traz alguns termos e definições de extrema importância para
nosso estudo.
Essa parte é bem conceitual. Você vai aprender o que é internet, aplicações de internet,
endereço IP, conexão à internet, terminal, administrador de sistemas autônomo, registro
de conexão, registro de acesso a aplicações de internet.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Finalizamos o estudo do primeiro capítulo da Lei n. 12.965 de 2014. Peço que no decorrer
da nossa aula, se você ficar com dúvidas quanto algum desses conceitos, volte para esse
tópico e leia quantas vezes forem necessárias. Auxiliará na sua memorização!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

2.2. CAPÍTULO 2 (ARTS. 7º E 8º) – DIREITOS E GARANTIAS DOS USUÁRIOS

• Direitos:

O Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo e oitavo sobre os direitos e
garantias dos usuários da internet. Vejamos cada um deles.
− Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação: Esse direito está
assegurado no artigo 5º da Constituição Federal e no artigo 7º da legislação em
estudo. Esse dispositivo estabelece que ninguém pode invadir a vida particular
de um indivíduo sem seu consentimento ou autorização legal. Portanto, caso
isso ocorra, é garantido ao indivíduo que teve sua privacidade violada, o direito
à indenização, tanto material quanto moral.
− Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo
por ordem judicial, na forma da lei: Esse direito garante que as comunicações
feitas pela internet, como por exemplo, e-mails ou conversas por aplicativos de
mensagens não sejam acessadas por terceiros durante sua transmissão, com
exceção dos casos em que exista uma ordem judicial que autorize a quebra
desse sigilo.
− Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo
por ordem judicial: Esse direito se assemelha ao anterior, porém aqui estamos
falando da inviolabilidade e do sigilo das comunicações privadas armazenadas
(guardadas). Nesse caso, os dados estão armazenados em dispositivos eletrônico
ou na nuvem. Dessa forma, esses dados só poderão ser acessados por terceiros
em caso de ordem judicial permitindo o acesso.
− Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorren-
te de sua utilização: Esse direito garante que não haverá suspensão da conexão
com a internet, exceto nos casos de falta de pagamento do serviço. Muito simples
isso aqui: se não paga, não usa! Somente nesse caso poderá haver a suspensão
da conexão. Isso aqui cai demais em prova!!
− Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet: Esse direito
garante ao usuário que o provedor do serviço sempre mantenha a qualidade da
conexão à internet de acordo com o contrato.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Abro um parêntese nesse sentido. É direito do usuário a não suspensão da conexão à


internet, em contrapartida, o usuário precisa manter o pagamento do serviço contratado em
dia, caso contrário perderá o acesso à internet. Porém se o usuário mantiver o pagamento
em dia, o provedor é obrigado garantir a manutenção da qualidade da conexão à internet.
Portanto, estamos falando de diretos e também de obrigações e deveres entre o contratante
e o contratado.
− Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de ser-
viços, com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão
e aos registros de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de
gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade: Esse direito dispõe
que o usuário precisa entender o que ele está contratando. Portanto, as informa-
ções precisam ser claras e completas, sempre pensando na proteção do usuário,
para que esse não seja lesado por condutas irregulares, ilícitas ou abusivas dos
fornecedores de serviços.
− Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento
e proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para
finalidades que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de
uso de aplicações de internet;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Esse direito é bem semelhante ao anterior, mas nesse caso estamos falando da proteção
dos dados pessoais. Isso significa que as informações precisam ser claras e completas para
que o usuário entenda como seus dados pessoais serão tratados (coleta, uso, armazenamento)
bem como as medidas de segurança para a proteção dos seus dados pessoais.
Nesse ponto, não estamos tratando de informações de acesso, somente dados que
identificam o titular do serviço contratado, ok?

− Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de


conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento
livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei: Esse é mais um
direito que visa garantir a privacidade do usuário. Portanto os dados pessoais, re-
gistros de conexão e aplicações de internet, não podem ser fornecidos a terceiros
sem que haja o consentimento do usuário ou hipóteses previstas em lei.
− Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de
dados pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas
contratuais: Mais uma vez fala-se sobre consentimento do usuário. Esse consen-
timento deve ocorrer de forma destacada das demais cláusulas, isso significa que
essa informação deve estar em evidência no contrato.
− Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada apli-
cação de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes,
ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta
Lei e na que dispõe sobre a proteção de dados pessoais: Esse direito tem a fi-
nalidade de assegurar que após o término do serviço contratado, caso não exista
hipótese de armazenamento obrigatório dos dados, haja a exclusão definitiva dos
dados pessoais do usuário a seu pedido.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

− Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão


à internet e de aplicações de internet: Esse direito assegura ao usuário acesso às
informações pertinentes a políticas de uso dos provedores de conexão à internet
e de suas aplicações de internet. Essas informações devem ser claras e de fácil
acesso ao usuário.
− Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, percepti-
vas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei: Esse
direito vai permitir a inclusão de todos os usuários independentemente de suas
características e peculiaridades. Esse dispositivo possibilita o tratamento de
forma igualitária, considerando as necessidades especiais de cada um, sem
discriminação.
− Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de
consumo realizadas na internet: Esse direito busca amparar o usuário que realiza
compras pela internet, tendo ele, os mesmos direitos aplicados aos consumidores
de lojas físicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Garantias
O artigo 8º do Marco Civil da Internet estabelece que o direito à privacidade e à liberdade
de expressão são fundamentais para o pleno exercício do direito de acesso à internet. Isso
significa que o usuário deve ter garantias de que sua privacidade não será violada e que
sua liberdade de expressão não será cerceada ao utilizar a internet.
É importante ressaltar que esses direitos devem ser assegurados tanto pelas empresas
responsáveis pela oferta dos serviços de internet quanto pelo próprio Estado, que deve
criar mecanismos de proteção e fiscalização para garantir o cumprimento desses direitos.
Portanto a legislação dispõe que nos contratos de prestação de serviços, algumas cláusulas
contratuais podem ser nulas por violar algumas garantias dos usuários. Sendo as que:
− Impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela
internet; ou
− Em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção
do foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados
no Brasil.
Veja esse exemplo sobre cláusulas contratuais que podem ser NULAS:

EXEMPLO
Imagine que você queira contratar o serviço de uma provedora de internet. Dentre as várias
cláusulas do contrato de prestação de serviços, há uma cláusula que autorize o provedor
a disponibilizar os dados de sua comunicação privada com terceiros, sem que haja seu
consentimento expresso para isso.
Essa cláusula é considerada nula, por violar o sigilo das comunicações privadas, conforme
dispõe a Lei do Marco Civil da Internet. Esse compartilhamento só pode ocorrer em casos
específicos previstos em lei ou com consentimento expresso do usuário titular do serviço.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Veja abaixo um mapa mental sobre cláusulas contratuais que podem ser nulas.

Finalizamos o estudo de mais um capítulo!

Obs.: Sugestão: Vai lá rapidinho encher sua garrafinha, aproveite e beba água. Vou
estar aqui te esperando para estudarmos o próximo e mais extenso capítulo dessa
legislação.

2.3. CAPÍTULO 3 (ARTS. 9º AO 23) – FORNECIMENTO DE CONEXÃO E


APLICAÇÕES DE INTERNET

• Neutralidade da Rede
Quando estamos falando da neutralidade da rede, é exatamente no sentido de ser
neutra, imparcial. Portanto, os dados que trafegam na internet devem ser tratados de
forma igualitária, sem que exista distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,
terminal ou aplicação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Mas existem duas situações em que será regulamentada a discriminação ou a degradação


do tráfego dos dados, e são elas:
a) Requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações:
Isso significa que o provedor do serviço pode gerenciar o tráfego de dados para assegurar
a qualidade, bom funcionamento e a estabilidade da rede, desde que o faça de maneira
transparente, sem prejudicar ou privilegiar conteúdo ou serviços em detrimento de outros.
b) Priorização dos serviços de emergência: Nesse caso, o provedor tem permissão
de priorizar o tráfego de dados relacionados a serviços de emergência, ou seja, aqueles
relacionados à saúde, segurança pública e proteção civil, podem ser priorizados em situações
de crise ou emergência, a fim de garantir sua disponibilidade e funcionamento adequado.
Esse é um conteúdo que tem aparecido em algumas questões. Tente memorizar as duas
situações em que são permitidas a discriminação ou a degradação do tráfego dos dados.
Veja a seguir um mapa mental sobre esse assunto.

Ainda sobre a neutralidade da rede, quero aprofundar um pouco mais sobre essa questão
de discriminação ou degradação do tráfego de dados na internet.
No caso de discriminação ou degradação do tráfego de dados, o provedor deve agir de
forma proporcional e transparente, de maneira a não prejudicar o usuário, informando
previamente sobre as práticas adotadas de gerenciamento de tráfego, além de oferecer
serviços em condições comerciais não discriminatórias.

Quanto ao fornecimento de conexão à internet, tanto a onerosa quanto a gratuita, bem


como a transmissão, comutação ou roteamento, o provedor não pode (é proibido) bloquear,
monitorar, filmar ou analisar o conteúdo dos pacotes dos dados que circulam na internet.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

As questões relacionadas a esse tema, trazem a letra da lei, portanto deixo aqui o artigo
9º parágrafo 3º para sua leitura. Dessa maneira você vai se familiarizando com os termos
da legislação.

Art. 9, § 3º Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,


comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos
pacotes de dados, respeitado o disposto neste artigo.

• Da Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às Comunicações Privadas


Antes de começarmos o estudo desse tópico, quero diferenciar o que é provedor
de aplicação e provedor de conexão. Vamos precisar dessa informação para o estudo
desse capítulo.
A) Provedor de Conexão
É a empresa responsável pelo fornecimento de acesso à internet.
São exemplos de provedores de conexão (Claro, Vivo, Oi, Tim)
Esse provedor de conexão é responsável pela manutenção dos registros de conexão.
Para relembrar:
− Registro de Conexão: é o conjunto de informações referentes à data e hora de
início e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado
pelo terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados.
B) Provedor de Aplicação
É a empresa responsável pelo fornecimento de serviços ou aplicativos na internet, como
serviços de e-mail, redes sociais, streamings entre outros.
São exemplos de provedores de aplicação (Google, Meta, Netflix)
Logo, o provedor de aplicação ficará responsável pelos registros de acesso as aplicações
Gmail, Instagram, Facebook, Netflix etc.
− Registros de Acesso a Aplicações de Internet: o conjunto de informações refe-
rentes à data e hora de uso de uma determinada aplicação de internet a partir de
um determinado endereço IP.
Veja abaixo um mapa com exemplos de provedores de conexão e provedores de aplicação:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Veja esse exemplo sobre provedor de conexão e provedor de aplicação

EXEMPLO
A Claro é um provedor de conexão à internet e a Meta é um provedor de aplicativo. Vamos
supor que um indivíduo que tem a Claro como fornecedora do serviço de internet, acesse o
Instagram (rede social da Meta).
Nesse caso, a provedora de internet Claro é a responsável por armazenar registros de conexão
desse indivíduo, como por exemplo o endereço IP, hora e data de acesso, tempo de acesso e etc.
No entanto, a Meta é a responsável por armazenamento de dados de acesso ao Instagram,
como data e hora de uso do Instagram a partir de um determinado endereço IP.

Você deve ter percebido que os tópicos são muito parecidos, mas preciso que entenda
que o provedor de conexão é diferente do provedor de aplicação.
Em relação ao armazenamento e disponibilização dos registros de conexão e acesso a
aplicações de internet, bem como as informações pessoais e conteúdo de comunicações
privadas, os provedores devem preservar a intimidade, privacidade, a honra e a imagem
das partes envolvidas.

Isso quer dizer que os provedores não podem disponibilizar esses registros?

Realmente o provedor não pode, por conta própria, disponibilizar os registros de acesso e
aplicações na internet. Os provedores devem disponibilizar esses registros apenas mediante
ordem judicial, o que também se aplica ao conteúdo das comunicações privadas.
As autoridades administrativas que possuam competência legal, podem requerer o
acesso dos dados cadastrais, tais como nome, data de nascimento, filiação e endereço.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

A imagem ao lado, retirada do site do FaceBook,


traz exatamente o que diz a legislação. O usuário tem
direito de saber como seus dados serão tratados,
a política de privacidade, mecanismos de segurança
e proteção de dados, entre outros. Veja que para
cada tópico tem uma seta apontando para baixo,
que ao ser clicada, abrirá uma tela detalhada de
informações sobre aquele tema.
1. Os provedores devem informar, de forma clara,
quais serão as medidas e procedimentos adotados
para garantir a segurança e o sigilo para proteção
das informações e dados pessoais dos usuários.
2. O Marco Civil da Internet também nos traz que
a legislação brasileira deve ser aplicada quanto aos
direitos à privacidade, proteção de dados pessoais e
sigilo das comunicações privadas e registros, nos casos
em que as operações de coleta, armazenamento,
guarda e tratamento de registros, dados pessoais
ou comunicações realizadas por provedores de
conexão e de aplicações de internet em que pelo
menos um desses atos tenha ocorrido no Brasil.
2. O provedor deve prestar informações referentes
a coleta, armazenamento, guarda e tratamento de
registros, dados pessoais ou comunicações que
permitam a verificação quanto ao cumprimento da
legislação brasileira.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Da Guarda de Registros de Conexão


A) PROVISÃO DE CONEXÃO À INTERNET
No fornecimento de conexão à internet, cabe ao administrador do sistema o dever de
manter os registros de conexão, sob sigilo, em um ambiente controlado e de segurança
pelo prazo de 1 ano.

PRAZO DE 1 ANO

Obs.: 1: A autoridade policial ou administrativa pode requerer que os registros de conexão


sejam guardados por prazo superior a um ano.
Nesse caso, a autoridade policial ou administrativa tem o prazo de 60 dias, contados
a partir da data do requerimento, para pedir autorização judicial de acesso aos
registros.
2: A manutenção dos registros de conexão não pode ser transferida a terceiros

Em qualquer hipótese a disponibilização desses registros só acontecerá com


autorização judicial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Veja um mapa mental sobre guarda de registros de conexão à internet.

B) Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Conexão

É proibido guardar os registros de acesso a aplicações de internet na provisão de conexão,


onerosa ou gratuita.

Peço um pouco mais da sua atenção nesse ponto, pois geralmente essa parte
confunde um pouco.
Aqui, estamos falando sobre os provedores de conexão à internet, como por exemplo
empresas como a Claro, a Oi ou a Tim, armazenarem os registros de acesso a aplicações
como as informações referentes a data e hora de uso da plataforma de aplicação de
internet a partir de um determinado endereço IP.
Veja esse exemplo para que você visualize o contexto.

EXEMPLO
Um usuário contratou a empresa OI Fibra (provedor) para fornecer conexão de internet em
sua residência. Caso o usuário acesse suas redes sociais, por exemplo, a empresa OI Fibra não
pode armazenar os registros de acesso dessas atividades. Ou seja, a empresa não poderá
guardar aquele conjunto de informações referentes à data e hora de uso de acesso as redes
sociais partir de um determinado endereço IP.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Embora o exemplo citado se refira às redes sociais, a proibição de armazenamento de


registros de acesso a aplicações de internet na provisão de conexão se aplica a qualquer
tipo de aplicação ou serviço disponível na rede.

C) Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Aplicações


Aqui estamos falando dos provedores de aplicação de internet, que são empresas
que oferecem serviços na internet, como por exemplo a Meta (proprietária do Instagram,
Facebook e WhatsApp). Essas empresas atuam de forma organizada, profissional e com
fins econômicos.
A legislação estabelece que esses provedores de aplicações devem manter os registros
de acesso dos usuários de suas plataformas, em ambiente seguro e sigiloso, pelo prazo de
6 meses, conforme regulamentação.

PRAZO DE 6 MESES

Em caso de ordem judicial, os provedores podem ficar obrigados a guardar os registros


de acesso a aplicações de internet, por tempo certo, DESDE QUE trate de registros referentes
a fatos específicos em período determinado.

Obs.: Quanto a autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público, podem requerer


que os registros de conexão sejam guardados por prazo superior a seis meses.

Em qualquer hipótese a disponibilização desses registros só acontecerá com


autorização judicial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Veja um mapa mental sobre guarda de registros de acesso a aplicações de internet no


fornecimento.de aplicações.

Ainda sobre a guarda de registros de acesso, tanto na provisão de aplicações de internet,


onerosa, quanto na gratuita é proibido o armazenamento dos registros de acesso nos
seguintes casos:
1º caso: O titular não forneceu o consentimento prévio
2º caso: Os dados pessoais sejam excessivos em relação à finalidade para a qual o
titular consentiu. Exceto nas hipóteses previstas em lei.

Obs.: Caso o fornecedor opte por não guardar os registros de acessos a aplicações de
internet, eles não serão responsáveis por danos causados por terceiros que utilizam
esses serviços.
Veja abaixo esses dois casos em que o armazenamento é proibido.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Responsabilidade por Danos Decorrentes de Conteúdo Gerado por Terceiros

Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por dados
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

Esse artigo, com certeza, é um dos favoritos dos examinadores. Quando você for resolver
as questões, vai comprovar isso!

A legislação traz uma exceção em que o provedor pode ser responsabilizado civilmente
por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, sendo ela:

Após a uma ordem judicial especifica, o provedor não remover o conteúdo apontado como infrator.
Ou seja, o provedor será responsabilizado civilmente se descumprir ordem judicial específica
para retirar o conteúdo considerado ofensivo.

Podia ser só isso, né: blá, blá, blá NÃO SERÁ RESPONSABILIZADO CIVILMENTE e fim. Mas
como a vida do estudante é muito tranquila e pacata, o legislador traz 59 exceções para
cada regra (contém ironia). Portanto, aqui não seria diferente, então tente memorizar esse
artigo dessa forma:
O provedor de conexão não será responsabilizado civilmente por conteúdo gerado
por terceiros, salvo se não tomar providências para indisponibilizar o conteúdo após ordem
judicial nesse sentido.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Em relação à ordem judicial, ela deve identificar de forma clara e especifica o conteúdo
considerado infringente, de modo a permitir sua localização inequívoca.
Os usuários prejudicados por conteúdo disponibilizados na internet relacionado à
honra, a reputação ou a direitos de personalidade podem ingressar perante os juizados
especiais, ao invés de recorrer a um tribunal comum. Tendo os trâmites mais simplificados
pelo juizado especial.
O juiz pode antecipar, total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido
inicial, existindo prova inequívoca do fato e levando em consideração o interesse da
coletividade na disponibilização do conteúdo na internet, desde que presentes os requisitos
de verossimilhança da alegação do autor e de fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação.
Deixe-me explicar de maneira mais fácil, principalmente para você que não é da área do
Direito. Nesse caso, o juiz pode determinar a retirada do conteúdo de forma antecipada, ou
seja, antes da conclusão do processo, mas para que haja essa determinação, será necessária
uma prova clara de que aquele fato ocorreu, além de risco concreto de dano irreparável ou
de difícil reparação.
Veja esse exemplo para que você visualize o contexto.

EXEMPLO
Imagine que um influenciador digital, com milhares de seguidores, poste em suas redes sociais
fotos intimas de sua ex-namorada por motivo de vingança, já que não aceitou o término do
relacionamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Inconformada por ter tido sua intimidade exposta na internet, a ex-namorada busca auxílio
no judiciário para que suas fotos sejam imediatamente retiradas. Em sua petição inicial ela
demonstra de forma clara e específica os conteúdos que deve ser retirado da internet, bem
como todas as provas que comprovem o alegado.
Nesse caso, o juiz, antes mesmo da conclusão do processo, pode determinar a retirada das
fotos íntimas da internet, visto que, quanto mais tempo essas imagens permanecerem
na internet, mais alcance e propagação terão, sendo, portanto, um risco concreto de dano
irreparável em relação à vítima com a intimidade exposta.

Veja essa reportagem retirada do site do Jornal Ipanema. Esse é apenas um dos milhares
de casos nesse sentido.

EXEMPLO
Caso real:

Ainda em relação ao nosso caso hipotético, o juiz determina que o provedor de aplicação, no
caso a rede social, indisponibilize as fotos íntimas que foram postadas.

A legislação dispõe que, caso o provedor possua informações de contato desse usuário
responsável pelo conteúdo indisponibilizado, deve comunicar os motivos e informações
relativos à indisponibilização do conteúdo, dessa forma o usuário terá a oportunidade
de se defender em juízo. Além disso, o usuário pode solicitar que o provedor substitua o
conteúdo indisponibilizado pela motivação ou ordem judicial que fundamentou a decisão
da indisponibilização do conteúdo.
Vamos ao estudo do artigo 21, que traz a responsabilidade subsidiária do provedor
de aplicações de internet. Esse é um artigo que colocarei na integra para que você o leia e
internalize, pois ele tem bastante incidência em questões de concurso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo
cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação
pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito
e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.

Em outras palavras esse artigo dispõe que os provedores de aplicação de internet, que
disponibilizem conteúdos gerados por terceiros têm responsabilidade SUBSIDIÁRIA, caso
após notificação pelo participante ou representante legal, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, em casos de violação da intimidade
decorrente da divulgação de imagens, vídeos ou outros materiais que contenham cenas de
nudez ou atos sexuais de caráter privado, sem autorização dos envolvidos.

Obs.: Se você não é da área do Direito e sentiu dificuldade em entender o que é


responsabilidade subsidiária, peço licença aos professores(as) de Direito Civil para
explicar de maneira bem simples, só para que fique claro seu entendimento sobre
esse artigo.

− Responsabilidade Subsidiária: Tipo de responsabilidade secundária, em que existe


um responsável principal para cumprir determinada obrigação. No entanto, caso
esse responsável principal não cumpra com suas obrigações, outro se torna res-
ponsável em seu lugar. Nesse caso, um ou outro responde pela obrigação.

As questões de concurso vão falar sobre responsabilidade solidária, que tem outro significado
(todos respondem em mesmo grau pela obrigação), só para te confundir. Fique atento!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Essa notificação deve ter elementos que permitam a identificação exata do conteúdo
violador da intimidade do participante. É importante que o provedor da plataforma tenha
certeza de que a notificação é legitima e que o conteúdo em questão é de fato ofensivo,
antes de removê-lo.

• Da Requisição Judicial de Registros


A legislação estabelece que o indivíduo interessado nos registros, pode, em processo
judicial cível ou penal, solicitar ao juiz que ordene ao responsável pelo armazenamento dos
registros de conexão ou de aplicações, o seu fornecimento. Porém esse requerimento possui
requisitos legais, que caso não sejam atendidos pode torná-lo admissível.
Veja esses requisitos:
1º) Fundados indícios da ocorrência do ilícito;
2º) Justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação
ou instrução probatória; e
3º) Período ao qual se referem os registros.
Esses requisitos que devem constar na notificação são um pouco lógicos, pois é necessário
que existam razões suficientes para acreditar que existe uma ilegalidade acontecendo de
fato. Também faz todo sentido que a empresa que está recebendo essa notificação, saiba
a razão para disponibilizar esses registros. Por fim, é necessário estipular um período para
que a solicitação não seja excedente ao período do fato ilícito.
O juiz tem o dever de assegurar o sigilo das informações recebidas durante o processo
que trata de solicitação de registros de conexão ou acesso a aplicações de internet. Além
disso o juiz pode decretar segredo de justiça caso seja necessário ao caso.
Veja abaixo um mapa mental sobre isso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Parabéns, chegamos ao fim do capítulo mais extenso do Marco Civil da Internet!!


Então minha sugestão é que vá lá de novo encher sua garrafa de água, dê uma espreguiçada
e arrocha que está quase acabando!!

2.4. CAPÍTULO 4 (ARTS. 24 A 28) – ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO


A legislação em seu capítulo quarto traz algumas diretrizes em relação à atuação
do Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) no que diz respeito ao
desenvolvimento da internet no Brasil.
Vejamos cada uma dessas diretrizes:
• Estabelecer mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa
e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade
civil e da comunidade acadêmica;
• Promover a racionalização da gestão, expansão e uso da internet, com participação
do Comitê Gestor da internet no Brasil;
• Promover a racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo
eletrônico, entre os diferentes Poderes e âmbitos da Federação, para permitir o
intercâmbio de informações e a celeridade de procedimentos;
• Promover a interoperabilidade entre sistemas e terminais diversos, inclusive entre
os diferentes âmbitos federativos e diversos setores da sociedade;
• Adotar preferencialmente tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;
• Publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e
estruturada;
• Otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de
armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no País, promovendo a
qualidade técnica, a inovação e a difusão das aplicações de internet, sem prejuízo à
abertura, à neutralidade e à natureza participativa;
• Desenvolver ações e programas de capacitação para uso da internet;
• Promover a cultura e da cidadania; e
• Prestar serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada, eficiente,
simplificada e por múltiplos canais de acesso, inclusive remotos.
Veja que essas diretrizes de atuação do Poder Público buscam promover a participação
ativa de diversos setores da sociedade, além de buscar a interoperabilidade entre os
sistemas, o que facilita o intercâmbio de informações e a realização de procedimentos de
maneira mais ágil.
Aqui, a ideia principal dessas diretrizes é promover a inclusão digital, capacitando os
usuários para que possam utilizar à internet de forma eficiente e segura.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

O Marco Civil da Internet também dispõe que para as aplicações de internet do Poder
Público deve buscar a compatibilidade com diversos terminais, sistemas operacionais e
aplicativos para acesso, a acessibilidade para todos os interessados, independentemente de
suas capacidades, a compatibilidade tanto com a leitura humana quanto com o tratamento
automatizado das informações, a facilidade de uso dos serviços de governo eletrônico e o
fortalecimento da participação social nas políticas públicas.
Não para por aí! O Poder Público deve tomar iniciativas para incentivar à cultura digital
e promover a internet como ferramenta social. Essas iniciativas devem:
1) Promover a inclusão digital;
2) Buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no
acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e
3) Fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.
Essa última iniciativa em especial já caiu em prova e ela tem como objetivo o incentivo
da criação e disseminação de conteúdo produzido por brasileiros, valorizando a cultura e
a produção nacional.
Veja um mapa mental sobre as iniciativas do Poder Público.

2.5. CAPÍTULO 5 (ARTS. 29 A 32) – DISPOSIÇÕES FINAIS


Nosso estudo já consta a atualização dos artigos 7º e 16 em que a LGPD altera a Lei
12.965 (Marco Civil da Internet) em:
• Art. 7º – exclusão definitiva de dados, ressalvadas hipóteses de guarda obrigatória
conforme LGPD.
• Art. 16 – vedada a guarda de dados excessivos à finalidade, exceto nas hipóteses da
LGPD.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Gostaria de acrescentar mais algumas informações antes de finalizar nossa aula.


Em suas disposições finais, a Lei nos traz que o usuário tem o direito de escolher qual
programa de computador utilizar para proteger seus filhos menores de idade em relação
a conteúdos impróprios disponíveis na internet. Ou seja, os pais ou responsáveis podem
escolher livremente o software de controle parental para bloquear o acesso dos menores
a conteúdos inadequados. Esse controle deve ser feito respeitando as leis brasileiras e
considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Além disso, a Lei dispõe que cabe ao Poder Público, em conjunto com os provedores de
conexão e aplicação de internet, promover a educação e incentivar as boas práticas para
incluir crianças e adolescentes no mundo digital de maneira segura.
Por fim, o usuário que teve seu direito lesado, pode buscar defesa na justiça de acordo
com a legislação em vigor.
Terminamos, assim, nosso estudo sobre essa importante legislação: Marco Civil da Internet.
Parabéns por sua resiliência e disciplina!
Eu espero ter atendido as suas expectativas e coloco-me à disposição para responder
qualquer dúvida, caso você tenha alguma, sobre o Marco Civil da Internet.
Excelente iniciativa em buscar esclarecer suas
dúvidas! Caso tenha alguma questão sobre o conteúdo
estudado, não hesite em postá-la no fórum de dúvidas. Farei
de tudo para responder o mais rápido possível. Caso sua dúvida
seja relacionada a alguma questão, seria ótimo se pudesse
transcrevê-la para que eu possa ajudá-lo(a) de forma mais
rápida e precisa. Estou à disposição para ajudar!

Se você gostou da aula, ficarei muito grato se puder


avaliá-la. Lembre-se que notas de 4 e 5 são consideradas
boas, enquanto notas de 1, 2 e 3 são consideradas ruins.
É importante ressaltar que a avaliação diz respeito apenas
ao conteúdo apresentado e didática do professor, não ao seu
desempenho nem ao nível de dificuldade da aula. Não esqueça
de deixar um comentário quando fizer sua avaliação, pois isso
ajuda muito a entender sua nota. Caso você tenha alguma
sugestão para melhorar o material, por favor, fique à vontade
para compartilhar. Sua opinião é muito valiosa para mim.

Obrigado pela sua companhia nesse estudo teórico do Marco Civil da Internet. Te vejo
na resolução das questões, até logo!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

RESUMO
Essa lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no
Brasil, que devem ser seguidos pelos usuários, provedores de internet e demais envolvidos
na utilização, bem como a atuação dos órgãos governamentais, devendo ser seguidas pela
União, os Estados, O Distrito Federal e os Municípios.
Nosso resumo abordará, de forma sintetizada, os conceitos sobre cada capítulo da Lei,
os mesmos conceitos apresentados na aula, porém de forma bem mais suscinta.

CAPÍTULO 1. (ART. 1º AO 6º) DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Este capítulo da Lei aborda os artigos 1º ao 6º, estabelecendo princípios, garantias,
diretos para os usuários e deveres para os provedores sobre o uso da internet do Brasil.
Essa legislação também determina as diretrizes para atuação as União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos municípios

• Fundamentos
A Lei nos traz em seu artigo 2º os 7 fundamentos que foram utilizados para criação do
Marco Civil da Internet. Vejamos:
• A Liberdade de expressão
• O reconhecimento da escala mundial da Rede
• Os Diretos Humanos, o desenvolvimento da personalidade e exercício da cidadania
em meios digitais
• Pluralidade e diversidade
• Abertura e colaboração
• A Livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor
• A finalidade social da rede

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Princípios
São 8 princípios utilizados para elaboração do Marco Civil da Internet. Vejamos:
• Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento
nos termos da Constituição
• Proteção da privacidade
• Proteção dos dados pessoais na forma da lei
• Preservação e garantia da neutralidade da rede
• Preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede
• Preservação da natureza participativa da rede
• Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei
• Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet
Deixo a seguir um mapa mental sobre esse importante tópico: Princípios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Objetivos
Os objetivos são o alvo, aquilo que a lei deve atingir com sua criação.
• A promoção do direito de acesso à internet a todos
• Promoção do acesso à informação, conhecimento e a participação na vida cultural
e na condução dos assuntos públicos
• Promoção da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e
modelos de uso e acesso
• Promoção da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação,
a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados
Veja a seguir um mapa mental sobre os objetivos da Lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Perceba que essa lei possui fundamentos, princípios, bem como objetivos. Entretanto,
a interpretação dessa legislação levará em conta, além dos fundamentos, princípios e
objetivos, também a natureza da internet, seus costumes e a importância para a promoção
do desenvolvimento humano e econômico.

• Glossário
Essa parte é bem conceitual, pois traz as definições de diversos termos utilizados ao
longo da Lei. Você vai aprender o que é internet, aplicações de internet, endereço IP, conexão
à internet, terminal, administrador de sistemas autônomo, registro de conexão, registro
de acesso a aplicações de internet.

Finalizamos o estudo do primeiro capítulo da Lei n. 12.965 de 2014


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

CAPÍTULO 2. (ART. 7º E 8º) DIREITOS E GARANTIAS DOS USUÁRIOS


• Direitos
A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo e oitavo sobre os
direitos e garantias dos usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por
ordem judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por
ordem
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente
de sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet

• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de


serviços, com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão
e aos registros de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de
gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento
e proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para
finalidades que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de
uso de aplicações de internet;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de


conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento
livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei
• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de
dados pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas
contratuais
• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à


internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas,
sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet

• Garantias
O artigo 8º do Marco Civil da Internet estabelece que o direito à privacidade e à liberdade
de expressão são fundamentais para o pleno exercício do direito de acesso à internet. Isso
significa que o usuário deve ter garantias de que sua privacidade não será violada e que
sua liberdade de expressão não será cerceada ao utilizar a internet.
Portanto a legislação dispõe que nos contratos de prestação de serviços, algumas cláusulas
contratuais podem ser nulas por violar algumas garantias dos usuários. Sendo as que:
• Impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela
internet; ou
• Em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção
do foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados
no Brasil.
Veja abaixo um mapa mental sobre esse assunto.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Finalizamos o estudo de mais um capítulo!

CAPÍTULO 3. (ART. 9º AO 23) FORNECIMENTO DE CONEXÃO E APLICAÇÕES DE INTERNET


• Neutralidade da Rede
Quando estamos falando da neutralidade da rede, é exatamente no sentido de ser
neutra, imparcial. Portanto, os dados que trafegam na internet devem ser tratados de
forma igualitária, sem que exista distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,
terminal ou aplicação.

Mas existem duas situações em que será regulamentada a discriminação ou a degradação


do tráfego dos dados, e são elas:
a) Requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações
b) Priorização dos serviços de emergência
Esse é um conteúdo que tem aparecido em algumas questões. Tente memorizar as duas
situações em que são permitidas a discriminação ou a degradação do tráfego dos dados.
Veja a seguir um mapa mental sobre esse assunto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Quanto ao fornecimento de conexão à internet, tanto a onerosa quanto a gratuita, bem


como a transmissão, comutação ou roteamento, o provedor não pode (é proibido) bloquear,
monitorar, filmar ou analisar o conteúdo dos pacotes dos dados que circulam na internet.

As questões relacionadas a esse tema, trazem a letra da lei, portanto deixo aqui o artigo
9º parágrafo 3º para sua leitura. Dessa maneira você vai se familiarizando com os termos
da legislação.

Art. 9, § 3º Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,


comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos
pacotes de dados, respeitado o disposto neste artigo

• Da Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às Comunicações Privadas


Antes de começarmos o estudo desse tópico, quero diferenciar o que é provedor
de aplicação e provedor de conexão. Vamos precisar dessa informação para o estudo
desse capítulo.
A) Provedor de Conexão
É a empresa responsável pelo fornecimento de acesso à internet.
São exemplos de provedores de conexão(Claro, Vivo, Oi, Tim)
Esse provedor de conexão é responsável pela manutenção dos registros de conexão.
Para relembrar:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

− Registro de Conexão: o conjunto de informações referentes à data e hora de início


e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo
terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados.
B) Provedor de Aplicação
É a empresa responsável pelo fornecimento de serviços ou aplicativos na internet, como
serviços de e-mail, redes sociais, streamings entre outros.
São exemplos de provedores de aplicação (Google, Meta, Netflix)
Logo o provedor de aplicação ficará responsável pelos registros de acesso as aplicações
Gmail, Instagram, Facebook, Netflix etc.
− Registros de Acesso a Aplicações de Internet: o conjunto de informações refe-
rentes à data e hora de uso de uma determinada aplicação de internet a partir de
um determinado endereço IP.
Veja abaixo um mapa com exemplos de provedores de conexão e provedores de aplicação:

Em relação ao armazenamento e disponibilização dos registros de conexão e acesso a


aplicações de internet, bem como as informações pessoais e conteúdo de comunicações
privadas, devem preservar a intimidade, privacidade, a honra e a imagem das partes
envolvidas.

Isso quer dizer que os provedores não podem disponibilizar esses registros?

Realmente o provedor não pode, por conta própria, disponibilizar os registros de acesso e
aplicações na internet. Os provedores devem disponibilizar esses registros apenas mediante
ordem judicial, o que também se aplica ao conteúdo das comunicações privadas.
As autoridades administrativas que possuam competência legal, podem requerer o
acesso dos dados cadastrais, tais como nome, data de nascimento, filiação e endereço.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

A imagem ao lado, retirada do site do FaceBook,


traz exatamente o que diz a legislação. O usuário tem
direito de saber como seus dados serão tratados,
a política de privacidade, mecanismos de segurança e
proteção de dados, entre outros. Veja que para cada
tópico tem uma seta apontando para baixo, que ao
ser clicada, abrirá uma tela detalhada de informações
sobre aquele tema.
1. Os provedores devem informar, de forma clara,
quais serão as medidas e procedimentos adotados
para garantir a segurança e o sigilo para proteção das
informações e dados pessoais dos usuários.
2. O Marco Civil da Internet também nos traz que
a legislação brasileira deve ser aplicada quanto aos
direitos à privacidade, proteção de dados pessoais e
sigilo das comunicações privadas e registros, nos casos
em que as operações de coleta, armazenamento,
guarda e tratamento de registros, dados pessoais ou
comunicações realizadas por provedores de conexão
e de aplicações de internet em que pelo menos um
desses atos tenha ocorrido no Brasil.
2. O provedor deve prestar informações referentes
a de coleta, armazenamento, guarda e tratamento
de registros, dados pessoais ou comunicações que
permitam a verificação quanto ao cumprimento da
legislação brasileira.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Da Guarda de Registros de Conexão


A) PROVISÃO DE CONEXÃO À INTERNET
No fornecimento de conexão à internet, cabe ao administrador do sistema o dever de
manter os registros de conexão, sob sigilo, em um ambiente controlado e de segurança
pelo prazo de 1 ano.

Obs.: 1: A autoridade policial ou administrativa pode requerer que os registros de conexão


sejam guardados por prazo superior a um ano.
Nesse caso, a autoridade policial ou administrativa tem o prazo de 60 dias, contados
a partir da data do requerimento, para pedir autorização judicial de acesso aos
registros.
2: A manutenção dos registros de manutenção não pode ser transferida a terceiros

Em qualquer hipótese a disponibilização desses registros só acontecerá com


autorização judicial.

Veja um mapa mental sobre guarda de registros de conexão à internet.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

B) Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Conexão

É proibido guardar os registros de acesso a aplicações de internet na provisão de conexão,


onerosa ou gratuita.

Aqui, estamos falando sobre os provedores de conexão à internet, como por exemplo
empresas como a Claro, a Oi ou a Tim, armazenarem os registros de acesso a aplicações
como as informações referentes a data e hora de uso da plataforma de aplicação de internet
a partir de um determinado endereço IP.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

C) Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Aplicações


Aqui estamos falando dos provedores de aplicação de internet, que são empresas
que oferecem serviços na internet, como por exemplo a Meta (proprietária do Instagram,
Facebook e WhatsApp). Essas empresas atuam de forma organizada, profissional e com
fins econômicos.
A legislação estabelece que esses provedores de aplicações devem manter os registros
de acesso dos usuários de suas plataformas, em ambiente seguro e sigiloso, pelo prazo de
6 meses, conforme regulamentação.

Obs.: Quanto a autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público, podem


requerer que os registros de conexão sejam guardados por prazo superior a seis
meses.

Em qualquer hipótese a disponibilização desses registros só acontecerá com


autorização judicial.

Veja um mapa mental sobre guarda de registros de acesso a aplicações de internet no


fornecimento de aplicações.

Ainda sobre a guarda de registros de acesso, tanto na provisão de aplicações de internet,


onerosa, quanto na gratuita é proibido o armazenamento dos registros de acesso nos
seguintes casos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

1º caso: O titular não forneceu o consentimento prévio


2º caso: Os dados pessoais sejam excessivos em relação à finalidade para a qual o
titular consentiu. Exceto nas hipóteses previstas em lei.

• Responsabilidade por Danos Decorrentes de Conteúdo Gerado por Terceiros

Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por dados
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

A legislação traz uma exceção em que o provedor pode ser responsabilizado civilmente
por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, sendo ela:

Após a uma ordem judicial especifica, o provedor não remover o conteúdo apontado como infrator.

Ou seja, o provedor será responsabilizado civilmente se descumprir ordem judicial


específica para retirar o conteúdo considerado ofensivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Em relação a ordem judicial, ela deve identificar de forma clara e especifica o conteúdo
considerado infringente, de modo a permitir sua localização inequívoca.
A legislação dispõe que caso o provedor possuir informações de contato desse usuário
responsável pelo conteúdo indisponibilizado, deve comunicar os motivos e informações
relativos a indisponibilização do conteúdo, dessa forma o usuário terá a oportunidade
de se defender em juízo. Além disso o usuário pode solicitar que o provedor substitua o
conteúdo indisponibilizado pela motivação ou ordem judicial que fundamentou a decisão
da indisponibilização do conteúdo.
Vamos ao estudo do artigo 21, que traz a responsabilidade subsidiária do provedor
de aplicações de internet. Esse é um artigo que colocarei na integra para que você o leia e
internalize, ele tem bastante incidência em questões de concurso.

Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo
cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação
pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito
e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.

Em outras palavras esse artigo dispõe que os provedores de aplicação de internet, que
disponibilizem conteúdos gerados por terceiros, têm responsabilidade SUBSIDIÁRIA, caso,
após notificação pelo participante ou representante legal, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, em casos de violação da intimidade
decorrente da divulgação de imagens, vídeos ou outros materiais que contenham cenas de
nudez ou atos sexuais de caráter privado, sem autorização dos envolvidos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Da Requisição Judicial de Registros


A legislação estabelece que o indivíduo interessado nos registros, pode, em processo
judicial cível ou penal, solicitar ao juiz que ordene ao responsável pelo armazenamento dos
registros de conexão ou de aplicações, o seu fornecimento. Porém esse requerimento possui
requisitos legais, que caso não sejam atendidos pode torná-lo admissível.
Veja esses requisitos:
1º) Fundados indícios da ocorrência do ilícito;
2º) Justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação
ou instrução probatória; e
3º) Período ao qual se referem os registros.
Esses requisitos que devem constar na notificação são um pouco lógicos, pois é necessário
que existam razoes suficientes para acreditar que existe uma ilegalidade acontecendo de
fato. Também faz todo sentido que a empresa que está recebendo essa notificação, saiba
a razão para disponibilizar esses registros. Por fim, é necessário estipular um período para
que a solicitação não seja excedente ao período do fato ilícito.
Veja abaixo um mapa mental sobre isso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Assim, finalizamos mais um capítulo da nossa Lei.

CAPÍTULO 4. (ART. 24 AO 28) ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO


A legislação, em seu capítulo quarto, traz algumas diretrizes, de atuação do Poder
Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) em relação ao desenvolvimento da
internet no Brasil.
Vejamos cada uma dessas diretrizes:
• Estabelecer mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa
e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade
civil e da comunidade acadêmica;
• Promover a racionalização da gestão, expansão e uso da internet, com participação
do Comitê Gestor da internet no Brasil;
• Promover a racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo
eletrônico, entre os diferentes Poderes e âmbitos da Federação, para permitir o
intercâmbio de informações e a celeridade de procedimentos;
• Promover a interoperabilidade entre sistemas e terminais diversos, inclusive entre
os diferentes âmbitos federativos e diversos setores da sociedade;
• Adotar preferencialmente tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;
• Publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e
estruturada;
• Otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de
armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no País, promovendo a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

qualidade técnica, a inovação e a difusão das aplicações de internet, sem prejuízo à


abertura, à neutralidade e à natureza participativa;
• Desenvolver ações e programas de capacitação para uso da internet;
• Promover a cultura e da cidadania; e
• Prestar serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada, eficiente,
simplificada e por múltiplos canais de acesso, inclusive remotos.
Não pára por aí, o Poder Público deve tomar iniciativas para incentivar à cultura digital
e promover à internet como ferramenta social. Essas iniciativas devem:
1) Promover a inclusão digital;
2) Buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no
acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e
3) Fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.
Veja um mapa mental sobre as iniciativas do Poder Público.

Mais um capítulo concluído!

CAPÍTULO 5. (ART. 29 AO 32) DISPOSIÇÕES FINAIS


Em suas disposições finais, a lei nos traz que o usuário tem o direito de escolher qual
programa de computador utilizar para proteger seus filhos menores de idade em relação
a conteúdos impróprios disponíveis na internet. Ou seja, os pais ou responsáveis podem
escolher livremente o software de controle parental para bloquear o acesso dos menores
a conteúdos inadequados. Esse controle deve ser feito respeitando as leis brasileiras e
considerando o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Por fim, o usuário que teve seu direito lesado, pode buscar defesa na justiça de acordo
com a legislação em vigor.
Terminamos nosso estudo do nosso resumo sobre essa importante legislação: Marco
Civil da Internet.
Te vejo na resolução das questões dessa aula.
Até lá!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

QUESTÕES DE CONCURSO
Agora chegou a de você colocar em prática tudo que estudamos, separei muitas questões
para você treinar.
Ao lado de cada questão você encontrará o nível de dificuldade, dessa forma saberá se está
respondendo uma questão fácil, média ou difícil.

Obs.: Alunos que ainda não tiveram contato com o conteúdo teórico encontrarão
dificuldades em resolver até as questões fáceis, visto que, em geral, as questões
não são intuitivas.

001. (IBFC/SEMAD-GO/ANALISTA AMBIENTAL/DIREITO/2023/MÉDIO) O Marco Civil da


Internet, Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014, estabelece princípios, garantias, direitos
e deveres para o uso da internet no Brasil. A respeito desta lei, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade
de expressão, bem como, entre outros, a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do
consumidor
b) A disciplina do uso da internet no Brasil tem como princípio, entre outros, a preservação
e garantia da neutralidade de rede
c) O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros
d) O provedor de aplicações de internet poderá ser responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros ainda que ausente ordem judicial específica
ou notificação para tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente
e) As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como
ferramenta social devem, entre outros, fomentar a produção e circulação de conteúdo
nacional

002. (INSTITUTO CONSULPLAN/MPE MG/ANALISTA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/


SEGURANÇA DE TI/2023/MÉDIO) A Lei n. 12.965/2014 do marco civil da internet estabelece
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e determina as
diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em
relação à matéria. Em relação à provisão de conexão e aplicações de internet referente a
tal normativa, assinale a afirmativa correta.
a) Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, não é vedado guardar os registros de acesso
a aplicações de internet.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

b) O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de


forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicação.
c) Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de seis meses, nos termos do regulamento.
d) O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que
exerça essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá
manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente
controlado e de segurança, pelo prazo de quatro meses, nos termos do regulamento.

003. (VUNESP/TCM SP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO/2023/DIFÍCIL) O Marco Civil da Internet (Lei no 12.965, de 23 de abril de
2014) trata, dentre outros pontos, da neutralidade de rede, que
a) determina que o provedor de aplicações de internet não poderá emitir opiniões sobre
quaisquer assuntos tratados nas aplicações sob sua responsabilidade.
b) determina que o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever
de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo,
origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.
c) não se aplica às aplicações especiais, como as que operam em tempo real, que utilizam
muita largura de banda limitando, em alguns instantes, que os pacotes de dados dos demais
usuários sejam tratados de forma isonômica.
d) prevê que no caso de provisão de conexão gratuita, os pacotes de dados não poderão
ter degradação de velocidade superior a 30% em relação à conexão onerosa.
e) prevê que o provedor de conexão à internet será responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

004. (VUNESP/TCM SP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO/2023/MÉDIO) O Marco Civil da Internet (Lei no 12.965, de 23 de abril de
2014), no seu artigo 13, trata da provisão de conexão à internet. Em relação a essa questão,
tem-se que
a) a autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer cautelarmente
que os registros de conexão sejam guardados por um prazo adicional máximo de 6 (seis)
meses, improrrogáveis, além do prazo normal previsto no caput.
b) a responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão poderá ser transferida
a terceiros, mediante acordo formalizado com a presença do Ministério Público, sem a
necessidade da anuência dos usuários.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

c) cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros


de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano,
nos termos do regulamento.
d) no caso de provisão de conexão onerosa, o administrador de sistema de conexão à internet
deverá manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
por até 5 (cinco) anos, enquanto que para conexão gratuitas, por até 6 (seis) meses.
e) o provedor responsável pela guarda dos registros deverá informar, de forma imediata
apenas ao usuário, que os registros das suas conexões foram solicitados por autoridade
superior.

005. (FUNDATEC/SPGG/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/2022/FÁCIL)


O(a) ______________________________ estabelece princípios, garantias, direitos e deveres
para o uso da Internet no Brasil. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna
do trecho acima.
a) Lei Geral de Proteção de Dados
b) Agência Nacional de Telecomunicações
c) Marco Civil da Internet
d) Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto
e) Ministério da Defesa

006. (FGV/MPE GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2022/DIFÍCIL) Ao requisitar dados


pessoais armazenados por provedor de serviços de internet, o magistrado deve indicar:
a) a ocorrência dos fatos de interesse em território nacional;
b) a indispensabilidade da medida e indícios da prática de ilícito de natureza grave;
c) qualquer elemento de individualização pessoal dos alvos da busca;
d) indícios do ilícito, justificativa da utilidade e período dos registros;
e) elementos que possibilitem a identificação dos alvos da busca e sua geolocalização.

007. (VUNESP/ALE SP/PROCURADOR/2022/DIFÍCIL) Tendo em vista o que dispõe o Marco


Civil da Internet, pode-se afirmar que o provedor de aplicações de internet
a) com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, somente poderá
ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros
se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço e dentro do prazo de até 12 (doze) horas, tornar indisponível o
conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
b) será responsabilizado solidariamente com os terceiros responsáveis pela divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens contendo cenas de nudez de caráter

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

privado quando, após o recebimento de notificação pelo participante, deixar de promover,


no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a indisponibilização desse conteúdo.
c) terá a sua responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros,
quando se tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos, regulada pelo Código
Civil e Código de Defesa do Consumidor.
d) que exerce essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos,
substituirá o conteúdo tornado indisponível pela motivação ou pela ordem judicial que
deu fundamento à indisponibilização, quando solicitado pelo usuário que disponibilizou o
conteúdo tornado indisponível.
e) deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em
ambiente controlado e de segurança, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos.

008. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE GUARANIAÇU/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2022/


FÁCIL) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, a disciplina do uso da internet no Brasil tem,
por alguns objetivos, a promoção:
I – Do direito de acesso à internet a todos.
II – Do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução
dos assuntos públicos.
III – Da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e
acesso.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item II.
b) Somente o item III.
c) Somente os itens I e II.
d) Todos os itens.

009. (IBFC/PM RN/ALUNO OFICIAL/PM/2022/MÉDIO) A Lei n. 12.965/2014, conhecida como


Marco Civil da Internet, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da
Internet no Brasil. Sobre o assunto, assinale um princípio que disciplina o uso da internet
no Brasil.
a) Direito de acesso à internet a todos
b) Acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução
dos assuntos públicos
c) Preservação e garantia da neutralidade de rede
d) Inovação e fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso
e) Adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação, a acessibilidade
e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

010. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE CAPÃO DO CIPÓ/PROFISSIONAL DE TI/


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2022/FÁCIL) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, o acesso
à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados alguns direitos,
entre eles:
I – Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização.
II – Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
a) Os itens I e II estão corretos.
b) Somente o item I está correto.
c) Somente o item II está correto.
d) Os itens I e II estão incorretos.

011. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO/2022/DIFÍCIL) O sigilo


telemático é direito fundamental estabelecido no Art. 5º, inciso XII, da Constituição Federal
de 1988. O avanço nos meios de comunicação provocou transformações no âmbito de
proteção deste direito, bem como a respeito de eventual afastamento de tal direito em
casos concretos.-A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O provedor de Internet pode ser compelido a fornecer o registro de acesso a aplicações
de Internet, desde que presentes fundados indícios da ocorrência de ilícito, justificativa
motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou instrução
probatória e o período ao qual se referem os registros.
b) A disseminação de notícia falsa por meio de redes sociais não está abrangida pela liberdade
de expressão. Todavia, diante da ausência de previsão legal específica, os tribunais não
podem determinar sua remoção, conforme entendimento firmado pelo STF em sede de
repercussão geral.
c) Cláusula contratual firmada em contrato de fornecimento de serviço de acesso à Internet
pode afastar o sigilo de comunicações privadas pela Internet, desde que seja escrita e com
visto específico.
d) O usuário tem direito à inviolabilidade e ao sigilo de suas comunicações pela Internet,
salvo por ordem judicial ou autoridade administrativa, neste último caso, na forma de
regulamento expedido pela ANATEL.
e) O sigilo telemático não engloba a proteção a conversas ocorridas em aplicativos de
mensagens.

012. (OBJETIVA CONCURSOS/IPASSP-SM/AGENTE/PROCESSAMENTO/2022/FÁCIL) Segundo


a Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário
são assegurados alguns dos seguintes direitos, EXCETO:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

a) Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano


material ou moral decorrente de sua violação.
b) Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, independente de
ordem judicial.
c) Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.
d) Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização.
e) Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de
acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado
ou nas hipóteses previstas em lei.

013. (SELECON/CÂMARA DE SÃO GONÇALO/CONSULTOR LEGISLATIVO/ÁREA COMUNICAÇÃO


E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO/2022/DIFÍCIL) No tocante ao marco civil da internet, a Lei n.
12.965, de 23 de abril de 2014, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o
uso da internet no Brasil, sendo dois aspectos destacados a seguir.
I – De acordo com o Art. 13, na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de
sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em
ambiente controlado e de segurança, por um prazo específico, nos termos do regulamento.
II – De acordo como Art. 15, o provedor de aplicações de internet constituído na forma de
pessoa jurídica e que exerça essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com
fins econômicos deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet,
sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, por um prazo específico, nos termos
do regulamento.
Os prazos estabelecidos em I e Il são, respectivamente:
a) 5 anos e 6 meses
b) 5 anos e 9 meses
c) 1 ano e 6 meses
d) 1 ano e 9 meses

014. (CESPE/CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ÁREA


MARKETING/2022/FÁCIL) À luz do Marco Civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Apesar do dever de respeito à neutralidade de rede, o responsável pelo roteamento pode
fazer distinção dos pacotes de dados com relação à sua origem e ao seu destino, mas não
ao seu conteúdo.

015. (INSTITUTO AOCP/DPE PR/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/2022/DIFÍCIL) Jovem de


20 anos procura a Defensoria Pública narrando que autorizou expressamente a publicação

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

de imagens suas de nudez em um site para fins comerciais, porém as visualizou em outro
site adulto, veiculadas sem seu consentimento. Com base nessa situação hipotética e
considerando o Marco Civil da Internet (Lei Federal n. 12.965/2014) e a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) As imagens de nudez, produzidas e cedidas para fins comerciais – absolutamente lícitos
– não ostentam natureza privada, que estabelece a responsabilização do provedor, caso,
após ordem judicial específica, não tomar as providências para, nos limites técnicos do seu
serviço, tornar indisponível o conteúdo apontando.
b) O provedor de aplicações de internet deverá manter os respectivos registros de acesso
a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de
1 (um) ano, nos termos do regulamento.
c) Em observância à liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento,
a exclusão e o cancelamento dos serviços e das funcionalidades da conta ou do perfil de
usuário de redes sociais somente poderão ser realizados com justa causa e motivação.
d) O provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente
por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica,
não tomar as providências para tornar indisponível a divulgação, sem autorização de seus
participantes, de imagens ou de atos sexuais de caráter privado.
e) Moderação em redes sociais são ações dos provedores de redes sociais de exclusão,
suspensão ou bloqueio da divulgação de conteúdo gerado por terceiros, incluídos aqueles
que se destinam à troca de mensagens instantâneas e às chamadas de voz.

016. (FAURGS/SES RS/ASSESSOR JURÍDICO/2022/FÁCIL) A lei que ficou conhecida como


Marco Civil da Internet considera o acesso à internet essencial ao exercício da cidadania.
Aponte qual direito e garantia é expressamente assegurado ao usuário da rede.
a) O acesso livre ao fluxo das comunicações do usuário pela internet.
b) O acesso livre ao fluxo das comunicações do usuário privadas e armazenadas.
c) A não suspensão da conexão à internet, mesmo em caso de débito diretamente decorrente
de sua utilização.
d) A inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
e) Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de
acesso a aplicações de internet, sendo desnecessária qualquer informação sobre práticas
de gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade.

017. (FGV/SF/ANALISTA DE INFORMÁTICA LEGISLATIVA/ÁREA ANÁLISE DE SUPORTE E


SISTEMAS/2022/DIFÍCIL) Alfama Telecom oferece ao mercado de consumo, ao mesmo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

tempo, serviços de telefonia e de internet por banda larga. A fim de maximizar seus lucros,
passa a privilegiar a qualidade das ligações telefônicas, deixando mais lenta para os usuários
a velocidade de conexão da internet em serviços e aplicativos que realizam chamadas de
vídeo e voz.
À luz do Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014), essa prática é considerada
a) lícita, porque a lei assegura a livre iniciativa e a livre concorrência.
b) ilícita, porque viola a regra que impõe a neutralidade da rede.
c) ilícita, porque viola a regra da inimputabilidade da rede.
d) lícita, porque não configura conduta anticoncorrencial.
e) ilícita, porque aplicações não configuram pacotes de dados.

018. (FCC/TJ CE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESPECIALIDADE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO/


INFRAESTRUTURA/2022/FÁCIL) De acordo com a Lei no 12.965/2014, na provisão de conexão
à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os
registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de
a) 6 meses.
b) 1 ano.
c) 2 anos.
d) 3 anos.
e) 5 anos.

019. (IBADE/TJ ES/RESIDÊNCIA JURÍDICA/2022/MÉDIO) Nos termos da Lei n. 12.965/2014,


acerca do Marco Civil da Internet, é CORRETO afirmar que:
a) O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário é assegurado o
direito a não suspensão da conexão à internet, mesmo por débito diretamente decorrente
de sua utilização.
b) em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros,
de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de
internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser
obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção
dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.
c) na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 10 (dez) anos.
d) a responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão poderá ser transferida a
terceiros.
e) na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é obrigatória a guarda dos registros de
acesso a aplicações de internet.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

020. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO/2022/DIFÍCIL) A criação


de perfis falsos em redes sociais, bem como a utilização de ferramentas de inteligência
artificial para manipulação de falas (deepfake), são algumas das grandes celeumas a ameaçar
a Internet nos dias de hoje. -O avanço da tecnologia traz para o operador do Direito diversos
desafios, alguns deles enfrentados pelo Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014).-A
respeito do tema, assinale a afirmativa correta.
a) A rede social poderá ser responsabilizada civilmente por danos decorrentes da criação
de perfil falso se, após ordem judicial específica, não tomar as providências necessárias
para tornar o conteúdo indisponível.
b) Em respeito à liberdade de expressão, o Marco Civil da Internet veda a concessão de tutela
provisória de urgência para determinar a indisponibilização de conteúdo lesivo à honra de
outrem, a qual somente pode ser imposta por decisão judicial definitiva.
c) A Lei n. 12.965/2014 estabelece, de maneira expressa, a responsabilidade objetiva do
autor de conteúdo lesivo na Internet, que apenas poderá ser afastada se comprovada a
culpa exclusiva da vítima ou o fato exclusivo de terceiro.
d) A decisão judicial que determinar a remoção de conteúdo lesivo a determinada pessoa
poderá ser genérica, englobando informações ou usuários indistintos, a critério do juiz ou
Tribunal.
e) O princípio da neutralidade da rede impede o fornecimento, mediante decisão judicial,
de registro de conexão a aplicação de Internet, mesmo que haja fundados indícios da
ocorrência de ilícito.

021. (FGV/SF/CONSULTOR LEGISL ATIVO/COMUNICAÇÕES E TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO/2022/DIFÍCIL) A Lei n. 12.965, de 23 de 2014, conhecida como Marco Civil
da Internet, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no
Brasil. De acordo com ela,
a) as empresas provedoras das redes sociais digitais têm responsabilidade civil sobre os danos
decorrentes dos conteúdos nelas postados, independentemente de notificação judicial.
b) na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 5 (cinco) anos.
c) a União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem adotar preferencialmente tecnologias,
padrões e formatos abertos e livres, além de publicizar dados e informações públicos, de
forma aberta e estruturada.
d) na provisão gratuita de conexão à internet, bem como na transmissão, comutação ou
roteamento, é permitido ao provedor bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo
dos pacotes de dados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

e) a discriminação ou degradação do tráfego só poderá ocorrer em benefício de parceiros


comerciais dos provedores ou para priorização de serviços de emergência.

022. (CESPE/CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ÁREA


MARKETING/2022/FÁCIL) À luz do Marco Civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Dado o risco da sua atividade, o provedor de conexão à Internet será responsabilizado
civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

023. (CESPE/CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ÁREA


COMERCIAL/2022/FÁCIL) À luz do Marco Civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Apesar do dever de respeito à neutralidade de rede, o responsável pelo roteamento pode
fazer distinção dos pacotes de dados com relação à sua origem e ao seu destino, mas não
ao seu conteúdo.

024. (INSTITUTO AOCP/PC GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO (PÓS-EDITAL)/2022/2º


SIMULADO/MÉDIO) Sobre a Lei n. 12.965, de 2014, o acesso à internet é essencial ao exercício
da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos, exceto:
a) o reconhecimento da escala mundial da rede.
b) os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em
meios digitais.
c) a unicidade e a diversidade.
d) a abertura e a colaboração.
e) a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor.

025. (FCC/CBM BA/FORMAÇÃO DE SOLDADOS/PÓS-EDITAL/2022/1º SIMULADO/FÁCIL) “A


Internet não é terra sem lei”. Provavelmente, você já escutou essa frase em algum momento
da sua vida. De fato, podemos afirmar que o Direito é onipresente e suas regras também
englobam a supervisão do mundo digital. Dessa forma, com o objetivo de regulamentar e
formular os princípios para o uso da Internet em nosso país, o governo brasileiro aprovou
em 2014 a Lei n. 12.965, mais conhecida como Marco Civil da Internet. Fonte: politize.com.
br A respeito do assunto abordado no fragmento acima, marque o item correto.
a) O Marco Civil norteia todo processo de aplicação da Internet.
b) A Lei n. 12.965/2014 é fundamentada em três pilares: censura à informação, a neutralidade
de rede e a publicidade dos dados.
c) Uma das inovações mais notáveis trazidas pelo Marco Civil concerne principalmente ao
seu processo de judicialização.
d) Esse projeto de lei foi uma iniciativa do Ministério da Educação.
e) A legislação do marco civil serviu de inspiração para a Declaração Cubana de Direitos da
Internet.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

026. (CESPE/CEBRASPE/PC ES/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL (PÓS-EDITAL)/2022/2º SIMULADO/


FÁCIL) Acerca da Lei n. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), assinale a alternativa correta.
a) A disciplina do uso da internet no Brasil tem como princípios a pluralidade e a diversidade,
bem como a responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei.
b) O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário é assegurado
o direito de não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de
conexão, e de acesso a aplicações de internet, em qualquer situação.
c) Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros,
de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de
internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser
obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção
dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.
d) Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 6 meses, nos termos do regulamento.
e) Na provisão de conexão gratuita, é permitido guardar os registros de acesso a aplicações
de internet.

027. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO PRÉ-EDITAL/2022/2º


SIMULADO/MÉDIO) O Marco Civil da Internet no Brasil, Lei n. 12.965/2014, é estabelecido com
base em fundamentos, princípios e objetivos muito bem definidos em seu texto. Assinale
a alternativa que é considerada um dos objetivos elencados pela referida Lei.
a) A promoção do direito de acesso à internet a todos.
b) A pluralidade e a diversidade.
c) A livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor.
d) A proteção da privacidade.
e) A preservação e garantia da neutralidade de rede.

028. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO (PÓS-EDITAL)/2022/3º


SIMULADO/MÉDIO) A Lei n. 12.965/2014, conhecida como Marco Civil da Internet, estabelece
características sobre a neutralidade da rede. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir:
I – O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de
forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicação.
II – Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,
comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo
dos pacotes de dados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

III – A discriminação ou degradação do tráfego somente poderá decorrer de priorização de


serviços de emergência.
Está correto o que se afirma apenas em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.

029. (INSTITUTO AOCP/SED MS/PROFESSOR/EDUCAÇÃO FÍSICA/2022/FÁCIL) De acordo


com as considerações da Lei n. 12.965/2014, que estabelece princípios, garantias, direitos
e deveres para o uso da Internet no Brasil, relacione as colunas e assinale a alternativa com
a sequência correta.
1. Internet.
2. Terminal.
3. Aplicações de Internet.

( ) O conjunto de funcionalidades que pode ser acessado por meio de um terminal


conectado à internet.
( ) O computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet.
( ) O sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala
mundial para uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação
de dados entre terminais por meio de diferentes redes.

a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 3 – 1.
c) 2 – 1 – 3.
d) 3 – 1 – 2.
e) 3 – 2 – 1.

030. (INSTITUTO AOCP/PC GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO (PÓS-EDITAL)/2022/3º


SIMULADO/FÁCIL) A respeito da Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial ao
exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos, exceto:
a) inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
b) inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei.
c) inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

d) suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua


utilização.
e) manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.

031. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO (PÓS-EDITAL)/2022/3º


SIMULADO/FÁCIL) Com relação aos conceitos definidos na Lei n. 12.965/2014, conhecida
como Marco Civil da Internet, assinale a alternativa que é um dos fundamentos da Lei:
a) Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
b) Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização.
c) O reconhecimento da escala mundial da rede.
d) Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.
e) Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei.

032. (TRF4/TRF 4/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2022/MÉDIO) Assinale a alternativa INCORRETA.


No que diz respeito à disciplina do Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014):
a) são nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que impliquem ofensa à inviolabilidade
e ao sigilo das comunicações privadas pela internet.
b) na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros
de acesso a aplicações de internet.
c) na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de um ano, nos termos do regulamento.
d) dentre os direitos assegurados ao usuário, está a garantia da não suspensão da conexão
à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização.
e) o provedor de aplicações de internet deverá manter os respectivos registros de acesso e
do conteúdo das comunicações realizadas sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de seis meses.

033. ( C E S P E / C E B R A S P E / B A N E S E / T É C N I C O B A N C Á R I O / I N F O R M ÁT I C A /
DESENVOLVIMENTO/2021/FÁCIL) Acerca do sigilo bancário, da proteção de dados pessoais
e do marco civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Qualquer provedor de aplicações de Internet deverá manter os registros de acesso a
aplicações de Internet sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo
estabelecido em lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

034. (MPDFT/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO/2021/DIFÍCIL) Assinale a


alternativa correta:
a) A conexão de internet no sistema legal em vigor pressupõe a não suspensão do acesso
de forma ampla, inclusive nos casos de inadimplemento pelo seu uso pelos consumidores,
dado o Direito do Consumidor estar previsto como Direito e Garantia individual.
b) Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,
comutação ou roteamento, é permitido ao responsável pela transmissão, comutação ou
roteamento de bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados,
desde que informado ao consumidor de forma prévia e clara no contrato.
c) Na interpretação da Lei 12.965/2014 – Lei do Marco Civil, o juiz, ao analisar um caso
concreto, deve levar em conta, além dos fundamentos, princípios e objetivos previstos na
legislação citada, a natureza da internet, seus usos e costumes particulares e sua importância
para a promoção do desenvolvimento humano, econômico, social e cultural.
d) O consumidor poderá ter na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, ter guardado os
registros de acesso a aplicações de internet.
e) O Delegado de Polícia, para fazer uso em investigação decorrente de inquérito policial,
pode determinar de forma cautelar que os registros de conexão sejam guardados pelo prazo
máximo de um ano junto ao administrador de sistema autônomo respectivo.

035. (CESPE/CEBRASPE/TJ RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/GRUPO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/


ESPECIALIDADE: ANALISTA DE GESTÃO DE TIC/2021/DIFÍCIL) No que diz respeito à atuação
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios no desenvolvimento da Internet
no país, de acordo com o Marco Civil da Internet, o CGIbr participa da diretriz de
a) promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da Internet.
b) adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres.
c) otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de
armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no país.
d) desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da Internet.
e) promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo
eletrônico.

036. (FGV/DPE RJ/DEFENSOR PÚBLICO/2º SIMULADO PÓS EDITAL/2021/DIFÍCIL) A respeito


da responsabilidade civil do provedor de aplicações na Internet, considerando a Lei do Marco
Civil da Internet e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a alternativa correta:
a) O provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente
por danos decorrentes de ato ilícito consistente na publicação em rede social com conteúdo
lesivo à honra – e que em tese configure injúria – gerado por um terceiro se, após notificado

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

extrajudicialmente pelo lesado, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo
apontado como infringente.
b) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais
contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após ordem judicial
específica, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu
serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
c) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais
contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento
de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
d) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação do direito à honra subjetiva de
pessoa jurídica quando, após o recebimento de notificação do seu representante legal,
deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço,
a indisponibilização desse conteúdo.
e) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da prática
de pornografia de vingança quando, após o recebimento de notificação pelo participante
ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo, não havendo que se falar em
dano moral ao lesado se nas imagens, vídeos ou outros materiais não aparecer seu rosto.

037. (CESPE/CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO/2021/FÁCIL) Acerca do sigilo bancário,


da proteção de dados pessoais e marco civil da Internet, julgue os itens a seguir.
Cabe ao administrador de sistemas de um provedor de Internet o dever de manter os
registros de conexão pelo prazo de 1 ano, podendo transferir a responsabilidade pela
manutenção dos registros a terceiros.

038. (CESPE/CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO I/1º SIMULADO/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, conhecida como o Marco Civil da Internet, o provedor de aplicações
de internet poderá responder subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da
divulgação, sem autorização, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

de nudez ou de atos sexuais de caráter privado, caso não promova sua indisponibilização
de forma diligente, ainda que produzidos por terceiros.

039. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA/ANALISTA DE SISTEMAS/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao
usuário são assegurados, entre outros, os seguintes direitos:
I – Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
II – Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.
III – Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.
IV – Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à internet
e de aplicações de internet.
Estão CORRETOS:
a) Somente os itens I e II.
b) Somente os itens III e IV.
c) Somente os itens I, II e III.
d) Somente os itens I, III e IV.
e) Todos os itens.

040. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES/ANALISTA DE TECNOLOGIA


DA INFORMAÇÃO/2021/MÉDIO) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, sobre a provisão de
conexão e de aplicações de internet, em relação à proteção aos registros, aos dados pessoais
e às comunicações privadas, analisar a sentença abaixo:
As medidas e os procedimentos de segurança e de sigilo devem ser informados pelo responsável
pela provisão de serviços de forma clara e atender a padrões definidos em regulamento,
respeitado seu direito de confidencialidade quanto a segredos empresariais (1ª parte). Em
qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de dados
pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet, em
que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente
respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais
e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros (2ª parte). Os provedores de conexão
e de aplicações de internet deverão prestar, na forma da regulamentação, informações que
permitam a verificação quanto ao cumprimento da legislação brasileira referente à coleta,
à guarda, ao armazenamento ou ao tratamento de dados, bem como quanto ao respeito
à privacidade e ao sigilo de comunicações (3ª parte).A sentença está:
a) Totalmente correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

b) Correta somente em suas 1ª e 2ª partes.


c) Correta somente em suas 1ª e 3ª partes.
d) Correta somente em suas 2ª e 3ª partes.
e) Totalmente incorreta.

041. (MPDFT/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO/2021/DIFÍCIL) Marque a


alternativa correta:
Consoante a Lei do Marco Civil da Internet:
a) O Promotor de Justiça requisita diretamente de empresa provedora de aplicações os
dados pessoais de determinado usuário, a fim de identificar o registro de acesso a aplicações
de internet.
b) O Promotor de Justiça para obter o registro de acesso à aplicações de internet deve
buscar ordem judicial específica para obrigar a empresa a fornecer os dados necessários à
utilização em eventual ação civil pública.
c) O Promotor de Justiça ao requisitar as informações do registro de acesso a aplicações de
internet junto ao respectivo provedor de aplicações deverá fixar o prazo para cumprimento
em prazo não inferior a 10 (dez) dias úteis, mas a recusa, o retardamento ou a omissão
daquela empresa configura crime pela Lei da Ação Civil Pública.
d) A recusa da empresa provedora de aplicações acerca da requisição direta pelo Promotor
de Justiça enseja a aplicação de multa civil, a ser aferida em Ação Civil Pública e destinada
ao Fundo Constitucional.
e) Ao notificar diretamente a empresa provedora de aplicações para o fornecimento dos
dados pessoais e da remoção de conteúdo infringente, o Promotor de Justiça deve apontar
de forma precisa os motivos fáticos e de direito, com a indicação da URL (abreviação de
Uniform Resource Locator ou Localizador Uniforme de Recursos) específica.

042. (CESPE/CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO I/3º SIMULADO PÓS EDITAL/2021/


FÁCIL) À luz da LCP n. 105/2001, julgue as proposições subsequentes.
A Lei n. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) é constituída por fundamentos, princípios e
objetivos, sendo um de seus objetivos a responsabilização dos agentes de acordo com suas
atividades, nos termos da lei.

043. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA/ANALISTA DE SISTEMAS/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, a habilitação de um terminal para envio e recebimento de
pacotes de dados pela internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço
IP, é denominado como:
a) Terminal.
b) Registro de conexão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

c) Aplicações de internet.
d) Conexão à internet.
e) Endereço IP.

044. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE HORIZONTINA/ANALISTA/SUPORTE DE


INFORMÁTICA/2021/FÁCIL) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial
ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados, entre outros, os seguintes direitos:
I – Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
II – Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.
III – Não suspensão da conexão à internet, salvo por ordem judicial. Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente o item III.
c) Somente os itens I e II.
d) Somente os itens II e III.
e) Todos os itens.

045. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA/ANALISTA DE SISTEMAS/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, sobre a guarda de registros de conexão, em relação à atuação
do Poder Público, as iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da
internet como ferramenta social devem:
I – Promover a inclusão digital.
II – Buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso
às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso.
III – Fomentar a importação e a circulação de conteúdo estrangeiro.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item III.
b) Somente os itens I e II.
c) Somente os itens I e III.
d) Somente os itens II e III.
e) Todos os itens.

046. (FUMARC/PC MG/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2021/DIFÍCIL) A Lei N. 12.965 de 23 de


abril de 2014, também conhecida como Marco Civil da Internet, estabelece princípios,
garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Considerando os princípios
que disciplina o uso da internet no Brasil, definidos no Art. 3º da referida lei, analise os
princípios a seguir e identifique-os com (V) ou (F) conforme sejam verdadeiros ou falsos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

( ) Preservação e garantia da parcialidade de rede.


( ) Proteção da privacidade.
( ) Proteção dos dados pessoais, na forma da lei.
( ) Restrição à comunicação e manifestação de pensamento.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:


a) F, F, V, F.
b) F, V, V, F.
c) V, F, V, V.
d) V, V, F, V.

047. (FGV/DPE RJ/DEFENSOR PÚBLICO/2021/DIFÍCIL) João, inconformado com o término


do relacionamento amoroso, decide publicar em sua rede social vídeos de cenas de nudez e
atos sexuais com Maria, que haviam sido gravados na constância do relacionamento e com o
consentimento dela. João publicou tais vídeos com o objetivo de chantagear Maria para que
ela permanecesse relacionando-se com ele. Maria não consentiu tal publicação e, visando à
remoção imediata do conteúdo, notifica extrajudicialmente a rede social. A notificação foi
recebida pelos administradores da rede social e continha todos os elementos que permitiam
a identificação específica do material apontado como violador da intimidade.
Considerando o caso concreto, é correto afirmar que:
a) o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por João se descumprir ordem judicial específica,
de modo que o conteúdo sob exame só pode ser removido mediante decisão judicial, sendo
ineficaz a notificação de Maria para fins de responsabilização do provedor;
b) não haverá responsabilidade civil do provedor de aplicações de internet pelo fato de o
conteúdo ter sido gerado por terceiro, incidindo o fato de terceiro como excludente do
nexo de causalidade;
c) somente João, autor da conduta de postar, pode ser responsabilizado civilmente pelos
danos causados a Maria, respondendo mediante o regime objetivo de responsabilidade civil,
considerando o grave dano à dignidade da pessoa humana e seus aspectos da personalidade,
sobrelevando-se a importância de ampliação da tutela da mulher vítima do assédio sexual
online;
d) o provedor de aplicações de internet será responsabilizado diariamente pelos danos
sofridos por Maria quando, após o recebimento de notificação, deixar de promover a
indisponibilização do conteúdo de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do
seu serviço;
e) o provedor de aplicações de internet responderá objetivamente pelos danos causados a
Maria e, ainda, solidariamente com João, deflagrando-se o dever de indenizar a partir do
imediato momento em que João postou o material ofensivo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

048. (CESPE/CEBRASPE/SF/POLICIAL LEGISLATIVO/10º SIMULADO/ESPANHOL/2020/FÁCIL) A


garantia da neutralidade da rede é um dos princípios do uso da Internet no Brasil, instituído
pelo Marco Civil da Internet, que representa o dever do responsável pela transmissão,
comutação ou roteamento de tratar quaisquer pacotes de dados de forma isonômica, sem
qualquer distinção de conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. Sobre o
tema, julgue o próximo item.
A discriminação ou degradação do tráfego somente poderá decorrer de requisitos técnicos
indispensáveis à prestação adequada dos serviços e das aplicações.

049. (CESPE/CEBRASPE/SF/POLICIAL LEGISLATIVO/10º SIMULADO/ESPANHOL/2020/FÁCIL)


De acordo com o Marco Civil da Internet, a parte interessada poderá, com o propósito de
formar conjunto probatório em processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou
autônomo, requerer ao Juiz que ordene ao responsável pela guarda o fornecimento de
registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de Internet. Sobre o tema,
julgue o próximo item.
Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob pena de
inadmissibilidade: fundados indícios da ocorrência do ilícito, a justificativa motivada da
utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou instrução probatória, bem
como o período ao qual se referem os registros.

050. (FCC/ALE AP/ANALISTA LEGISLATIVO ATIVIDADE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/


TÉCNICO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO/2020/MÉDIO) De acordo com a Lei n. 12.965/2014
– Marco Civil da Internet, caso uma pessoa jurídica, responsável pela administração de um
provedor de aplicação na internet com fins comerciais, seja demandada a entregar dados
referentes aos acessos a essa aplicação, ela deve fazê-lo, apresentando os registros
a) que a sua infraestrutura suportou acumular, não importando período mínimo ou máximo
de retenção.
b) dos últimos 12 (doze) meses, a contar da data da solicitação de entrega dos registros.
c) dos últimos 30 (trinta) dias, com detalhes de hora, minuto, segundo e décimo de segundo
do acesso identificado.
d) mediante autorização judicial, tratando-se de aplicação de usuário que registra transações
do dia a dia da empresa.
e) de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade para a qual foi dado
consentimento pelo seu titular.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

GABARITO

1. d 18. b 35. a
2. b 19. b 36. c
3. b 20. a 37. E
4. c 21. c 38. C
5. c 22. E 39. e
6. d 23. E 40. a
7. d 24. c 41. b
8. d 25. a 42. E
9. c 26. c 43. d
10. a 27. a 44. c
11. a 28. e 45. b
12. b 29. e 46. b
13. c 30. d 47. d
14. E 31. c 48. E
15. a 32. e 49. C
16. d 33. E 50. d
17. b 34. c

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 77 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

GABARITO COMENTADO
Agora chegou a de você colocar em prática tudo que estudamos, separei muitas questões
para você treinar.
Ao lado de cada questão você encontrará o nível de dificuldade, dessa forma saberá se está
respondendo uma questão fácil, média ou difícil.

Obs.: Alunos que ainda não tiveram contato com o conteúdo teórico encontrarão
dificuldades em resolver até as questões fáceis, visto que, em geral, as questões
não são intuitivas.

001. (IBFC/SEMAD-GO/ANALISTA AMBIENTAL/DIREITO/2023/MÉDIO) O Marco Civil da Internet,


Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres
para o uso da internet no Brasil. A respeito desta lei, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade
de expressão, bem como, entre outros, a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do
consumidor
b) A disciplina do uso da internet no Brasil tem como princípio, entre outros, a preservação
e garantia da neutralidade de rede
c) O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros
d) O provedor de aplicações de internet poderá ser responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros ainda que ausente ordem judicial específica
ou notificação para tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente
e) As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como
ferramenta social devem, entre outros, fomentar a produção e circulação de conteúdo
nacional

As alternativas A,B,C e E estão corretas.


Alternativa D está incorreta, pois o artigo 19 diz que o provedor de aplicações de internet
somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo
gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para,
no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar
indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais
em contrário.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 78 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

002. (INSTITUTO CONSULPLAN/MPE MG/ANALISTA/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/


SEGURANÇA DE TI/2023/MÉDIO) A Lei n. 12.965/2014 do marco civil da internet estabelece
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e determina as
diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em
relação à matéria. Em relação à provisão de conexão e aplicações de internet referente a
tal normativa, assinale a afirmativa correta.
a) Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, não é vedado guardar os registros de acesso
a aplicações de internet.
b) O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de
forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicação.
c) Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de seis meses, nos termos do regulamento.
d) O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que
exerça essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá
manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente
controlado e de segurança, pelo prazo de quatro meses, nos termos do regulamento.

a) Errada. Conforme dispõe o artigo 14, na provisão de conexão, onerosa ou gratuita,


é vedado guardar os registros de acesso a aplicações de internet.
b) Certa. Conforme dispõe o artigo 9º, o responsável pela transmissão, comutação ou
roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem
distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.
c) Errada. Conforme dispõe o artigo 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

d) Errada. Conforme dispõe o Art. 15.

O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que exerça essa
atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os
respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e
de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.

Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 79 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

003. (VUNESP/TCM SP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO/2023/DIFÍCIL) O Marco Civil da Internet (Lei no 12.965, de 23 de abril de
2014) trata, dentre outros pontos, da neutralidade de rede, que
a) determina que o provedor de aplicações de internet não poderá emitir opiniões sobre
quaisquer assuntos tratados nas aplicações sob sua responsabilidade.
b) determina que o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever
de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo,
origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.
c) não se aplica às aplicações especiais, como as que operam em tempo real, que utilizam
muita largura de banda limitando, em alguns instantes, que os pacotes de dados dos demais
usuários sejam tratados de forma isonômica.
d) prevê que no caso de provisão de conexão gratuita, os pacotes de dados não poderão
ter degradação de velocidade superior a 30% em relação à conexão onerosa.
e) prevê que o provedor de conexão à internet será responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

a) Errada. O Marco Civil da Internet não proíbe o provedor de aplicações de internet de


emitir opiniões sobre assuntos tratados nas aplicações sob sua responsabilidade. O princípio
da neutralidade de rede se refere à forma como os pacotes de dados são tratados, não
abordando a emissão de opiniões.
b) Certa. O Marco Civil da Internet estabelece que o responsável pela transmissão, comutação
ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem
distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. Isso significa que
todos os dados devem ser tratados de maneira igualitária, sem discriminação ou preferência
por parte dos provedores de internet.
c) Errada. O princípio da neutralidade de rede se aplica a todos os tipos de aplicações,
incluindo as que operam em tempo real ou que utilizam muita largura de banda. Não é
permitido limitar o tratamento isonômico dos pacotes de dados de outros usuários em
função dessas aplicações especiais.
d) Errada. O Marco Civil da Internet não estabelece um limite específico de degradação de
velocidade para conexões gratuitas em relação às conexões pagas. A lei trata da neutralidade
de rede e da igualdade de tratamento dos pacotes de dados, mas não especifica um valor
específico para a degradação de velocidade.
e) Errada. O Marco Civil da Internet não responsabiliza diretamente o provedor de conexão
à internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros. No entanto, a lei
estabelece que o provedor de aplicações de internet pode ser responsabilizado civilmente

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 80 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

caso não cumpra determinadas obrigações relacionadas à guarda de registros de acesso e


fornecimento de informações em casos específicos, como determinações judiciais.
Letra b.

004. (VUNESP/TCM SP/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO/2023/MÉDIO) O Marco Civil da Internet (Lei no 12.965, de 23 de abril de
2014), no seu artigo 13, trata da provisão de conexão à internet. Em relação a essa questão,
tem-se que
a) a autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer cautelarmente
que os registros de conexão sejam guardados por um prazo adicional máximo de 6 (seis)
meses, improrrogáveis, além do prazo normal previsto no caput.
b) a responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão poderá ser transferida
a terceiros, mediante acordo formalizado com a presença do Ministério Público, sem a
necessidade da anuência dos usuários.
c) cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros
de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano,
nos termos do regulamento.
d) no caso de provisão de conexão onerosa, o administrador de sistema de conexão à internet
deverá manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
por até 5 (cinco) anos, enquanto que para conexão gratuitas, por até 6 (seis) meses.
e) o provedor responsável pela guarda dos registros deverá informar, de forma imediata
apenas ao usuário, que os registros das suas conexões foram solicitados por autoridade
superior.

a) Errada. O erro está em dizer que o prazo não ultrapassará 6 meses, sendo que o parágrafo
segundo dispõe que os registros podem ser guardados por prazo superior ao previsto no
caput (1 ano). Veja o que dispõe o Art. 13 e o parágrafo segundo.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.
§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer cautelarmente
que os registros de conexão sejam guardados por prazo superior ao previsto no caput.

b) Errada. Veja o que dispõe o parágrafo primeiro do Art. 13. § 1º: A responsabilidade pela
manutenção dos registros de conexão não poderá ser transferida a terceiros.
c) Certa. Conforme dispõe o artigo 13:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 81 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

d) Errada. Veja o que dispõe o artigo Art. 14 sobre isso: na provisão de conexão, onerosa ou
gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações de internet.
e) Errada. Veja o que dispõe o artigo 13 em seu § 4º:

o provedor responsável pela guarda dos registros deverá manter sigilo em relação ao requerimento
previsto no § 2º, que perderá sua eficácia caso o pedido de autorização judicial seja indeferido
ou não tenha sido protocolado no prazo previsto no § 3º.

Letra c.

005. (FUNDATEC/SPGG/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/2022/FÁCIL)


O(a) ______________________________ estabelece princípios, garantias, direitos e deveres
para o uso da Internet no Brasil. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna
do trecho acima.
a) Lei Geral de Proteção de Dados
b) Agência Nacional de Telecomunicações
c) Marco Civil da Internet
d) Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto
e) Ministério da Defesa

Muito fácil essa, né? Veja o que dispõe o Art. 1º da Lei do Marco Civil da Internet.

Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e
determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
em relação à matéria.

Letra c.

006. (FGV/MPE GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2022/DIFÍCIL) Ao requisitar dados


pessoais armazenados por provedor de serviços de internet, o magistrado deve indicar:
a) a ocorrência dos fatos de interesse em território nacional;
b) a indispensabilidade da medida e indícios da prática de ilícito de natureza grave;
c) qualquer elemento de individualização pessoal dos alvos da busca;
d) indícios do ilícito, justificativa da utilidade e período dos registros;
e) elementos que possibilitem a identificação dos alvos da busca e sua geolocalização.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 82 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Nosso gabarito é a letra D, por trazer dois requisitos imprescindíveis para a admissibilidade,
sendo eles os fundados indícios da ocorrência do ilícito e a justificativa motivada da utilidade
dos registros solicitados para fins de investigação oi instrução probatória.
Veja o que dispõe o artigo 22 e seus incisos.

Art. 22. A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo
judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao
responsável pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a
aplicações de internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou
instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.

As outras alternativas não atendem ao comando da questão por não estarem descritas na
legislação. Portanto incorretas.
Letra d.

007. (VUNESP/ALE SP/PROCURADOR/2022/DIFÍCIL) Tendo em vista o que dispõe o Marco


Civil da Internet, pode-se afirmar que o provedor de aplicações de internet
a) com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, somente poderá
ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros
se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço e dentro do prazo de até 12 (doze) horas, tornar indisponível o
conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
b) será responsabilizado solidariamente com os terceiros responsáveis pela divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens contendo cenas de nudez de caráter
privado quando, após o recebimento de notificação pelo participante, deixar de promover,
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a indisponibilização desse conteúdo.
c) terá a sua responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros,
quando se tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos, regulada pelo Código
Civil e Código de Defesa do Consumidor.
d) que exerce essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos,
substituirá o conteúdo tornado indisponível pela motivação ou pela ordem judicial que
deu fundamento à indisponibilização, quando solicitado pelo usuário que disponibilizou o
conteúdo tornado indisponível.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 83 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

e) deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em


ambiente controlado e de segurança, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos.

a) Errada. Veja o que dispõe o Art. 19.

Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações


de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo
gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no
âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível
o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.

b) Errada. Veja o que dispõe o Art. 21.

O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem
autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas
de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação pelo
participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e
nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.

c) Errada. Veja o que dispõe o Art. 31.

Até a entrada em vigor da lei específica prevista no § 2º do art. 19, a responsabilidade do provedor
de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, quando se
tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos, continuará a ser disciplinada pela
legislação autoral vigente aplicável na data da entrada em vigor desta Lei.

d) Certa. Conforme dispõe o parágrafo único do artigo 20.

Quando solicitado pelo usuário que disponibilizou o conteúdo tornado indisponível, o provedor
de aplicações de internet que exerce essa atividade de forma organizada, profissionalmente e
com fins econômicos substituirá o conteúdo tornado indisponível pela motivação ou pela ordem
judicial que deu fundamento à indisponibilização.

e) Errada. Veja o que dispõe o Art. 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

Letra d.

008. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE GUARANIAÇU/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2022/


FÁCIL) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, a disciplina do uso da internet no Brasil tem,
por alguns objetivos, a promoção:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 84 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

I – Do direito de acesso à internet a todos.


II – Do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução
dos assuntos públicos.
III – Da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e
acesso.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item II.
b) Somente o item III.
c) Somente os itens I e II.
d) Todos os itens.

São objetivos da Lei do Marco Civil:


• A promoção do direito de acesso à internet a todos
• Promoção do acesso à informação, conhecimento e a participação na vida cultural
e na condução dos assuntos públicos
• Promoção da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e
modelos de uso e acesso
• Promoção da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação,
a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados
Portanto, todos os itens estão corretos.

Letra d.

009. (IBFC/PM RN/ALUNO OFICIAL/PM/2022/MÉDIO) A Lei n. 12.965/2014, conhecida como


Marco Civil da Internet, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da
Internet no Brasil. Sobre o assunto, assinale um princípio que disciplina o uso da internet
no Brasil.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 85 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

a) Direito de acesso à internet a todos


b) Acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução
dos assuntos públicos
c) Preservação e garantia da neutralidade de rede
d) Inovação e fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso
e) Adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação, a acessibilidade
e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados

a) Errada. É um dos objetivos da Lei.


b) Errada. É um dos objetivos da Lei.
c) Certa. Esse é um dos 8 princípios utilizados para elaboração do Marco Civil da Internet.
Vejamos:
• Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento
nos termos da Constituição
• Proteção da privacidade
• Proteção dos dados pessoais na forma da lei
• Preservação e garantia da neutralidade da rede
• Preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede
• Preservação da natureza participativa da rede
• Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei
• Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet

d) Errada. É um dos objetivos da Lei.


e) Errada. É um dos objetivos da Lei.
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 86 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

010. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE CAPÃO DO CIPÓ/PROFISSIONAL DE TI/


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2022/FÁCIL) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, o acesso
à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados alguns direitos,
entre eles:
I – Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização.
II – Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
a) Os itens I e II estão corretos.
b) Somente o item I está correto.
c) Somente o item II está correto.
d) Os itens I e II estão incorretos.

A legislação do Marco Civil da Internet dispõe no seu artigo sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente
de sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,
e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso
e informado ou nas hipóteses previstas em lei
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 87 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados


pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais
• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais
• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet
Letra a.

011. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO/2022/DIFÍCIL) O sigilo


telemático é direito fundamental estabelecido no Art. 5º, inciso XII, da Constituição Federal
de 1988. O avanço nos meios de comunicação provocou transformações no âmbito de
proteção deste direito, bem como a respeito de eventual afastamento de tal direito em
casos concretos.-A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) O provedor de Internet pode ser compelido a fornecer o registro de acesso a aplicações
de Internet, desde que presentes fundados indícios da ocorrência de ilícito, justificativa
motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou instrução
probatória e o período ao qual se referem os registros.
b) A disseminação de notícia falsa por meio de redes sociais não está abrangida pela liberdade
de expressão. Todavia, diante da ausência de previsão legal específica, os tribunais não
podem determinar sua remoção, conforme entendimento firmado pelo STF em sede de
repercussão geral.
c) Cláusula contratual firmada em contrato de fornecimento de serviço de acesso à Internet
pode afastar o sigilo de comunicações privadas pela Internet, desde que seja escrita e com
visto específico.
d) O usuário tem direito à inviolabilidade e ao sigilo de suas comunicações pela Internet,
salvo por ordem judicial ou autoridade administrativa, neste último caso, na forma de
regulamento expedido pela ANATEL.
e) O sigilo telemático não engloba a proteção a conversas ocorridas em aplicativos de
mensagens.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 88 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

a) Certa. Conforme o Art. 22.

A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo judicial
cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável
pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de
internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou
instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.

b) Errada. A disseminação de notícias falsas por meio de redes sociais pode estar sujeita
a restrições, pois pode violar outros direitos fundamentais, como a honra, a intimidade,
a dignidade e a segurança. Os tribunais têm o poder de determinar a remoção de conteúdos
ilícitos ou prejudiciais, desde que observem os devidos processos legais e os princípios
constitucionais.
c) Errada. O sigilo de comunicações privadas pela Internet é um direito fundamental e não
pode ser afastado por cláusula contratual. Mesmo que haja um contrato de fornecimento
de serviço de acesso à Internet, o sigilo das comunicações continua protegido, a menos que
haja uma ordem judicial que justifique a quebra do sigilo.
d) Errada. O usuário tem direito à inviolabilidade e ao sigilo de suas comunicações pela
Internet, sendo que a exceção é a intervenção por ordem judicial. A referência à autoridade
administrativa e à ANATEL não é aplicável ao sigilo telemático, pois a quebra de sigilo deve
ocorrer por decisão judicial e não por regulamentação administrativa.
e) Errada. O sigilo telemático engloba a proteção das conversas ocorridas em aplicativos
de mensagens, desde que sejam consideradas comunicações privadas. O direito ao sigilo
telemático inclui a proteção das trocas de mensagens realizadas em aplicativos de mensagens
instantâneas, salvo em casos excepcionais previstos na legislação, como ordem judicial.
Letra a.

012. (OBJETIVA CONCURSOS/IPASSP-SM/AGENTE/PROCESSAMENTO/2022/FÁCIL) Segundo


a Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário
são assegurados alguns dos seguintes direitos, EXCETO:
a) Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 89 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

b) Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, independente de


ordem judicial.
c) Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.
d) Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização.
e) Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de
acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado
ou nas hipóteses previstas em lei.

A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por
ordem judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente
de sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de
conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento
livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei
• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 90 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais
• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet
Letra b.

013. (SELECON/CÂMARA DE SÃO GONÇALO/CONSULTOR LEGISLATIVO/ÁREA COMUNICAÇÃO


E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO/2022/DIFÍCIL) No tocante ao marco civil da internet, a Lei n.
12.965, de 23 de abril de 2014, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o
uso da internet no Brasil, sendo dois aspectos destacados a seguir.
I – De acordo com o Art. 13, na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de
sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em
ambiente controlado e de segurança, por um prazo específico, nos termos do regulamento.
II – De acordo como Art. 15, o provedor de aplicações de internet constituído na forma de
pessoa jurídica e que exerça essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com
fins econômicos deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet,
sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, por um prazo específico, nos termos
do regulamento.
Os prazos estabelecidos em I e Il são, respectivamente:
a) 5 anos e 6 meses
b) 5 anos e 9 meses
c) 1 ano e 6 meses
d) 1 ano e 9 meses

I – Conforme o Art. 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

II – Conforme o Art. 15.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 91 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que exerça essa
atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os
respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e
de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.

Letra c.

014. (CESPE/CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ÁREA


MARKETING/2022/FÁCIL) À luz do Marco Civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Apesar do dever de respeito à neutralidade de rede, o responsável pelo roteamento pode
fazer distinção dos pacotes de dados com relação à sua origem e ao seu destino, mas não
ao seu conteúdo.

Veja o que dispõe o Art. 9º:

O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma


isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,
terminal ou aplicação.

Errado.

015. (INSTITUTO AOCP/DPE PR/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/2022/DIFÍCIL) Jovem de


20 anos procura a Defensoria Pública narrando que autorizou expressamente a publicação
de imagens suas de nudez em um site para fins comerciais, porém as visualizou em outro
site adulto, veiculadas sem seu consentimento. Com base nessa situação hipotética e
considerando o Marco Civil da Internet (Lei Federal n. 12.965/2014) e a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) As imagens de nudez, produzidas e cedidas para fins comerciais – absolutamente lícitos
– não ostentam natureza privada, que estabelece a responsabilização do provedor, caso,
após ordem judicial específica, não tomar as providências para, nos limites técnicos do seu
serviço, tornar indisponível o conteúdo apontando.
b) O provedor de aplicações de internet deverá manter os respectivos registros de acesso
a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de
1 (um) ano, nos termos do regulamento.
c) Em observância à liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento,
a exclusão e o cancelamento dos serviços e das funcionalidades da conta ou do perfil de
usuário de redes sociais somente poderão ser realizados com justa causa e motivação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 92 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

d) O provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente


por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica,
não tomar as providências para tornar indisponível a divulgação, sem autorização de seus
participantes, de imagens ou de atos sexuais de caráter privado.
e) Moderação em redes sociais são ações dos provedores de redes sociais de exclusão,
suspensão ou bloqueio da divulgação de conteúdo gerado por terceiros, incluídos aqueles
que se destinam à troca de mensagens instantâneas e às chamadas de voz.

a) Certa. No caso dessa alternativa, as imagens foram disponibilizadas com consentimento.


Veja o que o Art. 21 fala sobre esse tema.

O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem
autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo
cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação
pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito
e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.

b) Errada. Veja o que dispõe o Art. 15 em relação a esse prazo.

O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que exerça essa
atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os
respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e
de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.

c) Errada. Embora a liberdade de expressão seja um direito fundamental, os provedores


de aplicações de internet têm o direito de excluir ou cancelar serviços e funcionalidades
de contas ou perfis de usuários de redes sociais, desde que haja justa causa e motivação.
Essa exclusão ou cancelamento pode ocorrer em conformidade com os termos de serviço
estabelecidos pelos provedores.
d) Errada.

Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de
aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de
conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para,
no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível
o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.

e) Errada. A moderação em redes sociais refere-se à ação dos provedores de redes sociais
de monitorar e controlar o conteúdo gerado por terceiros para garantir o cumprimento de
regras e políticas estabelecidas. Não se restringe apenas à exclusão, suspensão ou bloqueio,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 93 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

mas também pode incluir outras medidas, como advertências, restrições de visibilidade,
entre outras.
Letra a.

016. (FAURGS/SES RS/ASSESSOR JURÍDICO/2022/FÁCIL) A lei que ficou conhecida como


Marco Civil da Internet considera o acesso à internet essencial ao exercício da cidadania.
Aponte qual direito e garantia é expressamente assegurado ao usuário da rede.
a) O acesso livre ao fluxo das comunicações do usuário pela internet.
b) O acesso livre ao fluxo das comunicações do usuário privadas e armazenadas.
c) A não suspensão da conexão à internet, mesmo em caso de débito diretamente decorrente
de sua utilização.
d) A inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
e) Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de
acesso a aplicações de internet, sendo desnecessária qualquer informação sobre práticas
de gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade.

A legislação do Marco Civil da Internet dispõe no seu artigo sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 94 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

a) justifiquem sua coleta;


b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,
e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso
e informado ou nas hipóteses previstas em lei
• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais
• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais
• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet
Letra d.

017. (FGV/SF/ANALISTA DE INFORMÁTICA LEGISLATIVA/ÁREA ANÁLISE DE SUPORTE E


SISTEMAS/2022/DIFÍCIL) Alfama Telecom oferece ao mercado de consumo, ao mesmo
tempo, serviços de telefonia e de internet por banda larga. A fim de maximizar seus lucros,
passa a privilegiar a qualidade das ligações telefônicas, deixando mais lenta para os usuários
a velocidade de conexão da internet em serviços e aplicativos que realizam chamadas de
vídeo e voz.
À luz do Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014), essa prática é considerada
a) lícita, porque a lei assegura a livre iniciativa e a livre concorrência.
b) ilícita, porque viola a regra que impõe a neutralidade da rede.
c) ilícita, porque viola a regra da inimputabilidade da rede.
d) lícita, porque não configura conduta anticoncorrencial.
e) ilícita, porque aplicações não configuram pacotes de dados.

a) Errada. A prática descrita não é considerada lícita, mesmo que a lei assegure a livre
iniciativa e a livre concorrência. O Marco Civil da Internet estabelece princípios e regras

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 95 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

que visam garantir a neutralidade da rede, ou seja, a igualdade de tratamento de todos os


pacotes de dados, independentemente do tipo de serviço ou aplicativo.
b) Certa. De acordo com o Marco Civil da Internet, a prática descrita é considerada ilícita,
pois viola o princípio da neutralidade da rede. Esse princípio estabelece que os provedores
de internet devem tratar de forma isonômica todos os pacotes de dados, sem privilegiar
ou prejudicar determinados serviços, aplicativos, conteúdos, origens ou destinos.
c) Errada. O Marco Civil da Internet não possui uma regra específica denominada
“inimputabilidade da rede”. A responsabilidade pela violação da neutralidade da rede recai
sobre o provedor de internet que adota práticas discriminatórias, como no caso descrito.
d) Errada. Mesmo que a prática não configure uma conduta anticoncorrencial, ela ainda é
considerada ilícita por violar o princípio da neutralidade da rede. A preservação da concorrência
é um aspecto importante, mas não é o único critério para determinar a licitude das práticas
no contexto da neutralidade da rede.
e) Errada. As aplicações de chamadas de vídeo e voz são consideradas pacotes de dados
dentro do contexto da internet. Portanto, a prática descrita viola a neutralidade da rede
ao priorizar a qualidade das ligações telefônicas em detrimento da velocidade de conexão
da internet para essas aplicações.
Letra b.

018. (FCC/TJ CE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESPECIALIDADE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO/


INFRAESTRUTURA/2022/FÁCIL) De acordo com a Lei no 12.965/2014, na provisão de conexão
à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os
registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de
a) 6 meses.
b) 1 ano.
c) 2 anos.
d) 3 anos.
e) 5 anos.

B é a alternativa correta. Conforme dispõe o Art. 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 96 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

019. (IBADE/TJ ES/RESIDÊNCIA JURÍDICA/2022/MÉDIO) Nos termos da Lei n. 12.965/2014,


acerca do Marco Civil da Internet, é CORRETO afirmar que:
a) O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário é assegurado o
direito a não suspensão da conexão à internet, mesmo por débito diretamente decorrente
de sua utilização.
b) em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros,
de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de
internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser
obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção
dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.
c) na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 10 (dez) anos.
d) a responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão poderá ser transferida a
terceiros.
e) na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é obrigatória a guarda dos registros de
acesso a aplicações de internet.

a) Errada. Veja esse direito assegurado na legislação:

Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização: Esse direito garante que não haverá suspensão da conexão com a internet, exceto nos
casos de falta de pagamento do serviço. Muito simples isso aqui, se não paga, não usa. Somente
nesse caso poderá haver a suspensão da conexão

b) Certa. Conforme dispõe o artigo Art. 11.

Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de dados


pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet em que pelo
menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados
a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das
comunicações privadas e dos registros.

c) Errada. Veja o que dispõe o Art. 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

d) Errada. Veja o que dispõe o Art. 13. § 1º: A responsabilidade pela manutenção dos registros
de conexão não poderá ser transferida a terceiros.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 97 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

e) Errada. Conforme o Art. 14: Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado


guardar os registros de acesso a aplicações de internet.
Letra b.

020. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO/2022/DIFÍCIL) A criação


de perfis falsos em redes sociais, bem como a utilização de ferramentas de inteligência
artificial para manipulação de falas (deepfake), são algumas das grandes celeumas a ameaçar
a Internet nos dias de hoje. -O avanço da tecnologia traz para o operador do Direito diversos
desafios, alguns deles enfrentados pelo Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014).-A
respeito do tema, assinale a afirmativa correta.
a) A rede social poderá ser responsabilizada civilmente por danos decorrentes da criação
de perfil falso se, após ordem judicial específica, não tomar as providências necessárias
para tornar o conteúdo indisponível.
b) Em respeito à liberdade de expressão, o Marco Civil da Internet veda a concessão de tutela
provisória de urgência para determinar a indisponibilização de conteúdo lesivo à honra de
outrem, a qual somente pode ser imposta por decisão judicial definitiva.
c) A Lei n. 12.965/2014 estabelece, de maneira expressa, a responsabilidade objetiva do
autor de conteúdo lesivo na Internet, que apenas poderá ser afastada se comprovada a
culpa exclusiva da vítima ou o fato exclusivo de terceiro.
d) A decisão judicial que determinar a remoção de conteúdo lesivo a determinada pessoa
poderá ser genérica, englobando informações ou usuários indistintos, a critério do juiz ou
Tribunal.
e) O princípio da neutralidade da rede impede o fornecimento, mediante decisão judicial,
de registro de conexão a aplicação de Internet, mesmo que haja fundados indícios da
ocorrência de ilícito.

a) Certa. Conforme o Marco Civil da Internet, a rede social pode ser responsabilizada civilmente
por danos decorrentes da criação de perfil falso se, após ordem judicial específica, não
tomar as providências necessárias para tornar o conteúdo indisponível. Isso significa que
a plataforma deve agir para remover o perfil falso e o conteúdo associado a ele quando
receber uma ordem judicial que determine essa remoção.
b) Errada. O Marco Civil da Internet estabelece que é possível conceder tutela provisória
de urgência para determinar a indisponibilização de conteúdo lesivo à honra de outrem,
mesmo que temporariamente. Essa tutela pode ser imposta por decisão judicial provisória,
antes de uma decisão definitiva, com o objetivo de evitar danos imediatos e irreparáveis.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 98 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

c) Errada. O Marco Civil da Internet adota o princípio da responsabilidade subjetiva, o que


significa que o autor de conteúdo lesivo na internet só será responsabilizado se comprovada
sua culpa. Não existe uma responsabilidade objetiva automática. A culpa exclusiva da vítima
ou o fato exclusivo de terceiro podem afastar a responsabilidade do autor de conteúdo,
desde que devidamente comprovados.
d) Errada. A decisão judicial que determina a remoção de conteúdo lesivo a determinada
pessoa deve ser específica e direcionada ao conteúdo e aos usuários envolvidos. Ela não
pode ser genérica, englobando informações ou usuários indistintos. A determinação judicial
deve ser precisa e individualizada.
e) Errada. Veja o que dispõe o Art. 22.

A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo judicial
cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável
pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de
internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou
instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.

Letra a.

021. (FGV/SF/CONSULTOR LEGISL ATIVO/COMUNICAÇÕES E TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO/2022/DIFÍCIL) A Lei n. 12.965, de 23 de 2014, conhecida como Marco Civil
da Internet, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no
Brasil. De acordo com ela,
a) as empresas provedoras das redes sociais digitais têm responsabilidade civil sobre os danos
decorrentes dos conteúdos nelas postados, independentemente de notificação judicial.
b) na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 5 (cinco) anos.
c) a União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem adotar preferencialmente tecnologias,
padrões e formatos abertos e livres, além de publicizar dados e informações públicos, de
forma aberta e estruturada.
d) na provisão gratuita de conexão à internet, bem como na transmissão, comutação ou
roteamento, é permitido ao provedor bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo
dos pacotes de dados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 99 de 139
Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

e) a discriminação ou degradação do tráfego só poderá ocorrer em benefício de parceiros


comerciais dos provedores ou para priorização de serviços de emergência.

a) Errada. O Marco Civil da Internet estabelece que as empresas provedoras das redes
sociais digitais não têm responsabilidade civil automática sobre os danos decorrentes dos
conteúdos postados pelos usuários. Elas são responsabilizadas somente após a notificação
judicial específica sobre conteúdo ilegal e, caso não tomem as providências necessárias
para tornar o conteúdo indisponível, podem ser responsabilizadas.
b) Errada. Conforme dispõe o Art. 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

c) Certa. Conforme dispõe o Art. 24 em seu inciso quinto.

Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
no desenvolvimento da internet no Brasil:
V – adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;

d) Errada. Veja o que dispõe o artigo 9º em seu § 3º

Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação


ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de
dados, respeitado o disposto neste artigo.

e) Errada. Veja o que dispõe o Art. 9º em seu § 1º.

A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições


privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal,
para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de
Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:
I – requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações; e
II – priorização de serviços de emergência.

Letra c.

022. (CESPE/CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ÁREA


MARKETING/2022/FÁCIL) À luz do Marco Civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Dado o risco da sua atividade, o provedor de conexão à Internet será responsabilizado
civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 100 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Não será responsabilizado civilmente. Veja o que dispõe o Art. 18.

O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos decorrentes
de conteúdo gerado por terceiros.

Errado.

023. (CESPE/CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ÁREA


COMERCIAL/2022/FÁCIL) À luz do Marco Civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Apesar do dever de respeito à neutralidade de rede, o responsável pelo roteamento pode
fazer distinção dos pacotes de dados com relação à sua origem e ao seu destino, mas não
ao seu conteúdo.

Veja o que dispõe o Art. 9º:

O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma


isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,
terminal ou aplicação.

Errado.

024. (INSTITUTO AOCP/PC GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO (PÓS-EDITAL)/2022/2º


SIMULADO/MÉDIO) Sobre a Lei n. 12.965, de 2014, o acesso à internet é essencial ao exercício
da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos, exceto:
a) o reconhecimento da escala mundial da rede.
b) os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em
meios digitais.
c) a unicidade e a diversidade.
d) a abertura e a colaboração.
e) a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor.

A Lei nos traz em seu artigo 2º os 7 fundamentos que foram utilizados para criação do
Marco Civil da Internet. Vejamos:
• A Liberdade de expressão
• O reconhecimento da escala mundial da Rede
• Os Diretos Humanos, o desenvolvimento da personalidade e exercício da cidadania
em meios digitais

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 101 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Pluralidade e diversidade
• Abertura e colaboração
• A Livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor
• A finalidade social da rede
Letra c.

025. (FCC/CBM BA/FORMAÇÃO DE SOLDADOS/PÓS-EDITAL/2022/1º SIMULADO/FÁCIL) “A


Internet não é terra sem lei”. Provavelmente, você já escutou essa frase em algum momento
da sua vida. De fato, podemos afirmar que o Direito é onipresente e suas regras também
englobam a supervisão do mundo digital. Dessa forma, com o objetivo de regulamentar e
formular os princípios para o uso da Internet em nosso país, o governo brasileiro aprovou
em 2014 a Lei n. 12.965, mais conhecida como Marco Civil da Internet. Fonte: politize.com.
br A respeito do assunto abordado no fragmento acima, marque o item correto.
a) O Marco Civil norteia todo processo de aplicação da Internet.
b) A Lei n. 12.965/2014 é fundamentada em três pilares: censura à informação, a neutralidade
de rede e a publicidade dos dados.
c) Uma das inovações mais notáveis trazidas pelo Marco Civil concerne principalmente ao
seu processo de judicialização.
d) Esse projeto de lei foi uma iniciativa do Ministério da Educação.
e) A legislação do marco civil serviu de inspiração para a Declaração Cubana de Direitos da
Internet.

Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no
Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios em relação à matéria.
Letra a.

026. (CESPE/CEBRASPE/PC ES/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL (PÓS-EDITAL)/2022/2º SIMULADO/


FÁCIL) Acerca da Lei n. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), assinale a alternativa correta.
a) A disciplina do uso da internet no Brasil tem como princípios a pluralidade e a diversidade,
bem como a responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei.
b) O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário é assegurado
o direito de não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de
conexão, e de acesso a aplicações de internet, em qualquer situação.
c) Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros,
de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 102 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser
obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção
dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.
d) Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 6 meses, nos termos do regulamento.
e) Na provisão de conexão gratuita, é permitido guardar os registros de acesso a aplicações
de internet.

a) Errada. Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da
lei é um princípio, porém a pluralidade e a diversidade é um dos fundamentos.
b) Errada. Veja o que dispõe o artigo Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da
cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos:

VII – não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de
acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado
ou nas hipóteses previstas em lei;

c) Certa. Conforme dispõe o Art. 11.

Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de dados


pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet em que pelo
menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados
a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das
comunicações privadas e dos registros.

d) Errada. Conforme dispõe o Art. 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

e) Errada. Conforme dispõe o Art. 14.

Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações


de internet.

Letra c.

027. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO PRÉ-EDITAL/2022/2º


SIMULADO/MÉDIO) O Marco Civil da Internet no Brasil, Lei n. 12.965/2014, é estabelecido com
base em fundamentos, princípios e objetivos muito bem definidos em seu texto. Assinale
a alternativa que é considerada um dos objetivos elencados pela referida Lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 103 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

a) A promoção do direito de acesso à internet a todos.


b) A pluralidade e a diversidade.
c) A livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor.
d) A proteção da privacidade.
e) A preservação e garantia da neutralidade de rede.

São objetivos da Lei do Marco Civil:


• A promoção do direito de acesso à internet a todos
• Promoção do acesso à informação, conhecimento e a participação na vida cultural e
na condução dos assuntos públicos
• Promoção da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos
de uso e acesso
• Promoção da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação,
a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados

b) Errada. Fundamento.
c) Errada. Fundamento.
d) Errada. Fundamento.
e) Errada. Fundamento.
Letra a.

028. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO (PÓS-EDITAL)/2022/3º


SIMULADO/MÉDIO) A Lei n. 12.965/2014, conhecida como Marco Civil da Internet, estabelece
características sobre a neutralidade da rede. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir:
I – O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de
forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 104 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

II – Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,


comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo
dos pacotes de dados.
III – A discriminação ou degradação do tráfego somente poderá decorrer de priorização de
serviços de emergência.
Está correto o que se afirma apenas em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.

I – Certa. Conforme dispõe o artigo 9º. O responsável pela transmissão, comutação ou


roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem
distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.
II – Certa. Conforme dispõe o § 3º do artigo 9. Na provisão de conexão à internet, onerosa
ou gratuita, bem como na transmissão, comutação ou roteamento, é vedado bloquear,
monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados, respeitado o disposto
neste artigo.
III – Certa. Conforme dispõe o Art. 9º

O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma


isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço,
terminal ou aplicação.
§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições
privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal,
para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de
Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:
I – requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações; e
II – priorização de serviços de emergência.

Letra e.

029. (INSTITUTO AOCP/SED MS/PROFESSOR/EDUCAÇÃO FÍSICA/2022/FÁCIL) De acordo


com as considerações da Lei n. 12.965/2014, que estabelece princípios, garantias, direitos
e deveres para o uso da Internet no Brasil, relacione as colunas e assinale a alternativa com
a sequência correta.
1. Internet.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 105 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

2. Terminal.
3. Aplicações de Internet.

( ) O conjunto de funcionalidades que pode ser acessado por meio de um terminal


conectado à internet.
( ) O computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet.
( ) O sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala
mundial para uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação
de dados entre terminais por meio de diferentes redes.

a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 3 – 1.
c) 2 – 1 – 3.
d) 3 – 1 – 2.
e) 3 – 2 – 1.

Para responder essa questão, deixo nosso Glossário. Aproveite e leia os demais conceitos
para revisar.

Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 106 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

030. (INSTITUTO AOCP/PC GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO (PÓS-EDITAL)/2022/3º


SIMULADO/FÁCIL) A respeito da Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial ao
exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos, exceto:
a) inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
b) inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei.
c) inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.
d) suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização.
e) manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.

A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por
ordem judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por
ordem judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente
de sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros
de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da
rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 107 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,


e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso
e informado ou nas hipóteses previstas em lei
• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais
• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais
• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet
Letra d.

031. (FGV/SF/TÉCNICO LEGISLATIVO/ÁREA POLICIAL LEGISLATIVO (PÓS-EDITAL)/2022/3º


SIMULADO/FÁCIL) Com relação aos conceitos definidos na Lei n. 12.965/2014, conhecida
como Marco Civil da Internet, assinale a alternativa que é um dos fundamentos da Lei:
a) Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
b) Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização.
c) O reconhecimento da escala mundial da rede.
d) Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.
e) Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei.

a) Errada. É um direito do usuário.


b) Errada. É um direito do usuário.
c) Certa. Veja o que dispõe o Art. 2º sobre os fundamentos.

A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de


expressão, bem como:
I – o reconhecimento da escala mundial da rede;
II – os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em
meios digitais;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 108 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

III – a pluralidade e a diversidade;


IV – a abertura e a colaboração;
V – a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VI – a finalidade social da rede.

d) Errada. É um direito do usuário.


e) Errada. É um direito do usuário.
Letra c.

032. (TRF4/TRF 4/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2022/MÉDIO) Assinale a alternativa INCORRETA.


No que diz respeito à disciplina do Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014):
a) são nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que impliquem ofensa à inviolabilidade
e ao sigilo das comunicações privadas pela internet.
b) na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros
de acesso a aplicações de internet.
c) na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo
o dever de manter os registros de conexão sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de um ano, nos termos do regulamento.
d) dentre os direitos assegurados ao usuário, está a garantia da não suspensão da conexão
à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização.
e) o provedor de aplicações de internet deverá manter os respectivos registros de acesso e
do conteúdo das comunicações realizadas sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de seis meses.

Aqui devemos marcar a incorreta.


a) Certa. a legislação dispõe que nos contratos de prestação de serviços, algumas cláusulas
contratuais podem ser nulas por violar algumas garantias dos usuários. Sendo as que:
• Impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela
internet; ou
• Em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção do
foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados no
Brasil.
b) Certa. Conforme dispõe o Art. 14.

Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações


de internet.

c) Certa. Conforme dispõe o Art. 13.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 109 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

d) Certa. Conforme dispõe o Art. 7º:

O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os


seguintes direitos:
IV – não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua
utilização;

e) Errada. Portanto gabarito da questão. Veja o que dispõe o Art. 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

Letra e.

033. ( C E S P E / C E B R A S P E / B A N E S E / T É C N I C O
B A N C Á R I O / I N F O R M ÁT I C A /
DESENVOLVIMENTO/2021/FÁCIL) Acerca do sigilo bancário, da proteção de dados pessoais
e do marco civil da Internet, julgue os itens que se seguem.
Qualquer provedor de aplicações de Internet deverá manter os registros de acesso a
aplicações de Internet sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo
estabelecido em lei.

O prazo é de um ano, como estabelecido no artigo 13.

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.

Errado.

034. (MPDFT/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO/2021/DIFÍCIL) Assinale a


alternativa correta:
a) A conexão de internet no sistema legal em vigor pressupõe a não suspensão do acesso
de forma ampla, inclusive nos casos de inadimplemento pelo seu uso pelos consumidores,
dado o Direito do Consumidor estar previsto como Direito e Garantia individual.
b) Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,
comutação ou roteamento, é permitido ao responsável pela transmissão, comutação ou

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 110 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

roteamento de bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados,


desde que informado ao consumidor de forma prévia e clara no contrato.
c) Na interpretação da Lei 12.965/2014 – Lei do Marco Civil, o juiz, ao analisar um caso
concreto, deve levar em conta, além dos fundamentos, princípios e objetivos previstos na
legislação citada, a natureza da internet, seus usos e costumes particulares e sua importância
para a promoção do desenvolvimento humano, econômico, social e cultural.
d) O consumidor poderá ter na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, ter guardado os
registros de acesso a aplicações de internet.
e) O Delegado de Polícia, para fazer uso em investigação decorrente de inquérito policial,
pode determinar de forma cautelar que os registros de conexão sejam guardados pelo prazo
máximo de um ano junto ao administrador de sistema autônomo respectivo.

a) Errada. O Marco Civil da Internet não prevê a não suspensão do acesso à internet de
forma ampla nos casos de inadimplemento pelos consumidores. O acesso à internet pode
ser suspenso por questões contratuais, desde que respeitados os direitos e garantias
individuais dos consumidores estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor.
b) Errada. Veja o que dispõe o § 3º:

Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação


ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de
dados, respeitado o disposto neste artigo.

c) Certa. Conforme dispõe o Art. 6º:

Na interpretação desta Lei serão levados em conta, além dos fundamentos, princípios e objetivos
previstos, a natureza da internet, seus usos e costumes particulares e sua importância para a
promoção do desenvolvimento humano, econômico, social e cultural.

d) Errada. Veja o que dispõe o Art. 14.

Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações


de internet.

e) Errada. No Art. 13 §2º diz que a autoridade policial (o delegado, neste caso) ou administrativa
ou o Ministério Público poderá requerer cautelarmente que os registros de conexão sejam
guardados por prazo superior a 1 ano.
Letra c.

035. (CESPE/CEBRASPE/TJ RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/GRUPO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/


ESPECIALIDADE: ANALISTA DE GESTÃO DE TIC/2021/DIFÍCIL) No que diz respeito à atuação

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 111 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios no desenvolvimento da Internet


no país, de acordo com o Marco Civil da Internet, o CGIbr participa da diretriz de
a) promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da Internet.
b) adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres.
c) otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de
armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no país.
d) desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da Internet.
e) promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo
eletrônico.

Veja o que dispõe o Art. 24.

Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
no desenvolvimento da internet no Brasil:
I – estabelecimento de mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa
e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da
comunidade acadêmica;
II – promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da internet, com participação do
Comitê Gestor da internet no Brasil;
III – promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo
eletrônico, entre os diferentes Poderes e âmbitos da Federação, para permitir o intercâmbio de
informações e a celeridade de procedimentos;
IV – promoção da interoperabilidade entre sistemas e terminais diversos, inclusive entre os
diferentes âmbitos federativos e diversos setores da sociedade;
V – adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;
VI – publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e estruturada;
VII – otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de armazenamento,
gerenciamento e disseminação de dados no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação
e a difusão das aplicações de internet, sem prejuízo à abertura, à neutralidade e à natureza
participativa;
VIII – desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da internet;
IX – promoção da cultura e da cidadania; e
X – prestação de serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada, eficiente,
simplificada e por múltiplos canais de acesso, inclusive remotos.

Letra a.

036. (FGV/DPE RJ/DEFENSOR PÚBLICO/2º SIMULADO PÓS EDITAL/2021/DIFÍCIL) A respeito


da responsabilidade civil do provedor de aplicações na Internet, considerando a Lei do Marco
Civil da Internet e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a alternativa correta:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 112 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

a) O provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente


por danos decorrentes de ato ilícito consistente na publicação em rede social com conteúdo
lesivo à honra – e que em tese configure injúria – gerado por um terceiro se, após notificado
extrajudicialmente pelo lesado, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo
apontado como infringente.
b) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais
contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após ordem judicial
específica, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu
serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
c) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação,
sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais
contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento
de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
d) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação do direito à honra subjetiva de
pessoa jurídica quando, após o recebimento de notificação do seu representante legal,
deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço,
a indisponibilização desse conteúdo.
e) O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da prática
de pornografia de vingança quando, após o recebimento de notificação pelo participante
ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites
técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo, não havendo que se falar em
dano moral ao lesado se nas imagens, vídeos ou outros materiais não aparecer seu rosto.

a) Errada. Veja o que dispõe o Art. 19.

Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações


de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo
gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no
âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o
conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 113 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

b, d, e) Erradas. Veja o que dispõe o Art. 21.

O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem
autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas
de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação pelo
participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e
nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.

Letra c.

037. (CESPE/CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO/2021/FÁCIL) Acerca do sigilo bancário,


da proteção de dados pessoais e marco civil da Internet, julgue os itens a seguir.
Cabe ao administrador de sistemas de um provedor de Internet o dever de manter os
registros de conexão pelo prazo de 1 ano, podendo transferir a responsabilidade pela
manutenção dos registros a terceiros.

A primeira parte da questão está correta, porém na segunda diz que pode transferir a
responsabilidade pela manutenção dos registros a terceiros. Não pode!!
Veja o que o Art. 13 fala sobre isso:

Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o


dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.
§ 1º A responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão não poderá ser transferida
a terceiros.

Errado.

038. (CESPE/CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO I/1º SIMULADO/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, conhecida como o Marco Civil da Internet, o provedor de aplicações
de internet poderá responder subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da
divulgação, sem autorização, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas
de nudez ou de atos sexuais de caráter privado, caso não promova sua indisponibilização
de forma diligente, ainda que produzidos por terceiros.

Exatamente como dispõe o Art. 21.

O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será
responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 114 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas


de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notificação pelo
participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e
nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.

Certo.

039. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA/ANALISTA DE SISTEMAS/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao
usuário são assegurados, entre outros, os seguintes direitos:
I – Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
II – Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.
III – Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.
IV – Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à internet
e de aplicações de internet.
Estão CORRETOS:
a) Somente os itens I e II.
b) Somente os itens III e IV.
c) Somente os itens I, II e III.
d) Somente os itens I, III e IV.
e) Todos os itens.

A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 115 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da


rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,
e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso
e informado ou nas hipóteses previstas em lei
• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais
• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais
• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet
Letra e.

040. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES/ANALISTA DE TECNOLOGIA


DA INFORMAÇÃO/2021/MÉDIO) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, sobre a provisão de
conexão e de aplicações de internet, em relação à proteção aos registros, aos dados pessoais
e às comunicações privadas, analisar a sentença abaixo:
As medidas e os procedimentos de segurança e de sigilo devem ser informados pelo responsável
pela provisão de serviços de forma clara e atender a padrões definidos em regulamento,
respeitado seu direito de confidencialidade quanto a segredos empresariais (1ª parte). Em
qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de dados
pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet, em
que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 116 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais


e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros (2ª parte). Os provedores de conexão
e de aplicações de internet deverão prestar, na forma da regulamentação, informações que
permitam a verificação quanto ao cumprimento da legislação brasileira referente à coleta,
à guarda, ao armazenamento ou ao tratamento de dados, bem como quanto ao respeito
à privacidade e ao sigilo de comunicações (3ª parte).A sentença está:
a) Totalmente correta.
b) Correta somente em suas 1ª e 2ª partes.
c) Correta somente em suas 1ª e 3ª partes.
d) Correta somente em suas 2ª e 3ª partes.
e) Totalmente incorreta.

A sentença está totalmente correta.


Veja o que dispõe o § 4º do artigo 10.

As medidas e os procedimentos de segurança e de sigilo devem ser informados pelo responsável


pela provisão de serviços de forma clara e atender a padrões definidos em regulamento, respeitado
seu direito de confidencialidade quanto a segredos empresariais. (parte 1)

Em relação a segunda parte da sentença, veja o que dispõe o Art. 11.

Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de dados


pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet em que pelo
menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados
a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das
comunicações privadas e dos registros. (parte 2)

Letra a.

041. (MPDFT/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO/2021/DIFÍCIL) Marque a


alternativa correta:
Consoante a Lei do Marco Civil da Internet:
a) O Promotor de Justiça requisita diretamente de empresa provedora de aplicações os
dados pessoais de determinado usuário, a fim de identificar o registro de acesso a aplicações
de internet.
b) O Promotor de Justiça para obter o registro de acesso à aplicações de internet deve
buscar ordem judicial específica para obrigar a empresa a fornecer os dados necessários à
utilização em eventual ação civil pública.
c) O Promotor de Justiça ao requisitar as informações do registro de acesso a aplicações de
internet junto ao respectivo provedor de aplicações deverá fixar o prazo para cumprimento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 117 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

em prazo não inferior a 10 (dez) dias úteis, mas a recusa, o retardamento ou a omissão
daquela empresa configura crime pela Lei da Ação Civil Pública.
d) A recusa da empresa provedora de aplicações acerca da requisição direta pelo Promotor
de Justiça enseja a aplicação de multa civil, a ser aferida em Ação Civil Pública e destinada
ao Fundo Constitucional.
e) Ao notificar diretamente a empresa provedora de aplicações para o fornecimento dos
dados pessoais e da remoção de conteúdo infringente, o Promotor de Justiça deve apontar
de forma precisa os motivos fáticos e de direito, com a indicação da URL (abreviação de
Uniform Resource Locator ou Localizador Uniforme de Recursos) específica.

A alternativa correta é a letra B. veja o que dispõe o Art. 10 e parágrafos.

A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de internet de


que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem
atender à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes direta
ou indiretamente envolvidas.
§ 1º O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar os registros
mencionados no caput, de forma autônoma ou associados a dados pessoais ou a outras
informações que possam contribuir para a identificação do usuário ou do terminal, mediante
ordem judicial, na forma do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o disposto no art. 7º.
§ 2º O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser disponibilizado mediante
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, respeitado o disposto nos incisos
II e III do art. 7º.

Letra b.

042. (CESPE/CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO I/3º SIMULADO PÓS EDITAL/2021/


FÁCIL) À luz da LCP n. 105/2001, julgue as proposições subsequentes.
A Lei n. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) é constituída por fundamentos, princípios e
objetivos, sendo um de seus objetivos a responsabilização dos agentes de acordo com suas
atividades, nos termos da lei.

Essa questão está errada pois a responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades
não é um objetivo e sim um princípio.
Para revisão, veja os princípios dessa legislação: São 8 princípios utilizados para elaboração
do Marco Civil da Internet. Vejamos:
• Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento
nos termos da Constituição

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 118 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Proteção da privacidade
• Proteção dos dados pessoais na forma da lei
• Preservação e garantia da neutralidade da rede
• Preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede
• Preservação da natureza participativa da rede
• Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei
• Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet
Errado.

043. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA/ANALISTA DE SISTEMAS/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, a habilitação de um terminal para envio e recebimento de
pacotes de dados pela internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço
IP, é denominado como:
a) Terminal.
b) Registro de conexão.
c) Aplicações de internet.
d) Conexão à internet.
e) Endereço IP.

Deixo aqui nosso glossário da legislação em estudo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 119 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Letra d.

044. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA DE HORIZONTINA/ANALISTA/SUPORTE DE


INFORMÁTICA/2021/FÁCIL) De acordo com a Lei n. 12.965/2014, o acesso à internet é essencial
ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados, entre outros, os seguintes direitos:
I – Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
II – Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial.
III – Não suspensão da conexão à internet, salvo por ordem judicial. Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente o item III.
c) Somente os itens I e II.
d) Somente os itens II e III.
e) Todos os itens.

A legislação do Marco Civil da Internet dispõe nos seus artigos sétimo sobre os direitos dos
usuários da internet. Vejamos cada um deles.
• Inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação
• Inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei
• Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem
judicial
• Não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização
• Manutenção da qualidade contratada da conexão à internet
• Informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 120 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

de acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da


rede que possam afetar sua qualidade
• Informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades
que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de
aplicações de internet;
• Não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,
e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso
e informado ou nas hipóteses previstas em lei
• Consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais
• Exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas
as hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe
sobre a proteção de dados pessoais
• Publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet
• Acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei
• Aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet
Letra c.

045. (OBJETIVA CONCURSOS/PREFEITURA/ANALISTA DE SISTEMAS/2021/FÁCIL) De acordo


com a Lei n. 12.965/2014, sobre a guarda de registros de conexão, em relação à atuação
do Poder Público, as iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da
internet como ferramenta social devem:
I – Promover a inclusão digital.
II – Buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso
às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso.
III – Fomentar a importação e a circulação de conteúdo estrangeiro.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item III.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 121 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

b) Somente os itens I e II.


c) Somente os itens I e III.
d) Somente os itens II e III.
e) Todos os itens.

Veja o que dispõe o artigo 27 sobre esse tema.

Art. 27. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como
ferramenta social devem:
I – promover a inclusão digital;
II – buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no acesso
às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e
III – fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.

Portanto, apenas o item I e II estão corretos.


Letra b.

046. (FUMARC/PC MG/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2021/DIFÍCIL) A Lei N. 12.965 de 23 de


abril de 2014, também conhecida como Marco Civil da Internet, estabelece princípios,
garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Considerando os princípios
que disciplina o uso da internet no Brasil, definidos no Art. 3º da referida lei, analise os
princípios a seguir e identifique-os com (V) ou (F) conforme sejam verdadeiros ou falsos.

( ) Preservação e garantia da parcialidade de rede.


( ) Proteção da privacidade.
( ) Proteção dos dados pessoais, na forma da lei.
( ) Restrição à comunicação e manifestação de pensamento.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:


a) F, F, V, F.
b) F, V, V, F.
c) V, F, V, V.
d) V, V, F, V.

São 8 princípios utilizados para elaboração do Marco Civil da Internet. Vejamos:


• Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento
nos termos da Constituição
• Proteção da privacidade
• Proteção dos dados pessoais na forma da lei

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 122 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

• Preservação e garantia da neutralidade da rede


• Preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede
• Preservação da natureza participativa da rede
• Responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei
• Liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet

Letra b.

047. (FGV/DPE RJ/DEFENSOR PÚBLICO/2021/DIFÍCIL) João, inconformado com o término


do relacionamento amoroso, decide publicar em sua rede social vídeos de cenas de nudez e
atos sexuais com Maria, que haviam sido gravados na constância do relacionamento e com o
consentimento dela. João publicou tais vídeos com o objetivo de chantagear Maria para que
ela permanecesse relacionando-se com ele. Maria não consentiu tal publicação e, visando à
remoção imediata do conteúdo, notifica extrajudicialmente a rede social. A notificação foi
recebida pelos administradores da rede social e continha todos os elementos que permitiam
a identificação específica do material apontado como violador da intimidade.
Considerando o caso concreto, é correto afirmar que:
a) o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por João se descumprir ordem judicial específica,
de modo que o conteúdo sob exame só pode ser removido mediante decisão judicial, sendo
ineficaz a notificação de Maria para fins de responsabilização do provedor;
b) não haverá responsabilidade civil do provedor de aplicações de internet pelo fato de o
conteúdo ter sido gerado por terceiro, incidindo o fato de terceiro como excludente do
nexo de causalidade;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 123 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

c) somente João, autor da conduta de postar, pode ser responsabilizado civilmente pelos
danos causados a Maria, respondendo mediante o regime objetivo de responsabilidade civil,
considerando o grave dano à dignidade da pessoa humana e seus aspectos da personalidade,
sobrelevando-se a importância de ampliação da tutela da mulher vítima do assédio sexual
online;
d) o provedor de aplicações de internet será responsabilizado diariamente pelos danos
sofridos por Maria quando, após o recebimento de notificação, deixar de promover a
indisponibilização do conteúdo de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do
seu serviço;
e) o provedor de aplicações de internet responderá objetivamente pelos danos causados a
Maria e, ainda, solidariamente com João, deflagrando-se o dever de indenizar a partir do
imediato momento em que João postou o material ofensivo.

a) Errada. O provedor de aplicações de internet pode ser responsabilizado civilmente por


danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros mesmo sem ordem judicial específica.
A notificação extrajudicial enviada por Maria é um instrumento válido para solicitar a remoção
do conteúdo e, caso o provedor não tome as medidas necessárias para a indisponibilização
do conteúdo, ele pode ser responsabilizado.
b) Errada. O provedor de aplicações de internet pode ser responsabilizado civilmente pelo
conteúdo gerado por terceiros quando não cumpre com suas obrigações de remoção após
notificação. O fato de terceiro não exclui automaticamente a responsabilidade do provedor.
c) Errada. O provedor de aplicações de internet pode sim ser responsabilizado pelos danos
causados a Maria. O regime de responsabilidade pode variar, mas no caso do Marco Civil da
Internet, o provedor pode ser responsabilizado se não agir de forma diligente para remover
o conteúdo após notificação.
d) Certa. O provedor de aplicações de internet tem a responsabilidade de promover a
indisponibilização do conteúdo ofensivo de forma diligente, após receber uma notificação
válida. Caso não cumpra com essa obrigação, ele pode ser responsabilizado pelos danos
sofridos por Maria.
e) Errada. O provedor de aplicações de internet não responde solidariamente com João
pelos danos causados a Maria. A responsabilidade do provedor é autônoma e decorre de
sua omissão em remover o conteúdo após notificação.
Letra d.

048. (CESPE/CEBRASPE/SF/POLICIAL LEGISLATIVO/10º SIMULADO/ESPANHOL/2020/FÁCIL) A


garantia da neutralidade da rede é um dos princípios do uso da Internet no Brasil, instituído

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 124 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

pelo Marco Civil da Internet, que representa o dever do responsável pela transmissão,
comutação ou roteamento de tratar quaisquer pacotes de dados de forma isonômica, sem
qualquer distinção de conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. Sobre o
tema, julgue o próximo item.
A discriminação ou degradação do tráfego somente poderá decorrer de requisitos técnicos
indispensáveis à prestação adequada dos serviços e das aplicações.

Existem duas situações em que será regulamentada a discriminação ou a degradação do


tráfego dos dados, e são elas:
• Requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações e
• Priorização dos serviços de emergência
Veja o que dispõe a legislação nesse sentido

Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de


forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicação.
§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições
privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal,
para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de
Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:
I – requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações; e
II – priorização de serviços de emergência.

Errado.

049. (CESPE/CEBRASPE/SF/POLICIAL LEGISLATIVO/10º SIMULADO/ESPANHOL/2020/FÁCIL)


De acordo com o Marco Civil da Internet, a parte interessada poderá, com o propósito de
formar conjunto probatório em processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou
autônomo, requerer ao Juiz que ordene ao responsável pela guarda o fornecimento de
registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de Internet. Sobre o tema,
julgue o próximo item.
Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob pena de
inadmissibilidade: fundados indícios da ocorrência do ilícito, a justificativa motivada da
utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou instrução probatória, bem
como o período ao qual se referem os registros.

Conforme dispõe o Art. 22.

A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo judicial
cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 125 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de


internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou
instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.

Certo.

050. (FCC/ALE AP/ANALISTA LEGISLATIVO ATIVIDADE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/


TÉCNICO DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO/2020/MÉDIO) De acordo com a Lei n. 12.965/2014
– Marco Civil da Internet, caso uma pessoa jurídica, responsável pela administração de um
provedor de aplicação na internet com fins comerciais, seja demandada a entregar dados
referentes aos acessos a essa aplicação, ela deve fazê-lo, apresentando os registros
a) que a sua infraestrutura suportou acumular, não importando período mínimo ou máximo
de retenção.
b) dos últimos 12 (doze) meses, a contar da data da solicitação de entrega dos registros.
c) dos últimos 30 (trinta) dias, com detalhes de hora, minuto, segundo e décimo de segundo
do acesso identificado.
d) mediante autorização judicial, tratando-se de aplicação de usuário que registra transações
do dia a dia da empresa.
e) de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade para a qual foi dado
consentimento pelo seu titular.

a) Errada. A lei estabelece que os provedores de aplicações devem guardar os registros de


acesso a suas aplicações pelo prazo mínimo de 6 (seis) meses, mas não há uma exigência
de acumulação ilimitada de registros.
b) Errada. A lei não estabelece um prazo fixo de 12 meses para a entrega dos registros de
acesso. O prazo mínimo de retenção é de 6 meses, mas a entrega dos registros deve ocorrer
mediante autorização judicial.
c) Errada. A lei não especifica um período de 30 dias para a entrega dos registros de acesso.
Além disso, não é necessário detalhar a hora, minuto, segundo e décimo de segundo do
acesso identificado.
d) Certa. De acordo com o Marco Civil da Internet, a entrega dos registros de acesso deve
ocorrer mediante autorização judicial. Isso significa que, para obter acesso aos dados
referentes aos acessos a uma aplicação na internet, é necessário obter uma autorização

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 126 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

judicial específica, especialmente quando se trata de uma aplicação de usuário que registra
transações do dia a dia da empresa.
e) Errada. Ela menciona a questão de dados pessoais excessivos em relação à finalidade
do consentimento, mas não aborda diretamente a entrega dos registros de acesso a uma
aplicação na internet.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 127 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

ANEXO
Conforme havíamos combinado em aula, deixo, aqui, a Lei do Marco Civil da Internet na
íntegra para leitura. O texto foi retirado do site do Planalto.
Te desejo uma excelente leitura!

LEI N. 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014


Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet
no Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios em relação à matéria.
Art. 2º A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à
liberdade de expressão, bem como:
I – o reconhecimento da escala mundial da rede;
II – os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania
em meios digitais;
III – a pluralidade e a diversidade;
IV – a abertura e a colaboração;
V – a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VI – a finalidade social da rede.
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:
I – garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento,
nos termos da Constituição Federal;
II – proteção da privacidade;
III – proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV – preservação e garantia da neutralidade de rede;
V – preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas
técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;
VI – responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
VII – preservação da natureza participativa da rede;
VIII – liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem
com os demais princípios estabelecidos nesta Lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 128 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem outros previstos no
ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados internacionais em que
a República Federativa do Brasil seja parte.
Art. 4º A disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a promoção:
I – do direito de acesso à internet a todos;
II – do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na
condução dos assuntos públicos;
III – da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso
e acesso; e
IV – da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação, a acessibilidade
e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – internet: o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em
escala mundial para uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação
de dados entre terminais por meio de diferentes redes;
II – terminal: o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet;
III – endereço de protocolo de internet (endereço IP): o código atribuído a um terminal
de uma rede para permitir sua identificação, definido segundo parâmetros internacionais;
IV – administrador de sistema autônomo: a pessoa física ou jurídica que administra blocos
de endereço IP específicos e o respectivo sistema autônomo de roteamento, devidamente
cadastrada no ente nacional responsável pelo registro e distribuição de endereços IP
geograficamente referentes ao País;
V – conexão à internet: a habilitação de um terminal para envio e recebimento de pacotes
de dados pela internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço IP;
VI – registro de conexão: o conjunto de informações referentes à data e hora de início
e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal
para o envio e recebimento de pacotes de dados;
VII – aplicações de internet: o conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas
por meio de um terminal conectado à internet; e
VIII – registros de acesso a aplicações de internet: o conjunto de informações referentes
à data e hora de uso de uma determinada aplicação de internet a partir de um determinado
endereço IP.
Art. 6º Na interpretação desta Lei serão levados em conta, além dos fundamentos,
princípios e objetivos previstos, a natureza da internet, seus usos e costumes particulares e
sua importância para a promoção do desenvolvimento humano, econômico, social e cultural.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 129 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS DOS USUÁRIOS
Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são
assegurados os seguintes direitos:
I – inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
II – inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem
judicial, na forma da lei;
III – inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por
ordem judicial;
IV – não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de
sua utilização;
V – manutenção da qualidade contratada da conexão à internet;
VI – informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços,
com detalhamento sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de
acesso a aplicações de internet, bem como sobre práticas de gerenciamento da rede que
possam afetar sua qualidade;
VII – não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão,
e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e
informado ou nas hipóteses previstas em lei;
VIII – informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e
proteção de seus dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que:
a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso
de aplicações de internet;
IX – consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados
pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais;
X – exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação
de internet, a seu requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as
hipóteses de guarda obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a
proteção de dados pessoais;
XI – publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à
internet e de aplicações de internet;
XII – acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais,
intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei; e

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 130 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

XIII – aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo
realizadas na internet.
Art. 8º A garantia do direito à privacidade e à liberdade de expressão nas comunicações
é condição para o pleno exercício do direito de acesso à internet.
Parágrafo único. São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que violem o disposto
no caput, tais como aquelas que:
I – impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela
internet; ou
II – em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção
do foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados
no Brasil.

CAPÍTULO III
DA PROVISÃO DE CONEXÃO E DE APLICAÇÕES DE INTERNET

Seção I
Da Neutralidade de Rede

Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar


de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e
destino, serviço, terminal ou aplicação.
§ 1º A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das
atribuições privativas do Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da
Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet
e a Agência Nacional de Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:
I – requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações; e
II – priorização de serviços de emergência.
§ 2º Na hipótese de discriminação ou degradação do tráfego prevista no § 1º, o responsável
mencionado no caput deve:
I – abster-se de causar dano aos usuários, na forma do art. 927 da Lei n. 10.406, de 10
de janeiro de 2002 – Código Civil;
II – agir com proporcionalidade, transparência e isonomia;
III – informar previamente de modo transparente, claro e suficientemente descritivo
aos seus usuários sobre as práticas de gerenciamento e mitigação de tráfego adotadas,
inclusive as relacionadas à segurança da rede; e
IV – oferecer serviços em condições comerciais não discriminatórias e abster-se de
praticar condutas anticoncorrenciais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 131 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

§ 3º Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,


comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo
dos pacotes de dados, respeitado o disposto neste artigo.

Seção II
Da Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às Comunicações Privadas
Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de
internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações
privadas, devem atender à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem
das partes direta ou indiretamente envolvidas.
§ 1º O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar os
registros mencionados no caput, de forma autônoma ou associados a dados pessoais ou a
outras informações que possam contribuir para a identificação do usuário ou do terminal,
mediante ordem judicial, na forma do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o
disposto no art. 7º.
§ 2º O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser disponibilizado mediante
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, respeitado o disposto nos
incisos II e III do art. 7º.
§ 3º O disposto no caput não impede o acesso aos dados cadastrais que informem
qualificação pessoal, filiação e endereço, na forma da lei, pelas autoridades administrativas
que detenham competência legal para a sua requisição.
§ 4º As medidas e os procedimentos de segurança e de sigilo devem ser informados
pelo responsável pela provisão de serviços de forma clara e atender a padrões definidos em
regulamento, respeitado seu direito de confidencialidade quanto a segredos empresariais.
Art. 11. Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de
registros, de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações
de internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser
obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção
dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.
§ 1º O disposto no caput aplica-se aos dados coletados em território nacional e ao
conteúdo das comunicações, desde que pelo menos um dos terminais esteja localizado
no Brasil.
§ 2º O disposto no caput aplica-se mesmo que as atividades sejam realizadas por pessoa
jurídica sediada no exterior, desde que oferte serviço ao público brasileiro ou pelo menos
uma integrante do mesmo grupo econômico possua estabelecimento no Brasil.
§ 3º Os provedores de conexão e de aplicações de internet deverão prestar, na forma
da regulamentação, informações que permitam a verificação quanto ao cumprimento da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 132 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

legislação brasileira referente à coleta, à guarda, ao armazenamento ou ao tratamento de


dados, bem como quanto ao respeito à privacidade e ao sigilo de comunicações.
§ 4º Decreto regulamentará o procedimento para apuração de infrações ao disposto
neste artigo.
Art. 12. Sem prejuízo das demais sanções cíveis, criminais ou administrativas, as infrações
às normas previstas nos arts. 10 e 11 ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções,
aplicadas de forma isolada ou cumulativa:
I – advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;
II – multa de até 10% (dez por cento) do faturamento do grupo econômico no Brasil no
seu último exercício, excluídos os tributos, considerados a condição econômica do infrator
e o princípio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção;
III – suspensão temporária das atividades que envolvam os atos previstos no art. 11; ou
IV – proibição de exercício das atividades que envolvam os atos previstos no art. 11.
Parágrafo único. Tratando-se de empresa estrangeira, responde solidariamente pelo
pagamento da multa de que trata o caput sua filial, sucursal, escritório ou estabelecimento
situado no País.

Subseção I
Da Guarda de Registros de Conexão
Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo
respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado
e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento.
§ 1º A responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão não poderá ser
transferida a terceiros.
§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer
cautelarmente que os registros de conexão sejam guardados por prazo superior ao
previsto no caput.
§ 3º Na hipótese do § 2º, a autoridade requerente terá o prazo de 60 (sessenta) dias,
contados a partir do requerimento, para ingressar com o pedido de autorização judicial de
acesso aos registros previstos no caput.
§ 4º O provedor responsável pela guarda dos registros deverá manter sigilo em relação
ao requerimento previsto no § 2º, que perderá sua eficácia caso o pedido de autorização
judicial seja indeferido ou não tenha sido protocolado no prazo previsto no § 3º.
§ 5º Em qualquer hipótese, a disponibilização ao requerente dos registros de que trata
este artigo deverá ser precedida de autorização judicial, conforme disposto na Seção IV
deste Capítulo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 133 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

§ 6º Na aplicação de sanções pelo descumprimento ao disposto neste artigo, serão


considerados a natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes, eventual
vantagem auferida pelo infrator, as circunstâncias agravantes, os antecedentes do infrator
e a reincidência.
Subseção II
Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Conexão

Art. 14. Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros de


acesso a aplicações de internet.

Subseção III
Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Aplicações

Art. 15. O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e


que exerça essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos
deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em
ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.
§ 1º Ordem judicial poderá obrigar, por tempo certo, os provedores de aplicações de
internet que não estão sujeitos ao disposto no caput a guardarem registros de acesso a
aplicações de internet, desde que se trate de registros relativos a fatos específicos em
período determinado.
§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderão requerer
cautelarmente a qualquer provedor de aplicações de internet que os registros de acesso a
aplicações de internet sejam guardados, inclusive por prazo superior ao previsto no caput,
observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 13.
§ 3º Em qualquer hipótese, a disponibilização ao requerente dos registros de que trata
este artigo deverá ser precedida de autorização judicial, conforme disposto na Seção IV
deste Capítulo.
§ 4º Na aplicação de sanções pelo descumprimento ao disposto neste artigo, serão
considerados a natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes, eventual
vantagem auferida pelo infrator, as circunstâncias agravantes, os antecedentes do infrator
e a reincidência.
Art. 16. Na provisão de aplicações de internet, onerosa ou gratuita, é vedada a guarda:
I – dos registros de acesso a outras aplicações de internet sem que o titular dos dados
tenha consentido previamente, respeitado o disposto no art. 7º; ou

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 134 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

II – de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade para a qual foi dado
consentimento pelo seu titular, exceto nas hipóteses previstas na Lei que dispõe sobre a
proteção de dados pessoais
Art. 17. Ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei, a opção por não guardar os registros
de acesso a aplicações de internet não implica responsabilidade sobre danos decorrentes
do uso desses serviços por terceiros.
Seção III
Da Responsabilidade por Danos Decorrentes de Conteúdo Gerado por Terceiros
Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.
Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura,
o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não
tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do
prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas
as disposições legais em contrário.
§ 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade,
identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a
localização inequívoca do material.
§ 2º A aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos de autor ou a direitos
conexos depende de previsão legal específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão
e demais garantias previstas no art. 5º da Constituição Federal.
§ 3º As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos
disponibilizados na internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade,
bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos por provedores de aplicações de
internet, poderão ser apresentadas perante os juizados especiais.
§ 4º O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3º, poderá antecipar, total ou
parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, existindo prova inequívoca do
fato e considerado o interesse da coletividade na disponibilização do conteúdo na internet,
desde que presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de fundado
receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
Art. 20. Sempre que tiver informações de contato do usuário diretamente responsável
pelo conteúdo a que se refere o art. 19, caberá ao provedor de aplicações de internet
comunicar-lhe os motivos e informações relativos à indisponibilização de conteúdo, com
informações que permitam o contraditório e a ampla defesa em juízo, salvo expressa
previsão legal ou expressa determinação judicial fundamentada em contrário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 135 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Parágrafo único. Quando solicitado pelo usuário que disponibilizou o conteúdo tornado
indisponível, o provedor de aplicações de internet que exerce essa atividade de forma
organizada, profissionalmente e com fins econômicos substituirá o conteúdo tornado
indisponível pela motivação ou pela ordem judicial que deu fundamento à indisponibilização.
Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por
terceiros será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente
da divulgação, sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros
materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o
recebimento de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover,
de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização
desse conteúdo.
Parágrafo único. A notificação prevista no caput deverá conter, sob pena de nulidade,
elementos que permitam a identificação específica do material apontado como violador
da intimidade do participante e a verificação da legitimidade para apresentação do pedido.

Seção IV
Da Requisição Judicial de Registros
Art. 22. A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em
processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que
ordene ao responsável pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros
de acesso a aplicações de internet.
Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá
conter, sob pena de inadmissibilidade:
I – fundados indícios da ocorrência do ilícito;
II – justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação
ou instrução probatória; e
III – período ao qual se referem os registros.
Art. 23. Cabe ao juiz tomar as providências necessárias à garantia do sigilo das informações
recebidas e à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem do usuário,
podendo determinar segredo de justiça, inclusive quanto aos pedidos de guarda de registro.

CAPÍTULO IV
DA ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO
Art. 24. Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios no desenvolvimento da internet no Brasil:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 136 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

I – estabelecimento de mecanismos de governança multiparticipativa, transparente,


colaborativa e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da
sociedade civil e da comunidade acadêmica;
II – promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da internet, com participação
do Comitê Gestor da internet no Brasil;
III – promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de
governo eletrônico, entre os diferentes Poderes e âmbitos da Federação, para permitir o
intercâmbio de informações e a celeridade de procedimentos;
IV – promoção da interoperabilidade entre sistemas e terminais diversos, inclusive entre
os diferentes âmbitos federativos e diversos setores da sociedade;
V – adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;
VI – publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e
estruturada;
VII – otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros
de armazenamento, gerenciamento e disseminação de dados no País, promovendo a
qualidade técnica, a inovação e a difusão das aplicações de internet, sem prejuízo à abertura,
à neutralidade e à natureza participativa;
VIII – desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da internet;
IX – promoção da cultura e da cidadania; e
X – prestação de serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada,
eficiente, simplificada e por múltiplos canais de acesso, inclusive remotos.
Art. 25. As aplicações de internet de entes do poder público devem buscar:
I – compatibilidade dos serviços de governo eletrônico com diversos terminais, sistemas
operacionais e aplicativos para seu acesso;
II – acessibilidade a todos os interessados, independentemente de suas capacidades
físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais, mentais, culturais e sociais, resguardados
os aspectos de sigilo e restrições administrativas e legais;
III – compatibilidade tanto com a leitura humana quanto com o tratamento automatizado
das informações;
IV – facilidade de uso dos serviços de governo eletrônico; e
V – fortalecimento da participação social nas políticas públicas.
Art. 26. O cumprimento do dever constitucional do Estado na prestação da educação,
em todos os níveis de ensino, inclui a capacitação, integrada a outras práticas educacionais,
para o uso seguro, consciente e responsável da internet como ferramenta para o exercício
da cidadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 137 de 139


Informática
O Marco Civil da Internet
Maurício Franceschini

Art. 27. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet


como ferramenta social devem:
I – promover a inclusão digital;
II – buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes regiões do País, no
acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu uso; e
III – fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.
Art. 28. O Estado deve, periodicamente, formular e fomentar estudos, bem como
fixar metas, estratégias, planos e cronogramas, referentes ao uso e desenvolvimento da
internet no País.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 29. O usuário terá a opção de livre escolha na utilização de programa de computador
em seu terminal para exercício do controle parental de conteúdo entendido por ele como
impróprio a seus filhos menores, desde que respeitados os princípios desta Lei e da Lei n.
8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente.
Parágrafo único. Cabe ao poder público, em conjunto com os provedores de conexão e
de aplicações de internet e a sociedade civil, promover a educação e fornecer informações
sobre o uso dos programas de computador previstos no caput, bem como para a definição
de boas práticas para a inclusão digital de crianças e adolescentes.
Art. 30. A defesa dos interesses e dos direitos estabelecidos nesta Lei poderá ser exercida
em juízo, individual ou coletivamente, na forma da lei.
Art. 31. Até a entrada em vigor da lei específica prevista no § 2º do art. 19, a responsabilidade
do provedor de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por
terceiros, quando se tratar de infração a direitos de autor ou a direitos conexos, continuará
a ser disciplinada pela legislação autoral vigente aplicável na data da entrada em vigor
desta Lei.
Art. 32. Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de sua publicação oficial.
Brasília, 23 de abril de 2014; 193º da Independência e 126º da República.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 138 de 139


Abra

caminhos

crie

futuros
gran.com.br

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CHRISTINA SOARES VIEIRA - 12913877737, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar