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Boa tarde a todos.

Bom, o artigo que eu recebi é bem curto, mas também traz muitas coisas
interessantes pra gente discutir. O tema do artigo é: “A violência na sociedade brasileira.
Juventude e delinquência como problemas sociais.”

Antes de tudo, falar de delinquência é falar de alguém que pratica falta grave, que desobedece
as leis, regulamentos ou padrões morais ou age de forma criminosa ou delituosa.

Bom o artigo traz uma introdução que diz basicamente que: Desde que a violência e o crime se
tornaram questão pública, é bem frequente associar, remeter imagens né? que associam que
o jovem é violento. É como se ser jovem fosse uma ameaça.

Ariès diz que as crianças se diferem bastante pelas sociedades em que nasceram. Seja na
medieval, moderna e contemporânea. De acordo com ele, a criança nas sociedades medievais
parecia não ter história, já que estavam completamente submersas no mundo adulto. Na
sociedade moderna, já teria autonomizado já seriam seres portadores de vontade própria,
capazes de expressarem seus desejos, seus prazeres, leituras, entre outras coisas.

E realmente não tem como deixar de reconhecer as dimensões sociais e culturais que
atravessam essas etapas da existência humana, inclusive distinguindo as vivências infantis das
vivências de adolescentes e jovens adultos.

E já nessa etapa contemporânea, essa fase de jovem (jovem adulto) é tratada como
problemática.

Bom, desde a invenção da modernidade, jovens foram vistos como vetores de inovação e de
transformação social, nos mais distintos campos da existência humana, entre os quais,
mercado, ciência e tecnologia, participação social e política. No campo da política e da cultura,
as imagens dos jovens gritando palavras de ordem contra o status quo e clamando por mais
liberdade e justiça, liderando revoluções e movimentos de libertação nacional e de lutas
contra toda sorte de opressões, inclusive culturais e sexuais, estiveram presentes da Revolução
Francesa, à resistência contra a ocupação Nazi e contra totalitarismos de toda espécie, às
revoltas descolonizadoras da América Latina, da África e da Ásia. Enfim, a imagem era
impressionante. Só que tu que era positivo foram transformadas em imagens negativas que os
associam ao perigo e à insegurança, imagens representadas pelo envolvimento passional nas
causas religiosas, étnicas e éticas; pela precocidade com que se autonomizam dos controles
tradicionais, constituem e desfazem elos afetivos e sexuais com uma naturalidade antes
desconhecida; envolvem-se com tudo aquilo que remete ao perigo: esportes violentos,
gangues, uso e tráfico de drogas, crime violento e organizado. Não sem motivos, mudou e vem
mudando substantivamente a presença desses jovens na literatura especializada em desvio,
crime e divergência.

2. Considerações históricas

Infelizmente a Sociedade brasileira tem culpa dessa inversão de valores. Não é de hoje que se
vê crianças trabalhando na rua, nos sinais, vendendo doces e até vivendo na rua. Existe esses
registros históricos desde o período colonial. Era muito comum abandonar crianças órfãs ou
colocarem pra ficarem internas em instituições de caridade. O que pegou mais foi no final da
década de 1920, quando a criança pobre foi nomeada de “menor”. E a maior preocupação era
recuperar esse “menor” que era tido como “vagabundo”, pra uma vida adulta digna. Enfim,
criaram algo do tipo “proteção ao menor”, que tinha o intuito de dar uma boa educação e
emprego.. escolarização e profissionalização. A estratégia até deu certo entre o fim da década
de 30 até mais ou menos os anos 60.

Mas aí desde a década de 70 a existência de crianças e de adolescentes, vagando pelas ruas,


mendigando, vigiando veículos estacionados nas ruas, vendendo balas e doces junto aos
semáforos, em troca de gorjetas, vem sendo percebida como problema social. E infelizmente
também veio o crescimento da criminalidade urbana, que são associados a esses jovens.

Mesmo sabendo que as pessoas tem escolhas, será que não é mais fácil fugir as regras?

Já ouvi um cara dizer que não ia passar um mês inteiro trabalhando pesado pra no fim do mês
receber mil conto. Disse que mil conto consegue fácil em menos de 5 minutos (roubando um
celular)

3. Adolescência como problema social: a construção de saberes


“científicos”

Mas aí que tá.. será que o adolescente como objeto de atenção especial e especializada:
restringem-se lhes as horas de trabalho fabril; regulamenta-se a educação compulsória;
desenvolvem-se programas próprios de lazer e ocupação do tempo livre, ao que tudo indica
raiz primária das

chamadas culturas juvenis. Neste cenário, o adolescente vai

adquirindo cada vez maior autonomia, especialmente nas grandes

metrópoles industriais. Ele passa a ser reconhecido como portador de

um querer próprio que precisa ser respeitado nos mais distintos

aspectos da vida pessoal independente: escolha profissional, vestuário,

consumo, lazer, iniciação e atividade sexual.

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