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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO
NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
CURSO: Psicologia
DISCIPLINA: Técnicas de Exames Psicológicos I
PROFESSOR(A): Islene Cristina Cardoso de Araújo Tito

ALUNO(A)S: Danúsia Viana, João Marinho, Patrícia Fonseca.

ATIVIDADE AVALIATIVA – 2ª UNIDADE

Considerando as informações do caso acima e a responsabilidade do avaliador no manejo


de testes psicológicos, elabore um argumento sobre a afirmação de Elias: “não entendia a
necessidade de testes psicológicos e que não acreditava que um pedaço de papel possa
mesmo explicar sua inteligência ou personalidade, na verdade isso só servia para rotular
as pessoas”.

Para isso, use para seu argumento os itens indicados abaixo:

a) conceito de escore e percentil (0,5 ponto)


b) diferenças entre escore bruto e percentil (0.5 ponto)
c) relação entre escore, fidedignidade e validade (1,0 ponto)
d) conceito e importância da amostra normativa para interpretação de resultados (1,0 ponto)

RESPOSTA: A finalidade do teste psicológico é aprofundar a avaliação do candidato,


descortinando aspectos que não se identificam pela análise de uma entrevista individual. Os
testes psicológicos tem o intuito de avaliar uma amostragem do comportamento humano. Por
meio dessa amostragem, é possível ter uma visão sobre a tendência do comportamento do
indivíduo nos mais diversos ambientes e situações, seja no trabalho, no convívio social, no
desempenho das funções familiares. Os testes são capazes de detectar alguns comportamentos
como agressividade e, com isso, dar um feedback importante ao futuro condutor, que, por vezes,
não tem ideia de que isso pode causar problemas no trânsito, principalmente após exposição
frequente ao estresse diário.
Seguir os fundamentos de testes psicológicos permite que a avaliação seja justa para o
testando, pois norteia o avaliador para que os resultados sejam confiáveis e tenham relevância
para a compreensão do sujeito. Desses fundamentos essenciais temos o score e o percentil,
que nada mais são que as respostas, os resultados dos testes; os resultados dos testes são
comumente expressos em notas ou escores. Em geral, esses escores constituem o total de
pontos obtidos na prova ou no teste e são chamados de "escores brutos". O escore obtido numa
prova ou num teste, escore bruto, não tem em si mesmo qualquer significado. Um escore só nos
fornece elementos suficientes para interpretação quando comparado com outros. O percentil é o
ponto da distribuição dos resultados ordenados da amostra (por ordem crescente dos dados) em
100 partes de igual amplitude, no qual ou abaixo do qual se situa uma determinada percentagem
de casos. Por exemplo, um resultado no percentil 80% significa que 80% dos resultados se
situam nesse ponto ou abaixo dele. Os percentis são escores que refletem a posição do
desempenho de um indivíduo em um teste em comparação a um grupo de referência; seu
referencial são as outras pessoas. A forma da mensuração e da avaliação de um instrumento de
avaliação psicológica, quando da sua construção, devem fazer parte do conjunto de exigências
para sua validação e padronização, concedendo ao teste o seu nível de precisão, fidedignidade
e validade. Basicamente, o termo fidedignidade sugere confiabilidade, refere-se a replicabilidade
e consistência dos escores dos testes, é a consistência e precisão dos resultados no processo
de mensuração (repetição com o mesmo indivíduo ou grupo); a fidedignidade existe quando os
testes apresentam poucos erros de mensuração isso é importante pois comportamento humano
não é inflexível, portanto, apresentar cálculos absolutamente exatos para medir características
mutáveis é impossível. Já a validade refere-se à relação entre os escores dos testes e os
atributos psicológicos reais que o teste está supostamente mensurando, ou seja, corresponde às
evidências acumuladas (grau de confirmação das inferências ou hipóteses). A validação
demanda vários instrumentos para produção de várias evidências; quanto mais evidências,
maior o grau de confirmação das inferências. Um teste pode ter seus escores livres de erro de
mensuração (fidedignidade), mas as evidências podem não ser suficientes para confirmar a
hipótese (validade). Se o escore é produzido em um ambiente de testagem que minimize as
variáveis interferentes, portanto as fontes de erro, os resultados terão confiabilidade
(fidedignidade). A confiança do avaliador nos escores produzidos na testagem terão resultados
relevantes para a avaliação e serão evidências necessárias para a confirmação de
inferências/hipóteses (validade). Esses termos têm extrema importância no quesito de “justiça”
no resultado do teste psicológico feito, como por exemplo no caso de Elias. A amostra normativa
corresponde a um grupo de sujeitos que vivem em determinado contexto social, cultural,
histórico e político; desta forma, as normas são constituídas pelos resultados de sujeitos com
características semelhantes, habitualmente em idade e gênero, constituindo-se um grupo
normativo ou de referência. Esta amostra serve como referência para interpretação da amostra
de comportamento obtida no teste, representada pelo escore. É importante seguir o referencial
normativo dos testes para a interpretação dos escores obtidos, tanto no que se refere à validade
do instrumento, como também à conduta ética profissional. As normas pressupõem um padrão
de interpretação da pontuação do sujeito preestabelecida pela amostra representativa da
população para o seu nível de desempenho em relação ao construto avaliado.

Bom Trabalho!

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