Avaliação Psicológica

Auto e Hetero Avaliações

Entrevista Colateral com outros significativos: podemos ter
necessidade de fazer entrevistas com outros (familiares, colegas de
trabalhos), que são significativos para compreender o individuo.
Em certos casos é necessário consultar arquivos e processos para ter
mais informação sobre o individuo. Podemos também recolher informação
junto a outros técnicos.

 Auto-Avaliação: recolha de informação a partir do auto-relato

do paciente, sobre a forma como se sente. A recolha é realizada
com instrumentos e escalas de auto-relato, que avaliam
aspetos do funcionamento psicológico da pessoa.
 Auto-Monitorização: observação da ocorrência real do
comportamento alvo num determinado momento em ambiente
natural (descreve algo que aconteceu agora). É algo que o psicólogo
pede o sujeito para fazer.
 Auto-Relato: descrições verbais do comportamento que são obtidos
num momento diferente da hora e local da ocorrência real do
comportamento (descreve algo que aconteceu no passado)

Auto-Monitorização

Observação e regista sistemático de aspetos do próprio

comportamento, do ambiente interno e externo e de eventos
considerados funcionalmente relacionados com esse comportamento.
Quando o psicólogo entende que há um comportamento que é difícil
perceber apenas com questões ou observando, o psicólogo pode
pedir para o sujeito observar o seu próprio comportamento no
ambiente em que o evento deve ocorrer. O individuo regista a ocorrência. O
psicólogo analisa as notações do individuo e depois exibe os
resultados da análise.
Quando e com que frequência, o período de tempo, o que é suposto ser
registado, qual o formato de registo e o número de diferentes itens a serem
monitorizados vai depender da escolha do psicólogo. Dá dados ao psicólogo
e conscientização ao individuo.
 Vantagens: processo económico; fácil de aplicar; diversidade
problemas a detetar; trabalhar cognições, afetos e
comportamentos.
 Limitações: problema de adesão (indivíduos podem aderir bem ou
mal); imprecisão dos relatos (os dados podem ser enviesados, logo
o psicólogo só aplica a auto-monitorização a sujeitos com certos tipos
de personalidade); reatividade (deixar de gostar ao meio do
processo).
Auto-Relato
Teste, medida ou pesquisa que se baseia no próprio relato de um
individuo sobre os seus sintomas, comportamentos, crenças ou
atitudes. Os dados são recolhidos em papel lápis e em formato eletrónico,
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ou por uma entrevista. Não é em tempo real, é sempre sobre o
passado ou presente que não está a acontecer neste segundo.

Permite adquirir informações comportamentais; repertórios,

de diferentes tipos:
comportamentos motores;
respostas fisiológicas;
pensamentos; emoções;
experiências subjetivas; atributos
de personalidade…
Áreas frequentemente
avaliadas: traços, dimensões,
fatores; estados; reportórios
processos e estruturas cognitivas;
construções ideográficas
narrativas.
Tipos de questões: estruturada;
semi-estruturada; não estruturada.
Tipos de Respotas: dicotómica;
escalar (rating scales); ordinal
(estas três são respostas
fechadas); aberta.

 Vantagens: é o avaliado que fornece informação sobre o que

pensa e sobre como se sente, permitindo uma visão mais profunda
e concreta da sua experiência; podem ser administrados de
forma rápida e sistemática e corrigidos de forma rápida;
instrumentos que motivam o sujeito porque incidem sobre aspetos
relacionados com a sua vivencia; formas mais estruturadas
(escalas e questionários) apresentam maior grau de fidelidade e
validade

 Limitações: desejabilidade social (pessoas com tendência para

desejabilidade social podem enviesar os auto-relatos) ; sinceridade
(temos de perceber quando as pessoas mentem e são sinceras);
capacidade de introspeção (a pessoa necessita de grande
capacidade de introspeção) ; interpretação das questões (na forma
de escalas e questionários pode ter este tipos de problemas); tipos
de repostas podem influenciar os resultados; viés das respostas;
aquiescência (tendência para dizer sim); tendência para o
exagero da sintomatologia; simulação
Os dados do auto-relato devem ser combinados com outros dados sobre
o comportamento do individuo ou dados fisiológicos. Não devem ser usado
isoladamente. Esta avaliação multimodal ou multo-método fornece uma
avaliação mais global e mais precisa do sujeito.

Avaliação de Desempenho

Avaliar e evolução do individuo numa tarefa/função, usado muito no

contexto organizacional e apoio de gestão. É aplicada numa perspetiva
de desenvolvimento carreira (identificação de necessidade de formação,
reorientação de carreira; promoção do mérito).
Permite que o comportamento seja validado numa série de
dimensões específicas, avaliação de resultados ou de cumprimento
de objetivo. Permite avaliar outras dimensões (relacionamento
interpessoal/capacidade de trabalho em equipa).
Cuidados a ter:
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 Efeito de Halo: tendência para fazer avaliações de capacidades
especificas função de uma impressão prévia geral (se é dado
atributos positivos à pessoa, vamos fazer julgamentos mais positivos)
 Dificuldade em efetuar julgamentos isentos.

Teste e outras Técnicas de Avaliação

Escalas de medida: nominal, ordinal, intervalar, proporcional ou de razão

Pontuações diretas e referidas a critérios e a normas

Questões Psicométricas: Sensibilidade ou poder discriminativo
(capacidade do instrumento em discriminar as respostas dos indivíduos);
Fidelidade (precisão da medida); Validade (se um teste mede aquilo que se
propõe a medir).
Fidelidade

Estabilidade Temporal Consistência Objetividade do Registo

Interna/Homogeneidade
Formas Paralelas, Split half, KR 20, alfa de Formas Paralelas; Teste-
Teste-Reteste; Cronbach; Covariância dos Reteste; Correlação ente
Estabilidade da linha itens; analise de variância observadores.
de base.

Validade: Conteúdo; Critério (concorrente e preditiva); Constructo

(divergente e Convergente) facial; Externa; Modeles Estruturais (AFE, AFC,
SEM).

Normalização

 Diretrizes para a tradução e adaptação de testes.

 Equivalência e utilização apropriado de testes:
o Equivalência linguística, conceptual, psicométrica
 Normas de idade (usadas em avaliação intelectual), QI ,
Percentis, Notas Z e Notas T (calculo diferente da média e o que
fica antes e depois da média).
 Generalização das pontuações, aferições (adaptação linguística,
psicométrica e conceptual já que com normalizações de um
instrumento para uma cultura) e normalizações.

Avaliação Informatizada
 Uso do computador como suporte. No entanto, não substitui o
psicólogo.
 Pode melhor a padronização da administração em relação a
alguns instrumentos.
 Podemos usar softwares para fazer as cotações e as
pontuações.
 Há instrumentos que têm softwares de análise e interpretação.