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Arábia Saudita (em árabe: ‫ السعودية‬as-Su’ūdiyya), oficialmente Reino da Arábia

Saudita (em árabe: ‫ ;المملكة العربية السعودية‬al-Mamlaka al-ʻArabiyya as-Suʻūdiyya), é


considerado por tamanho de território, o maior país árabe na Ásia e na Península
Arábica (cerca de 2 150 000 km²), constituindo a maior parte da Península Arábica, e o
segundo maior país árabe do mundo (após a Argélia). Tem fronteiras
com Jordânia e Iraque ao norte; Cuaite a nordeste; Catar, Barém e Emirados Árabes
Unidos a leste; Omã a sudeste; Iêmen ao sul; mar Vermelho a oeste e com o golfo
Pérsico a leste. Sua população é estimada em 16 milhões de cidadãos nativos, 9 milhões
de expatriados estrangeiros e 2 milhões de imigrantes ilegais registrados.[6] Suas principais
cidades são: Riade, a capital; Gidá, principal porto e antiga capital; Meca e Medina,
cidades sagradas do islamismo; e Damã, banhada pelo Golfo Pérsico.
O Reino da Arábia Saudita foi fundado por Abd al-Aziz Al Saud (mais conhecido ao longo
de toda sua vida adulta como Ibn Saud) em 1932, embora as conquistas que levaram à
criação do Reino tenham começado em 1902, quando ele capturou Riade, a casa
ancestral de sua família, a Casa de Saud, conhecida em árabe como Al Saud. Desde a
criação do país, o sistema político tem sido o de uma monarquia absoluta teocrática. O
governo saudita se descreve como islâmico e é altamente influenciado pelo uaabismo.[7] A
Arábia Saudita muitas vezes é chamada de "Terra das Duas Mesquitas Sagradas", em
referência às mesquitas Grande Mesquita (em Meca) e Mesquita do Profeta (em Medina),
os dois lugares mais sagrados do islamismo.
Com a segunda maior reserva de petróleo e a sexta maior reserva de gás natural do
mundo, a Arábia Saudita é classificada como uma economia de alta renda pelo Banco
Mundial e possui o 19.º maior PIB do mundo.[8][9] Por ser o maior exportador mundial de
petróleo, o país garantiu sua posição como um dos mais poderosos do mundo, além de
também ser classificado como uma potência regional e de manter sua hegemonia
regional na Península Arábica. O país é membro do Conselho de Cooperação dos Estados
Árabes do Golfo Pérsico, da Organização da Conferência Islâmica, do G20 e
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).[10] A economia saudita é
amplamente apoiada por sua indústria de petróleo, que responde por mais de 95% das
exportações e 70% das receitas do governo, embora a parte da economia que não
depende do setor petrolífero tenha crescido nos últimos tempos.

Etimologia
Depois da unificação dos reinos de Hejaz e Négede, o novo Estado foi nomeado al-
Mamlakah al-Arabīyah as-Suūdīyah (em árabe: ‫ )المملكة العربية السعودية‬por decreto real em 23
de setembro 1932 pelo fundador do país, o rei Abdul Aziz Al Saud. Isto é normalmente
traduzido como "Reino da Arábia Saudita",[11] ainda que literalmente signifique "Reino
Árabe Saudita".[12]
A palavra Saudi é derivada de as-Suʻūdīyah no nome em árabe do país, que é um tipo de
adjectivo conhecido como um nisba, formado a partir do nome da dinastia Al Saud (‫)آل سعود‬.
Sua inclusão indicou que o governante do país considerava-o como posse pessoal da
família real.[13][14] Al Saud é um nome árabe formado pela adição da palavra Al, que significa
"família de" ou "Casa de",[15] ao nome pessoal do antepassado da família Al Saud, no caso,
o pai do fundador da dinastia no século XVIII, Muhammad bin Saud.[16]

História
Ver artigo principal: História da Arábia Saudita

Pré-história
Estela antropomórfica (4º milênio a.C.), arenito, 57x27 cm,
de El-Maakir-Qaryat al-Kaafa (Museu Nacional de Riade)
Há evidências de que a habitação humana na Península Arábica remonta a cerca de 125
mil anos atrás.[17] Um estudo de 2011 descobriu que os primeiros humanos modernos a se
espalharem para o leste pela Ásia deixaram a África cerca de 75 mil anos atrás através
do Babelmândebe conectando o Chifre da África e a Arábia.[18] A Península Arábica é
considerada uma figura central na compreensão da evolução e dispersão dos hominídeos.
A Arábia passou por uma flutuação ambiental extrema no Quaternário que levou a
profundas mudanças evolutivas e demográficas. A Arábia tem um rico registro
do Paleolítico Inferior, e a quantidade de sítios semelhantes a Oldowan na região indica
um papel significativo que a Arábia desempenhou na colonização inicial de hominídeos na
Eurásia.[19]
No período Neolítico, floresceram culturas proeminentes como a Al-Magar, cujo centro
ficava no sudoeste moderno de Négede. Al-Magar pode ser considerado como uma
"Revolução Neolítica" no conhecimento humano e nas habilidades manuais.[20] A cultura é
caracterizada como uma das primeiras do mundo a envolver a domesticação generalizada
de animais, particularmente o cavalo, durante o Neolítico.[21]
Em novembro de 2017, cenas de caça mostrando imagens de cães provavelmente
domesticados, semelhantes ao cão-de-canaã, usando coleiras foram descobertas em
Shuwaymis, uma região montanhosa do noroeste da Arábia Saudita. Essas gravuras
rupestres datam de mais de 8 mil anos, tornando-as as primeiras representações de cães
no mundo.[22]
No final do IV milênio a.C., a Arábia entrou na Idade do Bronze após testemunhar
transformações drásticas; os metais foram amplamente usados e o período foi
caracterizado por seus cemitérios de 2 m de altura, que foram simultaneamente seguidos
pela existência de vários templos, que incluíam muitas esculturas independentes
originalmente pintadas com cores vermelhas.[23]

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