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Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o
conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: Esta é 1ª aula de um conjunto de 3 planos de aula com


foco em análise linguística, semiótica e escrita compartilhada. A finalidade
desse conjunto de planos é ampliar conhecimentos sobre as letras do
alfabeto através da escrita dos próprios nomes reconhecendo e
identificando suas respectivas letras (grafemas) e seus sons (fonemas),
favorecendo aos alunos evolução nas estratégias do SEA.
Materiais necessários: Alfabeto móvel, cartolinas, caneta hidrocor, papel
pardo.
Dificuldades antecipadas: Como as crianças encontram-se no início do
ciclo de alfabetização apresentando níveis de hipóteses de escritas
diversificadas como pré-silábicos, silábicos sem valor sonoro ou com valor
sonoro, podem apresentar dificuldades para identificar o conjunto de
letras do alfabeto, saber nomeá-las e estabelecer relações entre letra e
som.
Referências sobre o assunto:
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985.
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1985.
KATO, Mary A. (org.) A concepção da escrita pela criança. Campinas:
Pontes, 1988.

Título da aula

Tempo sugerido: 1 minuto.


Orientações: Relate para a turma a proposta da aula: ler e escrever seu
próprio nome e o nome dos colegas.

Introdução

Tempo sugerido: 10 minutos.


Orientações:
1- A atividade será introduzida por meio de um levantamento dos
conhecimentos prévios acerca da escrita do nome próprio e do nome dos
colegas da classe, inicialmente trabalhe apenas com o primeiro nome de
cada aluno.

2- Organize a classe em um círculo. Inicie a aula apresentando o slide com


a quadrinha popular e a imagem do menino.

“SENTADO NUMA CADEIRINHA


SEU LINDO NOME ESCREVI
LEMBRANDO LETRA POR LETRA
SUSPIRANDO ADORMECI.
(Quadrinha Popular)”

3- Leia para os alunos a quadrinha demarcando as palavras que estão


sendo lidas.

4- Explore, através de conversas, o que o menino fala que vai escrever.

5- Chegue a conclusão com os alunos que a quadrinha fala sobre a escrita


do nome. Cada um tem nome, ele é nossa identidade pessoal, nos
identifica quando estamos em grupos.

6- Observem a ilustração ao lado da quadrinha. O menino pensou na


escrita de um nome.

Alguém consegue ler o nome que está escrito?

Quantas letras aparecem nesse nome?

Alguém tem o nome parecido com esse?

Qual é a primeira letra desse nome?

Qual a última letra desse nome?

Aqui tem alguém que também começa o nome com essa letra?
7- Agora cada um pense em seu nome.

Quem sabe a primeira letra do seu próprio nome? (Nesse momento, os


alunos que conseguirem irão levantando suas hipóteses sobre a letra
inicial do seu próprio nome). Já estamos levantando os conhecimentos
prévios que os alunos têm acerca do próprio nome, bem como estamos
realizando reflexões e comparações.

8- Agora, iremos conversar sobre nosso nome.

 Quem já consegue escrever seu próprio nome?


As situações de escrita do nome diferenciam-se de outras em que as
crianças escrevem de acordo com suas hipóteses de escrita (as situações
de escrita espontânea). No que se refere à escrita do próprio nome,
espera-se, que, quanto antes, os alunos dominem de memória a escrita
convencional, o que lhes permitirá utilizar tal palavra em contextos em
que a escrita correta se faz necessária: para personalizar suas atividades,
desenhos, para identificar objetos que lhe pertence, etc.

 E quem já consegue escrever o nome dos colegas?


9- Após o levantamento dos conhecimentos prévios, organize os alunos
em duplas de modo que se formem grupos produtivos, ou seja, que
apresentam saberes acerca do sistema alfabético de escrita próximo,
porém diferentes. Por exemplo: sugere-se a formação de grupos entre
alunos pré-silábicos e os silábicos sem valor sonoro e com valor sonoro. E
também os silábicos podem se agrupar com os silábico-alfabético, que por
sua vez também funcionam bem com os alfabéticos.

10- Disponibilize para cada dupla um alfabeto móvel e uma tira retangular
de papel, onde cada aluno construirá seu nome com o alfabeto móvel
mostrando ao colega as letras que são necessárias.

11- Após a construção dos nomes com as letras móveis, cada aluno
copiará seu nome na tira retangular.
12- Solicite que cada aluno retorne na roda com seu respectivo nome
escrito na tira.

Material complementar: Letras para impressão do alfabeto móvel clique


aqui.
Folha para impressão com as tiras para escrita dos nomes clique aqui.
Observações:
 Caso você encontre alunos que não saibam escrever seus respectivos
nomes, disponibilize crachá, ficha com os nomes dos alunos para terem
uma referência. Sendo assim, será necessário auxiliá-lo na construção
do mesmo mostrando letra a letra, fazendo com que o aluno levante
hipóteses de quais letras utiliza para escrever seu nome. Exemplo: O
aluno chama-se PEDRO.
 Qual é a primeira letra do seu nome?
 Você sabe o nome desta letra? Ela chama-se P.
 Seu nome também tem outras letras. Encontre a letra E para
formarmos a sílaba PE.
 Agora, procure a letra D. Encontre também a letra R e a letra O.
 Vamos montar seu nome e a agora vamos contar quantas letras tem e
quais são essas letras? Auxilie o aluno nessa construção. Depois peça
que ele escreva o seu nome na tira.
2. Para melhor fundamentação teórica sobre os benefícios de trabalhar
com os nomes dos alunos sugerimos que acesse os links: clique
aqui e clique aqui.
Observações: O nome é parte da identidade de cada um e, como tal, tem
valor intrínseco. Por isso, ler e escrever o próprio nome e o dos colegas
são aprendizagens que carregam um significado emocional importante.
Além disso, os nomes assumem grande valor para a aprendizagem do
sistema alfabético, pois, a partir de situações em que é preciso ler ou
escrever seu próprio nome ou o do colega, colocam-se problemas
interessantes que contribuem para ampliar os conhecimentos dos alunos
sobre a organização do sistema de escrita alfabético.

Desenvolvimento
Tempo sugerido: 30 minutos
Orientações:
1- Confeccione antecipadamente a lista com os nomes dos alunos em
papel pardo ou outro papel para expor e explorar juntamente com os
alunos as escritas dos nomes.

2- Para a confecção da lista algumas considerações são importantes:

- Cada nome deve constar em uma linha;

- Todos os nomes devem estar alinhados à esquerda (pois isso facilita a


comparação entre a quantidade de letras de cada nome);

O tamanho da letra utilizada deve ser grande o suficiente para facilitar a


consulta (a letra de fôrma maiúscula é a mais indicada); apenas os nomes
escritos devem constar na lista, nessa fase evite o uso de fotos e
desenhos.
Converse com os alunos fazendo um levantamento prévio sobre a
importância de ter uma lista com os nomes dos alunos da classe; qual a
melhor forma de organizar a lista com os nomes (é interessante que
cheguem à conclusão de que a melhor forma seja a ordem alfabética);

3- A tira que foi confeccionada pelos alunos ficará com os mesmos


durante a conversa sobre os nomes na lista, pois assim os alunos poderão
observá-los e utilizá-los durante as reflexões.

Atenção, professor:
As listas de palavras são modelos estáveis de escrita e, por isso, servem
para que as crianças sempre recorram a elas quando necessário. Na
alfabetização, a escrita é vista como algo muito maior do que um código.
Ela não serve só para ser decifrada, mas também para permitir que as
pessoas se comuniquem. Para que isso aconteça, o processo de
alfabetização deve se preocupar em ensinar o sistema de escrita e
também da linguagem em seus usos sociais.

Diante disso, cabe à escola proporcionar às crianças atividades


significativas para que enxerguem sentido em aprender a ler e a escrever.
As listas de palavras e de nomes são adequadas para o início do processo
de aquisição da base alfabética o qual estamos inseridos.

Em nossa rotina, escrevemos e lemos listas. Entre elas, estão a de compras


do mercado, de convidados para um aniversário ou de atividades que
temos programadas para o dia. Portanto, se apropriar desse recurso de
elencar conteúdos é significativo para as crianças, porque ele tem uma
função social.

Mas o que significa trabalhar com os próprios nomes das crianças em


forma de lista? Muita coisa! O nome é pessoal, então, faz sentido
aprender a ler e a escrevê-lo logo de início, fazendo com que essa lista
seja a primeira a ser construída no ano. Utilizar a lista de nomes é uma
valiosa fonte de informação para a criança, pois elas indicam que, para a
escrita de determinado nome, é preciso um conjunto de letras específico;
ao considerar o conjunto de nomes dos colegas, as crianças observam que
todos eles são escritos somente com as letras do alfabeto, não há
grafismo inventados para cada nome; é possível observar que as letras
não são partes exclusivas de um único nome, as mesmas podem estar
presentes em diferentes nomes de colegas; os nomes também tornam
explícito que a ordem das letras nas palavras não é aleatória e que existe
um sentido convencional para leitura; a leitura e escrita de nomes ajudam
a compreender, também, o valor sonoro convencional das letras, sua
forma gráfica e sua ordem no alfabeto.

Sugestão:
Realize reflexões de forma que os alunos possam perceber semelhanças e
as diferenças (quantidades de letras, quais as letras, quais os sons, etc).

Com a lista dos nomes de todos os alunos da classe, pergunte:

Pergunte um a um onde está seu nome na lista, deixando-os irem até a


lista sinalizar.

Todos os nomes começam com as mesmas letras?

Qual é o primeiro nome da lista?

Exemplo: AMANDA

Por que ele é o primeiro?

Com qual letra ele inicia?

Que nomes começam com a letra B?

Exemplo: BRUNO e BEATRIZ.

Quantas letras tem cada um desse nomes? Vamos contar?

BRUNO

BEATRIZ
Alguém sabe me dizer porque na lista aparece BEATRIZ antes do nome do
BRUNO?

Levante reflexões acerca da importância da ordem alfabética para


escrever a lista de nomes.

Quantos alunos começam seus nomes com a letra P. Vamos ler: PATRÍCIA,
PAULO, PEDRO, PIETRO.

Todos os nomes começam com a letra P.

O que precisamos observar na escrita dos nomes para colocá-los na


ordem alfabética?

E quando o nome tem a mesma sílaba inicial como PATRíCIA e PAULO que
letra precisamos observar para colocar na ordem alfabética?

E as letras finais dos nomes, vamos observá-las?

Todos os nome terminam com a mesma letra?

Chame um aluno e pergunte para ele se consegue encontrar o nome da


colega. Exemplo do nome: MARIANA

Procure na lista onde está escrito o nome da MARIANA? Se o aluno


conseguiu descobrir pergunte: Como você conseguiu adivinhar?

Que letra aparece no início deste nome?

Quantas letras tem esse nome?

Qual é a última letra?

Vamos falar esse nome para descobrir quantas sílabas tem? Coloque um
dedinho na boca para cada som. MA – RI – A – NA

Teremos também situações de encontrarmos nomes semelhantes.

Exemplo: MARIA e MARIANA


Chame a atenção dos alunos para observarem:

Quantas letras têm no nome de MARIA?

Vejam só o nome da MARIA e MARIANA começam com as mesmas letras e


terminam com as mesmas letras, mas porque não são iguais? Alguém
consegue me explicar?

Que letras se repetem nos nomes da MARIA e MARIANA?

Qual é a sílaba que deixa o nome da MARIANA diferente?

Podemos também nos deparar com os nomes MARIA CLARA e MARIA


LUÍSA. Nesse caso iremos realizar as mesmas intervenções, refletindo
sobre as quantidades de letras, as semelhanças e diferenças nas escritas.
Mas também será importante problematizar, situações que os alunos
percebam que há necessidade de registrar o segundo nome. Exemplo:

E agora, temos dois nomes que começam iguais. Quais são eles?

MARIA CLARA e MARIA LUÍSA

Quem consegue descobrir as diferenças entre eles?

Como faço para diferenciar um nome do outro?

O que vamos precisar observar?

Que nome escrevemos primeiro na lista MARIA CLARA ou MARIA LUÍSA?

Se estamos organizando nossa lista de nomes em ordem alfabética, o que


será necessário observar para colocar os nomes das meninas na sequência
correta do alfabeto?

Precisaremos observar o segundo nome CLARA e LUÍSA? Ou apenas o


primeiro nome?

Que letra aparece primeiro no alfabeto C ou L?


Fechamento

Tempo sugerido: 10 minutos.


Orientações:
1-Exponha a lista em um lugar visível na classe. Realize a leitura
coletivamente de cada nome.

Atenção: A criança compreende o sistema alfabético na prática de leitura,


sendo assim, você precisa ensiná-la a ler e dar-lhe condições de resolver
problemas que permitam que ela avance como leitora e escritora,
confrontando-se com as escritas desde o início da alfabetização. É o
contato com o texto que permite ao aluno refletir sobre o funcionamento
do sistema de escrita.
Tais estratégias são postas em prática pelas crianças sempre que tentam
"ler", mesmo sem saber ler. "Elas antecipam o que pode estar escrito.
Como ainda não dominam o sistema, estão o tempo todo usando
informações sobre a escrita do próprio nome, do nome dos colegas ou
outros que trazem da própria experiência. A criança compara as palavras,
seleciona, olha para todas as pistas e só então verifica o que está escrito.

As atividades de leitura deve considerar os diferentes níveis de


compreensão dos alunos e uma mesma atividade pode-se propor desafios
diferentes para cada um. Dessa forma, todos os alunos encontram
problemas a resolver na atividade uns ocupam-se em encontrar pistas
para descobrir as palavras solicitadas, utilizando estratégias de leitura e o
conhecimento do valor sonoro convencional de algumas letras.

Como as crianças ainda não sabem decodificar completamente os textos


escritos, utilizam estratégias antecipatórias de leitura para descobrir o que
está escrito, como as letras iniciais, finais ou mediais das palavras.

Decodificação e seleção são duas estratégias de leitura, mas ainda existem


outras: a antecipação, a inferência e a verificação.
As crianças sabem qual é a palavra que devem procurar, e algumas a
identificam no meio das outras da lista. Porém, não conseguem justificar
sua escolha, ou seja, não conseguem passar do plano da ação para o plano
do discurso. Por isso o professor deve ajustar o desafio às possibilidades
de aprendizagem do grupo. As crianças só avançam na compreensão
sobre o funcionamento do sistema de escrita se tiverem bons problemas
para pensar, para refletir e rever suas hipóteses. Um bom desafio deve
estar entre o possível e o difícil. Organizar a situação didática de tal forma
que provoque a reflexão que os levará a descobrir o que está escrito.

2-Chame um aluno por vez aleatoriamente e solicite que leia o nome da


lista seguindo a ordem alfabética, demarcando com o dedo onde está
lendo, realizando assim procedimentos de leitura de ajuste.

Exemplo:

Procure na lista onde aparece o nome da AMANDA.

Com qual letra começa esse nome?

Com qual letra termina esse nome? Quantas letras tem?

Outro aluno:

Leia o nome que aparece abaixo do nome da Amanda?

Com qual letra ele começa?

De quem você acha que é esse nome?

Quantas letras tem esse nome?

Outro aluno:

Depois do nome do BRUNO, qual é o outro nome que aparece?

Quantas letras tem esse nome?

A primeira letra é consoante ou vogal?

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