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(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Lichinga
2024
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Saugineda da conceição António José
(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Lichinga
2024
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índice
1.Introdução..........................................................................................................................................3
1.1.Objectivo Geral:.............................................................................................................................3
1.1.1.Objectivo especifico:...............................................................................................................3
2.Contextualização...............................................................................................................................4
2.1.Codigo Posterior ou arrependimento posterior...........................................................................4
2.2.Arrependimento posterior e a pessoalidade na reparação do dano ou restituição da
coisa......................................................................................................................................................4
3.Conceito de código...........................................................................................................................5
3.1.ARTIGO 7......................................................................................................................................6
3.2.ARTIGO 30....................................................................................................................................6
3.3. Artigo 444.....................................................................................................................................6
3.4.Artigo 445......................................................................................................................................7
3.4.1.(Corrupção activa)...................................................................................................................7
3.5.Artigo 446O....................................................................................................................................7
3.5.1.Reparação do dano ou restituição da coisa..............................................................................7
4.Crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa............................................................8
5.Evolução histórica da reparação do dano e origem do arrependimento posterior............................8
5.1.A diferença entre arrependimento eficaz e arrependimento posterior...........................................9
6.Secção III.........................................................................................................................................10
6.1.Dispensa de pena ARTIGO 78.................................................................................................10
6.1.2.(Dispensa de pena).............................................................................................................10
7.Secção IV........................................................................................................................................10
7.1.Penas acessórias e efeitos das penas ARTIGO 79....................................................................10
8.Artigo 81.........................................................................................................................................10
8.1.(Regra de conduta)....................................................................................................................10
8.2.Artigo 124....................................................................................................................................11
8.2.1.(Regras da punição de concurso)...........................................................................................11
9.Artigo 142.......................................................................................................................................11
9.1.(Pressupostos e duração)..........................................................................................................11
10.Artigo 155.....................................................................................................................................12
10.1.(Extinção do procedimento criminal, das penas e das medidas de segurança)......................12
14. Conclusão.....................................................................................................................................13
15.Bibliográfia....................................................................................................................................14
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1.Introdução
1.1.Objectivo Geral:
Pôr em pratica a legislação no contesto global dos considadãos que de modo
regular ou inregular venham reconhecer a existencia da lei.
1.1.1.Objectivo especifico:
Respeitar os direitos e deveres da sociedade,
Cumprir com as escrituras da lei.
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2.Contextualização
2.1.Codigo Posterior ou arrependimento posterior
É causa obrigatória de redução de pena, tendo sido instituído na parte geral do CP sob
fundamento eminentemente político.
Com a devida máxima vênia, ousa-se discordar destes renomados autores. Pois bem, a
maioria da doutrina pátria preceitua que a pessoalidade é requisito para o
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reconhecimento do arrependimento posterior. Para esses, o agente não deve beneficiar-
se com a causa obrigatória de diminuição prevista voluntariamente, pois a necessidade
de ter consentido em uma reparação de dano ou restituição de coisa efetuada por um
terceiro.
Apesar dessa manifestação doutrinária, o que se vê na norma não é tal exigência, não
sendo prevista qualquer alusão à pessoalidade mencionada o “reparado o dano ou
restituída a coisa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
terços”.
3.Conceito de código
Para a elaboração de um código, não basta apenas juntar quaisquer leis sem buscar,
nessa junção, algum sentido maior; pois a construção de um código traz dentro de si um
conhecimento científico e apurado do Direito. É fundamental que haja organização
harmônica entre as partes que ali serão vinculadas. Podemos imaginar o código como
um corpo humano em que cada parte isolada constitui um todo. Assim, as leis nele
escritas não podem se contradizer e, o mais importante, não podem ferir a nossa
Constituição, já que esta é a lei maior do nosso país e está, hierarquicamente, acima de
todas as outras, inclusive das leis contidas nos códigos.
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tipos legais de crime, alterações na redacção e nas
molduras penais e incorporação de matérias que
constavam de legislação avulsa. Sobretudo, adoptou o
movimento da descriminalização e a preferência por
penas não privativas de liberdade à pena de prisão,
passando a situar no Homem a sua dimensão máxima.
3.1.ARTIGO 7
(Interpretação e integração da lei penal)
3.2.ARTIGO 30
(Responsabilidade penal das pessoas colectivas e entidades equiparadas)
1. As pessoas colectivas e entidades equiparadas, com excepção do Estado, de pessoas
colectivas no exercício de prerrogativas de poder público e de organizações de direito
internacional público, são responsáveis pelos crimes previstos neste Código e demais
legislação específica, quando cometidos:
a) Em seu nome e no interesse colectivo por pessoas que nelas ocupem uma posição de
direcção;
ou b) por quem actue sob a autoridade das pessoas referidas na alínea anterior em
virtude de uma violação dos deveres de vigilância ou controlo que lhes incumbem.
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2. Estão abrangidas no conceito de pessoas colectivas no exercício de prerrogativas de
poder público as entidades públicas empresariais, as entidades concessionárias de
serviços públicos, independentemente da sua titularidade, os institutos públicos e outras
assim definidas por lei.
3. Para efeitos de responsabilidade penal, consideram-se entidades equiparadas a
pessoas colectivas as associações de facto e as sociedades civis e comerciais.
3.4.Artigo 445
3.4.1.(Corrupção activa)
1. Quem por si ou, mediante o seu consentimento ou ratificação, por interposta pessoa
der ou prometer a pessoa prevista no artigo anterior, ou a terceiro com conhecimento
daquela, vantagem patrimonial ou não patrimonial, que lhe não seja devida, para
prosseguir o fim aí indicado é punido com pena de prisão até 2 anos e multa até 1 ano.
2. Se a conduta prevista no número anterior visar obter ou for idónea a causar uma
distorção da concorrência ou um prejuízo patrimonial para terceiros, o agente é punido
com pena de prisão até 5 anos e multa até 1 ano. 3. A tentativa é punível.
3.5.Artigo 446O
3.5.1.Reparação do dano ou restituição da coisa
O dano moral reparado dar ensejo ao reconhecimento do benefício aqui tratado, haja
vista a previsão genérica – reparação do dano – e o Princípio do Favor Rei:
“O princípio do favor rei, também conhecido como princípio do favor inocentiae, favor
libertatis, ou in dubio pro reo, podendo ser considerado como um dos mais importantes
princípios do Processo Penal, pode-se dizer que decorre do princípio da presunção de
inocência”.
Da premissa acima, conclui-se que em todos os crimes em que não houver sido
praticada violência ou grave ameaça contra pessoa, o arrependimento posterior restará
reconhecido. Consequentemente, é cediço na doutrina que se o agente emprega
violência contra a coisa o arrependimento posterior não será afastado.
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presentes os requisitos para o reconhecimento do arrependimento posterior, mesmo,
porque, o juiz deve atrelar-se aos fatos, não às definições jurídicas elencadas na peça
inicial.
Em 1890 adveio o Código Penal da República, nesse compêndio foi inserido o Título III
que tratava da Responsabilidade criminal; das causas que dirimem a criminalidade e
justificam os crimes. No seu Título V era prevista – Das penas e seus efeitos, da
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aplicação e modo de execução a obrigação de indenizar o dano como efeito da
condenação.
O benefício legal é que o agente responde apenas pelos atos praticados, não
respondendo nem pela forma tentada do crime. Todavia, para que seja possível a
concessão do benefício devem ser atendidos os requisitos da voluntariedade e da
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eficácia. Pelo primeiro, o agente deve tentar impedir ou desistir da consumação do
crime sem coação física ou moral para isso. Pelo segundo, é imprescindível que a
atuação benéfica do agente evite o resultado normal do crime.
Ambos têm natureza jurídica de causa de exclusão da tipicidade, por isso, alguns
penalistas se referem a esses institutos como “ponte de ouro”, pois permitem o agente
retornar à seara da licitude.
6.Secção III
6.1.Dispensa de pena ARTIGO 78
6.1.2.(Dispensa de pena)
Salvo casos especialmente previstos, quando o crime for punido com pena de prisão não
superior a três meses, pode o tribunal declarar o réu culpado, mas não aplicar qualquer
pena se: a) a ilicitude do facto e a culpa do agente forem diminutas; b) o dano tiver sido
reparado; e c) à dispensa de pena se não opuserem razões de prevenção.
7.Secção IV
7.1.Penas acessórias e efeitos das penas ARTIGO 79
(Princípios gerais) Nenhuma pena envolve como efeito necessário a perda de direitos
civis, profissionais ou políticos, nem priva o condenado dos seus direitos fundamentais,
salvo as limitações impostas por lei inerentes ao sentido da condenação e as exigências
específicas da respectiva execução.
8.Artigo 81
8.1.(Regra de conduta)
1. O tribunal pode ordenar ao agente que adopte certas providências, designadamente as
que forem necessárias para fazer cessar a actividade ilícita ou evitar as suas
consequências. 2. Nomeadamente, pode o tribunal impor ao condenado que, entre 2 a 6
anos: a) não exerça determinada profissão, actividade ou ofício que dependa de
habilitação especial, licença ou autorização do poder público; b) não frequente certos
meios ou lugares; c) não resida em certos locais; d) não acompanhe, aloje ou receba
determinadas pessoas; e) não frequente certas associações ou não participe em
determinadas reuniões; f) não tenha em seu poder objectos capazes de facilitar a prática
de crimes; ou g) se apresente periodicamente perante o tribunal, o técnico de reinserção
social ou entidades de interesse. 3. Não conta para o prazo de proibição o tempo em que
o agente estiver privado da liberdade por decisão judicial.
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8.2.Artigo 124
8.2.1.(Regras da punição de concurso)
9.Artigo 142
9.1.(Pressupostos e duração)
1. Posto que não seja por qualquer dos crimes referidos no artigo 69, o tribunal pode,
por um período de 1 a 5 anos, suspender a execução da pena de prisão aplicada em
medida não superior a 2 anos se, atendendo à personalidade do agente, às condições da
sua vida, à sua conduta anterior e posterior ao crime e às circunstâncias deste, concluir
que a simples censura do facto e a ameaça da prisão realizam de forma adequada e
suficiente as finalidades da punição. 2. O tribunal, se o julgar conveniente e adequado à
realização das finalidades da punição, subordina a suspensão da execução da pena de
prisão, nos termos dos artigos seguintes, ao cumprimento de deveres ou à observância
de regras de conduta, ou determina que a suspensão seja acompanhada de regime de
prova. 3. Os deveres, as regras de conduta e o regime de prova podem ser impostos
cumulativamente. 4. A decisão condenatória especifica sempre os fundamentos da
suspensão e das suas condições.
10.Artigo 155
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10.1.(Extinção do procedimento criminal, das penas e das medidas de segurança)
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14. Conclusão
Neste trabalho, percebemos como foi exposto, para se auferir o benefício faz-se
necessária a constituição de determinados requisitos mencionados no texto legal: crime
cometido sem violência ou greve ameaça, reparação do dano até o recebimento da
denúncia ou queixa e voluntariedade do ato de reparação/restituição. Nessa esteira,
várias questões controvertidas foram apresentadas, dando-se maior relevo a que diz
respeito à exigência da pessoalidade na reparação do dano ou restituição da coisa para
concessão da benesse.
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15.Bibliográfia
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Rio de Janeiro: Impetus, 2008.
JESUS, Damásio E. Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2003.
NUCCI, Guilherme de Sousa. Código penal comentado. São Paulo: Revista dos
tribunais, 2009.
PRADO, Luiz Régis. Curso de direito penal brasileiro; parte geral. São Paulo:
Revista dos tribunais, 2002.
Constituição da República de Moçambique.
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