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Língua Portuguesa

e Matemática
Professor
Maio/Junho - 2024
SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás

APRESENTAÇÃO

O REVISA GOIÁS é um material didático estruturado e articulado para apoiar as ações de recomposi-
ção das aprendizagens. A elaboração desse material tem como base os Documentos Curriculares, a Matriz
de Referência SAEB, bem como os resultados das avaliações externas, uma vez que é importante identifi-
car pontos de atenção nesses resultados, objetivando desenvolver uma aprendizagem efetiva. Na elabo-
ração das atividades propostas, são consideradas as habilidades de cada ano/série e, ainda, por se tratar
de um material que visa a recomposição da aprendizagem, considera-se, também, as habilidades básicas
dos anos/séries anteriores.

O material é elaborado bimestralmente e apresenta, de modo intencional, uma gradação como um ca-
minho para que, com a mediação do(a) professor(a), o(a) estudante tenha a oportunidade de desenvolver
as atividades propostas e, dessa forma, aprender cada vez mais e avançar em proficiência. Além disso, o
uso do material otimiza o tempo do(a) professor(a) durante o planejamento de suas aulas. Nessa pers-
pectiva, é de grande relevância o trabalho do(a)professor(a) para que a aplicabilidade deste material seja
concretizada com êxito.

O REVISA GOIÁS será enviado em quatro volumes. Assim, uma versão digitalizada de todo o material
será disponibilizada para que o(a) professor(a) utilize esse material em seu planejamento. O material de
Língua Portuguesa e Matemática, do(a) estudante, será impresso para o 8º e 9º anos do Ensino Fundamen-
tal e para todas as séries do Ensino Médio. O REVISA de Ciências da Natureza e Ciências Humanas do 9º
ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio será apenas em formato digital.

Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cien-
tes da necessidade de um ensino que desenvolva as habilidades curriculares para continuar avançando em
proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.

Desejamos a todos um excelente trabalho!

Núcleo de Recursos Didáticos (NUREDI)


Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC-GO)

Você também pode baixar o material pelo link:


https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CA-
fpwYsZnDlA78fyMX?usp=sharing
SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás

SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Semana 1 - Maio.................................................................................6
Semana 2 - Maio.................................................................................11
Semana 3 - Maio.................................................................................17
Semana 4 - Maio.................................................................................19
Semana 1 - Junho..............................................................................23
Semana 2 - Junho..............................................................................28
Semana 3 - Junho..............................................................................31
Semana 4 - Junho..............................................................................32

Matemática
Semana 1 - Maio.................................................................................44
Semana 2 - Maio.................................................................................47
Semana 3 - Maio.................................................................................54
Semana 4 - Maio.................................................................................56
Semana 1 - Junho..............................................................................60
Semana 2 - Junho..............................................................................65
Semana 3 - Junho..............................................................................72
Semana 4 - Junho..............................................................................75
Revisa Goiás

LÍNGUA PORTUGUESA
Prezado(a) professor(a), o material de Língua Portuguesa - REVISA GOIÁS - segue desenvolvendo a Recom-
posição da Aprendizagem dos(as) estudantes do Estado de Goiás, priorizando o currículo na elaboração das ati-
vidades propostas. É fundamental reforçar que todo o trabalho tem como centralidade o texto/gênero, objeto
de estudo da língua, considerando as práticas de linguagem que estão organizadas nos quatro grandes eixos:
Oralidade; Leitura/Escuta; Produção (escrita e multissemiótica) e Análise Linguística/Semiótica, articulados nos
Campos de Atuação, espaços em que tais práticas se realizam: Jornalístico Midiático; Vida Pública; Artístico-Li-
terário e Práticas de Estudo e Pesquisa.
As atividades, neste material, apresentam níveis de gradação, buscando, de início, ativar os conhecimentos
prévios dos(as) estudantes sobre o gênero textual em estudo. Elas também passam por uma ampliação para, en-
tão, sistematizar os conhecimentos. São contemplados também aspectos linguísticos relacionados aos Objetos de
Conhecimento / Conteúdos. A elaboração dessas atividades prioriza o desenvolvimento das Habilidades do Docu-
mento Curricular para Goiás - Etapa Ensino Médio (DCGO-EM), considerando a Base Nacional Comum Curricu-
lar (BNCC), além disso, retoma algumas Habilidades do Documento Curricular para Goiás (DCGO-Ampliado) dos
anos anteriores (6º, 7º, 8º e 9º) com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento da “Recomposição da Apren-
dizagem.” Em alguns momentos, o material apresenta atividades que são elaboradas atendendo a Matriz Saeb.
Na estruturação deste material, é apresentado um “quadro orientador” no início da SEMANA 1, que é reto-
mado a cada duas semanas de acordo com as atividades propostas. Nesse quadro, há a apresentação dos eixos
que norteiam o ensino de Língua Portuguesa: Leitura / Oralidade; Análise Linguística e Semiótica e Produção
Textual. As primeiras atividades de cada semana partem do “Contextualizando o gênero textual, o tema e o
campo de atuação”, com base na Prática de Oralidade / Leitura / Análise Linguística e Semiótica. Na sequência,
as atividades seguem partindo do “Ampliando os conhecimentos” com a Prática de Leitura / Análise Linguística e
Semiótica. As atividades mais complexas têm início com o “Sistematizando os conhecimentos”, novamente com a
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica.
No material, foram utilizadas três cores para indicar o nível de gradação das atividades elaboradas. Assim,
utilizou-se no GRUPO DE ATIVIDADES 1 a marcação amarela para indicar o “Nível Básico” de complexidade, no
GRUPO DE ATIVIDADES 2 a marcação azul para indicar o “Nível Operacional” e no GRUPO DE ATIVIDADES 3
a marcação rosa para indicar o “Nível Global”.
Considerando a complexidade desses níveis, por meio das atividades, são desenvolvidas as habilidades do
currículo e de recomposição de aprendizagem propostas no “quadro orientador”. Dessa forma, as atividades es-
tão divididas em: maio/semanas 1, 2, 3 e 4 - junho/semanas 1, 2, 3, e 4, sendo que a semana 3 de junho é a “Produ-
ção de Texto” e a 4, o “Revisitando a Matriz Saeb” com questões/itens. Vale ressaltar que a marcação do material
em “semanas” é uma forma de nortear o trabalho, no entanto, é você, professor(a), que decide a melhor maneira
de utilizá-lo em seu planejamento.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cientes da
necessidade de um ensino em Língua Portuguesa/Linguagem que desenvolva as habilidades curriculares para
continuar avançando em proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.

Um excelente trabalho a todos(as)!


Equipe de Língua Portuguesa do Núcleo de Recursos Didáticos / NUREDI

Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024


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CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO - SEMANA 1
Prática de Oralidade/Leitura
OBJETOS DE Gênero discursivo / textual: Anúncios propagandas (publicitários).
CONHECI- Linguagem do gênero discursivo. / Contexto de produção (época, objetivos, produtor/receptor), circulação e recepção
MENTO de textos.

(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens,
para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e seu
DCGOEM contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel so-
cial do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de
análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
HABILIDADES
(EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas
DC GO -
possibilidades de compreensão (e produção) de textos.
AMPLIADO
(EF69LP03-A) Compreender a relação de sentido entre imagem e texto verbal (multimodalidade) nos variados gêne-
PARA RECOM-
ros, por meio de recursos linguísticos e semióticos.
POSIÇÃO
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. /
MATRIZ SAEB
D5 - Interpretar um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
Prática de Análise Linguística e Semiótica

Gênero discursivo / textual: Anúncios propagandas (publicitários).


OBJETOS DE Contexto de produção (época, objetivos, produtor/receptor), circulação e recepção de textos./ Tema/assunto. / Ele-
CONHECI- mentos da comunicação. / Funções da linguagem./ Coesão sequencial, seleção lexical, substantivos abstratos e voca-
MENTO tivos. / Modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou orações
adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, terceira pessoa e voz passiva).

(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas
palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as pos-
sibilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
HABILIDADES (EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
DCGOEM que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais
que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou
orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização
(uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo
adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção.

HABILIDADES (EF69LP17-A) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários.
DC GO - (EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades apre-
AMPLIADO ciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios, locuções
PARA RECOM- adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira a perceber a
POSIÇÃO apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.

D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. D5 - Interpretar
um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)./ D8 Estabelecer relações entre
MATRIZ SAEB a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. / D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva presente no texto,
marcada por conjunções, advérbios etc. /
D1- Localizar informações explícitas em um texto.

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GRUPO DE ATIVIDADES
ATIVIDADES
Semana 1 - Maio 1. Antes de ler os textos, vamos conversar?
Professor(a), nesta semana, vamos trabalhar com o • Você já ouviu falar em anúncios publicitários, sabe
gênero “anúncio publicitário” do Campo Jornalístico- qual é a diferença entre propaganda e publicidade?
-Midiático. Esse é um gênero que prioriza promover • Você considera que os anúncios publicitários ven-
um produto, uma ideia e circula frequentemente pelos dem apenas produtos? Ou também vendem ideias?
meios de comunicação de massa. É de suma impor- • Quais são os lugares que você vê mais anúncios
tância dialogar com os(as) estudantes sobre as carac- publicitários?
terísticas do gênero e explorar o texto, considerando
linguagem, estrutura e, principalmente, a temática, • Quando você lê um desses anúncios você se sente
o contexto social, as funções da linguagem predomi- logo convencido(a) ou nem sempre?
nantes nos textos, bem como os aspectos linguísticos • Você vê mais anúncios publicitários com imagens
e semióticos. Nas atividades propostas são apresenta- ou sem imagens?
dos alguns objetos de conhecimento, mas você, profes-
sor(a), pode ir muito além, afinal, você conhece os(as) ► Conhecendo o gênero textual
estudantes e o contexto de sala de aula. Por isso, du-
rante o desenvolvimento destas aulas, você pode pedir Anúncio publicitário é um gênero textual que
que os(as) estudantes pesquisem e levem para a sala de busca promover um produto ou uma ideia e é cons-
aula anúncios diversos para leitura e análise coletiva. tantemente veiculado pelos meios de comunicação
Sugerimos que depois da leitura e análise seja criado de massa. Ele tem por objetivo divulgar serviços,
um mural em sala de aula com os textos escolhidos pe- ideias ou produtos. A linguagem empregada na sua
los(as) estudantes. composição dever ser clara, apelativa e criativa. Além
disso, esse gênero textual pode ser estruturado de
Caro(a) estudante, convidamos você a ler os tex- diversas maneiras, pois sua estruturação depende
tos com atenção, uma vez que é importante se apro- do que é anunciado, dos objetivos de quem anuncia
priar do gênero em estudo e da temática abordada. e da plataforma em que é veiculado. O anúncio pu-
Para isso, é preciso interpretar/compreender e fazer blicitário também pode ser classificado como verbal,
as possíveis inferências, pois esse passo a passo auxi- não verbal ou misto, podendo ser estruturado ape-
lia você na resolução das atividades propostas. nas com texto, apenas com imagens ou com a mescla
dos dois recursos. Além do mais, pode ser veiculado
em programações televisivas, redes sociais, plata-
Contextualizando o gênero formas de streaming, rádios, outdoors, jornais etc.
textual, o tema e o campo Geralmente, nos anúncios publicitários predomina a
de atuação função conativa/apelativa da linguagem para como-
ver e convencer seus receptores a consumirem ou
concordarem com o que é anunciado.
Prática de Oralidade / Leitura / Análise Linguística e Disponível em:https://www.portugues.com.br/redacao/anuncio-publicitario.html. Acesso em 06 de fev. 2024 (adaptado).

Semiótica As principais características do Anúncio Publi-


Professor(a), a primeira atividade requer o desenvol- citário são: caráter comercial / linguagem verbal e
vimento da prática de oralidade. Inspire os(as) estu- não verbal / linguagem simples / textos mais curtos,
dantes fazendo esta atividade junto com eles(as). Du- atrativos e persuasivos / humor, ironia e criatividade
rante esta prática, será levado em consideração o que / verbos no modo imperativo / figura e vícios de lin-
eles(as) já sabem sobre o gênero “anúncio publicitário”. guagem / uso de cores, imagens, fotografias.
Apresentamos a seguir alguns questionamentos como
um ponto de partida, mas você pode acrescentar ou-
tros se achar necessário.
O Campo Jornalístico-Midiático – envolve a
Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) para
compreensão de fatos e circunstâncias conside-
aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos
rando a produção de textos jornalísticos variados,
estudar o gênero “anúncio publicitário”. Vamos lá?
destacando seus contextos de produção e caracte-
rísticas dos gêneros discursivos.

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Leia os textos. o mundo/natureza. Na imagem aparece, ainda, um tex-


Texto I to escrito (palavras, sigla). Pode ser observada também
a cor verde destacando o “Dia mundial da água.” Já no
texto II, predomina a cor verde, há a imagem de duas
mãos aparando uma provável “gota” d’água” e pode-se
inferir que dentro dessa gota está o mundo/natureza.

3. O Texto I e o Texto II apresentam imagens idênticas.


O que não aparece no Texto II?
O que não aparece no Texto II é o texto escrito (palavras/
sigla).

4. O anúncio publicitário pode ser um texto “verbal”,


isto é, aquele que apresenta palavras escritas, “não
Dia Mundial da Água verbal”, aquele que tem imagens/cores e não apresenta
palavras escritas. Esse texto também pode ser verbal
(palavras escritas) e não verbal (imagens), nesse caso,
pode ser chamado de “misto”. Esse gênero ainda pode
ser “oral”, por exemplo, quando é veiculado no rádio.
Qual dos textos apresenta apenas a linguagem “não
verbal”?
O Texto II apresenta apenas a linguagem não verbal.
Disponível em:https://g1.globo.com/ba/bahia/especial-publicitario/green-tech-innovation/noticia/2023/03/21/dia-mundial-da-a-
gua-uma-fonte-de-vida.ghtml. Acesso em: 8 fev. 2024.
5. No texto: “Sem água não há vida!”, as palavras desta-
Texto II cadas quanto às classes gramaticais são:
( ) verbos ( ) adjetivos
( ) pronomes ( ) substantivos
As palavras destacadas são substantivos.

GRUPO DE ATIVIDADES

ampliando
os conhecimentos
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-agua.htm. Acesso em: 8 fev. 2024.
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
2. O anúncio publicitário é um gênero textual que bus-
ca promover uma ideia, vender um produto, divulgar Releia o Texto I para responder às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
serviços. Esse gênero veicula geralmente nos meios
de comunicação de massa: revistas, jornais, rádio, te- 6. Todo texto é escrito com o objetivo de comunicar
levisão e internet. Ainda podem ser encontrados, por algo aos seus leitores. O Texto I foi escrito com qual
exemplo, em panfletos, outdoors, faixas ou cartazes na objetivo?
rua, no ônibus. A principal característica desse tipo de O Texto I foi escrito com o objetivo de divulgar o Dia
texto é o convencimento, a persuasão do consumidor Mundial da Água (22 de março).
para a compra de um produto ou serviço. Assim, os pu-
blicitários, isto é, aqueles que produzem os “anúncios 7. Qual é a principal informação do Texto I?
publicitários”, utilizam diversas ferramentas discursi- A principal informação é mostrar que sem água não
vas, como linguagem simples, humor, uso de imagem. existe vida no mundo.
Descreva o que você vê no Texto I e no Texto II.
Espera-se o(a) estudante perceba os seguintes pontos: 8. O Texto I consegue convencer/persuadir o leitor?
No texto I, predomina a cor azul em vários tons, a ima- Justifique.
gem de duas mãos aparando a imagem de uma provável Espera-se que o(a) estudante responda que sim e justi-
“gota” d’água. Dentro da gota d’água, é possível inferir fique argumentando que, além das imagens, das cores,
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o texto traz a mensagem escrita e esse aspecto torna o 13. No trecho: “...como ficar sem o WhatsApp, por
texto mais persuasivo (ferramenta discursiva). exemplo.”, o operador argumentativo por exemplo
com a finalidade de mostrar ao interlocutor as possibi-
9. O verbo é uma palavra que exprime ação, estado, lidades que ele terá ao adquirir o produto, estabelece
mudança de estado, fenômeno da natureza, desejo, uma relação de
ocorrência. O verbo “haver” quando tem sentido de
(A) adição. (D) explicação.
“existir”, “acontecer”, realizar-se”, “fazer” (em orações
temporais), é impessoal. Por isso, sempre precisa ficar (B) condição. (E) exemplificação.
na 3ª pessoa do singular. Retire do trecho: “Sem água (C) conclusão.
não há vida!”, o verbo que pode ser substituído por Gabarito E.
“existir”, sem alterar o sentido.
O verbo é: ‘há’. 14. No texto em análise predomina a linguagem
( ) verbal ( ) não verbal
10. Construa um comentário, justificando por que to-
( ) verbal e não verbal (mista).
dos os organismos vivos na Terra dependem da água
para sustentar sua existência. No texto predomina a linguagem verbal e não verbal,
ou seja, mista.
Resposta pessoal.
15. Por meio da linguagem, também realizamos dife-
Leia o texto. rentes ações: tentamos convencer o outro a fazer (ou
dizer) algo, transmitimos informações, ordenamos,
Texto III pedimos, demonstramos sentimentos, assumimos
compromissos, construímos representações mentais
sobre o mundo, enfim, pela linguagem organizamos o
nosso dia a dia, a nossa vida... Nos anúncios publicitá-
rios, geralmente, predomina uma função da linguagem
que busca transmitir uma mensagem com o objetivo de
persuadir/convencer o interlocutor a aceitar uma ideia,
ou vender um produto. Que função é esta?
(A) Função referencial ou denotativa: o foco da men-
sagem é na informação, nesse caso, a intenção é
transmitir ao interlocutor dados da realidade de uma
forma direta e objetiva, priorizando as palavras em-
pregadas em seu sentido real/denotativo.
(B) Função poética: a intenção do produtor do texto
está voltada para a construção da mensagem, priori-
zando uma linguagem mais elaborada com elemen-
tos expressivos, como a sonoridade, o ritmo, os sen-
Disponível em: https://revistas.unipam.edu.br/index.php/cratilo/article/view/3894/1450. Acesso em: 9 fev. 2024.
tidos conotativos.
11. Nesse anúncio publicitário, é possível perceber (C) Função conativa (apelativa): quando a intenção
uma afirmação que, além de resumir o que está sendo do produtor da mensagem é influenciar, envolver, o
dito, posteriormente, segura a atenção e o foco do lei- destinatário, nesse caso, a mensagem se organiza em
tor. Transcreva do texto essa afirmação. forma de chamamento, apelo, súplica, ordem, obje-
tivando convencer/persuadir o leitor a aceitar uma
A afirmação é: “Quem tem Hero garante uma vida digi- ideia, comprar um produto.
tal tranquila e sem surpresas:”
(D) Função Fática: a preocupação do emissor é man-
12. As estratégias argumentativas são mecanismos ter o contato com o interlocutor, abrindo, ou prolon-
essenciais, pois contribuem para que sejam mais bem gando um canal de comunicação com frases, como
organizadas as ideias/argumentos no texto e assim, “Veja bem...” ou “Entende?”.
persuadir/convencer o leitor. No trecho: ‘Quem tem (E) Função metalinguística: quando a preocupação
Hero garante uma vida digital tranquila e sem surpre- do emissor está voltada para o próprio código, ou
sas:’, a construção desse anúncio é uma estratégia de seja, o código da língua portuguesa é o tema da men-
argumentação. Por quê? sagem. Em alguns casos, utiliza-se a língua para expli-
É uma estratégia de argumentação, pois deixa claro car a própria língua.
para o consumidor as vantagens do aplicativo. Gabarito C.

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16. O pronome é uma palavra que acompanha ou subs-


titui um substantivo. Os pronomes possessivos trazem
uma ideia de “posse”, associada às pessoas do discur-
so, isto é: a primeira pessoa do discurso é aquela que
fala, a segunda com quem se fala e a terceira de quem
se fala. No trecho: “Sua vida digital não vai ficar sem
o WhatsApp.”, qual palavra é o pronome possessivo?
Esse pronome faz referência a que pessoa do discurso?
Explique.
O pronome possessivo é ‘Sua’. Esse pronome faz refe-
rência à segunda pessoa do discurso (tu/você), ou seja,
com quem o emissor da mensagem fala.
Disponível em: https: //bocaabocacomunicacao.com/propaganda-x-publicidade/. Acesso em: 9 fev. 2024.

17. As locuções verbais são expressões constituídas,


geralmente, por dois verbos, um auxiliar e outro princi-
pal, este último em forma nominal (infinitivo, gerúndio A publicidade tem como função publicar, isto é,
ou particípio). É importante considerar que os verbos tornar público. Nesse sentido, faz uso dos meios de
auxiliares são parcialmente, ou totalmente desprovi- comunicação para chamar a atenção do público. Já a
dos de sentido próprio, ou seja, o “sentido/significado” propaganda tem foco mais objetivo de vender uma
recai sobre o verbo principal. Retomando o trecho: ideia, um produto ou serviço. Sendo assim, a publici-
‘Sua vida digital não vai ficar sem o WhatsApp.’, qual é dade e a propaganda são ferramentas de promoção
a locução verbal? Indique o verbo auxiliar e o principal. e divulgação, porém ambas têm objetivos diferentes.
A locução verbal é: ‘...vai ficar...’. O verbo auxiliar é: vai No entanto, muitas vezes, são usadas como sinôni-
e o principal ficar. mos, visto o caráter persuasivo, tanto da propaganda
quanto da publicidade. Ambos os gêneros costumam
apresentar textos cuja mensagem pretende sensibi-
lizar / atrair o interlocutor, para tanto faz uso de ima-
GRUPO DE ATIVIDADES gens, recursos audiovisuais, música, efeitos sonoros
e luminosos. A veiculação, nos dois casos, pode acon-
tecer por meio impresso, pela TV, rádio ou internet.

SISTEMATIZANDO Leia o texto.


os conhecimentos Texto IV

Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica


Professor(a), chegou o momento de “sistematizar os
conhecimentos”, refletir e analisar sobre o que os(as)
estudantes já aprenderam. Para tanto, é necessário
retomar alguns pontos da Prática de Oralidade / Leitu-
ra / Análise Linguística e Semiótica (Contextualizando
o gênero, o tema e o campo) e a parte do (Ampliando
os conhecimentos) na prática de Leitura / Análise Lin-
guística e Semiótica. Afinal, para que os(as) estudantes Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/39152343. Acesso em: 15 fev. 2024.

aprendam de modo efetivo, é fundamental observar as 18. O anúncio publicitário elaborado pelo Ministério
intenções / repetições / retomadas propositais a servi- Público da Bahia chama a atenção para o racismo, um
ço do desenvolvimento do processo de ensino e apren- tema necessário e atual na sociedade brasileira. Ainda
dizagem da língua / linguagem. que polêmico, é de grande relevância a discussão e cir-
culação desse assunto, seja em formatos tradicionais,
Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) para
seja nas mídias (redes sociais). Considerando as carac-
aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos
terísticas do gênero anúncio publicitário, o texto em
avançar um pouco mais nos nossos conhecimentos.
estudo, tem a finalidade de
Vamos lá?
(A) noticiar um fato.
(B) promover uma ideia.
(C) relatar um acontecimento.
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(D) criticar um comportamento. 24. QUESTÃO 24 – (ENEM - 2023)


(E) defender um ponto de vista.
Gabarito B.

19. O “vocativo” é um termo que cumpre, no texto, a


função de chamar a atenção do interlocutor ou colocá-
-lo em evidência no discurso. Ele aparece geralmente
separado por alguma pontuação, a mais comum é a vír-
gula. No texto em estudo, qual é a expressão que revela
que o anunciante conversa / chama / interpela o leitor?
A expressão é: “E você,”.

20. No anúncio estudado, quais são os dois verbos que


Esse anúncio publicitário, veiculado durante o contex-
estão no modo imperativo e sintetizam a linguagem
to da pandemia de covid-19, tem por finalidade
convincente e persuasiva da propaganda?
Os dois verbos são: “acesse” e “deixe.” (A) divulgar o canal telefônico de atendimento a ca-
sos de violência contra a mulher.
21. Qual é a principal informação apresentada no texto? (B) informar sobre a atuação de uma entidade defen-
A principal informação é a ideia de que é preciso en- sora da mulher vítima de violência.
frentar, combater o racismo. (C) evidenciar o trabalho da Defensoria Pública em
relação ao problema do abuso contra a mulher.
22. Na construção do anúncio publicitário, consideran-
(D) alertar a sociedade sobre o aumento da violência
do a linguagem verbal e não verbal, qual é o principal
contra a mulher em decorrência do coronavírus.
recurso que contribui para que a mensagem seja mais
efetiva e convença o leitor? (E) incentivar o público feminino a denunciar crimes
de violência contra a mulher durante o período de
O principal recurso que contribui para que a mensa-
isolamento.
gem seja mais efetiva e convença o leitor é o recurso vi- Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 fev. 2024.

sual, pois é apresentada a imagem da jornalista e digital Gabarito E.


influencer Tia Má (linguagem não verbal).
Estudante, para chegar à resposta da questão 44
23. No texto, a frase: “Racismo. Eu enfrento com a ver- (Enem), além da leitura analítica do texto, é fundamen-
dade.”, leva o interlocutor à reflexão... Assim, reflita e tal considerar o enunciado: “Essa campanha publicitária
responda a pergunta que também compõe o anúncio: do Ministério da Saúde visa”, ele chama a atenção para
“E você, como enfrenta o racismo?” uma ideia de “finalidade” do ‘Ministério da Saúde”. Refli-
Resposta pessoal. ta sobre o que você já sabe sobre anúncio / ‘campanha
publicitária’ e observe com muito cuidado o sentido de
cada verbo que está presente na questão: ‘divulgar’ /
‘apresentar’ / ‘defender’ / ‘orientar’ / ‘informar’.

De olho no Enem! 25. QUESTÃO 44 – (ENEM - 2023)

Estudante, para chegar à resposta da questão


24 (Enem), além da leitura analítica do texto, é ne-
cessário considerar o gênero textual, “anúncio pu-
blicitário”, bem como compreender o enunciado:
“Esse anúncio publicitário, veiculado durante o
contexto da pandemia de covid-19, tem por finali-
dade” – reflita sobre as palavras / expressões-chave
do enunciado: ‘anúncio publicitário’ / ‘contexto da
pandemia’ / ‘finalidade.’ Leia e interprete o texto
observando as informações sobre a atuação da De-
fensoria Pública em relação aos casos de aumento
da violência contra a mulher.
Disponível em: www.facebook.com/minsaude. Acesso em: 13 jun. 2018.

Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024


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SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
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Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde visa (D) orientar sobre os exercícios para uma boa ama-
mentação.
(A) divulgar um conjunto de benefícios proporciona-
dos pela amamentação. (E) informar sobre o aumento de anticorpos nas
mães.
(B) apresentar tratamentos para infecções respira- Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 fev. 2024.

tórias em bebês. Gabarito A.


(C) defender o direito das mulheres de amamentar
em público.
CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO - SEMANA 2
Prática de Oralidade/Leitura
OBJETOS DE Gênero discursivo / textual: Reportagem
CONHECI- Contexto de produção (época, objetivos, produtor/receptor), circulação e recepção de textos. / Leitura, compreensão,
MENTO análise e interpretação de textos./ Estratégias de leitura e compreensão de textos.
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens,
para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e seu
DCGOEM contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel so-
cial do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de
análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
HABILIDADES (EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas
DC GO - possibilidades de compreensão (e produção) de textos.
AMPLIADO (EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título,
PARA RECOM- as escolhas lexicais, as construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos
POSIÇÃO de sentido.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6 - Identificar o tema de um texto. / D8 - Estabelecer
MATRIZ SAEB relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. / D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva pre-
sente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc. / D1 - Localizar informações explícitas em um texto.
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
Gênero discursivo / textual: Reportagem
OBJETOS DE Textualidade: estrutura do texto. / Tema/assunto. / Elementos da comunicação.
CONHECI-
- Coesão: conjunções, preposições e pronomes, advérbios (referentes e referenciais, elementos de coesão).
MENTO
- Estrutura (textos híbridos e multisemióticos).
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na leitura/escuta, considerando
a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coe-
sivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão temática, e organizando
HABILIDADES informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou
DCGOEM consequência; tese/argumentos; problema solução; definição/exemplos etc.).
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas
palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as pos-
sibilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EF69LP17-A) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários.
HABILIDADES (EF69LP17-C) Perceber e analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elabora-
DC GO - ção do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e as
AMPLIADO estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos
PARA RECOM- de palavras, metáforas, imagens).
POSIÇÃO (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articulado-
res textuais).
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
/ D11 - estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. / D19 - Reconhecer o efeito de sen-
tido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. / D1- Localizar informações explícitas
MATRIZ SAEB
em um texto. / D8 - Estabelecer relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. / D15 - Estabelecer
relação lógico/discursiva presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc./ D6 - Identificar o tema de um
texto. / D4 - Inferir uma informação implícita e um texto.

Prática de Oralidade / Leitura / Análise e Semiótica


GRUPO DE ATIVIDADES
Professor(a), nestas atividades vamos trabalhar com
o gênero “Reportagem”. Peça aos(às) estudantes que
Semana 2 - Maio leiam o texto: “Urbanização intensa já afeta evolução de
organismos na Terra”, retome com eles(as) o “Conhecen-
Contextualizando o gênero do o gênero textual”. Peça que os(as) estudantes mar-
textual, o tema e o campo quem no texto, após a leitura os elementos caracterís-
de atuação ticos do gênero “reportagem”. É muito importante que
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
11
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você desenvolva com eles(as) as estratégias de leitura, Leia o texto.


como ler em voz alta, com fluência e autonomia, bem
Texto I
como formular hipóteses por meio de antecipação e
construção de inferências, utilizando os mecanismos Urbanização intensa já afeta evolução de organismos
de leitura e interpretação. na Terra
Estudo global com participação de pesquisadores da
Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) para Unesp mostra como aumento de estilo de vida baseado
aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos em cidades está influenciando o desenvolvimento de espé-
conhecer o gênero Reportagem. Vamos lá? cies vegetais. Para biólogo, processo chama a atenção pela
1. Antes de ler os textos, vamos conversar? velocidade com que transformações estão ocorrendo.
Marcos do Amaral Jorge
• No meio jornalístico, em especial, fala-se muito em
“reportagem”. Você sabe o que é uma reportagem? Cem anos atrás, quando o mundo ainda procurava
• Você saberia explicar para que serve uma repor- se reerguer da devastação humana e econômica causa-
tagem? da pela combinação da Primeira Guerra Mundial com
a pandemia de Gripe Espanhola, o número de pessoas
• Você consegue diferenciar o gênero “notícia” de
que residiam em cidades com mais de 20 mil habitantes
“reportagem”?
batia na marca dos 250 milhões de pessoas, ou o equi-
• Se você lesse um texto, cujo título iniciasse com: valente a cerca de 13% da população do planeta. Em
“Urbanização intensa...”, você conseguiria anteci- 2020, segundo os dados mais recentes da Organização
par parte do assunto do texto por meio desse tre- das Nações Unidas (ONU), as áreas urbanas já contabi-
cho? Para você o que é urbanização? lizavam 4,4 bilhões de pessoas, ou 56,2% da população
global. E a tendência é que o crescimento continue em
► Conhecendo o gênero textual ritmo acelerado, chegando a 68,4% dos habitantes do
planeta no ano de 2050.
Reportagem é um texto pertencente ao gênero
A acomodação de um contingente populacional
jornalístico que tem como principal função informar
dessas proporções nas cidades implica a formação de
apresentando dados, fatos, depoimentos, opiniões
verdadeiros ecossistemas criados pelo homem, além
de modo detalhado sobre um tema/assunto. Ela é
de profundas alterações no meio ambiente. Nas últi-
considerada, de acordo com o Dicionário de gêneros
mas décadas, os pesquisadores da área de ecologia ur-
textuais, uma espécie de notícia mais longa acompa-
bana vêm tentando entender melhor os efeitos desta
nhada de diversos aspectos críticos, que ampliam o
urbanização intensa e acelerada, e a capacidade exi-
caráter meramente informativo presente no gêne-
bida por certas espécies para se adaptarem aos novos
ro notícia. A reportagem segue as características
ecossistemas. Agora, uma iniciativa global de pesquisa,
fundamentais do gênero, prezando, assim, por uma
que contou com a participação de pesquisadores da
linguagem objetiva e clara. Nela predomina a infor-
Unesp, concluiu que o processo de urbanização está
mação e o uso da norma padrão da língua, ela deve
impulsionando a evolução de uma espécie de planta.
se constituir prioritariamente como um texto infor-
mativo. Porém, é um gênero que abre espaço para Embora não seja uma novidade o fato de que a
opiniões (argumentos), ou mesmo exposições man- transformação humana sobre os ambientes esteja al-
tendo a objetividade das informações apresentadas. terando de forma drástica os ecossistemas, o artigo
A reportagem pode aparecer em suporte impresso publicado nesta quinta-feira na revista Science traz
(jornais e revistas), digital (internet) ou audiovisual evidências de que a ação humana e o ambiente urbano
(televisão). estão orientando a evolução de plantas de forma se-
melhante e em escala mundial.
“O fato de que uma planta responde evolutivamen-
te às mudanças do ambiente urbano é algo muito mais
intenso do que verificar, por exemplo, um efeito em
A Reportagem do ponto de vista estrutural, ge- determinado contexto, como a produção de um fruto
ralmente, organiza-se em: título, lead e corpo do ou a germinação precoce”, diz Milton Ribeiro, docente
texto. Pode ser classificada em: expositiva, opinativa do campus da Unesp em Rio Claro, um dos pesquisado-
ou interpretativa. A diferença entre “notícia” e “re- res envolvidos no projeto. “Uma reflexão que pode ser
portagem” é basicamente a extensão. A reportagem feita a partir desse artigo é que embora o processo de
é mais longa e, por isso, apresenta elementos que urbanização seja relativamente recente, se comparado
funcionam como suporte à informação, como depoi- à história evolutiva, podemos constatar que as espé-
mentos, os fatos históricos e os dados. cies já estão se adaptando. É um tempo curto, mas já
estamos medindo as consequências que levariam tal-
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
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vez milhões de anos para se processarem” em outras longo do texto. A que classe gramatical essa palavra
circunstâncias, diz ele. pertence? Justifique.
Ribeiro explica que o convite para ingressarem no A palavra ‘intensa’ foi utilizada no título para mos-
projeto se deveu à expertise dos pesquisadores do La- trar como a urbanização é forte, excessiva a ponto
boratório de Ecologia Espacial e Conservação (LEEC), de causar grandes problemas no Planeta Terra, o que
que ele coordena, na área de ecologia. Integrante do é compreendido ao longo do texto. A palavra ‘intensa
grupo de pesquisa do câmpus de Rio Claro e coautor ’pertence à classe dos adjetivos que são palavras que
do artigo, o pós-doutorando João Carlos Pena foi o se juntam a uma outra classe, como substantivos, pro-
responsável por liderar os trabalhos junto à rede base- nomes entre outros para, geralmente, acrescentar-lhes
ada no Canadá. (…) noções de qualidade/defeito, natureza, estado etc.
Trecho de reportagem do Jornal da Unesp.
Disponível em: https://jornal.unesp.br/2022/03/18/urbanizacao-intensa-ja-afeta-evolucao-de-organismos-na-terra/. Acesso em: 7. A construção do título nesse texto pode ser conside-
18 fev. 2024.
rada um recurso persuasivo? Justifique.
2. A reportagem é um gênero jornalístico informativo, A construção do título pode ser considerada um re-
no qual o autor apresenta um tratamento mais apro- curso persuasivo, pois além de antecipar aspectos do
fundado a um determinado assunto/tema, dando voz problema que será discutido, faz uso de palavras-chave
a outras pessoas e instituições que podem apresentar que causam um certo impacto e desperta a atenção do
explicando as circunstâncias, causas e consequências. leitor para algo que ‘afeta’, ou seja, que prejudica a evo-
Alguns elementos que marcam esse gênero são: o tem- lução do que existe na Terra enquanto Planeta. Pelo
po, a construção de possíveis personagens, a citação título, o leitor sente convencido a ler o texto.
de falas, porém, tantos esses elementos, quanto a “lin-
8. No segundo parágrafo, a que conclusão chegaram os
guagem” podem variar de acordo com o público, o tema
pesquisadores da Unesp?
abordado e o veículo (meio de divulgação). O principal
objetivo do texto em estudo é Os pesquisadores da Unesp chegaram à conclusão que
o processo de urbanização está impulsionando a evolu-
(A) relatar. (D) informar.
ção de uma espécie de planta.
(B) criticar. (E) descrever.
(C) instruir.
Gabarito D. GRUPO DE ATIVIDADES

3. Quem escreveu esse texto e em que veículo de co-


municação ele foi publicado? ampliando
O texto foi escrito por Marcos do Amaral Jorge e o tex- os conhecimentos
to foi publicado no Jornal da Unesp.
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
4. No trecho: “...o número de pessoas que residiam em
cidades com mais de 20 mil habitantes batia na marca 9. O texto, em estudo, parte de uma reportagem com-
dos 250 milhões de pessoas, ou o equivalente a cerca pleta, publicada no Jornal da Unesp, e apresenta uma
de 13% da população do planeta.”, predomina um fato informação principal. Qual é essa informação?
ou uma opinião? A informação de que os pesquisadores da instituição
Nesse trecho predomina um fato. de ensino participaram de um estudo que demonstra
os prejuízos da urbanização intensa no Planeta Terra.
5. Considerando a ideia de causa e consequência, en-
tendemos que a “causa” é o motivo, a razão que explica 10. A reportagem analisada se propõe a discutir a pro-
um ato, ação ou acontecimento e a “consequência” é blemática com base em uma:
o resultado positivo ou negativo de uma determinada ( ) contextualização histórica e entrevistas com es-
causa. No título: “Urbanização intensa já afeta evolu- pecialistas.
ção de organismos na Terra”, há uma ideia antecipada
de causa? Justifique. ( ) descrição de ações humanas que destroem cer-
tas espécies.
No trecho há uma ideia antecipada de ‘causa’, uma vez
Com base em uma “contextualização histórica e entre-
que a ‘urbanização intensa’ é a razão, o motivo do pro-
vistas com especialistas.”
blema que afeta o que existe no Planeta Terra.
11. Releia o texto “Urbanização intensa já afeta evolu-
6. Justifique a utilização da palavra ‘intensa’ na estru-
ção de organismos na Terra”. No trecho: “Em 2020, se-
turação do título do texto, a qual contribui para a com-
gundo os dados mais recentes da Organização das Na-
preensão de uma problemática que é comprovada ao
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SEDUC
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da Educação
Revisa Goiás

ções Unidas (ONU), as áreas urbanas já contabilizavam


4,4 bilhões de pessoas, ou 56,2% da população global. GRUPO DE ATIVIDADES
E a tendência é que o crescimento continue em ritmo
acelerado, chegando a 68,4% dos habitantes do plane-
ta no ano de 2050.”, predomina uma comprovação em SISTEMATIZANDO
conformidade com os/as os conhecimentos
( ) dados ( ) datas ( ) exemplos
Predomina uma comprovação conforme os dados. Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
Professor(a), chegou o momento de “sistematizar os
12. No trecho: “A acomodação de um contingente po- conhecimentos”, refletir e analisar sobre o que os(as)
pulacional dessas proporções nas cidades implica a estudantes já aprenderam. Para tanto, é necessário re-
formação de verdadeiros ecossistemas criados pelo tomar alguns pontos da Prática de Oralidade / Leitura
homem, além de profundas alterações no meio am- / Análise Linguística e Semiótica (Contextualizando o
biente.”, qual é a relação estabelecida pela expressão gênero, o tema e o campo) e a parte do (Ampliando os
destacada? conhecimentos) na prática de Leitura / Análise Linguís-
A expressão destacada estabelece uma ideia de acrés- tica e Semiótica.
cimo das profundas alterações no meio ambiente.
Estudante, continuamos juntos(as) para aprender
13. Para apontar as alternativas adequadas à constru- cada vez mais! Nestas atividades, vamos avançar um
ção dessa argumentação no texto em estudo, conside- pouco mais nos nossos conhecimentos. Por isso, va-
re o trecho: mos ler e analisar mais um texto considerando o que
já sabemos sobre esse gênero refletindo sobre o nos-
“O fato de que uma planta responde evolutivamente
so conhecimento de mundo a respeito da temática.
às mudanças do ambiente urbano é algo muito mais
Vamos lá?
intenso do que verificar, por exemplo, um efeito em de-
terminado contexto, como a produção de um fruto ou
a germinação precoce”, diz Milton Ribeiro, docente do
campus da Unesp em Rio Claro, um dos pesquisadores
envolvidos no projeto.” As reportagens podem ser classificadas em: ex-
positivas, opinativas ou interpretativas. A expositiva é
( ) prevalece a fala de uma autoridade (pesquisador). aquela que traz uma série de conteúdos informativos,
( ) a expressão ‘por exemplo’, foi usada para ressaltar prevalecendo a objetividade do texto. Já a opinativa
uma exemplificação. é aquela em que há uma mescla entre exposição dos
( ) a expressão ‘muito mais’, circunstancialmente, in- fatos e a opinião do repórter responsável por condu-
tensifica a evolução de uma planta às mudanças do zir o texto. A reportagem interpretativa é quando há
meio urbano. uma análise entre os fatos e outros elementos (dados
estatísticos, fatos, depoimentos entre outros, que ao
( ) o termo ‘ou’ estabelece uma ideia de alternância
final do texto, encaminham e sugerem certa conclu-
entre ‘um fruto’ e ‘a germinação precoce’.
são a respeito do assunto tratado.
( ) ‘...docente do campus da Unesp em Rio Claro,’ é
um aposto que explica quem é Milton Ribeiro. Leia o texto.
( ) as aspas foram utilizadas para mostrar que há a
Texto II
fala de alguém, isto é, marcar uma citação direta.
( ) emprega-se a norma padrão da língua portuguesa. Brasileiros passam em média 56% do dia em frente às
telas de smartphones e computadores
Todas as alternativas estão adequadas à construção da
argumentação. Especialistas alertam que o uso excessivo de aparelhos
eletrônicos pode ocasionar prejuízos de grande impacto
14. No trecho: “Embora não seja uma novidade o fato para a saúde física e mental das pessoas
de que a transformação humana sobre os ambientes No Brasil, as pessoas passam aproximadamente 16
esteja alterando de forma drástica os ecossistemas...”, horas do dia acordadas, mas um dado chama a aten-
o elemento articulador destacado estabelece uma ção: mais da metade desse tempo é destinado ao uso
ideia de de smartphones e computadores. O levantamento
(A) causa. (D) proporção. foi feito pela plataforma Electronics Hub, um site de
informações eletrônicas, a partir da pesquisa Digital
(B) conclusão. (E) explicação.
2023:Global Overview Report da DataReportal, con-
(C) concessão. siderando 45 nações, e concluiu que o Brasil é o segun-
Gabarito C. do país com mais pessoas em frente a uma tela. São
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
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cerca de 56,6% das horas acordadas em frente a telas, O que comprova / retoma o tema do texto é: “No Brasil, as
ou seja, cerca de nove horas do dia. Em primeiro lugar pessoas passam aproximadamente 16 horas do dia acor-
do ranking estão os sul-africanos, que passam 58,2% dadas” / “...mais da metade desse tempo é destinado ao
acordados usando o computador ou um smartphone. uso de smartphones e computadores.” / “...o Brasil é o se-
Ainda segundo a plataforma, uma possível expli- gundo país com mais pessoas em frente a uma tela.” / “São
cação para esse tempo poderia estar ligada ao cresci- cerca de 56,6% das horas acordadas em frente a telas, ou
mento dos serviços de streaming on-line, com dados seja, cerca de nove horas do dia.” / “...dados revelando que
revelando que 64% dos usuários brasileiros de smar- 64% dos usuários brasileiros de smartphones são assinan-
tphones são assinantes de serviços como Netflix, tes de serviços como Netflix, Apple TV ou Prime Vídeo
Apple TV ou Prime Vídeo da Amazon. da Amazon.” / “ o uso excessivo de aparelhos eletrônicos
pode ocasionar prejuízos de grande impacto para a saúde
[...]
física e mental das pessoas” / “...uma série de fatores que
Apesar dos inúmeros benefícios atrelados à tecno- levam a um desequilíbrio nas situações de trabalho, entre
logia, tanto para o desenvolvimento econômico quanto os aspectos pessoais e profissionais.” / “Não é de hoje que
social do País, com o aumento de conexões e possibili- os especialistas alertam para o mal à saúde que o uso ex-
dades, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode cessivo da tecnologia pode causar.” / “ quanto maior “...o
ocasionar prejuízos de grande impacto para a saúde uso excessivo de tela, maior a ansiedade, como também
física e mental das pessoas, e também trazer percep- quanto maior ansiedade, maior o uso excessivo de tela...”
ções sobre para onde e como o País está caminhando / “O uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode decorrer
em seu desenvolvimento socioeconômico. dos perigos do cenário que vivenciamos...”
[...]
Produtividade em questão 16. O texto em estudo é uma notícia ou uma reporta-
gem? Justifique.
Para o professor de Psicologia Social Sérgio Kodato,
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão O texto em estudo é uma reportagem, pois apresenta
Preto (FFCLRP) da USP, a tecnologia é extremamente um conteúdo informativo, prevalecendo a objetividade
favorável para efeitos do desenvolvimento do País. No do texto. É um texto jornalístico e tem a principal fun-
entanto, ele apresenta uma série de fatores que levam ção de trazer uma informação, porém com abertura
a um desequilíbrio nas situações de trabalho, entre os para opiniões / argumentos.
aspectos pessoais e profissionais.
17. O título dos textos, geralmente, é uma síntese de
[...]
alguns aspectos do texto cuja função é estratégica e
Cuidados com a saúde articuladora, pois nomeia o texto após sua produção,
Não é de hoje que os especialistas alertam para o pode sugerir sentidos, despertar o interesse do leitor
mal à saúde que o uso excessivo da tecnologia pode para conhecer o tema, pode estabelecer vínculos com
causar. Em seu último mapeamento de transtornos informações textuais e extratextuais, enfim, pode con-
mentais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reve- tribuir, em muitos casos, com o entendimento do texto.
lou que o Brasil possui a população com maior preva- Na construção do título: “Brasileiros passam em média
lência de transtorno de ansiedade do mundo e isso não 56% do dia em frente às telas de smartphones e com-
é uma coincidência. putadores”, o que foi utilizado como comprovação com
De acordo com Tatiane, o tempo de tela e a ansie- a intenção de convencer o leitor a ler o texto e conhe-
dade possuem uma relação positiva, ou seja, quanto cer o tema? Justifique retomando as características do
maior o uso excessivo de tela, maior a ansiedade, como gênero reportagem.
também quanto maior ansiedade, maior o uso excessi- Na construção do título, o que foi utilizado para convencer
vo de tela. “O uso excessivo de aparelhos eletrônicos e chamar a atenção do leitor foi o dado ‘56%’ que compro-
pode decorrer dos perigos do cenário que vivenciamos, va que os brasileiros ficam muito tempo frente às telas de
como o medo de ser assaltado, dificuldade financeira, o smartphones e computadores. O gênero reportagem é
que pode favorecer ainda mais o isolamento social.” uma modalidade de texto que pertence ao universo jorna-
[...] lístico e sua principal função é informar utilizando “elemen-
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/brasileiros-passam-em-media-56-do-dia-em-frente-as-telas-de-smartfones-com- tos” de comprovação.
putadores/. Acesso em: 18 de fev. 2024.

18. Em algumas reportagens há os “entretítulos”, ou


15. No texto, em estudo, o tema discutido é sobre o uso
seja, (títulos breves que são utilizados entre cada bloco
excessivo de aparelhos eletrônicos que podem causar
de parágrafos da reportagem, que apresentam o sub-
prejuízos para a saúde física e mental das pessoas.
tema a ser desenvolvido). Esses entretítulos abordam
Transcreva do texto palavras / expressões / fragmen-
uma microtemática dentro do tema principal. No texto,
tos-chave que comprovam / retomam essa temática no
em estudo, quais são os entretítulos?
desenvolvimento do texto.
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
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Os entretítulos são: “Produtividade em questão” e 20. QUESTÃO 112 – (ENEM - 2014)


“Cuidados com a saúde.”

19. A coesão assegura a articulação/ligação entre as


palavras, frases, partes de um texto. Já a coerência,
por sua vez, estabelece a articulação/ligação lógica
para que o texto tenha sentido. A “coesão sequencial”,
é responsável por criar as condições para a “progressão
textual”, além disso, esse tipo de coesão contribui para
o desenvolvimento do recorte temático. No trecho:
“Em primeiro lugar do ranking estão os sul-africanos,
que passam 58,2% acordados usando o computador
ou um smartphone.” , qual é a expressão que apresenta
uma coesão sequencial de enumeração?
A expressão coesiva é: ‘Em primeiro lugar.’

O texto introduz uma reportagem a respeito do futuro


De olho no Enem! da televisão, destacando que as tecnologias a ela incor-
poradas serão responsáveis por

Estudante, para chegar à resposta da questão (A) estimular a substituição dos antigos aparelhos de TV.
112 (Enem), além da leitura analítica do texto, é (B) contemplar os desejos individuais com recursos
fundamental considerar o enunciado: “ O texto de ponta.
introduz uma reportagem a respeito do futuro da (C) transformar a televisão no principal meio de
televisão, destacando que as tecnologias a ela in- acesso às redes sociais.
corporadas serão responsáveis por” – considere (D) renovar técnicas de apresentação de programas
palavras/expressão-chave: ‘introduz uma repor- e de captação de imagens.
tagem’ / ‘futuro da televisão’ / ‘as tecnologias’ /
(E) minimizar a importância dessa ferramenta como
‘responsáveis’. Considere no texto, os recursos
meio de comunicação de massa.
tecnológicos apresentados e ideias-chave como: “... Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2014/CAD_ENEM_2014_DIA_2_07_AZUL.pdf. Acesso

ela permite assistir ao que você quer, quando quer.” em 07 de mar. 2024.

Gabarito B.
CAMPO DA VIDA PÚBLICA - SEMANAS 3 E 4
Prática de Oralidade/Leitura
OBJETOS DE Gênero discursivo / textual: Artigo de Divulgação Científica
CONHECI- Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto./ Construção composicional e estilo./ Estratégia de leitu-
MENTO ra: apreender os sentidos globais do texto.
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens,
para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES
DCGOEM (EM13LP31) Compreender criticamente textos de divulgação científica orais, escritos e multissemióticos de diferen-
tes áreas do conhecimento, identificando sua organização tópica e a hierarquização das informações, identificando e
descartando fontes não confiáveis e problematizando enfoques tendenciosos ou superficiais.
(EF69LP29-B) Analisar os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características dos
HABILIDADES
DC GO - gêneros de divulgação científica, de forma a ampliar as possibilidades de compreensão (e produção) desses gêneros.
AMPLIADO (EF69LP34-B) Possibilitar uma maior compreensão do texto e a sistematização de conteúdos e informações.
PARA RECOM- (EF69LP38-C) Proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do pla-
POSIÇÃO
nejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.
MATRIZ SAEB D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6 - Identificar o tema de um texto.

Prática de Análise Linguística e Semiótica

OBJETOS DE Gênero discursivo / textual: Artigo de Divulgação Científica


CONHECI- Forma de composição do texto, coesão e articuladores e progressão temática. / Construção composicional e estilo. / Uso
MENTO de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.).
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto.na produção como na leitura/escuta, considerando a
construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coesivos
HABILIDADES
diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão temática, e organizando informa-
DCGOEM
ções, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou consequên-
cia; tese/argumentos; problema solução; definição/exemplos etc.).

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(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas
palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as possi-
bilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais que
operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou ora-
ções adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso
de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo adequa-
do desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção.
(EF69LP42-B) Reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estra-
HABILIDADES tégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem,
DC GO - como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de
AMPLIADO vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos
PARA RECOM- nesses gêneros.
POSIÇÃO (EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções conjuntivas) co-
ordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros./ D6 - Identificar o tema de um texto. / D13 - Identificar
as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. / D1 - Localizar informações explícitas
MATRIZ SAEB
em um texto. / D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc.
/ D21 - Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

GRUPO DE ATIVIDADES ralmente, as opiniões de estudiosos e os resultados


das investigações se complementam ou se opõem. É
Semana 3 - Maio um gênero que se constitui a partir de uma seleção
de informações e comentários relevantes para se ter
uma visão geral acerca do tema proposto. Esse é um
Contextualizando o gênero
texto que têm a predominância de sequências expo-
textual, o tema e o campo
de atuação sitivo-argumentativas.

Prática de Oralidade / Leitura / Análise e Semiótica


Professor(a), nas próximas atividades vamos trabalhar O Campo das Práticas de Estudo e Pesquisa
com o gênero “artigo de divulgação científica”. Esse é destaca os gêneros discursivos e as habilidades que
um gênero do Campo das Práticas de Estudo e Pesqui- envolvem leitura / escuta e produção de textos de
sa. É imprescindível conversar com os(as) estudantes diferentes áreas do conhecimento e as habilidades e
sobre as características do gênero e explorar todos os procedimentos relacionados ao estudo, permitindo
aspectos possíveis do texto que será estudado. Para um recorte temático, seleção de informações e reali-
dar início ao desenvolvimento das atividades, faça a zação de pesquisa etc.
atividade 1 (oral) com eles(as). Acrescente mais ques-
tionamentos se você considerar necessário. Características do texto de divulgação científica
1. Antes de ler os textos, vamos conversar? • Os textos de divulgação científica apresentam
• Você já ouviu falar em “artigo de divulgação cien- linguagem objetiva, clara e impessoal, geralmen-
tífica”? te, com verbos na terceira pessoa.
• Para você, o que significa ‘divulgação’? • Há a presença de termos técnicos da área, es-
senciais na linguagem científica e ainda, verbos,
• Quando você lê a palavra ‘científica’ o que vem a predominantemente, no presente do indicativo.
sua cabeça? Dê alguns exemplos.
• Esses textos são importantes, pois divulgam co-
► Conhecendo o gênero textual nhecimentos baseados em experimentos e estu-
dos de caso, de forma acessível às pessoas.
O artigo de divulgação científica é um texto / • Além do padrão básico estrutural dos textos dis-
gênero produzido para pessoas não especializadas. sertativos (introdução, desenvolvimento e con-
Esse gênero apresenta um tema a respeito de uma clusão), os textos de divulgação científica não
investigação feita por uma comunidade científica e possuem uma forma rígida.
apresentado ao público em geral de modo simplifica- • Os suportes mais utilizados para a divulgação
do, objetivo e contextualizado. Além de uma lingua- dos textos de divulgação científica são as revis-
gem clara e acessível ao grande público, esse formato tas, jornais científicos, livros, plataformas de di-
pode ter recursos visuais. Nele “jargões científicos” e vulgação científica, televisão, internet.
termos técnicos devem ser evitados. Nesse texto, ge- Disponível em: https://www.todamateria.com.br/texto-de-divulgacao-cientifica/. Acesso em: 22 fev. 2024 (adaptado).

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Leia o texto. do texto, trechos que apresentam a predominância da


linguagem científica e jornalística e justifique.
Texto I
“Alguns cientistas dizem que é parente das raposas,
O lobo que não é mau outros, que é parente do cachorro-vinagre sul-ameri-
A primeira coisa a saber é que o guará não é, na ver- cano.”, nesse trecho há a predominância da linguagem
dade, um lobo. Embora seja o maior canídeo silvestre da científica, pois se trata de ‘cientistas’ usando termos
América do Sul, sua espécie (Chrysocyon brachyurus) é técnicos, como: ‘cachorro-vinagre sul-americano’, a
de difícil classificação. Alguns cientistas dizem que é pa- mensagem é impessoal e objetiva.
rente das raposas, outros, que é parente do cachorro-vi- “Se não bastassem a matança e a destruição de am-
nagre sul-americano. Mas, de lobo mesmo, ele não tem bientes naturais, o lobo-guará ainda apresenta grande
nada. Além disso, é um animal onívoro. Porém, em algu- índice de morte por atropelamento em estradas.”, nes-
mas regiões, a sua dieta chega a quase 70% de frutas, se trecho há a predominância da linguagem jornalísti-
especialmente da lobeira, uma árvore típica das savanas ca, uma vez que a mensagem prioriza uma informação,
brasileiras, que contribui para a saúde do animal, preve- ‘o lobo-guará ainda apresenta grande índice de morte
nindo um tipo de verminose que ataca os rins do guará. por atropelamento em estradas.’
O lobo-guará não é um animal perigoso ao homem.
Não existe nenhum registro, em toda a história, de um 4. No trecho: “Embora seja o maior canídeo silvestre
guará que tenha atacado uma pessoa, mas, ainda as- da América do Sul...”, a palavra destacada é um verbo.
sim, são vistos como “maléficos”. Por quê? Porque, em No gênero “artigo de divulgação científica”, geralmen-
ambientes degradados, o lobo, para sobreviver, acaba te, predominam verbos no tempo
atacando galinheiros ou comendo aves que são criadas ( ) presente ( ) pretérito ( ) futuro
soltas. Com a desculpa de “proteger sua criação”, pes- Predominam os verbos no tempo “presente.”
soas com baixo nível de consciência ecológica acabam
matando os animais.
Se não bastassem a matança e a destruição de am- 5. No trecho: “O lobo-guará não é um animal perigo-
bientes naturais, o lobo-guará ainda apresenta grande so ao homem. Não existe nenhum registro, em toda a
índice de morte por atropelamento em estradas. história, de um guará que tenha atacado uma pessoa,
O fato é que o lobo-guará precisa de nós mais do mas, ainda assim, são vistos como “maléficos”. Por quê?
que nunca na história. Porque, em ambientes degradados, o lobo, para sobre-
Disponível em:https://vestibulares.estrategia.com/public/questoes/lobo-que-na-e-mauA210059d525a/. Acesso em 22 de fev.
2024.
viver, acaba atacando galinheiros ou comendo aves
que são criadas soltas.”, as palavras e expressões des-
tacadas fazem referência a
2. O gênero/texto de divulgação científica é do tipo ( ) primeira pessoa do discurso
expositivo/argumentativo. Ele é produzido median- ( ) segunda pessoa do discurso
te pesquisas, aprofundamentos teóricos e resultados ( ) terceira pessoa do discurso
de investigações sobre determinado tema. É um tex- Fazem referência a terceira pessoa do discurso.
to escrito para popularizar a ciência, isto é, difundir o
conhecimento científico, transmitindo assim, informa- 6. O título “O lobo que não é mau”, foi elaborado fa-
ções importantes. Retire do texto palavras e expres- zendo referência a outro(s) texto(s) (intertextualidade),
sões que são considerados termos técnicos da área. criando uma contradição. Qual é(são) o(s) texto(s) refe-
Essas palavras e expressões são: “lobo-guará”, “canídeo renciado(s) nesse título?
silvestre”, “(Chrysocyon brachyurus)”, “cachorro-vina- Sugestão de resposta: Os textos referenciados são famo-
gre”, “animal onívoro”, “árvore típica das savanas brasi- sas histórias infantis (Chapeuzinho Vermelho / Os três
leiras”, “tipo de verminose”. porquinhos).
3. O texto de divulgação científica é destinado à dis-
seminação do saber científico em uma linguagem in- GRUPO DE ATIVIDADES
formativa e mais didática, ou seja, busca instruir. É um
texto que agrega características tanto da esfera cien-
tífica quanto da jornalística. De modo que a científica ampliando
os conhecimentos
prioriza o uso de termos técnicos, como a impessoali-
dade e a objetividade. Já a jornalística apresenta uma
linguagem mais simples, elementos informacionais e
didáticos para, assim, se adequar a um público mais Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
amplo e que não pertence à academia científica. Retire,
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Leia o texto. matéria e energia infinitas concentradas em um ponto


Texto II microscópico que, sem muitas opções semânticas, os
cientistas chamam de “singularidade”. Essa informação
Mais big do que bang é científica, pois apresenta uma comprovação de um
A comunidade científica mundial recebeu, na se- Centro, autoridade no assunto, por exemplo, ‘Pesqui-
mana passada, a confirmação oficial de uma descober- sadores do Centro de Astrofísica Harvard-Smithso-
ta sobre a qual se falava com enorme expectativa há nian’ , além disso, traz termos técnicos da área, como
alguns meses. Pesquisadores do Centro de Astrofísica ‘Big Bang’, ‘matéria e energia’, ‘ponto microscópico’, ‘os
Harvard-Smithsonian revelaram ter obtido a mais forte cientistas’, ‘singularidade.’
evidência até agora de que o universo em que vivemos
começou mesmo pelo Big Bang, mas este não foi explo- 10. No texto, como estratégia de escrita, foi utilizada a
são, e sim uma súbita expansão de matéria e energia impessoalização, ou seja, o uso da 3ª pessoa. Explique
infinitas concentradas em um ponto microscópico que, essa afirmação, considerando as características do gê-
sem muitas opções semânticas, os cientistas chamam nero e apresente um trecho que comprova essa impes-
de “singularidade”. Essa semente cósmica permanecia soalidade no texto.
em estado latente e, sem que exista ainda uma expli- Os textos de divulgação científica, além da linguagem
cação definitiva, começou a inchar rapidamente […]. clara e objetiva, são impessoais, ou seja, usam verbos
No intervalo de um piscar de olhos, por exemplo, seria na terceira pessoa. Exemplo: “A comunidade científica
possível, portanto, que ocorressem mais de 10 trilhões mundial recebeu, na semana passada, a confirmação
de Big Bangs. oficial de uma descoberta sobre a qual se falava com
Disponível em:https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2018/primeiro-dia/no-titulo-proposto-para-esse-texto-de-di-
vulgacao-cientifica-ao-dissociar-os-elementos-da-expressao/. Acesso em 22 de fev. 2024.
enorme expectativa há alguns meses.”

7. O título do texto de divulgação científica faz referên- 11. Na construção dos textos, desenvolver a coesão /
cia a um acontecimento, estabelecendo uma relação coerência e a progressão das ideias, é uma necessidade,
de intertextualidade. Qual é esse acontecimento? pois as ideias do texto precisam ter sentido e estarem
conectadas umas às outras. No trecho: “No intervalo de
Esse acontecimento foi a teoria do "Big Bang" que ex-
um piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portan-
plica o surgimento do Universo.
to, que ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.”, as
8. A referência a outros textos, de maneira integral ou expressões: ‘por exemplo’ e ‘portanto’, foram utilizadas,
parcial é uma “intertextualidade”. Nos textos científi- respectivamente, para estabelecer uma relação de
cos, como o artigo de divulgação científica, é comum (A) causa e explicação.
a utilização de referências a outros textos. Essa refe- (B) adição e conclusão.
rência pode aparecer como citação direta (marcada (C) oposição e condição.
pelas aspas), ou indireta / parafraseada, isto é, a “ideia”
(D) explicação e concessão.
escrita com as nossas palavras). Considerando o texto
(fragmento), observa-se uma informação direcionada (E) exemplificação e conclusão.
ao leitor mostrando que o Big Bang não foi uma explo- Gabarito E.
são, mas sim uma expansão de matéria e energia. Esse
aspecto é evidenciado no intertexto sintetizado no tí- GRUPO DE ATIVIDADES
tulo, predominantemente, por meio de / do
( ) um jogo de palavras. Semana 4 - Maio
( ) uso de dois substantivos.
( ) uso da expressão “do que.” SISTEMATIZANDO
Por meio de um jogo de palavras. os conhecimentos
9. Retire do texto um trecho que apresenta a infor- Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
mação principal sobre o assunto científico abordado.
Sublinhe as palavras / expressões-chave que indicam Estudante, o artigo de divulgação científica que
esse assunto e, em seguida, justifique o que comprova, você vai ler agora foi produzido por um biólogo e
no texto, que essa informação apresentada é científica. professor. No texto, a temática é apresentada em
A informação principal é: “Pesquisadores do Centro de tom de curiosidade, mas sem perder o caráter infor-
Astrofísica Harvard-Smithsonian revelaram ter obti- mativo. Por meio desse texto, o leitor vai perceber
do a mais forte evidência até agora de que o universo que, ainda que ele não goste de baratas, elas são im-
em que vivemos começou mesmo pelo Big Bang, mas portantes para o equilíbrio do ecossistema. Vamos
este não foi explosão, e sim uma súbita expansão de conferir lendo o texto?
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Leia o texto. Além disso, suportam cerca de 20 vezes mais radiação


Texto III do que o homem. No entanto, são tão suscetíveis a um
ataque nuclear quanto os humanos. A diferença é que,
QUEM QUER CASAR COM A DONA BARATINHA? por viverem em galerias subterrâneas e terem seus
Após se deparar com ovos protegidos por uma cápsula, as baratas poderiam
uma barata, muitas pessoas ter mais chance de sobreviver a esse tipo de ataque.
entram em pânico só de pen- As baratas também têm um jeito bastante interes-
sarem na possibilidade de sante de se comunicarem entre elas. Cientistas desco-
uma “infestação”. Nesse mo- briram que bactérias presentes nas fezes das baratas
mento, é possível que você, emitem cheiros que atraem outras baratas. É assim que
algum familiar ou conhecido uma barata avisa a outra sobre uma fonte de alimento,
já tenham pensado em como por exemplo. E, por isso, as baratas tendem a ser vis-
seria bom acabar com todas tas em grupos. Pode parecer engraçado ou até mesmo
as baratas do mundo. Mas, nojento estudar baratas, mas a verdade é que estes
seria uma boa ideia? De pri- estudos são importantes, pois podem ajudar no desen-
meira, pode até parecer que volvimento de inseticidas mais específicos e no contro-
sim, mas será que podemos mesmo acabar com as ba- le desses insetos, que, afinal, por viverem em esgoto e
ratas? Então, vamos falar um pouco sobre estes insetos. lixo urbano, também podem ser vetores de doenças.
Bom, não dá para chamar estes insetos exatamente de Agora que você conhece um pouco mais sobre as
bonitos e fofos, mas eles são muito importantes. baratas, elas não se tornaram um pouco mais atraen-
Para começo de conversa, é bom saber que existem tes? E será que acabar com elas continua sendo uma
cerca de 5 mil espécies diferentes de baratas, que per- boa ideia? O que você acha? Que tal estudar e conhe-
tencem à ordem Blattodea. As baratas urbanas, estas cer mais sobre elas e sobre outros insetos, e também
que vivem nas cidades e dentro da sua casa, represen- sobre os outros animais e plantas que existem no nos-
tam apenas cerca de 1% desse total. Um dado interes- so país e no mundo? Seja curioso! Conhecer é a melhor
sante revelado por um estudo é que, na cidade de São forma de preservar nossa biodiversidade!
Paulo, existem cerca de 200 baratas por habitante! (Texto publicado originalmente no boletim Desbaratando a Biologia, uma
O tamanho das baratas também é bastante variado, iniciativa do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano/Cam-
desde espécies com apenas alguns milímetros até as pus Rio Verde.)
maiores, que podem chegar a cerca de 10 cm de com- Disponível em:https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/texto-de-divulgacao-cientifica.htm. Acesso em 21 de fev. 2024.

primento (que ocorrem na Austrália).


12. O título do texto: “QUEM QUER CASAR COM A
As baratas são organismos muito importantes em
DONA BARATINHA?”, faz referência (intertextualida-
ambientes silvestres e mesmo nos ecossistemas ur-
de) a outro texto bastante conhecido. Com a ajuda do
banos. Elas se alimentam de restos de animais mortos
seu(sua) professor(a), justifique essa afirmação, consi-
(inclusive humanos), fezes, detritos e material vegetal.
derando a intenção do autor e as caraterísticas do gê-
Além disso, são presas de animais como lacraias, ara-
nero, artigo de divulgação científica.
nhas, escorpiões, aves, ratos e morcegos. Por isso, o
desaparecimento das baratas causaria um desequilí- O título do texto faz referência ao conto popular “Dona
brio no ecossistema. Como se alimentam de animais Baratinha.” A intenção do autor, provavelmente, foi des-
mortos, ajudam na decomposição desses animais de- pertar a curiosidade do leitor para que ele leia o texto. O
volvendo os nutrientes presentes nesses cadáveres ao título utilizado no texto, faz parte de um diálogo (discur-
ecossistema; e como presas de outros animais, a extin- so direto) que se repete várias vezes no conto.
ção das baratas poderia causar efeitos negativos nas
populações dos seus predadores. 13. Com base nas características do gênero artigo de
divulgação científica, por que esse texto tem uma ilus-
Agora, um fato curioso sobre as baratas: você sabia
tração? Justifique.
que estes insetos também fazem parte da dieta huma-
na? Em muitos países, especialmente na Ásia, as pesso- Esse texto / gênero tem uma ilustração porque, além
as comem baratas! Na China, por exemplo, é comum da linguagem clara e acessível ao grande público, ele
encontrar espetinhos de baratas. E elas são um ótimo pode ter recursos visuais.
alimento, ricas em gorduras e carboidratos, e também
14. No gênero artigo de divulgação científica, o públi-
uma ótima fonte de cálcio!
co-alvo necessita compreender o assunto / tema abor-
Outra curiosidade sobre as baratas é sua longevida- dado. Nesse sentido, é fundamental adaptar o nível da
de. São animais que surgiram há cerca de 300 milhões linguagem e, caso necessário, o autor pode fazer uso de
de anos. Sobreviveram à extinção em massa que extin- analogias dentre outras estratégias. Além disso, é pre-
guiu os dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos! ciso evitar o uso de muitos termos técnicos e jargões
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próprios da área científica para não criar problemas de (A) causa e explicação.
compreensão. Na contextualização, é muito importan- (B) oposição e condição.
te que as pessoas compreendam como o assunto apre-
(C) finalidade e proporção.
sentado está presente no dia a dia e conectado à vida.
Transcreva do texto, em estudo, alguns trechos que (D) acréscimo e conclusão.
justificam essa afirmação. (E) concessão e consequência.
“Após se deparar com uma barata, muitas pessoas en- Gabarito D.
tram em pânico...” / “... é possível que você, algum fami-
liar ou conhecido já tenham pensado em como seria bom 18. De algum modo, o enunciador (emissor da mensa-
acabar com todas as baratas do mundo.” / “De primeira, gem) revela alguma atitude relativa ao conteúdo da-
pode até parecer que sim...” / “Bom, não dá para chamar quilo que ele enuncia e mesmo de forma “encoberta”,
estes insetos exatamente de bonitos e fofos, mas eles esse enunciador deixa posicionamentos sugeridos,
são muito importantes.” / “Para começo de conversa...” subentendidos para influenciar o leitor (receptor da
mensagem). E nessas situações comunicativas, há in-
15. Todo texto é escrito a partir de uma tema / assunto tenções de evidenciar, “certeza”, “dúvida”, “probabilida-
e com um objetivo para atender às diversas “situações de”, “obrigatoriedade”, “proibição”, algum “sentimento”
de comunicação”. Por isso, escolhemos algum gênero entre outros. No trecho: “Nesse momento, é possível
textual para falar sobre algum assunto. Por exemplo, que você, algum familiar ou conhecido já tenham pen-
quando queremos informar sobre um acontecimen- sado em como seria bom acabar com todas as baratas
to (real) escrevemos uma “notícia”, se quisermos falar do mundo.”, na expressão destacada predomina
sobre situações inusitadas do dia a dia , podemos es- ( ) dúvida ( ) obrigatoriedade
crever uma crônica, por exemplo. Se a necessidade, em ( ) probabilidade ( ) subjetividade
uma situação comunicativa, for difundir um conheci-
Predomina a probabilidade.
mento científico transmitindo informações importan-
tes para a sociedade, escrevemos um / uma
(A) editorial. De olho no Enem!
(B) reportagem.
(C) carta ao leitor.
Estudante, para chegar à resposta da questão
(D) artigo de opinião. 125 (Enem), além da leitura analítica do texto, é fun-
(E) artigo de divulgação científica. damental considerar o enunciado: “ Frequentemen-
Gabarito E. te circulam na mídia textos de divulgação científica
que apresentam informações divergentes sobre um
16. Retire do texto exemplos de palavras / expressões mesmo tema. Comparando os dois textos, constata-
/ trechos que predominam o vocabulário técnico / es- -se que o Texto II contrapõe-se ao I quando” – re-
pecializado / científico. flita sobre o emprego de palavras/expressão-chave
Exemplos de aspectos do vocabulário técnico / espe- como: ‘textos de divulgação científica’/ ‘informa-
cializado / científico: ções divergentes’ / ‘tema’. Veja o que informa o Tex-
“infestação” / “...5 mil espécies diferentes de baratas, to I e o questionamento do Texto II.
que pertencem à ordem Blattodea.” / “...espécies com
apenas alguns milímetros até as maiores, que podem 19. QUESTÃO 125 – (ENEM - 2013)
chegar a cerca de 10 cm de comprimento (que ocorrem
na Austrália).” / “...ambientes silvestres...” / “...ecossiste- TEXTO I
mas urbanos...” / “...desequilíbrio no ecossistema...” / “... É evidente que a vitamina D é importante — mas
na decomposição desses animais devolvendo os nu- como obtê-la? Realmente, a vitamina D pode ser pro-
trientes presentes nesses cadáveres ao ecossistema...” duzida naturalmente pela exposição à luz do sol, mas
/ “...nas populações dos seus predadores...” / “...ricas em ela também existe em alguns alimentos comuns. Entre-
gorduras e carboidratos, e também uma ótima fonte de tanto, como fonte dessa vitamina, certos alimentos são
cálcio...” / “...biodiversidade...” melhores do que outros. Alguns possuem uma quanti-
dade significativa de vitamina D, naturalmente, e são
17. No trecho: “Além disso, são presas de animais como alimentos que talvez você não queira exagerar: man-
lacraias, aranhas, escorpiões, aves, ratos e morcegos. teiga, nata, gema de ovo e fígado.
Por isso, o desaparecimento das baratas causaria um Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

desequilíbrio no ecossistema. As expressões destaca- TEXTO II


das, respectivamente, estabelecem relações de Todos nós sabemos que a vitamina D (colecalcife-
rol) é crucial para sua saúde. Mas a vitamina D é real-
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mente uma vitamina? Está presente nas comidas que (A) comprova cientificamente que a vitamina D não
os humanos normalmente consomem? Embora exista é uma vitamina.
em algum percentual na gordura do peixe, a vitamina (B) demonstra a verdadeira importância da vitamina
D não está em nossas dietas, a não ser que os humanos D para a saúde.
artificialmente incrementem um produto alimentar,
(C) enfatiza que a vitamina D é mais comumente produ-
como o leite enriquecido com vitamina D. A natureza
zida pelo corpo que absorvida por meio de alimentos.
planejou que você a produzisse em sua pele, e não a co-
locasse direto em sua boca. Então, seria a vitamina D (D) afirma que a vitamina D existe na gordura dos
realmente uma vitamina? peixes e no leite, não em seus derivados.
Disponível em: www.umaoutravisao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012. (E) levanta a possibilidade de o corpo humano produ-
Frequentemente circulam na mídia textos de divulga- zir artificialmente a vitamina D.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2013/dia2_caderno6_cinza.pdf. Acesso em 26 de fev.
ção científica que apresentam informações divergen- 2024.

tes sobre um mesmo tema. Comparando os dois textos, Gabarito C.


constata-se que o Texto II contrapõe-se ao I quando

CAMPO ARTÍSTICO LITERÁRIO - SEMANA 1 e 2 / JUNHO


Prática de Oralidade/Leitura
Gênero discursivo / textual: Conto
OBJETOS DE
CONHECI- Construção composicional dos textos literários./ Práticas de leitura branca e dramática de textos literários das mais
MENTO diferentes tipologias e manifestações literárias. / Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos perten-
centes aos gêneros literários. / Linguagem figurada.

(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para
fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
(EM13LP51) Selecionar obras do repertório artístico-literário contemporâneo à disposição segundo suas predileções, de
modo a constituir um acervo pessoal e dele se apropriar para se inserir e intervir com autonomia e criticidade no meio cultural.
HABILIDADES
DCGOEM (EM13LP52) Analisar obras significativas das literaturas brasileiras e de outros países e povos, em especial a portuguesa,
a indígena, a africana e a latino-americana, com base em ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo,
aspectos discursivos) ou outros critérios relacionados a diferentes matrizes culturais, considerando o contexto de pro-
dução (visões de mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais etc.) e o modo como
dialogam com o presente.

(EF69LP44-A) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo em textos literários.
(EF69LP44-B) Reconhecer, em textos literários, formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades
HABILIDADES e culturas, considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
DC GO -
AMPLIADO (EF69LP47-B) Perceber como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco
PARA RECOM- narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico,
POSIÇÃO das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto, indireto e indireto livre), do uso de pontu-
ação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais
próprios a cada gênero narrativo.

MATRIZ SAEB D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto.

Prática de Leitura/Análise Linguística e Semiótica


Gênero discursivo / textual: Conto
OBJETOS DE Textualidade: estrutura do texto. / Tema/assunto. / Contextualização histórica. / Análise e interpretação do texto
CONHECI- literário. / Coesão: conjunções, preposições e pronomes, advérbios (referentes e referenciais, elementos de coesão).
MENTO / Figuras de linguagem. / Recursos linguísticos. / Estética e estilística na literatura./ Elementos da comunicação. /
Funções da linguagem.
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto.na produção como na leitura/escuta, considerando
a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coe-
sivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão temática, e organizando
informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou
consequência; tese/argumentos; problema solução; definição/exemplos etc.).
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas
HABILIDADES palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as pos-
DCGOEM sibilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais
que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou
orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização
(uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo
adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção.

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(EF69LP54-B) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação,
HABILIDADES metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decor-
DC GO - rentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subor-
AMPLIADO dinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços,
PARA RECOM- tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
POSIÇÃO (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articulado-
res textuais).
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. / D10 - Identificar
o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa./ D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva
MATRIZ SAEB presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc. / D18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da esco-
lha de uma determinada palavra ou expressão./ D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. / D19- Reconhecer
o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

GRUPO DE ATIVIDADES público. Há diferentes tipos de contos, como “conto


de acumulação”, “conto tradicional”, “conto de assom-
Semana 1 - Junho bração”, “conto de fadas”, “conto moderno” entre ou-
tras possibilidades.
Contextualizando o gênero
textual, o tema e o campo Estudante, os contos estão presentes em todas
de atuação as sociedades, eles ultrapassam fronteiras, épocas,
e, por todos os lugares onde contos passam, eles so-
Prática de Oralidade / Leitura / Análise e Semiótica frem adaptações, ganham marcas culturais de cada
povo. Muitas vezes lemos um conto em diferentes
1. Antes de ler os textos, vamos conversar? versões sobre o mesmo acontecimento. Dizem que
• Você já ouviu muitas histórias quando era criança? “quem conta um conto acerta no ponto” ou “quem
Lembra de alguma? conta um conto aumenta um ponto” – ler/reler é en-
• Você sabe o que é narrar? Dê um exemplo. contrar um aspecto/ponto para refletir sobre a vida
e a história do homem brasileiro, por exemplo, em
• A palavra “conto” faz você se lembrar de alguma
um determinado período.
história que tenha lido na escola?
• Você se lembra dos elementos que compõem uma Nestas aulas vamos trabalhar com o gênero ''conto''.
narrativa? Pode dar exemplos? Aproveite para trabalhar os aspectos da literatura goia-
na, bem como, o estilo literário que você já está traba-
► Conhecendo o gênero textual
lhando com os(as) estudantes. Fale sobre os diversos
O Conto é um gênero textual literário que se des- contistas, apresente outros contos, indique pesquisas,
taca por sua habilidade de contar uma história curta desenvolva análises literárias mostrando o contexto
a partir de uma estrutura narrativa bastante resumi- históricos, social e cultural. fale sobre épocas, estilo e
plurisignificação da linguagem entre outros aspectos.
da. A capacidade de síntese é um elemento essencial
no desenvolvimento do conto uma vez que, de modo Professor(a), converse com os(as) estudantes sobre a
breve, é necessário arquitetar um enredo que arti- grande poetisa e contista goiana, Cora Coralina, pseu-
cule narradores e seus pontos de vista, personagens dônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. No
bem construídos, cenários vívidos e um ritmo cuida- universo literário, é muito comum o uso de um nome
dosamente cadenciado para produzir efeitos de sen- fictício. Proponha um diálogo para que, após a leitura
tido como antecipação, surpresa e suspense. E tudo do conto intitulado “Medo”, antecipem possíveis acon-
isso para levar os leitores ao “desfecho de um confli- tecimentos, fatos, ações, personagens da narrativa. O
to” posto e solucionado em um espaço limitado. Isso objetivo dessas antecipações é envolver os(as) estu-
significa que, nesse gênero, existem poucas persona- dantes na leitura, observando o contexto do texto lido
gens, o tempo e o espaço são reduzidos ao essencial para, assim, compreender os sentidos do texto, bem
e, além disso, o enredo, ou seja, a sequência de ações como os elementos que constroem a narrativa.
pelas quais as personagens passam, é marcado pela Leia o texto.
existência de um único acontecimento relevante. Texto I
Desse modo, geralmente, o conto apresenta apenas
um clímax, ou seja, o momento de maior tensão na Medo
narrativa. Há diversos tipos de conto e categorizar Cora Coralina
esses tipos, ou seja, as subdivisões do gênero vão Não há nada de que a criatura humana tenha mais pa-
depender de diversos fatores, como a época em que vor do que de morto. Deve haver realmente e de forma
o enredo ocorre, o tipo de personagem, ou ainda o obscura uma força tremenda, invisível e imensurável da
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parte de quem morreu sobre aquele que anda firme na 3. Quando se pensa na produção de “textos narra-
vida, anulando neste a capacidade de resistir à presença, tivos”, é fundamental atentar-se para o fato de que o
ao contato ou à simples suspeita da aproximação daque- “enredo”, ou seja, a “história completa”, deve ser a “re-
le. Daí as inibições físicas e psíquicas, incontroladas, mes- criação da realidade” e não uma “reprodução da reali-
mo quando se trata de pessoas queridas que já se foram. dade”. Para que aconteça essa recriação, a narrativa,
O pavor domina o vivo obliterando todo o meca- ao ser construída, precisa de elementos característicos
nismo do raciocínio e da capacidade de indagação e e essenciais, dentre eles, os principais são: “enredo” - a
pesquisa esclarecedora do sobrenatural quando este sequência de acontecimentos da história / “narrador”
se apresenta espontaneamente. Falta aos mais deste- - a voz que conta a história / “personagem” - quem
midos e temerários a coragem de perguntar, de inque- participa da história / “lugar / espaço” - onde as ações
rir. Nem os descrentes e corajosos e afoitos se sentem acontecem / “tempo” - quando as ações acontecem./
com a coragem de fazer perguntas ou indagar qualquer “desfecho” - solução para o conflito. No texto “Medo”,
coisa quando o caso se apresenta. Desse modo, medo um homem (personagem da história), que precisava se-
obscuro, profundo e selvagem que a criatura não con- guir viagem “aceitou viajar na coberta com os volumes
seguiu disciplinar, surgem os casos trágicos, cômicos e e o caixão vazio.”, pois estava
humorísticos acontecidos com alguns mortos aparen- ( ) cansado de viajar.
tes que tornaram a vida e até mesmo, a simples aparên- ( ) com medo da estrada.
cia, suposição e engano, ligados à ideia da morte.
( ) começando a chover forte.
Viajava uma jardineira, expresso ou perua, como
Estava começando a chover forte.
se diz, de Goiânia para Goianápolis. Levava na coberta,
entre malas e trouxas, um caixão vazio de defunto, des- 4. Os segmentos físicos que servem de cenário durante
tinado para uma pessoa falecida naquele distrito. o desenrolar das ações, movimentos das personagens
Logo adiante na estrada, um homem parado dá si- durante a narrativa constituem o “espaço / lugar.” No
nal e a perua para. conto “Medo”, em qual lugar se passam os aconteci-
Dentro, tudo cheio. O homem que precisava de se- mentos, fatos da história narrada?
guir sua viagem aceitou viajar na coberta com os volu- O espaço / lugar é de Goiânia para Goianápolis.
mes e o caixão vazio. Subiu. O tempo tinha se fechado
para chuva e logo começou a pingar grosso. O sujeito 5. Uma narrativa pode ser pensada, estruturada con-
em cima achou que não seria nada demais ele entrar siderando uma “situação inicial que caminha para uma
dentro do caixão e ali se defender da chuva. Pensou e situação final.” No conto, por exemplo, as transforma-
melhor fez. Entrou, espichou bem as pernas, ajeitou a ções / ações decorrem do surgimento de um ‘conflito’
cabeça na almofadinha que ia dentro, puxou a tampa e, entre as personagens. O ‘conflito’ é um elemento que
bem confortado, ouvia a chuva cair. está dentro do “enredo” e que rompe o equilíbrio da si-
Mais adiante, dois outros esperavam condução. tuação inicial por causa das atitudes de alguma perso-
Deram sinal e a perua parou de novo: os homens subi- nagem ou de um acontecimento. O conflito movimenta
ram a escadinha e se acocoraram no alto. Iam conver- as ações do texto. No conto “Medo”, quando esse con-
sando e molhados com a chuva fina e insistente. flito tem início? Explique.
Passado algum tempo o que ia resguardado escu- O conflito tem início quando o homem, que pediu carona,
tando a conversa ali em cima levantou devagarinho a entra dentro do caixão vazio para se defender da chuva.
tampa do caixão e perguntou de dentro, só isto: “Com-
panheiro, será que a chuva já passou?”. Foi um salto só, 6. O “conflito” na narrativa é o momento em que o equi-
que os dois embobados fizeram do coletivo correndo. líbrio se rompe e as ações se desenvolvem até chegar
a um “clímax”, mais um elemento do enredo, que é o
Um quebrou a perna, o outro partiu braços e cos- (ponto máximo de tensão resultante das ações / trans-
telas e ficaram ambos estatelados do susto e sem fala, formações vividas pelas personagens da história). No
na estrada. conto “Medo”, qual é o ‘clímax’, isto é, o momento de
Cora Coralina. In. Medos e assombrações.
maior tensão que balança a história?
O ponto de maior tensão foi quando o homem (per-
2. O título pode fisgar o leitor e ajudá-lo na intuição
sonagem) levantou devagarinho a tampa do caixão e
de sentidos, levantamento de hipóteses, por exemplo.
perguntou se a chuva já tinha passado, as outras perso-
Pode despertar no leitor desejo de ler / conhecer o
nagens se assustam e saem correndo.
texto. Leia o título do conto da escritora Cora Coralina
e escreva alguns sentimentos, sensações, emoções que 7. A construção de um ‘enredo’, ou seja, da sequência
esse título pode despertar. de acontecimentos na história, exige também a presen-
Eis alguns exemplos: pavor, temor, receio, ameaça, susto. ça da “solução do conflito”, isto é, o “desfecho” (elemen-
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to que compõe a narrativa). Qual é o trecho do texto


também, o conto infantojuvenil, isto é, uma história
que apresenta o desfecho?
voltada para jovens e crianças. Geralmente, a lingua-
O trecho do texto é: “Um quebrou a perna, o outro par- gem explorada nesses contos é mais simples e as te-
tiu braços e costelas e ficaram ambos estatelados do máticas são relacionadas a conflitos comuns na vida
susto e sem fala, na estrada.” desse público-alvo. Existe, ainda, o conto de fadas,
isto é, uma narrativa marcada pela existência de fadas
8. Os verbos são palavras que indicam ação / estado / e outras criaturas mágicas entre suas personagens.
fenômeno da natureza. No trecho: “Entrou, espichou
bem as pernas, ajeitou a cabeça na almofadinha que ia
dentro, puxou a tampa e, bem confortado, ouvia a chu- Uma pitada de literatura!!!
va cair.” , predominam “ações” gradativas / contínuas.
A linguagem do realismo é baseada na realida-
Justifique essa afirmação.
de do cotidiano comum, marcada pela tendência ao
Espera-se que o(a) estudante perceba que a gradação cientificismo e à oposição ao romantismo. Os escrito-
ocorre por causa das ações (sequenciadas) uma a uma, res do realismo não utilizavam a subjetividade como
de modo intencional, que contribuem para envolver forma de expressão em suas obras. Considerada uni-
o leitor e levá-lo a imaginar o que vai acontecer (ficar versal, culta, impessoal, clara, direta e, obviamente,
bem confortável para ouvir a chuva). realista, a linguagem do realismo sofreu influência
direta das obras literárias do século XIX, época em
9. No trecho: “...um caixão vazio de defunto, destinado que os artistas seguiam a tendência da filosofia, do
para uma pessoa falecida naquele distrito.”, a palavra positivismo e da ciência. Os escritores do realismo
destacada é uma preposição que nesse trecho estabe- passaram a descrever pensamentos, sensações, sen-
lece uma ideia de timentos, anseios, devaneios entre outros aspectos,
(A) adição. (D) conclusão. o que marcou bastante a linguagem do realismo. [...]
(B) oposição. (E) explicação. No Brasil, Machado de Assis (1839-1908) é conside-
(C) finalidade. rado o grande percussor do realismo com a publi-
cação do romance intitulado “Memórias Póstumas
Gabarito C.GRUPO DE ATIVIDADES
de Brás Cubas”, no ano de 1881, marca do início do
movimento no país. [...] Os artistas retratavam per-
sonagens mais reais com fraquezas, erros, pecados,
ampliando defeitos, anseios e pensamentos negativos. [...] As
os conhecimentos principais caraterísticas do realismo no Brasil são: o
uso da veracidade e da contemporaneidade, a crítica
à realidade social sofrida do período, o uso da ironia
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
como marca retórica e a descrição dos pensamentos
Professor(a), converse com os(as) estudantes sobre al- e anseios das personagens de forma realista. [...]
guns aspectos da literatura (linguagem plurissignifica- Disponível em:https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/a-linguagem-do-realismo. Acesso em 29 de fev.
2024 (adaptado).
tiva, contexto histórico, social, cultural entre outros).
Reveja com os(as) estudantes o que é “texto literário Machado de Assis é um dos autores mais prová-
e não literário”, linguagem “denotativa e conotativa”. veis de serem temas de questões em vestibulares,
Professor(a), antes de iniciar as atividades do próximo como na prova de literatura do Enem. Fundador da
texto, sugerimos que você trabalhe a música “Másca- Academia Brasileira de Letras, ele tinha um estilo de
ra” da cantora Pitty, disponível em https://www.letras. escrita marcante e suas obras contam com a meta-
mus.br/pitty/80314/, estabeleça um diálogo com os(as) linguagem, a ironia e a intertextualidade, além de se
estudantes retomando o título e a letra da música e o fazerem presentes não só nas provas, mas também
texto/conto: “O espelho” do escritor Machado de Assis. no nosso cotidiano. Afinal, quem nunca acabou de-
batendo com alguém sobre a hipótese de Capitu ter
ou não traído Bentinho?

Existem vários tipos de contos, como por exem-


plo: conto de ficção científica. No enredo desse con-
to, há a presença de elementos que não existem em
nossa realidade, mas que poderiam existir devido ao
avanço tecnológico e científico. Há o conto fantástico,
ou seja, uma narrativa com a presença de persona-
gens e acontecimentos impossíveis na realidade sem
explicação racional, elementos sobrenaturais. Existe, Disponível em:https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/enem/machado-de-assis-o-que-estudar-para-o-vestibular.
Acesso em 29 de fev. 2024.

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Leia o texto. fora, outra que olha de fora para entro....[...] A alma ex-
terior pode ser um espírito, um fluido, um homem, mui-
Texto II
tos homens, um objeto, uma operação. Há casos, por
O espelho exemplo, em que um simples botão de camisa é a alma
Esboço de uma nova teoria da alma humana exterior de uma pessoa; - e assim também a polca, o
Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, voltarete, um livro, uma máquina, um par de botas, uma
várias questões de alta transcendência, sem que a dis- cavatina, um tambor, etc. Está claro que o ofício des-
paridade dos votos trouxesse a menor alteração aos sa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira;
espíritos. A casa ficava no morro de Santa Teresa, a as duas completam o homem, que é, metafisicamente
sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se falando, uma laranja. Quem perde uma das metades,
misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a perde naturalmente metade da existência; e casos há,
cidade, com as suas agitações e aventuras, e o céu, em não raros, em que a perda da alma exterior implica a
que as estrelas pestanejavam, através de uma atmos- da existência inteira. Shylock, por exemplo. A alma ex-
fera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou terior aquele judeu eram os seus ducados; perdê-los
cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo equivalia a morrer. "Nunca mais verei o meu ouro, diz
amigavelmente os mais árduos problemas do universo. ele a Tubal; é um punhal que me enterras no coração."
Vejam bem esta frase; a perda dos ducados, alma exte-
Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram
rior, era a morte para ele. Agora, é preciso saber que a
quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala
alma exterior não é sempre a mesma...
um quinto personagem, calado, pensando, cochilando,
cuja espórtula no debate não passava de um ou outro - Não?
resmungo de aprovação. Esse homem tinha a mesma - Não, senhor; muda de natureza e de estado. Não
idade dos companheiros, entre quarenta e cinquen- aludo a certas almas absorventes, como a pátria, com
ta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não a qual disse o Camões que morria, e o poder, que foi a
sem instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. alma exterior de César e de Cromwell. São almas enér-
Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com gicas e exclusivas; mas há outras, embora enérgicas, de
um paradoxo, dizendo que a discussão é a forma po- natureza mudável. Há cavalheiros, por exemplo, cuja
lida do instinto batalhador, que jaz no homem, como alma exterior, nos primeiros anos, foi um chocalho ou
uma herança bestial; e acrescentava que os serafins e um cavalinho de pau, e mais tarde uma provedoria de
os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a irmandade, suponhamos. Pela minha parte, conheço
perfeição espiritual e eterna. Como desse esta mesma uma senhora, - na verdade, gentilíssima, - que muda de
resposta naquela noite, contestou-lha um dos presen- alma exterior cinco, seis vezes por ano. Durante a esta-
tes, e desafiou-o a demonstrar o que dizia, se era capaz. ção lírica é a ópera; cessando a estação, a alma exterior
Jacobina (assim se chamava ele) refletiu um instante, e substitui-se por outra: um concerto, um baile do Cassi-
respondeu: no, a rua do Ouvidor, Petrópolis...
- Pensando bem, talvez o senhor tenha razão. - Tinha vinte e cinco anos, era pobre, e acabava de
Vai senão quando, no meio da noite, sucedeu que ser nomeado alferes da Guarda Nacional. Não imagi-
este casmurro usou da palavra, e não dois ou três minu- nam o acontecimento que isto foi em nossa casa. Minha
tos, mas trinta ou quarenta. A conversa, em seus mean- mãe ficou tão orgulhosa! tão contente! Chamava-me o
dros, veio a cair na natureza da alma, ponto que dividiu seu alferes. Primos e tios, foi tudo uma alegria sincera
radicalmente os quatro amigos. Cada cabeça, cada e pura. Na vila, note-se bem, houve alguns despeita-
sentença; não só o acordo, mas a mesma discussão tor- dos; choro e ranger de dentes, como na Escritura; e o
nou-se difícil, senão impossível, pela multiplicidade das motivo não foi outro senão que o posto tinha muitos
questões que se deduziram do tronco principal e um candidatos e que esses perderam. Suponho também
pouco, talvez, pela inconsistência dos pareceres. Um que uma parte do desgosto foi inteiramente gratuita:
dos argumentadores pediu ao Jacobina alguma opi- nasceu da simples distinção. Lembra-me de alguns ra-
nião, - uma conjetura, ao menos. pazes, que se davam comigo, e passaram a olhar-me de
revés, durante algum tempo. Em compensação, tive
- Nem conjetura, nem opinião, redargüiu ele; uma ou
muitas pessoas que ficaram satisfeitas com a nomea-
outra pode dar lugar a dissentimento, e, como sabem,
ção; e a prova é que todo o fardamento me foi dado por
eu não discuto. Mas, se querem ouvir-me calados, pos-
amigos... Vai então uma das minhas tias, D. Marcolina,
so contar-lhes um caso de minha vida, em que ressalta
viúva do Capitão Peçanha, que morava a muitas léguas
a mais clara demonstração acerca da matéria de que se
da vila, num sítio escuso e solitário, desejou ver-me, e
trata. Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...
pediu que fosse ter com ela e levasse a farda. [...] Acha-
- Duas? va-me um rapagão bonito. Como era um tanto patusca,
- Nada menos de duas almas. Cada criatura humana chegou a confessar que tinha inveja da moça que hou-
traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para vesse de ser minha mulher. Jurava que em toda a pro-
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víncia não havia outro que me pusesse o pé adiante. E derramadas e inacabadas, uma nuvem de linhas soltas,
sempre alferes; era alferes para cá, alferes para lá, alfe- informes, quando tive o pensamento... Não, não são ca-
res a toda a hora. Eu pedia-lhe que me chamasse João- pazes de adivinhar.
zinho, como dantes; e ela abanava a cabeça, bradando - Mas, diga, diga.
que não, que era o "senhor alferes". Um cunhado dela,
- Lembrou-me de vestir a farda de alferes. Vesti-a,
irmão do finado Peçanha, que ali morava, não me cha-
aprontei-me de todo; e, como estava defronte do es-
mava de outra maneira. Era o "senhor alferes", não por
pelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidro
gracejo, mas a sério, e à vista dos escravos, que natural-
reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de
mente foram pelo mesmo caminho. Na mesa tinha eu o
menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o al-
melhor lugar, e era o primeiro servido. Não imaginam.
feres, que achava, enfim, a alma exterior.
[...] Se lhes disser que o entusiasmo da tia Marcolina che-
gou ao ponto de mandar pôr no meu quarto um grande [...]
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000240.pdf. Acesso em 29 de fev. 2024.
espelho, obra rica e magnífica, que destoava do resto da
casa, cuja mobília era modesta e simples... Era um es-
Vocabulário:
pelho que lhe dera a madrinha, e que esta herdara da
espórtula: auxílio, esmola, ajuda
mãe, que o comprara a uma das fidalgas vindas em 1808
cáustico: corrói tecidos orgânicos
com a corte de D. João VI. Não sei o que havia nisso de abstenção: recusa, repúdio
verdade; era a tradição. O espelho estava naturalmen- bestial: animalesco
te muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro, comido em casmurro: teimoso, obstinado
parte pelo tempo, uns delfins esculpidos nos ângulos meandros: voltas
superiores da moldura, uns enfeites de madrepérola e conjetura: suposição
redargüiu: replicou
outros caprichos do artista. Tudo velho, mas bom... polca: dança
- Espelho grande? voltarete: jogo de cartas
cavatina: peça instrumental
- Grande. E foi, como digo, uma enorme fineza,
alferes: patente de oficial abaixo de tenente
porque o espelho estava na sala; era a melhor peça patusca: divertido, brincalhão
da casa. Mas não houve forças que a demovessem do fidalgas: pertencente a nobreza
propósito; respondia que não fazia falta, que era só por obséquios: favores
algumas semanas, e finalmente que o "senhor alferes"
merecia muito mais. O certo é que todas essas coisas,
carinhos, atenções, obséquios, fizeram em mim uma Estudante, o conto de Machado de Assis, “O es-
transformação, que o natural sentimento da mocidade pelho”, subintitulado de modo irônico de “Esboço de
ajudou e completou. Imaginam, creio eu? uma nova teoria da alma humana”, é um conto literá-
- Não. rio e filosófico que discute o processo de formação
da identidade de cada indivíduo e a relação entre
- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias
subjetividade / sentimentalismo e vida pessoal, mos-
as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que
trando como o “olhar dos outros” interfere na ima-
a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte míni-
gem que fazemos de nós mesmos.
ma de humanidade. Aconteceu então que a alma exte-
rior, que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos das
moças, mudou de natureza, e passou a ser a cortesia 10. As palavras / expressões podem ter “sentido deno-
e os rapapés da casa, tudo o que me falava do posto, tativo” e “sentido conotativo”. O sentido dicionarizado
nada do que me falava do homem. A única parte do ci- é o ‘denotativo’, ou seja, objetivo, referencial e literal
dadão que ficou comigo foi aquela que entendia com o (significado próprio, genuíno da palavra / expressão). Já
exercício da patente; a outra dispersou-se no ar e no o ‘sentido conotativo’ é o figurado, ilustrativo, criativo e
passado. Custa-lhes acreditar, não? subjetivo. No trecho: “Se lhes disser que o entusiasmo
da tia Marcolina chegou ao ponto de mandar pôr no
[...]
meu quarto um grande espelho, obra rica e magnífica,
De quando em quando, olhava furtivamente para que destoava do resto da casa, cuja mobília era modes-
o espelho; a imagem era a mesma difusão de linhas, a ta e simples...”, a palavra ‘espelho’ está no sentido deno-
mesma decomposição de contornos... Continuei a ves- tativo ou conotativo? Explique.
tir-me. Subitamente por uma inspiração inexplicável,
Nesse trecho, a palavra ‘espelho’ está no seu sentido
por um impulso sem cálculo, lembrou-me... Se forem
denotativo, pois é uma peça, mobília da casa.
capazes de adivinhar qual foi a minha ideia...
- Diga. 11. No trecho: “Estava a olhar para o vidro, com uma
- Estava a olhar para o vidro, com uma persistên- persistência de desesperado, contemplando as pró-
cia de desesperado, contemplando as próprias feições prias feições derramadas e inacabadas, uma nuvem de

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linhas soltas, informes, quando tive o pensamento...”, a 15. Qual é a intencionalidade do autor ao utilizar, no
ideia predominante nesse trecho é ‘denotativa’ ou ‘co- texto, a repetição do verbo no seguinte trecho: “- Mas,
notativa’? Explique apresentando partes do texto que diga, diga.”?
não estão no seu sentido literal. A repetição foi utilizada para enfatizar a ação verbal
Nesse trecho, predomina a ideia ‘conotativa’, uma vez carregada de uma suposta curiosidade.
que a personagem está olhando para si mesma e ex-
pressando a sua subjetividade, o que está sentindo,
pensando. Inclusive, são apresentados recursos figu- GRUPO DE ATIVIDADES
rados como ‘as próprias feições derramadas e inacaba-
das’, ‘uma nuvem de linhas soltas, informes,...’ Semana 2 - Junho
12. O conto se inicia com um subtítulo: “Esboço de uma
nova teoria da alma humana”, entendemos que o texto SISTEMATIZANDO
os conhecimentos
trata de uma nova teoria, baseada na história de Jaco-
bina sobre a psique humana (alma / espírito). Jacobina,
homem de meia idade, conversa na sala com seus qua-
tro amigos a respeito de diversos assuntos até que toma Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
a palavra e narra uma história que aconteceu com ele Professor(a), retome o conto-teoria “O espelho” e dialo-
quando era jovem e, assim, apresenta sua nova teoria gue com os(as) estudantes que esse texto propõe uma
sobre os homens. Transcreva do texto o fragmento que maneira de olhar e enxergar o mistério da existência
melhor explica a nova teoria apresentada por Jacobina. humana e, além disso, sugere uma interpretação pro-
“Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma funda sobre os processos de formação da identidade
que olha de dentro para fora, outra que olha de fora por meio da fantasia hipotética das “duas almas.” Não
para entro....[...] A alma exterior pode ser um espírito, conseguimos avançar aqui no material na parte literá-
um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma ria, mas você pode fazer isso em sala de aula. Os tex-
operação. Há casos, por exemplo, em que um simples tos machadianos são recorrentes nas provas do Enem,
botão de camisa é a alma exterior de uma pessoa; - e por isso, vale a pena retomar com os(as) estudantes di-
assim também a polca, o voltarete, um livro, uma má- versos aspectos das obras de Machado de Assis, bem
quina, um par de botas, uma cavatina, um tambor, etc. como o período literário e contexto histórico. O conto,
Está claro que o ofício dessa segunda alma é transmitir “O espelho” por exemplo, não pode ser lido de manei-
a vida, como a primeira; as duas completam o homem, ra ingênua, por detrás da atmosfera solene, podemos
que é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem identificar a ironia, presente nas obras do escritor e
perde uma das metades, perde naturalmente metade próprias do estilo dele, que retrata com zombaria a su-
da existência; e casos há, não raros, em que a perda da posta seriedade das discussões filosóficas. Contamos
alma exterior implica a da existência inteira.” com o seu brilhante e necessário trabalho para avan-
çar nessas atividades e ir além, mostrando aspectos da
13. Segundo Jacobina, o cargo eliminou a simplicidade linguagem literária e a rica plurissignificação dos tex-
que antes ele tinha, e, dessa forma, passou a valorizar tos desse escritor.
o quê?
Passou a valorizar só o exterior, isto é, sua posição de 16. O narrador é a voz que conta a história. Quando
hierarquia. ele participa da história e está em (1ª pessoa), é um
“narrador personagem”. Quando o narrador está em
14. No trecho: “Vai senão quando, no meio da noite, (3ª pessoa) e apenas narra / conta o que vê na história,
sucedeu que este casmurro usou da palavra, e não ele é um “narrador observador”. E quando o narrador
dois ou três minutos, mas trinta ou quarenta.”, a pala- está em (3ª pessoa) conta a história e sabe tudo o que
vra destacada pode ser substituída, sem alteração de as personagens sentem e pensam, ele é um “narrador
sentido por onisciente”. Observa-se, no conto em estudo, uma es-
(A) surgiu pécie de “uma história dentro de outra”, dois momen-
(B) escapou tos, o primeiro é narrado por um narrador “onisciente”,
que pode ser confundido com a voz do próprio autor, e
(C) procedeu
o segundo momento é contado por um narrador
(D) antecedeu
( ) personagem, pois participa da história.
(E) aconteceu
( ) observador, porque ele conta apenas o que vê.
Gabarito E.
Resposta: personagem, pois participa da história.

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17. Em: “D. Marcolina, viúva do Capitão Peçanha, que 21. O discurso é o modo como as falas das personagens
morava a muitas léguas da vila, num sítio escuso e so- são introduzidas na narrativa. É por meio da “voz” do
litário...”, o trecho destacado, considerando os elemen- “narrador” que conhecemos o desenrolar da história,
tos da narrativa, é o dos acontecimentos, ações das personagens, porém,
(A) clímax. é por meio da “voz” das personagens que conhecemos
as ideias, sentimentos, opiniões dessas personagens.
(B) tempo.
No “discurso direto”, as personagens conversam entre
(C) conflito. si (sem a voz do narrador). Geralmente, nesse discur-
(D) enredo. so aparece o uso de “travessão”, “aspas”, “dois pontos”,
(E) espaço. verbos de elocução, que indicam fala, por exemplo: “Ele
Gabarito E. disse: - Estou estudando.” No “discurso indireto”, nar-
rador conta o que as personagens falam, por exemplo,
18. O escritor Machado de Assis critica de modo irôni- “Ele disse que estava estudando! Esse tipo de discurso
co o fato de as pessoas cumprirem seus papéis sociais também pode ser introduzido por verbos de elocução,
utilizando, de certa forma, uma “máscara”, uma “fan- pelo uso de conjunções, como “que / se”. Já o “discur-
tasia”. O conto, “O espelho”, mostra a teoria das duas so indireto livre”, não é introduzido por verbos de elo-
almas, de modo figurado, conotativo, cheio de alego- cução, nem por sinais de pontuação ou conjunções.
rias e com bastante ironia (característica das obras ma- Nesse tipo de discurso, há uma mistura dos discursos
chadianas), o império das aparências. Percebe-se que “direto e indireto” quando o narrador assume o lugar
a obra faz refletir sobre a ideia de que há uma socie- de uma personagem e expressa sentimentos, opiniões,
dade, na qual a máscara de um cargo vale mais do que pensamentos dentro da narrativa. Exemplo: “Ele esta-
a pessoa que o ocupa. Transcreva um trecho do texto, va estudando... As horas passaram e eu nem percebi.”.
que em sentido figurado e fantasioso, mostra a ideia da Transcreva, do conto em estudo, um trecho de um dis-
teoria das duas almas e as “aparências.” curso indireto livre.
“- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as Exemplo de um discurso indireto livre: “Pela minha par-
duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que a te, conheço uma senhora, - na verdade, gentilíssima, -
primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte mínima que muda de alma exterior cinco, seis vezes por ano.”
de humanidade. Aconteceu então que a alma exterior,
que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos das moças, 22. Na língua temos seis funções da linguagem: na refe-
mudou de natureza, e passou a ser a cortesia e os ra- rencial predomina a mensagem, o sentido denotativo.
papés da casa, tudo o que me falava do posto, nada do A fática busca um canal de comunicação entre emissor
que me falava do homem. A única parte do cidadão que e receptor. A metalinguística é a língua falando sobre a
ficou comigo foi aquela que entendia com o exercício própria língua. A emotiva / expressiva mostra a subjeti-
da patente; a outra dispersou-se no ar e no passado.” vidade. A apelativa convence o leitor. E a poética apre-
senta uma mensagem criativa, ilustrativa com mais de
19. Os textos podem fazer referências a outros textos, uma interpretação. No trecho: “A alma exterior pode
bem como a outros discursos (intertextualidade / inter- ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens,
discursividade). Aponte um trecho no qual o escritor um objeto, uma operação. Há casos, por exemplo, em
Machado de Assis faz referência à escrita do poeta Ca- que um simples botão de camisa é a alma exterior de
mões. Destaque em sua resposta o que disse o poeta. uma pessoa; - e assim também a polca, o voltarete, um
“Não aludo a certas almas absorventes, como a pátria, livro, uma máquina, um par de botas, uma cavatina, um
com a qual disse o Camões que morria, e o poder, que tambor, etc.”, predomina qual função da linguagem?
foi a alma exterior de César e de Cromwell.” No trecho predomina a função poética da linguagem.

20. Em: “Entre a cidade, com as suas agitações e aven- 23. Para que foi utilizado, predominantemente, o pon-
turas, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, atra- to de interrogação no trecho: “Em primeiro lugar, não
vés de uma atmosfera límpida e sossegada...”, a expres- há uma só alma, há duas...
são destacada, considerando as figuras de linguagem, - Duas?”
é um / uma (A) certeza.
(A) antítese. (B) aceitação.
(B) hipérbole. (C) indagação.
(C) catacrese. (D) indignação.
(D) eufemismo. (E) perplexidade.
(E) personificação. Gabarito E.
Gabarito E.
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24. Há palavras que são utilizadas na construção de um fita enxovalhada, faziam-lhe um solidéu natural, cuja
texto para indicar diversas circunstâncias, como: nega- borla era suprida por um raminho de arruda. Já vai
ção, modo, tempo, lugar, intensidade, dúvida entre ou- nisto um pouco de sacerdotisa. O mistério estava nos
tras. No trecho: “O espelho estava naturalmente muito olhos. Estes eram opacos, não sempre nem tanto que
velho..”, a palavra ‘muito’ foi utilizada para mostrar uma não fossem também lúcidos e agudos, e neste último
circunstância. Qual? estado eram igualmente compridos; tão compridos e
A palavra ‘muito’ foi utilizada para mostrar uma cir- tão agudos que entravam pela gente abaixo, revolviam
cunstância de intensidade. o coração e tornavam cá fora, prontos para nova entra-
da e outro revolvimento. Não te minto dizendo que as
duas sentiram tal ou qual fascinação. Bárbara interro-
gou-as; Natividade disse ao que vinha e entregou-lhe
De olho no Enem! os retratos dos filhos e os cabelos cortados, por lhe ha-
verem dito que bastava. — Basta, confirmou Bárbara.
Os meninos são seus filhos?
Estudante, para chegar à resposta da questão 29
— São.
(Enem), além da leitura analítica do texto, é funda-
mental considerar o enunciado: “No relato da visita ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994
de duas mulheres ricas a uma vidente no Morro do
Castelo, a ironia — um dos traços mais representati- No relato da visita de duas mulheres ricas a uma viden-
vos da narrativa machadiana — consiste no” – atente te no Morro do Castelo, a ironia — um dos traços mais
para as palavras/expressão-chave do enunciado: ‘re- representativos da narrativa machadiana — consiste no
lato’ / ‘ironia’ / ‘narrativa machadiana’. Considere as
características marcantes dos personagens apresen- (A) modo de vestir dos moradores do morro carioca.
tadas pelo escritor Machado de Assis. (B) senso prático em relação às oportunidades de renda.
(C) mistério que cerca as clientes de práticas de vi-
26. QUESTÃO 29 – (ENEM - 2022) dência.
Esaú e Jacó (D) misto de singeleza e astúcia dos gestos da perso-
nagem.
Bárbara entrou, enquanto o pai pegou da viola e
passou ao patamar de pedra, à porta da esquerda. Era (E) interesse do narrador pelas figuras femininas am-
uma criaturinha leve e breve, saia bordada, chinelinha bíguas.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2022_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 03 de março 2023.
no pé. Não se lhe podia negar um corpo airoso. Os ca-
Gabarito D.
belos, apanhados no alto da cabeça por um pedaço de

CAMPO JORNALÍSTICO MIDIÁTICO - SEMANA 3


Prática de Produção de Texto

OBJETOS DE Gênero discursivo / textual: Conto.


CONHECI-
MENTO Produção de texto escrito.

(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua ade-
quação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se pretende
HABILIDADES passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao
DCGOEM contexto imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística
apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada,
mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.

HABILIDADES
DC GO - (EF89LP35-A) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, narrativas de ficção científica, entre outros, com
AMPLIADO
PARA RECOM- temáticas próprias ao gênero.
POSIÇÃO

D6-Identificar o tema de um texto. / D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D10 - Identificar
o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. / D3- Inferir o sentido de uma palavra ou
expressão. / D4- Inferir uma informação implícita em um texto. / D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto,
MATRIZ SAEB identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. / D18 - Reconhecer o efei-
to de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. / D14 - Distinguir um fato da opinião
relativa a esse fato. / D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. /
D11- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elemntos do texto.

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Semana 3 - Junho criar deve estabelecer um conflito envolvendo a rea-


lidade da personagem e aquilo que ela deseja viver. A
Prática de Produção de Texto sugestão é que seu conto tenha um desfecho, ou seja,
uma solução para o conflito.
Professor(a), oriente os(as) estudantes durante a pro-
dução de texto! Reflita com eles(as) sobre a proposta 2. Leia a coletânea a seguir.
de escrita realizando atividades de leitura, interpreta- Coletânea
ção de texto, análise das marcas linguísticas presentes
nos textos da “coletânea” e em outros que porventura Texto I
você leve para a sala de aula. Retome as características Futuro antecipado: como a ficção científica molda
próprias do gênero “conto”: elementos que compõem nossas tecnologias emergentes
a narrativa, aspectos linguísticos e semióticos dentre
outros. Construa, junto com os(as) estudantes, estra-
tégias para que desenvolvam capacidades de antecipar
os significados de um texto, relacionar e selecionar in-
formações, fazer inferências, identificar pelo contexto
palavras que eles(as) ainda não conhecem o significado
dentre outros aspectos. Ao longo do processo de pro-
dução, é fundamental retomar com os(as) estudantes
os conhecimentos adquiridos na sequência de ativida-
des do gênero conto (contexto de produção e circula-
ção, forma composicional do gênero e elementos lin-
guísticos). Consideramos a “produção textual” parte do
eixo: “Sistematizando os conhecimentos.” O surgimento das luzes no fim do túnel do tempo
geralmente acontece primeiramente na tela de um ci-
PRODUÇÃO TEXTUAL nema ou nas páginas de um livro de ficção científica.
Estas obras visionárias, muito mais que simples en-
Caro(a) estudante, nesta etapa, você irá produzir
tretenimento, são espelhos que refletem o futuro, an-
um Conto. Para isso, leia e interprete a proposta de
tecipando tecnologias, tendências e questionamentos
escrita, os textos da coletânea, observe as caracterís-
éticos que, em última análise, moldam nosso mundo.
ticas e a estrutura do gênero, bem como relembre as
explicações realizadas pelo(a) professor(a) durante as São canções de ninar que embalam os sonhos dos en-
aulas sobre o gênero conto. genheiros, cientistas e futuristas. Mundos virtuais imer-
sivos, máquinas conscientes, viagens intergalácticas e
HORA DE PRODUZIR!
clones de seres humanos não são mais meras histórias de
1. O conto é um gênero do discurso narrativo. Sua ficção, mas sim questões tangíveis na pauta do dia.
estrutura é de pouca extensão. Essa característica de
Nesse contexto, a relação simbiótica entre a ficção
síntese exige um número reduzido de personagens, es-
científica e o desenvolvimento tecnológico tem se es-
trutura temporal e espacial (tempo / espaço) e as ações
treitado ao longo dos anos.
são limitadas. O narrador constrói o ponto de vista a
partir do qual a história será contada. O enredo, por sua A arte imita a vida e a vida imita a arte, num ciclo
vez, apresenta um único conflito. No desenvolvimento constante de inspiração e inovação.
do texto, esse conflito poderá ou não ser solucionado. Nesse cenário de inspirações recíprocas, quatro
Imagine que seus amigos, observadores de seu áreas de avanços tecnológicos se destacam pela sua
comportamento diário, dirigem-se a você, afirmando frequente presença na ficção científica e impacto cres-
que você está navegando demais na internet, que até cente na nossa sociedade: a Inteligência Artificial, a via-
parece estar vivendo mais na fantasia da ficção dos gem espacial, a Realidade Virtual e a clonagem.
filmes e nas possibilidades desenvolvidas na Realida- [...]
de Virtual do que na realidade concreta. Então, você Na realidade, a IA tem se tornado cada vez mais
passa a refletir sobre o que disse seus amigos e resolve onipresente em nossas vidas. Algoritmos de apren-
escrever um conto sobre uma pessoa, que compulsi- dizado de máquina alimentam nossos assistentes vir-
vamente, assiste filmes, séries e se interessa sobre as- tuais, ajudam a dirigir nossos carros autônomos, e até
suntos, como a Inteligência Artificial, viagem espacial, a mesmo influenciam nosso comportamento de consu-
clonagem, enfim, sobre o universo tecnológico. A com- mo através de recomendações personalizadas.
posição da personagem principal deve estar baseada A IA deixou de ser um conceito abstrato de labora-
no tema: Fantasia tecnológica: impulso para o futuro tórios de pesquisa para se tornar uma presença cons-
e / ou impulso de alienação? A história que você vai tante em nosso dia a dia.
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Viagem espacial: da fantasia à realidade Semana 4 - Junho


O fascínio da ficção científica pela viagem espacial
Desde os primórdios da ficção científica, a viagem REVISITANDO A MATRIZ SAEB
espacial tem sido um símbolo de avanço e descober-
ta, pintando um futuro no qual as estrelas estão ao Professor(a), para finalizar as atividades propostas
nosso alcance. neste material, vamos revisitar a Matriz do Saeb traba-
Livros como “Guerra dos Mundos” de H.G. Wells lhando com alguns descritores: D12 / D15 / D6 / D13 /
e a icônica série “Star Trek” popularizaram a ideia de D10 / D5 / D7 / D8 / D14 / D2. Conforme pressupostos
viagens interplanetárias e intergalácticas, fazendo-nos teóricos que norteiam os instrumentos de avaliação,
sonhar com a imensidão do universo e nossas possíveis essa matriz é o referencial do que será avaliado, nesse
posições nele. Essas histórias nos desafiam a imaginar caso, em Língua Portuguesa, informando as competên-
como a humanidade poderia ultrapassar as fronteiras cias e habilidades esperadas dos(as) estudantes. O tra-
do nosso planeta e explorar o cosmos. balho com as questões/itens contribui para que sejam
identificadas/compreendidas algumas fragilidades que
[...]
devem ser superadas pelos(as) estudantes que preci-
Explorando o desconhecido sam dominar habilidades que os(as) capacitem a viver
A exploração espacial não é apenas uma questão em sociedade, sendo sujeitos e atuando, de modo ade-
de tecnologia, mas também de coragem e curiosidade. quado e relevante, nas mais diversas situações comuni-
Cada novo horizonte apresenta seus próprios desa- cativas. Nesse sentido, é necessário considerar que os
fios e mistérios, de entender a física por trás de buracos descritores indicam as habilidades linguísticas que pre-
negros a descobrir se estamos sozinhos no universo. cisam ser desenvolvidas com proficiência pelos(as) es-
Assim como na ficção científica, a viagem espacial tudantes. O descritor, propriamente dito, é o detalha-
na vida real nos força a enfrentar o desconhecido, a ex- mento de uma habilidade cognitiva (em termos de grau
pandir nossa compreensão e a imaginar novas possibi- de complexidade) que está sempre associada a um de-
lidades para a existência humana. terminado conteúdo que o(a) estudante deve dominar.
Entendemos que o foco do nosso material é o trabalho
Com tudo isso em mente, fica claro que a viagem es- com a Recomposição de Aprendizagem e o avanço da
pacial não é mais apenas um sonho distante, mas uma proficiência por meio de atividades que desenvolvem
realidade emergente. E à medida que continuamos a as habilidades do currículo, porém é importante reto-
explorar o universo, somos lembrados de como as his- mar alguns descritores já estudados para refletir sobre
tórias que contamos sobre o futuro podem, de fato, determinadas competências básicas e essenciais e, as-
moldar esse futuro. Hoje, estamos vivendo a fantasia sim, permitir que os(as) estudantes consolidem compe-
da ficção científica, transformando a antiga “ficção” em tências fundamentais para o exercício da cidadania nas
maravilhosas verdades científicas. diversas situações comunicativas, como a participação
Disponível em:https://www.markp.com.br/2023/07/futuro-antecipado-como-a-ficcao-cientifica-molda-nossas-tecnologias-emer-
gentes/. Acesso em 04 de mar. de 2024. exitosa nas avaliações externas.
Texto II
Caro(a) estudante, finalizando este material, va-
Testes mos resolver questões / itens para revisitar alguns
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um descritores com o objetivo de refletir sobre quais ha-
site da internet. O nome do teste era tentador: “O que bilidades linguísticas já conhecemos e dominamos de
Freud diria de você ”. Uau. Respondi a todas as pergun- modo eficiente. Vamos lá?
tas e o resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da
sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso Leia o texto.
você buscou conhecimento intelectual para seu ama- Bip, celular “tijolão” e disquete: veja tecnologias que
durecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que acon- são puro saudosismo
teceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma
consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele Objetos já foram muito importantes, mas, hoje, fora
acertou na mosca. de uso, geram apenas saudade em quem viveu na épo-
ca de seu auge
Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo
que não me falta, então resolvi voltar ao teste e respon- O primeiro Macintosh completou 40 anos em 24
der tudo diferente do que havia respondido antes. Mar- de janeiro de 2024. A máquina criada por Steve Jobs
quei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a foi uma das várias que ajudou o mundo a chegar na era
ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, do digital que vivemos atualmente.
que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infân- Assim como esse computador, outras criações tec-
cia a marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou nológicas também ajudaram a reinventar as formas das
conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. pessoas se relacionarem umas com as outras e com o
MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado). espaço a sua volta.
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Equipamentos telefônicos e de mensagens, apare- [...]


lhos de música, dispositivos para guardar informações, A partir de uma modelagem epidemiológica, os
entre outros. Várias criações a seu tempo foram inova- pesquisadores calcularam o número de mortes não
ções enormes, mas, hoje, não são mais utilizadas. naturais ligadas ao consumo de ultraprocessados no
Quem se lembra do celular “tijolão”, do bip, do dis- Brasil [...]. “Nossa modelagem considera como fator de
quete, do aparelho de som para três CDs? Pois é, eles risco para a ocorrência de mortes prematuras quanto
fizeram história.[...] uma população consome de ultraprocessados e asso-
Disponível em:https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/bip-celular-tijolao-e-disquete-veja-tecnologias-que-sao-puro-saudosismo/.
Acesso em 05 de mar. 2024.
cia esse dado à estimativa de risco e morte por todas
as causas, segundo a literatura científica internacio-
1. Esse texto foi escrito para nal”, explica o biólogo Eduardo Nilson, pesquisador
associado ao Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em
(A) contar sobre o que aconteceu com: Bip, celular Nutrição e Saúde, da Universidade de São Paulo (Nu-
“tijolão” e disquete. pens-USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em
(B) descrever os tipos de aparelhos tecnológicos que Brasília, autor principal do primeiro estudo.
fizeram sucesso. [...]
(C) relatar sobre o primeiro Macintosh criado por Disponível em:https://www.todamateria.com.br/texto-de-divulgacao-cientifica/. Acesso em 05 de mar. 2024 (adaptado).

Steve Jobs no passado.


3. Qual é o tema desse texto?
(D) informar sobre os objetos tecnológicos que estão
em desuso na atualidade. (A) O declínio do processo mental de memória dos
brasileiros no Brasil.
(E) expor um ponto de vista a respeito dos equipa-
mentos telefônicos e de mensagens. (B) O consumo excessivo de alimentos ultraproces-
Gabarito D. sados e suas consequências.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. (C) As importantes publicações na revista American
Journal of Preventive Medicine.
2. No trecho: “Equipamentos telefônicos e de mensa- (D) Os dois trabalhos que se destacaram no país e as
gens, aparelhos de música, dispositivos para guardar mortes prematuras de brasileiros.
informações, entre outros.”, o termo destacado esta-
(E) O modelo epistemológico dos pesquisadores que
belece uma relação de
calculam o número de mortes naturais.
(A) condição. Gabarito B.
(B) finalidade. D6 - Identificar o tema de um texto.
(C) conclusão.
4. Considerando as características próprias desse tipo
(D) explicação.
de texto, identificam-se marcas linguísticas predomi-
(E) concessão. nante do uso
Gabarito B.
(A) jornalístico, pela imparcialidade das informações.
D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva presente no
texto, marcada por conjunções, advérbios etc. (B) oral, por meio de expressões típicas da oralidade.
Leia o texto. (C) regional, pela presença do vocabulário regionalista.
(D) formal, pelo respeito às normas gramaticais da
O peso dos ultraprocessados
língua.
Estudos associam o consumo desse tipo de comida a
(E) coloquial, por meio do uso do registro de informa-
10% das mortes precoces no Brasil e à aceleração do de-
lidade.
clínio cognitivo. Dois trabalhos recentes feitos no Brasil
Gabarito D.
apontam uma associação estatística significativa entre
D13. Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
o consumo em excesso de alimentos ultraprocessados e
locutor e o interlocutor de um texto.
a ocorrência de mortes evitáveis, somada à aceleração
do processo de declínio cognitivo na população brasilei- Leia o texto.
ra. Um artigo publicado em novembro passado na re- Dão Lalalão
vista American Journal of Preventive Medicine estima
Do povoado do Ão, ou dos sítios perto, alguém pre-
que, em 2019, pelo menos 57 mil óbitos prematuros no
cisava urgente de querer vir por escutar a novela do
país teriam sido causados pela ingestão em demasia de
rádio. Ouvia-a, aprendia-a, guardava na ideia, e, retor-
ultraprocessados. Outro estudo, que saiu em dezembro
nado ao Ão, no dia seguinte, a repetia a outros.
de 2022 na revista científica JAMA Neurology, sugere
que o consumo exacerbado desse tipo de alimento ace- Assim estavam jantando, vinham os do povoado
lera em 28% o declínio da cognição geral dos adultos. receber a nova parte da novela do rádio. Ouvir já ti-
nham ouvido tudo, de uma vez, fugia da regra: falhara
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ali no Ão, na véspera, o caminhão de um comprador de 6. Considerando a linguagem verbal e não verbal, a
galinhas e ovos, seo Abrãozinho Buristém, que carre- ideia que deve ser compreendida de modo predomi-
gava um rádio pequeno, de pilhas, armara um fio no nante, nesse anúncio publicitário, é que o/a
arame da cerca… Mas queriam escutar outra vez, por (A) remédio indicado (Doril) vai resolver o problema
confirmação. — “A estória é estável de boa, mal que da dor de cabeça.
acompridada: taca e não rende…” — explicava o Zuz ao
(B) medicamento tem total contraindicação se uma
Dalberto.
pessoa estiver com dengue.
Soropita começou a recontar o capítulo da nove-
(B) consumidor que tomar 20 comprimidos resolverá
la. Sem trabalho, se recordava das palavras, até com
o problema da dor de cabeça.
clareza — disso se admirava. Contava com prazer de
demorar, encher a sala com o poder de outros altos (C) consumidor que tomar o remédio indicado nesse
personagens. Tomar a atenção de todos, pudesse con- anúncio não terá mais sintomas.
tar aquilo noite adiante. Era preciso trazer luz, nem uns (D) composição do ácido acetilsalicílico e cafeína tor-
enxergavam mais os outros; quando alguém ria, ria de nam o remédio (Doril) analgésico e antitérmico.
muito longe. O capítulo da novela estava terminando. Gabarito A.
ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021. D5 – Interpretar texto com o auxílio de material gráfico
diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
5. O foco narrativo do conto, vidência uma narrador que Leia o texto.
(A) participa dos acontecimentos, sendo assim, é um
A tecnologia a abrir caminho para o futuro (mais
personagem preocupado em mostrar suas ações no
humano)
enredo.
Por Fabio Rodriguez
(B) observa apenas os fatos ao seu redor para mos-
trar o que os personagens sentem e pensam no de- A tecnologia tem o poder de fazer muitas coisas e
correr da história. mudar o mundo tem sido uma delas. Se em 1820 po-
(C) não participa da história, mas tem onisciência de díamos esperar viver em média menos de 35 anos, e
todos os acontecimentos e sabe sobre os pensamen- menos de 20% da população sabia ler e escrever, atual-
tos e sentimentos dos personagens. mente a esperança de vida duplicou e mais de 80% das
pessoas no mundo são alfabetizadas, um número que
(D) se apresenta neutro e não deixa que o leitor per- sobe em Portugal. Para qualquer observador, é fácil
ceba a sua presença durante o desenrolar dos fatos verificar que estes avanços se devem primariamente à
que encaminham para um desfecho. tecnologia, ao início da revolução industrial e consecu-
(E) está em terceira pessoa, é observador e tem tiva transição para a era da informação.
consciência de todos os acontecimentos, sem mos- Atualmente, é estimado que 65% das crianças a en-
trar pensamentos dos personagens. trar na escola primária hoje desempenharão funções
Gabarito C. que ainda não existem, uma indicação clara que será
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele- necessário reaplicar o conhecimento e tecnologia que
mentos que constroem a narrativa. temos às capacidades que impulsionarão o mundo do
Leia o texto. trabalho no futuro. Mas, apesar dos ajustes necessá-
rios, é certo que somos privilegiados por viver numa
altura em que a ciência e tecnologia nos podem assistir,
tornando as nossas vidas mais fáceis e fazendo-nos re-
pensar as maneiras de desempenhar as nossas funções
diárias. Mas será que toda a tecnologia beneficiará o
futuro da humanidade?
Todos os anos são desenvolvidas e aplicadas novas
tecnologias a incríveis ritmos e elas têm, possibilitado
respostas a um largo espetro de desafios da humani-
dade. Este ano assistimos a uma quantidade nunca an-
tes de vista de inovação num curto espaço de tempo,
como resposta à situação de saúde pública vivida. Mas
aplicar a tecnologia para o bem da humanidade apenas
emergirá como um pilar se integrar a inteligência hu-
mana e as máquinas, com uma intenção clara de ser-
vir e chegar a grandes fações da humanidade, para um
Disponível em:https://br.pinterest.com/pin/366480488432986123/. Acesso em 06 de mar. 2024. bem coletivo.
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Para isso é necessário ter em conta que, ao ritmo Gabarito D.


de inovações atual, nem toda a tecnologia é criada para D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
beneficiar a humanidade. O que torna este período da oferecidos para sustentá-la.
história diferente prende-se precisamente com o ritmo
de avanço tecnológico: a tendência humana continua 9. Em qual trecho predomina um fato?
a ser pensar de forma linear – quando projetamos as (A) “...a tendência humana continua a ser pensar de
expectativas para daqui cinco anos, comparamos com forma linear...”
as diferenças verificadas nos últimos cinco anos. E com
(B) “...nem toda a tecnologia é criada para beneficiar
a tecnologia a avançar de maneira exponencial serão
a humanidade.”
as sociedades, leis e sistemas políticos que terão de
se adaptar, para se certificarem que o investimento é (C) “é fácil verificar que estes avanços se devem pri-
guiado para aquelas que verdadeiramente ajudam a mariamente à tecnologia...”
humanidade. [...] (D) “...o investimento é guiado para aquelas que ver-
Disponível em:https://tek.sapo.pt/opiniao/artigos/opiniao-a-tecnologia-a-abrir-caminho-para-o-futuro-mais-humano. Acesso em
06 de mar. 2024 (adaptado).
dadeiramente ajudam a humanidade.”
(E) “...mais de 80% das pessoas no mundo são alfabe-
7. Qual é o trecho que predomina a defesa do ponto de tizadas, um número que sobe em Portugal.”
vista do autor? Gabarito E.
(A) “Atualmente, é estimado que 65% das crianças D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
a entrar na escola primária hoje desempenharão fun-
ções que ainda não existem, uma indicação clara que 10. No trecho: “Todos os anos são desenvolvidas e apli-
será necessário reaplicar o conhecimento e tecnolo- cadas novas tecnologias a incríveis ritmos e elas têm,
gia que temos às capacidades que impulsionarão o possibilitado respostas a um largo espetro de desafios
mundo do trabalho no futuro.” da humanidade.”, o termo destacado refere-se às:
(B) “Mas, apesar dos ajustes necessários, é certo que (A) maneiras.
somos privilegiados por viver numa altura em que (B) capacidades.
a ciência e tecnologia nos podem assistir, tornando (C) nossas vidas.
as nossas vidas mais fáceis e fazendo-nos repensar (D) funções diárias.
as maneiras de desempenhar as nossas funções di-
árias.” (E) novas tecnologias.
Gabarito E.
(C) “Todos os anos são desenvolvidas e aplicadas no-
D2 – Estabelecer relações entre informações de partes de
vas tecnologias a incríveis ritmos e elas têm, possi-
um texto, identificando repetições ou substituições que
bilitado respostas a um largo espetro de desafios da
contribuem para a continuidade do texto.
humanidade.”
(D) “O que torna este período da história diferente
prende-se precisamente com o ritmo de avanço tec- PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
nológico: a tendência humana continua a ser pensar
de forma linear...” Professor(a), apresentamos a seguir uma proposta
de avaliação para ser utilizada em seu planejamento
(E) “E com a tecnologia a avançar de maneira expo-
quando você considerar pertinente.
nencial serão as sociedades, leis e sistemas políticos
que terão de se adaptar...” Leia o texto.
Gabarito B.
Um olhar para a juventude
D7 – Identificar a tese de um texto.
Quando um jovem abandona a escola, quem perde
8. No trecho: “Se em 1820 podíamos esperar viver em é o futuro da nação. No Brasil, são quase 500 mil jovens
média menos de 35 anos, e menos de 20% da popu- que deixam a escola por ano — é quase um jovem por
lação sabia ler e escrever, atualmente a esperança de minuto. Isso não só é muito triste como extremamen-
vida duplicou e mais de 80% das pessoas no mundo são te preocupante. O direito à educação não logrou êxito.
alfabetizadas, um número que sobe em Portugal.”, pre- [...] Mas o Brasil perde muito mais se olharmos o custo
domina um argumento de social que o abandono representa. O caminho mais fre-
quente é o de engrossar as fileiras dos chamados nem-
(A) princípio.
-nem, que nem estudam nem trabalham. Disso resulta
(B) senso comum. o ócio que leva muitas vezes a caminhos tortuosos, vin-
(C) exemplificação. culados à droga e ao tráfico. [...]
(D) analogia histórica. As razões mais frequentes para esse abandono no
(E) causa/consequência. ensino médio estão vinculadas à busca por atividade
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laboral, à gravidez e ao desinteresse escolar. Sobre a (D) A esperança é que o novo ensino médio consiga
primeira razão, a pandemia causou um impacto impor- dialogar com o jovem e com a escola.
tante, pois os jovens foram muito pressionados a bus- (D) No momento em que um jovem abandona a esco-
car trabalho para compensar a perda de renda familiar. la, o futuro de uma nação sai perdendo.
Para piorar, agora a inflação chega com toda a força,
(E )É necessário ter uma política voltada para os jo-
tirando o prato de comida das famílias mais pobres, o
vens quando eles terminarem o ensino médio.
que leva também os jovens a buscarem trabalho — e
Gabarito D.
isso compete com a escola. Como esses jovens não
foram preparados com a formação adequada para o
2. Em qual trecho predomina um fato?
mundo do trabalho, muitas vezes essas atividades la-
borais são precárias e de baixíssima remuneração. (A) “O direito à educação não logrou êxito.”
Quanto ao desinteresse escolar, o jovem quer uma (B) “Pensar na nossa juventude é pensar no futuro do
escola que caiba na vida, que seja capaz de dialogar país.”
com o seu mundo. [...] Estamos esperançosos de que o (C) “Mas não basta ter apenas uma boa escola de en-
chamado novo ensino médio proporcione esse diálogo sino médio.”
do jovem com a escola. [...] (D) “Isso não só é muito triste como extremamente
Mas não basta ter apenas uma boa escola de ensi- preocupante.”
no médio. É preciso ter uma política de pós-médio, caso (E) “No Brasil, são quase 500 mil jovens que deixam
contrário o ensino médio é o teto para os jovens que o a escola por ano...”
concluem, e assim apenas se adia o ingresso nos nem- Gabarito E.
-nem. [...] Para isso é importante oferecer uma forma-
ção alinhada com as necessidades da cadeia produtiva 3. Quanto ao gênero: o texto “Um olhar para a juven-
local, para que, após o término dessa formação, a pos- tude” é um/uma
sibilidade de o jovem ter empregabilidade seja maior. É
(A) conto.
importante lembrar que, de cada 100 jovens que con-
cluem o ensino médio, apenas 22 vão para o ensino su- (B) crônica.
perior. Assim, é importante pensar nos 78 jovens que (C) reportagem.
eventualmente vão precisar dar continuidade aos es- (D) artigo de opinião.
tudos ou buscar alguma atividade laboral — mas, para (E) artigo de divulgação científica.
isso, é preciso que estejam bem-preparados. Compa-
Gabarito D.
rados aos que concluíram o ensino médio, mas não ti-
veram uma formação técnica profissionalizante, esses 4. No trecho: “É importante lembrar que a pirâmide
jovens que obtiveram uma certificação nessa modali- demográfica está mudando drasticamente.”, a expres-
dade ganham 15% mais em renda. são destacada foi utilizada com a intenção de fortale-
Pensar na nossa juventude é pensar no futuro do cer o discurso argumentativo para evidenciar
país. É importante lembrar que a pirâmide demográfi-
(A) certeza.
ca está mudando drasticamente. Sua base está fican-
do mais estreita, enquanto o topo se alarga e cresce. (B ) julgamento.
Para sustentar essa pirâmide, vamos precisar mais do (C) necessidade.
que nunca de jovens muito bem formados. O Brasil não (D) subjetividade.
pode se dar ao luxo de perder nenhum de seus jovens, (E) probabilidade.
caso queira sonhar com um futuro sustentável, assim
Gabarito C.
como fez a Coreia do Sul, que, ao perceber tal mudan-
ça, investiu maciçamente em educação, chegando a 5. No fragmento: “É importante lembrar que, de cada
criar o slogan "febre de educação" para mobilizar o país 100 jovens que concluem o ensino médio, apenas 22
em prol dessa causa. [...] vão para o ensino superior.”, predomina uma
MOZART NEVES RAMOS - Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do
Instituto de Estudos Avançados da USP de Ribeirão Preto
(A) analogia.
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/06/5012335-analise-um-olhar-para-a-juventude.html. (B) comprovação.
Acesso em 07 de mar. 2024.
(C) exemplificação.
1. Qual é o ponto de vista defendido pelo autor do texto? (D) ideia de autoridade.
(A )O jovem quer uma escola que tenha diálogo com (E) ideia de senso comum.
o mundo e com sua vida. Gabarito B.
(B) Há uma relação direta entre a taxa de jovens que
nem estuda e nem trabalha.
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Leia o texto. coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, repre-
Senhora senta o caos do mundo moral.”, o termo em destaque
faz referência a
Aurélia passava agora as noites solitárias.
(A) razão.
Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma
desculpa qualquer para justificar sua ausência. A me- (B) afeição.
nina que não pensava em interrogá-lo, também não (C) ventura.
contestava esses fúteis inventos. Ao contrário buscava (D) dedicação.
afastar da conversa o tema desagradável. (E) investigação.
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; Gabarito B.
mas a altivez de coração não lhe consentia queixar-se.
Além de que, ela tinha sobre o amor ideias singulares, 8. No trecho: “Aurélia passava agora as noites solitá-
talvez inspiradas pela posição especial em que se acha- rias.”, A expressão destacada é uma figura de lingua-
ra ao fazer-se moça. gem denominada
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser (A) antítese.
amada por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse,
(B) metáfora.
muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se
lembrava que esse amor a poupara à degradação de (C) hipérbole.
um casamento de conveniência, nome com que se de- (D) onomatopeia.
cora o mercado matrimonial, tinha impulsos de adorar (E) personificação.
a Seixas, como seu Deus e redentor. Gabarito E.
Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de
heroica dedicação, que entretanto assiste calma, quase 9. QUESTÃO 14 (ENEM – 2017)
impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o ho- PROPAGANDA — O exame dos textos e mensa-
mem amado, e se deixa abandonar, sem proferir um quei- gens de Propaganda revela que ela apresenta posições
xume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge. parciais, que refletem apenas o pensamento de uma
Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convic-
de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, ção de uma população; trata-se, no fundo, de conven-
e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o cer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião,
caos do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às te-
ou que monstros vão surgir nesses limbos. ses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem
Fonte: ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8. conhecido da psicologia social, o do conformismo indu-
zido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado.
6. O foco narrativo nesse fragmento evidencia um narrador BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasí-
lia: UnB, 1998 (adaptado).
(A) que participa dos acontecimentos, portanto,
De acordo com o texto, as estratégias argumentativas
é um narrador que se preocupa em mostrar suas
e o uso da linguagem na produção da propaganda fa-
ações no decorrer da história.
vorecem a
(B) observador que está em terceira pessoa, mas
somente percebe os acontecimentos e descreve as (A) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados.
ações de cada personagem. (B) difusão do pensamento e das preferências das
(C) neutro, que não permite Ao leitor perceber a sua grandes massas.
presença durante o desenvolvimento dos fatos os (C) imposição das ideias e posições de grupos espe-
quais são encaminhados para o desfecho. cíficos.
(D) onisciente, observador e participante de todas as (D) decisão consciente do consumidor a respeito de
ações que acontecem com as personagens da histó- sua compra.
ria, além disso, mostra o que eles sentem. (E) identificação dos interesses do responsável pelo
(E) onisciente e onipresente, pois conhece os pen- produto divulgado.
samentos e sentimentos das personagens, além da Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2017/2017_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em 08
de mar. 2023.

totalidade do enredo, como pressupostos, aspectos Gabarito C.


futuros e as possíveis consequências.
Gabarito E.

7. No trecho: “Esse fenômeno devia ter uma razão psi-


cológica, de cuja investigação nos abstemos; porque o
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10. QUESTÃO 15 (ENEM – 2017) Na literatura de temática negra produzida no Brasil,


Sítio Gerimum é recorrente a presença de elementos que traduzem
experiências históricas de preconceito e violência. No
Este é o meu lugar [...]
poema, essa vivência revela que o eu lírico
Meu Gerimum é com g
Você pode ter estranhado (A) incorpora seletivamente o discurso do seu opressor.
Gerimum em abundância (B) submete-se à discriminação como meio de forta-
lecimento.
Aqui era plantado E com a letra g
(C) engaja-se na denúncia do passado de opressão e
Meu lugar foi registrado
injustiças.
OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento).
(D) sofre uma perda de identidade e de noção de per-
Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da tencimento.
palavra “Gerimum” grafada com a letra “g” tem por ob- (E) acredita esporadicamente na utopia de uma so-
jetivo ciedade igualitária.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2018/2018_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em
(A) valorizar usos informais caracterizadores da nor- 08 de mar.2023.

ma nacional. Gabarito A.
(B) confirmar o uso da norma-padrão em contexto da
linguagem poética. 12. QUESTÃO 21 (ENEM – 2018)
(C) enfatizar um processo recorrente na transforma- Ó Pátria amada,
ção da língua portuguesa. Idolatrada,
(D) registrar a diversidade étnica e linguística pre- Salve! Salve!
sente no território brasileiro. Brasil, de amor eterno seja símbolo
(E) reafirmar discursivamente a forte relação do fa- O lábaro que ostentas estrelado,
lante com seu lugar de origem. E diga o verde-louro dessa flâmula
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2017/2017_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em 08
de mar. 2023.
— “Paz no futuro e glória no passado.”
Gabarito E.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
11. QUESTÃO 10 (ENEM – 2018) Verás que um filho teu não foge à luta,
Quebranto Nem teme, quem te adora, a própria morte.
às vezes sou o policial que Terra adorada,
me suspeito me peço documentos Entre outras mil,
e mesmo de posse deles És tu, Brasil,
me prendo e me dou porrada Ó Pátria amada!
às vezes sou o porteiro Dos filhos deste solo és mãe gentil,
não me deixando entrar em mim mesmo Pátria amada, Brasil!
Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim Osório Duque Estrada. Música: Francisco Manuel da Silva (fragmento).
a não ser
O uso da norma-padrão na letra do Hino Nacional do
pela porta de serviço
Brasil é justificado por tratar-se de um(a)
[...]
às vezes faço questão de não me ver (A) reverência de um povo a seu país.
e entupido com a visão deles (B) gênero solene de característica protocolar.
sinto-me a miséria concebida como um eterno (C) canção concebida sem interferência da oralidade.
começo (D) escrita de uma fase mais antiga da língua portu-
guesa.
fecho-me o cerco
(E) artefato cultural respeitado por todo o povo bra-
sendo o gesto que me nego sileiro.
a pinga que me bebo e me embebedo Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2018/2018_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em
08 de mar.2023.

o dedo que me aponto Gabarito B.


e denuncio
o ponto em que me entrego.
às vezes!...
CUTI. Negroesia. Belo Horizonte: Mazza, 2007 (fragmento)

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PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL consumo excessivo de cosméticos, impulsionados ba-


sicamente pelo processo de massificação das mídias a
partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço,
INSTRUÇÕES PARA PRODUÇÃO TEXTUAL principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso
Você deve desenvolver o gênero Conto de ficção que foi nesse período que surgiram as duas maiores
científica oferecido na proposta a seguir. revistas brasileiras voltados para o tema: “Boa Forma”
O tema é: A busca incansável pela juventude e (1984) e “Corpo a Corpo” (1987).
corpo perfeito. Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a
O texto deve ser redigido em prosa. criar novos padrões de aparência e beleza, difundin-
do novos valores da cultura de consumo e projetando
A fuga do tema ou cópia da coletânea prejudica a
imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo
sua nota nesta produção.
inteiro.
A leitura da coletânea é obrigatória. Ao utilizá-la,
Da mesma forma, podemos pensar em relação à te-
você não deve copiar trechos ou frases. Quando for ne-
levisão, que veicula imagens de corpos perfeitos atra-
cessário, a transcrição deve estar a serviço do seu texto.
vés dos mais variados formatos de programas, peças
Coletânea publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pen-
TEXTO I sar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao
corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias
As máquinas falantes e classes sociais, compondo de maneiras diferentes
[...] Nossos corpos não são independentes da rede diversos estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de
discursiva em que estamos inseridos, como não são imagens como o cinema, televisão, publicidade, revis-
independentes da rede de trocas – trocas de olhares, tas etc., têm contribuído para isso.
de toques, de palavras e de substâncias – que estabe- Os programas de televisão, revistas e jornais têm
lecemos. [...] O sujeito moderno, cercado e amparado dedicado espaços em suas programações cada vez
por técnicas e saberes científicos que visam lhe pro- maiores para apresentar novidades em setores de
porcionar saúde, bem-estar corporal e um adiamento cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas
indefinido da morte, está ao mesmo tempo cada vez veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando
mais distante de saber escutar as demandas e manifes- vender o que não está disponível nas prateleiras: su-
tações de seu corpo pulsional. Acostumado a adiar o cesso e felicidade.
prazer e a satisfação de necessidades, já não é capaz de
desfrutar [...] do repouso, do ócio e das pequenas sen- O consumismo desenfreado gerado pela mídia em
sações provocadas pelo contato com a natureza. geral foca principalmente adolescentes como alvos
principais para as vendas, desenvolvendo modelos de
KEHL, M. R. As máquinas falantes. In: NOVAES, A. roupas estereotipados, a indústria de cosméticos lan-
O homem-máquina: a ciência manipula o corpo. São çando a cada dia novos cremes e géis redutores para
Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 243-256. eliminar as “formas indesejáveis” do corpo e a indústria
TEXTO II farmacêutica faturando alto com medicamentos que
inibem o apetite.
Mídia e o culto à beleza do corpo
Preocupados com a busca desenfreada da “beleza
Há nas sociedades contemporâneas uma intensi-
perfeita” e pela vaidade excessiva, sob influência dos
ficação do culto ao corpo, onde os indivíduos experi-
mais variados meios de comunicação, a Sociedade Bra-
mentam uma crescente preocupação com a imagem e
sileira de Cirurgia Plástica apresenta uma estimativa
a estética.
de que cerca de 130 mil crianças e adolescentes sub-
Entendida como consumo cultural, a prática do cul- meteram-se no ano de 2009 a operações plásticas.
to ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral,
Evidentemente que a existência de cuidados com o
que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias,
corpo não é exclusividade das sociedades contempo-
apoiada num discurso que ora lança mão da questão
râneas e que devemos ter uma especial atenção para
estética, ora da preocupação com a saúde.
uma boa saúde. No entanto, os cuidados com o corpo
Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a lin- não devem ser de forma tão intensa e ditatorial como
guagem corporal é marcadora pela distinção social, se tem apresentado nas últimas décadas. Devemos
que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós a
apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados mesmos.
com a beleza etc. – como os mais importantes modos Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza.htm. Acesso em 18 de mar.
2024.
de se distinguir dos demais indivíduos.
Nas sociedades modernas há uma crescente pre-
ocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o
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TEXTO III Proposta de Produção


BULIMIA NERVOSA O gênero Conto de ficção científica mantém cer-
tas características do conto. É uma narrativa curta que
apresenta enredo, narrador, tempo, espaço e persona-
gens. O conto constrói uma história que tem como foco
um conflito único e apresenta o desenvolvimento e a
resolução desse conflito. É importante considerar que
a ficção científica lida principalmente com o impacto
da ciência, tanto a “imaginada” quanto a “verdadeira”
a respeito dos indivíduos ou da sociedade. Por isso, a
Bulimia é um distúrbio que se caracteriza por epi- “ciência” é incluída como componente fundamental. O
sódios recorrentes e incontroláveis de consumo de conto de ficção científica, como gênero literário, apre-
grandes quantidades de alimentos, geralmente com senta histórias fantásticas, porém a “fantasia” propõe-
alto teor calórico, seguidos de reações inadequadas -se a ser possível, quer em uma época e local próximos
para evitar o ganho de peso, tais como indução de vô- ou distantes, “aqui ou agora”. Nesse gênero, há uma in-
mitos, uso de laxativos e diuréticos, jejum prolongado e tenção de convencer o público leitor de que as ideias
prática exaustiva de atividade física. apresentadas podem não ser possíveis no contexto da
Nos portadores de bulimia, não é a magreza que atualidade, entretanto, poderiam ser no futuro, nesse
chama a atenção. Em geral, são mulheres jovens de caso, valendo-se de uma “explicação científica” ou pelo
corpo escultural, que cuidam dele de forma obsessiva. menos “racional”.
Seguem dietas rigorosas. De repente, perdem o con- Estudante, escreva um conto de ficção científica a
trole e ingerem uma quantidade absurda de alimentos, partir do tema: A busca incansável pela juventude e
na maior parte das vezes, às escondidas. Depois, são corpo perfeito. A sugestão é que você deixe fluir a sua
tomadas por sentimentos de remorso ou culpa. imaginação, se transforme em um “narrador-perso-
Os recursos de que se valem para não engordar nagem”, reflita e imagine que num desejo de prologar
provocam complicações no organismo. Por exemplo: sua vida e conseguir manter-se eternamente jovem no
destruição do esmalte dos dentes, inflamação na gar- futuro, você passe por um procedimento no qual o seu
ganta, sangramentos, problemas gastrintestinais, arrit- corpo será congelado até 2050. Depois de alguns anos
mias cardíacas, desidratação etc. congelado, você será descongelado e adaptado à socie-
Disponível em:https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/bulimia-nervosa/. Acesso em 18 de mar. 2024.
dade. Construa um conflito que envolva valores, ideias,
padrões sobre o seu corpo e sobre o de outras perso-
TEXTO IV nagens com as quais você vai se relacionar no futuro.
O avanço da Inteligência Artificial (IA) pode tornar Elabore justificativas para a ação de controlar o tempo
a vida nas próximas décadas uma experiência incrivel- na vontade de atingir a imortalidade. Considerando as
mente assustadora. O alerta vem de especialistas liga- ações e os diálogos entre as personagens, discuta os
dos à tecnologia que previram como o mundo ficará em diferentes modos de buscar a incansável juventude e
2050. Nas projeções dos pesquisadores, há o temor de o desejo de ter um corpo perfeito e imortal. Mostre
que as ferramentas de IA possam escravizar os seres nas ações narradas o “antes o depois” do congelamen-
humanos e até mesmo de que as mudanças climáticas to. O enredo/história deve basear-se em justificativas,
intensas tornem grandes áreas do mundo inabitáveis. explicações “científicas ou racionais” que garantam
Além disso, outras coisas curiosas foram citadas, a possibilidade de criar a ficção sem perder de vista a
como a possibilidade de contato com alienígenas e a “verdade”.
existência de meios que tornam possível a vida após a
morte. Ao todo, os analistas ouvidos pelo jornal Daily
Mail apontaram oito acontecimentos que poderão
marcar a experiência humana na Terra daqui a menos
de 30 anos.
Disponível em:https://epocanegocios.globo.com/tecnologia/noticia/2023/04/chips-no-corpo-e-upload-do-cerebro-conheca-8-pre-
visoes-para-o-mundo-em-2050.ghtml. Acesso em 18 de mar. 2024 (adaptado).

Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024


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SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás

Folha de Produção de Texto


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Revisa Goiás

MATEMÁTICA
COMPREENDENDO O MATERIAL PEDAGÓGICO

Caro(a) professor(a), o REVISA GOIÁS está com um novo formato objetivando a recomposição e desenvolvi-
mento das aprendizagens essenciais previstas nas habilidades do Documento Curricular para Goiás –Etapa Ensino
Médio (DC-GOEM). No que diz respeito ao componente Matemática no Ensino Médio, o material apresenta ativi-
dades organizadas obedecendo a progressão do conhecimento no sentido vertical (de uma série para outra) nas
habilidades de recomposição e, horizontal (dentro da mesma série que o estudante está cursando) nas habilidades
previstas no DC-GOEM , ao mesmo tempo que conversam com os descritores das avaliações externas como o
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) garantindo o desenvolvimento integral dos processos cognitivos
para o avanço nas próximas etapas.
O REVISA GOIÁS 2024 foi estruturado em três grupos de habilidades (atividades), dispostos em três cores,
para indicar o nível de gradação entre as habilidades desenvolvidas em cada grupo. Nesse sentido, são conside-
rados os conhecimentos prévios do(a) estudante (habilidades basilares de anos anteriores), bem como as diversas
estratégias e ferramentas necessárias para o desenvolvimento pleno de cada habilidade, de maneira a oportunizar
a continuidade e o avanço do processo de aprendizagem de cada um. Desse modo:
• Para o primeiro grupo de habilidades (atividades), utilizou-se o amarelo, para indicar as atividades que
propiciam o desenvolvimento das habilidades de nível “Abaixo do básico / Básico”.
• Para o segundo grupo, utilizou-se a cor azul para indicar as atividades que possibilitam que o(a) estudante
desenvolva e aprimore habilidades de nível “Básico / Proficiente”.
• E para o terceiro grupo de habilidades (atividades), foi utilizada a cor rosa para indicar as atividades que
proporcionem o desenvolvimento e potencialização de habilidades de nível “Proficiente / Avançado”.
Entendemos que, quando o(a) estudante desenvolve habilidades de nível avançado, ele(a) já está apto para
desenvolver as habilidades presentes no corte temporal do ano que se encontra e que foram priorizadas na ela-
boração deste material.
As primeiras atividades configuram-se como um Diagnóstico para que você, professor(a), possa verificar em
qual grupo de habilidades o(a) seu(a) estudante se encontra. Dentro de cada um dos três grupos de habilidades,
são apesentados tópicos como:
◊ O que precisamos saber? Que busca recapitular conhecimentos basilares referente as habilidades selecio-
nadas para cada grupo de atividades;
◊ Vamos Avançar? Que busca ampliar os conhecimentos basilares referentes as habilidades selecionadas
para cada grupo de atividades;
◊ Vamos Sistematizar? Que busca estruturar, sistematicamente, as habilidades que foram ampliadas em
cada grupo de atividades, de maneira a contemplar o nível de gradação dentro de cada grupo.
Vale ressaltar que, o REVISA GOIÁS 2024, priorizou um objeto de conhecimento e, a partir dele, foi-se elabo-
rando um conjunto de atividades, divididas semanalmente, que contribuirão, para os desenvolvimentos das habili-
dades de recomposição necessárias para que os(as) estudantes alcancem o grupo de habilidades avançadas. Caso
considere necessário, fique à vontade para inserir atividades que contribuam com a recomposição da aprendiza-
gem do(a) estudante e que possibilitarão, também, seu avanço nesse processo.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cientes da
necessidade de um ensino Matemático que desenvolva as habilidades curriculares para continuar avançando em
proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.
Desejamos a todos um excelente trabalho!
Equipe de Matemática do Núcleo de Recursos Didáticos
Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC-GO)

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Objetos de conhecimento
• Noções de combinatória: agrupamentos ordenáveis (arranjos) e não ordenáveis (combinações);
• Princípio multiplicativo e princípio aditivo;
• Modelos para contagem de dados: diagrama de árvore, listas, esquemas, desenhos etc.;
• Noções de probabilidade básica: espaço amostral, evento aleatório;
• Contagem de possibilidades;
• Cálculo de probabilidades simples;
• Estatística descritiva (medidas de posição e medidas de dispersão);
• Estatística indutiva, cálculo de probabilidades;
• Eventos dependentes e independentes;
• Cálculo de probabilidade de eventos relativos a experimentos aleatórios sucessivos;
• Espaços amostrais discretos ou contínuos;
• Eventos equiprováveis ou não equiprováveis.
Habilidades DC – GOEM
• (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos essenciais da análise combinatória identificando caracte-
rísticas específicas dos princípios aditivo e multiplicativo para resolver problemas do cotidiano que envolvam
contagem.
• (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de contagem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou aditivo
para avaliar propostas de intervenção na realidade.
• (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de contagem que envolvem os princípios multiplicativo e/ou adi-
tivo, recorrendo a estratégias diversas como o diagrama de árvore, entre outros, para analisar resultados, ade-
quar soluções, construir argumentação e tomar decisões.
• (GO-EMMAT311A) Identificar os conceitos essenciais de probabilidade, reconhecendo seus elementos em
situações cotidianas (da área de Ciências da Natureza e Humanas, tecnológicas, técnico-científica etc.) para des-
crever o espaço amostral de eventos aleatórios.
• (GOEMMAT311B) Compreender conceitos probabilísticos como espaço amostral de eventos aleatórios,
analisando elementos e características específicas para calcular medidas de tendência central ou de dispersão
de um conjunto de dados.
• (GO-EMMAT311C) Calcular medidas de tendência central ou de dispersão, utilizando procedimentos ma-
temáticos para resolver e elaborar problemas cotidianos que envolvem o cálculo da probabilidade.
• (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que envolvem conhecimentos de probabilidade e estatística, utili-
zando procedimentos matemáticos para avaliar propostas de intervenção na realidade.
• (GO-EMMAT312A) Compreender os conceitos de probabilidade, a partir de exemplos (lançamento de da-
dos ou moedas, retirada de cartas de baralho, entre outros), reconhecendo os elementos e características (espa-
ço amostral, evento etc.) para calcular a probabilidade de eventos em experimentos aleatórios sucessivos.
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de eventos em experimentos aleatórios sucessivos, utilizando
procedimentos matemáticos para resolver e elaborar problemas relacionados à situações cotidianas (Ciências
da Natureza, Ciências Humanas, técnico-científicas, entre outras).
• (GO-EMMAT312C) Resolver problemas cotidianos relacionados à probabilidade, analisando as informa-
ções apresentadas em textos técnicos e/ou científicos para selecionar argumentos propostos como solução.
• (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços amostrais (discretos ou não) e
eventos (equiprováveis ou não) identificando e classificando seus elementos para analisar situações probabilís-
ticas cotidianas.
• (GO-EMMAT511B) Reconhecer o caráter de variáveis aleatórias, identificando o espaço amostral para re-
solver problemas que envolvam o cálculo de probabilidade em eventos equiprováveis.
• (GOEMMAT511C) Investigar o cálculo de probabilidades, observando padrões, experimentações e dife-
rentes tecnologias, para conjecturar sobre propriedades probabilísticas.

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Habilidades de Recomposição
• (EF05MA23) Determinar a probabilidade de ocorrência de um resultado em eventos aleatórios, quando
todos os resultados possíveis têm a mesma chance de ocorrer (equiprováveis).
• (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a esti-
mativa de probabilidades.
• (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de um evento aleatório simples, expressando-a por número racio-
nal (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse número com a probabilidade obtida por meio de
experimentos sucessivos.
• (EF07MA34-A) Planejar e realizar experimentos aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de proba-
bilidades ou estimativas por meio de frequência de ocorrências.
• (EF07MA34-B) Solucionar problema que inclua noções de espaço amostral e de probabilidade de um even-
to, apresentando respostas por meio de representações fracionárias, decimais ou porcentagens.
• (EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, com base na construção do espaço amostral, utilizando
o princípio multiplicativo, e reconhecer que a soma das probabilidades de todos os elementos do espaço amos-
tral é igual a 1.
• (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes e calcular a
probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos.
Matriz SAEB
• D32 (3ª Série) – Resolver problema de contagem utilizando o princípio multiplicativo ou noções de permu-
tação simples, arranjo simples e/ou combinação simples.
• D33 (3ª Série) – Calcular a probabilidade de um evento.

Semana 1 - Maio 2. Uma pessoa possui 5 camisetas, 3 calças e 2 pares


Professor(a), o propósito da avaliação diagnóstica ini- de sapatos.
cial, não se limita a uma “sondagem”, mas a um conjunto De quantas maneiras distintas essa pessoa pode vestir
de habilidades que oportunizam que você consiga uma uma camiseta, uma calça e um par de sapatos?
diagnose sobre o(a) estudante, de maneira a averiguar (A) 75 (D) 30
os avanços e conquista de cada um no processo de
(B) 60 (E) 10
aprendizagem.
(C) 50
Desta maneira, elencamos uma avaliação composta de
Gabarito: D
12 atividades que irão te auxiliar nessa diagnose. As-
Sugestão de solução:
sim, as atividades foram divididas em relação aos gru-
Camisetas: 5 opções
pos de habilidades:
Calças: 3 opções
• Abaixo do básico / Básico → Atividades de 1 a 4. Sapatos: 2 opções
• Básico / Proficiente → Atividades de 5 a 8. Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):
• Proficiente / Avançado → Atividades de 9 a 12. 5 ⋅ 3 ⋅ 2 =30
Essa pessoa poderá se vestir de 30 maneiras distintas.

Diagnóstico 3. Um grupo de pessoas foi entrevistado sobre suas


preferências de emissoras de rádio. Obteve-se o se-
guinte resultado: 150 pessoas preferem a rádio A, 135 a
1. Observe o fatorial a seguir rádio B, 75 ambas as rádios e 40 preferem outras rádios.
O número de pessoas entrevistadas foi:
O valor desse fatorial é igual a
(A) 400. (D) 285.
(A) 120. (D) 1680.
(B) 360. (E) 250.
(B) 336. (E) 2016.
(C) 300.
(C) 720.
Gabarito: E
Gabarito: B
Sugestão de solução:
Sugestão de solução:
Sabemos que:
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5! • 75 pessoas preferem ambas as rádios A e B, ou seja, a
= = 8 ⋅ 7 ⋅ 6 = 336
5! 5! interseção de A e B.
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• O número de pessoas que preferem a rádio A é 150 Gabarito: B


no total. Sugestão de solução:
• O número de pessoas que preferem a rádio B é 135 A possibilidade dos 4 casais se sentarem:
no total.
• 40 preferem outras rádios distintas de A e B.
4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 =
24
Casal 1 Casal 2 Casal 3 Casal 4
Então,
n ( A ∪ B ) = n ( A ) + n ( B ) − n ( A ∩ B ) = 150 + 135 − 75 = 210 A possibilidade de o casal trocar de lugar de posição
relativo lado a lado:
n ( A ∪ B ) + 40 = 210 + 40 = 250
2 . 2 . 2 . 2 = 16
4. Em um jogo de cartas, Paulo precisa escolher 6 den- Casal 1 Casal 2 Casal 3 Casal 4

tre 9 cartas diferentes. Todas as possibilidades:


De quantas maneiras diferentes essas cartas podem
16 ⋅ 24 =
384
ser escolhidas?
(A) 15 (D) 324 7. (Enem 2017) O comitê organizador da Copa do
(B) 54 (E) 504 Mundo 2014 criou a logomarca da Copa, composta de
(C) 84 uma figura plana e o slogan “juntos num só ritmo” com
Gabarito: C as mãos que se unem formando a taça Fifa. Conside-
Sugestão de solução: re que o comitê organizador resolvesse utilizar todas
Como é necessário agrupar 9 cartas de 6 em 6, em uma as cores da bandeira nacional (verde, amarelo, azul e
situação em que a ordem não importa, tem-se uma branco) para colorir a logomarca, de forma que regiões
combinação simples de 9 elementos tomados 6 a 6. vizinhas tenham cores diferentes.
Dessa forma, aplica-se a fórmula:
n! 9! 9! 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6! 9 ⋅8 ⋅ 7 3 ⋅ 4 ⋅ 7
Cn ; p = = = = = = = 3 ⋅ 4 ⋅ 7 = 84
p !⋅ ( n − p ) ! 6!⋅ ( 9 − 6 ) ! 6!⋅ 3! 6!⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 3 ⋅ 2 ⋅1 1⋅1⋅1
8 ⋅ 7 ⋅ 6! 9 ⋅8 ⋅ 7 3 ⋅ 4 ⋅ 7
= = = 3 ⋅ 4 ⋅ 7 = 84
!⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 3 ⋅ 2 ⋅1 1⋅1⋅1
Portanto, existem 84 maneiras diferentes de Paulo es-
colher essas cartas.
5. Qual expressão representa a quantidade de anagra-
mas (palavras), com 4 letras diferentes, que podem ser
formados com um alfabeto de 26 letras? De quantas maneiras diferentes o comitê organizador da
(A) 26 ⋅ 4 Copa poderia pintar a logomarca com as cores citadas?
(B) 26 + 25 + 24 + 23 (A) 15 (D) 360
(C) 26 ⋅ 25 ⋅ 24 ⋅ 23 (B) 30 (E) 972
(D) 26 + 26 + 26 + 26 (C) 108
(E) 26 ⋅ 26 ⋅ 26 ⋅ 26 Gabarito: E
Gabarito: C Sugestão de solução:
Sugestão de solução: Observe a possibilidade da quantidade de cores para
cada área:
26 ⋅ 25 ⋅ 24 ⋅ 23
26 possibilidades 25 possibilidades 24 possibilidades 23 possibilidades
de letras diferentes de letras diferentes de letras diferentes de letras diferentes

6. Quatro casais irão ao teatro e, reservaram 8 poltro-


nas sequenciais pertencentes a uma mesma fileira.
De quantas maneiras distintas esses casais podem se
sentar de forma que duas pessoas de um mesmo casal
sempre fiquem lado a lado?
(A) 24 (D) 3072
(B) 384 (E) 40 320 Assim, com um total de 6 áreas, teremos as seguintes
possibilidades:
(C) 768
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• 4 opções de cores para a primeira área; A informação “sabendo que o número da bola retirada
• 3 opções de cores para as 5 áreas restantes. é par” altera o espaço amostral, isto é, o espaço amos-
4 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 = 972 tral passa a ser apenas o evento A e, para que ocorra o
evento B , os elementos de B devem também perten-
8. Taíssa está participando de um jogo de tabuleiro no cer a A :
qual dois dados de seis faces, não viciados, são lança- P ( A ∩B) 1
dos simultaneamente e, em seguida, a soma dos seus P (B / A) = =
P (A) 5
resultados indica a quantidade de casas que o jogador
deve andar. 10. Em uma escola com 300 estudantes, 30 farão pro-
Nessas condições, qual será a soma mais provável obti- va final somente de língua portuguesa; 15 apenas de
da por um jogador qualquer? língua inglesa e, 10 de língua portuguesa e inglesa.
(A) 5 (D) 9 A probabilidade de um estudante que fará prova final
de língua portuguesa, também fazer prova final de lín-
(B) 6 (E) 10
gua inglesa, é igual a
(C) 7
Gabarito: C (A) 20%. (D) 35%.
Sugestão de solução: (B) 25%. (E) 40%.
Observe os possíveis resultados, a seguir (C) 30%.
Gabarito: B
Sugestão de solução:

Então, a soma mais provável será 7.


P ( I  P
∩ )
9. Considere uma urna com 10 bolas numeradas de 1 a P ( I / P )   
=
P (P)
10 de onde será retirada uma única bola.
Sabendo que o número da bola retirada é par. 10
P ( I / P )   
= 300
Qual a probabilidade de que a bola a ser retirada conte- 40
nha um número múltiplo de cinco? 300
1 3 10
(A) (D) P ( I / P )   
=
5 5 40
2 4 P ( I / P ) = 25%
(B) (E)
5 5 11. Dois dados, honestos, são lançados simultanea-
1 mente.
(C)
2 Qual a probabilidade, aproximada, de a soma dos pon-
tos obtidos ser menor que 7, sabendo que em um dos
Gabarito: A dados saiu o número 4?
Solução:
(A) 11,11% (D) 36,40%
Chamando de evento A a ocorrência de um número par e de
evento B a ocorrência de um múltiplo de cinco, o desafio pede (B) 30,55% (E) 41,66%
que se calcule P ( B / A ) S . Observe o diagrama a seguir: (C) 35,50%
Gabarito: D
Sugestão de solução:
Espaço amostral S == {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (1;6),
(2;1), (2;2), (2;3), (2;4), (2;5), (2;6), (3;1), (3;2), (3;3), (3;4),
(3;5), (3;6), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6), (5;1), (5;2),
(5;3), (5;4), (5;5), (5;6), (6;1), (6;2), (6;3), (6;4), (6;5), (6;6)}
⟶ n ( S) = 36
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Evento A: a soma dos dois números obtidos é menor que Desta maneira, estima-se que para este primeiro gru-
7 → A = {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (2;1), (2;2), (2;3), (2;4), po de atividades os estudantes sejam capazes de de-
(3;1), (3;2), (3;3), (4;1), (4;2), (5;1)} → n ( A ) = 15 senvolver as seguintes habilidades:
Evento B: sair o número 4 em, pelo menos, um dado
Objetivos de Aprendizagem / Habilidades DC-GOEM
B = {(1;4), (2;4), (3;4), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6),
(5;4), (6;4)} • (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos
n ( B ) = 11 essenciais da análise combinatória identificando ca-
Evento A ∩ B : a soma dos dois números obtidos é me- racterísticas específicas dos princípios aditivo e mul-
nor que 7, sendo um deles o número 4 tiplicativo para resolver problemas do cotidiano que
A ∩ B = {(1;4), (2;4), (4;1), (4;2)} envolvam contagem.
n ( A ∩ B) =
4 • (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de con-
tagem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou aditi-
P ( A ∩ B) vo para avaliar propostas de intervenção na realidade.
P ( A / B) =
P ( B) • (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de con-
4 tagem que envolvem os princípios multiplicativo e/
36 ou aditivo, recorrendo a estratégias diversas como o
P ( A / B) =
11 diagrama de árvore, entre outros, para analisar resul-
36 tados, adequar soluções, construir argumentação e
tomar decisões.
4
P ( A / B) =
11 Habilidades de recomposição DCGO Ampliado
P ( A / B ) ≅ 36, 4% • (EF05MA23) Determinar a probabilidade de
ocorrência de um resultado em eventos aleatórios,
quando todos os resultados possíveis têm a mesma
12. A senha de um aplicativo é uma sequência formada
chance de ocorrer (equiprováveis).
por oito dígitos escolhidos entre os algarismos de 0 a 9.
Um usuário ao tentar entrar nesse aplicativo se esque- • (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios
ceu dos dois últimos dígitos que formam sua senha, ele simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a es-
apenas se lembrava que esses dígitos eram distintos. timativa de probabilidades.
Qual a probabilidade desse usuário digitar ao acaso os • (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de um
dois últimos dígitos e acertar a sua senha? evento aleatório simples, expressando-a por número
racional (forma fracionária, decimal e percentual) e
2 1 comparar esse número com a probabilidade obtida por
(A) (D)
8 100 meio de experimentos sucessivos.
1 2
(B) (E)
90 100 GRUPO DE ATIVIDADES
2 Professor(a), o objetivo deste momento é que o(a) es-
(C)
90 tudante desenvolva habilidades elementares envol-
Gabarito: B vendo fatorial, ou seja, oportunizar a eles(as) o primei-
Sugestão de solução: ro contato com fatorial sem apresentar a definição e
A quantidade de possibilidades para os dois últimos dí- suas propriedades. É importante que no momento da
gitos é de: leitura do tópico “O que precisamos saber?”, você, pro-
Número de possibilidades: 10 ⋅ 9 =90 fessor(a), questione-os para que eles(as) percebam o
Finalmente, a probabilidade do usuário “chu- uso do cálculo do fatorial.
tar” uma única senha de um universo de 90 e conseguir
Quer aprender algo importante, que irá facilitar a sua
acertar é igual a uma chance em 90, ou seja, 1 ⋅
90 vida neste conjunto de aulas? Então, efetue as opera-
ções a seguir.
Semana 2 - Maio
a) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = f) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 2 ⋅1 =
Partindo do pressuposto que alguns estudantes ainda
não desenvolveram habilidades elementares, ou seja, b) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = g) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 − 3 ⋅ 2 ⋅1 =
aquelas do grupo “Abaixo do básico” presentes nos anos
anteriores (progressão vertical), esse material objeti- c) 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
va oportunizar que o(a) estudante desenvolva-as, de h) =
2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
modo que avancem para o grupo “Básico” e sigam am-
pliando cada vez seus conhecimentos.
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d) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 para depois realizar as operações de adição, subtra-


i) =
2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ção e multiplicação.
Exemplos:
• Adição: 3!+ 4! = 3 ⋅ 2 ⋅1 + 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 6 + 24 = 30
e) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = j) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =
3 ⋅ 2 ⋅1 3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 • Subtração: 4!− 3! = 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 − 3 ⋅ 2 ⋅1 = 24 − 6 = 18
Sugestão de solução:
• Multiplicação: 4!⋅ 3! = ( 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1) ⋅ ( 3 ⋅ 2 ⋅1) = 24 ⋅ 6 = 144
a) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =24
Simplificação de fatorial
b) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =120 Quando temos uma divisão entre fatoriais, é re-
comendável utilizar a simplificação desses fatoriais.
c) 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =720
Como visto anteriormente, a divisão não é diferente
4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 24 da adição, da subtração e a da multiplicação. Desta
d) = = 12 forma, não podemos simplesmente dividir os núme-
2 ⋅1 2
ros e preservar o fatorial.
e) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2=
⋅1 120
= 20 Assim, para calcular a divisão de fatoriais, realiza-
3 ⋅ 2 ⋅1 6 mos a simplificação do fatorial.
f) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 2 ⋅1= 24 + 2= 26 Exemplo 1
6!
g) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 − 3 ⋅ 2 ⋅1= 120 − 6= 114
4!
7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 7 ⋅ 6 42 Resolução:
h) = = = 21
2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 2 ⋅1 2 O primeiro passo é identificar o maior dos fato-
riais, que no exemplo é o numerador 6! . Agora, po-
9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 9 ⋅ 8 ⋅ 7
i) = = = 9 ⋅ 2 ⋅ 7 = 126 demos observar que o denominador vale 4!, então
4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 4 vamos reescrever o 6! como a multiplicação dos seus
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 antecessores até 4! .
j) + =20 + 126 =146 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
4!
Como estamos multiplicando e dividindo por 4! ,
o que precisamos podemos simplificar a operação, restando:
saber? 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
= 6⋅5
4!
Fatorial
O fatorial de um número (natural) é a multiplica- Por fim, basta realizar a multiplicação:
ção desse número por todos os seus antecessores 6⋅5 = 30
naturais maiores que zero. Para representar o fatorial Exemplo 2
de um número, escrevemos o número seguido de um 3!
ponto de exclamação, ou seja, n ! (lê-se “n fatorial”). 7!
Por exemplo, o fatorial do número 4 é repre- Resolução:
sentado por (4 ! fatorial), que é a multiplicação de 4 Seguindo os mesmos passos, escreveremos a
pelos seus antecessores naturais não nulos, ou seja, multiplicação de 7 ! pelos seus antecessores até che-
4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =24.
gar no 3! :
Uma importante aplicabilidade do estudo do nú- 3!
mero fatorial é o seu uso na análise combinatória, 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
onde é recorrente a multiplicação de um número na-
Simplificando:
tural pelos seus antecessores. Por definição, tem-se
que: 0! = 1 e 1 ! = 1. 3! 1 1
= =
Exemplo: 5 ! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 840
Lembre-se que:
Operações com fatorial
Para realizar adição, subtração e multiplicação n != n ⋅ ( n − 1) ⋅ ( n − 2 ) ⋅…⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
entre o fatorial de dois ou mais números, temos que
e
obedecer a ordem de prioridade das operações en-
0! = 1 , 1! = 1
volvendo o fatorial, ou seja, resolvemos o fatorial
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2. Em um restaurante, é oferecido o famoso prato feito.


ATIVIDADES Todos os pratos possuem arroz, e o cliente pode esco-
lher uma combinação entre 3 possibilidades de carne
(bife, frango ou lombo), 2 tipos de feijão (caldo ou tro-
Professor(a), na atividade 1, o objetivo é oportunizar
peiro) e 2 tipos de salada (vinagrete ou folhas). De quan-
ao estudante o desenvolvimento da habilidade de cal-
tas maneiras distintas um cliente pode fazer o pedido?
cular o fatorial de um número. No caso das frações que
contêm fatorial no numerador e no denominador, re- Sugestões de solução:
solva primeiramente sem simplificar, para depois justi- Árvore de possibilidades: Princípio fundamental
ficar as simplificações. da contagem:

Como por exemplo:


5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 120
= = = 20 (sem simplificação)
3! 3 ⋅ 2 ⋅1 6
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
= = 5 ⋅ 4 = 20 (com simplificação)
3! 3! Arroz: 1 tipo
Carne: 3 tipos
1. Calcule o valor de cada expressão a seguir: Feijão: 2 tipos
Salada: 2 tipos
a) 4 ! = f) 4!+ 2! = 1⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 2 =12 maneiras
de fazer o pedido.

b) 5 ! = g) 5 !− 3! =

c) 6 ! = 7!
h) =
2!5!
4! 9!
d) = i) =
2! 4!5!

5! 5! 9!
e)
3!
= j) +
3! 4!5!
=
Vamos avançar?
Sugestão de solução:
PFC – Princípio Fundamental da Contagem
a) 4! = 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 24 (Princípio Multiplicativo)
b) 5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 120 A análise combinatória é a parte da matemática
c) 6! = 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 720 que analisa a quantidade de agrupamentos possíveis
4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 24 para determinadas situações, e o princípio funda-
d) = = = 12 mental da contagem (princípio multiplicativo) é um
2! 2 ⋅1 2
dos processos que se utiliza para calcular o total de
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 120 combinações possíveis nesses agrupamentos.
e)= = = 20
3! 3 ⋅ 2 ⋅1 6 O princípio determina que se uma decisão d1 pode ser
f) 4! + 2! = 4 � 3 � 2 � 1 + 2 � 1 = 24 + 2 = 26 tomada de n1 maneiras, e outra decisão d 2 pode ser toma-
da de n2 maneiras, sendo essas decisões independentes.
g) 5! − 3! = 5 � 4 � 3 � 2 � 1 − 3 � 2 � 1 = 120 − 6 = 114
Desta forma, o número de maneiras que essas
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 7 ⋅ 6 42 duas decisões podem ser tomadas é calculado pelo
h) = = = = 21 produto 𝑛1 · 𝑛2 .
2!5! 2 ⋅1⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 2 ⋅1 2
ATENÇÃO: Em outras situações, a quantidade de
9! 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 9 ⋅ 8 ⋅ 7
i) = = = = 9 ⋅ 2 ⋅ 7 = 126 decisões pode ser maior do que duas.
4!5! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 4
O princípio multiplicativo é uma ferramenta que
j) 5! + 9! =5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =20 + 126 =146 resolve grande parte dos problemas de contagem, po-
3! 4!5! 3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 rém a sua aplicação direta na resolução de problemas
nem sempre pode ser tão simples. No entanto, alguns
problemas possuem características em comum e são
recorrentes. Dessa forma, esses agrupamentos serão
caracterizados e estudados separadamente a seguir.

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Exemplo 1: De quantas maneiras pode-se organi- Dá análise do diagrama de árvore chegamos ao se-
zar três pessoas em uma fila? guinte mecanismo prático:
1ª decisão: escolher quem vai ficar em 1º lugar na fila 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 4! =
= 24
→ 3 possibilidades, pois são 3 pessoas; 4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidade

2ª decisão: escolher quem vai ficar em 2º lugar na fila Exemplo 4: Uma urna contém 3 bolas numeradas
→ 2 possibilidades, pois 1 pessoa já ocupou o 1º lugar; de 1 a 3 e em outra urna 5 bolas numeradas de 1 a 5.
3ª decisão: escolher quem vai ficar em 3º lugar na fila Quantas possibilidades existem para retirar aleatoria-
→ 1 possibilidade, pois 2 pessoas já ocuparam os dois mente uma bola de cada uma e somar seus valores?
primeiros lugares.
Fixar a bola 1 da pri- Fixar a bola 2 da pri- Fixar a bola 3 da
1ª decisão 2ª decisão 3ª decisão meira urna e variar as 5 meira urna e variar primeira urna e
bolas da segunda urna as 5 bolas da segun- variar as 5 bolas
3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidades da urna da segunda urna
Pessoa Pessoa Pessoa
1 + 1 =2 2 +1 =3 3 +1 =4
Pessoa Pessoa Pessoa
1+ 2 = 3 2+2 =4 3+ 2 =5
Pessoa Pessoa Pessoa
1+ 3 = 4 2+3=5 3+3 = 6
Pela árvore de possibilidades: 1+ 4 = 5 2+4 =6 3+ 4 =7
1+ 5 = 6 2+5 =7 3+5 = 8
5 possibilidades 5 possibilidades 5 possibilidades

Total de possibilidades: 5 + 5 + 5 =
15
Mecanismo prático
3 ⋅ 5 15
=
Primeira urna Segunda urna
3 possibilidades 5 possibilidades

Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):


3 ⋅ 2 ⋅1 =6 maneiras diferentes.
Exemplo 2: De quantas maneiras pode-se organi-
zar cinco pessoas em uma fila?
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem): ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =120 maneiras diferentes.
Exemplo 3: Quais são as possibilidades da classificação Professor(a), no ensino fundamental, mais precisamen-
final de um campeonato de futebol contendo 4 equipes? te no 8º ano, está previsto o estudo do princípio mul-
Observe a árvore de possibilidades a seguir: tiplicativo em alguns problemas básicos de contagem,
segundo o que nos orienta o DC-GO nas habilidades:
• (EF08MA03-A) Representar e enumerar possibilida-
des usando diferentes estratégias tais como diagramas
de árvore e tabelas com siglas, desenhos, palavras ou
códigos;
• (EF08MA03-B) Ler e interpretar problemas envol-
vendo o princípio multiplicativo;
• (EF08MA03-C) Resolver e elaborar problemas de
contagem cuja resolução envolva a aplicação do princí-
pio multiplicativo, em contextos significativos.
Agora na 3ª série, mais precisamente no 2º bimestre, é
retomado o conteúdo de análise combinatória, segun-
do o DC-GOEM, por meio das habilidades:
• (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos es-
senciais da análise combinatória identificando caracte-
rísticas específicas dos princípios aditivo e multiplicati-
vo para resolver problemas do cotidiano que envolvam
contagem;

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• (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de conta- Sugestão de solução:


gem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou aditivo Cada questão há uma decisão com duas possibilidades
para avaliar propostas de intervenção na realidade; de respostas. Sendo assim, pelo PFC (princípio funda-
• (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de contagem mental da contagem), tem-se que:
que envolvem os princípios multiplicativo e/ou aditivo, 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2= 210= 1024
recorrendo a estratégias diversas como o diagrama de Desta forma, o número de maneiras distintas de res-
árvore, entre outros, para analisar resultados, adequar ponder essa prova é igual a 1024.
soluções, construir argumentação e tomar decisões.
6. Para montar um sanduíche em uma lanchonete, Ma-
Nesse sentido, nas atividades de 3 a 15 o objetivo é que nuel tem a opção de escolher o pão, a salada, a carne, o
os(as) estudantes desenvolvam habilidades do 8º ano molho e o queijo.
sobre o princípio fundamental da contagem (Princípio
• Pão: italiano, três queijos, sete grãos;
Multiplicativo) e o início do Princípio Aditivo, como
proposta de uma recomposição dessas habilidades. • Salada: alface, tomate, pepino;
Em algumas atividades serão oportunizados casos mais • Carnes: hambúrguer, frango, lombo;
simples de agrupamentos ordenáveis (arranjos) e não • Molho: maionese, ketchup;
ordenáveis (combinações), assim como as permutações
que são casos particulares de arranjos. Em nenhum mo- • Queijo: muçarela, cheddar, ricota.
mento é necessário especificar: arranjo, permutação e Quantos sanduíches diferentes essa lanchonete pode
combinação, pois serão desenvolvidos posteriormente, oferecer a Manuel, sendo que ele pode escolher ape-
e detalhadamente, cada um desses casos. nas um item de cada opção?
3. Marta tem 5 blusas e 4 saias. De quantos modos di- Sugestão de solução:
ferentes, Marta pode vestir uma blusa e uma saia? Pão: 3 opções (italiano, três queijos, sete grãos);
Sugestão de solução: Salada: 3 opções (alface, tomate, pepino);
Blusas: 5 opções Carnes: 3 opções (hambúrguer, frango, lombo);
Saias: 4 opções Molho: 2 opções (maionese, ketchup);
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem): Queijo: 3 opções (muçarela, cheddar, ricota).
5⋅ 4 =20 Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):
Marta pode se vestir de 20 modos diferentes. 3⋅3⋅3⋅ 2 ⋅3 =162
Manuel pode escolher o sanduíche de 162 maneiras
4. Uma pessoa possui 5 camisetas, 4 calças e 3 pares diferentes.
de sapatos. Quantas maneiras, distintas, essa pessoa
pode vestir uma camiseta, uma calça e um par de sa- 7. Em uma sala há cinco pessoas para sentar-se em cin-
patos? co lugares. De quantas maneiras diferentes essas cinco
pessoas podem se sentar?
Sugestão de solução:
Camisetas: 5 opções Sugestão de solução:
Calças: 4 opções 1º lugar: 5 possibilidades (5 pessoas);
Sapatos: 3 opções 2º lugar: 4 possibilidades (4 pessoas, pois uma já se
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem): sentou);
5⋅ 4⋅3 = 60 3º lugar: 3 possibilidades (3 pessoas, pois duas já se
Essa pessoa pode se vestir de 60 maneiras diferentes. sentaram);
4º lugar: 2 possibilidades (2 pessoas, pois três já se sen-
5. Uma prova foi elaborada com 10 questões do tipo V taram);
ou F. Justifique de quantas maneiras distintas ela pode 5º lugar: 1 possibilidade (1 pessoa, a que não se sentou).
ser respondida. Pelo PFC (princípio fundamental da contagem):
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =120
Essas cinco pessoas podem se sentar de 120 maneiras
diferentes.

8. Sete amigos foram ao teatro e, numa fileira tinha sete


cadeiras para que eles pudessem se sentar. De quantos
modos diferentes esses sete amigos podem se sentar?
Sugestão de solução
1ª cadeira: 7 possibilidades (7 amigos);
Disponível em: br.depositphotos.com. Acesso em: 19 abr. 2023.
2ª cadeira: 6 possibilidades (6 amigos, pois um já se sentou);
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3ª cadeira: 5 possibilidades (5 amigos, pois dois já se h) Você saberia como calcular a quantidade dos nú-
sentaram); meros de dois algarismos distintos e com repetição,
4ª cadeira: 4 possibilidades (4 amigos, pois três já se usando os algarismos 1, 2 e 3 sem encontrar todas as
sentaram); possibilidades? Se sim mostre seu raciocínio.
5ª cadeira: 3 possibilidades (3 amigos, pois quatro já se
i) Você saberia como calcular a quantidade dos núme-
sentaram);
ros de três algarismos distintos e com repetição, usan-
6ª cadeira: 2 possibilidades (2 amigos, pois cinco já se
do os números 1, 2 e 3 sem encontrar todas as possibi-
sentaram);
lidades? Se sim mostre seu raciocínio.
7ª cadeira: 1 possibilidade (1 amigo, o que não se sentou).
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem): Sugestão de solução:
7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =5040 a) Utilizando os algarismos 1 e 2 pode-se formar os
Esses sete amigos podem se sentar de 5040 modos di- números: 11, 12, 21 e 22, ou seja, podemos formar 4
ferentes. números.
b) Utilizando os algarismos 1 e 2, sem repetir nenhum
9. Quantos anagramas podemos formar com as letras algarismo, pode-se formar os números: 12 e 21, ou
da palavra LUA? seja, podemos formar 2 números.
Sugestão de solução: c) Utilizando os algarismos 1, 2 e 3 pode-se formar os
Anagrama é a permutação, ou troca de posição, entre números:
os elementos de uma lista ou conjunto. 111, 112, 113, 121, 131, 123, 132, 122, 133,
Nota-se que a palavra LUA não possui repetição de le- 222, 221, 223, 212, 232, 213, 231, 211, 233,
tras. Assim, aplica-se o PFC (princípio fundamental da 333, 332, 331, 323, 313, 321, 312, 322, 311.
contagem): ou seja, podemos formar 27 números.
3 ⋅ 2 ⋅1 =6 d) Utilizando os algarismos 1, 2 e 3, sem repetir ne-
Pode-se formar 6 anagramas com as letras da palavra LUA. nhum algarismo, pode-se formar os números:
123, 132,
10. Quantos anagramas podemos formar com as letras 213, 231,
da palavra FILHO? 321, 312.
Sugestão de solução: ou seja, pode-se formar 6 números.
Nota-se que a palavra FILHO não possui repetição de e) Utilizando os algarismos 6, 8 e 9 pode-se formar os
letras. Assim, aplica-se o PFC (princípio fundamental números:
da contagem): 666, 668, 669, 686, 696, 689, 698, 688, 699,
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =120 888, 886, 889, 868, 898, 869, 896, 866, 839,
Pode-se formar 120 anagramas com as letras da pala- 999, 998, 996, 989, 969, 986, 968, 988, 966.
vra FILHO. ou seja, pode-se formar 27 números.
f) Utilizando os algarismos 6, 8 e 9, sem repetir algum
algarismo, pode-se formar os números:
11. Responda as questões a seguir: 689, 698,
a) Quais e quantos números de dois algarismos pode- 869, 896,
mos formar com os algarismos 1 e 2? 986, 968.
ou seja, pode-se formar 6 números.
b) Quais e quantos números de dois algarismos distin- g) Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a) estudante
tos podemos formar com os algarismos 1 e 2? perceba que o uso do PFC – Princípio Fundamental da
c) Quais e quantos números de dois algarismos pode- Contagem (Princípio Multiplicativo) facilita e resolve
mos formar com os algarismos 1, 2 e 3? situações como esta.
Com repetição: 2 ⋅ 2 = 4
d) Quais e quantos números de dois algarismos distin-
Sem repetição: 2 ⋅1 =2
tos podemos formar com os algarismos 1, 2 e 3?
h) Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a) estudante
e) Quais e quantos números de três algarismos pode- perceba que o uso do PFC – Princípio Fundamental da
mos formar com os algarismos 6, 8 e 9? Contagem (Princípio Multiplicativo) facilita e resolve
f) Quais e quantos números de três algarismos distin- situações como esta.
tos podemos formar com os algarismos 6, 8 e 9? Com repetição: 3 ⋅ 3 = 9
Sem repetição: 2 ⋅1 =2
g) Você saberia como calcular a quantidade dos núme- i) Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a) estudante
ros de dois algarismos distintos e com repetição, usan- perceba que o uso do PFC – Princípio Fundamental da
do os algarismos 1 e 2 sem encontrar todas as possibi- Contagem (Princípio Multiplicativo) facilita e resolve
lidades? Se sim mostre seu raciocínio. situações como esta.

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Com repetição: 3 ⋅ 3 ⋅ 3 =27 Professor(a), a atividade 15 é uma questão do ENEM


Sem repetição: 3 ⋅ 2 ⋅1 =6 de 2020 que avalia se o(a) estudante desenvolveu a
habilidade de calcular o número de possibilidades de
12. Quantos números naturais pares de 3 algarismos um evento utilizando o PFC. É importante que o estu-
distintos existem? dante tenha desenvolvido a habilidade de identificar a
Sugestão de solução: expressão que modela um problema, pois, ao analisar
O algarismo da unidade poderá ser escolhido de 5 mo- as alternativas, é importante se atentar ao conectivo
dos (0, 2, 4, 6 e 8). Assim: “ou”, pois ele irá indicar o uso do princípio aditivo.
• Se o zero foi usado como último algarismo, o primei- 15. (ENEM DIGITAL - 2020) Um modelo de telefone
ro pode ser escolhido de 9 modos (não se pode usar o celular oferece a opção de desbloquear a tela usando
algarismo já empregado na última casa); um padrão de toques como senha.
• Se o zero não foi usado como último algarismo, o primei-
ro só pode ser escolhido de 8 modos (não se pode usar o
zero, nem o algarismo já empregado na última casa).
Para resolver esse impasse, existem algumas alterna-
tivas. Uma das alternativas é determinar a quantida-
de de números com três algarismos distintos e depois
subtrair a quantidade de números ímpares com três
algarismos distintos:
Números com três algarismos distintos: 9 ⋅ 9 ⋅ 8 =648
Números ímpares com três algarismos distintos:
8 ⋅ 8 ⋅ 5 =320
Números pares com três algarismos distintos:
648 − 320 =
328

13. A lanchonete de uma escola oferece três tipos de


sucos e quatro tipos de refrigerantes. De quantas ma-
neiras diferentes um estudante pode adquirir um dos Os toques podem ser feitos livremente nas 4 regiões
tipos de bebida oferecidas por essa lanchonete? numeradas da tela, sendo que o usuário pode escolher
Sugestão de solução: entre 3, 4 ou 5 toques ao todo.
Para a escolha do suco tem-se três possibilidades e Qual expressão representa o número total de códigos
para a escolha do refrigerante existem quatro possibi- existentes?
lidades. Utilizando o princípio aditivo, tem-se 3 + 4 =7
possibilidades de escolha. (A) 45 − 44 − 43 (D) ( 4!)5
14. Quantos números de 3 dígitos são maiores que 390 (B) 45 + 44 + 43 (E) 45
e têm todos os dígitos diferentes?
Sugestão de solução: (C) 45 × 44 × 43
Se o número não começar pelo algarismo 3, há 6 mo- Gabarito: B
dos de selecionar o primeiro algarismo, 9 de selecionar
o segundo, 8, o terceiro. Daí, pelo PFC: Sugestão de solução:
6 ⋅ 9 ⋅ 8 =432 números que não começam por 3. Pelo PFC:
3
Se o número começar por 3, há 1 modo de escolher o Senha com três toques: 4 ⋅ 4 ⋅ 4 =4
primeiro dígito, 1 modo de escolher o segundo (deve Senha com quatro toques: 4 ⋅ 4 ⋅ 4 ⋅ 4 =44
ser igual a 9) e 7 modos de escolher o terceiro. Pelo PFC
Senha com cinco toques: 4 ⋅ 4 ⋅ 4 ⋅ 4 ⋅ 4 =45
1 ⋅1 ⋅ 7 =7 números que começam por 3.
Observe no enunciado o uso do termo “ou” que indica
Então, pelo princípio aditivo, temos 432 + 7 = 439
o uso do princípio aditivo. Sendo assim, o número total
Portanto, são 439 números de 3 dígitos que são maio-
de códigos existentes é igual a 45 + 44 + 43 .
res que 390 e que têm todos os dígitos diferentes.

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Semana 3 - Maio tam das duas cores. Calcule o número total de entre-
vistados.
Conjunto A : pessoas que preferem azul → n ( A ) =
40
Vamos avançar? Conjunto B : pessoas que preferem amarelo → n ( B ) =
80

Princípio Aditivo
Se um evento e1 tem n1 possibilidades distintas de
ocorrer e um evento e2 tem n1 possibilidades distin-
tas de ocorrer, e esses eventos são mutuamente ex-
clusivos (não acontecem ao mesmo tempo), então, o
número total de possibilidades de pelo menos um dos
eventos acontecer é dado por n1 + n2 . Conjunto ( A ∩ B ) : pessoas que gostam das duas cores
O princípio aditivo da contagem realiza a união
→ n ( A ∩ B) = 20
dos elementos de dois ou mais conjuntos. Isso por-
que a adição ( + ) e a união ( U ) relacionam-se, pois em
ambos os operadores há uma reunião de elementos. → n ( A ∪ B ) = n ( A ) + n ( B ) − n ( A ∩ B ) = 40 + 80 − 20 = 100
O princípio aditivo tem a sua origem na teoria dos
OBSERVAÇÃO: Quando se tratar de três conjuntos,
conjuntos, que estuda as propriedades que estabele-
deve se utilizar:
cem as relações entre os próprios conjuntos e entre
os elementos dos conjuntos. n ( A ∪ B ∪ C=
) n ( A ) + n ( B) + n ( C ) – n ( A ∩ B) – n ( A ∩ C ) – n (
Veremos a seguir a definição n ( Apara
∪B∪ oC ) n ( A ) +adi-
princípio
= n ( B) + n ( C ) – n ( A ∩ B) – n ( A ∩ C ) – n ( B ∩ C ) + n ( A ∩ B ∩ C )
tivo da contagem.
Definição: Considerando A e B como conjuntos
finitos disjuntos, ou seja, com a sua intersecção vazia, ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
a união do número de elementos é dada por:
n (A =
U B) n ( A ) + n ( B) Professor(a), no ensino fundamental, mais precisamen-
Exemplo: Em uma entrevista sobre a preferên- te no 8º ano, está previsto o estudo do princípio aditivo
cia de cor, entre o azul e o amarelo, 20 entrevistados em alguns problemas básicos de contagem, segundo o
responderam que preferem a cor azul e 80 respon- que nos orienta o DC-GO nas habilidades: (EF08MA-
deram que preferem amarela. Calcule o número total 03-A) Representar e enumerar possibilidades usando
de entrevistados. diferentes estratégias tais como diagramas de árvore e
Conjunto A: pessoas que preferem azul → n ( A ) = 20 tabelas com siglas, desenhos, palavras ou códigos;

Conjunto B: pessoas que preferem amarelo → n ( B ) =


80 Agora na 3ª série, mais precisamente no 2º bimestre, é
retomado o conteúdo de análise combinatória, segun-
→ n ( A ∪ B ) = n ( A ) + n ( B ) = 20 + 80 = 100 do o DC-GOEM, por meio das habilidades:
Observe que não teve • (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos es-
entrevistado escolhendo
ambas as cores.
senciais da análise combinatória identificando caracte-
rísticas específicas dos princípios aditivo e multiplicati-
Se os conjuntos não fossem disjuntos, teríamos vo para resolver problemas do cotidiano que envolvam
uma intersecção, que é dada pelos elementos que es- contagem;
tão presentes em mais de um conjunto ao mesmo tem- • (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de conta-
po. Quando esse tipo de situação ocorrer, a definição gem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou aditivo
para o princípio aditivo da contagem será a seguinte: para avaliar propostas de intervenção na realidade;
Definição: Considere A e B como conjuntos fi- • (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de contagem
nitos. O número de elementos dado pela união entre que envolvem os princípios multiplicativo e/ou aditivo,
esses conjuntos é representado da seguinte forma: recorrendo a estratégias diversas como o diagrama de
n ( A ∪ B) = n ( A ) + n ( B) − n ( A ∩ B) árvore, entre outros, para analisar resultados, adequar
soluções, construir argumentação e tomar decisões.
Exemplo: Em uma entrevista sobre a preferência Nesse sentido, nas atividades de 16 a 18 o objetivo é
de cor, entre o azul e o amarelo, 40 entrevistados res- que os(as) estudantes desenvolvam as habilidades en-
ponderam que preferem a cor azul, 80 responderam volvendo o princípio fundamental da contagem (Prin-
que preferem amarelo e 20 responderam que gos- cípio Aditivo). Como proposta, as atividades foram ela-
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boradas de maneira a recompor as habilidades desse 18. (UNICAMP) Três candidatos A, B e C concorrem à
objeto de conhecimento, oportunizando o desenvolvi- presidência de um clube. Uma pesquisa apontou que,
mento de habilidades de aplicação da teoria de conjun- dos sócios entrevistados, 150 não pretendem votar.
tos e do diagrama de Venn. Dentre os entrevistados que estão dispostos a partici-
par da eleição, 40 sócios votariam apenas no candidato
16. O Centro Cultural da cidade de Pedro disponibili- A, 70 votariam apenas em B, e 100 votariam apenas no
zou um festival com 5 filmes e 3 peças de teatro, po- candidato C. Além disso, 190 disseram que não vota-
rém, todos as 18h00. Qual é o número de possibilidade riam em A, 110 disseram que não votariam em C, e 10
que Pedro tem para comparecer a esse festival? sócios estão na dúvida e podem votar tanto em A como
Sugestão de solução: em C, mas não em B. Finalmente, a pesquisa revelou
Como Pedro só pode ir a um evento, pois todos ocor- que 10 entrevistados votariam em qualquer candidato.
rem as 18 horas, então ele ou assiste ao filme 1, ou ao Com base nesses dados, pergunta-se:
filme 2, ou ao filme 3, ou ao filme 4, ou ao filme 5, ou à a) Quantos sócios entrevistados estão em dúvida entre
peça 1, ou à peça 2 ou à peça 3. votar em B ou em C, mas não votariam em A? Dentre
Portanto, ao todo, são 8 possibilidades diferentes. os sócios consultados que pretendem participar da
17. (ESAL) Foi consultado um certo número de pessoas eleição, quantos não votariam em B?
sobre as emissoras de TV que habitualmente assistem. b) Quantos sócios participaram da pesquisa? Suponha
Obteve-se o resultado seguinte: 300 pessoas assistem que a pesquisa represente fielmente as intenções de
ao canal A, 270 pessoas assistem ao canal B, das quais voto de todos os sócios do clube. Escolhendo um sócio
150 assistem ambos os canais A e B e 80 assistem a ou- ao acaso, qual a probabilidade de que ele vá participar
tros canais distintos de A e B. da eleição mas ainda não tenha se decidido por um úni-
O número de pessoas entrevistadas foi: co candidato?
(A) 800. (D) 500. Sugestão de solução:
(B) 720. (E) 600. Sabemos que:
• 40 sócios votariam apenas no candidato A;
(C) 570. • 70 votariam apenas em B;
Gabarito: D • 100 votariam apenas no candidato C;
Sugestão de solução: • 190 disseram que não votariam em A;
Sabemos que: • 110 disseram que não votariam em C;
• 150 pessoas assistem ao canal A e ao canal B, ou seja, • 10 sócios estão na dúvida e podem votar tanto em A
a interseção de A e B ; como em C, mas não em B;
• O número de pessoas que assistem ao canal A é 300 • 10 entrevistados votariam em qualquer candidato.
no total; Observe que:
• O número de pessoas que assistem ao canal B é 270 Todo esse processo resultará no seguinte diagrama de
no total; Venn:
• 80 assistem a outros canais distintos de A e B.

Somando os números do diagrama para obter a quanti-


dade de pessoas entrevistadas, tem-se: Professor(a), peça que o(a) estudante refaça utilizando:
150 + 150 + 120 + 80 = 500 n ( A ∪ B ∪ C )= n ( A ) + n ( B ) + n ( C ) − n ( A ∩ B ) − n ( A ∩ C ) − n ( B ∩
Outra possibilidade
n ( A ∪ B ∪ C )= n ( A ) + n ( B ) + n ( C ) − n ( A ∩ B ) − n ( A ∩ C ) − n ( B ∩ C ) + n ( A ∩ B ∩ C )
n ( A ∪ B ) = n ( A ) + n ( B ) − n ( A ∩ B ) = 300 + 270 − 150 = 420 a) Analisando o diagrama, percebe-se que o número de
sócios em dúvida entre os candidatos B e C que não vo-
n ( A ∪ B ) + 80 = 420 + 80 = 500
tariam em A é igual a 20 e o número de pessoas que não
Professor(a), até este momento não foi introduzido votariam em B é a soma dos números fora do círculo
o objeto do conhecimento probabilidade para os(as) vermelho (exceto as pessoas que não pretendem votar).
estudantes, então na opção b) caso eles(elas) tenham 40 + 10 + 100 = 150
alguma dificuldade fale que o tema probabilidade será b) Para encontrar o número de sócios que participa-
discutido depois, e que eles(elas) poderão retomar esta ram da pesquisa, basta somar todos os números que
atividade posteriormente. aparecem no diagrama de Venn:
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40 + 0 + 70 + 10 + 10 + 20 + 100 + 150 =
400 Desta forma, podemos formar 720 anagramas
Já a probabilidade do sócio que vai participar da elei- com a palavra REVISA.
ção e ainda não escolheu um candidato é dada pelo nú-
Para melhor entendimento observe as possíveis
mero de pessoas em qualquer interseção dividido pelo
aplicações a seguir.
número total de pessoas:
40 1 • Contar Anagramas:
P
= = = 0,1
400 10 Anagramas da palavra (sem letras repetidas):
AMOR
Semana 4 - Maio Fixando: A Fixando: M Fixando: O Fixando: R
AMOR MORA ORMA RAMO
AMRO MOAR ORAM RAOM
Vamos Sistematizar? AOMR MARO OARM ROAM
AORM MAOR OAMR ROMA
• Permutação simples ARMO MRAO OMAR RMAO
Permutação simples é qualquer agrupamento que AROM MROA OMRA RMOA
se pode formar com todos os elementos disponíveis
no problema, usando cada um deles uma única vez, e
que se diferenciam um do outro apenas pela posição Mecanismo prático:
em que esses elementos aparecem no agrupamento. ⏟
4 � ⏟
3 � ⏟
2 � ⏟
1 = 4! = 24
4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidade
O número de permutações simples é representa- − −
Pode iniciar com já utilizou uma
− −
já utilizou duas já utilizou três
do por Pn , sendo que Pn = n ! , onde n é o número de qualquer letra letra, restam 3 letras, restam 2 letras, resta 1
elementos disponíveis.

4 � ⏟
3 � ⏟
2 � ⏟
1 = 4! = 24
Exemplo:
4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidade
− − − − • Anagramas da palavra (com letras repetidas):
Pode
Quantosiniciar com
números já utilizou uma já utilizou duas
de quatro algarismos distintos já utilizou três AMAM
qualquer letra letra, restam 3 letras, restam 2 letras, resta 1
podemos formar com os algarismos 2, 3, 4 e 5? Para diferenciarmos os dois A e os dois M, utilizare-
P4 = 4! = 4 � 3 � 2 � 1 = 24 números. mos um maiúsculo e outro minúsculo.
• Permutação com repetição Fixando: A Fixando: M Fixando: a Fixando: m
Uma permutação com elementos repetidos acon- AMam MamA amMA mAMa
tece quando em um agrupamento de n elementos, AMma MaAm amAM mAaM
alguns desses são iguais. Na fórmula para determinar AaMm MAma aAmM maAM
o número de permutações com repetição, dividimos
o fatorial de n pelo produto dos fatoriais dos núme- AamM MAam aAMm maMA
ros de elementos que se repetem. AmaM MmAa aMAm mMAa
O número de permutações com repetição é re- AmMa MmaA aMmA mMaA
presentado por Pnx1 , x2, …, xi , sendo que
Se observarmos iremos encontrar anagramas
𝑥 ,𝑥2, … ,𝑥𝑖 𝑛! iguais, se contados serão contados em duplicidade,
𝑃𝑛 1 = para resolvermos este detalhe utilizamos o mecanis-
𝑥1! � 𝑥2 ! � … � 𝑥𝑖 !
mo a seguir:
onde n é o número total de elementos, e
Mecanismo prático:
x1 , x2, …, xi são os números dos elementos que se re- 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 24
petem. = = 6
2 ⋅1 ⋅ 2 ⋅1 4
Exemplo: Quantos são os anagramas que pode- letras M letras A

mos formar com a palavra REVISA? Vamos ver se entendemos!


IMPORTANTE: Em Matemática, permutações Anagramas da palavra MATEMÁTICA:
entre as letras de uma palavra, entre os números de 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
uma sequência, entre os elementos de um conjunto e = 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 = 151 200
2 ⋅1 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
assim por diante são chamadas de anagramas. letras M letras T letras A

No caso da palavra REVISA, não temos letras que Para facilitar o cálculo do exemplo anterior, sim-
se repetem, então o número de anagramas será obti- plificamos os valores do numerador com os valores
do por meio de uma permutação simples: do denominador.
P6 = 6! = 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 720 .
Para sistematizar nosso estudo, observe:
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Exemplo: Quantos são os anagramas que pode-


mos formar com a palavra ARARA? ATIVIDADES DE sistematização
No caso da palavra ARARA, temos a letra A
que se repete três vezes, e a letra R que se repete Professor(a), nas atividades 19, 20 e 21 o objetivo é
duas vezes, então, o número de anagramas será obti- que o(a) estudante explore o princípio fundamental da
do por meio de uma permutação com repetição: contagem (Princípio Multiplicativo). Neste momento é
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3! 5 ⋅ 4 5 ⋅ 4 20 apropriado diferenciar arranjo, permutação e combi-
3,2
P=
5 = = = = = 10 nação.
3!⋅ 2! 3!⋅2! 2! 2 ⋅1 2
Ressalte que a partir do Princípio Fundamental da
Assim, é possível formar 10 anagramas com a pa-
Contagem (Princípio multiplicativo) pode-se generali-
lavra ARARA.
zar a permutação (com ou sem repetições), o arranjo
• Arranjo simples e a combinação, considerando suas especificidades,
Arranjo simples é qualquer agrupamento que se pois, nas atividades anteriores, os(as) estudantes já es-
pode formar com p elementos disponíveis entre n tavam desenvolvendo habilidades com esses objetos
elementos disponíveis no problema. Esses agrupa- do conhecimento.
mentos se diferenciam uns dos outros pela ordem em
que os seus elementos aparecem (“a ordem impor- 19. (Enem 2012) O diretor de uma escola convidou
ta”). Chamamos esses agrupamentos de arranjo sim- os 280 alunos de terceiro ano a participarem de uma
ples de n elementos tomados p a p , em que n ≥ p e brincadeira. Suponha que existem 5 objetos e 6 perso-
representamos por An; p ou Anp . nagens numa casa de 9 cômodos; um dos personagens
n! esconde um dos objetos em um dos cômodos da casa.
é An; p
A fórmula utilizada= ⋅ O objetivo da brincadeira é adivinhar qual objeto foi
( n − p )!
Exemplo: Quantos números de quatro algarismos escondido por qual personagem e em qual cômodo da
distintos podemos formar com os algarismos 1; 2; 3; casa o objeto foi escondido.
4; 5 e 6? Todos os alunos decidiram participar. A cada vez um
n! 6! 6! 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2!
aluno é sorteado e dá a sua resposta. As respostas de-
A6;4 = = = = = 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 = 360 vem ser sempre distintas das anteriores, e um mesmo
( n − p )! ( 6 − 4 )! 2! 2!
aluno não pode ser sorteado mais de uma vez. Se a res-
posta do aluno estiver correta, ele é declarado vence-
Assim, podemos formar 360 números de quatro dor e a brincadeira é encerrada.
algarismos distintos com esses algarismos.
Observação importante: A permutação é um O diretor sabe que algum aluno acertará a resposta
caso específico do arranjo, em que só importa a or- porque há:
dem dos elementos e n = p . (A) 10 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
• Combinação simples (B) 20 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
Combinação simples é qualquer agrupamento (C) 119 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
que se pode formar com p elementos disponíveis (D) 260 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
entre n elementos disponíveis no problema. Esses (E) 270 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
agrupamentos não se diferenciam uns dos outros Gabarito: A
pela ordem em que seus elementos aparecem (“a or- Sugestão de resolução:
dem não importa”). Chamamos esses agrupamentos Pelo princípio multiplicativo, basta encontrar o produ-
de combinação simples de n elementos tomados p to das decisões a serem tomadas:
a p , em que n > p e representamos por Cn; p ou Cnp . 5 objetos, 6 personagens e 9 cômodos. Portanto, tem-
n! -se que pelo PFC:
=
A fórmula utilizada é Cn ; p ⋅
p !⋅ ( n − p ) ! 5· 6 · 9 = 270 possíveis respostas.
Exemplo: Em uma turma de 10 estudantes, quan- Como são 280 alunos, então 280 – 270 =10
tos quartetos (4 pessoas) podemos formar? Há 10 alunos a mais do que as possíveis respostas dis-
n! 10! 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅tintas.
7 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 10 ⋅ 9 ⋅ 7 10 ⋅ 3 ⋅ 7
C10;4
= = = = = = = = = 210
p !⋅ ( n − p ) ! 4!⋅ (10 − 4 ) ! 4!⋅ 6! 4!⋅ 6! 4! 20. Um
4 ⋅ 3 ⋅ 2anagrama
⋅1 3 ⋅1 é uma1 nova palavra ou lista obtida
⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 10 ⋅ 9 ⋅ 7 10 ⋅ 3 ⋅ 7 por meio dos elementos de outra palavra. Todos os
= = = = = 210
4!⋅ 6! 4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 3 ⋅1 1 anagramas da palavra “LUA”, por exemplo, são: LUA,
Desta forma, podemos formar 210 quartetos LAU, ALU, AUL, ULA e UAL. Sendo assim, calcule:
com essa turma. a) Quantos anagramas pode-se obter a partir da pala-
vra “REVISA”?
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b) Quantos anagramas pode-se obter a partir da pala- gestões de soluções, procuramos utilizar as fórmulas
vra “MARATONA”? estudadas. Caso seja possível, procure resolver algu-
mas questões utilizando apenas o princípio multipli-
Sugestão de solução:
cativo, de modo que os(as) estudantes reconheçam as
a) Quando os anagramas são de palavras que possuem
regularidades que nos levam às fórmulas de arranjo e
todas as letras diferentes, esses anagramas são obtidos
combinação.
a partir da permutação dessas letras. Como a palavra
REVISA possui 6 letras sem repetição, calcula-se: 22. Em uma competição de xadrez, participam 10 joga-
P6 = 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 720 anagramas. dores. A premiação é feita aos três primeiros coloca-
dos. De quantas maneiras a premiação pode ocorrer?
b) No caso da palavra MARATONA, temos a letra A
que se repete três vezes, então, o número de anagra-
mas será obtido por meio de uma permutação com re-
petição:
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
P83 = = = 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 = 6720 anagramas.
3! 3!

21. (ENEM 2020 DIGITAL) Eduardo deseja criar um


e-mail utilizando um anagrama exclusivamente com as Disponível em: www.canstockphoto.com.br. Acesso em: 20 abr. 2023.

sete letras que compõem o seu nome, antes do símbolo @. Sugestão de solução:
O e-mail terá a forma *******@site.com.br e será de tal Como é necessário agrupar 10 jogadores de 3 em 3,
modo que as três letras “edu” apareçam sempre juntas em uma situação em que a ordem importa, tem-se um
e exatamente nessa ordem. arranjo simples de 10 elementos tomados 3 a 3.
Dessa forma, aplica-se a fórmula:
Ele sabe que o e-mail eduardo@site.com.br já foi criado n! 10! 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7!
por outro usuário e que qualquer outro agrupamento An; p = = = = = 10 ⋅ 9 ⋅ 8 = 720
( n − p )! (10 − 3)! 7! 7!
das letras do seu nome forma um e-mail que ainda não Portanto, existem 720 maneiras diferentes para essa
foi cadastrado. premiação.
De quantas maneiras Eduardo pode criar um e-mail de-
sejado? 23. Em um jogo de cartas, Alex precisa escolher 9 den-
tre 13 cartas diferentes. De quantas maneiras diferen-
(A) 59 (D) 119 tes essas cartas podem ser escolhidas?
(B) 60 (E) 120
(C) 118
Gabarito: D
Sugestão de solução:
Para encontrar as possibilidades totais, sabe-se
que “Edu” deverá sempre ficar junto. Considere-o, en-
tão, como se fosse um único elemento, pois ficará fixo Sugestão de solução:
nessa ordem. Como é necessário agrupar 13 cartas de 9 em 9, em uma
Sendo assim, como tem-se 7 letras e 3 fixas, serão 5 situação em que a ordem não importa, tem-se uma com-
posições a serem ocupadas. Desta forma, por meio do binação simples de 13 elementos tomados 9 a 9.
PFC, calcula-se a quantidade total de possibilidades de Dessa forma, aplica-se a fórmula:
se permutar: n! 13! 13! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10 ⋅ 9! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10
Cn ; p = = = = =
EDU, A, R, D, O. p !⋅ ( n − p ) ! 9!⋅ (13 − 9 ) ! 9!⋅ 4! 9!⋅ 4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
Dessa forma tem-se que:
n! 13! 13! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10 ⋅ 9! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10 13 ⋅11 ⋅10
C5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 == 120
n; p = = = = = = 13 ⋅11 ⋅ 5 = 715
p !⋅ ( n − p ) ! ainda
Como nessa quantidade 9!⋅ (13 −está
9 ) ! presente
9!⋅ 4! 9!⋅ 4!
o anagra- 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 2 ⋅1
ma Eduardo, descontando 1 fica 119. Portanto, existem 715 maneiras diferentes de Alex es-
colher essas cartas.
Professor(a), as atividades 22 a 26 têm o objetivo de
24. Fernanda decidiu listar os 6 documentários que ela
oportunizar ao estudante o desenvolvimento da ha-
deseja assistir no próximo fim de semana, sendo que
bilidade de resolver problemas utilizando o princípio
ela assistirá 2 por dia, de sexta a domingo. Eles podem
fundamental da contagem (Princípio Multiplicativo),
ser vistos em ordem aleatória, exceto o documentário
assim como os casos de agrupamento estudados: per-
sobre História de Goiás, que tem os episódios 1 e 2 e
mutação, arranjo e combinação. Observe que nas su-
que ela assistirá a ambos no mesmo dia, nessa ordem.
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Qual é o número de maneiras distintas que Fernanda 26. Quantos triângulos diferentes podem ser traçados
poderá assistir esses documentários de forma que ela utilizando-se 10 pontos de um plano, supondo que não
assista, obrigatoriamente, aos documentários sobre há três desses pontos alinhados?
História de Goiás no mesmo dia?

Sugestão de solução:
Como há dois documentários que serão assistidos em Sugestão de solução:
um único dia nessa ordem, primeiramente, escolhem- Sabe-se que três pontos colineares não determinam
-se os outros 4 documentários um triângulo. Como não existem três pontos sobre a
P4 = 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 24 . mesma linha, basta escolhermos 3 pontos quaisquer e
Além disso, há 3 opções para que ela assista ao docu- traçar um triângulo com esses vértices. A ordem dos
mentário sobre História de Goiás, pois ela escolherá 1 pontos escolhidos para cada triângulo não importa. Por
entre os 3 dias para assistir aos episódios 1 e 2, nessa exemplo, os pontos ABC ou ACB ou BCA determinam o
ordem. Então, o total de maneiras possíveis pode ser mesmo triângulo. Por isso, o número de triângulos será
calculado por: uma combinação de 10 pontos tomados 3 a 3. Assim, o
4!⋅ 3 = 24 ⋅ 3 = 72 . número total de triângulos que podemos traçar é:
Assim, o número de maneiras distintas que Fernanda 10! 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 720
C= = = = = = 120
3!(10 − 3)! 3!7!
10;3
poderá assistir esses documentários é 72. 3!7! 3 ⋅ 2 ⋅1 6
Assim podem ser traçados 120 triângulos.
25. Para aperfeiçoar a segurança durante o atendi-
mento aos seus clientes, um banco utiliza a seguinte 27. Quantos divisores tem o número 45 000?
estratégia: ao receber a ligação, o atendente envia, por
Sugestão de solução:
mensagem de texto, uma chave de segurança para o
Fatorando 45 000 em fatores primos, tem-se que:
número de telefone registrado nos dados do cliente e
este, por sua vez, precisa confirmar essa chave ao aten- 45 000 = 23 ⋅ 32 ⋅ 54
dente que, assim, prosseguirá com o atendimento. Essa Dessa forma, os divisores de 45 000 são da forma
chave é composta por dois ou mais algarismos distintos 2α ⋅ 3β ⋅ 5γ , com α = {0,1, 2, 3} , β = {0,1, 2} e γ = {0,1, 2, 3, 4}.
entre 1; 3; 5; 7 ou 9. Quantas chaves diferentes podem
ser geradas por esse banco? Daí, pelo princípio multiplicativo temos 4 ⋅ 3 ⋅ 5 =60
Portanto, tem-se que 45 000 possui 60 divisores.

Professor, as atividades 28 e 29, em forma de item, têm


o objetivo de verificar se os(as) estudantes desenvol-
veram, de forma satisfatória, as habilidades abordadas
nas atividades sugeridas até aqui. Caso perceba dificul-
Disponível em: www.bing.com. Acesso em: 4 maio 2023.
dades, retome o conteúdo com outras atividades que
Sugestão de solução: achar pertinentes, mas sempre incentivando os(as) es-
Pode-se formar chaves usando 2, 3, 4 ou 5 algarismos, tudantes a reconhecerem os erros cometidos e, assim,
logo, o número (N) de chaves possíveis é: aprenderem com eles.
N = A5;2 + A5;3 + A5;4 + A5;5 28. Sete pessoas em viagem resolveram parar e per-
5! 5! 5! 5! noitar em um hotel. No hotel, havia somente três quar-
N= + + + tos vagos: o quarto 101, com capacidade para três pes-
( 5 − 2 ) ! ( 5 − 3) ! ( 5 − 4 ) ! ( 5 − 5 ) ! soas, o quarto 102, com capacidade para duas pessoas,
5! 5! 5! 5! e o quarto 103, que também alojava duas pessoas.
N= + + +
3! 2! 1! 0! Quantas são as distribuições que podem ser feitas para
120 120 120 120 acomodar as sete pessoas nesses três quartos?
N= + + +
6 2 1 1 (A) 12 (D) 840
N = 20 + 60 + 120 + 120 (B) 210 (E) 5 040
N = 320 chaves (C) 420
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Gabarito: B Semana 1 - Junho


Sugestão de solução:
Como a ordem das pessoas em cada quarto não importa, O grupo de habilidades 2 objetiva que o estudante se
para cada quarto, calculam-se as possíveis combinações. desloque do nível “Básico” para o nível “Proficiente”,
Para o quarto 101, existem C7,3 maneiras de três assim, além das habilidades anteriores citadas serão
pessoas ocuparem o quarto. Uma vez feito isso, falta acrescentadas outras habilidades, pois os estudantes
distribuir as 4 pessoas restantes. Assim, existem C4,2 que se encontram neste nível demonstram habilidades
maneiras de se ocupar o quarto 102, restando somen- basilares para avançarem. Então, para este segundo
grupo de habilidades (atividades), os estudantes prova-
te uma maneira de se ocupar o terceiro quarto, pois so-
velmente ao final serão capazes de:
bram duas pessoas para as duas vagas no quarto 103.
Logo, a quantidade total de possibilidades é: Objetivos de Aprendizagem / Habilidades DC-GOEM
7! 4! 2! • (GO-EMMAT311A) Identificar os conceitos essen-
C7,3 ⋅ C4,2 ⋅=
C2,2 ⋅ ⋅
3!( 7 − 3) ! 2!( 4 − 2 ) ! 2!( 2 − 2 )! ciais de probabilidade, reconhecendo seus elementos
7! 4! 2! em situações cotidianas (da área de Ciências da Nature-
→ ⋅ ⋅ za e Humanas, tecnológicas, técnico-científica etc.) para
3!4! 2!2! 2!0!
descrever o espaço amostral de eventos aleatórios.
7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2! 2!
→ ⋅ ⋅ • (GOEMMAT311B) Compreender conceitos proba-
3!4! 2!2! 2!0! bilísticos como espaço amostral de eventos aleatórios,
7 ⋅ 6 ⋅ 5 4 ⋅ 3 2! analisando elementos e características específicas
→ ⋅ ⋅
3! 2! 2! para calcular medidas de tendência central ou de dis-
7 ⋅6⋅5 4⋅3 persão de um conjunto de dados.
→ ⋅ ⋅1 = 7 ⋅ 5 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅1 = 210
3 ⋅ 2 ⋅1 2 ⋅1 • (GO-EMMAT311C) Calcular medidas de tendência
Logo, existem 210 possíveis distribuições que podem central ou de dispersão, utilizando procedimentos ma-
ser feitas para acomodar as sete pessoas nesses três temáticos para resolver e elaborar problemas cotidia-
quartos. nos que envolvem o cálculo da probabilidade.
• (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que envol-
29. (Enem 2016) Para cadastrar-se em um site, uma pes- vem conhecimentos de probabilidade e estatística, uti-
soa precisa escolher uma senha composta por quatro lizando procedimentos matemáticos para avaliar pro-
caracteres, sendo dois algarismos e duas letras (maiús- postas de intervenção na realidade.
culas ou minúsculas). As letras e os algarismos podem
estar em qualquer posição. Essa pessoa sabe que o alfa- • (GO-EMMAT312A) Compreender os conceitos de
beto é composto por vinte e seis letras e que uma letra probabilidade, a partir de exemplos (lançamento de da-
maiúscula difere da minúscula em uma senha. dos ou moedas, retirada de cartas de baralho, entre ou-
Disponível em: www.infowester.com. Acesso em: 14 dez. 2012. tros), reconhecendo os elementos e características (es-
O número total de senhas possíveis para o cadastra- paço amostral, evento etc.) para calcular a probabilidade
mento nesse site é dado por de eventos em experimentos aleatórios sucessivos.
2 2 4! Habilidades de recomposição DCGO Ampliado
(A) 10 ⋅ 26 (D) 102 ⋅ 262 ⋅
2!⋅ 2! • (EF07MA34-A) Planejar e realizar experimentos
2 2 4!
(B) 10 ⋅ 52 2 2
(E) 10 ⋅ 52 ⋅ aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de pro-
2!⋅ 2! babilidades ou estimativas por meio de frequência de
4!
(C) 102 ⋅ 522 ⋅ ocorrências.
2!
Gabarito: E • (EF07MA34-B) Solucionar problema que inclua no-
Sugestão de solução: ções de espaço amostral e de probabilidade de um
Cada letra pode ser escolhida entre as 26 minúsculas e evento, apresentando respostas por meio de represen-
as 26 maiúsculas, ou seja, 52 possibilidades. tações fracionárias, decimais ou porcentagens.
Cada algarismo pode ser escolhido de 10 maneiras di-
ferentes. Representando letra por “l” e algarismo por
“a”, o número de maneiras de permutar duas letras e
dois algarismos é 4! (Duas letras podem se repetir,
2!⋅ 2!
assim como dois algarismos).
Sendo assim, o número total de senhas possíveis é
4!
102 ⋅ 522 ⋅
2!⋅ 2!
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GRUPO DE ATIVIDADES

o que precisamos
saber?
Estudo de Caso
Em medicina, o sucesso de um diagnóstico passa,
frequentemente, pela análise dos resultados forne- Os valores da sensibilidade e especificidade per-
cidos por testes diagnósticos médicos. mitem avaliar o poder de um teste diagnóstico, con-
tudo o cálculo destes valores tem como ponto de
Recorrendo ao resultado do teste diagnóstico é partida algo que se desconhece no momento em que
possível transitar de uma probabilidade a priori (a o paciente faz o teste - o verdadeiro estado de saúde
prevalência da doença) para uma probabilidade a do paciente. Posto isto, a decisão do médico terá que
posteriori (após o teste) em relação à possibilidade ser tomada com base noutros valores, designados
de presença da doença, alteração que se pretende por valor preditivo positivo (VPP), que corresponde
que conduza à redução da incerteza associada ao à probabilidade de um indivíduo cujo teste deu positi-
diagnóstico. A Teoria das Probabilidades, mais pre- vo, estar (de facto) doente, e valor preditivo negativo
cisamente o teorema de Bayes, permite quantificar (VPN), que corresponde à probabilidade de um indi-
a referida alteração de probabilidade, com base na víduo cujo teste deu negativo, estar (de facto) são.
prevalência da doença e propriedades do teste.
Do ponto de vista da Teoria das Probabilidades,
Atendendo à impossibilidade de o resultado de os conceitos de sensibilidade, especificidade, VPP e
um teste diagnóstico permitir afirmar, peremptoria- VPN são probabilidades condicionadas.
mente, a presença ou ausência de doença, a escolha
do teste a realizar e a decisão a tomar, com base no A probabilidade condicionada é um dos pilares da
resultado de um teste, passa pelo conhecimento do tomada de decisão em diversas situações, mas cons-
poder que cada teste tem em detectar os enfermos e titui um desafio para a intuição humana, verificando-
os sãos. Esta capacidade é traduzida pela sensibilida- -se uma enorme incidência de equívocos aquando da
de e especificidade do teste. sua interpretação.
A sensibilidade de um teste diagnóstico médico, No caso das probabilidades condicionadas asso-
que avalia a capacidade do teste detectar a doença ciadas às características do teste diagnóstico médi-
quando ela está presente, fornece a probabilidade co, a reduzida intuição probabilística do ser humano
de, estando doente, ter um teste positivo. Testes de e a renúncia à Teoria das Probabilidades reflete-se
alta sensibilidade são importantes para o rastreio de na dedução errada de que a sensibilidade e especifi-
doenças com implicações graves, em que é desacon- cidade do teste coincidem com o VPP e o VPN, res-
selhada a presença de falsos negativos. pectivamente. Esta confusão, designada por falácia
da condicional transposta, vem sendo alvo de vasta
A especificidade de um teste diagnóstico médico, investigação devido à sua elevada incidência e às gra-
que avalia a capacidade do teste rejeitar a doença ves repercussões que acarreta quando presente na
quando ela está ausente, fornece a probabilidade tomada de decisão em áreas nevrálgicas como a Me-
de, não estando doente, ter um teste negativo. Tes- dicina ou a Justiça.
tes de alta especificidade são importantes para do-
enças em que o diagnóstico representa um impacto Como ilustração, da diferença entre a sensibili-
negativo na vida e pretensões do paciente, como, por dade de um teste diagnóstico e o seu valor preditivo
exemplo, nos diagnósticos de cancro e SIDA. positivo, consideremos um problema usado por um
médico especialista em tomadas de decisão clínicas,
Poderemos dizer que a sensibilidade e a especifici- David Eddy, num estudo sobre a complexidade da
dade representam as taxas de verdadeiros positivos e tomada de decisão médica e os equívocos na inter-
verdadeiros negativos, taxas que correspondem às si- pretação das probabilidades. Eddy solicitou aos par-
tuações em que o teste acerta. Em contraposição exis- ticipantes que estimassem a probabilidade de uma
tem também duas situações em que o teste erra cujas mulher, cuja mamografia deu positiva, ter realmente
probabilidades de ocorrência são conhecidas como cancro da mama, ou seja, solicitou o VPP. A informa-
taxa de falsos-positivos e taxa de falsos-negativos. A ção que fornecia era: a prevalência da doença (1%), a
primeira correspondendo à probabilidade de não es- sensibilidade do teste/mamografia (80%) e a taxa de
tando doente, ter um teste positivo, e a segunda à pro- falsos-positivos do teste (9,6%).
babilidade de estando doente, ter um teste negativo.
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Os resultados obtidos por Eddy confirmaram as algo errado com o paciente, então é fundamental o pa-
suas suspeitas sobre a presença da falácia da condi- ciente se submeter e fazer os exames solicitados.
cional transposta, na interpretação das probabilida- Estas atividades estão estritamente ligadas aos seguin-
des associadas aos testes diagnóstico, verificando-se tes objetivos de aprendizagem presentes no DC-GOEM.
que a grande maioria dos participantes no estudo es- • (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que envol-
timaram a probabilidade com um valor quase dez ve- vem conhecimentos de probabilidade e estatística, uti-
zes superior à verdadeira probabilidade de a mulher, lizando procedimentos matemáticos para avaliar pro-
cuja mamografia deu positiva, ter cancro da mama. postas de intervenção na realidade.
Recorrendo ao Teorema de Bayes e apresentan-
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de
do os dados do problema num diagrama de árvore,
eventos em experimentos aleatórios sucessivos, uti-
calculamos o VPP, ou seja, a probabilidade de uma
lizando procedimentos matemáticos para resolver e
mulher, cuja mamografia deu positiva, ter realmente
elaborar problemas relacionados à situações cotidia-
cancro da mama. Para facilitar a interpretação, os va-
nas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, técnico-
lores relativos aos dados do problema foram conver-
-científicas, entre outras).
tidos em frequências naturais, assumindo-se, para tal,
um conjunto de 10 000 mulheres. • (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de dife-
rentes tipos de espaços amostrais (discretos ou não) e
eventos (equiprováveis ou não) identificando e classifi-
cando seus elementos para analisar situações probabi-
lísticas cotidianas.
Professor(a), as 4 primeiras atividades são continuida-
de do estudo de caso, oriente seus(as) estudantes(as)
que os dados devem ser obtidos do texto e que o A é
apenas a representação daquele evento e pode ser de-
notado de outra maneira.
1. Qual a probabilidade do resultado positivo, indepen-
Da observação do diagrama, verifica-se que, das dentemente, de cancro de mama?
10 000 mulheres, 1040 (80+960) têm uma ma- Sugestão de solução:
mografia positiva. A é a probabilidade do resultado positivo, indepen-
dentemente, de cancro de mama.
80 + 960 1040
P ( A)
= = = 10, 4%
10 000 10 000
2. Qual a probabilidade do resultado negativo, inde-
pendentemente, de cancro de mama?
Sugestão de solução:
A é a probabilidade do resultado negativo, indepen-
dentemente, de cancro de mama.
20 + 8940 8960
Mas que dessas 1040 mulheres apenas 80 têm =P ( A) = = 89, 6%
cancro da mama. Assim, a probabilidade de uma mu- 10 000 10 000
lher cuja mamografia foi positiva ter, de fato, cancro 3. Qual a probabilidade do resultado positivo com o
80
da mama é , ou seja, menos de 8%. cancro de mama presente?
1040
Sugestão de solução:
Professor(a), estas 5 atividades são uma pequena res- A é a probabilidade do resultado positivo com o can-
posta a aquele(a) estudante(a) que pergunta se o obje- cro de mama presente.
to do conhecimento que está estudando tem aplicação 80
prática na vida. ( A) = 7, 692%
P=
1040
Professor(a), converse com os(as) estudantes que a 4. Qual a probabilidade do resultado negativo com o
intenção não é criar objeção a se submeter a testes e cancro de mama não presente?
exames clínicos solicitados por seu médico. A intenção Sugestão de solução:
é, apenas, discutir que todo teste está sujeito a erros, A é a probabilidade do resultado negativo com o can-
o que somente justifica a sua aplicação indiscriminada cro de mama não presente.
a toda uma população. Ressalte que quando o médico 8940
pede exames, ele tem razões para suspeitar que existe ( A)
P= = 90,30%
9900
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5. No Brasil, 10% da população é portadora de um ví- O número de elementos do espaço amostral é re-
rus. Um teste para detectar ou não a presença do ví- presentado da seguinte maneira: .
rus dá 90% de acertos quando aplicada a portadores Exemplos:
e, 80% de acertos quando aplicado a não portadores.
• O espaço amostral no lançamento de uma moe-
Qual é o percentual de pessoas realmente portado- da é Ω = cara;
Ω = coroa
cara;eentão
n Ω ou
coroa =
e n2; Ω = 2;
ras do vírus, dentre aquelas em que o teste classificou
como portadoras? • O espaço amostral no lançamento de um dado de
seis faces então Ω = {1; 2; 3; 4; 5; 6} ea n(Ω) = 6. .
Sugestão de solução:
Considerando que o teste foi aplicado a um número x
de pessoas do Brasil, então ▶ Evento
Um evento é qualquer subconjunto do espaço amos-
0,9 ⋅ 0,1 ⋅ x + 0, 2 ⋅ 0,9 ⋅ =
x 0, 09 x + 0,18=
x 0, 27 x
tral . Ele pode não conter nenhum elemento (con-
90% dos que realmente 20% dos não
são portadoras portadores junto vazio) ou todos os elementos de um espaço
Destas, são portadoras 0, 09x amostral. O número de elementos do evento é repre-
Assim, são realmente portadoras do vírus: sentado da seguinte maneira: n ( E ) , sendo E o even-
0, 09 x 0, 09 to em questão.
= ≅ 0,3333
0, 27 x 0, 27 Podem ser utilizadas outras letras maiúsculas para re-
Portanto, das pessoas que o teste classificou como por- presentar um evento.
tadoras, apenas, 33,33% são realmente portadoras.
Os eventos que possuem apenas um elemento são cha-
mados de simples. Quando o evento é igual ao espaço

Vamos avançar?
amostral, ele é chamado de evento certo e sua proba-
bilidade de ocorrência é de 100%. Quando um evento
é igual ao conjunto vazio (∅ ) , ele é chamado de evento
impossível e possui 0% de chance de ocorrência.
Probabilidade
Exemplos:
A importância do estudo da probabilidade é jus-
tificada pela sua aplicação nas mais diversas áreas do • Evento A : Sair cara no lançamento de uma moeda
conhecimento que trabalham com experimentos ou A = {cara} → n ( A ) = 1;
fenômenos aleatórios, ou seja, aqueles em que não se • Evento E : Sair face par no lançamento de um dado
pode prever o resultado. Os princípios da probabili- E= {2; 4; 6} → n ( E )= 3.
dade são importantes por fazerem uma ponte entre
ATENÇÃO: O ponto amostral é um elemento que per-
a estatística descritiva, estudada no ensino básico, e a
tence ao espaço amostral, ou seja, um entre os vários
estatística de inferência, a qual fornece meios para se
resultados possíveis do experimento aleatório. Isto é,
tirar conclusões de uma população a partir dos dados
quando analisamos apenas um possível resultado do
de uma amostra.
evento em questão.
▶ Experimento aleatório
▶ Probabilidade
Um experimento aleatório é aquele cujo resulta-
do não pode ser previsto. São exemplos de experi- Dado um experimento aleatório, sendo Ω o seu espa-
mentos aleatórios: ço amostral, admite-se que todos os elementos de Ω
tenham a mesma chance de acontecer, em outras pa-
• o resultado no lançamento de uma moeda ou de
lavras, que Ω seja um conjunto equiprovável.
um dado;
• o número de peças defeituosas em um lote de pe- Define-se como probabilidade de um evento ao
ças produzidas por uma indústria; número real P ( E ) , tal que:
• o tempo de duração de uma lâmpada elétrica;
LEMBRE-SE:
• o número de plaquetas em uma amostra de sangue.
n (E) n ( E ) : Número de elementos do
▶ Espaço amostral P (E) = evento;
n (Ω)
Espaço amostral de um experimento aleatório
n ( Ω ) : Número de elementos do
é o conjunto de todos os resultados possíveis desse espaço amostral.
experimento, representado por Ω. Cada elemento
desse conjunto é chamado de elemento simples ou Exemplo: No lançamento de um dado não viciado de
evento elementar ou ponto amostral. 6 faces, qual a probabilidade de sair uma face par?

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Descrição da atividade: Forme 11 times com sua tur-


Ω =={{1;
Ω 1;2;3; 4;5;66}}
2;3;4;5;
ma, cada um com um número natural correspondente,
nn((Ω
Ω)) == 66
de 2 a 12.
EE =={{2; 4;66}}
2;4;
nn((EE)) ==33
O(A) professor(a), ou os(as) próprios estudantes, de
forma alternada, lançam dois dados simultaneamente.
nn((EE)) 33 11
PP((EE)) =
= → → PP((EE)) =
= → PP((EE)) =
→ = → PP((EE)) =
→ 0,5→
=
0,5 → PP((EE)) =
50%
=
50% Se a soma dos pontos obtidos for 4, ponto para o time
n ((Ω ))
n Ω 66 22
4, se a soma for 9, ponto para o time 9, e assim por dian-
te. É importante que antes do jogo começar, seja ins-
tigado nos(as) estudantes quem vai ganhar e o(a) pro-
fessor(a), neste momento, arriscar a “adivinhar” quem
vai ganhar, aguçando a curiosidade dos(as) estudantes
ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
caso acerte, ou pelo menos se aproxime do resultado
(soma 7). No quadro, é anotado o número de pontos
Professor(a), nas atividades 6, 7 e 8, tem-se o objetivo de cada time. Após pelo menos 50 lançamentos, aca-
de retomar as habilidades relacionadas ao estudo da ba o jogo e ganha o time com maior número de pontos.
probabilidade, abordadas nos anos finais do ensino fun- Nesse momento, discute-se com os(as) estudantes a
damental. Essas habilidades são, segundo o DC-GO: questão da “sorte” de quem venceu, com algumas per-
guntas como:
• (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios
simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a es- - Antes de iniciar o jogo, alguém percebeu que algum time
timativa de probabilidades; tinha mais chance que outro?

• (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de um even- - A vitória só pode ser associada à sorte?


to aleatório simples, expressando-a por número racio- - Qual é a probabilidade de cada soma?
nal, forma fracionária, decimal e percentual, bem como
comparar esse número com a probabilidade obtida por 6. Considere o seguinte experimento aleatório: lançar
meio de experimentos sucessivos; três moedas simultaneamente. Representando a face
• (EF07MA34-A) Planejar e realizar experimentos cara por “ c ” e a face coroa por “ k ”, enumere todos os
aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de pro- resultados possíveis para esse experimento, ou seja, o
babilidades ou estimativas por meio de frequência de seu espaço amostral.
ocorrências; Sugestão de solução:
• (EF07MA34-B) Solucionar problema que inclua no- Ω = {ccc;cck;ckc; kcc;ckk; kck; kkc; kkk}
ções de espaço amostral e de probabilidade de um
evento, apresentando respostas por meio de repre- 7. Determine o tamanho do espaço amostral de cada
sentações fracionárias, decimais ou porcentagens; experimento aleatório a seguir.
• (EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, a) Lançamento de uma moeda:
com base na construção do espaço amostral, utilizan- b) Lançamento de duas moedas:
do o princípio multiplicativo, e reconhecer que a soma c) Lançamento de três moedas:
das probabilidades de todos os elementos do espaço
d) Lançamento de um dado de 6 faces:
amostral é igual a 1;
e) Lançamento de dois dados de seis faces.
• (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleató-
rios, eventos independentes e dependentes e calcular
a probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos.
O objetivo dessas atividades é oportunizar que o(a)
estudante relembre o que é um evento aleatório, seu
espaço amostral e como calcular a probabilidade de
um evento simples. Alguns jogos envolvendo dados ou
cartas de baralho podem ser utilizados para construir
ou retomar esses objetos de conhecimento.
Sugestão de jogo: Jogo da Soma 8. Marinalva está participando de um jogo de tabulei-
Objetivo: Introduzir o conceito de probabilidade ro no qual dois dados de seis faces, não viciados, são
lançados simultaneamente e, em seguida, somados os
Material: dois dados de seis faces e quadro para ano-
seus resultados. Nessas condições, faça o que se pede:
tações.
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a) Complete o quadro a seguir para obter o espaço e) Evento B : sair soma 6 → n ( B ) = 5


amostral (Ω) desse jogo, ou seja, todos os resultados + 1 2 3 4 5 6
possíveis.
1 2 3 4 5 6 7
+ 1 2 3 4 5 6 2 3 4 5 6 7 8

1 3 4 5 6 7 8 9
4 5 6 7 8 9 10
2
5 6 7 8 9 10 11
3
6 7 8 9 10 11 12
4
n B 5
5 P B = →P B = → P B = 0,13888 … → P B ≅ 13,9%
n Ω 36
6 f) Pela tabela preenchida anteriormente, observa-se
b) Qual é o tamanho desse espaço amostral (Ω)? que a soma 7 é que possui maior possibilidade de sair.
c) Como o tamanho desse espaço amostral poderia ser + 1 2 3 4 5 6
determinado, sem utilizar a tabela anterior? 1 2 3 4 5 6 7
d) Qual é a probabilidade de o resultado ser a soma 12? 2 3 4 5 6 7 8
e) Qual é a probabilidade de o resultado ser a soma 6? 3 4 5 6 7 8 9
f) Qual é a soma com maior probabilidade de sair em 4 5 6 7 8 9 10
um lançamento? Calcule a probabilidade de sair essa 5 6 7 8 9 10 11
soma. 6 7 8 9 10 11 12
Sugestão de solução: Dessa forma, tem-se:
Evento C : sair soma 7 → n ( C ) = 6
a) n (C) 6
P (C) = → P (C) = → P (C) =
0,1666 … → P ( B ) ≅ 16
n (Ω) 36
+ 1 2 3 4 5 6 n (C) 6
2 3 4 5 6 7 P (C) = → P (C) = → P (C) =
0,1666 … → P ( B ) ≅ 16, 7%
1 n (Ω) 36
2 3 4 5 6 7 8
3 4 5 6 7 8 9
Semana 2 - Junho
4 5 6 7 8 9 10
5 6 7 8 9 10 11
6 7 8 9 10 11 12 Vamos Sistematizar?
b) n ( Ω ) = 36
c) Pelo princípio fundamental da contagem (PFC). O Probabilidade da união de dois conjuntos
número de possibilidades para o primeiro dado é 6, as- Sejam A e B dois eventos tais que P ( A ) > 0 e
sim como para o segundo dado. Dessa forma, tem-se P ( B ) > 0 . Para determinar a possibilidade de ocorrer o
6 ⋅ 6 possibilidades, ou seja, 36 possibilidades. evento A ou o evento B , tem-se que calcular a proba-
bilidade da união desses dois eventos. Na matemática,
d) Evento A : sair soma 12 → n ( A ) =1 a palavra “ou” quer dizer união. Dados os dois eventos,
+ 1 2 3 4 5 6 A e B , de um espaço amostral S , tem-se que:
1 2 3 4 5 6 7 P ( A ∪ B=
) P ( A ) + P ( B) − P ( A ∩ B)
2 3 4 5 6 7 8
4 5 6 7 8 9 Obs.: No estudo da lógica, “ou” é o conectivo utili-
3
zado como disjunção.
4 5 6 7 8 9 10
Exemplo: Em dois lançamentos sucessivos de um
5 6 7 8 9 10 11 mesmo dado, não viciado, de seis faces, qual a pro-
6 7 8 9 10 11 12 babilidade de ocorrer um número maior que 4 ou o
n (A) 1
P (A) = → P (A) = → P ( A )1?
número = 0, 02777 …
n (Ω) 36
n (A) 1 Ω = {1; 2;3; 4;5; 6}
P (A) = 0, 02777 … → P ( A ) ≅ 2, 7%
→ P (A) = → P (A) =
n (Ω) 36 A : sair um número maior que 4 → A = {5;6} .
→ P ( A ) ≅ 2, 7%
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{1}. babilidade de ocorrer o evento A (ou vice-versa) a fór-


B : sair o número 1 → B =
mula para o cálculo da probabilidade condicional será:
A ∩ B : sair o número 1 e em número maior do
P ( A ∩ B=
) P ( A ) ⋅ P ( B)
que 4 : ∅
P ( A ∪ B=) P ( A ) + P ( B) − P ( A ∩ B) Obs.: Na teoria dos conjuntos, o conectivo “e” é
utilizado para intersecções.
2 1 3 1
P ( A ∪ B ) = + − 0 = = = 0,5 = 50% Exemplo: Em dois lançamentos sucessivos de um
6 6 6 2
mesmo dado não viciado, de seis faces, qual a probabi-
Exemplo: Em dois lançamentos sucessivos de um lidade de ocorrer um número maior que 4 e o número 1?
mesmo dado, não viciado, de seis faces, qual a proba-
bilidade de ocorrer um número maior que 4 ou um Neste caso, a ocorrência de um evento não in-
número primo? fluencia a probabilidade de outro ocorrer, portanto
Ω = {1; 2;3; 4;5; 6} são dois eventos independentes. Distinguindo os dois
eventos, tem-se:
A : sair um número maior que 4 → A = {5;6} .
A : sair um número maior que 4 → A = {5;6} .
{2;3;5}.
B : sair um número primo → B =
B : sair o número 1 → B = {1}.
A ∩ B : sair um número primo e um número maior
Considerando que no lançamento de um dado te-
do que 4 : → A ∩ B = {5} mos 6 valores possíveis ( Ω = {1; 2;3; 4;5; 6} ), calcula-se
P ( A ∪ B= ) P ( A ) + P ( B) − P ( A ∩ B) a probabilidade de ocorrência de cada um dos eventos:
2 3 1 4 2 2 1
P ( A ∪ B )= + − = = = 0, 666 …= 66, 7% P (A) = e P ( B) =
6 6 6 6 3 6 6
Dessa forma, tem-se que:
Probabilidade condicional 2 1 2 1
P ( A ) ⋅ P ( B )= ⋅ = = = 0, 0555… ≅ 5, 6%
Sejam A e B dois eventos tais que P A > 0 . De- 6 6 36 18
nota-se por P(B | A) a probabilidade de B , dado que
ocorreu A , ou seja, o evento B depende do evento A . ▶ Eventos complementares
C
Como é conhecido que A ocorreu, este se torna o es- Se A C é o evento complementar de A , então A
paço amostral, substituindo o original espaço amos- consiste em todos os resultados do espaço amostral
tral Ω . Tem- se aí: que não estejam incluídos no evento A . Dessa forma,
P ( A ∩ B) tem-se:
P ( B|A ) =
P (A) ( )
P AC = 1 − P ( A )
Exemplo: No lançamento de um dado não viciado
Dois eventos complementares são mutualmente
de 6 faces, qual a probabilidade de sair a face 4, sa-
exclusivos, ou seja, não possuem nenhum ponto em
bendo que saiu uma face par?
3 comum.
Evento A : sair face par → P ( A ) =
6 Exemplo: Ao lançar dois dados de seis faces, qual
1 a probabilidade de não sair a soma 12 ?
Evento B : sair face 4 → P ( A ∩ B ) =
6 Percebe-se que calcular a probabilidade de sair a
1 soma 12 é mais fácil:
P ( A ∩ B) 6 1
P ( B|A )= = = = 0,333… ≅ 33,3% + 1 2 3 4 5 6
P (A) 3 3
6 1 2 3 4 5 6 7
▶Eventos simultâneos (ou sucessivos) e inde- 2 3 4 5 6 7 8
pendentes 3 4 5 6 7 8 9
O cálculo da probabilidade de eventos simultâ- 5 6 7 8 9 10
4
neos determina a chance de dois eventos ocorrerem
simultânea ou sucessivamente. 5 6 7 8 9 10 11
A fórmula para o cálculo dessa probabilidade de- 6 7 8 9 10 11 12
corre da fórmula da probabilidade condicional. As-
Evento A : sair soma 12 → n ( A ) =
1
sim, tem-se:
P ( A ∩ B) Espaço amostral → n ( Ω ) =
36
P ( B|A =
) → P ( A ∩ B=
) P ( A ) ⋅ P ( B|A ) ou
P (A) 1
P (A) =
P ( A ∩ B )= P ( B ) ⋅ P ( A|B ) 36
Se os eventos A e B forem independentes, ou Evento A C : não sair soma 12. Dessa forma, tem-se:
seja, se o fato de ocorrer o evento B não alterar a pro-
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1 36 1 35 9. Em uma escola comC300 alunos, farão prova final, só


( )
P A C =−
1
36
( )
→ P AC = −
36 36
( )
→ P A C = → P A Cde=
36
0,97222 … →
português, ( )
30Palunos;
A ≅ só 97,de ( )
2%inglês, 15 alunos; e de
35 português e inglês, 10. Determine a probabilidade de
36
( )
= → P AC = ( )
0,97222 … → P A C ≅ 97, 2% um aluno que fará prova final de português, fazer tam-
bém prova final de inglês.
Sugestão de solução:
ATIVIDADES DE sistematização P (I ∩ P)
P(I | P) =
P (P)
Professor(a), após a retomada dos conceitos estudados 10
no ensino fundamental acerca do cálculo das probabi- P(I | P) = 300
lidades, procuramos oportunizar o estudo mais apro- 40
fundado dessa área da matemática que é o cálculo de 300
probabilidades. Observando o DC-GOEM, verifica-se 10
P(I | P) =
que aquelas habilidades abordadas no ensino funda- 40
mental são basilares para outras trabalhadas na 3ª sé-
P ( I | P ) = 25%
rie do ensino médio, entre elas:
Professor(a), na atividade 10 o objetivo é que o(a) estu-
• (GO-EMMAT311A) Identificar os conceitos essen-
dante calcule probabilidade condicional em uma situa-
ciais de probabilidade, reconhecendo seus elementos
ção envolvendo o uso de dados, para que esta ativida-
em situações cotidianas (da área de Ciências da Natu-
de seja concreta é recomendável que leve alguns dados
reza e Humanas, tecnológicas, técnico-científica etc.)
para a sala de aula e construa o espaço amostral junto
para descrever o espaço amostral de eventos aleató-
com o(a) estudante.
rios;
10. Voltando ao experimento aleatório “lançamento
• (GO-EMMAT312A) Compreender os conceitos de de dois dados distinguíveis”. Qual a probabilidade de
probabilidade, a partir de exemplos (lançamento de da- a soma dos pontos obtidos ser menor que 7 sabendo
dos ou moedas, retirada de cartas de baralho, entre ou- que, num dos dados, saiu o número 4?
tros), reconhecendo os elementos e características (es-
paço amostral, evento etc.) para calcular a probabilidade Sugestão de solução:
de eventos em experimentos aleatórios sucessivos; Espaço amostral S = {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (1;6),
(2;1), (2;2), (2;3), (2;4), (2;5), (2;6), (3;1), (3;2), (3;3), (3;4),
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de (3;5), (3;6), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6), (5;1), (5;2),
eventos em experimentos aleatórios sucessivos, uti- (5;3), (5;4), (5;5), (5;6), (6;1), (6;2), (6;3), (6;4), (6;5), (6;6)}
lizando procedimentos matemáticos para resolver e n ( S) = 36
elaborar problemas relacionados a situações cotidia- Evento A : a soma dos dois números obtidos é menor
nas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, técnico- que 7 A = {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (2;1), (2;2), (2;3),
-científicas, entre outras); (2;4), (3;1), (3;2), (3;3), (4;1), (4;2), (5;1)} n ( A ) = 15
• (GO-EMMAT312C) Resolver problemas cotidianos
relacionados à probabilidade, analisando as informa- Evento B : sair o número 4 em um dos dados
ções apresentadas em textos técnicos e/ou científicos B = {(1;4), (2;4), (3;4), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6),
para selecionar argumentos propostos como solução (5;4), (6;4)}
entre outras. n ( B ) = 11

Quanto às atividades de 9 a 16, o objetivo é contribuir Evento A ∩ B : a soma dos dois números obtidos é me-
para que o(a) estudante desenvolva as habilidades de nor que 7, sendo um deles o número 4 A ∩ B = {(1;4),
calcular probabilidade de evento condicional, de even- (2;4), (4;1), (4;2)}⟶ n ( A ∩ B ) =
4
tos sucessivos e independentes.
P ( A ∩ B)
Professor(a), procure nestas aulas, estabelecer a rela- P(A | B) =
P ( B)
ção entre o estudo da análise combinatória e probabi-
lidade e sua aplicação futura na estatística (inferência), 4
justificando assim a sequência e a importância do que P(A | B) = 36
está sendo estudado. 11
36
4
P(A | B) =
11
P ( A | B ) ≅ 36, 4%
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Professor(a), na atividade 11 o objetivo é que o(a) estu- 13. (ENEM 2021 – Reaplicação/PPL) A senha de um
dante calcule uma situação envolvendo a probabilida- cofre é uma sequência formada por oito dígitos, que
de condicional, para que esta atividade seja mais pró- são algarismos escolhidos de 0 a 9. Ao inseri-la, o usu-
xima da realidade é recomendável que leve um baralho ário se esqueceu dos dois últimos dígitos que formam
para a sala de aula e discuta com os(as) estudantes o essa senha, lembrando somente que esses dígitos são
espaço amostral. distintos.
11. Ao retirar uma carta de um baralho de 52 cartas, Digitando ao acaso os dois dígitos esquecidos, a pro-
qual a probabilidade de sair um “ás vermelho” sabendo babilidade de que o usuário acerte a senha na primeira
que ela é de copas? tentativa é
Sugestão de solução: 2 1
n ( S) = 52 (A) (D)
8 ü
Evento A: sair “ás vermelho” A = {ás de copas, ás de ou- 1 2
ros}⟶ n ( A ) = 2 (B) (E)
90 100
Evento B: sair copas n ( B ) =13
n (A
Evento B )ás de copas⟶ n ( A ∩ B ) =1
A ∩ B: (C) 22
90
P ( A ∩ B)
P(A | B) =
P ( B) Gabarito: B
Sugestão de solução:
1
O usuário se esqueceu apenas dos dois últimos dígitos,
P(A | B) = 52 os quais ele irá “chutar”. Calcula-se o número de pos-
13
sibilidades para esses 2 dígitos. Na penúltima posição,
52 pode-se colocar 10 algarismos. Já na última posição,
1 como não pode haver repetição dos algarismos, só se
P(A | B) =
13 pode colocar 9 algarismos (não pode existir repetição
P ( A | B ) ≅ 7, 7% de dígitos).
Número de possibilidades: 10 ⋅ 9 = 90
Professor(a), na atividade 12, como estratégia de reso- Finalmente, a probabilidade do usuário “chutar” uma
lução é indicado o uso do diagrama de Venn, pois facili- única senha de um universo de 90 e conseguir acertar
1
ta o desenvolvimento da habilidade de compreender a é igual a uma chance em 90, ou seja, ⋅
90
situação problema.
14. Em uma pesquisa realizada com 1000 consumido-
12. Considere uma urna com 10 bolas numeradas de 1 res em relação à preferência de marcas de sabonete,
a 10 de onde será retirada uma única bola. Qual a pro- verificou-se que: 650 utilizam a marca Limpex, 550 uti-
babilidade de que a bola retirada contenha um número lizam a marca Cheiro e 200 utilizam as duas marcas. Foi
múltiplo de três, sabendo-se que o número da bola re- sorteada uma pessoa desse grupo e verificou-se que
tirada é par? ela utiliza a marca Limpex. Qual é a probabilidade dessa
Sugestão de solução: pessoa também utilizar a marca Cheiro?
Chamando de evento A a ocorrência de um número Sugestão de solução:
par e de evento B a ocorrência de um múltiplo de três, Evento A : usar a marca Cheiro.
o desafio pede que se calcule P B A . A informação “sa- Evento B : usar a marca Limpex.
bendo-se que o número da bola retirada é par” altera o
Queremos determinar P(A | B) e sabe-se que o núme-
espaço amostral, isto é, o espaço amostral passa a ser
A e, para que ocorra o evento B, os elementos de B de- ro de elementos do espaço amostral é n ( Ω ) = 1000 .
vem também pertencer a A: Tem-se também que: n ( A ∩ B ) = 200 e n ( B ) = 650
P ( A ∩ B ) = 1 ou Segue que:
P(B | A) = 20%
P (A) 5 n ( A ∩ B) 200
P ( A ∩ B) n (Ω) 200 4
P ( B|A=
) = = 1000= = = 0,3076… ≅ 30, 76
P ( B) n ( B) 650 650 13
n ( A ∩ B) n (Ω) 1000
200
P ( A ∩ B) n (Ω) 1000 200 4
P ( B|A=
) = = = = = 0,3076… ≅ 30, 76%
P ( B) n ( B) 650 650 13
n (Ω) 1000

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15. Em uma cesta, tem-se cinco maçãs, nove peras e C


Evento A : não sair soma 3. Dessa forma, tem-se que:
seis laranjas.
2 36 2 34
P ( A C ) =−
1 → P ( AC ) = − → P ( AC ) = → P ( AC ) =0
36 36 36 36
2 36 2 34
( )
P A C =−
1
36
( )
→ P AC = −
36 36
( )
→ P AC = → P AC =
36
0,9444 … → P A C ≅ 94, 4% ( ) ( )
Professor(a), a atividade 17 é uma questão no ENEM
a) Determine a probabilidade de retirarmos sucessi- de 2017, que pode ser solucionada utilizando a habili-
vamente e com reposição, uma maçã, uma pera e uma dade desenvolvida na atividade anterior (D33 – Cal-
laranja. cular a probabilidade de um evento condicional). Se
b) Determine a probabilidade de retirarmos sucessi- considerar conveniente, incentive os(as) estudantes a
vamente e sem reposição, uma maçã, uma pera e uma determinarem outras probabilidades com os dados da
laranja. tabela da questão.

Sugestão de solução: 17. (ENEM 2017 – LIBRAS) Um laboratório está de-


a) Com reposição: senvolvendo um teste rápido para detectar a presen-
ça de determinado vírus na saliva. Para conhecer a
Evento A: retirar uma maçã ⟶ n ( A ) = 5 acurácia do teste é necessário avaliá-lo em indivíduos
Evento B: retirar uma pera ⟶ n ( B ) = 9 sabidamente doentes e nos sadios. A acurácia de um
teste é dada pela capacidade de reconhecer os verda-
Evento C: retirar uma laranja ⟶ n ( C ) = 6 deiros positivos (presença de vírus) e os verdadeiros
Espaço amostral Ω → n(Ω) = 20 negativos (ausência de vírus). A probabilidade de o tes-
te reconhecer os verdadeiros negativos é denominada
5 9 6 1 9 3 27
P ( A ∩ B ∩ C) = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = =0, 03375 =3,375% especificidade, definida pela probabilidade de o teste
20 20 20 4 20 10 800
resultar negativo, dado que o indivíduo é sadio. O la-
b) Sem reposição: boratório realizou um estudo com 150 indivíduos e os
5 59 9 6 6 1 1 99 11 99 33
P ( A P∩( A
B∩ )=
∩BC∩ C ) = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ == ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ == = =
= =0,0,03947
03947…… ≅ 3,95%
≅ 3,95% resultados estão no quadro.
20 19 18 4 19
20 19 18 4 19 3 228 763 228 76

16. No lançamento de dois dados perfeitos, qual é a


probabilidade de não sair a soma das faces igual a 3?
1ª Sugestão de solução:
Evento A : sair soma 3 → n ( A ) = 2
Considerando os resultados apresentados no quadro,
+ 1 2 3 4 5 6 a especificidade do teste da saliva tem valor igual a
1 2 3 4 5 6 7
(A) 0,11. (D) 0,89.
2 3 4 5 6 7 8 (B) 0,15. (E) 0,96.
3 4 5 6 7 8 9 (C) 0,60.
4 5 6 7 8 9 10 Gabarito: D
Sugestão de solução:
5 6 7 8 9 10 11
Evento A: ter resultado negativo.
6 7 8 9 10 11 12 Evento B: ser sadio.
Queremos determinar P(A | B) e sabemos que o nú-
Espaço amostral → n ( Ω ) =
36 mero de elementos do espaço amostral é n ( Ω ) =150 .
P ( A=
)
2
=
1 Temos, também, que: n ( A ∩ B ) = 80
36 18 Segue que:
Evento A C : não sair soma 3. Dessa forma, tem-se:
1 18 1 17
P ( A C ) =−
1 → P ( AC ) = − → P ( AC ) = → P ( AC ) =0,9444 … → P ( A C ) ≅ 94, 4%
18 18 18 18
17
( )
= → P AC =
18
0,9444 … → P A C ≅ 94, 4% ( )
80 8
2ª sugestão de solução (sem simplificação): = = 0,888 … ≅ 0,89
90 9
2
P (A) =
36
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O grupo de habilidades 3 objetiva que o estudante se


desloque do nível “Proficiente” para o nível “Avançado”, GRUPO DE ATIVIDADES
assim, além das habilidades anteriores citadas serão
acrescentadas outras habilidades, pois os estudantes
que se encontram neste nível demonstram habilidades o que precisamos
adequadas para avançarem. Então, para este terceiro saber?
grupo de habilidades (atividades), os estudantes prova-
velmente ao final serão capazes de: Probabilidade de um evento complementar
Objetivos de Aprendizagem / Habilidades DC-GOEM Denominamos como evento complementar de
um evento A, e representamos por Ac ou A, o conjun-
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de
to formado por todos os elementos do espaço amos-
eventos em experimentos aleatórios sucessivos, uti-
tral que não pertencem ao evento A. Ilustrando:
lizando procedimentos matemáticos para resolver e
elaborar problemas relacionados à situações cotidia-
nas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, técnico-
-científicas, entre outras).
• (GO-EMMAT312C) Resolver problemas cotidianos
relacionados à probabilidade, analisando as informa-
ções apresentadas em textos técnicos e/ou científicos
para selecionar argumentos propostos como solução.
• (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de dife- ∅
A∩A = ü∪ =
rentes tipos de espaços amostrais (discretos ou não) e
eventos (equiprováveis ou não) identificando e classifi- Exemplo: Seja o experimento o lançamento de
cando seus elementos para analisar situações probabi- um dado. Temos que S = {1; 2; 3; 4; 5; 6}
lísticas cotidianas. Seja A a ocorrência de um número primo, ou
seja, A = {2; 3; 5}. Teremos A C ou A = {1; 4; 6}.
• (GO-EMMAT511B) Reconhecer o caráter de variá-
veis aleatórias, identificando o espaço amostral para Propriedade importante: P ( A ) + P ( A C ) =
1
resolver problemas que envolvam o cálculo de proba-
bilidade em eventos equiprováveis. A importância desta propriedade é que, casual-
mente, a probabilidade de um evento é mais difícil de
• (GOEMMAT511C) Investigar o cálculo de probabili- ser calculada do que a probabilidade do evento com-
dades, observando padrões, experimentações e dife- plementar.
rentes tecnologias, para conjecturar sobre proprieda-
Exemplo: Em uma loja, existem 12 geladeiras
des probabilísticas.
onde 4 estão com defeito. Qual a probabilidade de
Habilidades de recomposição DCGO Ampliado um cliente, ao comprar duas geladeiras, levar pelo
• (EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, menos uma com defeito?
com base na construção do espaço amostral, utilizan- Levar pelo menos uma com defeito, é o mesmo
do o princípio multiplicativo, e reconhecer que a soma que levar uma ou duas com defeito, ou seja, conside-
das probabilidades de todos os elementos do espaço rando como A i o evento levar a “i-ésima” geladeira
amostral é igual a 1. com defeito, teremos:
• (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleató- Resolvendo sem utilizar complementar
rios, eventos independentes e dependentes e calcular
Possibilidades Cálculo
a probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos.

P ( A1 ) =
4 ( ) (
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A C2 ∪ P A1C ∩ A 2 )
12
( )
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A C2 ∪ P A1C ∩ A 2 ( )
(doze geladeiras, sendo quatro
com defeito);
3
P ( A 2 |A1 ) =
11
→ P ( A1 ) ⋅ P(A 2 | A1 ) + P ( A1 ) ⋅ P(A ü2 | A1 ) + P
(restam onze geladeiras, sendo
três →
com A1 ) ⋅ P(A 2 | A1 ) + P ( A1 ) ⋅ P(A ü2 | A1 ) + P ( A1 ) . P(A 2 | A1 )
P (defeito);

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Sugestão de solução:
Seja o evento A : sair a face 6 → A = {6} → n ( A ) = 1
8 4 3 4 8 8 4
( )
P A C2 |A1 =
11
→ ⋅ + ⋅ + ⋅
12 11 12 11 12 11 Já sabemos que n ( S) = 6.
(restam onze geladeiras, sendo Portanto:
oito sem defeito); 1
P (A) =
8 12 32 32 6
( )
P A1C =
12

132 132 132 Então a probabilidade de não sair 6 é:
(doze geladeiras, sendo oito sem
( )
P ( A ) + P AC =
1
defeito);
( )
P A 2 |A1C =
4 76 19 ( )
P A = 1− P (A)
C

11 (restam onze → 132 =


33
ou 57,57%
geladeiras, sendo quatro com 1
defeito). ( )
P AC = 1 −
6
Resolvendo utilizando o complementar 6 1
P ( AcC )= −
Mas, levar pelo menos uma geladeira com defeito ou 6 6
5
levar as duas sem defeito é todo o espaço amostral
do experimento. Desta maneira, utilizando a proprie-
( )
P AC =
6
dade P ( A ) + P ( A C ) =
1 , poderíamos resolver o mesmo
Professor(a), nas atividades 3 e 4 como estratégia de
problema assim:
resolução escreva a tabela a seguir no quadro, que cor-
( )
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A C2 ∪ P A1C ∩ A 2 = ( ) responde ao espaço amostral.

(
→ 1 − A1C ∩ A C2 ) +
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
6
6
7
8 7 2 3 4 5 6 7 8
→ 1− ⋅
12 11 3 4 5 6 7 8 9
56 4 5 6 7 8 9 10
→ 1−
132 5 6 7 8 9 10 11
132 56 6 7 8 9 10 11 12
→ −
132 132 E mostre aos estudantes que se não fizer uso da proba-
76 19 ou 57,57% bilidade complementar deve-se por exemplo calcular
→ = todas as probabilidades destacadas na tabela a seguir.
132 33
+ 1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6 7
2 3 4 5 6 7 8
ATIVIDADES 3 4 5 6 7 8 9
4 5 6 7 8 9 10
Professor(a), na atividade 1 o objetivo é aplicar a pro- 5 6 7 8 9 10 11
priedade P ( A ) + P ( A C ) =
1 da probabilidade condicional. 6 7 8 9 10 11 12

1. Se P ( A ) = 0, 25 , determine P ( A c ) . 3. No lançamento simultâneo de dois dados, qual a pro-


Sugestão de solução: babilidade de não sair a soma 4?
P ( A ) + P AC =
1 ( ) Sugestão de solução:
Seja o evento A : sair soma igual a
( )
P AC = 1 − P ( A )
4 → A = {(1;3), (2;2), (3;1)} n ( A ) = 3
P ( A ) = 1 − 0, 25
C
Já sabemos que n ( S) = 36.
Portanto:
P ( A ) = 0, 75
C
3 1
P ( A=
=)
36 12
2. No lançamento de um dado perfeito, qual é a proba- Então a probabilidade de sair soma diferente de 4 é:
bilidade de não sair o número 6.
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( )
P ( A ) + P AC =
1 Probabilidade de que um fã seja sorteado ( P₁ ) :
– Casos favoráveis:
( )
P AC = 1 − P ( A )
ser fã ( 0,8 ) × ser aprovado ( 0,9 ) =
0,8 ⋅ 0,9
1
( )
P AC = 1 −
12
– Casos possíveis de serem sorteados:
ser fã ( 0,8 ) × ser aprovado ( 0,9 ) + não ser fã ( 0, 2 ) × ser aprovad
P (A
ser fã ( 0,8 ) × ser ) 12
aprovado
C
=
1
−( 0,9 ) + não ser fã ( 0, 2 ) × ser aprovado ( 0,15 ) = 0,8 ⋅ 0,9 + 0, 2 ⋅ 0,15
12 12
11
0,8 ⋅ 0,9 0, 72 0, 72 24
P ( AC ) = = P1 = = =
12 0,8 ⋅ 0,9 + 0, 2 ⋅ 0,15 0, 72 + 0, 03 0, 75 25
Probabilidade de que um não fã seja sorteado:
4. No lançamento simultâneo de dois dados, vamos de- P2 = 1 − P₁
terminar a probabilidade de não sair a soma 5. 24 1
P2 =−
1 =
Sugestão de solução: 25 25
No lançamento de dois dados temos o espaço amostral 24
de 36 elementos. Considerando os eventos em que a Assim: P1 25
= = 24
soma seja 5, temos: {(1, 4), (2, 3), (3, 2), (4, 1)}. Probabi- P2 1
lidade de sair a soma 5 é de 4 entre 36, então, temos: 25
que: 4 1
P ( 5 )= = ≅ 0,1111
36 9
Seja B a probabilidade de não sair a soma 5, assim:
Semana 3 - Junho
P ( B ) = 1 − P ( 5 )

P ( B ) =1 −
1 8
= ≅ 0,8888 Vamos avançar?
9 9
Professor(a), na atividade 5 o objetivo é apresentar ao Modelos de Probabilidades
estudante uma questão do Enem, que além do objeto
Nas aulas anteriores, aprendemos a formação do
do conhecimento probabilidade complementar, tam-
“modo de pensar” em probabilidade. Lembre-se:
bém aborda situação problema e razão. Comente com
os(as) estudantes sobre a importância da conexão dos • Fenômenos definidos geralmente ocorrem da
diferentes objetos do conhecimento na matemática. mesma maneira e nas mesmas condições. Quando o
evento muda quantitativa e qualitativamente, a ocor-
5. (Enem 2017) Um programa de televisão criou um rência de fenômenos determinísticos muda direta-
perfil em uma rede social, e a ideia era que esse per- mente em relação a essas mudanças.
fil fosse sorteado para um dos seguidores, quando es- • Um fenômeno aleatório (não determinístico)
ses fossem em número de um milhão. Agora que essa pode produzir vários resultados diferentes, mesmo
quantidade de seguidores foi atingida, os organizado- sob as mesmas condições. O conjunto desses resul-
res perceberam que apenas 80% deles são realmente tados possíveis é chamado de espaço amostral. Em
fãs do programa. Por conta disso, resolveram que to- cada evento (resultado provável) desse fenômeno,
dos os seguidores farão um teste, com perguntas obje- associamos um número, chamado de probabilidade.
tivas referentes ao programa, e só poderão participar Desta forma, a probabilidade é uma estimativa numé-
do sorteio aqueles que forem aprovados. Estatísticas rica da ocorrência desse evento na próxima vez que o
revelam que, num teste dessa natureza, a taxa de apro- fenômeno se repetir.
vação é de 90% dos fãs e de 15% dos que não são fãs.
Esta probabilidade pode ser calculada de diversas
De acordo com essas informações, a razão entre a pro- formas, sendo as mais usuais:
babilidade de que um fã seja sorteado e a probabilida-
• O cálculo a priori: quando se conhece perfeita-
de de que o sorteado seja alguém que não é fã do pro-
mente o espaço amostral e, considera-se os eventos
grama é igual a
unitários equiprováveis;
(A) 1. (D) 24. • O cálculo a posteriori: quando se possui uma co-
(B) 4. (E) 96. leção de informações retrospectivas de ocorrência
(C) 6. dos eventos e pode-se imaginar que, sob as mesmas
Gabarito: D condições, os próximos resultados do fenômeno re-
Sugestão de solução: petirão, aproximadamente, o já ocorrido.

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6. Dardos é um esporte que consiste no arremesso de


dardos contra um alvo circular apoiado numa super-
Vamos estudar alguns casos: fície vertical. O jogo de dardos é popular ao redor do
Probabilidade geométrica mundo, e passou a ser praticado também profissional-
Seja S o espaço amostral associado a um experi- mente. Um designer projetou um conjunto de novos
mento A de um evento de S . modelos de alvos quadrangulares para o jogo de dar-
dos. Observe os alvos projetados a seguir.
área de A
Defini-se: P ( A ) =
área de S
Generalização:
 área
medida de A 
P=(A) → medida= comprimento
medida de S  contagem

Exemplo:
Qual a probabilidade de lançar um dardo e acertar
a região definida pelo quadrado de lado 2 cm a seguir.
Solução:

Área de S (quadrado maior): 5 × 5 =25cm²


Considere que:
Área de A (quadrado menor): 2 × 2 =cm
4 ² • Todas essas regiões quadrangulares amarelas
têm as mesmas medidas;
área de A 4 • Todas as regiões quadrangulares verdes têm as
P ( A=
) = = 0,16 mesmas medidas;
área de S 25
A probabilidade de lançar um dardo e acertar a • A pontuação máxima a ser obtida é acertar o cen-
região definida pelo quadrado de lado 2 cm é de tro da região verde.
16%. Agora, responda as seguintes perguntas:
a) Qual o procedimento matemático posso utilizar para
descobrir qual é o alvo mais difícil de se acertar, para
ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO obter a pontuação máxima?

Professor(a), após a retomada dos conceitos estudados b) Matematicamente, qual é o alvo mais difícil de se
até este ponto acerca do cálculo das probabilidades, acertar para obter a pontuação máxima?
procuramos oportunizar o estudo mais aprofundado Sugestão de solução:
desse tema, assim nas atividades de 6 a 10 o objetivo a) Calcular a probabilidade geométrica, através da sentença:
é desenvolver a habilidade do cálculo da probabilidade área do quadrado verde
= P (A) ⋅
geométrica. Observando o DC-GOEM, temos as habi- área do quadrado amarelo
lidades de identificar e compreender os conceitos es-
senciais de probabilidade no lançamento de dados ou b) Matemáticamente não existe diferença entre os
moedas, retirada de cartas de baralho, entre outros alvos, pois as medidas das áreas amarelas são todas
e, o foco neste momento, é exatamente neste termo equivalentes e das áreas verdes são todas equivalen-
“entre outros”, que por vezes passa desapercebido. E tes entre si.
como sempre tentamos conectar com o Enem acredi-
tando ser um tema importante de antever questões 7. Um atirador, com os olhos vendados, procura atingir
ligadas a este objeto. um alvo circular com 50 cm de raio, tendo no centro um
disco de 10 cm de raio, conforme figura a seguir.
Professor(a), nestas aulas, a probabilidade geométrica
requer do(a) estudante o domínio do cálculo de áre-
as, então caso os(as) estudantes demonstrem alguma
dificuldade, você professor(a) pode disponibilizar o
REVISA GOIÁS 2ª SÉRIE MATEMÁTICA MARÇO/
ABRIL-ESTUDANTE, que desenvolve as habilidades
referentes ao cálculo de área de forma extensiva.
Se em certo momento temos a informação de que o
atirador acertou o alvo. Qual deve ser a probabilidade
de que tenha atingido o disco central?
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Sugestão de solução: 9. No triângulo equilátero ABC a seguir foram marca-


A área de um círculo com raio r é da forma A= π ⋅ r 2 . dos os pontos médios relativo a cada um de seus lados
O círculo maior tem raio igual a 40 cm e área e, delimitando-se assim, um novo triângulo equilátero
A =⋅ π 402 = 1600π . Enquanto o círculo menor com raio DEF. Esse novo triângulo, interno ao triângulo original,
medindo 10 cm tem área B =π ⋅102 = 100π . é chamado de buraco.
Portanto, considerando P ( Y ) a probabilidade do atira-
B
dor ter atingido o disco central temos P ( Y ) = , logo:
A
100π
P (Y) =
1600π
1
P ( Y=
) = 0, 0625
= 6, 25%
16

8. Observe os alvos a seguir e depois responda as per- Escolhendo-se ao acaso um ponto no triângulo equilá-
guntas. tero original qual a chance desse ponto pertencer ao
buraco?
Sugestão de solução:
Considere o triângulo equilátero ABC , com
AB
= AC = BC = l , sua área é expressa por
l2 3
A ABC =
4
Ao ligar os pontos médios gerou o triângulo DEF (in-
terno ao triângulo ABC ) conforme figura. O lado do
Considere que a pontuação máxima a ser obtida é triângulo equilátero DEF mede metade da medida do
acertar o centro da região verde. lado do triângulo ABC , portanto, DE
= DF
= EF
=
l
com a
2
a) Calcule a probabilidade de acertar a região verde do área igual a:
2
alvo 1. l
  3
2
b) Calcule a probabilidade de acertar a região verde do A DEF = 
4
alvo 2.
l2 3
c) A probabilidade de acertar a região verde dos alvos 1
4 l2 3
e 2 é igual? Justifique a sua resposta. A
= DEF =
4 16
d) Em qual dos alvos é mais fácil acertar a região verde? Assim, escolhendo-se ao acaso um ponto do triângulo
Sugestão de solução: equilátero ABC , considerando P ( X ) a chance deste
ponto estar no triângulo equilátero DEF é:
área verde
a) P ( A1 ) = A
área amarela P ( X ) = DEF
A ABC
x x x2

l2 3
A1 ) 5=
P (= 5 25
x ⋅ x x2 P ( X ) = 216
x2 1 1 l 3
P ( A1 ) = ⋅ 2 = 4
25 x 25
1
P (X) =
b) área verde 4
P ( A2 ) =
área amarela 10. O alvo a seguir foi dividido em anéis como ilustrado
na figura, no qual os anéis são igualmente espaçados.
x x x2
⋅ Acertando determinado anel o jogador recebe a pon-
P (= 4
A2 ) = 4 16 tuação como descrito na legenda.
x ⋅ x x2
20 pontos
x2 1 1
P ( A2 ) = ⋅ 2 = 50 pontos
16 x 16
c) A probabilidade de acertar a região verde dos alvos 1 80 pontos
1 1 100 pontos
e 2 não é igual, pois P ( A1 ) = 25 e P ( A 2=) 16 ⋅
d) O alvo 2 é mais fácil acertar, pois a probabilidade Sabendo que o jogador acertou o alvo. Qual a probabi-
de acertar o alvo 1 é de 4% e de acertar o alvo 2 é de lidade de ter obtido:
6,25%.
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a) 100 pontos? c) 50 pontos? Semana 4 - Junho


b) 80 pontos? d) 20 pontos?
Sugestão de solução: Vamos Sistematizar?
Observe que os anéis são igual-
Modelo binomial
mente espaçados,
Seja um experimento aleatório qualquer que apre-
senta as seguintes características:
• consiste na realização de um número finito e co-
O raio do círculo completo é 4x , então a área do círcu-
nhecido n de ensaios (ou repetições);
lo completo é:
• cada um dos ensaios tem apenas dois resultados
π ⋅ ( 4x ) =
2
A= 16πx 2 possíveis: “sucesso” ou “fracasso” (estão entre aspas,
Área da coroa circular verde: porque a definição de sucesso não quer dizer neces-
Averde = π � 4x 2
− π � 3x 2 sariamente algo “positivo”, e porque poderá significar
um grupo de resultados); e
Averde = π � 16x 2 − π � 9x 2 • os ensaios são independentes entre si, apresen-
tando probabilidades de “sucesso” ( p ) e de “fracasso”
Averde = 7πx 2
(1 – p ) constantes.
Área da coroa circular azul:
Neste caso, estamos interessados no número k
2 2
Aazul = π � 3x − π � 2x de “sucessos” obtidos nos n ensaios: como o espaço
amostral é finito (vai de 0 a n ), uma variável aleatória
Aazul = π � 9x 2 − π � 4x 2 associada seria discreta. Este tipo de experimento é
Aazul = 5πx 2 chamado de binomial.
Então, a variável aleatória discreta X , número de
Área da coroa circular amarela:
2 2
“sucessos” nos n ensaios, apresenta uma distribuição
Aamarela = π � 2x −π� x (modelo) binomial com os seguintes parâmetros:
Aamarela = π � 4x 2 − π � x 2 n = número de ensaios p = probabilidade de “sucesso”
O cálculo da probabilidade se dá por:
Aamarela = 3πx 2
n
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
, onde Cn k =
Área do círculo mostarda: k !× ( n − k ) !
2
Amostarda = π � x
Para entendermos esta fórmula e seu cálcu-
Amostarda = πx 2 lo, vamos estudar um caso em particular:
πx 2 1 Vamos ver com maiores detalhes o caso do núme-
a) P 100 = = = 0,0625
16πx 2 16 ro de meninos e meninas nascidos em uma família.
Então, a probabilidade de ter obtido 100 pontos é de Chamando menino de evento H, será o “sucesso”, e
6,25%. menina de evento M, e sabendo pela história da família que
P(H) = 0,52 e P(M) = 0,48 (então p = 0,52 e 1– p = 0,48).
3πx 2 3
b) P 80 = = = 0,1875 Quais serão as probabilidades obtidas para a variá-
16πx 2 16 vel aleatória número de meninos em três nascimentos?
Então, a probabilidade de ter obtido 80 pontos é de Vamos obter a distribuição de probabilidades:
18,75%.
Usando os conceitos gerais de probabilidade, é
5πx 2 5 preciso primeiramente determinar o espaço amostral,
c) P 50 = = = 0,3125
16πx 2 16 como poderão ser os sexos das três crianças:
Então, a probabilidade de ter obtido 50 pontos é de Ω = {( H , H , H ) ;   ( H , H , M ) ;   ( H , M , H ) ;   ( M , H , H ) ;   ( H , M , M ) ;   ( M , H
31,25%.
Ω = {( H , H ,2H ) ;   ( H , H , M ) ;   ( H , M , H ) ;   ( M , H , H ) ;   ( H , M , M ) ;   ( M , H , M ) ;   ( M , M , H ) ;   ( M , M , M )}
7𝜋𝑥 7
d) 𝑃 20 = 2 = = 0,4375 Supondo que os nascimentos sejam independen-
16𝜋𝑥 16
Então, a probabilidade de ter obtido 100 pontos é de tes, podemos calcular as probabilidades de cada inter-
43,75%. secção simplesmente multiplicando as probabilidades
individuais de seus componentes:

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1 2
𝑋 = 1 = 3 � 0,52 � 0,48
P {( H , H , H )} = P ( H ) × P ( H ) × P ( H ) = p × p × p = p 3
𝑋 = 1 = 3 � 0,52 � 0,2304 ≅ 0,3594
P {( H , H , M )} = P ( H ) × P ( H ) × P ( M ) = p × p × (1 – p ) = p 2 × (1 – p )
Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de
P {( H , M , H )} =
P (H )× P (M )× P (H ) =
p × (1 – p ) × p =
p 2 × (1 – p )
nascer um menino, é de 35,94%.
P {( M , H , H )} = P ( M ) × P ( H ) × P ( H ) = (1 – p ) × p × p = p 2 × (1 – p ) Segundo: para o nascimento de dois meninos, temos
P {( H , M , M )} =
P (H )× P (M )× P (M ) =
p × (1 – p ) × (1 – p ) =
p × (1 – p )
2 que
n!
(X = k) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
P {( M , H , M )} = P ( M ) × P ( H ) × P ( M ) = (1 – p ) × p × (1 – p ) = p × (1 – p )
2 , onde Cn ,k =
k !× ( n − k ) !
3!
(X =
2 ) =⋅
C3,2 ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 ) , =
2 3− 2
P {( M , M , H )} =
P (M )× P (M )× P (H ) =
(1 – p ) × (1 – p ) × p =
p × (1 – p ) onde C3,2 = 3
2

2!⋅ ( 3 − 2 ) !
P {( M , M , M )} = P ( M ) × P ( M ) × P ( M ) = (1 – p ) × (1 – p ) × (1 – p ) =(1 – p )
3

(X =
2) =
3 ⋅ ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
2 1

Observe que:
(X 2 ) 3 ⋅ 0, 2704 ⋅ 0, 48 ≅ 0,3893
==
P {( H , H , H )} = p 3

Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de


Probabilidade de três “sucessos”
nascer dois meninos, é de 38,93%.

{( H , H , M )} P=
P= {( H , M , H )} P=
{( M , H , H )} p 2 × (1 – p ) Terceiro: para o nascimento de três meninos, temos:
Probabilidade de dois “sucessos” n!
(X = k) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
, onde Cn ,k =
k !× ( n − k ) !
P {( H , M , M )}= P {( M , H , M )}= P {( M , M , H )}= p × (1 – p )
2
3!
(X =
3) =⋅
C3,3 ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
3 3− 3
=
, onde C3,3 = 1
Probabilidade de um “sucesso” 3!⋅ ( 3 − 3) !

(X =
3) =
1 ⋅ ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
3 0
Importa apenas a “natureza” dos sucessos, não a or-
dem em que ocorrem: com a utilização de combina-
ções, é possível obter o número de resultados iguais (X = 3) = 1 ⋅ 0,140608 ⋅1 ≅ 0,1406
para cada número de sucessos. Supondo que o núme- Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de
ro de ensaios n é o número de “objetos” disponíveis e, nascer três meninos é de 14, 06%.
que o número de “sucessos” em que estamos interes-
sados (doravante chamado k ), é o número de “espa- Agora podemos entender a fórmula inicialmente dada:
ços” onde colocar os objetos (um objeto por espaço), o n!
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
número de resultados iguais será: , onde Cn,k =
k !× ( n − k ) !
n!
Cn , k =
k !⋅ ( n − k ) !

Para o caso anterior, em que há três ensaios ( n = 3 ):


3! 3!
para três sucessos ( k = 3) = = 1
C3,3
=
3!⋅ ( 3 − 3) ! 3!⋅ 0!
(o mesmo resultado obtido por enumeração); ATIVIDADES DE sistematização
3! 3 ⋅ 2!
para dois sucessos ( k = 2 ) = = 3
C
=
2!⋅ ( 3 − 2 )! 2!⋅1
3,2

Professor(a), nas atividades 11 e 12 o objetivo é desen-


(o mesmo resultado obtido por enumeração);
volver a habilidade do cálculo da probabilidade bino-
3! 3 ⋅ 2! mial, e para isto estamos usando o lançamento de mo-
para um sucesso ( k = 1) = = 3
C3,1
=
1!⋅ ( 3 − 1) ! 1⋅ 2!
eda, dialogue com os(as) estudantes que existe outras
(o mesmo resultado obtido por enumeração); possibilidades para o cálculo dessa probabilidade, mas
Vamos calcular essas três possibilidades. mostre que a binomial facilita esse cálculo.
Como estratégia de aprendizagem na atividade 11 lis-
Primeiro: para o nascimento de um menino, temos que: te juntamente como os(as) estudantes o espaço amos-
n! tral, no primeiro momento eles(as) acharão, que listar
(X = k) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
, onde Cn,k =
k !× ( n − k ) ! o espaço amostral é método mais fácil para resolver a
3! atividade. Depois peça aos estudante para listarem o
(X =
1) =
C3,1 ⋅ ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
1 3−1
, onde 𝐶3,1 =
1! � 3 − 1 !
=3
espaço amostral, com isto eles(as) chegarão a conclu-
são que o uso da binomial facilita.

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11. Qual a probabilidade de se observar duas caras, em 1− p : 1 − 0,52 =


0, 48
três lançamentos imparciais, de uma moeda honesta? n : número total de filhos 5
Considere: n = 3 ; p = 0,5 . k : número desejado de filhos do sexo masculino 2
Sugestão de solução:
P ( X = k ) = Cn k × p k × ( − p )
n k
p : 0,5 ou 1
2
1
1− p : 1 − 0,5 =
0,5 ou C 5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3! 5 ⋅ 2
2 C=
5,2
5,2 = = = 10
n : número total de lançamentos 3 2!3! 2 ⋅1 ⋅ 3! 1
k : número de caras desejadas 2
P( X =
2) =
10 ⋅ ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
2 3

P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k

3! 3 ⋅ 2! 3 P( X =
2) =
10 ⋅ 0, 2704 ⋅ 0,110592
C3,2= = = = 3
2!1! 2!1 1 P ( X= 2 ) ≅ 0, 29904
2 1
1 1
P ( X ==
2) 3 ⋅  ⋅   A probabilidade de nascer 2 filhos do sexo masculino
2 2 nessa família, dentre os 5 nascimentos, é de aproxima-
1 3 damente 29,9%.
P ( X =2 ) =3 ⋅ 3 = =0,375
2 8
A probabilidade de se observar duas caras, em três 14. Em uma indústria, a probabilidade de um produto
lançamentos imparciais, de uma moeda honesta é de ser fabricado com algum defeito é de 2%. Se em uma
37,5%. hora essa indústria fabrica dez produtos, qual é a pro-
babilidade de dois desses produtos serem defeituosos?
12. Qual a probabilidade de se observar quatro caras, em
Sugestão de solução:
dez lançamentos imparciais, de uma moeda honesta? 2
p : 2% ou
Considere: p = 0,5. 100
98
Sugestão de solução: 1− p : 1 − 0, 02 =
0,98 ou
100
1 n: número produtos fabricados 10
p : 0,5 ou
2 k: número de peças defeituosas 2
1
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
1− p : 1 − 0,5 =
0,5 ou
2
n : número total de lançamentos 10
k : número de vezes caras desejadas 4 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8! 10 ⋅ 9
C10,2 = = = 45
2!8! 2 ⋅1 ⋅ 8! 2
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
2 8
 2   98 
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 P( X =
2) =
45 ⋅   ⋅ 
C=
10,4= =  100   100 
4!6! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 6! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
10 ⋅ 3 ⋅ 7 4 988
C10,4 = 210
= P( X =2) =45 ⋅ ⋅
1 1002 1008
1 1
4 6
988
P( X = 4) = 210 ⋅   ⋅   P ( X= 2=
) 180 ⋅
2 2 10010
1 1
P ( X = 4 ) = 210 ⋅ 4 ⋅ 6
2 2 15. Um dado é jogado 7 vezes. Qual é a probabilidade
210 210 de sair o número 5 quatro vezes?
P ( X= 4=) 10= ≅ 0, 20508
2 1024
Sugestão de solução:
A probabilidade de se observar quatro caras, em dez 1
lançamentos imparciais, de uma moeda honesta, é de p : Probabilidade de sair o 5 em cada jogada: 6
aproximadamente 20,5% . 5
1− p : Probabiliade de não sair o 5 em cada jogada:
6
13. Uma família deseja ter 5 filhos, e sabe-se que a pro- (porque é o complementar de A)
babilidade de nascer uma criança do sexo masculino
é de 0,52. Qual a probabilidade de nascer 2 filhos do n : número total de lançamentos 7
sexo masculino?
k : número de vezes que quer que aconteça 4
Sugestão de solução:
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
p : 0,52
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10! 10 ⋅ 9! 10
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 7 ⋅ 5 C10,1
= = = = 10
C=
C = = = = 35 1!9! 1 ⋅ 9! 1
ü7,4
4!3! 4!⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 3 ⋅ 2 ⋅1 1 1 9
2 1 2 1
1
4
5
3
P ( X = 1) = 10 ⋅   ⋅   = 10 ⋅ ⋅ 9
P(X =4) =35 ⋅   ⋅  3 3 3 3
6 6
10 ⋅ 2
1 125 P ( X= 1=
)
P( X =4) =35 ⋅
⋅ 310
1269 216
4375
P ( X= 4=
) ≅ 0, 0159 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
274104
Portanto, a probabilidade de sair o número 5 quatro
Professor(a), assim como enviamos uma avaliação
vezes é de 1,59%.
diagnostica no início do REVISA GOIÁS – Estudante,
Professor(a), na atividade 16, além do objetivo do uso encaminhamos, também, ao fim do seu material, uma
e cálculo da binomial, objetiva que, o(a) tenha contato sugestão de avaliação baseada nas habilidades desen-
com questões do Enem, pois é um tema cobrado nesse volvidas ao longo desta aula.
exame. Ressaltamos que, essa, é uma sugestão para otimizar
seu tempo de planejamento e avaliação didática. Desta
16. (Enem 2017) Numa avenida existem 10 semáforos.
forma, sinta-se à vontade para retirar ou acrescentara-
Por causa de uma pane no sistema, os semáforos fica- tividades nesta avaliação pois, ninguém melhor de que
ram sem controle durante uma hora, e fixaram suas lu- você conhece a realidade de seus estudantes.
zes unicamente em verde ou vermelho. Os semáforos
Nesta avaliação objetiva verificar se os estudantes re-
funcionam de forma independente; a probabilidade de compuseram as habilidades necessárias para o desen-
2 1
acusar a cor verde é de e a de acusar vermelha é de volvimento das habilidades previstas para o 1º corte
3 3
. Uma pessoa percorreu a pé toda essa avenida durante temporal da 3ª série do Ens. Médio, assim, caso sejam
o período da pane, observando a cor da luz de cada um verificados lacunas nessa recomposição, sugerimos
desses semáforos. revisitar o material e analisar se o seu estudante con-
seguiu desenvolver as habilidades previstas para o ter-
Qual a probabilidade de que esta pessoa tenha obser-
ceiro grupo de atividades
vado exatamente um sinal na cor verde?
7!
10×2 1. Considere a expressão ⋅
(A) 2!5!
310
O valor dessa expressão é igual a
10×29
(B) (A) 7. (D) 28.
310

210 (B) 14. (E) 42.


(C)
3100 (C) 21.
290 Gabarito: C
(D) 3100
Sugestão de solução:
(E)
2 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5! 7 ⋅ 6 42
310 = = = = 21
2!5! 2!5! 2 2
Gabarito: A
2. Suponha que para fazer uma viagem Rio-Belo Ho-
Sugestão de solução:
rizonte-Rio, eu posso usar como transporte o trem, o
2
p : Probabilidade de a pessoa ver a cor verde: ônibus ou o avião. Não desejo usar na volta o mesmo
3
meio de transporte usado na ida.
1− p : Probabilidade de a pessoa ver vermelho: 1
3 De quantas maneiras posso escolher os transportes?
n : número total de semáforos observados 10.
(A) 2 (D) 6
k : número de vezes a se observar a cor verde 1. (B) 3 (E) 9
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
(C) 5
Gabarito: D
Sugestão de solução:
Ida: 3 opções.
Volta: 2 opções.

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Pelo PFC: 3 ⋅ 2 =6 5. Durante um campeonato de futebol, um time con-


Desta forma, existirão 6 opções para escolher o trans- seguiu 5 vitórias, 3 derrotas e 2 empates durante 10
porte. partidas.
De quantas maneiras distintas esse resultado pode ter
3. Joãozinho está brincando com os seus 5 carrinhos e ocorrido?
os enfileirando de maneiras distintas.
De quantas maneiras distintas Joãozinho pode enfilei- (A) 5040 (D) 630
rá-los? (B) 2520 (E) 315
(C) 1260
(A) 5 (D) 120
Gabarito: B
(B) 10 (E) 720 Sugestão de solução:
(C) 25 Queremos encontrar todas os reordenamentos pos-
Gabarito: D síveis para as 5 vitórias, as 3 derrotas e os 2 empates.
Sugestão de solução: Logo, temos uma permutação com repetição:
Quantidade de carrinhos: 5
Pelo PFC: 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =120. 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 10 ⋅ 9 ⋅8 ⋅ 7
P105,3,2 =
= = = = 10 ⋅ 9 ⋅ 4 ⋅ 7
Joaozinho poderá enfileirá-los de 120 maneiras distintas. 5!3!2! 5!3!2! 3!2! 2!
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 10 ⋅ 9 ⋅8 ⋅ 7
P105,3,2
4. Simone decidiu =
organizar = prateleira= de livros. = = 10 ⋅ 9 ⋅ 4 ⋅ 7 = 2520
5!3!2! a sua 5!3!2! 3!2! 2!
Ela possui 6 livros, todos distintos entre si, sendo que
3 possuem capas na cor verde, 2 possuem capas na cor
6. Durante as eleições de diretor e vice-diretor esco-
amarela e 1 possui capa na cor azul.
lar de uma escola, ficou determinado pelo edital que o
De quantas maneiras distintas Simone pode ordenar diretor seria o candidato mais votado e o vice-diretor
os seus livros de modo que livros de uma mesma cor o segundo candidato mais votado. Se, em determinada
fiquem sempre lado a lado? escola, 4 profissionais se candidataram para as vagas
(A) 10 maneiras (D) 36 maneiras de gestores.
(B) 18 maneiras (E) 72 maneiras O número de resultados distintos que podemos ter
para diretor e vice-diretor é:
(C) 24 maneiras
Gabarito: E (A) 8. (D) 15.
Sugestão de solução: (B) 10. (E) 16.
Quantidade de livros: 6 (C) 12.
Quantidade de livros com capa verde: 3 Gabarito: C
Quantidade de livros com capa amarela: 2 Sugestão de solução:
Como é necessário agrupar 4 candidatos de 2 em 2,
Quantidade de livros com capa azul: 1
em uma situação em que a ordem importa, tem-se um
Por agrupamento das cores: 3 ℵ2 1 6 arranjo simples de 4 elementos tomados 2 a 2. Dessa
Usando a permutação dentro do agrupamento de cada forma, aplica-se a fórmula:
cor, temos: n! 4! 4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2!
Verde → 3! An; p = = = = = 4 ⋅ 3 = 12
( n − p )! ( 4 − 2 )! 2! 2!
Amarelo → 2!
Portanto, existem 12 maneiras diferentes para o resul-
Azul → 1! tado dessa eleição.
3!ℵ
2!1! 12
Desta maneira, ao multiplicar as permutações do 7. (ENEM 2022) Em um jogo de bingo, as cartelas con-
agrupamento de cada cor pelo agrupamento das co- têm 16 quadrículas dispostas em linhas e colunas. Cada
res, temos: quadrícula tem impresso um número, dentre os intei-
6 ⋅12 =
72 ros de 1 a 50, sem repetição de número. Na primeira
Desta forma, Simone pode ordenar os seus livros de rodada, um número é sorteado, aleatoriamente, den-
72 maneiras distintas. tre os 50 possíveis. Em todas as rodadas, o número
sorteado é descartado e não participa dos sorteios das
rodadas seguintes. Caso o jogador tenha em sua carte-
la o número sorteado, ele o assinala na cartela. Ganha
o jogador que primeiro conseguir preencher quatro
quadrículas que formam uma linha, uma coluna ou uma
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diagonal, conforme os tipos de situações ilustradas na sexta rodada, tirando o 11 na quarta rodada e o 19 na
Figura 1. sexta rodada (ou vice-versa), completando a diagonal:
ü
2ℵ
46 45 46 ⋅ 45
Somando todos os casos, tem-se:

1 45 2 2 1 49
+ + + =+
46 46 ⋅ 45 46 ⋅ 45 46 ⋅ 45 46 46 ⋅ 45
8. (ENEM 2023) Ao realizar o cadastro em um apli-
cativo de investimentos, foi solicitado ao usuário que
O jogo inicia e, nas quatro primeiras rodadas, foram criasse uma senha, sendo permitido o uso somente dos
sorteados os seguintes números: 03, 27, 07 e 48. Ao seguintes caracteres:
final da quarta rodada, somente Pedro possuía uma
• algarismos de 0 a 9;
cartela que continha esses quatro números sorteados,
sendo que todos os demais jogadores conseguiram as- • 26 letras minúsculas do alfabeto;
sinalar, no máximo, um desses números em suas car- • 26 letras maiúsculas do alfabeto;
telas. Observe na Figura 2 o cartão de Pedro após as
quatro primeiras rodadas. • 6 caracteres especiais !, @, #, $, *, &.
Três tipos de estruturas para senha foram apresenta-
das ao usuário:
• tipo I: formada por quaisquer quatro caracteres dis-
tintos, escolhidos dentre os permitidos;
• tipo II: formada por cinco caracteres distintos, ini-
ciando por três letras, seguidas por um algarismo e, ao
final, um caractere especial;
A probabilidade de Pedro ganhar o jogo em uma das • tipo III: formada por seis caracteres distintos, inician-
duas próximas rodadas é do por duas letras, seguidas por dois algarismos e, ao
final, dois caracteres especiais.
1 1 ü Considere p1, p2 e p3 as probabilidades de se desco-
(A) + ⋅ (D) + ⋅
46 45 46 46 ⋅ 45 brirem ao acaso, na primeira tentativa, as senhas dos
tipos I, II e III, respectivamente.
1 2 ü
(B) + ⋅ (E) + ⋅ Nessas condições, o tipo de senha que apresenta a me-
46 46 ⋅ 45 46 46 ⋅ 45
nor probabilidade de ser descoberta ao acaso, na pri-
1 8 meira tentativa, é o
(C) + ⋅
46 46 ⋅ 45 (A) tipo I, pois p1 < p2 < p3.
Gabarito: E
(B) tipo I, pois tem menor quantidade de caracteres.
Sugestão de resolução:
A probabilidade de Pedro ganhar na quinta rodada é ti- (C) tipo II, pois tem maior quantidade de letras.
rar o número 12 que falta na primeira linha, entre os 46 (D) tipo III, pois p3 < p2 < p1.
que ainda não foram sorteados: 1 (E) tipo III, pois tem maior quantidade de caracteres.
46
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na Gabarito: D
sexta rodada, tirando outro número na quinta e o 12 Sugestão de resolução:
na sexta rodada: Temos, no primeiro tipo, o total de opções são encon-
45 1 45
tradas ao realizar:
⋅ = 68 ⋅ 67 ⋅ 66 ⋅ 65 .
46 45 46 ⋅ 45
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na sex- No segundo tipo, o total de opções são encontradas ao
ta rodada, tirando o 05 na quarta rodada e o 45 na sexta realizar:
rodada (ou vice-versa), completando a última coluna: 52 ⋅ 51⋅ 50 ⋅10 ⋅ 6 = 52 ⋅ 51⋅ 50 ⋅ 60 .
No terceiro tipo, o total de opções são encontradas ao
ü realizar:
2ℵ 52 ⋅ 51⋅10 ⋅ 9 ⋅ 6 ⋅ 5 = 52 ⋅ 51⋅ 45 ⋅ 60 .
46 45 46 ⋅ 45
Montando essas contas, percebemos que o tipo I tem
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na mais senhas, o tipo II menos e o tipo III menos ainda.

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Ou seja: 10. Uma fábrica produz 20 itens de alta complexidade


p3 < p 2 < p1. por dia. Por causa de uma pane no sistema, certo dia
Logo, a probabilidade de acerto é menor no tipo I, a produção dessa fábrica detectou que a possibilidade
maior no tipo II e maior ainda no tipo III. de se produzir uma peça defeituosa é de 2 ⋅ Um funcio-
5
nário testou todos os itens produzidos nesse dia.
9. O alvo a seguir foi dividido em anéis concêntricos
Qual a probabilidade desse funcionário ter encontrado
como ilustrado na figura, no qual os anéis são igual-
dois produtos defeituosos?
mente espaçados.
318 18
(A) 760 × (D) 190 × 3
520 536
318 18
(B) 760 × (E) 40 ×  2 × 3 
536  2 
 5 
18
(C) 190 × 3
518
Considerando que uma pessoa acertou o alvo, qual a Gabarito: A
probabilidade de ter acertado no círculo central?
Sugestão de solução:
2
1 1 p:
(A) (D) 5
2 5
1− p : 1 − 2 =3
1 2 5 5
(B) (E)
4 5 n: número produtos fabricados 20
1 k: número de peças defeituosas 2
(C)
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
3
Gabarito: C 20! 20 ⋅19 ⋅18! 20 ⋅19
Sugestão de solução: C20,2 = = = 190
2!18! 2 ⋅1 ⋅18! 2
Observe que os anéis são igualmente espaçados,
2 18
2 3
P( X =2) =
190 ⋅   ⋅ 
5 5
4 318
P ( X = 2 ) = 190 ⋅ ⋅
52 518
318
P ( X= 2=) 760 ⋅ 20
O raio do círculo completo é 2x , então a área do círcu- 5
lo completo é: 11. (Enem 2017 – Reaplicação/PPL / Adaptado) Um
π ⋅( 2 x ) =
A=
2
4π x 2 programa de televisão criou um perfil em uma rede so-
cial, e a ideia era de que esse perfil fosse sorteado para
Área da coroa circular verde: um dos seguidores, quando esses fossem em número
Averde = π ⋅ ( 2 x ) − π ⋅ ( x )
2 2 de um milhão. Agora que essa quantidade de segui-
dores foi atingida, os organizadores perceberam que
Averde = π ⋅ 4 x 2 − π ⋅ x 2 apenas 70% deles são realmente fãs do programa. Por
conta disso, resolveram que todos os seguidores farão
Averde = 3π x 2
um teste, com perguntas objetivas referentes ao pro-
Área do círculo azul: grama, e só poderão participar do sorteio aqueles que
Aazul= π ⋅ ( x )
2 forem aprovados. Estatísticas revelam que, num teste
dessa natureza, a taxa de aprovação é de 80% dos fãs e
Aazul = π x 2 de 20% dos que não são fãs.
π x2 1 De acordo com essas informações, a razão entre a pro-
P ( azul
= ) =
3π x 2 3 babilidade de que um fã seja sorteado e a probabilida-
de de que o sorteado seja alguém que não é fã do pro-
grama é igual a
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1 28
(A) (D)
3 3
28 3
(B) (E)
31 10
3
(C)
31
Gabarito: D
Sugestão de solução:
Probabilidade de que um fã seja sorteado ( P₁ ) :
– Casos favoráveis:
ser fã ( 0, 7 ) × ser aprovado ( 0,8 ) =
0, 7 ⋅ 0,8
– Casos possíveis de serem sorteados:

ser fã ( 0, 7 ) × ser aprovado ( 0,8 ) + não ser fã ( 0,3) × ser aprovado ( 0, 2 ) = 0, 7 ⋅ 0,8 + 0,3 ⋅ 0, 2
ã ( 0,3) × ser aprovado ( 0, 2 ) ⟶
= 0, 7 ⋅ 0,8 + 0,3 ⋅ 0, 2

0, 7 ⋅ 0,8 0,56 0,56 56 28


P1
= = = = =
0, 7 ⋅ 0,8 + 0,3 ⋅ 0, 2 0,56 + 0, 06 0, 62 62 31

Probabilidade de que um não fã seja sorteado:


P2 = 1 − P₁
28 31 28 3
P2 =−
1 = − =
31 31 31 31
28
P
Assim: = 31 28
1
=
P2 3 3
31

12. (Enem 2010 – Reaplicação/PPL) Em uma reserva


florestal existem 263 espécies de peixes, 122 espécies
de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1132 espécies de
borboletas e 656 espécies de aves.
Se uma espécie animal for capturada ao acaso, qual a
probabilidade de ser uma borboleta?
(A) 63,31% (D) 49,96%
(B) 60,18% (E) 43,27%
(C) 56,52%
Gabarito: D
Sugestão de solução:
Se uma espécie de animal for capturada ao acaso, a pro-
babilidade de uma borboleta ser capturada ao acaso é:
casos favoráveis 1132 1132
= = ≅ 0, 49955… ≅ 49,96%
casos possíveis 263 + 122 + 93 + 1132 + 656 2266
1132
≅ 0, 49955… ≅ 49,96%
2266

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Expediente
Governador do Estado de Goiás Superintendente de Gestão Estratégica e
Ronaldo Ramos Caiado Avaliação de Resultados
Márcia Maria de Carvalho Pereira
Vice–Governador do Estado de Goiás
Daniel Vilela Superintendente do Programa Bolsa Educação
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento
Curricular
Secretária–Adjunta Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Helena Da Costa Bezerra
Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Diretora Pedagógica Evandro de Moura Rios
Alessandra Oliveira de Almeida
Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Fundamental Alexsander Costa Sampaio
Giselle Pereira Campos Faria
Coordenadora de Recursos Didáticos para o
Superintendente de Ensino Médio Ensino Médio
Osvany Da Costa Gundim Cardoso Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Professores elaboradores de Língua Portuguesa
Militar Edinalva Filha de Lima Ramos
Cel Mauro Ferreira Vilela Edna Aparecida dos Santos
Superintendente de Desporto Educacional, Arte Katiuscia Neves Almeida
e Educação Maria Aparecida Oliveira Paula
Marco Antônio Santos Maia Norma Célia Junqueira de Amorim
Superintendente de Modalidades e Temáticas Professores elaboradores de Matemática
Especiais Alan Alves Ferreira
Rupert Nickerson Sobrinho Basilirio Alves da Costa Neto
Jéssica de Rezende Graff Tinti
Diretor Administrativo e Financeiro Tayssa Tieni Vieira de Souza
Andros Roberto Barbosa Tyago Cavalcante Bilio
Superintendente de Gestão Administrativa Professores elaboradores de Ciências da Natureza
Leonardo de Lima Santos Leonora Aparecida dos Santos
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento Sandra Márcia de Oliveira Silva
de Pessoas Silvio Coelho da Silva
Hudson Amarau De Oliveira Professor elaborador de Ciências Humanas e
Superintendente de Infraestrutura Sociais Aplicadas
Gustavo de Morais Veiga Jardim Ricardo Gonçalves Tavares

Superintendente de Planejamento e Finanças Revisão


Taís Gomes Manvailer Cristiane Gonzaga Carneiro Silva

Superintendente de Tecnologia Diagramação


Bruno Marques Correia Adriani Grun

Diretora de Política Educacional


Patrícia Morais Coutinho

SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação

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