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Revisa Goiás 3 Série LP e Mat Maio - Junho-Professor
Revisa Goiás 3 Série LP e Mat Maio - Junho-Professor
e Matemática
Professor
Maio/Junho - 2024
SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás
APRESENTAÇÃO
O REVISA GOIÁS é um material didático estruturado e articulado para apoiar as ações de recomposi-
ção das aprendizagens. A elaboração desse material tem como base os Documentos Curriculares, a Matriz
de Referência SAEB, bem como os resultados das avaliações externas, uma vez que é importante identifi-
car pontos de atenção nesses resultados, objetivando desenvolver uma aprendizagem efetiva. Na elabo-
ração das atividades propostas, são consideradas as habilidades de cada ano/série e, ainda, por se tratar
de um material que visa a recomposição da aprendizagem, considera-se, também, as habilidades básicas
dos anos/séries anteriores.
O material é elaborado bimestralmente e apresenta, de modo intencional, uma gradação como um ca-
minho para que, com a mediação do(a) professor(a), o(a) estudante tenha a oportunidade de desenvolver
as atividades propostas e, dessa forma, aprender cada vez mais e avançar em proficiência. Além disso, o
uso do material otimiza o tempo do(a) professor(a) durante o planejamento de suas aulas. Nessa pers-
pectiva, é de grande relevância o trabalho do(a)professor(a) para que a aplicabilidade deste material seja
concretizada com êxito.
O REVISA GOIÁS será enviado em quatro volumes. Assim, uma versão digitalizada de todo o material
será disponibilizada para que o(a) professor(a) utilize esse material em seu planejamento. O material de
Língua Portuguesa e Matemática, do(a) estudante, será impresso para o 8º e 9º anos do Ensino Fundamen-
tal e para todas as séries do Ensino Médio. O REVISA de Ciências da Natureza e Ciências Humanas do 9º
ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio será apenas em formato digital.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cien-
tes da necessidade de um ensino que desenvolva as habilidades curriculares para continuar avançando em
proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Semana 1 - Maio.................................................................................6
Semana 2 - Maio.................................................................................11
Semana 3 - Maio.................................................................................17
Semana 4 - Maio.................................................................................19
Semana 1 - Junho..............................................................................23
Semana 2 - Junho..............................................................................28
Semana 3 - Junho..............................................................................31
Semana 4 - Junho..............................................................................32
Matemática
Semana 1 - Maio.................................................................................44
Semana 2 - Maio.................................................................................47
Semana 3 - Maio.................................................................................54
Semana 4 - Maio.................................................................................56
Semana 1 - Junho..............................................................................60
Semana 2 - Junho..............................................................................65
Semana 3 - Junho..............................................................................72
Semana 4 - Junho..............................................................................75
Revisa Goiás
LÍNGUA PORTUGUESA
Prezado(a) professor(a), o material de Língua Portuguesa - REVISA GOIÁS - segue desenvolvendo a Recom-
posição da Aprendizagem dos(as) estudantes do Estado de Goiás, priorizando o currículo na elaboração das ati-
vidades propostas. É fundamental reforçar que todo o trabalho tem como centralidade o texto/gênero, objeto
de estudo da língua, considerando as práticas de linguagem que estão organizadas nos quatro grandes eixos:
Oralidade; Leitura/Escuta; Produção (escrita e multissemiótica) e Análise Linguística/Semiótica, articulados nos
Campos de Atuação, espaços em que tais práticas se realizam: Jornalístico Midiático; Vida Pública; Artístico-Li-
terário e Práticas de Estudo e Pesquisa.
As atividades, neste material, apresentam níveis de gradação, buscando, de início, ativar os conhecimentos
prévios dos(as) estudantes sobre o gênero textual em estudo. Elas também passam por uma ampliação para, en-
tão, sistematizar os conhecimentos. São contemplados também aspectos linguísticos relacionados aos Objetos de
Conhecimento / Conteúdos. A elaboração dessas atividades prioriza o desenvolvimento das Habilidades do Docu-
mento Curricular para Goiás - Etapa Ensino Médio (DCGO-EM), considerando a Base Nacional Comum Curricu-
lar (BNCC), além disso, retoma algumas Habilidades do Documento Curricular para Goiás (DCGO-Ampliado) dos
anos anteriores (6º, 7º, 8º e 9º) com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento da “Recomposição da Apren-
dizagem.” Em alguns momentos, o material apresenta atividades que são elaboradas atendendo a Matriz Saeb.
Na estruturação deste material, é apresentado um “quadro orientador” no início da SEMANA 1, que é reto-
mado a cada duas semanas de acordo com as atividades propostas. Nesse quadro, há a apresentação dos eixos
que norteiam o ensino de Língua Portuguesa: Leitura / Oralidade; Análise Linguística e Semiótica e Produção
Textual. As primeiras atividades de cada semana partem do “Contextualizando o gênero textual, o tema e o
campo de atuação”, com base na Prática de Oralidade / Leitura / Análise Linguística e Semiótica. Na sequência,
as atividades seguem partindo do “Ampliando os conhecimentos” com a Prática de Leitura / Análise Linguística e
Semiótica. As atividades mais complexas têm início com o “Sistematizando os conhecimentos”, novamente com a
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica.
No material, foram utilizadas três cores para indicar o nível de gradação das atividades elaboradas. Assim,
utilizou-se no GRUPO DE ATIVIDADES 1 a marcação amarela para indicar o “Nível Básico” de complexidade, no
GRUPO DE ATIVIDADES 2 a marcação azul para indicar o “Nível Operacional” e no GRUPO DE ATIVIDADES 3
a marcação rosa para indicar o “Nível Global”.
Considerando a complexidade desses níveis, por meio das atividades, são desenvolvidas as habilidades do
currículo e de recomposição de aprendizagem propostas no “quadro orientador”. Dessa forma, as atividades es-
tão divididas em: maio/semanas 1, 2, 3 e 4 - junho/semanas 1, 2, 3, e 4, sendo que a semana 3 de junho é a “Produ-
ção de Texto” e a 4, o “Revisitando a Matriz Saeb” com questões/itens. Vale ressaltar que a marcação do material
em “semanas” é uma forma de nortear o trabalho, no entanto, é você, professor(a), que decide a melhor maneira
de utilizá-lo em seu planejamento.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cientes da
necessidade de um ensino em Língua Portuguesa/Linguagem que desenvolva as habilidades curriculares para
continuar avançando em proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens,
para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e seu
DCGOEM contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel so-
cial do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de
análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.
HABILIDADES
(EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas
DC GO -
possibilidades de compreensão (e produção) de textos.
AMPLIADO
(EF69LP03-A) Compreender a relação de sentido entre imagem e texto verbal (multimodalidade) nos variados gêne-
PARA RECOM-
ros, por meio de recursos linguísticos e semióticos.
POSIÇÃO
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. /
MATRIZ SAEB
D5 - Interpretar um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
Prática de Análise Linguística e Semiótica
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas
palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as pos-
sibilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
HABILIDADES (EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
DCGOEM que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais
que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou
orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização
(uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo
adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção.
HABILIDADES (EF69LP17-A) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários.
DC GO - (EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades apre-
AMPLIADO ciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios, locuções
PARA RECOM- adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira a perceber a
POSIÇÃO apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. D5 - Interpretar
um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)./ D8 Estabelecer relações entre
MATRIZ SAEB a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. / D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva presente no texto,
marcada por conjunções, advérbios etc. /
D1- Localizar informações explícitas em um texto.
GRUPO DE ATIVIDADES
ATIVIDADES
Semana 1 - Maio 1. Antes de ler os textos, vamos conversar?
Professor(a), nesta semana, vamos trabalhar com o • Você já ouviu falar em anúncios publicitários, sabe
gênero “anúncio publicitário” do Campo Jornalístico- qual é a diferença entre propaganda e publicidade?
-Midiático. Esse é um gênero que prioriza promover • Você considera que os anúncios publicitários ven-
um produto, uma ideia e circula frequentemente pelos dem apenas produtos? Ou também vendem ideias?
meios de comunicação de massa. É de suma impor- • Quais são os lugares que você vê mais anúncios
tância dialogar com os(as) estudantes sobre as carac- publicitários?
terísticas do gênero e explorar o texto, considerando
linguagem, estrutura e, principalmente, a temática, • Quando você lê um desses anúncios você se sente
o contexto social, as funções da linguagem predomi- logo convencido(a) ou nem sempre?
nantes nos textos, bem como os aspectos linguísticos • Você vê mais anúncios publicitários com imagens
e semióticos. Nas atividades propostas são apresenta- ou sem imagens?
dos alguns objetos de conhecimento, mas você, profes-
sor(a), pode ir muito além, afinal, você conhece os(as) ► Conhecendo o gênero textual
estudantes e o contexto de sala de aula. Por isso, du-
rante o desenvolvimento destas aulas, você pode pedir Anúncio publicitário é um gênero textual que
que os(as) estudantes pesquisem e levem para a sala de busca promover um produto ou uma ideia e é cons-
aula anúncios diversos para leitura e análise coletiva. tantemente veiculado pelos meios de comunicação
Sugerimos que depois da leitura e análise seja criado de massa. Ele tem por objetivo divulgar serviços,
um mural em sala de aula com os textos escolhidos pe- ideias ou produtos. A linguagem empregada na sua
los(as) estudantes. composição dever ser clara, apelativa e criativa. Além
disso, esse gênero textual pode ser estruturado de
Caro(a) estudante, convidamos você a ler os tex- diversas maneiras, pois sua estruturação depende
tos com atenção, uma vez que é importante se apro- do que é anunciado, dos objetivos de quem anuncia
priar do gênero em estudo e da temática abordada. e da plataforma em que é veiculado. O anúncio pu-
Para isso, é preciso interpretar/compreender e fazer blicitário também pode ser classificado como verbal,
as possíveis inferências, pois esse passo a passo auxi- não verbal ou misto, podendo ser estruturado ape-
lia você na resolução das atividades propostas. nas com texto, apenas com imagens ou com a mescla
dos dois recursos. Além do mais, pode ser veiculado
em programações televisivas, redes sociais, plata-
Contextualizando o gênero formas de streaming, rádios, outdoors, jornais etc.
textual, o tema e o campo Geralmente, nos anúncios publicitários predomina a
de atuação função conativa/apelativa da linguagem para como-
ver e convencer seus receptores a consumirem ou
concordarem com o que é anunciado.
Prática de Oralidade / Leitura / Análise Linguística e Disponível em:https://www.portugues.com.br/redacao/anuncio-publicitario.html. Acesso em 06 de fev. 2024 (adaptado).
GRUPO DE ATIVIDADES
ampliando
os conhecimentos
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-agua.htm. Acesso em: 8 fev. 2024.
Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
2. O anúncio publicitário é um gênero textual que bus-
ca promover uma ideia, vender um produto, divulgar Releia o Texto I para responder às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
serviços. Esse gênero veicula geralmente nos meios
de comunicação de massa: revistas, jornais, rádio, te- 6. Todo texto é escrito com o objetivo de comunicar
levisão e internet. Ainda podem ser encontrados, por algo aos seus leitores. O Texto I foi escrito com qual
exemplo, em panfletos, outdoors, faixas ou cartazes na objetivo?
rua, no ônibus. A principal característica desse tipo de O Texto I foi escrito com o objetivo de divulgar o Dia
texto é o convencimento, a persuasão do consumidor Mundial da Água (22 de março).
para a compra de um produto ou serviço. Assim, os pu-
blicitários, isto é, aqueles que produzem os “anúncios 7. Qual é a principal informação do Texto I?
publicitários”, utilizam diversas ferramentas discursi- A principal informação é mostrar que sem água não
vas, como linguagem simples, humor, uso de imagem. existe vida no mundo.
Descreva o que você vê no Texto I e no Texto II.
Espera-se o(a) estudante perceba os seguintes pontos: 8. O Texto I consegue convencer/persuadir o leitor?
No texto I, predomina a cor azul em vários tons, a ima- Justifique.
gem de duas mãos aparando a imagem de uma provável Espera-se que o(a) estudante responda que sim e justi-
“gota” d’água. Dentro da gota d’água, é possível inferir fique argumentando que, além das imagens, das cores,
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o texto traz a mensagem escrita e esse aspecto torna o 13. No trecho: “...como ficar sem o WhatsApp, por
texto mais persuasivo (ferramenta discursiva). exemplo.”, o operador argumentativo por exemplo
com a finalidade de mostrar ao interlocutor as possibi-
9. O verbo é uma palavra que exprime ação, estado, lidades que ele terá ao adquirir o produto, estabelece
mudança de estado, fenômeno da natureza, desejo, uma relação de
ocorrência. O verbo “haver” quando tem sentido de
(A) adição. (D) explicação.
“existir”, “acontecer”, realizar-se”, “fazer” (em orações
temporais), é impessoal. Por isso, sempre precisa ficar (B) condição. (E) exemplificação.
na 3ª pessoa do singular. Retire do trecho: “Sem água (C) conclusão.
não há vida!”, o verbo que pode ser substituído por Gabarito E.
“existir”, sem alterar o sentido.
O verbo é: ‘há’. 14. No texto em análise predomina a linguagem
( ) verbal ( ) não verbal
10. Construa um comentário, justificando por que to-
( ) verbal e não verbal (mista).
dos os organismos vivos na Terra dependem da água
para sustentar sua existência. No texto predomina a linguagem verbal e não verbal,
ou seja, mista.
Resposta pessoal.
15. Por meio da linguagem, também realizamos dife-
Leia o texto. rentes ações: tentamos convencer o outro a fazer (ou
dizer) algo, transmitimos informações, ordenamos,
Texto III pedimos, demonstramos sentimentos, assumimos
compromissos, construímos representações mentais
sobre o mundo, enfim, pela linguagem organizamos o
nosso dia a dia, a nossa vida... Nos anúncios publicitá-
rios, geralmente, predomina uma função da linguagem
que busca transmitir uma mensagem com o objetivo de
persuadir/convencer o interlocutor a aceitar uma ideia,
ou vender um produto. Que função é esta?
(A) Função referencial ou denotativa: o foco da men-
sagem é na informação, nesse caso, a intenção é
transmitir ao interlocutor dados da realidade de uma
forma direta e objetiva, priorizando as palavras em-
pregadas em seu sentido real/denotativo.
(B) Função poética: a intenção do produtor do texto
está voltada para a construção da mensagem, priori-
zando uma linguagem mais elaborada com elemen-
tos expressivos, como a sonoridade, o ritmo, os sen-
Disponível em: https://revistas.unipam.edu.br/index.php/cratilo/article/view/3894/1450. Acesso em: 9 fev. 2024.
tidos conotativos.
11. Nesse anúncio publicitário, é possível perceber (C) Função conativa (apelativa): quando a intenção
uma afirmação que, além de resumir o que está sendo do produtor da mensagem é influenciar, envolver, o
dito, posteriormente, segura a atenção e o foco do lei- destinatário, nesse caso, a mensagem se organiza em
tor. Transcreva do texto essa afirmação. forma de chamamento, apelo, súplica, ordem, obje-
tivando convencer/persuadir o leitor a aceitar uma
A afirmação é: “Quem tem Hero garante uma vida digi- ideia, comprar um produto.
tal tranquila e sem surpresas:”
(D) Função Fática: a preocupação do emissor é man-
12. As estratégias argumentativas são mecanismos ter o contato com o interlocutor, abrindo, ou prolon-
essenciais, pois contribuem para que sejam mais bem gando um canal de comunicação com frases, como
organizadas as ideias/argumentos no texto e assim, “Veja bem...” ou “Entende?”.
persuadir/convencer o leitor. No trecho: ‘Quem tem (E) Função metalinguística: quando a preocupação
Hero garante uma vida digital tranquila e sem surpre- do emissor está voltada para o próprio código, ou
sas:’, a construção desse anúncio é uma estratégia de seja, o código da língua portuguesa é o tema da men-
argumentação. Por quê? sagem. Em alguns casos, utiliza-se a língua para expli-
É uma estratégia de argumentação, pois deixa claro car a própria língua.
para o consumidor as vantagens do aplicativo. Gabarito C.
aprendam de modo efetivo, é fundamental observar as 18. O anúncio publicitário elaborado pelo Ministério
intenções / repetições / retomadas propositais a servi- Público da Bahia chama a atenção para o racismo, um
ço do desenvolvimento do processo de ensino e apren- tema necessário e atual na sociedade brasileira. Ainda
dizagem da língua / linguagem. que polêmico, é de grande relevância a discussão e cir-
culação desse assunto, seja em formatos tradicionais,
Caro(a) estudante, continuamos juntos(as) para
seja nas mídias (redes sociais). Considerando as carac-
aprender cada vez mais! Nestas atividades, vamos
terísticas do gênero anúncio publicitário, o texto em
avançar um pouco mais nos nossos conhecimentos.
estudo, tem a finalidade de
Vamos lá?
(A) noticiar um fato.
(B) promover uma ideia.
(C) relatar um acontecimento.
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Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde visa (D) orientar sobre os exercícios para uma boa ama-
mentação.
(A) divulgar um conjunto de benefícios proporciona-
dos pela amamentação. (E) informar sobre o aumento de anticorpos nas
mães.
(B) apresentar tratamentos para infecções respira- Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 15 fev. 2024.
vez milhões de anos para se processarem” em outras longo do texto. A que classe gramatical essa palavra
circunstâncias, diz ele. pertence? Justifique.
Ribeiro explica que o convite para ingressarem no A palavra ‘intensa’ foi utilizada no título para mos-
projeto se deveu à expertise dos pesquisadores do La- trar como a urbanização é forte, excessiva a ponto
boratório de Ecologia Espacial e Conservação (LEEC), de causar grandes problemas no Planeta Terra, o que
que ele coordena, na área de ecologia. Integrante do é compreendido ao longo do texto. A palavra ‘intensa
grupo de pesquisa do câmpus de Rio Claro e coautor ’pertence à classe dos adjetivos que são palavras que
do artigo, o pós-doutorando João Carlos Pena foi o se juntam a uma outra classe, como substantivos, pro-
responsável por liderar os trabalhos junto à rede base- nomes entre outros para, geralmente, acrescentar-lhes
ada no Canadá. (…) noções de qualidade/defeito, natureza, estado etc.
Trecho de reportagem do Jornal da Unesp.
Disponível em: https://jornal.unesp.br/2022/03/18/urbanizacao-intensa-ja-afeta-evolucao-de-organismos-na-terra/. Acesso em: 7. A construção do título nesse texto pode ser conside-
18 fev. 2024.
rada um recurso persuasivo? Justifique.
2. A reportagem é um gênero jornalístico informativo, A construção do título pode ser considerada um re-
no qual o autor apresenta um tratamento mais apro- curso persuasivo, pois além de antecipar aspectos do
fundado a um determinado assunto/tema, dando voz problema que será discutido, faz uso de palavras-chave
a outras pessoas e instituições que podem apresentar que causam um certo impacto e desperta a atenção do
explicando as circunstâncias, causas e consequências. leitor para algo que ‘afeta’, ou seja, que prejudica a evo-
Alguns elementos que marcam esse gênero são: o tem- lução do que existe na Terra enquanto Planeta. Pelo
po, a construção de possíveis personagens, a citação título, o leitor sente convencido a ler o texto.
de falas, porém, tantos esses elementos, quanto a “lin-
8. No segundo parágrafo, a que conclusão chegaram os
guagem” podem variar de acordo com o público, o tema
pesquisadores da Unesp?
abordado e o veículo (meio de divulgação). O principal
objetivo do texto em estudo é Os pesquisadores da Unesp chegaram à conclusão que
o processo de urbanização está impulsionando a evolu-
(A) relatar. (D) informar.
ção de uma espécie de planta.
(B) criticar. (E) descrever.
(C) instruir.
Gabarito D. GRUPO DE ATIVIDADES
cerca de 56,6% das horas acordadas em frente a telas, O que comprova / retoma o tema do texto é: “No Brasil, as
ou seja, cerca de nove horas do dia. Em primeiro lugar pessoas passam aproximadamente 16 horas do dia acor-
do ranking estão os sul-africanos, que passam 58,2% dadas” / “...mais da metade desse tempo é destinado ao
acordados usando o computador ou um smartphone. uso de smartphones e computadores.” / “...o Brasil é o se-
Ainda segundo a plataforma, uma possível expli- gundo país com mais pessoas em frente a uma tela.” / “São
cação para esse tempo poderia estar ligada ao cresci- cerca de 56,6% das horas acordadas em frente a telas, ou
mento dos serviços de streaming on-line, com dados seja, cerca de nove horas do dia.” / “...dados revelando que
revelando que 64% dos usuários brasileiros de smar- 64% dos usuários brasileiros de smartphones são assinan-
tphones são assinantes de serviços como Netflix, tes de serviços como Netflix, Apple TV ou Prime Vídeo
Apple TV ou Prime Vídeo da Amazon. da Amazon.” / “ o uso excessivo de aparelhos eletrônicos
pode ocasionar prejuízos de grande impacto para a saúde
[...]
física e mental das pessoas” / “...uma série de fatores que
Apesar dos inúmeros benefícios atrelados à tecno- levam a um desequilíbrio nas situações de trabalho, entre
logia, tanto para o desenvolvimento econômico quanto os aspectos pessoais e profissionais.” / “Não é de hoje que
social do País, com o aumento de conexões e possibili- os especialistas alertam para o mal à saúde que o uso ex-
dades, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode cessivo da tecnologia pode causar.” / “ quanto maior “...o
ocasionar prejuízos de grande impacto para a saúde uso excessivo de tela, maior a ansiedade, como também
física e mental das pessoas, e também trazer percep- quanto maior ansiedade, maior o uso excessivo de tela...”
ções sobre para onde e como o País está caminhando / “O uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode decorrer
em seu desenvolvimento socioeconômico. dos perigos do cenário que vivenciamos...”
[...]
Produtividade em questão 16. O texto em estudo é uma notícia ou uma reporta-
gem? Justifique.
Para o professor de Psicologia Social Sérgio Kodato,
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão O texto em estudo é uma reportagem, pois apresenta
Preto (FFCLRP) da USP, a tecnologia é extremamente um conteúdo informativo, prevalecendo a objetividade
favorável para efeitos do desenvolvimento do País. No do texto. É um texto jornalístico e tem a principal fun-
entanto, ele apresenta uma série de fatores que levam ção de trazer uma informação, porém com abertura
a um desequilíbrio nas situações de trabalho, entre os para opiniões / argumentos.
aspectos pessoais e profissionais.
17. O título dos textos, geralmente, é uma síntese de
[...]
alguns aspectos do texto cuja função é estratégica e
Cuidados com a saúde articuladora, pois nomeia o texto após sua produção,
Não é de hoje que os especialistas alertam para o pode sugerir sentidos, despertar o interesse do leitor
mal à saúde que o uso excessivo da tecnologia pode para conhecer o tema, pode estabelecer vínculos com
causar. Em seu último mapeamento de transtornos informações textuais e extratextuais, enfim, pode con-
mentais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reve- tribuir, em muitos casos, com o entendimento do texto.
lou que o Brasil possui a população com maior preva- Na construção do título: “Brasileiros passam em média
lência de transtorno de ansiedade do mundo e isso não 56% do dia em frente às telas de smartphones e com-
é uma coincidência. putadores”, o que foi utilizado como comprovação com
De acordo com Tatiane, o tempo de tela e a ansie- a intenção de convencer o leitor a ler o texto e conhe-
dade possuem uma relação positiva, ou seja, quanto cer o tema? Justifique retomando as características do
maior o uso excessivo de tela, maior a ansiedade, como gênero reportagem.
também quanto maior ansiedade, maior o uso excessi- Na construção do título, o que foi utilizado para convencer
vo de tela. “O uso excessivo de aparelhos eletrônicos e chamar a atenção do leitor foi o dado ‘56%’ que compro-
pode decorrer dos perigos do cenário que vivenciamos, va que os brasileiros ficam muito tempo frente às telas de
como o medo de ser assaltado, dificuldade financeira, o smartphones e computadores. O gênero reportagem é
que pode favorecer ainda mais o isolamento social.” uma modalidade de texto que pertence ao universo jorna-
[...] lístico e sua principal função é informar utilizando “elemen-
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/brasileiros-passam-em-media-56-do-dia-em-frente-as-telas-de-smartfones-com- tos” de comprovação.
putadores/. Acesso em: 18 de fev. 2024.
Estudante, para chegar à resposta da questão (A) estimular a substituição dos antigos aparelhos de TV.
112 (Enem), além da leitura analítica do texto, é (B) contemplar os desejos individuais com recursos
fundamental considerar o enunciado: “ O texto de ponta.
introduz uma reportagem a respeito do futuro da (C) transformar a televisão no principal meio de
televisão, destacando que as tecnologias a ela in- acesso às redes sociais.
corporadas serão responsáveis por” – considere (D) renovar técnicas de apresentação de programas
palavras/expressão-chave: ‘introduz uma repor- e de captação de imagens.
tagem’ / ‘futuro da televisão’ / ‘as tecnologias’ /
(E) minimizar a importância dessa ferramenta como
‘responsáveis’. Considere no texto, os recursos
meio de comunicação de massa.
tecnológicos apresentados e ideias-chave como: “... Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2014/CAD_ENEM_2014_DIA_2_07_AZUL.pdf. Acesso
ela permite assistir ao que você quer, quando quer.” em 07 de mar. 2024.
Gabarito B.
CAMPO DA VIDA PÚBLICA - SEMANAS 3 E 4
Prática de Oralidade/Leitura
OBJETOS DE Gênero discursivo / textual: Artigo de Divulgação Científica
CONHECI- Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto./ Construção composicional e estilo./ Estratégia de leitu-
MENTO ra: apreender os sentidos globais do texto.
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens,
para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
HABILIDADES
DCGOEM (EM13LP31) Compreender criticamente textos de divulgação científica orais, escritos e multissemióticos de diferen-
tes áreas do conhecimento, identificando sua organização tópica e a hierarquização das informações, identificando e
descartando fontes não confiáveis e problematizando enfoques tendenciosos ou superficiais.
(EF69LP29-B) Analisar os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguísticas características dos
HABILIDADES
DC GO - gêneros de divulgação científica, de forma a ampliar as possibilidades de compreensão (e produção) desses gêneros.
AMPLIADO (EF69LP34-B) Possibilitar uma maior compreensão do texto e a sistematização de conteúdos e informações.
PARA RECOM- (EF69LP38-C) Proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do pla-
POSIÇÃO
nejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.
MATRIZ SAEB D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6 - Identificar o tema de um texto.
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas
palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as possi-
bilidades de construção de sentidos e de uso crítico de língua.
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo
que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais que
operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou ora-
ções adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso
de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo adequa-
do desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção.
(EF69LP42-B) Reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estra-
HABILIDADES tégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem,
DC GO - como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de
AMPLIADO vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos
PARA RECOM- nesses gêneros.
POSIÇÃO (EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções conjuntivas) co-
ordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros./ D6 - Identificar o tema de um texto. / D13 - Identificar
as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. / D1 - Localizar informações explícitas
MATRIZ SAEB
em um texto. / D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc.
/ D21 - Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
7. O título do texto de divulgação científica faz referên- 11. Na construção dos textos, desenvolver a coesão /
cia a um acontecimento, estabelecendo uma relação coerência e a progressão das ideias, é uma necessidade,
de intertextualidade. Qual é esse acontecimento? pois as ideias do texto precisam ter sentido e estarem
conectadas umas às outras. No trecho: “No intervalo de
Esse acontecimento foi a teoria do "Big Bang" que ex-
um piscar de olhos, por exemplo, seria possível, portan-
plica o surgimento do Universo.
to, que ocorressem mais de 10 trilhões de Big Bangs.”, as
8. A referência a outros textos, de maneira integral ou expressões: ‘por exemplo’ e ‘portanto’, foram utilizadas,
parcial é uma “intertextualidade”. Nos textos científi- respectivamente, para estabelecer uma relação de
cos, como o artigo de divulgação científica, é comum (A) causa e explicação.
a utilização de referências a outros textos. Essa refe- (B) adição e conclusão.
rência pode aparecer como citação direta (marcada (C) oposição e condição.
pelas aspas), ou indireta / parafraseada, isto é, a “ideia”
(D) explicação e concessão.
escrita com as nossas palavras). Considerando o texto
(fragmento), observa-se uma informação direcionada (E) exemplificação e conclusão.
ao leitor mostrando que o Big Bang não foi uma explo- Gabarito E.
são, mas sim uma expansão de matéria e energia. Esse
aspecto é evidenciado no intertexto sintetizado no tí- GRUPO DE ATIVIDADES
tulo, predominantemente, por meio de / do
( ) um jogo de palavras. Semana 4 - Maio
( ) uso de dois substantivos.
( ) uso da expressão “do que.” SISTEMATIZANDO
Por meio de um jogo de palavras. os conhecimentos
9. Retire do texto um trecho que apresenta a infor- Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
mação principal sobre o assunto científico abordado.
Sublinhe as palavras / expressões-chave que indicam Estudante, o artigo de divulgação científica que
esse assunto e, em seguida, justifique o que comprova, você vai ler agora foi produzido por um biólogo e
no texto, que essa informação apresentada é científica. professor. No texto, a temática é apresentada em
A informação principal é: “Pesquisadores do Centro de tom de curiosidade, mas sem perder o caráter infor-
Astrofísica Harvard-Smithsonian revelaram ter obti- mativo. Por meio desse texto, o leitor vai perceber
do a mais forte evidência até agora de que o universo que, ainda que ele não goste de baratas, elas são im-
em que vivemos começou mesmo pelo Big Bang, mas portantes para o equilíbrio do ecossistema. Vamos
este não foi explosão, e sim uma súbita expansão de conferir lendo o texto?
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
19
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da Educação
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próprios da área científica para não criar problemas de (A) causa e explicação.
compreensão. Na contextualização, é muito importan- (B) oposição e condição.
te que as pessoas compreendam como o assunto apre-
(C) finalidade e proporção.
sentado está presente no dia a dia e conectado à vida.
Transcreva do texto, em estudo, alguns trechos que (D) acréscimo e conclusão.
justificam essa afirmação. (E) concessão e consequência.
“Após se deparar com uma barata, muitas pessoas en- Gabarito D.
tram em pânico...” / “... é possível que você, algum fami-
liar ou conhecido já tenham pensado em como seria bom 18. De algum modo, o enunciador (emissor da mensa-
acabar com todas as baratas do mundo.” / “De primeira, gem) revela alguma atitude relativa ao conteúdo da-
pode até parecer que sim...” / “Bom, não dá para chamar quilo que ele enuncia e mesmo de forma “encoberta”,
estes insetos exatamente de bonitos e fofos, mas eles esse enunciador deixa posicionamentos sugeridos,
são muito importantes.” / “Para começo de conversa...” subentendidos para influenciar o leitor (receptor da
mensagem). E nessas situações comunicativas, há in-
15. Todo texto é escrito a partir de uma tema / assunto tenções de evidenciar, “certeza”, “dúvida”, “probabilida-
e com um objetivo para atender às diversas “situações de”, “obrigatoriedade”, “proibição”, algum “sentimento”
de comunicação”. Por isso, escolhemos algum gênero entre outros. No trecho: “Nesse momento, é possível
textual para falar sobre algum assunto. Por exemplo, que você, algum familiar ou conhecido já tenham pen-
quando queremos informar sobre um acontecimen- sado em como seria bom acabar com todas as baratas
to (real) escrevemos uma “notícia”, se quisermos falar do mundo.”, na expressão destacada predomina
sobre situações inusitadas do dia a dia , podemos es- ( ) dúvida ( ) obrigatoriedade
crever uma crônica, por exemplo. Se a necessidade, em ( ) probabilidade ( ) subjetividade
uma situação comunicativa, for difundir um conheci-
Predomina a probabilidade.
mento científico transmitindo informações importan-
tes para a sociedade, escrevemos um / uma
(A) editorial. De olho no Enem!
(B) reportagem.
(C) carta ao leitor.
Estudante, para chegar à resposta da questão
(D) artigo de opinião. 125 (Enem), além da leitura analítica do texto, é fun-
(E) artigo de divulgação científica. damental considerar o enunciado: “ Frequentemen-
Gabarito E. te circulam na mídia textos de divulgação científica
que apresentam informações divergentes sobre um
16. Retire do texto exemplos de palavras / expressões mesmo tema. Comparando os dois textos, constata-
/ trechos que predominam o vocabulário técnico / es- -se que o Texto II contrapõe-se ao I quando” – re-
pecializado / científico. flita sobre o emprego de palavras/expressão-chave
Exemplos de aspectos do vocabulário técnico / espe- como: ‘textos de divulgação científica’/ ‘informa-
cializado / científico: ções divergentes’ / ‘tema’. Veja o que informa o Tex-
“infestação” / “...5 mil espécies diferentes de baratas, to I e o questionamento do Texto II.
que pertencem à ordem Blattodea.” / “...espécies com
apenas alguns milímetros até as maiores, que podem 19. QUESTÃO 125 – (ENEM - 2013)
chegar a cerca de 10 cm de comprimento (que ocorrem
na Austrália).” / “...ambientes silvestres...” / “...ecossiste- TEXTO I
mas urbanos...” / “...desequilíbrio no ecossistema...” / “... É evidente que a vitamina D é importante — mas
na decomposição desses animais devolvendo os nu- como obtê-la? Realmente, a vitamina D pode ser pro-
trientes presentes nesses cadáveres ao ecossistema...” duzida naturalmente pela exposição à luz do sol, mas
/ “...nas populações dos seus predadores...” / “...ricas em ela também existe em alguns alimentos comuns. Entre-
gorduras e carboidratos, e também uma ótima fonte de tanto, como fonte dessa vitamina, certos alimentos são
cálcio...” / “...biodiversidade...” melhores do que outros. Alguns possuem uma quanti-
dade significativa de vitamina D, naturalmente, e são
17. No trecho: “Além disso, são presas de animais como alimentos que talvez você não queira exagerar: man-
lacraias, aranhas, escorpiões, aves, ratos e morcegos. teiga, nata, gema de ovo e fígado.
Por isso, o desaparecimento das baratas causaria um Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
mente uma vitamina? Está presente nas comidas que (A) comprova cientificamente que a vitamina D não
os humanos normalmente consomem? Embora exista é uma vitamina.
em algum percentual na gordura do peixe, a vitamina (B) demonstra a verdadeira importância da vitamina
D não está em nossas dietas, a não ser que os humanos D para a saúde.
artificialmente incrementem um produto alimentar,
(C) enfatiza que a vitamina D é mais comumente produ-
como o leite enriquecido com vitamina D. A natureza
zida pelo corpo que absorvida por meio de alimentos.
planejou que você a produzisse em sua pele, e não a co-
locasse direto em sua boca. Então, seria a vitamina D (D) afirma que a vitamina D existe na gordura dos
realmente uma vitamina? peixes e no leite, não em seus derivados.
Disponível em: www.umaoutravisao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012. (E) levanta a possibilidade de o corpo humano produ-
Frequentemente circulam na mídia textos de divulga- zir artificialmente a vitamina D.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2013/dia2_caderno6_cinza.pdf. Acesso em 26 de fev.
ção científica que apresentam informações divergen- 2024.
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para
fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.
(EM13LP51) Selecionar obras do repertório artístico-literário contemporâneo à disposição segundo suas predileções, de
modo a constituir um acervo pessoal e dele se apropriar para se inserir e intervir com autonomia e criticidade no meio cultural.
HABILIDADES
DCGOEM (EM13LP52) Analisar obras significativas das literaturas brasileiras e de outros países e povos, em especial a portuguesa,
a indígena, a africana e a latino-americana, com base em ferramentas da crítica literária (estrutura da composição, estilo,
aspectos discursivos) ou outros critérios relacionados a diferentes matrizes culturais, considerando o contexto de pro-
dução (visões de mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais etc.) e o modo como
dialogam com o presente.
(EF69LP44-A) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo em textos literários.
(EF69LP44-B) Reconhecer, em textos literários, formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades
HABILIDADES e culturas, considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
DC GO -
AMPLIADO (EF69LP47-B) Perceber como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco
PARA RECOM- narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico,
POSIÇÃO das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto, indireto e indireto livre), do uso de pontu-
ação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais
próprios a cada gênero narrativo.
MATRIZ SAEB D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto.
(EF69LP54-B) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação,
HABILIDADES metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decor-
DC GO - rentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subor-
AMPLIADO dinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços,
PARA RECOM- tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
POSIÇÃO (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articulado-
res textuais).
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D6-Identificar o tema de um texto. / D10 - Identificar
o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa./ D15 - Estabelecer relação lógico/discursiva
MATRIZ SAEB presente no texto, marcada por conjunções, advérbios etc. / D18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da esco-
lha de uma determinada palavra ou expressão./ D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. / D19- Reconhecer
o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
parte de quem morreu sobre aquele que anda firme na 3. Quando se pensa na produção de “textos narra-
vida, anulando neste a capacidade de resistir à presença, tivos”, é fundamental atentar-se para o fato de que o
ao contato ou à simples suspeita da aproximação daque- “enredo”, ou seja, a “história completa”, deve ser a “re-
le. Daí as inibições físicas e psíquicas, incontroladas, mes- criação da realidade” e não uma “reprodução da reali-
mo quando se trata de pessoas queridas que já se foram. dade”. Para que aconteça essa recriação, a narrativa,
O pavor domina o vivo obliterando todo o meca- ao ser construída, precisa de elementos característicos
nismo do raciocínio e da capacidade de indagação e e essenciais, dentre eles, os principais são: “enredo” - a
pesquisa esclarecedora do sobrenatural quando este sequência de acontecimentos da história / “narrador”
se apresenta espontaneamente. Falta aos mais deste- - a voz que conta a história / “personagem” - quem
midos e temerários a coragem de perguntar, de inque- participa da história / “lugar / espaço” - onde as ações
rir. Nem os descrentes e corajosos e afoitos se sentem acontecem / “tempo” - quando as ações acontecem./
com a coragem de fazer perguntas ou indagar qualquer “desfecho” - solução para o conflito. No texto “Medo”,
coisa quando o caso se apresenta. Desse modo, medo um homem (personagem da história), que precisava se-
obscuro, profundo e selvagem que a criatura não con- guir viagem “aceitou viajar na coberta com os volumes
seguiu disciplinar, surgem os casos trágicos, cômicos e e o caixão vazio.”, pois estava
humorísticos acontecidos com alguns mortos aparen- ( ) cansado de viajar.
tes que tornaram a vida e até mesmo, a simples aparên- ( ) com medo da estrada.
cia, suposição e engano, ligados à ideia da morte.
( ) começando a chover forte.
Viajava uma jardineira, expresso ou perua, como
Estava começando a chover forte.
se diz, de Goiânia para Goianápolis. Levava na coberta,
entre malas e trouxas, um caixão vazio de defunto, des- 4. Os segmentos físicos que servem de cenário durante
tinado para uma pessoa falecida naquele distrito. o desenrolar das ações, movimentos das personagens
Logo adiante na estrada, um homem parado dá si- durante a narrativa constituem o “espaço / lugar.” No
nal e a perua para. conto “Medo”, em qual lugar se passam os aconteci-
Dentro, tudo cheio. O homem que precisava de se- mentos, fatos da história narrada?
guir sua viagem aceitou viajar na coberta com os volu- O espaço / lugar é de Goiânia para Goianápolis.
mes e o caixão vazio. Subiu. O tempo tinha se fechado
para chuva e logo começou a pingar grosso. O sujeito 5. Uma narrativa pode ser pensada, estruturada con-
em cima achou que não seria nada demais ele entrar siderando uma “situação inicial que caminha para uma
dentro do caixão e ali se defender da chuva. Pensou e situação final.” No conto, por exemplo, as transforma-
melhor fez. Entrou, espichou bem as pernas, ajeitou a ções / ações decorrem do surgimento de um ‘conflito’
cabeça na almofadinha que ia dentro, puxou a tampa e, entre as personagens. O ‘conflito’ é um elemento que
bem confortado, ouvia a chuva cair. está dentro do “enredo” e que rompe o equilíbrio da si-
Mais adiante, dois outros esperavam condução. tuação inicial por causa das atitudes de alguma perso-
Deram sinal e a perua parou de novo: os homens subi- nagem ou de um acontecimento. O conflito movimenta
ram a escadinha e se acocoraram no alto. Iam conver- as ações do texto. No conto “Medo”, quando esse con-
sando e molhados com a chuva fina e insistente. flito tem início? Explique.
Passado algum tempo o que ia resguardado escu- O conflito tem início quando o homem, que pediu carona,
tando a conversa ali em cima levantou devagarinho a entra dentro do caixão vazio para se defender da chuva.
tampa do caixão e perguntou de dentro, só isto: “Com-
panheiro, será que a chuva já passou?”. Foi um salto só, 6. O “conflito” na narrativa é o momento em que o equi-
que os dois embobados fizeram do coletivo correndo. líbrio se rompe e as ações se desenvolvem até chegar
a um “clímax”, mais um elemento do enredo, que é o
Um quebrou a perna, o outro partiu braços e cos- (ponto máximo de tensão resultante das ações / trans-
telas e ficaram ambos estatelados do susto e sem fala, formações vividas pelas personagens da história). No
na estrada. conto “Medo”, qual é o ‘clímax’, isto é, o momento de
Cora Coralina. In. Medos e assombrações.
maior tensão que balança a história?
O ponto de maior tensão foi quando o homem (per-
2. O título pode fisgar o leitor e ajudá-lo na intuição
sonagem) levantou devagarinho a tampa do caixão e
de sentidos, levantamento de hipóteses, por exemplo.
perguntou se a chuva já tinha passado, as outras perso-
Pode despertar no leitor desejo de ler / conhecer o
nagens se assustam e saem correndo.
texto. Leia o título do conto da escritora Cora Coralina
e escreva alguns sentimentos, sensações, emoções que 7. A construção de um ‘enredo’, ou seja, da sequência
esse título pode despertar. de acontecimentos na história, exige também a presen-
Eis alguns exemplos: pavor, temor, receio, ameaça, susto. ça da “solução do conflito”, isto é, o “desfecho” (elemen-
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Leia o texto. fora, outra que olha de fora para entro....[...] A alma ex-
terior pode ser um espírito, um fluido, um homem, mui-
Texto II
tos homens, um objeto, uma operação. Há casos, por
O espelho exemplo, em que um simples botão de camisa é a alma
Esboço de uma nova teoria da alma humana exterior de uma pessoa; - e assim também a polca, o
Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite, voltarete, um livro, uma máquina, um par de botas, uma
várias questões de alta transcendência, sem que a dis- cavatina, um tambor, etc. Está claro que o ofício des-
paridade dos votos trouxesse a menor alteração aos sa segunda alma é transmitir a vida, como a primeira;
espíritos. A casa ficava no morro de Santa Teresa, a as duas completam o homem, que é, metafisicamente
sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se falando, uma laranja. Quem perde uma das metades,
misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a perde naturalmente metade da existência; e casos há,
cidade, com as suas agitações e aventuras, e o céu, em não raros, em que a perda da alma exterior implica a
que as estrelas pestanejavam, através de uma atmos- da existência inteira. Shylock, por exemplo. A alma ex-
fera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou terior aquele judeu eram os seus ducados; perdê-los
cinco investigadores de coisas metafísicas, resolvendo equivalia a morrer. "Nunca mais verei o meu ouro, diz
amigavelmente os mais árduos problemas do universo. ele a Tubal; é um punhal que me enterras no coração."
Vejam bem esta frase; a perda dos ducados, alma exte-
Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram
rior, era a morte para ele. Agora, é preciso saber que a
quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala
alma exterior não é sempre a mesma...
um quinto personagem, calado, pensando, cochilando,
cuja espórtula no debate não passava de um ou outro - Não?
resmungo de aprovação. Esse homem tinha a mesma - Não, senhor; muda de natureza e de estado. Não
idade dos companheiros, entre quarenta e cinquen- aludo a certas almas absorventes, como a pátria, com
ta anos, era provinciano, capitalista, inteligente, não a qual disse o Camões que morria, e o poder, que foi a
sem instrução, e, ao que parece, astuto e cáustico. alma exterior de César e de Cromwell. São almas enér-
Não discutia nunca; e defendia-se da abstenção com gicas e exclusivas; mas há outras, embora enérgicas, de
um paradoxo, dizendo que a discussão é a forma po- natureza mudável. Há cavalheiros, por exemplo, cuja
lida do instinto batalhador, que jaz no homem, como alma exterior, nos primeiros anos, foi um chocalho ou
uma herança bestial; e acrescentava que os serafins e um cavalinho de pau, e mais tarde uma provedoria de
os querubins não controvertiam nada, e, aliás, eram a irmandade, suponhamos. Pela minha parte, conheço
perfeição espiritual e eterna. Como desse esta mesma uma senhora, - na verdade, gentilíssima, - que muda de
resposta naquela noite, contestou-lha um dos presen- alma exterior cinco, seis vezes por ano. Durante a esta-
tes, e desafiou-o a demonstrar o que dizia, se era capaz. ção lírica é a ópera; cessando a estação, a alma exterior
Jacobina (assim se chamava ele) refletiu um instante, e substitui-se por outra: um concerto, um baile do Cassi-
respondeu: no, a rua do Ouvidor, Petrópolis...
- Pensando bem, talvez o senhor tenha razão. - Tinha vinte e cinco anos, era pobre, e acabava de
Vai senão quando, no meio da noite, sucedeu que ser nomeado alferes da Guarda Nacional. Não imagi-
este casmurro usou da palavra, e não dois ou três minu- nam o acontecimento que isto foi em nossa casa. Minha
tos, mas trinta ou quarenta. A conversa, em seus mean- mãe ficou tão orgulhosa! tão contente! Chamava-me o
dros, veio a cair na natureza da alma, ponto que dividiu seu alferes. Primos e tios, foi tudo uma alegria sincera
radicalmente os quatro amigos. Cada cabeça, cada e pura. Na vila, note-se bem, houve alguns despeita-
sentença; não só o acordo, mas a mesma discussão tor- dos; choro e ranger de dentes, como na Escritura; e o
nou-se difícil, senão impossível, pela multiplicidade das motivo não foi outro senão que o posto tinha muitos
questões que se deduziram do tronco principal e um candidatos e que esses perderam. Suponho também
pouco, talvez, pela inconsistência dos pareceres. Um que uma parte do desgosto foi inteiramente gratuita:
dos argumentadores pediu ao Jacobina alguma opi- nasceu da simples distinção. Lembra-me de alguns ra-
nião, - uma conjetura, ao menos. pazes, que se davam comigo, e passaram a olhar-me de
revés, durante algum tempo. Em compensação, tive
- Nem conjetura, nem opinião, redargüiu ele; uma ou
muitas pessoas que ficaram satisfeitas com a nomea-
outra pode dar lugar a dissentimento, e, como sabem,
ção; e a prova é que todo o fardamento me foi dado por
eu não discuto. Mas, se querem ouvir-me calados, pos-
amigos... Vai então uma das minhas tias, D. Marcolina,
so contar-lhes um caso de minha vida, em que ressalta
viúva do Capitão Peçanha, que morava a muitas léguas
a mais clara demonstração acerca da matéria de que se
da vila, num sítio escuso e solitário, desejou ver-me, e
trata. Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...
pediu que fosse ter com ela e levasse a farda. [...] Acha-
- Duas? va-me um rapagão bonito. Como era um tanto patusca,
- Nada menos de duas almas. Cada criatura humana chegou a confessar que tinha inveja da moça que hou-
traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para vesse de ser minha mulher. Jurava que em toda a pro-
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víncia não havia outro que me pusesse o pé adiante. E derramadas e inacabadas, uma nuvem de linhas soltas,
sempre alferes; era alferes para cá, alferes para lá, alfe- informes, quando tive o pensamento... Não, não são ca-
res a toda a hora. Eu pedia-lhe que me chamasse João- pazes de adivinhar.
zinho, como dantes; e ela abanava a cabeça, bradando - Mas, diga, diga.
que não, que era o "senhor alferes". Um cunhado dela,
- Lembrou-me de vestir a farda de alferes. Vesti-a,
irmão do finado Peçanha, que ali morava, não me cha-
aprontei-me de todo; e, como estava defronte do es-
mava de outra maneira. Era o "senhor alferes", não por
pelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidro
gracejo, mas a sério, e à vista dos escravos, que natural-
reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de
mente foram pelo mesmo caminho. Na mesa tinha eu o
menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o al-
melhor lugar, e era o primeiro servido. Não imaginam.
feres, que achava, enfim, a alma exterior.
[...] Se lhes disser que o entusiasmo da tia Marcolina che-
gou ao ponto de mandar pôr no meu quarto um grande [...]
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000240.pdf. Acesso em 29 de fev. 2024.
espelho, obra rica e magnífica, que destoava do resto da
casa, cuja mobília era modesta e simples... Era um es-
Vocabulário:
pelho que lhe dera a madrinha, e que esta herdara da
espórtula: auxílio, esmola, ajuda
mãe, que o comprara a uma das fidalgas vindas em 1808
cáustico: corrói tecidos orgânicos
com a corte de D. João VI. Não sei o que havia nisso de abstenção: recusa, repúdio
verdade; era a tradição. O espelho estava naturalmen- bestial: animalesco
te muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro, comido em casmurro: teimoso, obstinado
parte pelo tempo, uns delfins esculpidos nos ângulos meandros: voltas
superiores da moldura, uns enfeites de madrepérola e conjetura: suposição
redargüiu: replicou
outros caprichos do artista. Tudo velho, mas bom... polca: dança
- Espelho grande? voltarete: jogo de cartas
cavatina: peça instrumental
- Grande. E foi, como digo, uma enorme fineza,
alferes: patente de oficial abaixo de tenente
porque o espelho estava na sala; era a melhor peça patusca: divertido, brincalhão
da casa. Mas não houve forças que a demovessem do fidalgas: pertencente a nobreza
propósito; respondia que não fazia falta, que era só por obséquios: favores
algumas semanas, e finalmente que o "senhor alferes"
merecia muito mais. O certo é que todas essas coisas,
carinhos, atenções, obséquios, fizeram em mim uma Estudante, o conto de Machado de Assis, “O es-
transformação, que o natural sentimento da mocidade pelho”, subintitulado de modo irônico de “Esboço de
ajudou e completou. Imaginam, creio eu? uma nova teoria da alma humana”, é um conto literá-
- Não. rio e filosófico que discute o processo de formação
da identidade de cada indivíduo e a relação entre
- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias
subjetividade / sentimentalismo e vida pessoal, mos-
as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que
trando como o “olhar dos outros” interfere na ima-
a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte míni-
gem que fazemos de nós mesmos.
ma de humanidade. Aconteceu então que a alma exte-
rior, que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos das
moças, mudou de natureza, e passou a ser a cortesia 10. As palavras / expressões podem ter “sentido deno-
e os rapapés da casa, tudo o que me falava do posto, tativo” e “sentido conotativo”. O sentido dicionarizado
nada do que me falava do homem. A única parte do ci- é o ‘denotativo’, ou seja, objetivo, referencial e literal
dadão que ficou comigo foi aquela que entendia com o (significado próprio, genuíno da palavra / expressão). Já
exercício da patente; a outra dispersou-se no ar e no o ‘sentido conotativo’ é o figurado, ilustrativo, criativo e
passado. Custa-lhes acreditar, não? subjetivo. No trecho: “Se lhes disser que o entusiasmo
da tia Marcolina chegou ao ponto de mandar pôr no
[...]
meu quarto um grande espelho, obra rica e magnífica,
De quando em quando, olhava furtivamente para que destoava do resto da casa, cuja mobília era modes-
o espelho; a imagem era a mesma difusão de linhas, a ta e simples...”, a palavra ‘espelho’ está no sentido deno-
mesma decomposição de contornos... Continuei a ves- tativo ou conotativo? Explique.
tir-me. Subitamente por uma inspiração inexplicável,
Nesse trecho, a palavra ‘espelho’ está no seu sentido
por um impulso sem cálculo, lembrou-me... Se forem
denotativo, pois é uma peça, mobília da casa.
capazes de adivinhar qual foi a minha ideia...
- Diga. 11. No trecho: “Estava a olhar para o vidro, com uma
- Estava a olhar para o vidro, com uma persistên- persistência de desesperado, contemplando as pró-
cia de desesperado, contemplando as próprias feições prias feições derramadas e inacabadas, uma nuvem de
linhas soltas, informes, quando tive o pensamento...”, a 15. Qual é a intencionalidade do autor ao utilizar, no
ideia predominante nesse trecho é ‘denotativa’ ou ‘co- texto, a repetição do verbo no seguinte trecho: “- Mas,
notativa’? Explique apresentando partes do texto que diga, diga.”?
não estão no seu sentido literal. A repetição foi utilizada para enfatizar a ação verbal
Nesse trecho, predomina a ideia ‘conotativa’, uma vez carregada de uma suposta curiosidade.
que a personagem está olhando para si mesma e ex-
pressando a sua subjetividade, o que está sentindo,
pensando. Inclusive, são apresentados recursos figu- GRUPO DE ATIVIDADES
rados como ‘as próprias feições derramadas e inacaba-
das’, ‘uma nuvem de linhas soltas, informes,...’ Semana 2 - Junho
12. O conto se inicia com um subtítulo: “Esboço de uma
nova teoria da alma humana”, entendemos que o texto SISTEMATIZANDO
os conhecimentos
trata de uma nova teoria, baseada na história de Jaco-
bina sobre a psique humana (alma / espírito). Jacobina,
homem de meia idade, conversa na sala com seus qua-
tro amigos a respeito de diversos assuntos até que toma Prática de Leitura / Análise Linguística e Semiótica
a palavra e narra uma história que aconteceu com ele Professor(a), retome o conto-teoria “O espelho” e dialo-
quando era jovem e, assim, apresenta sua nova teoria gue com os(as) estudantes que esse texto propõe uma
sobre os homens. Transcreva do texto o fragmento que maneira de olhar e enxergar o mistério da existência
melhor explica a nova teoria apresentada por Jacobina. humana e, além disso, sugere uma interpretação pro-
“Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma funda sobre os processos de formação da identidade
que olha de dentro para fora, outra que olha de fora por meio da fantasia hipotética das “duas almas.” Não
para entro....[...] A alma exterior pode ser um espírito, conseguimos avançar aqui no material na parte literá-
um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma ria, mas você pode fazer isso em sala de aula. Os tex-
operação. Há casos, por exemplo, em que um simples tos machadianos são recorrentes nas provas do Enem,
botão de camisa é a alma exterior de uma pessoa; - e por isso, vale a pena retomar com os(as) estudantes di-
assim também a polca, o voltarete, um livro, uma má- versos aspectos das obras de Machado de Assis, bem
quina, um par de botas, uma cavatina, um tambor, etc. como o período literário e contexto histórico. O conto,
Está claro que o ofício dessa segunda alma é transmitir “O espelho” por exemplo, não pode ser lido de manei-
a vida, como a primeira; as duas completam o homem, ra ingênua, por detrás da atmosfera solene, podemos
que é, metafisicamente falando, uma laranja. Quem identificar a ironia, presente nas obras do escritor e
perde uma das metades, perde naturalmente metade próprias do estilo dele, que retrata com zombaria a su-
da existência; e casos há, não raros, em que a perda da posta seriedade das discussões filosóficas. Contamos
alma exterior implica a da existência inteira.” com o seu brilhante e necessário trabalho para avan-
çar nessas atividades e ir além, mostrando aspectos da
13. Segundo Jacobina, o cargo eliminou a simplicidade linguagem literária e a rica plurissignificação dos tex-
que antes ele tinha, e, dessa forma, passou a valorizar tos desse escritor.
o quê?
Passou a valorizar só o exterior, isto é, sua posição de 16. O narrador é a voz que conta a história. Quando
hierarquia. ele participa da história e está em (1ª pessoa), é um
“narrador personagem”. Quando o narrador está em
14. No trecho: “Vai senão quando, no meio da noite, (3ª pessoa) e apenas narra / conta o que vê na história,
sucedeu que este casmurro usou da palavra, e não ele é um “narrador observador”. E quando o narrador
dois ou três minutos, mas trinta ou quarenta.”, a pala- está em (3ª pessoa) conta a história e sabe tudo o que
vra destacada pode ser substituída, sem alteração de as personagens sentem e pensam, ele é um “narrador
sentido por onisciente”. Observa-se, no conto em estudo, uma es-
(A) surgiu pécie de “uma história dentro de outra”, dois momen-
(B) escapou tos, o primeiro é narrado por um narrador “onisciente”,
que pode ser confundido com a voz do próprio autor, e
(C) procedeu
o segundo momento é contado por um narrador
(D) antecedeu
( ) personagem, pois participa da história.
(E) aconteceu
( ) observador, porque ele conta apenas o que vê.
Gabarito E.
Resposta: personagem, pois participa da história.
17. Em: “D. Marcolina, viúva do Capitão Peçanha, que 21. O discurso é o modo como as falas das personagens
morava a muitas léguas da vila, num sítio escuso e so- são introduzidas na narrativa. É por meio da “voz” do
litário...”, o trecho destacado, considerando os elemen- “narrador” que conhecemos o desenrolar da história,
tos da narrativa, é o dos acontecimentos, ações das personagens, porém,
(A) clímax. é por meio da “voz” das personagens que conhecemos
as ideias, sentimentos, opiniões dessas personagens.
(B) tempo.
No “discurso direto”, as personagens conversam entre
(C) conflito. si (sem a voz do narrador). Geralmente, nesse discur-
(D) enredo. so aparece o uso de “travessão”, “aspas”, “dois pontos”,
(E) espaço. verbos de elocução, que indicam fala, por exemplo: “Ele
Gabarito E. disse: - Estou estudando.” No “discurso indireto”, nar-
rador conta o que as personagens falam, por exemplo,
18. O escritor Machado de Assis critica de modo irôni- “Ele disse que estava estudando! Esse tipo de discurso
co o fato de as pessoas cumprirem seus papéis sociais também pode ser introduzido por verbos de elocução,
utilizando, de certa forma, uma “máscara”, uma “fan- pelo uso de conjunções, como “que / se”. Já o “discur-
tasia”. O conto, “O espelho”, mostra a teoria das duas so indireto livre”, não é introduzido por verbos de elo-
almas, de modo figurado, conotativo, cheio de alego- cução, nem por sinais de pontuação ou conjunções.
rias e com bastante ironia (característica das obras ma- Nesse tipo de discurso, há uma mistura dos discursos
chadianas), o império das aparências. Percebe-se que “direto e indireto” quando o narrador assume o lugar
a obra faz refletir sobre a ideia de que há uma socie- de uma personagem e expressa sentimentos, opiniões,
dade, na qual a máscara de um cargo vale mais do que pensamentos dentro da narrativa. Exemplo: “Ele esta-
a pessoa que o ocupa. Transcreva um trecho do texto, va estudando... As horas passaram e eu nem percebi.”.
que em sentido figurado e fantasioso, mostra a ideia da Transcreva, do conto em estudo, um trecho de um dis-
teoria das duas almas e as “aparências.” curso indireto livre.
“- O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as Exemplo de um discurso indireto livre: “Pela minha par-
duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que a te, conheço uma senhora, - na verdade, gentilíssima, -
primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte mínima que muda de alma exterior cinco, seis vezes por ano.”
de humanidade. Aconteceu então que a alma exterior,
que era dantes o sol, o ar, o campo, os olhos das moças, 22. Na língua temos seis funções da linguagem: na refe-
mudou de natureza, e passou a ser a cortesia e os ra- rencial predomina a mensagem, o sentido denotativo.
papés da casa, tudo o que me falava do posto, nada do A fática busca um canal de comunicação entre emissor
que me falava do homem. A única parte do cidadão que e receptor. A metalinguística é a língua falando sobre a
ficou comigo foi aquela que entendia com o exercício própria língua. A emotiva / expressiva mostra a subjeti-
da patente; a outra dispersou-se no ar e no passado.” vidade. A apelativa convence o leitor. E a poética apre-
senta uma mensagem criativa, ilustrativa com mais de
19. Os textos podem fazer referências a outros textos, uma interpretação. No trecho: “A alma exterior pode
bem como a outros discursos (intertextualidade / inter- ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens,
discursividade). Aponte um trecho no qual o escritor um objeto, uma operação. Há casos, por exemplo, em
Machado de Assis faz referência à escrita do poeta Ca- que um simples botão de camisa é a alma exterior de
mões. Destaque em sua resposta o que disse o poeta. uma pessoa; - e assim também a polca, o voltarete, um
“Não aludo a certas almas absorventes, como a pátria, livro, uma máquina, um par de botas, uma cavatina, um
com a qual disse o Camões que morria, e o poder, que tambor, etc.”, predomina qual função da linguagem?
foi a alma exterior de César e de Cromwell.” No trecho predomina a função poética da linguagem.
20. Em: “Entre a cidade, com as suas agitações e aven- 23. Para que foi utilizado, predominantemente, o pon-
turas, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, atra- to de interrogação no trecho: “Em primeiro lugar, não
vés de uma atmosfera límpida e sossegada...”, a expres- há uma só alma, há duas...
são destacada, considerando as figuras de linguagem, - Duas?”
é um / uma (A) certeza.
(A) antítese. (B) aceitação.
(B) hipérbole. (C) indagação.
(C) catacrese. (D) indignação.
(D) eufemismo. (E) perplexidade.
(E) personificação. Gabarito E.
Gabarito E.
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24. Há palavras que são utilizadas na construção de um fita enxovalhada, faziam-lhe um solidéu natural, cuja
texto para indicar diversas circunstâncias, como: nega- borla era suprida por um raminho de arruda. Já vai
ção, modo, tempo, lugar, intensidade, dúvida entre ou- nisto um pouco de sacerdotisa. O mistério estava nos
tras. No trecho: “O espelho estava naturalmente muito olhos. Estes eram opacos, não sempre nem tanto que
velho..”, a palavra ‘muito’ foi utilizada para mostrar uma não fossem também lúcidos e agudos, e neste último
circunstância. Qual? estado eram igualmente compridos; tão compridos e
A palavra ‘muito’ foi utilizada para mostrar uma cir- tão agudos que entravam pela gente abaixo, revolviam
cunstância de intensidade. o coração e tornavam cá fora, prontos para nova entra-
da e outro revolvimento. Não te minto dizendo que as
duas sentiram tal ou qual fascinação. Bárbara interro-
gou-as; Natividade disse ao que vinha e entregou-lhe
De olho no Enem! os retratos dos filhos e os cabelos cortados, por lhe ha-
verem dito que bastava. — Basta, confirmou Bárbara.
Os meninos são seus filhos?
Estudante, para chegar à resposta da questão 29
— São.
(Enem), além da leitura analítica do texto, é funda-
mental considerar o enunciado: “No relato da visita ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994
de duas mulheres ricas a uma vidente no Morro do
Castelo, a ironia — um dos traços mais representati- No relato da visita de duas mulheres ricas a uma viden-
vos da narrativa machadiana — consiste no” – atente te no Morro do Castelo, a ironia — um dos traços mais
para as palavras/expressão-chave do enunciado: ‘re- representativos da narrativa machadiana — consiste no
lato’ / ‘ironia’ / ‘narrativa machadiana’. Considere as
características marcantes dos personagens apresen- (A) modo de vestir dos moradores do morro carioca.
tadas pelo escritor Machado de Assis. (B) senso prático em relação às oportunidades de renda.
(C) mistério que cerca as clientes de práticas de vi-
26. QUESTÃO 29 – (ENEM - 2022) dência.
Esaú e Jacó (D) misto de singeleza e astúcia dos gestos da perso-
nagem.
Bárbara entrou, enquanto o pai pegou da viola e
passou ao patamar de pedra, à porta da esquerda. Era (E) interesse do narrador pelas figuras femininas am-
uma criaturinha leve e breve, saia bordada, chinelinha bíguas.
Disponível em:https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2022_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em: 03 de março 2023.
no pé. Não se lhe podia negar um corpo airoso. Os ca-
Gabarito D.
belos, apanhados no alto da cabeça por um pedaço de
(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua ade-
quação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se pretende
HABILIDADES passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao
DCGOEM contexto imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística
apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada,
mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
HABILIDADES
DC GO - (EF89LP35-A) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, narrativas de ficção científica, entre outros, com
AMPLIADO
PARA RECOM- temáticas próprias ao gênero.
POSIÇÃO
D6-Identificar o tema de um texto. / D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. / D10 - Identificar
o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. / D3- Inferir o sentido de uma palavra ou
expressão. / D4- Inferir uma informação implícita em um texto. / D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto,
MATRIZ SAEB identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. / D18 - Reconhecer o efei-
to de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. / D14 - Distinguir um fato da opinião
relativa a esse fato. / D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. /
D11- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elemntos do texto.
ali no Ão, na véspera, o caminhão de um comprador de 6. Considerando a linguagem verbal e não verbal, a
galinhas e ovos, seo Abrãozinho Buristém, que carre- ideia que deve ser compreendida de modo predomi-
gava um rádio pequeno, de pilhas, armara um fio no nante, nesse anúncio publicitário, é que o/a
arame da cerca… Mas queriam escutar outra vez, por (A) remédio indicado (Doril) vai resolver o problema
confirmação. — “A estória é estável de boa, mal que da dor de cabeça.
acompridada: taca e não rende…” — explicava o Zuz ao
(B) medicamento tem total contraindicação se uma
Dalberto.
pessoa estiver com dengue.
Soropita começou a recontar o capítulo da nove-
(B) consumidor que tomar 20 comprimidos resolverá
la. Sem trabalho, se recordava das palavras, até com
o problema da dor de cabeça.
clareza — disso se admirava. Contava com prazer de
demorar, encher a sala com o poder de outros altos (C) consumidor que tomar o remédio indicado nesse
personagens. Tomar a atenção de todos, pudesse con- anúncio não terá mais sintomas.
tar aquilo noite adiante. Era preciso trazer luz, nem uns (D) composição do ácido acetilsalicílico e cafeína tor-
enxergavam mais os outros; quando alguém ria, ria de nam o remédio (Doril) analgésico e antitérmico.
muito longe. O capítulo da novela estava terminando. Gabarito A.
ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021. D5 – Interpretar texto com o auxílio de material gráfico
diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
5. O foco narrativo do conto, vidência uma narrador que Leia o texto.
(A) participa dos acontecimentos, sendo assim, é um
A tecnologia a abrir caminho para o futuro (mais
personagem preocupado em mostrar suas ações no
humano)
enredo.
Por Fabio Rodriguez
(B) observa apenas os fatos ao seu redor para mos-
trar o que os personagens sentem e pensam no de- A tecnologia tem o poder de fazer muitas coisas e
correr da história. mudar o mundo tem sido uma delas. Se em 1820 po-
(C) não participa da história, mas tem onisciência de díamos esperar viver em média menos de 35 anos, e
todos os acontecimentos e sabe sobre os pensamen- menos de 20% da população sabia ler e escrever, atual-
tos e sentimentos dos personagens. mente a esperança de vida duplicou e mais de 80% das
pessoas no mundo são alfabetizadas, um número que
(D) se apresenta neutro e não deixa que o leitor per- sobe em Portugal. Para qualquer observador, é fácil
ceba a sua presença durante o desenrolar dos fatos verificar que estes avanços se devem primariamente à
que encaminham para um desfecho. tecnologia, ao início da revolução industrial e consecu-
(E) está em terceira pessoa, é observador e tem tiva transição para a era da informação.
consciência de todos os acontecimentos, sem mos- Atualmente, é estimado que 65% das crianças a en-
trar pensamentos dos personagens. trar na escola primária hoje desempenharão funções
Gabarito C. que ainda não existem, uma indicação clara que será
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele- necessário reaplicar o conhecimento e tecnologia que
mentos que constroem a narrativa. temos às capacidades que impulsionarão o mundo do
Leia o texto. trabalho no futuro. Mas, apesar dos ajustes necessá-
rios, é certo que somos privilegiados por viver numa
altura em que a ciência e tecnologia nos podem assistir,
tornando as nossas vidas mais fáceis e fazendo-nos re-
pensar as maneiras de desempenhar as nossas funções
diárias. Mas será que toda a tecnologia beneficiará o
futuro da humanidade?
Todos os anos são desenvolvidas e aplicadas novas
tecnologias a incríveis ritmos e elas têm, possibilitado
respostas a um largo espetro de desafios da humani-
dade. Este ano assistimos a uma quantidade nunca an-
tes de vista de inovação num curto espaço de tempo,
como resposta à situação de saúde pública vivida. Mas
aplicar a tecnologia para o bem da humanidade apenas
emergirá como um pilar se integrar a inteligência hu-
mana e as máquinas, com uma intenção clara de ser-
vir e chegar a grandes fações da humanidade, para um
Disponível em:https://br.pinterest.com/pin/366480488432986123/. Acesso em 06 de mar. 2024. bem coletivo.
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laboral, à gravidez e ao desinteresse escolar. Sobre a (D) A esperança é que o novo ensino médio consiga
primeira razão, a pandemia causou um impacto impor- dialogar com o jovem e com a escola.
tante, pois os jovens foram muito pressionados a bus- (D) No momento em que um jovem abandona a esco-
car trabalho para compensar a perda de renda familiar. la, o futuro de uma nação sai perdendo.
Para piorar, agora a inflação chega com toda a força,
(E )É necessário ter uma política voltada para os jo-
tirando o prato de comida das famílias mais pobres, o
vens quando eles terminarem o ensino médio.
que leva também os jovens a buscarem trabalho — e
Gabarito D.
isso compete com a escola. Como esses jovens não
foram preparados com a formação adequada para o
2. Em qual trecho predomina um fato?
mundo do trabalho, muitas vezes essas atividades la-
borais são precárias e de baixíssima remuneração. (A) “O direito à educação não logrou êxito.”
Quanto ao desinteresse escolar, o jovem quer uma (B) “Pensar na nossa juventude é pensar no futuro do
escola que caiba na vida, que seja capaz de dialogar país.”
com o seu mundo. [...] Estamos esperançosos de que o (C) “Mas não basta ter apenas uma boa escola de en-
chamado novo ensino médio proporcione esse diálogo sino médio.”
do jovem com a escola. [...] (D) “Isso não só é muito triste como extremamente
Mas não basta ter apenas uma boa escola de ensi- preocupante.”
no médio. É preciso ter uma política de pós-médio, caso (E) “No Brasil, são quase 500 mil jovens que deixam
contrário o ensino médio é o teto para os jovens que o a escola por ano...”
concluem, e assim apenas se adia o ingresso nos nem- Gabarito E.
-nem. [...] Para isso é importante oferecer uma forma-
ção alinhada com as necessidades da cadeia produtiva 3. Quanto ao gênero: o texto “Um olhar para a juven-
local, para que, após o término dessa formação, a pos- tude” é um/uma
sibilidade de o jovem ter empregabilidade seja maior. É
(A) conto.
importante lembrar que, de cada 100 jovens que con-
cluem o ensino médio, apenas 22 vão para o ensino su- (B) crônica.
perior. Assim, é importante pensar nos 78 jovens que (C) reportagem.
eventualmente vão precisar dar continuidade aos es- (D) artigo de opinião.
tudos ou buscar alguma atividade laboral — mas, para (E) artigo de divulgação científica.
isso, é preciso que estejam bem-preparados. Compa-
Gabarito D.
rados aos que concluíram o ensino médio, mas não ti-
veram uma formação técnica profissionalizante, esses 4. No trecho: “É importante lembrar que a pirâmide
jovens que obtiveram uma certificação nessa modali- demográfica está mudando drasticamente.”, a expres-
dade ganham 15% mais em renda. são destacada foi utilizada com a intenção de fortale-
Pensar na nossa juventude é pensar no futuro do cer o discurso argumentativo para evidenciar
país. É importante lembrar que a pirâmide demográfi-
(A) certeza.
ca está mudando drasticamente. Sua base está fican-
do mais estreita, enquanto o topo se alarga e cresce. (B ) julgamento.
Para sustentar essa pirâmide, vamos precisar mais do (C) necessidade.
que nunca de jovens muito bem formados. O Brasil não (D) subjetividade.
pode se dar ao luxo de perder nenhum de seus jovens, (E) probabilidade.
caso queira sonhar com um futuro sustentável, assim
Gabarito C.
como fez a Coreia do Sul, que, ao perceber tal mudan-
ça, investiu maciçamente em educação, chegando a 5. No fragmento: “É importante lembrar que, de cada
criar o slogan "febre de educação" para mobilizar o país 100 jovens que concluem o ensino médio, apenas 22
em prol dessa causa. [...] vão para o ensino superior.”, predomina uma
MOZART NEVES RAMOS - Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do
Instituto de Estudos Avançados da USP de Ribeirão Preto
(A) analogia.
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/06/5012335-analise-um-olhar-para-a-juventude.html. (B) comprovação.
Acesso em 07 de mar. 2024.
(C) exemplificação.
1. Qual é o ponto de vista defendido pelo autor do texto? (D) ideia de autoridade.
(A )O jovem quer uma escola que tenha diálogo com (E) ideia de senso comum.
o mundo e com sua vida. Gabarito B.
(B) Há uma relação direta entre a taxa de jovens que
nem estuda e nem trabalha.
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SEDUC
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Leia o texto. coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, repre-
Senhora senta o caos do mundo moral.”, o termo em destaque
faz referência a
Aurélia passava agora as noites solitárias.
(A) razão.
Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma
desculpa qualquer para justificar sua ausência. A me- (B) afeição.
nina que não pensava em interrogá-lo, também não (C) ventura.
contestava esses fúteis inventos. Ao contrário buscava (D) dedicação.
afastar da conversa o tema desagradável. (E) investigação.
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; Gabarito B.
mas a altivez de coração não lhe consentia queixar-se.
Além de que, ela tinha sobre o amor ideias singulares, 8. No trecho: “Aurélia passava agora as noites solitá-
talvez inspiradas pela posição especial em que se acha- rias.”, A expressão destacada é uma figura de lingua-
ra ao fazer-se moça. gem denominada
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser (A) antítese.
amada por Seixas; e pois toda a afeição que lhe tivesse,
(B) metáfora.
muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se
lembrava que esse amor a poupara à degradação de (C) hipérbole.
um casamento de conveniência, nome com que se de- (D) onomatopeia.
cora o mercado matrimonial, tinha impulsos de adorar (E) personificação.
a Seixas, como seu Deus e redentor. Gabarito E.
Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de
heroica dedicação, que entretanto assiste calma, quase 9. QUESTÃO 14 (ENEM – 2017)
impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o ho- PROPAGANDA — O exame dos textos e mensa-
mem amado, e se deixa abandonar, sem proferir um quei- gens de Propaganda revela que ela apresenta posições
xume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge. parciais, que refletem apenas o pensamento de uma
Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convic-
de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, ção de uma população; trata-se, no fundo, de conven-
e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o cer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião,
caos do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às te-
ou que monstros vão surgir nesses limbos. ses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem
Fonte: ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8. conhecido da psicologia social, o do conformismo indu-
zido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado.
6. O foco narrativo nesse fragmento evidencia um narrador BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasí-
lia: UnB, 1998 (adaptado).
(A) que participa dos acontecimentos, portanto,
De acordo com o texto, as estratégias argumentativas
é um narrador que se preocupa em mostrar suas
e o uso da linguagem na produção da propaganda fa-
ações no decorrer da história.
vorecem a
(B) observador que está em terceira pessoa, mas
somente percebe os acontecimentos e descreve as (A) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados.
ações de cada personagem. (B) difusão do pensamento e das preferências das
(C) neutro, que não permite Ao leitor perceber a sua grandes massas.
presença durante o desenvolvimento dos fatos os (C) imposição das ideias e posições de grupos espe-
quais são encaminhados para o desfecho. cíficos.
(D) onisciente, observador e participante de todas as (D) decisão consciente do consumidor a respeito de
ações que acontecem com as personagens da histó- sua compra.
ria, além disso, mostra o que eles sentem. (E) identificação dos interesses do responsável pelo
(E) onisciente e onipresente, pois conhece os pen- produto divulgado.
samentos e sentimentos das personagens, além da Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2017/2017_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em 08
de mar. 2023.
ma nacional. Gabarito A.
(B) confirmar o uso da norma-padrão em contexto da
linguagem poética. 12. QUESTÃO 21 (ENEM – 2018)
(C) enfatizar um processo recorrente na transforma- Ó Pátria amada,
ção da língua portuguesa. Idolatrada,
(D) registrar a diversidade étnica e linguística pre- Salve! Salve!
sente no território brasileiro. Brasil, de amor eterno seja símbolo
(E) reafirmar discursivamente a forte relação do fa- O lábaro que ostentas estrelado,
lante com seu lugar de origem. E diga o verde-louro dessa flâmula
Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2017/2017_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em 08
de mar. 2023.
— “Paz no futuro e glória no passado.”
Gabarito E.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
11. QUESTÃO 10 (ENEM – 2018) Verás que um filho teu não foge à luta,
Quebranto Nem teme, quem te adora, a própria morte.
às vezes sou o policial que Terra adorada,
me suspeito me peço documentos Entre outras mil,
e mesmo de posse deles És tu, Brasil,
me prendo e me dou porrada Ó Pátria amada!
às vezes sou o porteiro Dos filhos deste solo és mãe gentil,
não me deixando entrar em mim mesmo Pátria amada, Brasil!
Hino Nacional do Brasil. Letra: Joaquim Osório Duque Estrada. Música: Francisco Manuel da Silva (fragmento).
a não ser
O uso da norma-padrão na letra do Hino Nacional do
pela porta de serviço
Brasil é justificado por tratar-se de um(a)
[...]
às vezes faço questão de não me ver (A) reverência de um povo a seu país.
e entupido com a visão deles (B) gênero solene de característica protocolar.
sinto-me a miséria concebida como um eterno (C) canção concebida sem interferência da oralidade.
começo (D) escrita de uma fase mais antiga da língua portu-
guesa.
fecho-me o cerco
(E) artefato cultural respeitado por todo o povo bra-
sendo o gesto que me nego sileiro.
a pinga que me bebo e me embebedo Disponível em:https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2018/2018_PV_impresso_D1_CD1.pdf. Acesso em
08 de mar.2023.
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MATEMÁTICA
COMPREENDENDO O MATERIAL PEDAGÓGICO
Caro(a) professor(a), o REVISA GOIÁS está com um novo formato objetivando a recomposição e desenvolvi-
mento das aprendizagens essenciais previstas nas habilidades do Documento Curricular para Goiás –Etapa Ensino
Médio (DC-GOEM). No que diz respeito ao componente Matemática no Ensino Médio, o material apresenta ativi-
dades organizadas obedecendo a progressão do conhecimento no sentido vertical (de uma série para outra) nas
habilidades de recomposição e, horizontal (dentro da mesma série que o estudante está cursando) nas habilidades
previstas no DC-GOEM , ao mesmo tempo que conversam com os descritores das avaliações externas como o
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) garantindo o desenvolvimento integral dos processos cognitivos
para o avanço nas próximas etapas.
O REVISA GOIÁS 2024 foi estruturado em três grupos de habilidades (atividades), dispostos em três cores,
para indicar o nível de gradação entre as habilidades desenvolvidas em cada grupo. Nesse sentido, são conside-
rados os conhecimentos prévios do(a) estudante (habilidades basilares de anos anteriores), bem como as diversas
estratégias e ferramentas necessárias para o desenvolvimento pleno de cada habilidade, de maneira a oportunizar
a continuidade e o avanço do processo de aprendizagem de cada um. Desse modo:
• Para o primeiro grupo de habilidades (atividades), utilizou-se o amarelo, para indicar as atividades que
propiciam o desenvolvimento das habilidades de nível “Abaixo do básico / Básico”.
• Para o segundo grupo, utilizou-se a cor azul para indicar as atividades que possibilitam que o(a) estudante
desenvolva e aprimore habilidades de nível “Básico / Proficiente”.
• E para o terceiro grupo de habilidades (atividades), foi utilizada a cor rosa para indicar as atividades que
proporcionem o desenvolvimento e potencialização de habilidades de nível “Proficiente / Avançado”.
Entendemos que, quando o(a) estudante desenvolve habilidades de nível avançado, ele(a) já está apto para
desenvolver as habilidades presentes no corte temporal do ano que se encontra e que foram priorizadas na ela-
boração deste material.
As primeiras atividades configuram-se como um Diagnóstico para que você, professor(a), possa verificar em
qual grupo de habilidades o(a) seu(a) estudante se encontra. Dentro de cada um dos três grupos de habilidades,
são apesentados tópicos como:
◊ O que precisamos saber? Que busca recapitular conhecimentos basilares referente as habilidades selecio-
nadas para cada grupo de atividades;
◊ Vamos Avançar? Que busca ampliar os conhecimentos basilares referentes as habilidades selecionadas
para cada grupo de atividades;
◊ Vamos Sistematizar? Que busca estruturar, sistematicamente, as habilidades que foram ampliadas em
cada grupo de atividades, de maneira a contemplar o nível de gradação dentro de cada grupo.
Vale ressaltar que, o REVISA GOIÁS 2024, priorizou um objeto de conhecimento e, a partir dele, foi-se elabo-
rando um conjunto de atividades, divididas semanalmente, que contribuirão, para os desenvolvimentos das habili-
dades de recomposição necessárias para que os(as) estudantes alcancem o grupo de habilidades avançadas. Caso
considere necessário, fique à vontade para inserir atividades que contribuam com a recomposição da aprendiza-
gem do(a) estudante e que possibilitarão, também, seu avanço nesse processo.
Nessa perspectiva, seguimos com esta importante ação na rede Estadual de Educação de Goiás, cientes da
necessidade de um ensino Matemático que desenvolva as habilidades curriculares para continuar avançando em
proficiência, com foco no(a) estudante como sujeito desse processo.
Desejamos a todos um excelente trabalho!
Equipe de Matemática do Núcleo de Recursos Didáticos
Secretaria de Estado da Educação de Goiás (SEDUC-GO)
Objetos de conhecimento
• Noções de combinatória: agrupamentos ordenáveis (arranjos) e não ordenáveis (combinações);
• Princípio multiplicativo e princípio aditivo;
• Modelos para contagem de dados: diagrama de árvore, listas, esquemas, desenhos etc.;
• Noções de probabilidade básica: espaço amostral, evento aleatório;
• Contagem de possibilidades;
• Cálculo de probabilidades simples;
• Estatística descritiva (medidas de posição e medidas de dispersão);
• Estatística indutiva, cálculo de probabilidades;
• Eventos dependentes e independentes;
• Cálculo de probabilidade de eventos relativos a experimentos aleatórios sucessivos;
• Espaços amostrais discretos ou contínuos;
• Eventos equiprováveis ou não equiprováveis.
Habilidades DC – GOEM
• (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos essenciais da análise combinatória identificando caracte-
rísticas específicas dos princípios aditivo e multiplicativo para resolver problemas do cotidiano que envolvam
contagem.
• (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de contagem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou aditivo
para avaliar propostas de intervenção na realidade.
• (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de contagem que envolvem os princípios multiplicativo e/ou adi-
tivo, recorrendo a estratégias diversas como o diagrama de árvore, entre outros, para analisar resultados, ade-
quar soluções, construir argumentação e tomar decisões.
• (GO-EMMAT311A) Identificar os conceitos essenciais de probabilidade, reconhecendo seus elementos em
situações cotidianas (da área de Ciências da Natureza e Humanas, tecnológicas, técnico-científica etc.) para des-
crever o espaço amostral de eventos aleatórios.
• (GOEMMAT311B) Compreender conceitos probabilísticos como espaço amostral de eventos aleatórios,
analisando elementos e características específicas para calcular medidas de tendência central ou de dispersão
de um conjunto de dados.
• (GO-EMMAT311C) Calcular medidas de tendência central ou de dispersão, utilizando procedimentos ma-
temáticos para resolver e elaborar problemas cotidianos que envolvem o cálculo da probabilidade.
• (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que envolvem conhecimentos de probabilidade e estatística, utili-
zando procedimentos matemáticos para avaliar propostas de intervenção na realidade.
• (GO-EMMAT312A) Compreender os conceitos de probabilidade, a partir de exemplos (lançamento de da-
dos ou moedas, retirada de cartas de baralho, entre outros), reconhecendo os elementos e características (espa-
ço amostral, evento etc.) para calcular a probabilidade de eventos em experimentos aleatórios sucessivos.
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de eventos em experimentos aleatórios sucessivos, utilizando
procedimentos matemáticos para resolver e elaborar problemas relacionados à situações cotidianas (Ciências
da Natureza, Ciências Humanas, técnico-científicas, entre outras).
• (GO-EMMAT312C) Resolver problemas cotidianos relacionados à probabilidade, analisando as informa-
ções apresentadas em textos técnicos e/ou científicos para selecionar argumentos propostos como solução.
• (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços amostrais (discretos ou não) e
eventos (equiprováveis ou não) identificando e classificando seus elementos para analisar situações probabilís-
ticas cotidianas.
• (GO-EMMAT511B) Reconhecer o caráter de variáveis aleatórias, identificando o espaço amostral para re-
solver problemas que envolvam o cálculo de probabilidade em eventos equiprováveis.
• (GOEMMAT511C) Investigar o cálculo de probabilidades, observando padrões, experimentações e dife-
rentes tecnologias, para conjecturar sobre propriedades probabilísticas.
Habilidades de Recomposição
• (EF05MA23) Determinar a probabilidade de ocorrência de um resultado em eventos aleatórios, quando
todos os resultados possíveis têm a mesma chance de ocorrer (equiprováveis).
• (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a esti-
mativa de probabilidades.
• (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de um evento aleatório simples, expressando-a por número racio-
nal (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse número com a probabilidade obtida por meio de
experimentos sucessivos.
• (EF07MA34-A) Planejar e realizar experimentos aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de proba-
bilidades ou estimativas por meio de frequência de ocorrências.
• (EF07MA34-B) Solucionar problema que inclua noções de espaço amostral e de probabilidade de um even-
to, apresentando respostas por meio de representações fracionárias, decimais ou porcentagens.
• (EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, com base na construção do espaço amostral, utilizando
o princípio multiplicativo, e reconhecer que a soma das probabilidades de todos os elementos do espaço amos-
tral é igual a 1.
• (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes e calcular a
probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos.
Matriz SAEB
• D32 (3ª Série) – Resolver problema de contagem utilizando o princípio multiplicativo ou noções de permu-
tação simples, arranjo simples e/ou combinação simples.
• D33 (3ª Série) – Calcular a probabilidade de um evento.
• 4 opções de cores para a primeira área; A informação “sabendo que o número da bola retirada
• 3 opções de cores para as 5 áreas restantes. é par” altera o espaço amostral, isto é, o espaço amos-
4 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 = 972 tral passa a ser apenas o evento A e, para que ocorra o
evento B , os elementos de B devem também perten-
8. Taíssa está participando de um jogo de tabuleiro no cer a A :
qual dois dados de seis faces, não viciados, são lança- P ( A ∩B) 1
dos simultaneamente e, em seguida, a soma dos seus P (B / A) = =
P (A) 5
resultados indica a quantidade de casas que o jogador
deve andar. 10. Em uma escola com 300 estudantes, 30 farão pro-
Nessas condições, qual será a soma mais provável obti- va final somente de língua portuguesa; 15 apenas de
da por um jogador qualquer? língua inglesa e, 10 de língua portuguesa e inglesa.
(A) 5 (D) 9 A probabilidade de um estudante que fará prova final
de língua portuguesa, também fazer prova final de lín-
(B) 6 (E) 10
gua inglesa, é igual a
(C) 7
Gabarito: C (A) 20%. (D) 35%.
Sugestão de solução: (B) 25%. (E) 40%.
Observe os possíveis resultados, a seguir (C) 30%.
Gabarito: B
Sugestão de solução:
Evento A: a soma dos dois números obtidos é menor que Desta maneira, estima-se que para este primeiro gru-
7 → A = {(1;1), (1;2), (1;3), (1;4), (1;5), (2;1), (2;2), (2;3), (2;4), po de atividades os estudantes sejam capazes de de-
(3;1), (3;2), (3;3), (4;1), (4;2), (5;1)} → n ( A ) = 15 senvolver as seguintes habilidades:
Evento B: sair o número 4 em, pelo menos, um dado
Objetivos de Aprendizagem / Habilidades DC-GOEM
B = {(1;4), (2;4), (3;4), (4;1), (4;2), (4;3), (4;4), (4;5), (4;6),
(5;4), (6;4)} • (GO-EMMAT310A) Compreender os conceitos
n ( B ) = 11 essenciais da análise combinatória identificando ca-
Evento A ∩ B : a soma dos dois números obtidos é me- racterísticas específicas dos princípios aditivo e mul-
nor que 7, sendo um deles o número 4 tiplicativo para resolver problemas do cotidiano que
A ∩ B = {(1;4), (2;4), (4;1), (4;2)} envolvam contagem.
n ( A ∩ B) =
4 • (GO-EMMAT310B) Resolver problemas de con-
tagem, aplicando os princípios multiplicativo e/ou aditi-
P ( A ∩ B) vo para avaliar propostas de intervenção na realidade.
P ( A / B) =
P ( B) • (GO-EMMAT310C) Elaborar problemas de con-
4 tagem que envolvem os princípios multiplicativo e/
36 ou aditivo, recorrendo a estratégias diversas como o
P ( A / B) =
11 diagrama de árvore, entre outros, para analisar resul-
36 tados, adequar soluções, construir argumentação e
tomar decisões.
4
P ( A / B) =
11 Habilidades de recomposição DCGO Ampliado
P ( A / B ) ≅ 36, 4% • (EF05MA23) Determinar a probabilidade de
ocorrência de um resultado em eventos aleatórios,
quando todos os resultados possíveis têm a mesma
12. A senha de um aplicativo é uma sequência formada
chance de ocorrer (equiprováveis).
por oito dígitos escolhidos entre os algarismos de 0 a 9.
Um usuário ao tentar entrar nesse aplicativo se esque- • (EF06MA30-A) Realizar experimentos aleatórios
ceu dos dois últimos dígitos que formam sua senha, ele simples ou simulações que envolvam o cálculo ou a es-
apenas se lembrava que esses dígitos eram distintos. timativa de probabilidades.
Qual a probabilidade desse usuário digitar ao acaso os • (EF06MA30-B) Calcular a probabilidade de um
dois últimos dígitos e acertar a sua senha? evento aleatório simples, expressando-a por número
racional (forma fracionária, decimal e percentual) e
2 1 comparar esse número com a probabilidade obtida por
(A) (D)
8 100 meio de experimentos sucessivos.
1 2
(B) (E)
90 100 GRUPO DE ATIVIDADES
2 Professor(a), o objetivo deste momento é que o(a) es-
(C)
90 tudante desenvolva habilidades elementares envol-
Gabarito: B vendo fatorial, ou seja, oportunizar a eles(as) o primei-
Sugestão de solução: ro contato com fatorial sem apresentar a definição e
A quantidade de possibilidades para os dois últimos dí- suas propriedades. É importante que no momento da
gitos é de: leitura do tópico “O que precisamos saber?”, você, pro-
Número de possibilidades: 10 ⋅ 9 =90 fessor(a), questione-os para que eles(as) percebam o
Finalmente, a probabilidade do usuário “chu- uso do cálculo do fatorial.
tar” uma única senha de um universo de 90 e conseguir
Quer aprender algo importante, que irá facilitar a sua
acertar é igual a uma chance em 90, ou seja, 1 ⋅
90 vida neste conjunto de aulas? Então, efetue as opera-
ções a seguir.
Semana 2 - Maio
a) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = f) 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 2 ⋅1 =
Partindo do pressuposto que alguns estudantes ainda
não desenvolveram habilidades elementares, ou seja, b) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = g) 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 − 3 ⋅ 2 ⋅1 =
aquelas do grupo “Abaixo do básico” presentes nos anos
anteriores (progressão vertical), esse material objeti- c) 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
va oportunizar que o(a) estudante desenvolva-as, de h) =
2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
modo que avancem para o grupo “Básico” e sigam am-
pliando cada vez seus conhecimentos.
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
47
SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás
b) 5 ! = g) 5 !− 3! =
c) 6 ! = 7!
h) =
2!5!
4! 9!
d) = i) =
2! 4!5!
5! 5! 9!
e)
3!
= j) +
3! 4!5!
=
Vamos avançar?
Sugestão de solução:
PFC – Princípio Fundamental da Contagem
a) 4! = 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 24 (Princípio Multiplicativo)
b) 5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 120 A análise combinatória é a parte da matemática
c) 6! = 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 720 que analisa a quantidade de agrupamentos possíveis
4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 24 para determinadas situações, e o princípio funda-
d) = = = 12 mental da contagem (princípio multiplicativo) é um
2! 2 ⋅1 2
dos processos que se utiliza para calcular o total de
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 120 combinações possíveis nesses agrupamentos.
e)= = = 20
3! 3 ⋅ 2 ⋅1 6 O princípio determina que se uma decisão d1 pode ser
f) 4! + 2! = 4 � 3 � 2 � 1 + 2 � 1 = 24 + 2 = 26 tomada de n1 maneiras, e outra decisão d 2 pode ser toma-
da de n2 maneiras, sendo essas decisões independentes.
g) 5! − 3! = 5 � 4 � 3 � 2 � 1 − 3 � 2 � 1 = 120 − 6 = 114
Desta forma, o número de maneiras que essas
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 7 ⋅ 6 42 duas decisões podem ser tomadas é calculado pelo
h) = = = = 21 produto 𝑛1 · 𝑛2 .
2!5! 2 ⋅1⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 2 ⋅1 2
ATENÇÃO: Em outras situações, a quantidade de
9! 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 9 ⋅ 8 ⋅ 7
i) = = = = 9 ⋅ 2 ⋅ 7 = 126 decisões pode ser maior do que duas.
4!5! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 4
O princípio multiplicativo é uma ferramenta que
j) 5! + 9! =5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 + 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =20 + 126 =146 resolve grande parte dos problemas de contagem, po-
3! 4!5! 3 ⋅ 2 ⋅1 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 rém a sua aplicação direta na resolução de problemas
nem sempre pode ser tão simples. No entanto, alguns
problemas possuem características em comum e são
recorrentes. Dessa forma, esses agrupamentos serão
caracterizados e estudados separadamente a seguir.
Exemplo 1: De quantas maneiras pode-se organi- Dá análise do diagrama de árvore chegamos ao se-
zar três pessoas em uma fila? guinte mecanismo prático:
1ª decisão: escolher quem vai ficar em 1º lugar na fila 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 4! =
= 24
→ 3 possibilidades, pois são 3 pessoas; 4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidade
2ª decisão: escolher quem vai ficar em 2º lugar na fila Exemplo 4: Uma urna contém 3 bolas numeradas
→ 2 possibilidades, pois 1 pessoa já ocupou o 1º lugar; de 1 a 3 e em outra urna 5 bolas numeradas de 1 a 5.
3ª decisão: escolher quem vai ficar em 3º lugar na fila Quantas possibilidades existem para retirar aleatoria-
→ 1 possibilidade, pois 2 pessoas já ocuparam os dois mente uma bola de cada uma e somar seus valores?
primeiros lugares.
Fixar a bola 1 da pri- Fixar a bola 2 da pri- Fixar a bola 3 da
1ª decisão 2ª decisão 3ª decisão meira urna e variar as 5 meira urna e variar primeira urna e
bolas da segunda urna as 5 bolas da segun- variar as 5 bolas
3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidades da urna da segunda urna
Pessoa Pessoa Pessoa
1 + 1 =2 2 +1 =3 3 +1 =4
Pessoa Pessoa Pessoa
1+ 2 = 3 2+2 =4 3+ 2 =5
Pessoa Pessoa Pessoa
1+ 3 = 4 2+3=5 3+3 = 6
Pela árvore de possibilidades: 1+ 4 = 5 2+4 =6 3+ 4 =7
1+ 5 = 6 2+5 =7 3+5 = 8
5 possibilidades 5 possibilidades 5 possibilidades
Total de possibilidades: 5 + 5 + 5 =
15
Mecanismo prático
3 ⋅ 5 15
=
Primeira urna Segunda urna
3 possibilidades 5 possibilidades
3ª cadeira: 5 possibilidades (5 amigos, pois dois já se h) Você saberia como calcular a quantidade dos nú-
sentaram); meros de dois algarismos distintos e com repetição,
4ª cadeira: 4 possibilidades (4 amigos, pois três já se usando os algarismos 1, 2 e 3 sem encontrar todas as
sentaram); possibilidades? Se sim mostre seu raciocínio.
5ª cadeira: 3 possibilidades (3 amigos, pois quatro já se
i) Você saberia como calcular a quantidade dos núme-
sentaram);
ros de três algarismos distintos e com repetição, usan-
6ª cadeira: 2 possibilidades (2 amigos, pois cinco já se
do os números 1, 2 e 3 sem encontrar todas as possibi-
sentaram);
lidades? Se sim mostre seu raciocínio.
7ª cadeira: 1 possibilidade (1 amigo, o que não se sentou).
Pelo PFC (princípio fundamental da contagem): Sugestão de solução:
7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =5040 a) Utilizando os algarismos 1 e 2 pode-se formar os
Esses sete amigos podem se sentar de 5040 modos di- números: 11, 12, 21 e 22, ou seja, podemos formar 4
ferentes. números.
b) Utilizando os algarismos 1 e 2, sem repetir nenhum
9. Quantos anagramas podemos formar com as letras algarismo, pode-se formar os números: 12 e 21, ou
da palavra LUA? seja, podemos formar 2 números.
Sugestão de solução: c) Utilizando os algarismos 1, 2 e 3 pode-se formar os
Anagrama é a permutação, ou troca de posição, entre números:
os elementos de uma lista ou conjunto. 111, 112, 113, 121, 131, 123, 132, 122, 133,
Nota-se que a palavra LUA não possui repetição de le- 222, 221, 223, 212, 232, 213, 231, 211, 233,
tras. Assim, aplica-se o PFC (princípio fundamental da 333, 332, 331, 323, 313, 321, 312, 322, 311.
contagem): ou seja, podemos formar 27 números.
3 ⋅ 2 ⋅1 =6 d) Utilizando os algarismos 1, 2 e 3, sem repetir ne-
Pode-se formar 6 anagramas com as letras da palavra LUA. nhum algarismo, pode-se formar os números:
123, 132,
10. Quantos anagramas podemos formar com as letras 213, 231,
da palavra FILHO? 321, 312.
Sugestão de solução: ou seja, pode-se formar 6 números.
Nota-se que a palavra FILHO não possui repetição de e) Utilizando os algarismos 6, 8 e 9 pode-se formar os
letras. Assim, aplica-se o PFC (princípio fundamental números:
da contagem): 666, 668, 669, 686, 696, 689, 698, 688, 699,
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 =120 888, 886, 889, 868, 898, 869, 896, 866, 839,
Pode-se formar 120 anagramas com as letras da pala- 999, 998, 996, 989, 969, 986, 968, 988, 966.
vra FILHO. ou seja, pode-se formar 27 números.
f) Utilizando os algarismos 6, 8 e 9, sem repetir algum
algarismo, pode-se formar os números:
11. Responda as questões a seguir: 689, 698,
a) Quais e quantos números de dois algarismos pode- 869, 896,
mos formar com os algarismos 1 e 2? 986, 968.
ou seja, pode-se formar 6 números.
b) Quais e quantos números de dois algarismos distin- g) Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a) estudante
tos podemos formar com os algarismos 1 e 2? perceba que o uso do PFC – Princípio Fundamental da
c) Quais e quantos números de dois algarismos pode- Contagem (Princípio Multiplicativo) facilita e resolve
mos formar com os algarismos 1, 2 e 3? situações como esta.
Com repetição: 2 ⋅ 2 = 4
d) Quais e quantos números de dois algarismos distin-
Sem repetição: 2 ⋅1 =2
tos podemos formar com os algarismos 1, 2 e 3?
h) Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a) estudante
e) Quais e quantos números de três algarismos pode- perceba que o uso do PFC – Princípio Fundamental da
mos formar com os algarismos 6, 8 e 9? Contagem (Princípio Multiplicativo) facilita e resolve
f) Quais e quantos números de três algarismos distin- situações como esta.
tos podemos formar com os algarismos 6, 8 e 9? Com repetição: 3 ⋅ 3 = 9
Sem repetição: 2 ⋅1 =2
g) Você saberia como calcular a quantidade dos núme- i) Resposta pessoal. Mas, espera-se que o(a) estudante
ros de dois algarismos distintos e com repetição, usan- perceba que o uso do PFC – Princípio Fundamental da
do os algarismos 1 e 2 sem encontrar todas as possibi- Contagem (Princípio Multiplicativo) facilita e resolve
lidades? Se sim mostre seu raciocínio. situações como esta.
Semana 3 - Maio tam das duas cores. Calcule o número total de entre-
vistados.
Conjunto A : pessoas que preferem azul → n ( A ) =
40
Vamos avançar? Conjunto B : pessoas que preferem amarelo → n ( B ) =
80
Princípio Aditivo
Se um evento e1 tem n1 possibilidades distintas de
ocorrer e um evento e2 tem n1 possibilidades distin-
tas de ocorrer, e esses eventos são mutuamente ex-
clusivos (não acontecem ao mesmo tempo), então, o
número total de possibilidades de pelo menos um dos
eventos acontecer é dado por n1 + n2 . Conjunto ( A ∩ B ) : pessoas que gostam das duas cores
O princípio aditivo da contagem realiza a união
→ n ( A ∩ B) = 20
dos elementos de dois ou mais conjuntos. Isso por-
que a adição ( + ) e a união ( U ) relacionam-se, pois em
ambos os operadores há uma reunião de elementos. → n ( A ∪ B ) = n ( A ) + n ( B ) − n ( A ∩ B ) = 40 + 80 − 20 = 100
O princípio aditivo tem a sua origem na teoria dos
OBSERVAÇÃO: Quando se tratar de três conjuntos,
conjuntos, que estuda as propriedades que estabele-
deve se utilizar:
cem as relações entre os próprios conjuntos e entre
os elementos dos conjuntos. n ( A ∪ B ∪ C=
) n ( A ) + n ( B) + n ( C ) – n ( A ∩ B) – n ( A ∩ C ) – n (
Veremos a seguir a definição n ( Apara
∪B∪ oC ) n ( A ) +adi-
princípio
= n ( B) + n ( C ) – n ( A ∩ B) – n ( A ∩ C ) – n ( B ∩ C ) + n ( A ∩ B ∩ C )
tivo da contagem.
Definição: Considerando A e B como conjuntos
finitos disjuntos, ou seja, com a sua intersecção vazia, ATIVIDADES DE AMPLIAÇÃO
a união do número de elementos é dada por:
n (A =
U B) n ( A ) + n ( B) Professor(a), no ensino fundamental, mais precisamen-
Exemplo: Em uma entrevista sobre a preferên- te no 8º ano, está previsto o estudo do princípio aditivo
cia de cor, entre o azul e o amarelo, 20 entrevistados em alguns problemas básicos de contagem, segundo o
responderam que preferem a cor azul e 80 respon- que nos orienta o DC-GO nas habilidades: (EF08MA-
deram que preferem amarela. Calcule o número total 03-A) Representar e enumerar possibilidades usando
de entrevistados. diferentes estratégias tais como diagramas de árvore e
Conjunto A: pessoas que preferem azul → n ( A ) = 20 tabelas com siglas, desenhos, palavras ou códigos;
boradas de maneira a recompor as habilidades desse 18. (UNICAMP) Três candidatos A, B e C concorrem à
objeto de conhecimento, oportunizando o desenvolvi- presidência de um clube. Uma pesquisa apontou que,
mento de habilidades de aplicação da teoria de conjun- dos sócios entrevistados, 150 não pretendem votar.
tos e do diagrama de Venn. Dentre os entrevistados que estão dispostos a partici-
par da eleição, 40 sócios votariam apenas no candidato
16. O Centro Cultural da cidade de Pedro disponibili- A, 70 votariam apenas em B, e 100 votariam apenas no
zou um festival com 5 filmes e 3 peças de teatro, po- candidato C. Além disso, 190 disseram que não vota-
rém, todos as 18h00. Qual é o número de possibilidade riam em A, 110 disseram que não votariam em C, e 10
que Pedro tem para comparecer a esse festival? sócios estão na dúvida e podem votar tanto em A como
Sugestão de solução: em C, mas não em B. Finalmente, a pesquisa revelou
Como Pedro só pode ir a um evento, pois todos ocor- que 10 entrevistados votariam em qualquer candidato.
rem as 18 horas, então ele ou assiste ao filme 1, ou ao Com base nesses dados, pergunta-se:
filme 2, ou ao filme 3, ou ao filme 4, ou ao filme 5, ou à a) Quantos sócios entrevistados estão em dúvida entre
peça 1, ou à peça 2 ou à peça 3. votar em B ou em C, mas não votariam em A? Dentre
Portanto, ao todo, são 8 possibilidades diferentes. os sócios consultados que pretendem participar da
17. (ESAL) Foi consultado um certo número de pessoas eleição, quantos não votariam em B?
sobre as emissoras de TV que habitualmente assistem. b) Quantos sócios participaram da pesquisa? Suponha
Obteve-se o resultado seguinte: 300 pessoas assistem que a pesquisa represente fielmente as intenções de
ao canal A, 270 pessoas assistem ao canal B, das quais voto de todos os sócios do clube. Escolhendo um sócio
150 assistem ambos os canais A e B e 80 assistem a ou- ao acaso, qual a probabilidade de que ele vá participar
tros canais distintos de A e B. da eleição mas ainda não tenha se decidido por um úni-
O número de pessoas entrevistadas foi: co candidato?
(A) 800. (D) 500. Sugestão de solução:
(B) 720. (E) 600. Sabemos que:
• 40 sócios votariam apenas no candidato A;
(C) 570. • 70 votariam apenas em B;
Gabarito: D • 100 votariam apenas no candidato C;
Sugestão de solução: • 190 disseram que não votariam em A;
Sabemos que: • 110 disseram que não votariam em C;
• 150 pessoas assistem ao canal A e ao canal B, ou seja, • 10 sócios estão na dúvida e podem votar tanto em A
a interseção de A e B ; como em C, mas não em B;
• O número de pessoas que assistem ao canal A é 300 • 10 entrevistados votariam em qualquer candidato.
no total; Observe que:
• O número de pessoas que assistem ao canal B é 270 Todo esse processo resultará no seguinte diagrama de
no total; Venn:
• 80 assistem a outros canais distintos de A e B.
40 + 0 + 70 + 10 + 10 + 20 + 100 + 150 =
400 Desta forma, podemos formar 720 anagramas
Já a probabilidade do sócio que vai participar da elei- com a palavra REVISA.
ção e ainda não escolheu um candidato é dada pelo nú-
Para melhor entendimento observe as possíveis
mero de pessoas em qualquer interseção dividido pelo
aplicações a seguir.
número total de pessoas:
40 1 • Contar Anagramas:
P
= = = 0,1
400 10 Anagramas da palavra (sem letras repetidas):
AMOR
Semana 4 - Maio Fixando: A Fixando: M Fixando: O Fixando: R
AMOR MORA ORMA RAMO
AMRO MOAR ORAM RAOM
Vamos Sistematizar? AOMR MARO OARM ROAM
AORM MAOR OAMR ROMA
• Permutação simples ARMO MRAO OMAR RMAO
Permutação simples é qualquer agrupamento que AROM MROA OMRA RMOA
se pode formar com todos os elementos disponíveis
no problema, usando cada um deles uma única vez, e
que se diferenciam um do outro apenas pela posição Mecanismo prático:
em que esses elementos aparecem no agrupamento. ⏟
4 � ⏟
3 � ⏟
2 � ⏟
1 = 4! = 24
4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidade
O número de permutações simples é representa- − −
Pode iniciar com já utilizou uma
− −
já utilizou duas já utilizou três
do por Pn , sendo que Pn = n ! , onde n é o número de qualquer letra letra, restam 3 letras, restam 2 letras, resta 1
elementos disponíveis.
⏟
4 � ⏟
3 � ⏟
2 � ⏟
1 = 4! = 24
Exemplo:
4 possibilidades 3 possibilidades 2 possibilidades 1 possibilidade
− − − − • Anagramas da palavra (com letras repetidas):
Pode
Quantosiniciar com
números já utilizou uma já utilizou duas
de quatro algarismos distintos já utilizou três AMAM
qualquer letra letra, restam 3 letras, restam 2 letras, resta 1
podemos formar com os algarismos 2, 3, 4 e 5? Para diferenciarmos os dois A e os dois M, utilizare-
P4 = 4! = 4 � 3 � 2 � 1 = 24 números. mos um maiúsculo e outro minúsculo.
• Permutação com repetição Fixando: A Fixando: M Fixando: a Fixando: m
Uma permutação com elementos repetidos acon- AMam MamA amMA mAMa
tece quando em um agrupamento de n elementos, AMma MaAm amAM mAaM
alguns desses são iguais. Na fórmula para determinar AaMm MAma aAmM maAM
o número de permutações com repetição, dividimos
o fatorial de n pelo produto dos fatoriais dos núme- AamM MAam aAMm maMA
ros de elementos que se repetem. AmaM MmAa aMAm mMAa
O número de permutações com repetição é re- AmMa MmaA aMmA mMaA
presentado por Pnx1 , x2, …, xi , sendo que
Se observarmos iremos encontrar anagramas
𝑥 ,𝑥2, … ,𝑥𝑖 𝑛! iguais, se contados serão contados em duplicidade,
𝑃𝑛 1 = para resolvermos este detalhe utilizamos o mecanis-
𝑥1! � 𝑥2 ! � … � 𝑥𝑖 !
mo a seguir:
onde n é o número total de elementos, e
Mecanismo prático:
x1 , x2, …, xi são os números dos elementos que se re- 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 24
petem. = = 6
2 ⋅1 ⋅ 2 ⋅1 4
Exemplo: Quantos são os anagramas que pode- letras M letras A
No caso da palavra REVISA, não temos letras que Para facilitar o cálculo do exemplo anterior, sim-
se repetem, então o número de anagramas será obti- plificamos os valores do numerador com os valores
do por meio de uma permutação simples: do denominador.
P6 = 6! = 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 720 .
Para sistematizar nosso estudo, observe:
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b) Quantos anagramas pode-se obter a partir da pala- gestões de soluções, procuramos utilizar as fórmulas
vra “MARATONA”? estudadas. Caso seja possível, procure resolver algu-
mas questões utilizando apenas o princípio multipli-
Sugestão de solução:
cativo, de modo que os(as) estudantes reconheçam as
a) Quando os anagramas são de palavras que possuem
regularidades que nos levam às fórmulas de arranjo e
todas as letras diferentes, esses anagramas são obtidos
combinação.
a partir da permutação dessas letras. Como a palavra
REVISA possui 6 letras sem repetição, calcula-se: 22. Em uma competição de xadrez, participam 10 joga-
P6 = 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 720 anagramas. dores. A premiação é feita aos três primeiros coloca-
dos. De quantas maneiras a premiação pode ocorrer?
b) No caso da palavra MARATONA, temos a letra A
que se repete três vezes, então, o número de anagra-
mas será obtido por meio de uma permutação com re-
petição:
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
P83 = = = 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 = 6720 anagramas.
3! 3!
sete letras que compõem o seu nome, antes do símbolo @. Sugestão de solução:
O e-mail terá a forma *******@site.com.br e será de tal Como é necessário agrupar 10 jogadores de 3 em 3,
modo que as três letras “edu” apareçam sempre juntas em uma situação em que a ordem importa, tem-se um
e exatamente nessa ordem. arranjo simples de 10 elementos tomados 3 a 3.
Dessa forma, aplica-se a fórmula:
Ele sabe que o e-mail eduardo@site.com.br já foi criado n! 10! 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7!
por outro usuário e que qualquer outro agrupamento An; p = = = = = 10 ⋅ 9 ⋅ 8 = 720
( n − p )! (10 − 3)! 7! 7!
das letras do seu nome forma um e-mail que ainda não Portanto, existem 720 maneiras diferentes para essa
foi cadastrado. premiação.
De quantas maneiras Eduardo pode criar um e-mail de-
sejado? 23. Em um jogo de cartas, Alex precisa escolher 9 den-
tre 13 cartas diferentes. De quantas maneiras diferen-
(A) 59 (D) 119 tes essas cartas podem ser escolhidas?
(B) 60 (E) 120
(C) 118
Gabarito: D
Sugestão de solução:
Para encontrar as possibilidades totais, sabe-se
que “Edu” deverá sempre ficar junto. Considere-o, en-
tão, como se fosse um único elemento, pois ficará fixo Sugestão de solução:
nessa ordem. Como é necessário agrupar 13 cartas de 9 em 9, em uma
Sendo assim, como tem-se 7 letras e 3 fixas, serão 5 situação em que a ordem não importa, tem-se uma com-
posições a serem ocupadas. Desta forma, por meio do binação simples de 13 elementos tomados 9 a 9.
PFC, calcula-se a quantidade total de possibilidades de Dessa forma, aplica-se a fórmula:
se permutar: n! 13! 13! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10 ⋅ 9! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10
Cn ; p = = = = =
EDU, A, R, D, O. p !⋅ ( n − p ) ! 9!⋅ (13 − 9 ) ! 9!⋅ 4! 9!⋅ 4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
Dessa forma tem-se que:
n! 13! 13! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10 ⋅ 9! 13 ⋅12 ⋅11 ⋅10 13 ⋅11 ⋅10
C5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 == 120
n; p = = = = = = 13 ⋅11 ⋅ 5 = 715
p !⋅ ( n − p ) ! ainda
Como nessa quantidade 9!⋅ (13 −está
9 ) ! presente
9!⋅ 4! 9!⋅ 4!
o anagra- 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 2 ⋅1
ma Eduardo, descontando 1 fica 119. Portanto, existem 715 maneiras diferentes de Alex es-
colher essas cartas.
Professor(a), as atividades 22 a 26 têm o objetivo de
24. Fernanda decidiu listar os 6 documentários que ela
oportunizar ao estudante o desenvolvimento da ha-
deseja assistir no próximo fim de semana, sendo que
bilidade de resolver problemas utilizando o princípio
ela assistirá 2 por dia, de sexta a domingo. Eles podem
fundamental da contagem (Princípio Multiplicativo),
ser vistos em ordem aleatória, exceto o documentário
assim como os casos de agrupamento estudados: per-
sobre História de Goiás, que tem os episódios 1 e 2 e
mutação, arranjo e combinação. Observe que nas su-
que ela assistirá a ambos no mesmo dia, nessa ordem.
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Qual é o número de maneiras distintas que Fernanda 26. Quantos triângulos diferentes podem ser traçados
poderá assistir esses documentários de forma que ela utilizando-se 10 pontos de um plano, supondo que não
assista, obrigatoriamente, aos documentários sobre há três desses pontos alinhados?
História de Goiás no mesmo dia?
Sugestão de solução:
Como há dois documentários que serão assistidos em Sugestão de solução:
um único dia nessa ordem, primeiramente, escolhem- Sabe-se que três pontos colineares não determinam
-se os outros 4 documentários um triângulo. Como não existem três pontos sobre a
P4 = 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 = 24 . mesma linha, basta escolhermos 3 pontos quaisquer e
Além disso, há 3 opções para que ela assista ao docu- traçar um triângulo com esses vértices. A ordem dos
mentário sobre História de Goiás, pois ela escolherá 1 pontos escolhidos para cada triângulo não importa. Por
entre os 3 dias para assistir aos episódios 1 e 2, nessa exemplo, os pontos ABC ou ACB ou BCA determinam o
ordem. Então, o total de maneiras possíveis pode ser mesmo triângulo. Por isso, o número de triângulos será
calculado por: uma combinação de 10 pontos tomados 3 a 3. Assim, o
4!⋅ 3 = 24 ⋅ 3 = 72 . número total de triângulos que podemos traçar é:
Assim, o número de maneiras distintas que Fernanda 10! 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 720
C= = = = = = 120
3!(10 − 3)! 3!7!
10;3
poderá assistir esses documentários é 72. 3!7! 3 ⋅ 2 ⋅1 6
Assim podem ser traçados 120 triângulos.
25. Para aperfeiçoar a segurança durante o atendi-
mento aos seus clientes, um banco utiliza a seguinte 27. Quantos divisores tem o número 45 000?
estratégia: ao receber a ligação, o atendente envia, por
Sugestão de solução:
mensagem de texto, uma chave de segurança para o
Fatorando 45 000 em fatores primos, tem-se que:
número de telefone registrado nos dados do cliente e
este, por sua vez, precisa confirmar essa chave ao aten- 45 000 = 23 ⋅ 32 ⋅ 54
dente que, assim, prosseguirá com o atendimento. Essa Dessa forma, os divisores de 45 000 são da forma
chave é composta por dois ou mais algarismos distintos 2α ⋅ 3β ⋅ 5γ , com α = {0,1, 2, 3} , β = {0,1, 2} e γ = {0,1, 2, 3, 4}.
entre 1; 3; 5; 7 ou 9. Quantas chaves diferentes podem
ser geradas por esse banco? Daí, pelo princípio multiplicativo temos 4 ⋅ 3 ⋅ 5 =60
Portanto, tem-se que 45 000 possui 60 divisores.
GRUPO DE ATIVIDADES
o que precisamos
saber?
Estudo de Caso
Em medicina, o sucesso de um diagnóstico passa,
frequentemente, pela análise dos resultados forne- Os valores da sensibilidade e especificidade per-
cidos por testes diagnósticos médicos. mitem avaliar o poder de um teste diagnóstico, con-
tudo o cálculo destes valores tem como ponto de
Recorrendo ao resultado do teste diagnóstico é partida algo que se desconhece no momento em que
possível transitar de uma probabilidade a priori (a o paciente faz o teste - o verdadeiro estado de saúde
prevalência da doença) para uma probabilidade a do paciente. Posto isto, a decisão do médico terá que
posteriori (após o teste) em relação à possibilidade ser tomada com base noutros valores, designados
de presença da doença, alteração que se pretende por valor preditivo positivo (VPP), que corresponde
que conduza à redução da incerteza associada ao à probabilidade de um indivíduo cujo teste deu positi-
diagnóstico. A Teoria das Probabilidades, mais pre- vo, estar (de facto) doente, e valor preditivo negativo
cisamente o teorema de Bayes, permite quantificar (VPN), que corresponde à probabilidade de um indi-
a referida alteração de probabilidade, com base na víduo cujo teste deu negativo, estar (de facto) são.
prevalência da doença e propriedades do teste.
Do ponto de vista da Teoria das Probabilidades,
Atendendo à impossibilidade de o resultado de os conceitos de sensibilidade, especificidade, VPP e
um teste diagnóstico permitir afirmar, peremptoria- VPN são probabilidades condicionadas.
mente, a presença ou ausência de doença, a escolha
do teste a realizar e a decisão a tomar, com base no A probabilidade condicionada é um dos pilares da
resultado de um teste, passa pelo conhecimento do tomada de decisão em diversas situações, mas cons-
poder que cada teste tem em detectar os enfermos e titui um desafio para a intuição humana, verificando-
os sãos. Esta capacidade é traduzida pela sensibilida- -se uma enorme incidência de equívocos aquando da
de e especificidade do teste. sua interpretação.
A sensibilidade de um teste diagnóstico médico, No caso das probabilidades condicionadas asso-
que avalia a capacidade do teste detectar a doença ciadas às características do teste diagnóstico médi-
quando ela está presente, fornece a probabilidade co, a reduzida intuição probabilística do ser humano
de, estando doente, ter um teste positivo. Testes de e a renúncia à Teoria das Probabilidades reflete-se
alta sensibilidade são importantes para o rastreio de na dedução errada de que a sensibilidade e especifi-
doenças com implicações graves, em que é desacon- cidade do teste coincidem com o VPP e o VPN, res-
selhada a presença de falsos negativos. pectivamente. Esta confusão, designada por falácia
da condicional transposta, vem sendo alvo de vasta
A especificidade de um teste diagnóstico médico, investigação devido à sua elevada incidência e às gra-
que avalia a capacidade do teste rejeitar a doença ves repercussões que acarreta quando presente na
quando ela está ausente, fornece a probabilidade tomada de decisão em áreas nevrálgicas como a Me-
de, não estando doente, ter um teste negativo. Tes- dicina ou a Justiça.
tes de alta especificidade são importantes para do-
enças em que o diagnóstico representa um impacto Como ilustração, da diferença entre a sensibili-
negativo na vida e pretensões do paciente, como, por dade de um teste diagnóstico e o seu valor preditivo
exemplo, nos diagnósticos de cancro e SIDA. positivo, consideremos um problema usado por um
médico especialista em tomadas de decisão clínicas,
Poderemos dizer que a sensibilidade e a especifici- David Eddy, num estudo sobre a complexidade da
dade representam as taxas de verdadeiros positivos e tomada de decisão médica e os equívocos na inter-
verdadeiros negativos, taxas que correspondem às si- pretação das probabilidades. Eddy solicitou aos par-
tuações em que o teste acerta. Em contraposição exis- ticipantes que estimassem a probabilidade de uma
tem também duas situações em que o teste erra cujas mulher, cuja mamografia deu positiva, ter realmente
probabilidades de ocorrência são conhecidas como cancro da mama, ou seja, solicitou o VPP. A informa-
taxa de falsos-positivos e taxa de falsos-negativos. A ção que fornecia era: a prevalência da doença (1%), a
primeira correspondendo à probabilidade de não es- sensibilidade do teste/mamografia (80%) e a taxa de
tando doente, ter um teste positivo, e a segunda à pro- falsos-positivos do teste (9,6%).
babilidade de estando doente, ter um teste negativo.
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Os resultados obtidos por Eddy confirmaram as algo errado com o paciente, então é fundamental o pa-
suas suspeitas sobre a presença da falácia da condi- ciente se submeter e fazer os exames solicitados.
cional transposta, na interpretação das probabilida- Estas atividades estão estritamente ligadas aos seguin-
des associadas aos testes diagnóstico, verificando-se tes objetivos de aprendizagem presentes no DC-GOEM.
que a grande maioria dos participantes no estudo es- • (GO-EMMAT311D) Resolver problemas que envol-
timaram a probabilidade com um valor quase dez ve- vem conhecimentos de probabilidade e estatística, uti-
zes superior à verdadeira probabilidade de a mulher, lizando procedimentos matemáticos para avaliar pro-
cuja mamografia deu positiva, ter cancro da mama. postas de intervenção na realidade.
Recorrendo ao Teorema de Bayes e apresentan-
• (GO-EMMAT312B) Calcular a probabilidade de
do os dados do problema num diagrama de árvore,
eventos em experimentos aleatórios sucessivos, uti-
calculamos o VPP, ou seja, a probabilidade de uma
lizando procedimentos matemáticos para resolver e
mulher, cuja mamografia deu positiva, ter realmente
elaborar problemas relacionados à situações cotidia-
cancro da mama. Para facilitar a interpretação, os va-
nas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, técnico-
lores relativos aos dados do problema foram conver-
-científicas, entre outras).
tidos em frequências naturais, assumindo-se, para tal,
um conjunto de 10 000 mulheres. • (GO-EMMAT511A) Reconhecer a existência de dife-
rentes tipos de espaços amostrais (discretos ou não) e
eventos (equiprováveis ou não) identificando e classifi-
cando seus elementos para analisar situações probabi-
lísticas cotidianas.
Professor(a), as 4 primeiras atividades são continuida-
de do estudo de caso, oriente seus(as) estudantes(as)
que os dados devem ser obtidos do texto e que o A é
apenas a representação daquele evento e pode ser de-
notado de outra maneira.
1. Qual a probabilidade do resultado positivo, indepen-
Da observação do diagrama, verifica-se que, das dentemente, de cancro de mama?
10 000 mulheres, 1040 (80+960) têm uma ma- Sugestão de solução:
mografia positiva. A é a probabilidade do resultado positivo, indepen-
dentemente, de cancro de mama.
80 + 960 1040
P ( A)
= = = 10, 4%
10 000 10 000
2. Qual a probabilidade do resultado negativo, inde-
pendentemente, de cancro de mama?
Sugestão de solução:
A é a probabilidade do resultado negativo, indepen-
dentemente, de cancro de mama.
20 + 8940 8960
Mas que dessas 1040 mulheres apenas 80 têm =P ( A) = = 89, 6%
cancro da mama. Assim, a probabilidade de uma mu- 10 000 10 000
lher cuja mamografia foi positiva ter, de fato, cancro 3. Qual a probabilidade do resultado positivo com o
80
da mama é , ou seja, menos de 8%. cancro de mama presente?
1040
Sugestão de solução:
Professor(a), estas 5 atividades são uma pequena res- A é a probabilidade do resultado positivo com o can-
posta a aquele(a) estudante(a) que pergunta se o obje- cro de mama presente.
to do conhecimento que está estudando tem aplicação 80
prática na vida. ( A) = 7, 692%
P=
1040
Professor(a), converse com os(as) estudantes que a 4. Qual a probabilidade do resultado negativo com o
intenção não é criar objeção a se submeter a testes e cancro de mama não presente?
exames clínicos solicitados por seu médico. A intenção Sugestão de solução:
é, apenas, discutir que todo teste está sujeito a erros, A é a probabilidade do resultado negativo com o can-
o que somente justifica a sua aplicação indiscriminada cro de mama não presente.
a toda uma população. Ressalte que quando o médico 8940
pede exames, ele tem razões para suspeitar que existe ( A)
P= = 90,30%
9900
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5. No Brasil, 10% da população é portadora de um ví- O número de elementos do espaço amostral é re-
rus. Um teste para detectar ou não a presença do ví- presentado da seguinte maneira: .
rus dá 90% de acertos quando aplicada a portadores Exemplos:
e, 80% de acertos quando aplicado a não portadores.
• O espaço amostral no lançamento de uma moe-
Qual é o percentual de pessoas realmente portado- da é Ω = cara;
Ω = coroa
cara;eentão
n Ω ou
coroa =
e n2; Ω = 2;
ras do vírus, dentre aquelas em que o teste classificou
como portadoras? • O espaço amostral no lançamento de um dado de
seis faces então Ω = {1; 2; 3; 4; 5; 6} ea n(Ω) = 6. .
Sugestão de solução:
Considerando que o teste foi aplicado a um número x
de pessoas do Brasil, então ▶ Evento
Um evento é qualquer subconjunto do espaço amos-
0,9 ⋅ 0,1 ⋅ x + 0, 2 ⋅ 0,9 ⋅ =
x 0, 09 x + 0,18=
x 0, 27 x
tral . Ele pode não conter nenhum elemento (con-
90% dos que realmente 20% dos não
são portadoras portadores junto vazio) ou todos os elementos de um espaço
Destas, são portadoras 0, 09x amostral. O número de elementos do evento é repre-
Assim, são realmente portadoras do vírus: sentado da seguinte maneira: n ( E ) , sendo E o even-
0, 09 x 0, 09 to em questão.
= ≅ 0,3333
0, 27 x 0, 27 Podem ser utilizadas outras letras maiúsculas para re-
Portanto, das pessoas que o teste classificou como por- presentar um evento.
tadoras, apenas, 33,33% são realmente portadoras.
Os eventos que possuem apenas um elemento são cha-
mados de simples. Quando o evento é igual ao espaço
Vamos avançar?
amostral, ele é chamado de evento certo e sua proba-
bilidade de ocorrência é de 100%. Quando um evento
é igual ao conjunto vazio (∅ ) , ele é chamado de evento
impossível e possui 0% de chance de ocorrência.
Probabilidade
Exemplos:
A importância do estudo da probabilidade é jus-
tificada pela sua aplicação nas mais diversas áreas do • Evento A : Sair cara no lançamento de uma moeda
conhecimento que trabalham com experimentos ou A = {cara} → n ( A ) = 1;
fenômenos aleatórios, ou seja, aqueles em que não se • Evento E : Sair face par no lançamento de um dado
pode prever o resultado. Os princípios da probabili- E= {2; 4; 6} → n ( E )= 3.
dade são importantes por fazerem uma ponte entre
ATENÇÃO: O ponto amostral é um elemento que per-
a estatística descritiva, estudada no ensino básico, e a
tence ao espaço amostral, ou seja, um entre os vários
estatística de inferência, a qual fornece meios para se
resultados possíveis do experimento aleatório. Isto é,
tirar conclusões de uma população a partir dos dados
quando analisamos apenas um possível resultado do
de uma amostra.
evento em questão.
▶ Experimento aleatório
▶ Probabilidade
Um experimento aleatório é aquele cujo resulta-
do não pode ser previsto. São exemplos de experi- Dado um experimento aleatório, sendo Ω o seu espa-
mentos aleatórios: ço amostral, admite-se que todos os elementos de Ω
tenham a mesma chance de acontecer, em outras pa-
• o resultado no lançamento de uma moeda ou de
lavras, que Ω seja um conjunto equiprovável.
um dado;
• o número de peças defeituosas em um lote de pe- Define-se como probabilidade de um evento ao
ças produzidas por uma indústria; número real P ( E ) , tal que:
• o tempo de duração de uma lâmpada elétrica;
LEMBRE-SE:
• o número de plaquetas em uma amostra de sangue.
n (E) n ( E ) : Número de elementos do
▶ Espaço amostral P (E) = evento;
n (Ω)
Espaço amostral de um experimento aleatório
n ( Ω ) : Número de elementos do
é o conjunto de todos os resultados possíveis desse espaço amostral.
experimento, representado por Ω. Cada elemento
desse conjunto é chamado de elemento simples ou Exemplo: No lançamento de um dado não viciado de
evento elementar ou ponto amostral. 6 faces, qual a probabilidade de sair uma face par?
1 3 4 5 6 7 8 9
4 5 6 7 8 9 10
2
5 6 7 8 9 10 11
3
6 7 8 9 10 11 12
4
n B 5
5 P B = →P B = → P B = 0,13888 … → P B ≅ 13,9%
n Ω 36
6 f) Pela tabela preenchida anteriormente, observa-se
b) Qual é o tamanho desse espaço amostral (Ω)? que a soma 7 é que possui maior possibilidade de sair.
c) Como o tamanho desse espaço amostral poderia ser + 1 2 3 4 5 6
determinado, sem utilizar a tabela anterior? 1 2 3 4 5 6 7
d) Qual é a probabilidade de o resultado ser a soma 12? 2 3 4 5 6 7 8
e) Qual é a probabilidade de o resultado ser a soma 6? 3 4 5 6 7 8 9
f) Qual é a soma com maior probabilidade de sair em 4 5 6 7 8 9 10
um lançamento? Calcule a probabilidade de sair essa 5 6 7 8 9 10 11
soma. 6 7 8 9 10 11 12
Sugestão de solução: Dessa forma, tem-se:
Evento C : sair soma 7 → n ( C ) = 6
a) n (C) 6
P (C) = → P (C) = → P (C) =
0,1666 … → P ( B ) ≅ 16
n (Ω) 36
+ 1 2 3 4 5 6 n (C) 6
2 3 4 5 6 7 P (C) = → P (C) = → P (C) =
0,1666 … → P ( B ) ≅ 16, 7%
1 n (Ω) 36
2 3 4 5 6 7 8
3 4 5 6 7 8 9
Semana 2 - Junho
4 5 6 7 8 9 10
5 6 7 8 9 10 11
6 7 8 9 10 11 12 Vamos Sistematizar?
b) n ( Ω ) = 36
c) Pelo princípio fundamental da contagem (PFC). O Probabilidade da união de dois conjuntos
número de possibilidades para o primeiro dado é 6, as- Sejam A e B dois eventos tais que P ( A ) > 0 e
sim como para o segundo dado. Dessa forma, tem-se P ( B ) > 0 . Para determinar a possibilidade de ocorrer o
6 ⋅ 6 possibilidades, ou seja, 36 possibilidades. evento A ou o evento B , tem-se que calcular a proba-
bilidade da união desses dois eventos. Na matemática,
d) Evento A : sair soma 12 → n ( A ) =1 a palavra “ou” quer dizer união. Dados os dois eventos,
+ 1 2 3 4 5 6 A e B , de um espaço amostral S , tem-se que:
1 2 3 4 5 6 7 P ( A ∪ B=
) P ( A ) + P ( B) − P ( A ∩ B)
2 3 4 5 6 7 8
4 5 6 7 8 9 Obs.: No estudo da lógica, “ou” é o conectivo utili-
3
zado como disjunção.
4 5 6 7 8 9 10
Exemplo: Em dois lançamentos sucessivos de um
5 6 7 8 9 10 11 mesmo dado, não viciado, de seis faces, qual a pro-
6 7 8 9 10 11 12 babilidade de ocorrer um número maior que 4 ou o
n (A) 1
P (A) = → P (A) = → P ( A )1?
número = 0, 02777 …
n (Ω) 36
n (A) 1 Ω = {1; 2;3; 4;5; 6}
P (A) = 0, 02777 … → P ( A ) ≅ 2, 7%
→ P (A) = → P (A) =
n (Ω) 36 A : sair um número maior que 4 → A = {5;6} .
→ P ( A ) ≅ 2, 7%
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Quanto às atividades de 9 a 16, o objetivo é contribuir Evento A ∩ B : a soma dos dois números obtidos é me-
para que o(a) estudante desenvolva as habilidades de nor que 7, sendo um deles o número 4 A ∩ B = {(1;4),
calcular probabilidade de evento condicional, de even- (2;4), (4;1), (4;2)}⟶ n ( A ∩ B ) =
4
tos sucessivos e independentes.
P ( A ∩ B)
Professor(a), procure nestas aulas, estabelecer a rela- P(A | B) =
P ( B)
ção entre o estudo da análise combinatória e probabi-
lidade e sua aplicação futura na estatística (inferência), 4
justificando assim a sequência e a importância do que P(A | B) = 36
está sendo estudado. 11
36
4
P(A | B) =
11
P ( A | B ) ≅ 36, 4%
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Professor(a), na atividade 11 o objetivo é que o(a) estu- 13. (ENEM 2021 – Reaplicação/PPL) A senha de um
dante calcule uma situação envolvendo a probabilida- cofre é uma sequência formada por oito dígitos, que
de condicional, para que esta atividade seja mais pró- são algarismos escolhidos de 0 a 9. Ao inseri-la, o usu-
xima da realidade é recomendável que leve um baralho ário se esqueceu dos dois últimos dígitos que formam
para a sala de aula e discuta com os(as) estudantes o essa senha, lembrando somente que esses dígitos são
espaço amostral. distintos.
11. Ao retirar uma carta de um baralho de 52 cartas, Digitando ao acaso os dois dígitos esquecidos, a pro-
qual a probabilidade de sair um “ás vermelho” sabendo babilidade de que o usuário acerte a senha na primeira
que ela é de copas? tentativa é
Sugestão de solução: 2 1
n ( S) = 52 (A) (D)
8 ü
Evento A: sair “ás vermelho” A = {ás de copas, ás de ou- 1 2
ros}⟶ n ( A ) = 2 (B) (E)
90 100
Evento B: sair copas n ( B ) =13
n (A
Evento B )ás de copas⟶ n ( A ∩ B ) =1
A ∩ B: (C) 22
90
P ( A ∩ B)
P(A | B) =
P ( B) Gabarito: B
Sugestão de solução:
1
O usuário se esqueceu apenas dos dois últimos dígitos,
P(A | B) = 52 os quais ele irá “chutar”. Calcula-se o número de pos-
13
sibilidades para esses 2 dígitos. Na penúltima posição,
52 pode-se colocar 10 algarismos. Já na última posição,
1 como não pode haver repetição dos algarismos, só se
P(A | B) =
13 pode colocar 9 algarismos (não pode existir repetição
P ( A | B ) ≅ 7, 7% de dígitos).
Número de possibilidades: 10 ⋅ 9 = 90
Professor(a), na atividade 12, como estratégia de reso- Finalmente, a probabilidade do usuário “chutar” uma
lução é indicado o uso do diagrama de Venn, pois facili- única senha de um universo de 90 e conseguir acertar
1
ta o desenvolvimento da habilidade de compreender a é igual a uma chance em 90, ou seja, ⋅
90
situação problema.
14. Em uma pesquisa realizada com 1000 consumido-
12. Considere uma urna com 10 bolas numeradas de 1 res em relação à preferência de marcas de sabonete,
a 10 de onde será retirada uma única bola. Qual a pro- verificou-se que: 650 utilizam a marca Limpex, 550 uti-
babilidade de que a bola retirada contenha um número lizam a marca Cheiro e 200 utilizam as duas marcas. Foi
múltiplo de três, sabendo-se que o número da bola re- sorteada uma pessoa desse grupo e verificou-se que
tirada é par? ela utiliza a marca Limpex. Qual é a probabilidade dessa
Sugestão de solução: pessoa também utilizar a marca Cheiro?
Chamando de evento A a ocorrência de um número Sugestão de solução:
par e de evento B a ocorrência de um múltiplo de três, Evento A : usar a marca Cheiro.
o desafio pede que se calcule P B A . A informação “sa- Evento B : usar a marca Limpex.
bendo-se que o número da bola retirada é par” altera o
Queremos determinar P(A | B) e sabe-se que o núme-
espaço amostral, isto é, o espaço amostral passa a ser
A e, para que ocorra o evento B, os elementos de B de- ro de elementos do espaço amostral é n ( Ω ) = 1000 .
vem também pertencer a A: Tem-se também que: n ( A ∩ B ) = 200 e n ( B ) = 650
P ( A ∩ B ) = 1 ou Segue que:
P(B | A) = 20%
P (A) 5 n ( A ∩ B) 200
P ( A ∩ B) n (Ω) 200 4
P ( B|A=
) = = 1000= = = 0,3076… ≅ 30, 76
P ( B) n ( B) 650 650 13
n ( A ∩ B) n (Ω) 1000
200
P ( A ∩ B) n (Ω) 1000 200 4
P ( B|A=
) = = = = = 0,3076… ≅ 30, 76%
P ( B) n ( B) 650 650 13
n (Ω) 1000
P ( A1 ) =
4 ( ) (
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A C2 ∪ P A1C ∩ A 2 )
12
( )
P ( A1 ∩ A 2 ) ∪ P A1 ∩ A C2 ∪ P A1C ∩ A 2 ( )
(doze geladeiras, sendo quatro
com defeito);
3
P ( A 2 |A1 ) =
11
→ P ( A1 ) ⋅ P(A 2 | A1 ) + P ( A1 ) ⋅ P(A ü2 | A1 ) + P
(restam onze geladeiras, sendo
três →
com A1 ) ⋅ P(A 2 | A1 ) + P ( A1 ) ⋅ P(A ü2 | A1 ) + P ( A1 ) . P(A 2 | A1 )
P (defeito);
Sugestão de solução:
Seja o evento A : sair a face 6 → A = {6} → n ( A ) = 1
8 4 3 4 8 8 4
( )
P A C2 |A1 =
11
→ ⋅ + ⋅ + ⋅
12 11 12 11 12 11 Já sabemos que n ( S) = 6.
(restam onze geladeiras, sendo Portanto:
oito sem defeito); 1
P (A) =
8 12 32 32 6
( )
P A1C =
12
ℵ
132 132 132 Então a probabilidade de não sair 6 é:
(doze geladeiras, sendo oito sem
( )
P ( A ) + P AC =
1
defeito);
( )
P A 2 |A1C =
4 76 19 ( )
P A = 1− P (A)
C
(
→ 1 − A1C ∩ A C2 ) +
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
6
6
7
8 7 2 3 4 5 6 7 8
→ 1− ⋅
12 11 3 4 5 6 7 8 9
56 4 5 6 7 8 9 10
→ 1−
132 5 6 7 8 9 10 11
132 56 6 7 8 9 10 11 12
→ −
132 132 E mostre aos estudantes que se não fizer uso da proba-
76 19 ou 57,57% bilidade complementar deve-se por exemplo calcular
→ = todas as probabilidades destacadas na tabela a seguir.
132 33
+ 1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6 7
2 3 4 5 6 7 8
ATIVIDADES 3 4 5 6 7 8 9
4 5 6 7 8 9 10
Professor(a), na atividade 1 o objetivo é aplicar a pro- 5 6 7 8 9 10 11
priedade P ( A ) + P ( A C ) =
1 da probabilidade condicional. 6 7 8 9 10 11 12
( )
P ( A ) + P AC =
1 Probabilidade de que um fã seja sorteado ( P₁ ) :
– Casos favoráveis:
( )
P AC = 1 − P ( A )
ser fã ( 0,8 ) × ser aprovado ( 0,9 ) =
0,8 ⋅ 0,9
1
( )
P AC = 1 −
12
– Casos possíveis de serem sorteados:
ser fã ( 0,8 ) × ser aprovado ( 0,9 ) + não ser fã ( 0, 2 ) × ser aprovad
P (A
ser fã ( 0,8 ) × ser ) 12
aprovado
C
=
1
−( 0,9 ) + não ser fã ( 0, 2 ) × ser aprovado ( 0,15 ) = 0,8 ⋅ 0,9 + 0, 2 ⋅ 0,15
12 12
11
0,8 ⋅ 0,9 0, 72 0, 72 24
P ( AC ) = = P1 = = =
12 0,8 ⋅ 0,9 + 0, 2 ⋅ 0,15 0, 72 + 0, 03 0, 75 25
Probabilidade de que um não fã seja sorteado:
4. No lançamento simultâneo de dois dados, vamos de- P2 = 1 − P₁
terminar a probabilidade de não sair a soma 5. 24 1
P2 =−
1 =
Sugestão de solução: 25 25
No lançamento de dois dados temos o espaço amostral 24
de 36 elementos. Considerando os eventos em que a Assim: P1 25
= = 24
soma seja 5, temos: {(1, 4), (2, 3), (3, 2), (4, 1)}. Probabi- P2 1
lidade de sair a soma 5 é de 4 entre 36, então, temos: 25
que: 4 1
P ( 5 )= = ≅ 0,1111
36 9
Seja B a probabilidade de não sair a soma 5, assim:
Semana 3 - Junho
P ( B ) = 1 − P ( 5 )
P ( B ) =1 −
1 8
= ≅ 0,8888 Vamos avançar?
9 9
Professor(a), na atividade 5 o objetivo é apresentar ao Modelos de Probabilidades
estudante uma questão do Enem, que além do objeto
Nas aulas anteriores, aprendemos a formação do
do conhecimento probabilidade complementar, tam-
“modo de pensar” em probabilidade. Lembre-se:
bém aborda situação problema e razão. Comente com
os(as) estudantes sobre a importância da conexão dos • Fenômenos definidos geralmente ocorrem da
diferentes objetos do conhecimento na matemática. mesma maneira e nas mesmas condições. Quando o
evento muda quantitativa e qualitativamente, a ocor-
5. (Enem 2017) Um programa de televisão criou um rência de fenômenos determinísticos muda direta-
perfil em uma rede social, e a ideia era que esse per- mente em relação a essas mudanças.
fil fosse sorteado para um dos seguidores, quando es- • Um fenômeno aleatório (não determinístico)
ses fossem em número de um milhão. Agora que essa pode produzir vários resultados diferentes, mesmo
quantidade de seguidores foi atingida, os organizado- sob as mesmas condições. O conjunto desses resul-
res perceberam que apenas 80% deles são realmente tados possíveis é chamado de espaço amostral. Em
fãs do programa. Por conta disso, resolveram que to- cada evento (resultado provável) desse fenômeno,
dos os seguidores farão um teste, com perguntas obje- associamos um número, chamado de probabilidade.
tivas referentes ao programa, e só poderão participar Desta forma, a probabilidade é uma estimativa numé-
do sorteio aqueles que forem aprovados. Estatísticas rica da ocorrência desse evento na próxima vez que o
revelam que, num teste dessa natureza, a taxa de apro- fenômeno se repetir.
vação é de 90% dos fãs e de 15% dos que não são fãs.
Esta probabilidade pode ser calculada de diversas
De acordo com essas informações, a razão entre a pro- formas, sendo as mais usuais:
babilidade de que um fã seja sorteado e a probabilida-
• O cálculo a priori: quando se conhece perfeita-
de de que o sorteado seja alguém que não é fã do pro-
mente o espaço amostral e, considera-se os eventos
grama é igual a
unitários equiprováveis;
(A) 1. (D) 24. • O cálculo a posteriori: quando se possui uma co-
(B) 4. (E) 96. leção de informações retrospectivas de ocorrência
(C) 6. dos eventos e pode-se imaginar que, sob as mesmas
Gabarito: D condições, os próximos resultados do fenômeno re-
Sugestão de solução: petirão, aproximadamente, o já ocorrido.
Professor(a), após a retomada dos conceitos estudados b) Matematicamente, qual é o alvo mais difícil de se
até este ponto acerca do cálculo das probabilidades, acertar para obter a pontuação máxima?
procuramos oportunizar o estudo mais aprofundado Sugestão de solução:
desse tema, assim nas atividades de 6 a 10 o objetivo a) Calcular a probabilidade geométrica, através da sentença:
é desenvolver a habilidade do cálculo da probabilidade área do quadrado verde
= P (A) ⋅
geométrica. Observando o DC-GOEM, temos as habi- área do quadrado amarelo
lidades de identificar e compreender os conceitos es-
senciais de probabilidade no lançamento de dados ou b) Matemáticamente não existe diferença entre os
moedas, retirada de cartas de baralho, entre outros alvos, pois as medidas das áreas amarelas são todas
e, o foco neste momento, é exatamente neste termo equivalentes e das áreas verdes são todas equivalen-
“entre outros”, que por vezes passa desapercebido. E tes entre si.
como sempre tentamos conectar com o Enem acredi-
tando ser um tema importante de antever questões 7. Um atirador, com os olhos vendados, procura atingir
ligadas a este objeto. um alvo circular com 50 cm de raio, tendo no centro um
disco de 10 cm de raio, conforme figura a seguir.
Professor(a), nestas aulas, a probabilidade geométrica
requer do(a) estudante o domínio do cálculo de áre-
as, então caso os(as) estudantes demonstrem alguma
dificuldade, você professor(a) pode disponibilizar o
REVISA GOIÁS 2ª SÉRIE MATEMÁTICA MARÇO/
ABRIL-ESTUDANTE, que desenvolve as habilidades
referentes ao cálculo de área de forma extensiva.
Se em certo momento temos a informação de que o
atirador acertou o alvo. Qual deve ser a probabilidade
de que tenha atingido o disco central?
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8. Observe os alvos a seguir e depois responda as per- Escolhendo-se ao acaso um ponto no triângulo equilá-
guntas. tero original qual a chance desse ponto pertencer ao
buraco?
Sugestão de solução:
Considere o triângulo equilátero ABC , com
AB
= AC = BC = l , sua área é expressa por
l2 3
A ABC =
4
Ao ligar os pontos médios gerou o triângulo DEF (in-
terno ao triângulo ABC ) conforme figura. O lado do
Considere que a pontuação máxima a ser obtida é triângulo equilátero DEF mede metade da medida do
acertar o centro da região verde. lado do triângulo ABC , portanto, DE
= DF
= EF
=
l
com a
2
a) Calcule a probabilidade de acertar a região verde do área igual a:
2
alvo 1. l
3
2
b) Calcule a probabilidade de acertar a região verde do A DEF =
4
alvo 2.
l2 3
c) A probabilidade de acertar a região verde dos alvos 1
4 l2 3
e 2 é igual? Justifique a sua resposta. A
= DEF =
4 16
d) Em qual dos alvos é mais fácil acertar a região verde? Assim, escolhendo-se ao acaso um ponto do triângulo
Sugestão de solução: equilátero ABC , considerando P ( X ) a chance deste
ponto estar no triângulo equilátero DEF é:
área verde
a) P ( A1 ) = A
área amarela P ( X ) = DEF
A ABC
x x x2
⋅
l2 3
A1 ) 5=
P (= 5 25
x ⋅ x x2 P ( X ) = 216
x2 1 1 l 3
P ( A1 ) = ⋅ 2 = 4
25 x 25
1
P (X) =
b) área verde 4
P ( A2 ) =
área amarela 10. O alvo a seguir foi dividido em anéis como ilustrado
na figura, no qual os anéis são igualmente espaçados.
x x x2
⋅ Acertando determinado anel o jogador recebe a pon-
P (= 4
A2 ) = 4 16 tuação como descrito na legenda.
x ⋅ x x2
20 pontos
x2 1 1
P ( A2 ) = ⋅ 2 = 50 pontos
16 x 16
c) A probabilidade de acertar a região verde dos alvos 1 80 pontos
1 1 100 pontos
e 2 não é igual, pois P ( A1 ) = 25 e P ( A 2=) 16 ⋅
d) O alvo 2 é mais fácil acertar, pois a probabilidade Sabendo que o jogador acertou o alvo. Qual a probabi-
de acertar o alvo 1 é de 4% e de acertar o alvo 2 é de lidade de ter obtido:
6,25%.
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1 2
𝑋 = 1 = 3 � 0,52 � 0,48
P {( H , H , H )} = P ( H ) × P ( H ) × P ( H ) = p × p × p = p 3
𝑋 = 1 = 3 � 0,52 � 0,2304 ≅ 0,3594
P {( H , H , M )} = P ( H ) × P ( H ) × P ( M ) = p × p × (1 – p ) = p 2 × (1 – p )
Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de
P {( H , M , H )} =
P (H )× P (M )× P (H ) =
p × (1 – p ) × p =
p 2 × (1 – p )
nascer um menino, é de 35,94%.
P {( M , H , H )} = P ( M ) × P ( H ) × P ( H ) = (1 – p ) × p × p = p 2 × (1 – p ) Segundo: para o nascimento de dois meninos, temos
P {( H , M , M )} =
P (H )× P (M )× P (M ) =
p × (1 – p ) × (1 – p ) =
p × (1 – p )
2 que
n!
(X = k) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
P {( M , H , M )} = P ( M ) × P ( H ) × P ( M ) = (1 – p ) × p × (1 – p ) = p × (1 – p )
2 , onde Cn ,k =
k !× ( n − k ) !
3!
(X =
2 ) =⋅
C3,2 ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 ) , =
2 3− 2
P {( M , M , H )} =
P (M )× P (M )× P (H ) =
(1 – p ) × (1 – p ) × p =
p × (1 – p ) onde C3,2 = 3
2
2!⋅ ( 3 − 2 ) !
P {( M , M , M )} = P ( M ) × P ( M ) × P ( M ) = (1 – p ) × (1 – p ) × (1 – p ) =(1 – p )
3
(X =
2) =
3 ⋅ ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
2 1
Observe que:
(X 2 ) 3 ⋅ 0, 2704 ⋅ 0, 48 ≅ 0,3893
==
P {( H , H , H )} = p 3
{( H , H , M )} P=
P= {( H , M , H )} P=
{( M , H , H )} p 2 × (1 – p ) Terceiro: para o nascimento de três meninos, temos:
Probabilidade de dois “sucessos” n!
(X = k) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
, onde Cn ,k =
k !× ( n − k ) !
P {( H , M , M )}= P {( M , H , M )}= P {( M , M , H )}= p × (1 – p )
2
3!
(X =
3) =⋅
C3,3 ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
3 3− 3
=
, onde C3,3 = 1
Probabilidade de um “sucesso” 3!⋅ ( 3 − 3) !
(X =
3) =
1 ⋅ ( 0,52 ) ⋅ ( 0, 48 )
3 0
Importa apenas a “natureza” dos sucessos, não a or-
dem em que ocorrem: com a utilização de combina-
ções, é possível obter o número de resultados iguais (X = 3) = 1 ⋅ 0,140608 ⋅1 ≅ 0,1406
para cada número de sucessos. Supondo que o núme- Então, a probabilidade, dentre três nascimentos, de
ro de ensaios n é o número de “objetos” disponíveis e, nascer três meninos é de 14, 06%.
que o número de “sucessos” em que estamos interes-
sados (doravante chamado k ), é o número de “espa- Agora podemos entender a fórmula inicialmente dada:
ços” onde colocar os objetos (um objeto por espaço), o n!
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
número de resultados iguais será: , onde Cn,k =
k !× ( n − k ) !
n!
Cn , k =
k !⋅ ( n − k ) !
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
3! 3 ⋅ 2! 3 P( X =
2) =
10 ⋅ 0, 2704 ⋅ 0,110592
C3,2= = = = 3
2!1! 2!1 1 P ( X= 2 ) ≅ 0, 29904
2 1
1 1
P ( X ==
2) 3 ⋅ ⋅ A probabilidade de nascer 2 filhos do sexo masculino
2 2 nessa família, dentre os 5 nascimentos, é de aproxima-
1 3 damente 29,9%.
P ( X =2 ) =3 ⋅ 3 = =0,375
2 8
A probabilidade de se observar duas caras, em três 14. Em uma indústria, a probabilidade de um produto
lançamentos imparciais, de uma moeda honesta é de ser fabricado com algum defeito é de 2%. Se em uma
37,5%. hora essa indústria fabrica dez produtos, qual é a pro-
babilidade de dois desses produtos serem defeituosos?
12. Qual a probabilidade de se observar quatro caras, em
Sugestão de solução:
dez lançamentos imparciais, de uma moeda honesta? 2
p : 2% ou
Considere: p = 0,5. 100
98
Sugestão de solução: 1− p : 1 − 0, 02 =
0,98 ou
100
1 n: número produtos fabricados 10
p : 0,5 ou
2 k: número de peças defeituosas 2
1
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
1− p : 1 − 0,5 =
0,5 ou
2
n : número total de lançamentos 10
k : número de vezes caras desejadas 4 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8! 10 ⋅ 9
C10,2 = = = 45
2!8! 2 ⋅1 ⋅ 8! 2
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
2 8
2 98
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 P( X =
2) =
45 ⋅ ⋅
C=
10,4= = 100 100
4!6! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅ 6! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1
10 ⋅ 3 ⋅ 7 4 988
C10,4 = 210
= P( X =2) =45 ⋅ ⋅
1 1002 1008
1 1
4 6
988
P( X = 4) = 210 ⋅ ⋅ P ( X= 2=
) 180 ⋅
2 2 10010
1 1
P ( X = 4 ) = 210 ⋅ 4 ⋅ 6
2 2 15. Um dado é jogado 7 vezes. Qual é a probabilidade
210 210 de sair o número 5 quatro vezes?
P ( X= 4=) 10= ≅ 0, 20508
2 1024
Sugestão de solução:
A probabilidade de se observar quatro caras, em dez 1
lançamentos imparciais, de uma moeda honesta, é de p : Probabilidade de sair o 5 em cada jogada: 6
aproximadamente 20,5% . 5
1− p : Probabiliade de não sair o 5 em cada jogada:
6
13. Uma família deseja ter 5 filhos, e sabe-se que a pro- (porque é o complementar de A)
babilidade de nascer uma criança do sexo masculino
é de 0,52. Qual a probabilidade de nascer 2 filhos do n : número total de lançamentos 7
sexo masculino?
k : número de vezes que quer que aconteça 4
Sugestão de solução:
P ( X = k ) = Cn ,k × p k × (1 − p )
n−k
p : 0,52
Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa e Matemática - Maio-Junho/2024
77
SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação
Revisa Goiás
10! 10 ⋅ 9! 10
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 7 ⋅ 5 C10,1
= = = = 10
C=
C = = = = 35 1!9! 1 ⋅ 9! 1
ü7,4
4!3! 4!⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 3 ⋅ 2 ⋅1 1 1 9
2 1 2 1
1
4
5
3
P ( X = 1) = 10 ⋅ ⋅ = 10 ⋅ ⋅ 9
P(X =4) =35 ⋅ ⋅ 3 3 3 3
6 6
10 ⋅ 2
1 125 P ( X= 1=
)
P( X =4) =35 ⋅
⋅ 310
1269 216
4375
P ( X= 4=
) ≅ 0, 0159 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
274104
Portanto, a probabilidade de sair o número 5 quatro
Professor(a), assim como enviamos uma avaliação
vezes é de 1,59%.
diagnostica no início do REVISA GOIÁS – Estudante,
Professor(a), na atividade 16, além do objetivo do uso encaminhamos, também, ao fim do seu material, uma
e cálculo da binomial, objetiva que, o(a) tenha contato sugestão de avaliação baseada nas habilidades desen-
com questões do Enem, pois é um tema cobrado nesse volvidas ao longo desta aula.
exame. Ressaltamos que, essa, é uma sugestão para otimizar
seu tempo de planejamento e avaliação didática. Desta
16. (Enem 2017) Numa avenida existem 10 semáforos.
forma, sinta-se à vontade para retirar ou acrescentara-
Por causa de uma pane no sistema, os semáforos fica- tividades nesta avaliação pois, ninguém melhor de que
ram sem controle durante uma hora, e fixaram suas lu- você conhece a realidade de seus estudantes.
zes unicamente em verde ou vermelho. Os semáforos
Nesta avaliação objetiva verificar se os estudantes re-
funcionam de forma independente; a probabilidade de compuseram as habilidades necessárias para o desen-
2 1
acusar a cor verde é de e a de acusar vermelha é de volvimento das habilidades previstas para o 1º corte
3 3
. Uma pessoa percorreu a pé toda essa avenida durante temporal da 3ª série do Ens. Médio, assim, caso sejam
o período da pane, observando a cor da luz de cada um verificados lacunas nessa recomposição, sugerimos
desses semáforos. revisitar o material e analisar se o seu estudante con-
seguiu desenvolver as habilidades previstas para o ter-
Qual a probabilidade de que esta pessoa tenha obser-
ceiro grupo de atividades
vado exatamente um sinal na cor verde?
7!
10×2 1. Considere a expressão ⋅
(A) 2!5!
310
O valor dessa expressão é igual a
10×29
(B) (A) 7. (D) 28.
310
diagonal, conforme os tipos de situações ilustradas na sexta rodada, tirando o 11 na quarta rodada e o 19 na
Figura 1. sexta rodada (ou vice-versa), completando a diagonal:
ü
2ℵ
46 45 46 ⋅ 45
Somando todos os casos, tem-se:
1 45 2 2 1 49
+ + + =+
46 46 ⋅ 45 46 ⋅ 45 46 ⋅ 45 46 46 ⋅ 45
8. (ENEM 2023) Ao realizar o cadastro em um apli-
cativo de investimentos, foi solicitado ao usuário que
O jogo inicia e, nas quatro primeiras rodadas, foram criasse uma senha, sendo permitido o uso somente dos
sorteados os seguintes números: 03, 27, 07 e 48. Ao seguintes caracteres:
final da quarta rodada, somente Pedro possuía uma
• algarismos de 0 a 9;
cartela que continha esses quatro números sorteados,
sendo que todos os demais jogadores conseguiram as- • 26 letras minúsculas do alfabeto;
sinalar, no máximo, um desses números em suas car- • 26 letras maiúsculas do alfabeto;
telas. Observe na Figura 2 o cartão de Pedro após as
quatro primeiras rodadas. • 6 caracteres especiais !, @, #, $, *, &.
Três tipos de estruturas para senha foram apresenta-
das ao usuário:
• tipo I: formada por quaisquer quatro caracteres dis-
tintos, escolhidos dentre os permitidos;
• tipo II: formada por cinco caracteres distintos, ini-
ciando por três letras, seguidas por um algarismo e, ao
final, um caractere especial;
A probabilidade de Pedro ganhar o jogo em uma das • tipo III: formada por seis caracteres distintos, inician-
duas próximas rodadas é do por duas letras, seguidas por dois algarismos e, ao
final, dois caracteres especiais.
1 1 ü Considere p1, p2 e p3 as probabilidades de se desco-
(A) + ⋅ (D) + ⋅
46 45 46 46 ⋅ 45 brirem ao acaso, na primeira tentativa, as senhas dos
tipos I, II e III, respectivamente.
1 2 ü
(B) + ⋅ (E) + ⋅ Nessas condições, o tipo de senha que apresenta a me-
46 46 ⋅ 45 46 46 ⋅ 45
nor probabilidade de ser descoberta ao acaso, na pri-
1 8 meira tentativa, é o
(C) + ⋅
46 46 ⋅ 45 (A) tipo I, pois p1 < p2 < p3.
Gabarito: E
(B) tipo I, pois tem menor quantidade de caracteres.
Sugestão de resolução:
A probabilidade de Pedro ganhar na quinta rodada é ti- (C) tipo II, pois tem maior quantidade de letras.
rar o número 12 que falta na primeira linha, entre os 46 (D) tipo III, pois p3 < p2 < p1.
que ainda não foram sorteados: 1 (E) tipo III, pois tem maior quantidade de caracteres.
46
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na Gabarito: D
sexta rodada, tirando outro número na quinta e o 12 Sugestão de resolução:
na sexta rodada: Temos, no primeiro tipo, o total de opções são encon-
45 1 45
tradas ao realizar:
⋅ = 68 ⋅ 67 ⋅ 66 ⋅ 65 .
46 45 46 ⋅ 45
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na sex- No segundo tipo, o total de opções são encontradas ao
ta rodada, tirando o 05 na quarta rodada e o 45 na sexta realizar:
rodada (ou vice-versa), completando a última coluna: 52 ⋅ 51⋅ 50 ⋅10 ⋅ 6 = 52 ⋅ 51⋅ 50 ⋅ 60 .
No terceiro tipo, o total de opções são encontradas ao
ü realizar:
2ℵ 52 ⋅ 51⋅10 ⋅ 9 ⋅ 6 ⋅ 5 = 52 ⋅ 51⋅ 45 ⋅ 60 .
46 45 46 ⋅ 45
Montando essas contas, percebemos que o tipo I tem
Agora, calcula-se a probabilidade de Pedro ganhar na mais senhas, o tipo II menos e o tipo III menos ainda.
1 28
(A) (D)
3 3
28 3
(B) (E)
31 10
3
(C)
31
Gabarito: D
Sugestão de solução:
Probabilidade de que um fã seja sorteado ( P₁ ) :
– Casos favoráveis:
ser fã ( 0, 7 ) × ser aprovado ( 0,8 ) =
0, 7 ⋅ 0,8
– Casos possíveis de serem sorteados:
ser fã ( 0, 7 ) × ser aprovado ( 0,8 ) + não ser fã ( 0,3) × ser aprovado ( 0, 2 ) = 0, 7 ⋅ 0,8 + 0,3 ⋅ 0, 2
ã ( 0,3) × ser aprovado ( 0, 2 ) ⟶
= 0, 7 ⋅ 0,8 + 0,3 ⋅ 0, 2
SEDUC
Secretaria de Estado
da Educação