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Maputo, Abril de2024

INDICE

1.INTRODUÇÃO

2.OBECTIVOS

2.1.OBECTIVOS GERAIS

2.2. OBJECTIVOS ESPECIFICOS

3.METODOLOGIA

3.1DESENVOLVIMENTO

7.CONCLUSÃO

8.BIBLIOGRAFIA
1.INTRODUCAO

Angónia é um distrito a norte da província de Tete, em Moçambique, com sede na vila


de Ulongué. Tem limite, a norte e nordeste com o Malawi, a oeste com o distrito de Macanga e a
sul e leste com o distrito de Tsangano.

De acordo com o censo de 1997, o distrito tinha 247 999 habitantes e uma área de 3437 km²,
daqui resultando uma densidade populacional de 72,2 habitantes por km².

Os habitantes deste distrito, conhecidos por Nguni , Angoni ou Mangoni falam Ngoni, língua
Bantu com similaridades a línguas de países e distritos vizinhos, nomeadamente as
línguas Cheua ou Chewa, e Nyanja, esta última falada na Zâmbia e em um pouco de
Moçambique e Malawi. Por causa de demasiadas similaridades que a língua nguni apresenta com
as duas mencionadas acima, muitos acabam juntando ou fazendo confusão, chamando os falantes
ou a própria língua de Chewa ou Cheua, por não perceberem a diferença.

A Língua nguni, também chamada de angoni ou kisutu - é uma língua Bantu, da família
Atlântico-Congolesa, originada a partir dos múltiplos idiomas dos povos Nguni, descendentes
dos povos Nguni, da África Meridional. Actualmente, possui cerca de 300 mil falantes,
distribuídos em países como Malawi, Zâmbia, Moçambique e Tanzânia.

Segundo a Sociedade Internacional de Linguística, a língua Nguni é classificada


como descontinuada, ou vulnerável, existindo inclusive pesquisas que indicam uma assimilação
da língua Swahili ao Nguni, seja para suprir a inexistência de algumas palavras - surgidas com o
advento de algumas tecnologias - no Angoni, como para substituir palavras existentes.
O conceito Nguni Significa peixe, por essa razão os Nguni’s não comeu peixe.

2.1.OBECTIVOS GERAIS:

 Compreender a trajectória histórica dos Nguni

2.2. OBJECTIVOS ESPECIFICOS

 Descrever a origem Nguni


 Indicar as principais características culturais Dos Nguni
 Analisar o processo da migração dos Nguni

3.Metodologia

Para realizar esse trabalho, utilizei o método qualitativo. Que segundo GIL o método não precisa
basear se em muitas leituras sobre os assuntos, mas sim em leituras de muitas qualidades.

Para sustentar esse método utilizei algumas técnicas, a primeira técnica e a pesquisa
bibliográfica.

A pesquisa bibliográfica consiste em recolher informações de documentos que contem


informações relevantes, sobre o tema que estou a pesquisar, a recolha foi na internet e nos
manuais indicados pelo docente. Técnica de tratamento de dados, primeiro fiz as leituras cruzei
as informações dos autores cheguei a conclusão das informações e depois produzi o meu trabalho

3.1DESENVOLVIMENTO

Os Ngoni são de oriundo de KWazulu-Natal na África de Sul. O povo Nguni é um grupo étnico
que vive nos atuais países da África Austral do Malawi, Moçambique, Tanzânia, Zimbábue e
Zâmbia. Os Nguni são pessoas de língua bantu da África Austral pertencentes ao grupo Nguni,
que está presente principalmente no centro do Malawi, através da fronteira
em Moçambique e Tanzânia, e também na Zâmbia.

Entre 1818 à 1819 Chaka derrotou definitivamente os Ndwandwe. O N’qaba por temer a fúria do
Chaka decidiu pedir refugio com seu povo ao clã Maseko líder de Ngwana. Clã Maseko por
temer vingança de Chaka por ter dado abrigo aos Ndwandwa, decidiu partir com seu povo,
juntou-se aos grupos Angonis para não perder a sua origem Swazi porque usam as mesmas
tradições Chibambo e Margaret.

O Ngwana abandonou a Zululândia com seu povo e fixou a sua capital por dois anos no país
Venda, até que foi expulso por Zwangue-Ndaba. Seguiu para o Norte, passou por Fort Victoria,
Manica e Mbire, no Sudoeste de Salisbúria. Mas uma vez foi atacado pelas tropas de
Zwanguendaba.

Onde decidiu entrar no território moçambicano, em 1832 massacrou a população de Macequece,


defenderam-se com balas de ouro. Reencontrou-se com os N’qala sob o controlo de Magadlela
na região da Gorongosa. Entre 1834 à 1835 juntaram-se para derrotar Zwanguendaba. Depois
atravessaram Manica e Salisbúria chegaram no Zambeze, separaram-se amigavelmente, a maior
parte dos aliados seguiram com os Chefes Masekes.

O Chefe Magadlele, estabeleceu a sua capital juntamente com o seu povo durante 5 anos no
Bárùe. Quiteve e Quissanga foram atacados. A dinastia ChiKanga de Manica também foram
encontrados desprevenidos. E em 1835 a feira Manica entrou em decadência.

É por essa razão que depois de 1836 que as terras de MweneMutapaKandi, na Chidima e Chicoa,
invadiram a região Norte de Púngùe, atacaram as áreas dos povoados pelos Bargwes, Makondes,
Nyungwes e Zuzuros. Entre 1838 à 1839 o grupo liderado por Mgoola atravessou o Zambeze
entre a Lupata e o Sungo em direcção ao planalto da Angónia. Porque a terra era fértil havia
também boas condições para a criação de gados naquela região. Ficaram em 1839 à 1844,
seguiram para a margem esquerda do Zambeze junto ao Prazo de Sungo. Onde hospedaram
Caetano Pereira.

O Mputa, filho de Ngwana ocupou Ntumba, tornou-se líder do povo de origem Ntumba foi
crescendo, decidiram atravessar Rio Chiri, perto de FortThnston, passaram o país dos Ajaus,
actual distrito do Niassa. Entraram na actualSongeaperto de Rovuma. Invadiram Lago Victória e
a Cidade de Árabe de Quilua.

Depois chegou na região um segundo grupo, que faz parte dos Angunes, o grupo era conhecido
por Gwangara, surgiram através das migrações de Zwanguendaba. Zulu-Gama liderou até 1858,
foi substituído por Mbonani.

Os dois grupos aliaram-se temporalmente, derrotaram as tropas enviadas por Mwambera que
perseguiram a dinastia do Zulu-Gama. Reconheceram a superioridade de Mputa, colocaram-se
ao seu depor. Os Mputa não confiaram em Zulu-Gama mandou matar, a tradição, vários indunas
e Mbomani.

Os Nwangara sentiram-se traídos, ficaram a espera da vingança. Os Mputa foi derrotado num
ataque contra uma tribo Ruhaha. Procuravam refugio juntos dos Nwangara. Os Nwangara
vingaram-se mantando Mputa no Rio Lichiningue, em Songea. Os Gwangara convenceram o
grupo de Maseko que o Inkosi foi morto por outros inimigos. Atacaram pela segunda vez em
grande, obrigaram o grupo a atravessar Rovuma, abandonaram seus gados.

Chidyawonga, sobe ao poder depois da morte do seu irmão Mputa, seguiram para actual distrito
de Niassa, invadindo os Ajauas em Cavinga e Livonde, vadeando o Chire e fixou sua Capital
definitivamente nas cercarias do Monte Domuè no território de Moçambique em 1865.

Os direitos de Chikussi sempre foram respeitados por ele ter sido nomeado como sucessor por
Mputa, foi adoptado por casa grande, era filho de uma esposa subalterna. O Chikussi tinha
ambição de ter toda independência de Domuè, é por isso, que atacou Ajauas e Nyanjas. Chikussi
mudou-se para Nlangueni, a Sudeste e dominou as terras de Ntumbas e Manganjas.

Há relatos que Soshangana ou Manikuse, indicam que chegou ao Sul da Baia de Delagoa em
1821, invadiu terras dos Caciques Tembe e Matola. Em 1826 o número dos súditos aumentar por
causa dos refugiados que da Sululândia depois da derrota dos N’dwandwe liderados por Zwide
fixou a Capital temporalmente entre o Mezimchope e Rio Limpopo. Resistiu aos ataques
enviados por Chaka. Em 1828 ocorreu a maior batalha quando o Rei Zulu celebrava a morte da
sua mãe.

Para evitar os ataques de Dingaan em 1834 contra Lourenço Marques no interior, mudou-se para
Inhambane. Quando passou para Norte massacrou os que passavam pelo caminho. Reencontrou-
se com N’qaba líder dos N’guni que abandonou Sululândia temendo Chaka. Estabeleceu a sua
Capital durante 2 à 3 anos em Serra, que divide hoje Moçambique e Rodésia. Para evitar
epidemia de pequenas varíolas, regressou para o Vale de Limpopo, mudou de nome para
Manikuse e fundou a Capital Sagrada Chamite onde veria a morrer em 1858.

Logo depois da morte de Soshangana houve uma guerra de sucessão entre Mawewe e seu irmão
Mzila, que Manikuse havia nomeado como o seu sucessor para governar as terras ao Norte do
Rio Save. Com o auxílio dos Portugueses Mawewe conseguiu derrotar seu irmão e o Rei
Suazilândia.

Por sua vez Muzila foi fixando varias Capitais na região das montanhas Selinda, na actual
Rodésia, onde morreu em 1884. Ele marcou o seu território entre o Incomati até Zambeze, os
Rios estavam sob seu tributo incluindo Inhambane e Lourenço Marques.
Ngungunyane sucessor de Muzila, transferiu a capital do Norte do Rio Save para Mandlakasi.
Em 1895, envolveu-se em conflito com os Portugueses, por ter acolhido dois Chefes Ronga
refugiados que foram derrotados pelos Portugueses. Ngungunyane foi derrotado na batalha de
Coolela, fugiu para a sua Capital Sagrada Chaimite onde foi capturado.

A última revolta Nguni a ser derrotada foi de Maguigwana e seu tio Dlambui em 1897, era um
grupo composto por Yao, foram derrotados na batalha de Macontene.

Os Nguni hoje estão concentrados no distrito de Angoni e em pequenas bolsões em várias


Províncias de Villa Cabral e Cabo Delgado. Em 1970 tinha volta de 3500 Nguni.

Tanto os Nguni como muitas outras sociedades africanas tradicionais eram analfabetas por isso
dependiam das tradições orais para preservar seu passado e transmití-lo a uma outra geração que
vem. Os Nguni tem herança cultural muito rica, que pode ser encontrada na Zululândia, que são
ainda praticados pelos Nguni.

 Grupo de danças Ingoma (Mgonxo, Hlombe, Mgubo, Isigiyo, Msindo, etc.)


 Incwala (acaba de ser revivida: 1988, 1992);
 Rituais de beber cerveja (Mkontho);
 Dança de posse de Usangoma ou Vyanusi;
 Letras de louvor (iiibongo ou izithakazelo);
 Casamentos tradicionais Nguni (umthimba);
 Ritos de iniciação para meninas ou meninos. (Zomba, 1998, Pág. 2-3).

As mudanças de cultura iniciaram no século XIX e XX, há relatos que tenham iniciado mais
cedo. O caso da reintrodução da circuncisão iniciação masculina que era feito pelos Chefes
Makhadodos Venda em 1870. Os Shona e Nguni (Zulu) eliminaram a circuncisão e rito de
iniciação. Alguns ainda praticam. (Lisegang, 2017, Pág. 99).

Os Nguni dominaram militarmente, mas não tinham uma política em relação à sua própria
língua. Os Nguni continuavam a capturar pessoas de diferentes lugares, assimilaram as pessoas e
aprenderam a falar a língua de Nguni, só que o número das Tumbuka e outros grupos superavam
o número dos Nguni. Em 1920 a língua Nguni não era mais usada com frequência na região.
(Zomba, 1998, Pág. 7).

De seguida os missionários substituíram os hinos de Nguni para Tumbuka (ZingomaZobukristu


para SumubZaUkristu) e as orações também eram feitas em Tumbuka. Mesmo o governo
colonial passou a expressar-se nas escolas, nos tribunais com a língua dos Tumbuka em várias
áreas foram substituídas as línguas Nguni por Tumbuka no distrito de Mzimba, incluindo onde
os Nguni ainda tinham o maior poder os Chefes Mphelembe. Algumas partes já era proibido
afirmar que a língua Ngonicontribui muito para o enriquecimento da língua Tumuka nos
vocabulários e outras línguas. (Zomba, 1998, Pág. 7).

O Deus dos Nguni era UnKhuluKhlulu. Praticavam para homenagear seu Deus, N’cwala, é uma
cerimónia de agradecimento pela boa colheita ainda é praticado até hoje. Acreditavam que os
antepassados poderiam invocar Deus. Os Nguniresistiram ao Evangelho por muito tempo. Só em
1900 é que aceitaram o Cristianismo da Igreja Reformada Holandesa, vindo do Malawi para falar
com o Chefe M’pezini. 1903 foi estabelecida a primeira estação missionária da Igreja Reformada
em Zâmbia. (Edwin, 2005. Pág. 894).

Os Ngoni dominaram militarmente, mas não tinham uma política em relação à sua própria
língua. Os Ngoni continuavam a capturar pessoas de diferentes lugares, assimilaram as pessoas e
aprenderam a falar a língua de Ngoni, só que o número das Tumbuka e outros grupos superavam
o número dos Ngoni. Em 1920 a língua Ngoni não era mais usada com frequência na região.
(Zomba, 1998, Pág. 7).

De seguida os missionários substituíram os hinos de Ngoni para Tumbuka (ZingomaZobukristu


para SumubZaUkristu) e as orações também eram feitas em Tumbuka. Mesmo o governo
colonial passou a expressar-se nas escolas, nos tribunais com a língua dos Tumbuka em várias
áreas foram substituídas as línguas Ngoni por Tumbuka no distrito de Mzimba, incluindo onde
os Ngoni ainda tinham o maior poder os Chefes Mphelembe. Algumas partes já era proibido
afirmar que a língua Ngonicontribui muito para o enriquecimento da língua Tumuka nos
vocabulários e otras línguas. (Zomba, 1998, Pág. 7).

O Bantu e Limpopo Khoe tiveram contacto no Centro e Sul. Mas existem alguns relatos que o
contacto tenha iniciado na Zona Norte de Mochudi que é actualButwa e zona adjacente do
Botswana. Encontramos a Olaria GokomereagricolaactualBambataWere. Os produtos da tradição
Kwale-Matola possivelmente não chegaram na zona Bambata. (Huffman citado por Lisegang,
2017, Pág. 138).

Os Bantu da corrente Matola e uma parte de Khoe tiveram contacto mais na Zona Sul. Os Sotho
do Sul tiveram muito contacto com os San (não tiveram tanto com os Khoe). Por volta de 1800
na zona de Cabo existiram os grupos de Bilingues Khoe-Nguni. (Parsons, 1982 citado por
Lisegang, 2017, Pág. 138).
Alguns grupos Bantu do Sudeste formam uma certa unidade por conta de alguns termos em
comum; são os Nguni de Sul e do Norte com línguas/dialectos que contêm cliques Sotho do
Norte, Orientais e Sul, com os Tswana, Venda, Tsonga. Existe um empréstimo do Limpopo
Khoe, Nkomo, Homu para boi em vez de ngombe para gado bovino, que foi muito usado entre
Shona e na Costa. Nkosi, Kgosi, Hosi é usado para Chefe no Sudeste, Yindlu para casa. Foi
trocado nyumba que é usado até hoje pelos Shona, Tonga e Makhuwa (enupa). (Lisegang, 2017,
Pág. 138).

Algumas partes ainda conservam o lexemas para gado bovino, nkomo e ngombe em Zulu
também ainda é nkomo. Em 1550-1580 os Bantu já estavam na Zona Cabo, provavelmente
tenham chegado em 1750 (Huffman), 800 chega os Nguni no Cabo onde começa a ter contacto
com os Khoe. (Huffman). Os Ngoni do Planalto foram ou nsubstituidos ou assimilados pelos
Sotho ou Suto que os formaram em Koni. Os grupos Sotho que comem peixe ficaram conhecidos
como Tlaping. (Lisegang, 2017, Pág. 139).

Os Ngoni formaram descendentes mistos e uma parte imigrantes da frente de Kwale-Matola. A


estação de Blackbum era designadas para arqueólogos dos Nguni esta em Umhlanga Rock no
Norte actual Durban.

Os primeiros Ngoni são resultados de Bantu e os Khoe perto do actual Botswana, ainda
reservaram as características de cultura KhoeKhoe e a sua economia provavelmente ainda seja
criação de gado. (Lisegang, 2017, Pág. 139).

7.CONCLUSÃO

Os povos Nguni são oriundos de KWAZULONATAL, estão espalhados por toda África Austral.
Alguns ngunis envolveram se em conflitos com TCHAKA ZULU por causa do controle das
zonas férteis do norte do país, o motivo foi porque os britânicos e os Boeres saíram do sul e
penetraram mais para o norte do país onde estavam concentrados os Ngunis. Os Ngunis que
abandonaram as suas terras espalharam se pela África austral, conquistaram os seus territórios
com base na violência e invasões.
8.REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

https://steem.com/history/@krabgat/southafricanhistorytheorigin-of-the-tribes-of-south-africa

Zomba J. Humanit 12,1998, 1-18

FERREIRA- ANTONIO RITA

LIESEGANG, Gerhard, MERC 2017

Pt.m.wikipedia.org> wiki>Ngonis

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