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Laboratorio de Instrumentação Biomedica LL
Laboratorio de Instrumentação Biomedica LL
Instrumentação
Biomédica
Material Teórico
Preparo de Soluções
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Preparo de Soluções
• Introdução ao Tema;
• Leitura Obrigatória;
• Material Complementar;
• Referências.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Demonstrar para os alunos os principais conceitos aplicados à produção de soluções de
laboratório e às principais metodologias matemáticas para uma correta dissolução e
diluição de soluções e amostras de interesse.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Preparo de Soluções
Introdução ao Tema
Uma solução é uma mistura homogênea de substâncias puras (átomos, molé-
culas ou íons) na qual não há precipitação. Suas propriedades físicas e químicas
podem não estar relacionadas às das substâncias originais. Por exemplo, a tem-
peratura de fusão do gelo e da salmoura é menor que a temperatura de fusão da
água e do sal.
Fusão do segundo
componente
Intervalo
de fusão
Temperatura
Temperatura
Fusão do primeiro
componente
Tempo Tempo
(a) (b)
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• Soluto: substância(s) presente(s) em menor quantidade em uma solução. Por
exemplo, ao preparar uma xícara de café solúvel, temos como soluto o café e
o açúcar, e como solvente a água quente;
• Concentração do soluto: é a proporção entre soluto e solvente em uma so-
lução. A composição de uma solução é expressa pela concentração de um ou
mais de seus componentes;
• Soluções concentradas e diluídas: são indicações qualitativas da proporção
entre o soluto e o solvente na solução. É incorreto dizer que uma solução é
forte ou fraca, pois esses termos apresentam outros significados em química,
indicando a força de eletrólitos;
• Solução saturada: é aquela que, ao se ir adicionando um soluto sólido a um
solvente, atinge o ponto de equilíbrio, que é quando não há mais condições de
dissolução desse soluto;
• Solução insaturada: é aquela que tem uma concentração de soluto menor do
que a de uma solução saturada, podendo, ainda, dissolver soluto adicional até
se tornar uma solução saturada;
• Solução supersaturada: é aquela que tem uma concentração de soluto maior
do que a de uma solução saturada. É uma solução instável, não havendo equi-
líbrio de solubilidade e seu soluto tende a se cristalizar. Essa situação é possível
quando uma solução saturada, sob certas condições, é colocada em condições
diferentes de temperatura, nas quais o soluto é menos solúvel, retendo, assim,
mais soluto do que reteria na temperatura original;
• Solubilidade: solubilidade do soluto é a quantidade necessária para formar
uma solução saturada numa dada quantidade de solvente;
• Mistura: são duas ou mais substâncias diferentes juntas em um mesmo
Sistema. As misturas podem ser classificadas em homogêneas (soluções) e
heterogêneas. As propriedades de uma mistura são uma combinação das
propriedades dos seus componentes. Para misturas heterogêneas as pro-
priedades são uma combinação das propriedades das substâncias individu-
ais. Existe um método comum de laboratório para identificar uma solução
de uma mistura heterogênea, que se baseia na medida da temperatura de
mudança de fase.
Tipos de Solução
As soluções podem ser classificadas quanto ao seu estado físico: sólido líquido
ou gasoso.
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UNIDADE Preparo de Soluções
Já uma solução que contém 80g desse sal dissolvidas em 100g de água a 20oC
é uma solução insaturada.
Uma solução saturada pode (ou não) apresentar corpo de fundo (excesso de solu-
to precipitado). Por exemplo: 123,5g de acetato de sódio em 100g de água a 20oC.
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Uma solução supersaturada pode ser obtida por aquecimento de uma solução
saturada com corpo de fundo, seguido por resfriamento lento para evitar a preci-
pitação do excesso de soluto. Por exemplo, 124,0g de acetato de sódio dissolvidos
em 100g de água a 20oC.
Fórmulas importantes:
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UNIDADE Preparo de Soluções
Exemplo
Qual é a concentração (em gramas por litro) do hipoclorito de sódio nessa solução?
Resolução
Em seu uso correto, a palavra “molar” significa “por mol”, e não “por litro”,
como na definição da molaridade.
Exemplo
Resolução
Molaridade
Esta relação é utilizada sempre que se pretende expressar concentrações inde-
pendentes da temperatura, pois é expressa em função da massa (e não do volume)
do solvente.
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A molalidade de uma solução (não confundir com molaridade) é calculada como
o quociente entre a quantidade de matéria do soluto (nsoluto, expressa em mol) e a
massa total do solvente (expressa em quilogramas, kg):
Molaridade = nsoluto/msolvente
Normalidade
É a relação entre o número de equivalentes-grama do soluto e o volume da so-
lução, expresso em litros.
Exemplo
Diluição
Com frequência, é necessário preparar uma solução diluída a partir de uma so-
lução mais concentrada. Por exemplo, o rótulo da água sanitária, a seguir, informa
isso na composição (componente ativo: hipoclorito de sódio – 2,0 a 2,5% de cloro
ativo) e no modo de usar (lavagem de roupas brancas e remoção de manchas – co-
loque 1 copo (200ml) de água sanitária em 20l de água).
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UNIDADE Preparo de Soluções
Explor
Nesse caso, estamos fazendo uma diluição da solução estoque.
Diluir uma solução significa adicionar a ela mais solvente, não alterando a massa
do soluto. O princípio básico da diluição é que o número de mol do soluto é o mes-
mo na alíquota da solução concentrada e na solução diluída final.
Observe:
Mi = ns / Vi Mf = ns / Vf
ns = Mi . Vi ns = Mf . Vf
Mi . Vi = Mf . Vf
Fórmula de diluição
Vale ressaltar que qualquer substância que forme um sistema homogêneo com a
água será sempre considerada solvente, mesmo que esteja em menor quantidade.
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Quando o solvente atingir o traço de aferição, observa-se a formação de um menisco.
Assim:
• Agitação: verifica-se, por exemplo, que os cristais de NaCl em água desapa-
recem mais rapidamente quando a solução é agitada. Isso ocorre porque a
agitação da solução possibilita que partes novas de solvente fresco entrem em
contato com o soluto. Outro exemplo semelhante seria a dissolução do açúcar
no café;
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UNIDADE Preparo de Soluções
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chamado “embriaguez”. Quando um mergulhador ou um escavador de túneis
volta à superfície muito rapidamente, o nitrogênio e o oxigênio, que estão
dissolvidos no sangue a alta pressão, são repentinamente liberados nos vasos
sanguíneos, em forma de bolhas. Isso é muito doloroso e, em casos extremos,
pode vir a causar a morte. O efeito da pressão sobre a solubilidade de um gás
não é muito difícil de ser entendido. Imaginemos que um líquido esteja saturado
com um soluto gasoso e que essa solução esteja em contato com o gás a uma
determinada pressão. Uma vez mais temos um equilíbrio dinâmico, em que
moléculas de soluto estão deixando a solução e entrando na solução. Como é
de se esperar, a velocidade na qual as moléculas entram na solução depende
do número de colisões por segundo que o gás experimenta com a superfície do
líquido; do mesmo modo, a velocidade segundo a qual as moléculas de soluto
deixam a solução depende de sua concentração. Se, repetidamente, aumentar-
mos a pressão do gás, as moléculas se aproximam e o número de colisões por
segundo que as moléculas do gás sofrem com a superfície do líquido torna-se
maior. Quando isso acontece, a velocidade segundo a qual as moléculas do gás
entram na solução também se torna maior, sem um correspondente aumento
na velocidade de saída. Como resultado, a concentração de moléculas de so-
luto na solução aumenta até a velocidade com a qual elas deixam a solução se
iguale, outra vez, à velocidade com que entram; nesse ponto, temos o equilí-
brio restabelecido.
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UNIDADE Preparo de Soluções
Leitura Obrigatória
FELDER, Richard M.; ROUSSEAU, Ronald W. Princípios elementares dos processos químicos.
Explor
Este livro aborda aspectos tanto fundamentais quanto práticos da análise quími-
ca. Seu maior objetivo é fornecer um fundamento completo dos princípios da quí-
mica particularmente importantes para a química analítica, a fim de que os alunos
desenvolvam habilidades para a difícil tarefa de julgar a exatidão e a precisão de
dados experimentais, e mostrar como esses julgamentos podem ser aprimorados
pela aplicação de métodos estatísticos. Assim, atentos a evolução contínua da quí-
mica analítica, os autores incluíram nesta edição diversas aplicações em biologia,
medicina, ciência dos materiais, ecologia, ciência forense e outras áreas correlatas.
Há, ainda, inúmeros tópicos atuais, tais como espectrometria de absorção atômi-
ca e de massas moleculares, fracionamento em fluxo tangencial e cromatografia
quiral, além de uma revisão de muitos tratamentos do passado para incorporar
instrumentação e técnicas modernas.
MELZER, Ehrick Eduardo Martins. Preparo de soluções: reações e interações químicas. São
Explor
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os compostos orgânicos e inorgânicos, as transformações químicas, os tipos de
reações e o cálculo estequiométrico, bem como métodos de análise quantitativa e
qualitativa. Por fim, traz noções de molaridade, fração molar, tipos de misturas e
propriedades coligativas. Pode ser usado nos Cursos Técnicos em Análises Clínicas,
Análises Químicas, Citopatologia, Controle Ambiental, Farmácia, Meio Ambiente
e Química, entre outros.
Explor
HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
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UNIDADE Preparo de Soluções
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Me Salva! Extensivo de Química - SOL01 - Soluções: Soluto, solvente e classificação de soluções
https://youtu.be/DN_iD1rsKZs
Química Simples #01 - Introdução à Soluções [PILOTO]
https://youtu.be/zcuXdxYELLY
Concentração Comum (em g/L), (Molar) mol/L; Diluição; Mistura de Soluções | Aula 02 (Química II)
https://youtu.be/wjKmmmuVXO0
QUÍMICA - ENEM - Cálculo da concentração das soluções
https://youtu.be/kes0efmdLyg
Soluções Química - Parte 01 - Conceitos, Tipos de Solução e Coeficiente de Solubilidade
https://youtu.be/mJWMLfpX6dM
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Referências
BRADY, James E.; HUMISTON, Gerard E. Química geral. Tradução de Cristina
Maria Pereira dos Santos e Roberto de Barros Faria. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1986. 2v. p.187-8 / p. 347-51.
BUENO, Willie A. et al. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978.
p. 307-16 / 326-7.
ROCHA FILHO, Romeu Cardozo; SILVA, Roberto Ribeiro da. Introdução aos
cálculos da química. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1992. p. 51-7.
SILVA, Roberto Ribeiro da; BOCCHI, Nerilso; ROCHA FILHO, Romeu Cardozo.
Introdução à química experimental. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1990.
p. 68-9.
Sites visitados
<http://www.limpecom.com.br/>. Acesso em: 10/04/2019.
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