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à Biomedicina
Material Teórico
Energética e Metabolismo: Lipídeos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Energética e Metabolismo: Lipídeos
• Lipídeos;
• Digestão, Absorção e Transporte de Lipídeos.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar a estrutura, a classificação e a função dos lipídeos;
• Compreender de forma geral de todo funcionamento (síntese, degradação e excreção) e a
regulação hormonal do metabolismo dos lipídeos, e como se relacionam a doenças como,
por exemplo, o Diabetes.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Lipídeos
Os lipídeos são moléculas abundantemente encontradas na Natureza. Estão
presentes tanto no reino animal quanto no vegetal, desempenhando as mais va-
riadas funções.
Reserva
energética
Estrutura de Isolamento
membranas térmico/físico
Lipídeos
Precursores Precursores
de vitaminas de hormônios
lipossolúveis
Absorção Digestão
de cálcio (sais biliares)
Figura 1
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Podemos agrupar os lipídeos em dois grupos, de acordo com as suas caracterís-
ticas químicas:
Triacilgliceróis
Fosfolipídeos
Glicolipídeos
Figura 2
Ácidos graxos
Os ácidos graxos são moléculas hidrocarbonadas ligadas ao grupo carboxíli-
co. Essas cadeias podem variar no número de carbonos, de 4 até 36. E podem
ser de dois tipos: cadeia saturada, quando apresentar apenas ligações simples
entre os carbonos, e insaturada, quando apresentar duplas ligações entre os car-
bonos na cadeia.
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Figura 3
Fonte: Adaptado de Khan Academy
Os ácidos graxos trans não são sintetizados pelo nosso organismo. São produ-
zidos industrialmente, a partir de uma reação de hidrogenação, com finalidade de
aumentar a estabilidade de produtos alimentícios, melhorar texturas e sabores, e
estão fortemente ligados a doenças cardiovasculares.
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Esqueleto de carbono Estrutura* Nome sistemático** Nome comum (derivação)
Ácido palmítico (do latim,
16:0 CH3(CH2)14COOH Ácido n-hexadecanoico
palma, “palmeira”)
Ácido esteárico (do grego, stear,
18:0 CH3(CH2)16COOH Ácido n-octadecanoico
“gordura dura”)
Ácido araquídico (do latim,
20:0 CH3(CH2)18COOH Ácido n-eicosanoico
Arachis, gênero de leguminosa)
Ácido lignocérico (do latim,
24:0 CH3(CH2)22COOH Ácido n-tetracosanoico
lignum, “madeira” + cera)
CH3(CH2)5CH=
16:1(∆9) Ácido cis-9-hexadecenoico Ácido palmitoleico
CH (CH2)7COOH
CH3(CH2)7CH=
18:1(∆9) Ácido cis-9-octadecenoico Ácido oleico (do latim, oleum, “óleo”)
CH (CH2)7COOH
CH3(CH2)4CH=
Ácido cis-, cis-9,
18:2(∆9,12) CHCH2 CH= Ácido linoleico (do grego, linon, “linho”)
12-octadecadienoico
CH(CH2)7COOH
CH3CH2CH=
CHCH2CH= Ácido cis-, cis-, cis-9, 12,
18:3(∆9,12,15) Ácido α-linolênico
CHCH2CH= 15-octadecatrienoico
CH(CH2)7COOH
CH3(CH2)4CH=
CHCH2 CH=
Ácido cis-, cis, cis-, cis-5, 8, 11,
20:4(∆5,8,11,14) CHCH2CH= Ácido araquidônico
14-eicosatetraenoico
CHCH2 CH=
CH(CH2)3COOH
Fonte: Nelson, 2014, p. 358
Ainda sobre os ácidos graxos, você já deve ter ouvido falar muitas vezes sobre
“ômega 3 e ômega 6,” certo?
Mas o que são essas substâncias? Quais as diferenças entre eles e os demais
ácidos graxos? Qual a sua função?
Sendo assim, a única fonte de obtenção desses ácidos graxos é via alimentação.
Eles podem ser encontrados em alimentos como peixes de água fria salmão, sardi-
nha, atum, bacalhau, e também em óleos vegetais.
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Além disso, estão envolvidos com os principais ácidos graxos do grupo ômega 3,
que são:
Alfa-linolênico (ALA):
O
9 6 3 1
ω
α
HO 1 9 12 15 18
Eicosapentanoico (EPA):
Docasahexanoico (DHA):
Figura 4
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
Figura 5
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
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Os ácidos graxos da família ômega 6 são pró-inflamatórios. Eles aumentam a
produção de citocinas com ação vasoconstritora e promovem agregação plaquetária.
Estão relacionados à ocorrência de doenças cardiovasculares, autoimunes e inflama-
tórias, como artrite, asma, psoríase, lúpus e colite ulcerativa (MARTIN, 2006).
β-Oxidação
Os ácidos graxos, assim como a glicose, são fonte de energia. Vejamos, a seguir,
como ocorre o catabolismo dos ácidos graxos por meio do processo chamado
de β-oxidação.
Esse acetil CoA formado será oxidado no Ciclo de Krebs para a geração de
energia. O processo de β-oxidação tem início com a ativação do ácido graxo por
meio de uma reação de esterificação com a CoASH, gerando o Acil CoA (ácido
graxo ligado a CoA).
Figura 6
O acil CoA formado pode ter dois destinos: citoplasma, onde poderá ser utiliza-
do na síntese de lipídeos de membrana, ou mitocôndria, onde será utilizado para
geração de energia. O destino final depende da necessidade do organismo.
Figura 7
Fonte: Nelson, 2014
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Figura 8
Fonte: Adaptado de Nelson, 2014
Figura 9
Fonte: Nelson, 2014
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O número de voltas, nesse ciclo, dependerá do número de carbonos do ácido graxo.
No caso de ac. Graxos de cadeia com número ímpar de carbono, o produto final
gerado é um acetil CoA e um propionil CoA, ao invés de dois Acetil CoA.
Balanço energético
Cada molécula de ácido palmítico produz, por meio da β- oxidação, 8 Acetil
CoA, 7 NADH, 7 FADH2.
Triacilgliceróis
De forma geral, são compostos resultante da reação de esterificação de ácidos
graxos, com três grupos hidroxilas do glicerol:
Figura 10
Fonte: Adaptado de Bruice, p. 490
São lipídeos que, diferente dos ácidos graxos, não aparecem com função estrutu-
ral, participando da composição de membranas biológicas, são lipídeos de reserva,
sendo armazenados nos adipócitos, células do tecido adiposo responsáveis pelo
armazenamento de gordura.
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Figura 11
Fonte: Adaptado de LASOŃ; OGONOWSKI, 2010
Fosfolipídeos
É uma classe de lipídeos que apresentam a seguinte estrutura:
Figura 12
Fonte: Khan Academy/OpenStax Biology
Como vemos na Figura acima, o fosfolipídeo é formado por uma “cabeça” hi-
drofílica e caudas hidrofóbicas. A porção da cabeça hidrofílica é formada por glice-
rol ligado ao grupo fosfato (que é carregado negativamente, o que aumenta a sua
interação com a água), já a cauda é formada por ácidos graxos de cadeia longa,
podendo ser do tipo saturadas ou insaturadas, ou ambas.
Por conta dessa estrutura, recebem o nome de anfifílicos, que significa que esta
estrutura possui regiões hidrofóbicas e hidrofílicas na mesma estrutura, o que per-
mite que ela faça interação entre dois ambientes diferentes.
Você já parou para pensar como as células mantém sua organização intacta
fisicamente, sendo que o nosso organismo tem uma grande proporção de água?
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Pois bem! Os fosfolipídeos exercem uma função muito importante nas membra-
nas celulares. Para que as células mantenham sua estrutura física em nível organi-
zacional, é necessário que haja uma barreira que separe o meio celular de todo o
resto do entorno.
Figura 13
Fonte: Khan Academy/OpenStax Biology
Glicolipídeos
São lipídeos ligados a moléculas de carboidratos. Essa união se dá pela ligação
de um carboidrato ligado a um grupo álcool de um lipídeo, por meio de uma li-
gação glicosídica.
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Esteroides
Os lipídeos classificados como esteroides apresentam as mais variadas funções
no organismo, mas quimicamente todos eles apresentam a mesma estrutura básica:
três anéis (A, B e C) de seis átomos e um com cinco (D) fundidos entre si:
C D
A B
Figura 14
Boca
A maior parte dos lipídeos ingeridos na dieta são do tipo triacilgliceróis e, embo-
ra não ocorra a digestão propriamente dita na boca, pois não acontece nenhuma
reação de hidrólise dessas moléculas, a etapa da boca é mencionada, pois aqui a
presença dos lipídeos estimula a secreção da lipase lingual.
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Sua atuação é quase irrelevante, principalmente, pela sua localização na base da
língua. Sendo assim, não permanece na língua.
Estômago
Quando o alimento chega no estômago, a lipase gástrica digere uma pe-
quena parte dos lipídeos. O pH, demasiadamente ácido, reduz a velocidade da
atividade da lipase gástrica. Com isso, apenas poucas cadeias de ácido graxos
são quebradas.
Duodeno
Nessa porção do intestino, ocorre a digestão propriamente dita. Aqui, a presen-
ça do bolo alimentar acidificado estimula a liberação do hormônio colicistocinina
que, por sua vez, estimula a liberação da bile e a secreção de enzimas pancreáticas.
Absorção
Ainda no duodeno, após a ação das lipases, os ácidos graxos e os diglicerídeos
podem ser absorvidos. A absorção desses lipídeos pela mucosa duodenal envolve a
formação de uma estrutura importante chamada de micela.
A micela é uma estrutura que reúne e mantém unidas entre si por meio de inte-
rações fracas (força de Van der Walls) moléculas anfifílicas.
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Figura 16
Fonte: Nelson, 2014
Transporte
Após serem absorvidos pelas células intestinais, os ácidos graxos são direciona-
dos ao retículo endoplasmático liso, onde serão convertidos novamente em triacil-
gliceróis e incorporados em uma outra estrutura chamada quilomícron.
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Explor
Estrutura molecular de um quilomícron: http://bit.ly/30JL6Tu
HDL
Lipoproteína de alta densidade ou Hight Density Lipoprotein é caracterizada
por possuir o menor tamanho de partícula, mas a maior densidade dentre as três
formas do quilomícron.
O HDL transporta o excesso de colesterol dos tecidos para o fígado, para que
possa ser eliminada pelo organismo, por isso é conhecido como “bom colesterol”.
LDL
Lipoproteína de alta densidade ou Low Density Lipoprotein, responsável por
transportar o colesterol do fígado e do intestino proveniente da dieta para os
locais onde serão produzidos esteroides, além de serem distribuídos às membra-
nas celulares.
É conhecido como o “mau colesterol”, justamente por sua função estar associa-
da a doenças cardíacas.
VLDL
As lipoproteínas de densidade muito baixa (Very-Low Density Lipoproteins)
são responsáveis por transportar triacilgliceróis do fígado para o músculo e o
tecido adiposo.
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Figura 17
Fonte: Nelson, 2014
Figura 18
Fonte: Adaptado de UFPE
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Lipogênese
Triacilgliceróis
A biossíntese dos triacilgliceróis envolve algumas etapas importes. Ela ocorre
no tecido adipose e no fígado, mais especificamente, no retículo endoplasmático
liso das células, embora algumas enzimas envolvidas encontram-se no citosol e
na mitocôndria.
Figura 19
Fonte: Wikimedia Commons
Fígado Fígado
Tecido Adiposo
Glocerol
(metabolismo das quilomícons no adipócito) Glicose
ATP
Glicólise
Glicerol quinase ADP
Dihidroxicetina-P
NADH
O glicerol-3-P pode Glicerol-3-P
ser produzido, NAD desidrogenase
diretamente, a Glicerol-3-P
partir do glicerol
no fígado, devido à
presença da enzima
glicerol quinase,
nesse orgão Triacilglicerol
Figura 20
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Glicerol 3 - Fosfato
Acil-CoA
aciltransderase
CoA-SH
ácido lisofosfofatídico
Acil-CoA
aciltransderase CoA-SH
ácido fosfatídico
H2O
Fosfatase Pi
Diacilglicerol
Acil-CoA
aciltransderase
CoA-SH
Triacilglicerol
Figura 21 – Biossíntese de Trianilglicerol
Biossíntese do colesterol
A síntese de colesterol ocorre em duas áreas das células (em mamíferos, na maior
parte em células hepáticas e intestinais), no citosol e no retículo endoplasmático.
Essa reação origina um precursor que após 20 reações sucessivas dará origem
à molécula de colesterol:
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Figura 22
Fonte: Wikimedia Commons
Na síntese dos ácidos graxos, teros como doadores de carbono (ponto de parti-
da), o acetil CoA e malonil CoA, eE como fonte redutora, teremos o NADPH.
Ocorre no citoplasma das células, em especial das células hepáticas, mas tam-
bém ocorre nas adiposas e glândulas mamárias.
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Figura 23
Fonte: Nelson, 2014
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Na Figura a seguir, temos a visão global do processo:
Figura 24
Fonte: Nelson, 2014
Quadro 1
Degradação Biossíntese
1 Acetil-CoA é o produto Acetil-CoA é o precursor
2 Molonil-CoA não está envolvido Molonil CoA é a fonte das unidades de dois carbonos
3 É um processo oxidativo, requer NAD+ e FAD e produz ATP É um processo redutor, requer NADPH e ATP
Ácidos graxos formam tioésteres com as proteínas
4 Ácidos graxos formam tioésteres com CoA-SH
transportadores de acila (ACP-SH)
5 Início na extremidade carboxila (CH3COO –) Início na extremidade metila (CH3CH2–)
6 Ocorre na matriz mitocondrial Ocorre no citosol
7 Os intermediários β-hidroxiacil apresentam a configuração L Os intermediários B-hidroxiacil apresentam a configuração D
Fonte: http://bit.ly/2sXH2CM
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Cetogênese e Cetólise
O termo cetogênese refere-se à formação de corpos cetônicos. Esses compostos
apresentam um grupo cetona em sua estrutura, e são conhecidos como acetoace-
tato, acetona e β-hidroxibutirato.
O O O
C C C
H3C CH2 O– H3C CH3
Acetoacetato Acetona
OH O
C C
H3C O–
CH2
H
D-beta-hidroxibutirato
Figura 25
Devemos nos lembrar de que esse processo é fisiológico, mas quando o orga-
nismo passa a ter acúmulo de corpos cetônicos, passa para um estado patológico
chamado de cetose.
Dessa forma, não é possível usar a glicose como fonte de energia, e o organismo
recorre a vias alternativas para sobrevivência.
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Figura 26
Fonte: Wikimedia Commons
b-hidroxibutirato
NAD+
1.1.1.30 NAD, H+
Acetoacetato
Succinil-CoA
2.8.3.5
Succinato
Acetoacetil-CoA
2.3.1.9 CoA
2 Acetil-CoA
Figura 27
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UNIDADE Energética e Metabolismo: Lipídeos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Ácidos graxos trans: doenças cardiovasculares e saúde materno-infantil
http://bit.ly/2RM5EGP
Importância dos ácidos graxos essenciais e os efeitos dos ácidos graxos trans do leite materno para o
desenvolvimento fetal e neonatal
http://bit.ly/3aFD0Qi
Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos
http://bit.ly/2tNzWBc
Estrutura, metabolismo e funções fisiológicas da lipoproteína de alta densidade
http://bit.ly/2TW7UOy
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Referências
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia em Contexto. São Paulo: Moderna, 2013.
BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4.ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2006. v. 2.
Ń
LASO , E., OGONOWSKI, J. Lipase – characterization, applications and methods
of immobilization. CHEMIK, v. 64, n. 2, p. 97-102, 2010.
Sites visitados
<http://www.lbqp.unb.br/bioq/htm/textos_explic/moleculas-intro/jan_micelas.
htm>. Acesso em: 05/09/2019.
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