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fa76ca32-SIADAP-3---MINUTA-3
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Exmo. Senhor
Presidente da Secção Coordenadora de
Avaliação do distrito de ________ - Director de
Finanças de _______
(ou)
Director-Geral da Autoridade Tributária e
Aduaneira
1º
O(A) reclamante foi avaliado(a) no ano de 2011 com a avaliação final
quantitativa de _____, tendo-lhe sido atribuída a menção final qualitativa de
“Desempenho __________”, conforme cópia que se junta sob documento n.º 1.
2º
Sucede que, o(a) ora Reclamante entende, que a nota final quantitativa e
qualitativa que lhe foi atribuída é manifestamente injusta e insuficiente, não
reflectindo, na íntegra, a sua competência e valia profissional, bem como o elevado
empenho e motivação que colocou no cumprimento das tarefas e objectivos que lhe
foram cometidos para o ano de 2011.
3º
Nessa sequência, apresentou, por escrito, junto do Avaliador, reclamação da
avaliação final qualitativa atribuída, ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 51º da
Portaria n.º 437-B/2009, de 24/04, tendo para o efeito indicado os fundamentos que
julga serem susceptíveis de alterar a avaliação atribuída, e que aqui se dão por
integralmente reproduzidos, conforme cópia que se junta sob documento n.º 2.
4º
Todavia, em sede de decisão sobre a reclamação realizada, o Avaliador
manteve a avaliação atribuída (conforme cópia que se junta sob documento n.º 3),
indeferindo, assim, o pedido efectuado pelo(a) ora Reclamante.
5º
Previamente à apreciação e enumeração dos motivos pelos quais discorda da
decisão de indeferimento, importa referir que o(a) ora Reclamante sempre foi um
funcionário exemplar, e prova disso são as classificações anteriormente por si detidas
(______).
6º
A discordância do(a) Reclamante tem por referência primordial a pontuação
atribuída aos objectivos fixados nos números _________ do ponto 3.1 do parâmetro
de avaliação “Resultados”, bem como com a avaliação atribuída às competências
comportamentais definidas e descritas nos números _______ do ponto 3.2 do
parâmetro de avaliação “Competências”, considerando que o valor atribuído às
mesmas não corresponde aos seus méritos e comportamento perante a organização,
não reflectindo, na íntegra, a elevada competência e valia profissionais demonstradas.
7º
Assim, iniciando a presente abordagem pelo item ___________, não
compreende nem aceita o(a) Reclamante o alegado pelo avaliador em sede de
resposta à reclamação, porquanto ___________
(…)
(…)
(…)
(…)
(…)
Pelos factos acima expostos, e por discordar do indeferimento da reclamação
apresentada, considera o(a) Reclamante que relativamente aos objectivos descritos e
definidos nos pontos ______, a pontuação atribuída deveria ser alterada para uma
notação correspondente a _____ pontos, respectivamente, e que demonstrou nos
itens ______, competência a um nível elevado, uma vez que o seu comportamento
salientou-se de um padrão médio exigível a um funcionário, não podendo aceitar a
pontuação atribuída pelo avaliador nos pontos ________ das competências
comportamentais, que deve ser alterada para ___________, respectivamente.
(…)
Para além de discordar das pontuações atribuídas nos itens acima identificados,
a fundamentação apresentada pelo avaliador na resposta à reclamação é, no seu
entendimento, manifestamente insuficiente e contraditória.
(…)
Isto porque, o avaliador ao considerar que a competência demonstrada pelo
reclamante nos itens _______ se enquadra no padrão médio exigível, não se revelando
superiores aos exigidos, importa justificar de forma mais concreta e objectiva tal
opinião ou constatação, o que não foi feito.
(…)
A fundamentação do acto administrativo tem por finalidade dar a conhecer ao
destinatário o percurso cognitivo e valorativo do autor daquele mesmo acto, de modo
a permitir uma defesa adequada e consciente dos direitos e interesses legalmente
protegidos do particular lesado.
(…)
Para tanto, a fundamentação tem que ser suficiente, clara e congruente. Tem de
permitir ao destinatário médio ou normal, colocado na posição do real destinatário do
acto, compreender a motivação que subjaz ao raciocínio decisório.
(…)
Ora, verifica o reclamante que as pontuações atribuídas e mantidas foram
fundamentadas pelo recurso à remissão para as definições genéricas dos diferentes
itens do parâmetro das competências comportamentais, invocando que reconhece os
comportamentos aludidos pelo reclamante, mas limitando-se a considerar que
“entende” que os comportamentos invocados pelo reclamante se conformam os
descritos na ficha de avaliação, correspondentes ao padrão médio exigível, sem mais
qualquer concretização.
(…)
Perante a reclamação apresentada e pormenorizada dos itens de avaliação que
o reclamante entendeu discordar, a resposta da entidade recorrida revela-se assim
vaga, imprecisa e insuficiente, não permitindo que aquele compreenda a motivação
que subjaz ao raciocínio decisório, ou seja, não lhe permite conhecer o percurso lógico
percorrido pela avaliadora nem as razões de facto, concretas e objectivas, justificativas
das pontuações atribuídas.
(…)
Nomeadamente, face aos factos e comportamentos invocados pelo reclamante
não percebe este as razões pelas quais o seu comportamento não se enquadra num
nível superior ao padrão médio exigível, e o que seria necessário em matéria de facto
para o seu comportamento se subsumir a um nível elevado.
(…)
Não estando suficientemente fundamentada não ficam garantidos os princípios da
imparcialidade, transparência e boa fé, que devem nortear a actividade da AP (cf.
artigos 5º, 6º e 6º-A do CPA), devendo concluir-se, que a resposta do avaliador à
reclamação está insuficientemente fundamentado, o que equivale à sua não
fundamentação, violando o n.º 3 do artigo 268º da CRP, e artigos 5º, 6º e 6º-A, 124º e
125º do CPA.
Termos em que,
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