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AO DOUTO JUÍZO DA _VARA DO TRABALHO DE POÇOS DE

CALDAS/MG

ROSEMARY LIDIA BARBOSA, brasileira, desempregada,


inscrita no CPF sob o nº 073.388.506-31, residente e domiciliada (...) vem
respeitosamente, por meio de seu advogado infra-assinado, com procuração anexa,
perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 840, §1º da CLT, propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

pelo rito ordinário em face do BANCO ITAÚ UNIBANCO S/A, pessoa jurídica de
direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº 60.701.190/0001-04, com sede na Praça
Alfredo Egydio de Souza Aranha, 100, B, Jabaquara, 04.344-902, no município de São
Paulo/SP e FUNDAÇÃO SAÚDE ITAU, pessoa jurídica de direito privado, inscrita
no CNPJ sob o nº 73.809.352/0002-47, com sede na Rua Curitiba, 689, Centro, 30170-
120, no município de Belo Horizonte/MG, pelos motivos de fato e de direito a seguir
expostos.
PRELIMINAR

A Reclamante faz jus aos benefícios da JUSTIÇA


GRATUITA, por ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, requerendo desde
logo, a isenção do pagamento das custas, com fundamento no artigo 4º. da Lei nº.
1060/50, alterada pela Lei nº. 7510/86 e artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição
Federal e Orientação Jurisprudencial nº. 331 da SDH do Colendo Tribunal Superior do
Trabalho.
Insta salientar que a Reclamante se encontra desempregada,
desde a demissão sem justa causa pelo banco Reclamado, e, portanto, sem condições
financeiros para suportar despesas adversas daquelas atinentes a sua subsistência e de
sua família.
A assistência judiciária está prevista no art. 5º, inciso LXXIV
da Constituição Federal e se fundamenta essencialmente no princípio do livre acesso à
justiça. Assim, é assegurado a todo indivíduo hipossuficiente, através da concessão do
benefício da justiça gratuita, que este pleiteie judicialmente o que lhe é devido e se
defenda, quando necessário.
Por essa razão, uma vez sendo evidente a hipossuficiência da
Reclamante, requer a concessão do benefício da justiça gratuita.

MÉRITO

I. CONTRATO DE TRABALHO
A Reclamada foi admitida em 03/09/2007, no cargo de
atendente de agência, pelo UNIBANCO – União de Bancos Brasileiros S.A, o qual
hoje é denominado Banco Itaú Unibanco S.A, após fusão entre os bancos, sendo que à
época fora registrada com salário no valor de R$ 1.299,09, com carga horária de 06
horas diárias. Na data de 17/01/2023, a Reclamante, cuja função passara a ser de
agente comercial, fora dispensada sem justa causa.
No decorrer do vínculo empregatício entre Reclamante e
Reclamada, em todos os anos dessa relação, é possível notar patente violação a
legislação, em especial trabalhista, restando evidentes os incontáveis prejuízos de
ordem moral e financeiros suportados pela Autora, conforme se passará a expor.

II. REMUNERAÇÃO

A remuneração da Reclamante era composta de salário base +


comissão de cargo + gratificação de atendente + remuneração variável + prêmios,
sendo que consta em seu registro na CTPS a última remuneração no valor de R$
2.642,05.
Todavia, o banco Reclamado deixou de remunerá-la da
maneira correta, conforme será detalhado.

II.I REMUNERAÇÃO FIXA

2.1.1 Das diferenças salariais – necessidade de recomposição salarial


É cediço que o banco Reclamado possuí políticas internas para
a remuneração fixa dos colaboradores, dentre os quais se destaca a Circular Normativa
Permanente RP – 52. Referido documento apresenta faixas salariais, as quais se
encontram divididas em níveis: mínimo, médio e máximo, a partir dos quais deverá ser
utilizada e respeitada a primeira faixa como referência salarial para cada cargo. No
entanto, o banco Reclamado jamais respeitou a sua própria política interna, de modo
que sempre remunerou os empregados com valores inferiores ao que estavam
previstos na normativa.
Decorre, portanto, diferenças salariais a serem apuradas.
No que concerne os aumentos salariais, verifica-se que estes
poderiam ocorrer a partir da promoção de cargos, mérito, enquadramento,
transferência ou convenção coletiva. Em relação a Reclamante, faz-se necessário
apurar a regularidade de sua remuneração, em especial quanto ao enquadramento,
mérito e promoção, tendo em vista fora promovida de cargo diversas vezes, alçando a
função de agente comercial como seu último cargo, e sempre obteve retornos e
avaliações extremamente positivos, os quais ensejariam aumento salarial por mérito.
Durante seu contrato de trabalho, a Reclamante sofreu diversas
transferências entre agências e cidades, sendo a primeira referente à transferência do
Unibanco para o Itaú e as demais conforme segue:



 xxx
É incontroverso que a Reclamante recebia quantia aquém do
que lhe seria devido, abaixo do ponto de sua faixa salarial, conforme se verifica na RP
– 52 e demonstrativos financeiros juntados e isso em decorrência de que não fora
observado pelo Reclamado as faixas mínima, média e máxima em cada vez que a
Reclamante tenha sofrido alteração de cargo ou transferência de agência/cidade.
Nota-se que na Circular Normativa Permanente RP -52 consta
expressamente, no item 4, regulamentação quanto ao aumento salarial: “No caso de
admissões, transferências e promoções, o primeiro ponto da faixa salarial deve ser
usado como referência”.
Em outras palavras, o aumento salarial implicaria
necessariamente a mudança de faixa, o qual estaria condicionado a determinados fatos,
mormente relacionados a cumprimento de metas e avaliações ou transferência.
Ocorre que, embora, a Reclamante fizesse jus aos aumentos
salariais, o banco Reclamado jamais os concedeu de maneira justa, nos moldes do
enquadramento salarial previsto no documento interno, o que, por óbvio, lhe causou
severos prejuízos de ordem financeira e moral.
Insta salientar, que em casos semelhantes ao da Reclamante
observa-se que o banco Reclamado realizou estudos salariais, a fim de, à título de
teste, modificar a forma de remuneração, especialmente em relação ao enquadramento.
São incontáveis os exemplos que podem ser analisados em ações distribuídas nesta
comarca, dentre estes, destaca-se o estudo salarial do funcionário, outrora também
contrato pelo Unibanco S.A, o Sr. Luiz Carlos Dias Moreira (documento anexo).
Depreende-se da análise do documento acostado que referido
estudo salarial é prova mais do que suficiente de que o banco Reclamado adota de
maneira arbitrária e sem qualquer transparência as políticas de remuneração e o plano
de cargos e salários, de modo que os empregados desconhecem as condições que de
fato lhes afetam em relação a remuneração. Ora, é indubitável que tal ação viola o
principio da igualdade/ isonomia, previsto constitucionalmente no art. 5º, caput da
CF/88.
Em razão disso, faz-se necessário mencionar que tais
documentos (políticas de remuneração, planos de cargos e salários, circulares
normativas, entre outros) não são públicos, ou seja, não estão disponíveis para que os
empregados os acessem, de modo que a Reclamante sequer teve ciência, durante todo
o seu período contratual, se sua remuneração estaria correta.
Uma vez que o acesso a tais documentos é extremamente
restrito e dificultoso, considerando a indispensável necessidade de inversão do ônus da
prova, conforme preconiza parágrafo 1º do art. 818 da CLT, requer a exibição dos
seguintes documentos em posse ao banco Reclamado, todas as agências em que a
Reclamante laborou:
 Política salarial interna e tabela de valores salariais desde o
ano de 2007;
 Circular Normativa RP 52;
 Tabela salarial com níveis mínimo, médio e máximo desde
o ano de 2007;
 Todas avaliações de desempenho da Reclamante, durante
todo o período contratual;
 Comprovante de todas transferências de cidade e agência
realizados pela Reclamante.

A não exibição dos referidos documentos deverá implicar a


aplicação da penalidade prevista no art. 400 do CPC e art. 129 do CC.

Ato contínuo, requer seja deferida o pagamento da diferença


salarial a Reclamante em 70% (setenta por cento), do valor apurado entre o salário
base recebido e o valor máximo previsto para o correto enquadramento na faixa
salarial, com aplicação dos índices de reajustes salariais previstos enquanto a vigência
do contrato de trabalho, desde a sua admissão no ano de 2007 e os respectivos reflexos
13ºs. salários, férias + 1/3, comissão de cargo, gratificação de função, FGTS + 40%,
horas extras (pagas e a serem pagas) e reflexos legais.
Requer ainda seja deferida e determinada a apuração dos
referidos valores por prova pericial técnica contábil.
Quedando-se inerte o banco Reclamado quanto a exibição dos
documentos, requer seja aplicada a penalidade prevista no art. 400 do CPC e art. 129
do CC, de modo que a diferença salarial seja arbitrada pelo d. magistrado, com os
devidos reflexos na comissão de cargo, gratificações, décimo terceiro salário, férias +
um terço, FGTS + multa 40% e aviso prévio.

2.1.2 Das diferenças salariais – progressão por mérito e promoção

A Circular Normativa RP – 52 prevê expressamente item 4.1


que “para contratações em cargos de entrada ou piso, a faixa salarial específica deve
ser respeitada”. O documento menciona critérios atinentes a tempo de serviço e
mérito, com especial menção a performance obtida pelo empregado nas avalições
(item 4.2 e 4.3) e critérios para promoção. Ademais, há previsão para que o aumento
salarial, ocorresse nos seguintes termos: a) tempo mínimo de 06 meses com aumento
máximo de 10% do salário; b) no caso de promoção, tempo mínimo de um ano, sem
que tivesse havido aumento por mérito nos últimos seis meses, cujo percentual poderia
variar entre 10% e 15%, com máximo de 25%.
Assim como mencionado quanto ao enquadramento da
Reclamante, o banco Reclamado não respeitou as suas próprias normativas internas
para remunerar a obreira.
Uma vez que o acesso a tais documentos é extremamente
restrito e dificultoso, considerando a indispensável necessidade de inversão do ônus da
prova, conforme preconiza parágrafo 1º do art. 818 da CLT, requer a exibição dos
seguintes documentos em posse ao banco Reclamado, todas as agências em que a
Reclamante laborou:
 Política salarial interna e tabela de valores salariais desde o
ano de 2007;
 Circular Normativa RP 52;
 Tabela salarial com níveis mínimo, médio e máximo desde
o ano de 2007;
 Todas avaliações de desempenho da Reclamante, durante
todo o período contratual;

A não exibição dos referidos documentos deverá implicar a


aplicação da penalidade prevista no art. 400 do CPC e art. 129 do CC.

Ato contínuo, requer seja deferida o pagamento da diferença


salarial a Reclamante, sendo a título de mérito a cada 06 meses e a título de promoção
a cada 1 ano, desde a sua admissão no ano de 2007, no percentual máximo, conforme
previsão da Circular Normativa RP -52, com os devidos reflexos em comissão de
cargo, qualificação de função, décimos terceiros salários, férias + 1/3, FGTS + 40% de
multa e aviso prévio.
Requer ainda seja deferida e determinada a apuração dos
referidos valores por prova pericial técnica contábil.
Quedando-se inerte o banco Reclamado quanto a exibição dos
documentos, requer seja aplicada a penalidade prevista no art. 400 do CPC e art. 129
do CC, de modo que a diferença salarial seja arbitrada pelo d. magistrado, com os
devidos reflexos na comissão de cargo, gratificações, décimo terceiro salário, férias +
um terço, FGTS + multa 40% e aviso prévio.

II.II REMUNERAÇÃO VARIÁVEL

2.2.1 Remuneração variável mensal – AGIR/PIP/TRILHAS

O banco Reclamado oferece a seus colaborados um programa


de remuneração variável, o qual é denominado AGIR/TRILHAS, cuja previsão está na
Circular Normativa Permanente – RP 19. Para a função exercida pela Reclamante o
percentual máximo previsto é de 73% sobre a remuneração mensal.
Referido programa tinha como premissa o cumprimento das
metas de produção estabelecidas pelo próprio banco Reclamado, sendo que as
condições e regras estavam previstas na normativa interna mencionada alhures, dentre
os quais se destaca o pagamento de premiação por indicação de clientes/vendas de
produtos.
A denominação das verbas eram variáveis conforme os
serviços e produtos ofertados. Assim, como exemplo, tem-se: Prem. Seguros, Prem.
Cartões Credito, Prem. Capitalização, Plano de Previdência Privada – PPP, entre
outros, os quais poderiam corresponder a 50% da remuneração mensal da Reclamante,
nos termos previstos na RP – 19.
A Reclamante sempre laborou com foco nas vendas. Junto aos
seus colegas de agência dedicava-se incansavelmente para atingir as metas e os
resultados esperados, sendo que o resultado ao final do mês era coerente com o
esforço de todos. Por assim dizer, embora tenha se dedicado com afinco a
remuneração variável nunca era condizente, ou sequer proporcional, ao resultado
entregue.
Ainda que não houvesse qualquer justificativa plausível para a
remuneração menor do que a esperada, haja vista o alto volume de vendas de serviços
e produtos, a Reclamante nunca recebeu devidamente a remuneração variável.
Destaca-se, além disso, que os critérios utilizados pelo banco Reclamado para o
pagamento das referidas verbas jamais foram transparentes, ou até mesmo explicito,
restando evidente patente violação as normas internas da instituição financeira e ao
principio da isonomia, assegurado na Constituição Federal.
Por conseguinte, é medida necessária que se determine a
exibição de documentos pelo banco Reclamado. Requer, portanto, seja intimado o
banco Reclamado a exibir os documentos listados abaixo, sob pena de aplicação do
art. 400 do CPC e art. 129 do CC:
a) os NORMATIVOS INTERNOS do Banco que
regulamentam as condições necessárias para a percepção
das verbas variáveis decorrentes das premiações por
indicação/venda de produtos, tais como: débito automático,
seguros, capitalização, conta corrente, empréstimo
consignado (“Prem. SEGUROS.”, “Prem. CARTOES
CREDITO.”, “Prem. CAPITALIZACAO.”, “Prem.
SUPER CAPITALIZAÇÃO”, “Prem. Previdência”,
“Prêmio Travellers Cheques”, “Prêmio Consórcio”,
“Seguros”, Plano de Capitalização”, “Cartões de Crédito”,
“Plano de Previdência Privada”, “Traveilers Cheques” e
“Consórcio”) dentre outras;
b) os balancetes diários das agências onde esteve lotada a
Reclamante, que comprovem a receita e as despesas
obtidas, mês a mês;
c) as planilhas mensais contendo as metas estabelecidas para
as agências, com os respectivos resultados alcançados, e os
relatórios discriminando de forma detalhada todas as
vendas de produtos efetuados na matrícula da autora, bem
como as metas e resultados específicos da reclamante;

A exibição dos referidos documentos é indispensável para


apuração do valor correto devido a Reclamante.
Desta forma, requer desde já seja determinada a perícia técnica
contábil e uma vez caracterizada a natureza salarial, requer a incorporação das
diferenças salariais na remuneração, bem como os reflexos sobre DSRs – inclusive
sábados e feriados, décimos terceiros salários, férias +1/3, comissão de cargo,
gratificação de função, horas extras (pagas e as que serão pagas), bem como os
reflexos legais, FGTS + 40% de multa e aviso prévio.

Caso o banco Reclamada quede-se inerte quanto a exibição dos


documentos, requer seja aplicada a penalidade do art. 400 do CPC e art. 129 do CC, de
modo que sejam consideradas devidas as diferenças salariais nos seguintes moldes:

a) sendo a título da verba AGIR, com base nos limites


e percentuais máximos previstos para o seu cargo,
no importe correspondente a 73% (Básico + RSR)
da remuneração mensal obreira, consoante RP-19
anexa, conforme se apurar em liquidação;
b) sendo a título de Prêmios por Indicação de
Clientes/Produtos/Trilhas, com base nos limites e
percentuais máximos previstos para o seu cargo, no
importe correspondente a 50% da remuneração
mensal obreira, consoante RP-19 anexa, conforme
se apurar em liquidação.

II.2.2 Remuneração variável mensal – PLR/PCR / PR

É cediço que além da remuneração fixa e os valores viáveis


recebidos mensalmente, o banco Reclamado concedia aos empregados bonificações
semestrais, as quais eram denominadas PLR, PCR e PR, conforme o cumprimento de
metas por funcionário e agência.
Salienta-se que o PLR era pago de acordo com a previsão da
Convenção Coletiva de Trabalho.
Por outro lado, o pagamento de Participação de Resultados (PR)
ocorria em conformidade com as políticas internas da instituição, em especialmente
quando a agência em que o empregado estivesse alocado obtivesse lucro. Referido
pagamento era pautado em faixas, as quais variavam de 1 a 5, sendo que o valor
mínimo seria equivalente ao PLR previsto na CCT e o valor máximo até R$
40.000,00. Nesse sentido, os valores poderiam variar proporcionalmente em relação
aos resultados obtidos pela agência, bem como a produtividade e avaliação do
empregado pelos atendimentos realizados.
Ocorre que a Reclamante nunca fora certificada quanto a
regularidade destes pagamentos, ou seja, os valores pagos não eram esclarecidos, de
modo que sempre eram menores do que o devido.
Com relação ao tema é indispensável que se realize a prova
pericial contábil, a qual demonstrará que as parcelas pagas à título de participação nos
resultados – PR possui natureza salarial, sendo que, portanto, deverá ser integrada à
remuneração.
Isso ocorre visto que a Circular Normativa AG-23 dispõe que o
programa AGIR, elucidado em detalhes no item anterior, prevê que sejam
estabelecidas metas, bem como avaliação de desempenho e produtividade, para que se
efetuem os pagamentos dos prêmios mensais e semestrais, dentre elas o PR.
Verifica-se, a partir disso, que a parcela paga referente ao PR
não se confunde com PLR. A primeira constituiu premiação paga ao empregado pela
sua produtividade, como uma recompensa. Em contrapartida, o PLR, como o próprio
nome aduz, é uma participação nos lucros obtidos pela instituição financeira,
conforme a competência, de modo que o empregado receberá sua quota parte de
maneira proporcional.
A partir disso, é notável que o banco Reclamado age na
tentativa de dissimular o pagamento de comissões e prêmios sob o disfarce de
Participação nos Lucros e Resultados, a fim de elidir a natureza salarial e os
respectivos reflexos na seara trabalhista.
Por assim dizer, ao condicionar o pagamento ao desempenho
individual do empregado há patente distorção da Lei 10.101/2000, a qual prevê no art.
2º, parágrafo 1º, inciso I que a fixação de metas, resultados e prazos pressupõe a
satisfação destas condições pela categoria profissional como um todo e não em cada
individuo de maneira isolada.
Insta salientar ainda que o prêmio se configura como uma
modalidade de salário condição, ao qual se vincula e condiciona ao cumprimento de
exigências produtivas e de eficiência, de modo que a sua natureza salarial não pode ser
violada.
No mais, há de se ressaltar que a metodologia adotada pelo
banco Reclamado é demasiadamente duvidosa. A apuração ocorre através de
levantamentos mensais e individuais a participação de cada empregado nos negócios
celebrados, no entanto o pagamento ocorre semestralmente e anualmente.
É incontroverso que a conduta do banco Reclamado viola os
preceitos legais e que a referida parcela é completamente diversa da parcela de PLR,
se tratando, portanto, exclusivamente de prêmio.
Corroborando ao que se expõe, é o entendimento da Corte
Superior, conforme demonstram as emendas:
RECURSO DE REVISTA. PARCELA PAGA SOB A
DENOMINAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E
RESULTADOS – NATUREZA JURÍDICA. ART. 457, §1º
DA CLT. PROVIMENTO. A parcela denominada pelo
empregador de Participação nos Lucros e Resultados, prevista
em norma interna que estabelece como critério para seu
pagamento o desempenho individual, com atendimento de
metas, não tem relação com os -índices de produtividade,
qualidade ou lucratividade da empresa-, como disciplina o art.
2º da Lei 10.101/2000, o que demonstra que tal parcela não se
trata de Participação nos Lucros, mas sim de verdadeiro
prêmio, com natureza salarial, integrando o salário, nos termos
do art. 457, § 1.º, da CLT. Recurso de revista conhecido e
provido. (...)
(RR - 1771-59.2012.5.02.0083, Relator Desembargador
Convocado: Cláudio Armando Couce de Menezes, Data de
Julgamento: 19/11/2014, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT
28/11/2014)

RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA


VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. PREMIAÇÃO POR
RESULTADOS. PROGRAMA AGIR. NATUREZA
JURÍDICA. No presente caso, o Tribunal Regional assentou
que podem participar do programa "AGIR" gerentes de
agências e de contas, o qual corresponde a um sistema de
remuneração variável, instituído unilateralmente pelo
reclamado, pago ao final do semestre e da apuração dos
resultados, "pela pontuação obtida no programa Agir Bem em
cada um dos trimestres e no semestre". O Colegiado de origem
concluiu que a referida verba tem natureza salarial, sendo paga
como um incentivo à produtividade e com habitualidade. Esta
Corte tem entendido que a parcela estabelecida por
regulamento empresarial e denominada pelo empregador como
Participação nos Resultados, tendo como requisito para o seu
percebimento o atendimento de metas pelo empregado, não
possui a mesma natureza jurídica da verba estabelecida no art.
2º, § 1º, I, da Lei nº 10.101/2000, não configurando, assim,
participação nos lucros ou resultados. Precedentes. Intactos,
portanto, os dispositivos invocados. Arestos inservíveis
(Orientação Jurisprudencial nº 147, I, da SBDI-1) ou
provenientes de órgãos não elencados no art. 896, "a", da CLT.
Recurso de revista não conhecido (RR-232-45.2015.5.03.0012,
5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT
15/03/2018).

São incontáveis os julgados paradigmas ao presente caso.


Todavia, o que importa elucidar, em verdade, é que o pagamento habitual das parcelas
variáveis referentes ao programa AGIR – módulo semestral, vinculadas ao
desempenho do empregado e a sua produtividade, visam exclusivamente ludibriar a
legislação e mascarar o pagamento de comissões e prêmios a fim de desvirtuar a sua
verdade natureza, que é salarial.
Por conseguinte, é medida necessária que se determine a
exibição de documentos pelo banco Reclamado. Requer, portanto, seja intimado o
banco Reclamado a exibir os documentos listados abaixo, sob pena de aplicação do
art. 400 do CPC e art. 129 do CC:

a) Cartilhas e Circulares Normativas Permanentes referentes a


PLR, PCR e PR, com as respectivas planilhas e
demonstrativos da lucratividade e resultados das agências
em que a Reclamante laborou;
b) Relatórios detalhados das despesas das agências, os
balancetes mensais destas agências que comprovem
receitas e despesas mensalmente, de todo o período
laborado, bem como apresente o lucro líquido auferido
detalhando os respectivos valores lançados à título de
provisão de devedores duvidosos para abatimento da
receita;
c) Planilhas mensais contendo as metas estabelecidas para as
agências em que a Reclamante laborou e os respectivos
resultados alcançados.

A exibição dos referidos documentos é indispensável para


apuração do valor correto devido a Reclamante.
Desta forma, requer desde já seja determinada a perícia técnica
contábil e uma vez caracterizada a natureza salarial, requer a incorporação das
diferenças salariais na remuneração, bem como os reflexos sobre DSRs – inclusive
sábados e feriados, décimos terceiros salários, férias +1/3, comissão de cargo,
gratificação de função, horas extras (pagas e as que serão pagas), bem como os
reflexos legais, FGTS + 40% de multa e aviso prévio.
Caso o banco Reclamada quede-se inerte quanto a exibição dos
documentos, requer seja aplicada a penalidade do art. 400 do CPC e art. 129 do CC, de
modo que seja considerado devido a Reclamante, em todos os semestres laborados, o
teto máximo previstos nas Circulares Normativas no valor de R$ 40.000,00, com os
respectivos reflexos nas mesmas parcelas mencionadas alhures.

III. HORAS EXTRAS

A Reclamante fora admitida para cumprir jornada de 06 horas


diárias, no horário de (...), com intervalo de (...). Ocorre que raras foram as vezes que a
Reclamante não encerrou seu labor após o término do seu expediente.
O banco Reclamado adota o controle de jornada eletrônica, no
entanto estes demonstrativos não guardar veracidade alguma dos fatos que aconteciam.
Tal circunstância poderá ser perfeitamente elucidada através do depoimento pessoal da
Reclamante e oitiva de testemunhas.
Insta salientar que a Reclamante, em sua função de agente
comercial, não detinha poder de mando, descaracterizando por completo qualquer
possibilidade de ter um cargo de confiança ou chefia, os quais poderiam dispensá-la do
controle de jornada e pagamento pelas horas extraordinárias. Para mais, a Reclamante
não tinha qualquer autonomia para tomada de decisões ou qualquer atividade que
implicasse dar ordens a subordinados.
Assim, é inquestionável que a Reclamante detinha cargo de
mera execução, fazendo jus, portanto, ao pagamento das horas extraordinárias,
conforme art. 224, caput da CLT.
À vista disso, requer sejam apuradas e devidamente pagas as
horas extras laboradas com adicional de 50% e os respectivos reflexos.
IV. INTERVALO INTRAJORNADA

Inicialmente é primordial destacar que a Reclamante não


deverá ser afetada pelas alterações legislativas ocorridas pela Lei 13.467/2017, visto
que fora admitida preteritamente as mudanças. Sendo assim, pela aplicabilidade do
principio da irretroatividade das leis, à luz do art. 5º, inciso XXXVI da CF e art. 6º da
LINB, deverá ser preservado no presente caso a legislação mais benéfica.
No que tange ao intervalo intrajornada, tal qual mencionado
alhures, a Reclamante não usufruía do período integral que lhe seria devido, qual seja
01 hora/dia, de modo que o banco Reclamado deverá ser condenado ao pagamento
integral do intervalo com adicional de 50%, nos termos do parágrafo 4º do art. 71 da
CLT, Súmula 27 do TRT e OJ nº 307 da SDI – I do TST.
É esse o entendimento do C. TST sobre tema em casos
paradigmas, conforme se vê na emenda abaixo:

“RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. INTERVALO


INTRAJORNADA. O direito ao intervalo intrajornada previsto
no art. 71 da CLT resulta da jornada efetivamente cumprida,
independentemente da jornada prevista em contrato. Desse
modo, a não-concessão total ou parcial do intervalo
intrajornada mínimo de uma hora ao empregado contratado
para jornada de seis horas que é excedida implica o pagamento
total do valor relativo ao período correspondente, com
acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho (art.71, § 4º da CLT). Recurso de
Revista de que se conhece e a que se dá provimento” (TST RR
39/2002- 900-11-00, 5. T. Rel. Min. João Batista Brito Pereira)

À vista disso, em razão da supressão, requer seja o banco


Reclamado condenado ao pagamento de uma hora diária de intervalo intrajornada com
adicional de 50% e os respectivos reflexos.
V. INTERVALO ANTES DA JORNADA
EXTRAORDINÁRIA – ART. 384 DA CLT

Embora o art. 384 da CLT tenha sido revogado pelas


mudanças legislativas ocorridas em virtude da Lei 13.467/2017, em atenção ao
principio da irretroatividade da lei, fulcro art. 5º, inciso XXXVI da CF e art. 6º da
LINB, tendo em vista a admissão pretérita faz jus ao recebimento do valor referente ao
intervalo não concedido.
Referido artigo aduzia:

“Art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será


obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo,
antes do início do período extraordinário do trabalho.”

É certificado pela jurisprudência do C. TST que a Constituição


Federal assegura a mulher os 15 minutos como jornada extraordinária em caso de
supressão. No julgamento IINRR – 1540/2005-046-12-00.5 fora certificado que não há
inconstitucionalidade no dispositivo legal, de modo que deverá ser aplicado nos casos
em que a Autora fizer jus.
No mais, insta reiterar que a Autora não deverá ser atingida
pelas mudanças trazidas pela Lei 13.467/17, visto que sua relação com o banco
Reclamado se deu preteritamente, encontrando-se assegurado o seu direito pela
irretroatividade da lei.
Desta forma, requer a condenação do banco Reclamado ao
pagamento de 15 minutos diários como hora extra com o respectivo adicional de 50%
mais os devidos reflexos.

VI. BASE DE CÁLCULO – HORAS


EXTRAS/ADICIONAIS/REFLEXOS
É indispensável que para apuração e cálculo das horas extras,
adicionais e reflexos, seja considerada a real remuneração da Reclamante. Isto é,
imprescindível que à remuneração sejam acrescidas as diferenças salariais deferidas e
apuradas na presente demanda, de modo que a base salarial da Reclamante consistirá
em: salário base + comissão de cargo + gratificação de função + remuneração variável
– AGIR/TRILHAS/PIP + gratificações + prêmios + PLR.
Desta forma, todas as horas extras pleiteadas, seja pela jornada
extraordinário ou decorrentes da supressão do intervalo intrajornada e da pausa
intervalar, tenham sido elas pagas ou não, deverão ser submetidas a apuração a fim de
verificar as diferenças, mormente em relação aos DSRs, sábados e feriados, conforme
as Convenções Coletivas de Trabalho, sendo que tanto as horas extras quanto os
repousos deverão refletir em décimos terceiros salários, férias + 1/3, FGTS + 40% de
multa e aviso prévio, nos termos preconizados pelas Súmulas 45, 63, 93, 151 e 172 do
TST.
Portanto, requer sejam consideradas na base cálculo das horas
extras, pagas e não pagas + reflexos legais, as diferenças salariais deferidas e apuradas
nesta demanda, para os devidos fins.

VII. DANO EXTRAPATRIMONIAL

É cediço que o vínculo empregatício implica uma


subordinação jurídica do empregado frente ao empregador, sendo que esta
subordinação está diretamente relacionada ao contrato de trabalho, o qual impõe
limites a relação. Vislumbra-se com esses limites assegurar que o empregado labore
em condições adequadas e salubres, em especial quanto ao respeito que lhe é
conferido.
É dever do empregador assegurar a integridade física e
psíquica do empregado, assumindo todos os riscos inerentes a sua atividade econômica
sem que haja prejuízos ao trabalhador.
Ocorre que por vezes o empregador age em desacordo com a
legislação e os bons costumes, podendo vir a gerar danos extrapatrimoniais ao
empregado, valendo-se da subordinação e do poder diretivo de maneira
demasiadamente arbitrária.
Nas ocasiões em que há patente violação da dignidade da
pessoa humana e dos demais direitos assegurados ao empregado, é dever do
empregador repará-lo por tais danos, através da indenização.
Referida reparação se fundamenta na teoria da
responsabilidade civil, a qual assevera que aquele que causar dano a outrem terá o
dever de repará-lo (art. 186 do Código Civil). O dever de reparação insurge quando o
empregado age ativamente ou por omissão de maneira negligente ou imprudente,
violando direitos, cometendo ato ilícito.
Tem-se como pressupostos da reparação pelos danos a
existência de conduta do agente (empregador), ofensa a bem jurídico tutelado ou dano
e nexo causal entre a ação e o dano. O art. 927 caput do Código Civil dispõe acerca da
responsabilidade civil subjetiva, a qual tem como pressupostos: o ato ilícito em razão
de conduta culposa ou abusividade do agente; dano moral/extrapatrimonial ou
patrimonial e o nexo causal entre a conduta do agente e o dano suportado.
No caso em tela, verificar-se-á que a conduta do banco
Reclamado por diversas vezes se deu de maneira excessivamente arbitrária e contrário
aos preceitos legais e morais.
Em diversas ocasiões a Reclamante fora assediada
moralmente, através de cobranças desmedidas por parte da gerência, bem como era
cobrada pelo cumprimento de metas descabidas para o cenário econômico da
localidade em que laborava.
Não bastante tamanho constrangimento e pressão,
constantemente recebia ameaças de transferência de agência e demissão, sob
fundamentos inverídicos. Para mais, por vezes, recebia feedbacks negativos, os quais
não guardavam nenhuma veracidade e totalmente divergentes da realidade.
Embora seja um assunto bastante discutido, extrapolando até
mesmo a seara judicial, é público e notório que as metas estabelecidas para
empregados de instituições financeiras destoam completamente da realidade,
implicando severos danos psíquicos, em consequência da pressão sofrida para o
cumprimento destas metas. Com a Reclamante não fora diferente.
Não bastasse toda a pressão suportada cotidianamente, em
dado momento a Reclamante enfrentou problemas de saúde e, além de não ter
recebido qualquer auxílio por parte da gerência da agência em que estava lotada,
sofreu diversos constrangimentos pelo gestor Sr. Renan. Embora ainda não tivesse um
diagnóstico da doença pela qual estava acometida, informou reiteradamente que não
estava se sentindo bem.
Apesar de todos os alertas, o gestor insistiu para que ela
continuasse as atividades normalmente para atingir as metas. Já bastante
sobrecarregada pela demanda diária e se sentindo mal, o gestor lhe incumbiu de uma
tarefa fora de escopo. Havendo cumprido a tarefa de maneira insatisfatória sob a ótica
do gestor, este, de maneira extremamente grosseira, pediu que a Reclamante se
retirasse de sua própria mesa.
Na ocasião, com emocional demasiadamente abalado, a
Reclamante teve uma hemorragia uterina, necessitando ser socorrida pelo Serviço de
Atendimento Médico de Urgência – SAMU que a levou para o hospital.
Apesar de ter presenciado todo o ocorrido, o gestor não teve
empatia para com a Reclamante, sendo que após o fato continuou a pressioná-la.
Durante todo o período laborado, mas especialmente nos
meses que antecederam a licença maternidade da Reclamada e a posterior demissão
sem justa causa, esta foi ameaçada diversas vezes com transferências para outras
agências, inclusive de outras cidades, além de frequentes ameaças de demissão.
Evidencia-se a partir disso que a Reclamante sofria
perseguição por parte da gerência, mormente do gestor Sr. Renan, cumulado a
sobrecarga de trabalho.
Essa sobrecarga era intensificada pelos e-mails recebidos
diariamente, os quais cobravam o cumprimento das metas e o retorno das vendas feitos
pelos empregados. Necessário ressaltar que as metas mudavam de configuração
(mensal, semanal e diária) até que passaram a ser por hora, mediante o envio constante
de relatórios de produtividade e vendas.
Todas essas circunstâncias, obviamente, geraram desgaste
psicológico e emocional, de modo que a Reclamante suportou tamanha pressão que a
afetou irreparavelmente.
Importante destacar que todos os fatos narrados poderão ser
corroborados pelo depoimento pessoal da Reclamante e oitiva das testemunhas.
À vista disso, faz-se necessário a indenização pelos danos
extrapatrimoniais suportados, de modo que requer o arbitramento do quantum
indenizatório pelo douto magistrado, considerando especialmente a extensão do dano,
a culpabilidade e porte da empresa e o caráter pedagógico da punição, em importe não
inferior do que a cinco vezes do valor da última remuneração da Reclamante.

VIII. DOS PEDIDOS


Pelo exposto, requer:
a) A concessão do benefício da Justiça Gratuita para a
Reclamante em razão da consideração de miserabilidade;
b) Seja condenado o banco Reclamado ao pagamento da
diferença salarial a Reclamante em 70% (setenta por
cento), do valor apurado entre o salário base recebido e o
valor máximo previsto para o correto enquadramento na
faixa salarial, com aplicação dos índices de reajustes
salariais previstos enquanto a vigência do contrato de
trabalho, desde a sua admissão no ano de 2007, conforme
se apurar em prova pericial técnica contábil, que desde já
fica requerida. Por conseguinte, faz jus aos reflexos 13ºs.
salários, férias + 1/3, comissão de cargo, gratificação de
função, FGTS + 40%, horas extras (pagas e a serem pagas)
e reflexos legais. Caso não haja a exibição dos documentos
requeridos, requer a aplicação da penalidade prevista no
art. 400 do CPC e art. 129 do CC, de modo que a diferença
salarial seja arbitrada pelo d. magistrado, com os devidos
reflexos na comissão de cargo, gratificações, décimo
terceiro salário, férias + um terço, FGTS + multa 40% e
aviso prévio............................................. R$ (...)
c) Seja condenado o banco Reclamado ao pagamento da
diferença salarial a Reclamante, sendo à título de mérito a
cada 06 meses e a título de promoção a cada 1 ano, desde a
sua admissão no ano de 2007, no percentual máximo,
conforme previsão da Circular Normativa RP -52, com os
devidos reflexos em comissão de cargo, qualificação de
função, décimos terceiros salários, férias + 1/3, FGTS +
40% de multa e aviso prévio, conforme se apurar em prova
pericial técnica contábil, que desde já fica requerida. Por
conseguinte, faz jus aos reflexos 13ºs. salários, férias + 1/3,
comissão de cargo, gratificação de função, FGTS + 40%,
horas extras (pagas e a serem pagas) e reflexos legais. Caso
não haja a exibição dos documentos requeridos, requer a
aplicação da penalidade prevista no art. 400 do CPC e art.
129 do CC, de modo que a diferença salarial seja arbitrada
pelo d. magistrado, com os devidos reflexos na comissão
de cargo, gratificações, décimo terceiro salário, férias + um
terço, FGTS + multa 40% e aviso
prévio ............................................. R$ (...);
d) Seja condenado o Banco Reclamado ao pagamento das
diferenças salariais oriundas das verbas decorrentes do
Programa de Remuneração Variável - “Agir Trilhas/PIP”,
conforme se apurar mediante prova pericial técnica
contábil, que desde já fica requerida, bem como a sua
incorporação na remuneração, dada a natureza salarial,
com os reflexos em DSR´s, inclusive sábados e feriados, na
forma das CCTs da categoria, 13ºs. salários, férias + 1/3,
comissão de cargo, gratificação de atendente, horas extras
pagas e por pagar-se, FGTS + multa de 40% e aviso prévio,
conforme se apurar em prova pericial técnica contábil, que
desde já fica requerida media. Caso o banco Reclamada
quede-se inerte quanto a exibição dos documentos, requer
seja aplicada a penalidade do art. 400 do CPC e art. 129 do
CC, de modo que sejam consideradas devidas as diferenças
salariais, no importe correspondente a 73% (básico + RSR)
da remuneração mensal da Reclamante, consoante RP -19 e
para prêmios por indicação de clientes/produtos/trilhas no
limite máximo e percentuais previstos no importe de 50%
da remuneração mensal e diante da natureza salarial sejam
deferidos os reflexos DSR´s, inclusive sábados e feriados,
na forma das CCTs da categoria, 13ºs. salários, férias +
1/3, comissão de cargo, gratificação de atendente, horas
extras (pagas e por pagar-se) e reflexos legais, FGTS +
multa de 40% e aviso prévio.................................R$ (...);
e) Seja condenado o banco Reclamado ao pagamento seja
condenado o Banco Reclamado ao pagamento das
diferenças salariais oriundas das verbas: “PLR”, “PCR” e
“PPR”, por “SEMESTRE”, conforme se apurar mediante
prova pericial técnica contábil, que desde já fica requerida,
bem como a sua incorporação na remuneração, dada a
natureza salarial, com os reflexos em DSR´s, inclusive
sábados e feriados, na forma das CCTs da categoria, 13ºs.
salários, férias + 1/3, comissão de cargo, gratificação de
função, horas extras (pagas e por pagar-se) e reflexos
legais, FGTS + multa de 40% e aviso prévio. Caso o banco
Reclamada quede-se inerte quanto a exibição dos
documentos, requer seja aplicada a penalidade do art. 400
do CPC e art. 129 do CC, de modo que seja considerado
por semestre laborado as diferenças correspondentes ao
teto máximo constante nas normas internas no importe de
R$ 40.000,00 com os respectivos reflexos nas parcelas
mencionadas alhures................................... R$ 40.000,00;
f) Seja condenado o banco Reclamado ao pagamento das
horas extras habitualmente laboradas a partir da 6ª hora
diária ou 30ª semanal, decorrentes do enquadramento legal
– art. 224 caput da CLT e supressão do intervalo
intrajornada, assim como os 15 minutos diários como
extras. Para o cálculo das referidas horas requer seja
considerada a real remuneração da Reclamante, inclusive
sobre as diferenças deferidas nesta demanda, tomando-se
por base o somatório de todas as verbas salariais - salário
base + comissão de cargo + gratificação de função +
remuneração variável – AGIR/TRILHAS/PIP +
gratificações + prêmios + PLR, bem como outros
decorrentes da aplicação do art. 457 da CLT, gerando os
respectivos reflexos sobre DSRs, sábados e feriados, férias
+ 1/3, 13º salário, FGTS + 40% de multa e aviso prévio,
consoante Súmulas 45, 63, 93, 151 e 172 do
TST ........................... R$ (...);
g) Seja condenado o banco Reclamado ao pagamento de
indenização por danos extrapatrimoniais, sendo que o
arbitramento do quantum indenizatório pelo douto
magistrado, seja feito considerando, especialmente, a
extensão do dano, a culpabilidade e porte da empresa e o
caráter pedagógico da punição, em importe não inferior do
que a cinco vezes do valor da última remuneração da
Reclamante ................................................... R$ 40.000,00;
h) Nos termos do art. 840, parágrafo 1º da CLT c/c art. 324,
parágrafo 1º, incisos II e III do CPC e IN 41/2018 do TST,
seja reconhecido que a Reclamante apresenta na presente
uma mera estimativa dos valores, não renunciando a
quaisquer outros valores, tampouco vinculando ou
limitando o valor da condenação, visto que a real apuração
de valores depende exclusivamente da exibição dos
documentos em posse do banco Reclamado, de modo que
somente será possível verdadeiramente apurar o quantum
devido após a liquidação da sentença;
i) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em
direito admitidos, especialmente depoimento pessoal das
partes, o que fica desde já requerido, sob pena de
confissão, bem como a oitiva de testemunhas e a realização
de prova pericial técnica contábil, mediante a juntada de
documentos, e demais provas que se fizerem necessárias.
j) A Notificação do banco Reclamado para,se querendo,
apresentar defesa, no prazo legal, sob pena de revelia e
confissão quanto a matéria de fato, nos termos do art. 844
da CLT;
k) Seja condenado o banco Reclamado ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do
art. 791-A da CLT, no importe de 15% sobre o valor a ser
apurado em liquidação de sentença.

Dá-se a causa o valor de R$ (...).

Nesses termos pede deferimento.

Poços de Caldas, (...)

OLIVIER A. F. DOURDIN
OAB/MG nº 113.174

JOSÉ LAÉRCIO B. NETO


OAB/MG nº 159.479

LETICIA MARINELLI

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