Técnicas Intrabucais

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Técnicas Radiográficas intrabucais

A prática de qualquer técnica radiográfica exige uma série de cuidados durante sua
execução.Assim sendo, há necessidade do profissional conhecer o funcionamento dos
aparelhos de raios X, os posicionamentos da cabeça do paciente para cada técnica, os ângulos
de incidência do feixe de raios X para cada região a ser radiografada e, ainda, as dimensões e
especificações dos filmes utilizados.

Para o posicionamento da cabeça do paciente, utilizamo-nos de planos antropológicos e linhas


de referencias que nos permitem, em épocas diferentes, obter radiografias do mesmo padrão
técnico.

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Técnicas intrabucais

Na radiologia odontológica, são realizadas as técnicas intrabucais periapicais, interproximais e


oclusais.

Radiografia Periapical

As radiografia periapicais são realizadas com o objetivo de se obter de forma mais detalhada a
imagem da região em torno do periápice dentário, uma vez que periapical significa em torno
do ápice.

As solicitações de radiografias periapicais boca toda são bastante comuns numa clínica de
radiologia odontológica. A ficha periapical boca toda de um paciente deve conter radiografias
periapicais das regiões de incisivos superiores, incisivos inferiores e caninos, pré-molares e
molares de cada lado da maxila em mandíbula, perfazendo um total de 14 radiografias
periapicais.

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São utilizados cilindros localizadores curtos e filmes periapicais padrão (tamanho


aproximadamente a 3x4 cm) e filmes periapicais infantis para crianças até 6 anos (2,2 x 3 cm).
O posicionamento do filme na técnica periapical, sempre deverá ter a sua face ativa voltada
para os feixes de raios x, com o picote próximo da coroa dentária, ou seja, para periapicais
superiores o picote deve permanecer para baixo e em periapicais inferiores, o picote deve
estar para cima, ou seja, o picote existente no filme deverá estar voltado para a porção oclusal
ou mesial dos dentes, pois o correto posicionamento indicará o lado radiografado( direito ou
esquerdo). Deve-se ainda ter cuidado para não cortar a coroa, deixando uma margem de mais
ou menos 3 milímetros da borda do filme e borda da coroa. Além disso, em radiografias
periapicais dos dentes anteriores, o filme deve ser posicionado de forma que seu longo eixo
fique vertical, enquanto para radiografias de dentes posteriores, o longo eixo permanece na
horizontal.
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Os filmes deverão ser distribuídos na cavidade bucal obedecendo à seguinte ordem, conforme
o esquema:

1- Região dos dentes molares


(superiores e inferiores)
2- Região dos dentes pré-molares
(superiores e inferiores)
3- Região dos dentes caninos e
incisivo lateral (superiores)
4- Região dos dentes caninos
(inferiores)
5- Região dos dentes incisivos
centrais (superiores)
6- Região dos incisivos laterais e
centrais (inferiores)

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Pontos Anatomicos para Referência

Para que seja realizada uma boa radiografia, devemos prestar atenção na posição da cabeça
do paciente de acordo com o local desejado para se realizar a radiogradia.

Radiografia da Maxila: Usamos o plano de Camper, ou a linha que vai do tragus à asa do nariz,
na horizontal, e o plano sagital mediano na perpendicular (1)

Radiografia da Mandibula: Linha que vai do tragus a comissura labial na horizontal, plano
sagital mediano na perpendicular. (2)

POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO PACIENTE- A cabeça do paciente deve ser posicionada de


acordo com o tipo de dente a ser radiográfado. Para as radiográfias periapicais pela técnica de
bissetriz na maxila, a linha de Camper deve estar paralela ao chão. (Fig 20.14). Para as
radiográfias periapicais pela técnica da bissetriz na mandíbula, a linha trago comissura labial
deve estar paralela ao plano horizontal (chão)
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A radiografia periapical pode ser obtida pela técnica da bissetriz e pela técnica do
paralelismo. A técnica da bissetriz baseia-se na Lei Isométrica de Cieszynski: “A imagem
projetada tem o mesmo comprimento e as mesmas proporções do objeto, desde que o feixe
central de raios x seja perpendicular a bissetriz do ângulo formado pelo plano do filme e o do
objeto”. Desta forma, na técnica da bissetriz o feixe de raios x deve incidir de forma
perpendicular ao plano bissetor formado pela angulação do filme com o longo eixo do dente.

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- Ângulos de incidência do feixe de raios X

Para que possamos obter uma imagem radiográfica do órgão dental, com o menor grau
possível de alongamento ou encurtamento, e a sua individualização, utilizamo-nos dos
chamados ângulos de incidência do feixe de raios X.

Estes ângulos são determinados posicionando-se o feixe de raios X em relação à Linha de


Oclusão e ao Plano Sagital Mediano- teremos assim os chamados ângulos horizontais e
verticais.
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Ângulos verticais: Estes ângulos são obtidos movimentando-se o cilindro dos aparelhos de
raios X em relação a linha de oclusão. Teremos assim ângulos positivos – no exame da maxila –
e ângulos negativos - no exame da mandíbula. Quando o raio central estiver perpendicular ao
plano do filme, a imagem radiografica ficará encurtada, quando o raio central estiver
perpendicular à bissetriz do ângulo formado por dente e filme, a imagem radiográfica ficará do
tamanho normal e quando o raio central for pependicular ao plano do dente a imagem
radiográgica ficará ampliada.

MAXILA MANDÍBULA

Molares +20ºa 30º 0º a -5º

Pré-molares +30ºa 40º -5°a-10º

Caninos +40ºa 50º -10°a-20º

Incisivos +45ºa 55º -15°a-25º

Obs: Esses ângulos verticais na verdade são aproximados, devendo ser usados como
referência. Váriações no tipo de anatomia da face ou da posição do dente podem alterar a sua
angulação.

Angulação vertical- Técnica do “Z”

Essa técnica também pode ser usada como referência para a determinação da angulação
vertical do cabeçote do aparelho de raios x odontológico. Pode ser exemplificada da seguinte
maneira: a parte horizontal superior da Letra “Z” corresponde aos grupos de dentes (da
esquerda para direita) incisivos (+50º), pré – molares (+40º) e molares (+30º) da maxila (arcada
superior), e a parte horizontal inferior corresponde aos grupos (da esquerda para direita)
incisivos (-20º), pré-molares (-10° e molares (0º) da mandíbula (arcada inferior)

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Angulo Horizontal: Para todos os dentes da maxila e/ou mandibula, o ângulo horizontal deverá
ser paralelo às superfícies proximais do grupo de dentes que está sendo radiografado, e
dirigido ao centro da película.
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Manutenção do filme (Técnica da Bissetriz):

A manutenção dos filmes, na técnica periapical da bissetriz, é feita pelo próprio paciente: na
maxila, com o dedo polegar da mão do lado oposto àquele a ser radiografado e os dedos mais
espalmados, apoiados na face em posição de continência, e na mandíbula, a manutenção é
feita com o dedo indicador, também da mão do lado oposto ao examinado. O dedo polegar
ficará apoiado sob o mento e os demais dedos fechados.

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Técnica periapical do paralelismo

Idealizada por Price (1904), foi estudada e divulgada por F.W. McCormack e D. W.
McCormack, sendo aprimorada mais tarde por Gordon M. Fitzgerald. Denominada
antigamente “técnica do cone longo” ( os cones foram substituídos por cilindros abertos),
baseia-se no princípio do paralelismo entre o longo eixo de implantação do dente e o filme.
Nessa técnica o filme é sustentado por um suporte porta-filme conhecido como posicionador,
facilitando o paralelismo entre o filme e o dente. Por razões anatômicas o filme fica localizado
mais afastado da face lingual dos dentes. Dessa forma, o feixe central dos raios X será
direcionado perpendicularmente ao plano do filme, produzindo imagens radiográficas com
um mínimo de distorções geométricas dos dentes. Existem várias marcas e modelos no
mercado, tais como o XCP da Dentsply/Rin (EUA), Hanshin ( Japão), Superbite da Hawe-Neos
( Suíça), além dos similares nacionais. Devido ao uso de posicionadores, a técnica do
paralelismo dispensa um rígido posicionamento da cabeça do paciente, angulações verticais,
horizontais e áreas de incidência predeterminadas. Esta técnica permite que a imagem seja de
tamanho mais próximo do real e mais nítida que na técnica da bissetriz, pois com o aumento
da distância os feixes incidem perpendicular ao dente e filme de forma menos divergente.

A forma mais recomendada é a utilização de dispositivos posicionadores que podem ser


esterilizados a vapor. Consiste de um jogo composto por 3 posicionadores, nos quais o de
haste reta serve para a realização de radiografias periapicais de dentes anteriores (incisivos e
caninos) e os de haste angulada para obtenção de radiografias de dentes posteriores (pré-
molares e molares). Neles os filmes devem ser posicionados com a face ativa voltada para o
halo ou para as hastes e o picote próximo à borracha ou à haste. Para cada técnica, o paciente
deverá morder a borracha com o dente na região a que se deseja radiografar. Após
posicionamento, deve-se “encaixar” o cilindro localizador no halo, respeitando a angulação
vertical e horizontal, para então realizar exposição. As arcas de incidência do feixe de raios X,
assim como a determinação dos ângulos verticais e horizontais, são facilitadas pelo
posicionamento do suporte porta-filmes, dispensando assim o cuidade na determinação prévia
destes procedimentos.

A distancia focal na técnica do paralelismo é de 40 cm, enquanto que na técnica da bissetriz é


de 20 cm, o que vem proporcinar melhores condições no tocante ao detalhe radiográfico.

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A execução dessa técnica é simples, bastando ajustar o posicionador ao dente a ser


radiografado.

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Vantagens e Desvantagens:

Podemos considerar as seguintes vantagens e desvantagens com as técnicas do Paralelismo e


da Bissetriz.

1- Vantagens
a) Maior simplicidade na execução do exame radiográfico, não havendo necessidade
do posicionamento correto da cabeça do paciente;
b) Menor grau de ampliação da imagem radiográfica;
c) Exame radiográfico padronizado, com a possibilidade de ser obter radiografias
iguais em épocas diferentes;
d) Determinação dos ângulos verticais e horizontais, pelo posicionamento do suporte
porta-filmes
2- Desvantagens:
a) Maior possibilidade de movimentos do paciente, devido a um maior tempo de
exposição;
b) Dentro de certos limites, proporciona um leve desconforto ao paciente;
c) Maior custo operacional, devido ao uso de suportes porta-filmes, geralmente de
precedência estrangeira.

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Indicações dos exames periapicais –técnica da bissetriz e do paralelismo.

Considerando as facilidades da execução, a técnica radiográfica periapical da Bissetriz é mais


comumente empregada pela maioria dos cirurgiões dentistas, embora a técnica do Paralelismo
apresente uma seria de vantagens, já assinaladas.

O objetivo principal do exame radiográfico intrabucal, quer seja utilizado a técnica radiográfica
da Bissetriz ou do Paralelismo, é proporcionar uma visão de conjunto das estruturas
componentes do órgão dentário e região periapical.

Vários aspectos importantes poderão ser assinalados através do exame radiográfico periapical:

a)estudo das relações anatômica entre dentição decídua e permanente, assim como a
cronologia e erupção dentaria;

b) a presença de pequenas alterações coronárias, tais como os processos de caries nas fases
iniciais, cujo exame clinico não nos dá uma boa visão. A presença de caries reincidentes, sob
restaurações, também poderá ser detectada pelo exame radiográfico intrabucal,
principalmente quando empregamos a técnica do Paralelismo .

c)no tocante aos tecidos dentinário e pulpares, a presença de pequenas alterações estruturais
(cáries) , mineralizações, nódulos pulpares, reabsorções e forma da câmara pulpar e dos
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condutos radiculares também são motivo de exames, através das técnicas periapicais da
Bissetriz e do Paralelismo;

d)na manipulação dos condutos radiculares, o conhecimento da forma, do tamanho e do


número das raízes dentárias é de grande valia, principalmente para o especialista em
Endodontia;

e)a existência de anomalias dentarias, reabsorções radiculares internas e externas, lesões


patológicas periapicais, inclusões dentárias e patologias ósseas circunvizinhas ao órgão
dentário, todos esses aspectos poderão ser examinados com o emprego do exame radiográfico
intrabucal periapical

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