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BACHARELADO EM ENFERMAGEM POLO - NAZARÉ

THIAGO QUEIROZ ARCANJO

DROGAS DE EMERGÊNCIA

Docente: Enf.ª Carla Mendes

THIAGO QUEIROZ ARCANJO

SALVADOR-BA
2024
1. ESTUDO DE CASO CLÍNICO LES: Diagnóstico, tratamento e
complicações do Lúpus Eritematoso Sistêmico

Trabalho de estudo de caso para obtenção de


nota para o estágio obrigatório de graduação
em Enfermagem apresentado a Universidade
Paulista – UNIP
Preceptora: Carla Mendes

NOTA: _______

2. SUMÁRIO

SALVADOR-BA
2024
1. Introdução ............................................................................................................
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2. Questões Norteadoras ........................................................................................
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3. Identificação ........................................................................................................
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4. Resumo dos Problemas Identificados...............................................................
06
5. Fundamentação Teórica .....................................................................................
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6. Metodologia .........................................................................................................
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7. Alternativa ou Propostas ....................................................................................
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8. Ações Implementadas ou Recomendadas ........................................................
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9. Discussão ............................................................................................................
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10. Conclusão .......................................................................................................... 10
11. Referências ........................................................................................................ 11

SALVADOR-BA
2024
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3. INTRODUÇÃO
O trabalho intitulado tem por objetivo discutir os vários aspectos do tratamento do
paciente vítima de lúpus eritematoso sistêmico – LES por meio de um relato de caso
na unidade básica de saude do bairro de Salvador - Castelo Branco.
Segundo a sociedade brasileira de reumatologia, há cerca de 65 mil pessoas
com lúpus no brasil, sendo a maioria mulheres. O lúpus pode ocorrer em pessoas de
qualquer idade, raça, sexo, mas apresenta uma incidência maior nas mulheres, entre
15 e 45 anos. Já nos homens, a doença está relacionada diretamente aos rins
(GRUGER, 2017)
Lúpus é uma doença do sistema imunológico, com sintomas diferentes em cada
local do corpo. Este estudo de caso tem como objetivo abordar o tema Lúpus de
forma clara para elucidar dúvidas frequentes da Equipe de Enfermagem que
trabalham na UBS, além de contribuir para uma melhoria na atenção primária. Para
desenvolvê-lo, fiz um levantamento de um caso na UBS Castelo Branco - Salvador.
Por ser uma doença heterogênea, o LES nem sempre é de fácil diagnóstico. Sua
realização, baseia-se, geralmente, em dois critérios principais: clínicos e
imunológicos. Embora a sobrevida de pacientes de lúpus tenha aumentado
consideravelmente nos anos, a qualidade de vida deles permanece baixa. As
limitações físicas ocasionadas pela doença afetam os pacientes em seus aspectos
sociais, emocionais e laborais.
Devido à falta de equilíbrio na produção de anticorpos, ocorre um ataque as
próprias proteínas do organismo, culminando na inflamação de diversos órgãos, o
que ocasionando em uma mudança drástica em toda a vida do paciente.
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica
predominante em mulheres jovens e em idade reprodutiva, causada por diversos
fatores e que evoluem com surtos e períodos de decadência. Sua principal
característica é a presença de auto anticorpos. Pacientes portadores de LES tem um
período de sobrevida menor que o da população geral.
A etiologia da doença ainda é desconhecida, todavia envolve fatores
genéticos, hormonais, ambientais e imunológicos. A prevalência varia de 20 a 150
casos a cada 100.000 indivíduos.
No Brasil estima-se que há cerca de 65.000 pessoas portadoras de lúpus,
sendo a maioria mulheres. Acredita-se assim que uma a cada 1.700 mulheres no
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Brasil tenha a doença, sendo considerada para os reumatologistas uma doença


razoavelmente comum no dia a dia.
Por ser uma doença autoimune, os sinais e sintomas dependerão de
interações de fatores ambientais com fatores que predispõem o indivíduo a doença,
conforme entendimento da Sociedade Brasileira de Reumatologia 3 : Dessa forma,
entendemos que o tipo de sintoma que a pessoa desenvolve, depende do tipo de
autoanticorpo que a pessoa tem e, que como o desenvolvimento de cada anticorpo
se relaciona as características genéticas de cada pessoa, cada pessoa com lúpus
tende a ter manifestações clinicas (sintomas) específicos e muito pessoais.
O diagnóstico é feito por meio dos critérios de classificação propostos pelo
colégio americano de reumatologia que se baseia na existência de 11 critérios (Rash
Malar, Lesão Discoide, Fotossensibilidade, Ulceras Orais, Artrite, Serosite, Renal,
Neurológico, Hematológico, Alterações Imunológicas, Anticorpos Antinucleares
(FAN), sendo considerado portador a pessoa que apresente pelo menos
O tratamento deverá conter inicialmente medidas de aconselhamento e
orientação, bem como a realização de atividades físicas. Já a parte medicamentosa
deverá ser utilizado medicamentos específicos para cada região afetada, como:
cutânea, articular, neuropsiquiátricas, renais, hematológicas, cardiopulmonares.
Desta maneira, visando fornecer uma atualização e mais informações sobre o
LES, no que se refere aos fatores envolvidos na doença, o diagnóstico e o
tratamento, o objetivo do trabalho foi relatar os aspectos clínicos, laboratoriais e
terapêuticos sobre
Lúpus Eritematoso Sistêmico.
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4. QUESTÕES NORTEADORAS
Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e
tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais graves, se não
tratada adequadamente, pode matar. O nome científico da doença é "Lúpus
Eritematoso
Sistêmico (LES)".

5. IDENTIFICAÇÃO
19/03/2024- Realizado atendimento ao Paciente D. A. B. Cor branco, Idade: 34
anos, Sexo: Feminino, ensino superior incompleto, Soteropolitana. No momento se
encontra: consciente orientada, dispneica, em ar ambiente, Febril, anictérica,
acianótica, hidratada, normocárdica, apresentando um quadro de múltiplas
complicações da doença, sendo atendida, desde então, apresenta complicações
serosas, derrame pericárdico, derrame pleural levando a sintomas de dispneia,
paciente diagnosticada com LES + transtorno bipolar, possui lúpus e faz uso
de medicamentos contínuo como: reuquinolol 500mg 1 cp após o almoço;
prednisona 20mg 12/12H; Fenergan 25mg 1cp a noite; Omeprazol 1cp VO pela
manhã; ao Exame Físico: couro cabeludo integro, mucosa oculares esclerótica
normocromicas, pupilas isocóricas anictéricas, fotofobia, cavidade nasal com
presença de eritema, cavidade oral com dentição com presença de ulcera, pavilhão
auricular íntegro com ausência de nódulos, pescoço íntegro sem presença de
nódulos, tórax simétrico, mamas indolor a palpação, cavidade abdominal plano dolor
a palpação, genitálias sem anormalidades, MMSS e MMII sem deformidades com
extremidades oxigenadas com presença de eritemas dolor a palpação Sinais vitais:
PA 13x90mmHg, 97bpm, 22rpm,
100mg/Dl, 38,2ºC
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6. RESUMO DOS PROBLEMAS IDENTIFICADOS


Apresenta purpuras musculares pelo corpo. Apresenta dor a palpação, dor
nas articulações de ombros e punhos em edema, provável Lúpus

7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fisiopatologia da LES tem a natureza autoimune e a sua causa é desconhecida.
Acredita-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais, estressores e
infecciosos sejam desencadeantes da LES, assim como determinados
medicamentos que provocam um estado de hiperatividade e imunológica (COSTA,
LM, COIMBRA, CCBE, 2018).
O LES atinge, principalmente, a pele, o sistema hepatológico, o sistema neurológico,
membranas serosas e os rins, ocasionando diversos quadros clínicos, como
sofrimento psicológico, incapacidade física, ou mesmo ameaça física, ou mesma
ameaça a vida do paciente (GUERREIRO, MGU, SOUZA, MNA, 2019).
Sabe-se que o LES pode estar associado a outras doenças crônicas, sendo as
cardiovasculares as de maiores relevâncias quanto as causas de morbimortalidade.
As manifestações cutâneas representam o segundo local de maior acometimento,
fornecendo informações consideráveis quanto ao prognostico do paciente
(MOREIRA;SZTAJNBOK; GIANNINI, 2020; SOUZA; SANCHES 2021).

8. METODOLOGIA
Para a realização dessa pesquisa, realizou-se estudo através de revisão
bibliográfica. A pesquisa se constituiu de revisão de literatura, com revisão de
bibliografia sistematizada, por permitir o autor situar a verificação do tema e
contextualiza-la conforme as concepções em que o trabalho se enquadra. Foram
levantados artigos em busca online na Biblioteca virtual em Saúde (BVS). Encontra-
se plausível nas literaturas pesquisadas que o Processo de Enfermagem (PE), cabe
a aplicabilidade da ação do exercício profissional aos portadores de LES,
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possibilitando-os assim os cuidados aos pacientes com mais adequação as suas


necessidades.

9. ALTERNATIVAS OU PROPOSTAS

7.1 Diagnostico de enfermagem NANDA:


O diagnóstico de enfermagem mais comuns incluem fadiga, integridade da
pele prejudicada, distúrbio de imagem corporal e déficit de conhecimento sobre as
decisões de auto tratamento, como a exposição ao sol e a luz ultravioleta pode
aumentar a atividade da doença ou provocar uma exacerbação, os pacientes são
orientados a evitar a exposição ou a proteger-se com filtro solar e roupas.
O diagnóstico de LES leva em conta os critérios clínicos, manifestado ao
longo do tempo e exames laboratoriais.
Com relação ao diagnostico laboratorial, o principal exame realizado é a
detecção de anticorpos que reagem com os compostos nucleares, como
ribonucleoproteína, histonas e DNA.

10. AÇÕES IMPLEMENTARES OU RECOMENDADAS

8.1 Intervenções de enfermagem NANDA, NIC, NOC:


No caso da LES as ações de enfermagem devem promover estratégias para
diminuir os danos decorrentes da doença.
Na doença lúpus, os enfermeiros podem influenciar positivamente através da
SAE (SISTEMATIZAÇÃO DE ENFERMAGEM). A SAE é um processo organizacional
que oferece métodos humanizados de cuidados com o objetivo de melhorar cada
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vez mais os cuidados prestados para o paciente, pois levanta-se a necessidade de


cuidado interativo, complementar e multiprofissional (NANDA-I,2015). Tais como:
1. O histórico: consiste em colher informações acerca do paciente,
mediante a anamnese e exame físico;
2. Diagnostico de enfermagem: baseado no NANDA
3. Planejamento: no qual o enfermeiro julga o procedimento mais
adequado a partir da singularidade de cada paciente, além dos resultados a serem
alcançados. As metas são estabelecidas utilizando o NOC
4. Intervenção: coloca-se em pratica o planejamento utilizando a
classificação das intervenções de enfermagem- NIC
5. Evolução: avalia-se e se registra o estado geral do paciente
11. DISCUSSÃO

O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença grave que não tem cura, e
requer diversos cuidados e tratamentos adequados, sendo uma doença
multissistêmica e que atinge diversos órgãos ocasionando o desenvolvimento de
inúmeras complicações. Não possui uma causa especifica, apenas alguns fatores
que contribuem para o seu desencadeamento.
O LES se manifesta de forma diferente em cada pessoa e na qualidade de
vida de cada paciente. Dessa forma o enfermeiro, deve levar em consideração as
características de cada paciente, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida
através do controle dos sintomas e das crises.
O uso de fármacos como anti-inflamatórios e esteroides são utilizados. Além
do tratamento medicamentoso, o paciente com LES necessita de suporte, como
orientações sobre a doença, apoio nutricional e psicossocial, evitar exposição solar e
atividade física.
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12. CONCLUSÃO

A temática abordada no trabalho mostrou a importância do enfermeiro no


cuidado de paciente vítima de lúpus, diante disso mostra que esse profissional
necessita saber quais os protocolos relacionados a esses casos e quais as maneiras
de minimizar esses problemas, pois é de extrema importância a assistência de
enfermagem voltada para o cuidado com o paciente portador de LES, através de
uma assistência humanizada e de novas abordagens no tratamento desses
pacientes.
Ademais, neste estudo, aprendemos a respeito da avaliação clínica de
enfermagem por meio do histórico clínico e do exame geral para a avaliação de
paciente com lúpus que foi utilizado o prontuário para coletar as informações do caso
clinico.
Diante disso, foi possível compreender a importância do enfermeiro para uma
abordagem mais eficiente destes pacientes com lúpus que é um problema de Saúde
Pública que vem crescendo no Brasil e alguns cuidados são fundamentais que deve
ser priorizado como por exemplo: Os profissionais de enfermagem devem sempre
valorizar a sintomática e não negligenciar os sintomas que podem ser confundidos
com outras condições clínicas. É preciso que o paciente com lúpus saiba que os
tratamentos atuais possibilitam uma vida igual à da população em geral e que a
realização do tratamento, contribui para uma vida mais longa, produtiva e com boa
qualidade.
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REFERÊNCIAS:

▪ https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/11412
▪ https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/12003
▪ https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/39175
▪ https://www.prorim.org.br/blog-noticias/lupus-doenca-atinge-cerca-de-65-000-
brasileiros/?gclid=Cj0KCQiA_bieBhDSARIsADU4zLcTm_yB0TH0YYuXVijFZ
WiD1lMmO35rZ1k-KSxZPzQQYaWlnfPe3F4aAhLzEALw_wcB
▪ https://enfermagemilustrada.com/lupus-eritematoso sistemico2/#:~:text=Os
%20diagn%C3%B3sticos%20enfermagem%20mais,as %20decis%C3%B5es
%20de%20auto%20tratamento.
▪ Saberes e práticas- guia para ensino e aprendizado de enfermagem - volume
5,2019. Difusão editora.
▪ NANDA. Diagnostico de enfermagem da NANDA-I revisado,2015-2017

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