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Toxicologia

Parte 8
(18 slides)
Coletânea /Adaptação 2017: Profª. Adair Alemany
Toxicologia
O controle da presença de metais

▪ Limitação ao uso de alguns produtos agrícolas,


▪ Impedindo o uso de água contaminada;
▪ Proibir produção de alimentos em água ou solo contaminado.

Aproximadamente 50 elementos são encontrados em concentrações


mensuráveis no sistema biológico, e, onze deles podem ser
classificados como elementos de traço.

Essenciais e limitados
ao organismo
humano

Toxicologia
Elementos de traço – componentes essenciais na estrutura biológica,
porém em concentrações superiores às necessárias, se tornam
tóxicos.
Os elementos foram classificados em 3 grupos fundamentais:
(Luckey e Venugopal, 1977)
Elementos essenciais

Macroelementos: Sódio (Na), Potássio (K), Magnésio (Mg) e Cálcio (Ca)


(necessidade na ordem de grama)

Elementos de traço: Ferro (Fe), Zinco (Zn), Cobre (Cu) e Manganês (Mn).
(necessidade na ordem de miligramas)

Elementos em ultratraço: Vanádio (V), Cromo (Cr), Molibdênio (Mo), Cobalto


(Co), Níquel (Ni), Silício (Si), Arsênio (Ar), Selênio (Se) e Boro (B)
(necessidade na ordem de micrograma)

Toxicologia
Microcontaminantes ambientais

Origem natural / atividade humana – produção, habitação e tráfego


(chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), berílio (Be), tálio (Tl), antimônio
(Sb), tungstênio (W), alumínio (Al), estanho (Sn) e titânio (Ti)).

Elementos essenciais e simultaneamente microcontaminantes


ambientais
Cromo (Cr), Manganês (Mn), Níquel (Ni), Ferro (Fe), Zinco (Zn), Arsênio
(Ar), Molibdênio (Mo) e Cobalto (Co)

Toxicologia
Atividades industriais: fonte importante pela distribuição de metais
na atmosfera.
Concentrações encontradas na água – influência da indústria,
composição rochas e solo
Metais como mercúrio, zinco, chumbo, cádmio, boro e manganês são
encontrados em sedimentos de esgotos industriais e residenciais.
Esse material, quando liberado em solos de cultivo, eleva os níveis
de metais em vegetais produzidos e consumidos pela população.
Exemplos: - Caso Minamata e Toyama (Japão) – intoxicações por
mercúrio e cádmio.
- Contaminação peixes por metais em Rio Doce

Toxicologia
Toxicologia
Toxicologia
Principais Metais
Alumínio (Al)
Abundante na natureza – A população está exposta pelo consumo de
alimentos, água potável, inalação de partículas respiráveis e,
adicionalmente, pelo uso de antiperspirantes, cosméticos, analgésicos.
As principais vias de introdução e absorção do alumínio são as vias
respiratórias, oral e cutânea.
Os principais efeitos tóxicos decorrentes da absorção do alumínio são os
neurológicos, sendo a encefalopatia, uma das primeiras manifestações da
intoxicação por esse metal; nos ossos, onde uma deposição excessiva de
alumínio produz uma síndrome denominada AIBD (Aluminium Induced Bone
Disease), que se caracteriza por dois tipos de expressão, a osteomalácia e a
doença óssea adinâmica – caraczterizadas por um baixo nível de
remodelagem óssea.
Toxicologia
Arsênio (Ar)
Esta presente no solo, ar, água e alimentos e está associado aos
homicídios e a Toxicologia Forense. É liberado no ambiente pelas
fontes naturais (poeira e vulcões) e antropogênicas (mineração de
metais não ferrosos e aplicação de praguicidas). A exposição ao
arsênio geralmente acontece por via oral, por ingestão de água e
alimentos contaminados. Pode-se perceber como principais efeitos
sendo no trato gastrintestinal, onde doses elevadas por curto prazo
provocam irritação gastrintestinal, dores abdominais e diarreias;
hematológicos, por apresentar ocorrência de anemia e leucopenia
(redução do número de leucócitos).

Toxicologia
Chumbo (Pb)
Contaminação dos alimentos produzidos próximos às regiões
industrializadas e os organismos que vivem em ambientes aquáticos
captam e acumulam o chumbo existente na água e no sedimento.
A principal de introdução e absorção é a gastrintestinal através de
ingestão de alimentos e bebidas. Os principais efeitos são os
cardiovasculares, como elevação da pressão sanguínea e a
diminuição da taxa de filtração glomerular; músculos e ossos, como
câimbras e dores nas articulações; hepáticos e renais.

Toxicologia
Mercúrio (Hg)
Está presente no ar e eventualmente, após percorrer longas
distâncias, passa aos rios, lagos e oceanos. No Brasil, constatou-se
uma elevada contaminação no Rio Amazonas, devido a exploração
do ouro.
Possui grande importância para a toxicologia de alimentos, devido a
presença em peixes, mamíferos marinhos, crustáceos e animais e
aves domésticas que se alimentam dos peixes.
Os principais efeitos estão presentes no sistema nervoso, sendo o
feto mais suscetível á ação tóxica; efeitos renais e efeitos na
reprodução, onde há grandes riscos de abortos ou de natimortos

Toxicologia
Micotoxinas em Alimentos

Os alimentos e os produtos, na sua elaboração, estão sujeitos à


contaminação por substâncias altamente tóxicas, onde através de de
ingestão pode causar graves transtornos ao organismo dos seres
vivos, inclusive , o homem. Entre as diversas substâncias capazes de
promover estes riscos estão os fungos. Muitos deles que se
desenvolve nos alimentos produzem as chamadas micotoxinas,
quando existem ambientes favoráveis e fatores biológicos. Um
mesmo fungo pode produzir ao mesmo tempo, diferentes tipos de
micotoxinas.

Toxicologia
Algumas Micotoxinas
Aflatoxina – metabólito derivado da difurano cumarina e responsável por
lesões hepáticas e de natureza cancerígena. Os produtos mais suscetíveis a
esta micotoxina são: amendoim, castanha do Pará, nozes e algodão.

Zearalenona – metabólito produzido por várias espécies de Fusarium, fungo


contaminante de cereais, em particular do milho.

Ocratoxina – entre os principais fungos produtores de ocratoxina estão


Aspergillus ochraceus (altas temperaturas) e Penicillium verrucosum ( países
de clima temperado ou frio). Os produtos mais suscetíveis a esta micotoxina
são: milho, trigo, centeio, aveia e cevada.

Patulina – encontrada como contaminante em diversos substratos,


principalmente na maçã e seus derivados. Produtos mais suscetíveis: maçã,
trigo e cevada germinada.
Toxicologia
Praguicidas

Segundo a FAO (Organização para Agricultura e Alimentação das


Nações Unidas), praguicidas são produtos químicos ou quaisquer
substâncias destinadas à prevenção, destruição ou controle de pragas,
incluindo os vetores de doenças humanas ou dos demais animais, que
causam prejuízo ou interferem de qualquer forma na produção,
armazenamento, transporte e comercialização de produtos agrícolas.
Ainda podem ser administrado em animais no combate de parasitas.

Toxicologia
Principais Praguicidas

Piretrinas e Piretróides - Inseticidas sintéticos, introduzido no


mercado na década de 1970, surgindo de outra classe de praguicidas
de origem botânica, o piretro, mistura de 6 estéres, extraídos dos
crisântemos. Tanto as piretrinas como os piretróides são absorvidos por
via oral e em pequenas quantidades, por via dérmica

Organoclorados – Foram amplamente utilizados na agricultura, na


silvicultura, na saúde pública e em domicílio. A partir da década de
1970, seu uso foi restringido ou proibido em muitos países devido a
bioacumulação, biomagnificação e persistência por várias décadas e
como consequência, danos aos seres vivos e meio ambiente. Podem
ser absorvidos através da pele, trato digestivo e respiratório.

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Repelente de Insetos (Dietiltoluamida – DEET)- O DEET, usado
como repelentes de insetos, formulado para aplicação na pele ou nas
roupas. É absorvido pela pele, trato gastrintestinal e respiratório e após
uma hora da aplicação, atinge pico máximo de concentração no
sangue.

Glifosato- Herbicida sistêmico não-seletivo, usado no controle de uma


variedade de ervas anuais, bienais e perenes e também na cultura de
frutas, vegetais, grãos, algodão, etc. Em estudos in vitro com tecidos
humanos, absorção cutânea é menor que 2%. Em ratos, a absorção vai
de 35 a 40% quando administrado via oral.

Toxicologia
Referências Bibliográficas

OGA S. Fundamentos de toxicologia. 2. ed. São Paulo:


Atheneu, 2003/2008.

ORGANIZATION FOR ECONOMIC FOR COOPERATION


DEVELOPMENT (OECD). OECD environmental outlook for
the chemicals industry. New York, 2001. Disponível em:
www.oecd.org/ehs.

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