4° Módulo. 2

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DIREITO

CONSTITUCIONAL
4° MÓDULO 2° BIMESTRE
PROCESSO LESGISLATIVO
É o conjunto dos atos que integram o procedimento legislativo de elaboração de normas, com base no que dispõe o artigo 59 da
Constituição Federal, que diz:
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
QUE ATOS SÃO ESTES?
Iniciativa
Emenda ao projeto de lei Votação
Sanção ou veto
Promulgação (se sancionada) Publicação (se promulgada)
Como sua eficácia de validade é retirada diretamente da Constituição Federal, estas espécies normativas (emendas, leis complementares,
leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções) são chamadas de “normas primárias”.
Autocrático – quando elaborada pelo próprio governante, excluída a participação do povo direta ou indiretamente. (imposição)
Direto – discutido e votado pelo próprio povo.
Indireto (representativo) – os cidadãos escolhem seus representantes.
Semidireto – quando a elaboração legislativa exige a concordância tanto dos representantes quanto do eleitorado (plebiscito, referendo).

ORDINÁRIO – se destina a elaboração de leis, caracterizado por sua extensão mais ampla.
SUMÁRIO – Segue as mesmas fases do ordinário, mas têm prazos menores.
ESPECIAIS – fogem à regra estabelecida para a elaboração de leis ordinárias, como a emenda constitucional(EC)
O DESRESPEITO ÀS REGRAS, seja no tocante à tramitação, seja no tocante aos prazos, implica em tornar a norma aprovada em ofensiva
à Constituição Federal.
E uma norma ofensiva à Constituição Federal é INCONSTITUCIONAL
No caso, inconstitucionalidade formal, que tem o mesmo efeito, qual seja: inaplicabilidade
Aprovação por decurso de prazo se dá (ou se dava) quando um processo legislativo prevê que determinada espécie normativa tem um determinado
número de dias para ser votada, e ao final destes dias, ela não é votada.
Assim, era considerada aprovada. Caso do antigo Decreto-Lei
Hoje não existe mais este tipo de aprovação no processo legislativo brasileiro, porque quando o prazo é excedido (caso das MP), a norma perde a
vigência.
Entretanto, há ainda um resquício disso que é quando o executivo deixa de sancionar a lei, quando ocorre aquilo que chamamos de sanção tácita.
Destinado à elaboração da Lei .
É marcado por ser o mais amplo, o mais completo e por isso será estudado em primeiro lugar.
Tem três fases distintas: introdutória, constitutiva e complementar
PROCESSO LESGISLATIVO ORDINÁRIO:
É O MAIS LONGO E MAIS COMPLETO DE TODOS.
POR ISSO É ESTUDADO EM PRIMEIRO LUGAR JÁ QUE CONTÉM TODAS AS FASES.
COMPREENDE TRÊS FASES DISTINTAS:
INTRODUTÓRIA, CONSTITUTIVA E FASE COMPLEMENTAR
Dá início ao processo por meio da denominada INICIATIVA de lei
Iniciativa é a faculdade que se atribui a alguém para apesentar projeto de lei
Na CF/88 esta prerrogativa pode ser de qualquer deputado, qualquer senador, Presidente da República, STF, Tribunais Superiores, Procurador
Geral e cidadãos.
Parlamentar é a iniciativa exercida por membros do congresso nacional na União (Câmara Municipal nos municípios e Assembleias legislativa nos
Estados)
Extraparlamentar é aquela exercida aos não integrantes do Congresso.
Pode ser o Presidente da República, o STF, Tribunais Superiores, PGR ou o povo
Iniciativa Geral, é quando os legitimados podem iniciar projeto de lei sobre qualquer assunto.
Na Constituição vigente, ninguém tem propriamente a iniciativa geral, mas chama-se geral aquela iniciativa para todos os assuntos, exceção aos
que são de iniciativa reservada.

Iniciativa restrita é aquela que determinados órgãos ou pessoas têm, e que se limitam a certos assuntos.
Por exemplo, somente dispõe de competência para propor projeto de lei das matérias indicadas no artigo 128, § 5o.
A iniciativa reservada (exclusiva ou privativa) quando só determinado órgão goza do poder de propor leis sobre certa matéria.
É o caso do 61, §1o e 165, I, II e III – somente o P. Rep. Pode propor projeto de lei sobre aqueles assuntos.
a iniciativa é concorrente quando dois ou mais podem apresentar projeto de lei sobre o mesmo assunto.
Ex. – lei sobre matéria tributária que tanto o presidente da república quanto o congresso podem propor.
Se o projeto de lei é apresentado pelo Senador, a casa iniciadora será o Senado.
Se apresentado por qualquer outro, será iniciada a tramitação na câmara dos deputados.
INICIATIVA POPULAR
Só os cidadãos têm o poder de iniciativa popular e desde que obtenham o número mínimo de assinaturas exigidas.
Os estados-membros, o DF e os municípios podem ter projeto de lei de iniciativa popular, desde que conste a previsão em suas respectivas cartas
(Constituição Estadual, Constituição distrital ou L.O.M.)

INICIATIVA PRIVATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO


Os assuntos estão elencados no artigo 61, §1o, 165, I, II e III e art. 84, VI.
Estes assuntos, quando cabíveis nos estados e nos municípios, também serão de iniciativa privativa ou reservada do chefe do executivo.
Vício neste sentido torna eventual norma inconstitucional.

INICIATIVA DOS TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO


Artigo 93 dispõe que o Estatuto da Magistratura é de iniciativa privativa do Supremo Tribunal Federal.
Além disso, compete a cada tribunal a iniciativa de leis que disponham a criação e extinção de cargos e a remuneração de seus serviços, criação
de tribunais inferiores, alteração da organização judiciária (art. 96,II)

INICIATIVA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA


O Supremo Tribunal Federal, decidiu que o disposto no artigo 61, §1o, II “b” se refere apenas aos tributos dos territórios federais.
Por isso, e por falta de outro dispositivo que impeça, a legislação em matéria tributária é de competência concorrente.
Inclusive com a possibilidade de lei de iniciativa popular (61, §2o)

LEI DE ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO


Artigo 61, §1o, II, d X
Artigo 128
Feita a devida compatibilização o judiciário vem entendendo que a competência é concorrente para o Presidente da República e para o
procurador geral.
Nos Estados a competência é concorrente também, mas no DF a competência é concorrente com o Procurador Geral, porque o MP do DF e
integrante do M.P.U.
E nos Municípios?
Não tem Ministério Público Municipal, e já está na hora de você saber disso, né?
PRAZO PARA INICIATIVA RESERVADA
É INCONSTITUCIONAL dispositivos que estabeleçam prazo para o chefe do executivo apresentar projeto de lei de sua iniciativa reservada “sob
pena de torná-la concorrente”.
Isso porque o STF entende que ao reservar a iniciativa ao Chefe do Executivo, implicitamente se deu a ele o poder de não apresentar o projeto de
lei também.
Exceção é quando a própria CF estabelece prazo.

INICIATIVA PRIVATIVA E EMENDA


Projetos de lei de iniciativa reservada podem ser emendados? Sim, podem.
Mas, desde que não impliquem em aumento de despesa (63, I c/c 166, §3o e 4o) e...
Tenham pertinência com o assunto tratado.
Ocorrendo estes vícios a emenda vicia o projeto, ainda que aprovado e sancionado.

VÍCIO DE INICIATIVA E SANÇÃO


A sanção do presidente da República cura o vício de iniciativa?
Não.
É tranquila a posição do Judiciário em questões sobre este assunto.
O que é Processo Legislativo?
É o conjunto de atos realizados pelos órgãos do Poder Legislativo, de acordo com regras previamente fixadas, para elaborar normas jurídicas
(emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias e outros tipos normativos dispostos no art. 59 da Constituição Federal).
PUBLICAÇÃO: quem pode propor
Qualquer deputado ou senador, qualquer comissão da Câmara, do Senado ou do Congresso Nacional, o presidente da República, o Supremo
Tribunal Federal, os tribunais superiores, o procurador-geral da República e os cidadãos (iniciativa popular).
Todos os projetos de lei começam a tramitar na Câmara dos Deputados, exceto quando são apresentados por senador ou comissão do Senado.
Nesses dois casos, começam pelo Senado.
Iniciativa popularO projeto de lei de iniciativa popular deve ser proposto por pelo menos 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos
cinco estados. Em cada estado, é preciso haver a assinatura de pelo menos 0,3% dos eleitores. A tramitação é a mesma do projeto de lei ordinária.
ANÁLISE DE CONTEÚDO: comissões permanentes
Depois de apresentado, o projeto é distribuído pelo presidente da Câmara dos Deputados para as comissões temáticas que tratam dos assuntos
correlatos a ele, até três no máximo. Essas são chamadas “comissão de mérito”, pois analisam o mérito de cada proposta.
A Câmara tem 30 comissões permanentes. Em cada comissão, o projeto é analisado por um relator, que recebe e analisa as sugestões (emendas)
dos deputados. Ele pode alterar a proposta ou não.
Depois de votado o parecer do relator, o projeto segue para a comissão seguinte.
Comissão especialSe as comissões que analisarão o mérito de determinado projeto forem mais de quatro, a Câmara dos Deputados cria uma
comissão especial para analisar a proposta, para evitar que a tramitação seja muito longa.

ANÁLISE DE ADMISSIBILIDADE: CFT E CCJC


As comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) são as últimas a analisar os projetos. As
propostas que criam gastos ou tratam de finanças públicas passam pela CFT, que avalia se estão adequadas ao Orçamento federal. Todas as
propostas passam por último pela CCJC, que avalia se estão de acordo com a Constituição.
Essas análises são chamadas de admissibilidade. Se a CFT ou a CCJC considerarem que a proposta não pode ser admitida, por não estar
adequada ao Orçamento ou por ser inconstitucional, ela será arquivada. Essas duas comissões também podem analisar o mérito dos projetos, caso
tenham sido designadas para isso.
Não vão ao PlenárioA maioria dos projetos em tramitação na Câmara só precisa passar pelas comissões. Ou seja, tem tramitação conclusiva nas
comissões. Se forem aprovados por todas elas, vão direto para o Senado – ou para sanção presidencial, se já tiverem passado pelo Senado. Se
forem aprovados por algumas e rejeitados por outras, vão para o Plenário.
VOTAÇÃO NO PLENÁRIO
O quórum (presença mínima) para votar um projeto de lei ordinária é de maioria absoluta, ou seja, 257 deputados.
Para aprovar o projeto, é necessária a maioria simples dos votos, em turno único.
Vão para o PlenárioPrecisam ser votados no Plenário, entre outros: projetos de lei complementar; de código; de iniciativa popular; de comissão;
projetos aprovados pelo Plenário do Senado; projetos em regime de urgência; e projetos que tramitam em caráter conclusivo, mas que tenham
recebido pareceres divergentes nas comissões (pela aprovação e rejeição) ou que que tenham sido alvo de recurso para votação em Plenário.
DESTAQUES
Em geral, os deputados aprovam o texto principal do projeto e “destacam” alguns trechos para votação posterior. Esses trechos são chamados
destaques. Normalmente, essas votações posteriores servem para confirmar ou retirar alguns trechos do texto da proposta. Também podem ser
destacadas emendas, para alterar o texto.
DEPOIS DO PLENÁRIO
Depois da aprovação no Plenário da Câmara, há diversos caminhos possíveis:
Se tiver iniciado a tramitação na Câmara, o projeto segue para o Senado, onde será analisado e votado. Se for alterado, volta para a
Câmara, que analisa apenas as alterações, podendo mantê-las ou recuperar o texto original. Em seguida, vai para sanção ou veto do presidente da
República, que tem prazo de 15 dias úteis para sancionar ou vetar o projeto, no todo ou em partes.
Se tiver vindo do Senado e for aprovado sem alterações, segue para sanção ou veto do presidente da República. Se for alterado, volta
para o Senado, que analisa as mudanças da Câmara, podendo mantê-las ou recuperar o texto original. Em seguida, vai para sanção ou veto do
presidente da República, que tem prazo de 15 dias úteis para sancionar ou vetar o projeto, no todo ou em partes.

VETO
Se o presidente sancionar (ratificar) o projeto, ele se torna lei e é publicado no Diário Oficial da União. Mas o presidente pode vetar uma parte do
projeto ou todo ele.
Se vetar alguns trechos, a parte sancionada vira lei, e os vetos voltam para análise do Congresso Nacional (sessão conjunta da Câmara e do
Senado).
Se esses vetos forem mantidos, a lei fica como está.
Se forem derrubados, os trechos antes vetados passam a integrar a lei.
Sobre o Processo Legislativo
O Processo Legislativo é o conjunto de atos realizados pela Assembleia, visando a elaboração das leis de forma democrática, ordenados conforme
as regras definidas em acordo pelas partes, expressas na Constituição e no Regimento Interno.
Como organizar a segurança em nosso Estado? Onde usar as verbas arrecadadas com os impostos? Quem deve pagar pelo uso da água?
Os cidadãos e os diversos grupos que compõem nossa sociedade, raramente, têm a mesma opinião ou os mesmos interesses sobre como resolver
problemas comuns.
A solução desses conflitos, numa sociedade democrática, é feita através da construção de um acordo entre as diversas partes da sociedade, que se
expressa na promulgação de normas garantindo direitos e estabelecendo deveres.
A construção desse acordo político, que permite a convivência civilizada na sociedade entre interesses contrários, acontece através dos debates e
das votações dos Deputados que representam as posições dos cidadãos na Assembleia Legislativa. Esse debate constante, que transforma a proposta
de uns em norma aceita por todos, é a essência da democracia representativa.
Para que ele seja democrático e transparente, deve ser feito com regras claras e aceitas pelo conjunto de parlamentares, deve ser público para que
todos possam dele tomar parte e ter informações, inclusive para demonstrar seu apoio ou reprovação. Essas regras são estabelecidas no Regimento
Interno.
Por isso, o Poder Legislativo é também chamado de "parlamento", o espaço onde a disputa entre interesses distintos dos cidadãos se dá pelo
convencimento dos interlocutores e se materializa em proposições legislativas apresentadas e defendidas pelos seus representantes em todas as
reuniões de debates. Essa atividade é chamada de Processo Legislativo e pode ser acompanhada neste Portal no SPL.
O Processo Legislativo é, portanto, a atividade que garante a publicidade dos debates, das decisões e dos processos de construção de acordos
políticos, que ocorrem na Assembleia. Reúne as regras do jogo, definidas em acordo pelas partes e expressas na Constituição e no Regimento
Interno.
Serve como instrumento que permite transformar em interesse público (de todos) algo que se inicia como proposição de uma parte dos cidadãos.
Transformando projeto em lei
Apresentamos aqui, de forma simplificada, as etapas básicas desse processo, para o caso mais comum que é o da tramitação ordinária de um Projeto
de lei.
Tudo começa quando o Deputado ou os cidadãos, através da iniciativa popular, apresenta uma proposta para regular a vida em sociedade sobre
determinado tema.

Quais são as etapas do processo legislativo e como funcionam?


O processo legislativo comum ordinário tem início com a propositura, ou iniciativa, seja na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.
Depois que propostas, dá-se início à fase de discussão e deliberação. Durante a tramitação, é muito comum que as propostas sejam modificadas
(emendadas) dentro dos debates das Comissões ou no Plenário de cada uma das Casas.
É apenas ao final do trâmite das Comissões que a proposta é colocada em votação, que deve obedecer aos quora aos quais nos referimos mais cedo
a depender do tipo de proposta.
Se for aprovada a proposta na primeira Casa (chamada de Iniciadora), parte para a segunda Casa (Revisora) para ser debatida e também votada. Se
for rejeitada na primeira Casa, não é enviada para a outra.
Se aprovada nas duas, segue para a análise do Presidente da República.
O Presidente tem o poder de sancionar (aprovar) ou vetar (reprovar) total ou parcialmente. É a sanção que transforma a proposta em norma. Caso
sancione, segue para publicação.
PROCESSO LESGILATIVO
ORDINÁRIO
Como se inicia um Processo Legislativo
O encaminhamento de um projeto é direito garantido pela Constituição, mas cada tipo de proposta possui um ponto de partida diferente.
Projeto de Lei Ordinária: podem propor projetos de lei qualquer deputado, senador, o procurador-geral da República, o STF, as comissões da
Câmara e do Senado, o presidente da República e os próprios cidadãos.
Medida provisória: a publicação de medidas provisórias (MPs) é realizada pelo presidente da República e passa a ter força de lei a partir desse
momento. Com validade de 120 dias, se não forem avaliadas pela Câmara e pelo Senado dentro desse prazo, deixam de ser válidas.
Emenda à Constituição: as propostas de emenda à Constituição (PECs) podem vir de um grupo de deputados (mínimo de 171) ou senadores
(mínimo de 27) ou pelo presidente da República.
Processo Legislativo Ordinário
É a tramitação comum, ou seja, que se dedica à elaboração das leis ordinárias. Por se tratar de um processo mais completo, precisa cumprir várias
etapas e contar com o rigor e as formalidades necessárias para a elaboração de uma lei.
O Processo Legislativo Ordinário é dividido em três fases. Veja a seguir:
Fase Introdutória
Como já vimos anteriormente, um projeto de lei ordinária pode ser encaminhado pelos membros do Congresso Nacional (Iniciativa Parlamentar)
ou pelo presidente, pelos Tribunais Superiores, pelo Ministério Público ou pela população (Iniciativa Extraparlamentar).
Fase Constitutiva
É a etapa em que o projeto de lei é discutido, validado e deliberado. Ela se inicia com a Fase de Instrução, ou seja, são feitas análises gerais da
proposta. Para isso, é preciso passar por duas comissões: a Comissão Temática e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A primeira irá avaliar
o mérito da proposta, ou seja, as questões materiais e sua pertinência.
Já a CCJ se encarrega da verificação dos aspectos constitucionais, legais, jurídicos, regimentais e de técnicas legislativas. A CCJ pode barrar um
projeto, caso ele não cumpra alguma dessas especificações.

Deliberação Legislativa
Quando o projeto é liberado pelas duas Comissões, pode seguir para discussão e votação na Casa em que foi iniciado (Câmara ou Senado). Para
que essa sessão se inicie, é necessária maioria absoluta de membros, o chamado Quórum de Instalação. Já para a aprovação conta-se com a maioria
simples, ou o Quórum de Aprovação.
O projeto aprovado na Casa iniciadora deve ser encaminhado para a Casa revisora, ou seja, após a aprovação no Congresso, ele precisa ser
encaminhado ao Senado, ou vice-versa.
Deliberação Executiva
Assim que aprovado nas duas Casas, o projeto segue para a etapa de Deliberação Executiva: é encaminhado para o presidente para receber sanção
ou veto.A sanção expressa é a total conformidade do presidente com o projeto, manifesta por registro documentado.
Já a sanção tácita é o procedimento no qual o presidente recebe o projeto e não se manifesta dentro do prazo determinado de 15 dias. Não
havendo discordância, considera-se que o projeto segue para a próxima etapa.
Já para o veto há necessidade de justificativa, seja ela jurídica (por inconstitucionalidade) ou política (por desacordo com o interesse público). Ele
pode ser total ou parcial e, neste caso, precisa voltar ao Congresso para análise.
O Poder Legislativo poderá derrubar o veto e retornar o projeto ao presidente ou mantê-lo e arquivar a proposta. No primeiro caso, se o veto for
derrubado pelo Congresso e voltar ao Executivo, a lei deverá ser promulgada.
Fase Complementar
É o momento final, no qual se trata da promulgação e da publicação da lei. A promulgação é o ato que dá validade à nova lei, que deixa de ser
projeto para efetivamente fazer parte dos atos normativos oficiais.
A publicação pretende tornar pública a existência de uma nova lei, através da veiculação em órgãos oficiais (Diário Oficial). Quando não há
especificidade de data para início de seu vigor, uma lei passa a valer a partir do 45º dia após sua publicação.
Aqui temos duas atuações distintas.
Uma é a apresentação e discussão no legislativo
A outra é a manifestação do Chefe do Executivo por meio da sanção ou do veto.
ATUAÇÃO PRÉVIA DAS COMISSÕES
Nesta fase o projeto é encaminhado para as comissões temáticas e para a Comissão de Constituição e Justiça, esta com atuação obrigatória.
Isso acontece tanto na Casa iniciadora quanto na casa revisora. Após o parecer o projeto vai ao plenário
DELIBERAÇÃO PLENÁRIA
No plenário é que efetivamente o projeto é votado.
E, aprovado com maioria simples ou relativa, e maioria absoluta (ver artigo 47 e 69 da CF).
Antes da votação propriamente dita, mas já no plenário, o projeto é colocado em discussão, onde todos têm a oportunidade de se manifestar.

Aprovado em uma casa (iniciadora) o projeto é enviado para a outra (revisora) onde passa de novo por todo o procedimento: comissões,
plenário para discussão e depois votação.
Se rejeitado o projeto em qualquer das casas ele vai para o arquivo e não poderá ser apresentado de novo sobre o mesmo tema na mesma sessão
legislativa
Se a casa revisora aprova mas com mudanças no texto, o projeto volta para a casa iniciadora a fim de que apreciem a mudança feita pela
casa revisora.
Se a casa iniciadora acatar as mudanças, ela aprova daquele jeito e envia ao executivo. Se rejeitar as mudanças ela envia o texto original ao
presidente da república.
Neste momento o projeto ainda se chama “autógrafo”
NO PODER EXECUTIVO
Recebido no Poder Executivo, o presidente da República tem três ações:
Sanção – é a concordância expressa do presidente da república com o autógrafo.
Sanção tácita – é quando ele deixa passar o prazo de 15 dias sem se manifestar. Isso implica em transformar o autógrafo em lei.
Veto – Discordância do presidente da república

O VETO
Poderá ser feito por inconstitucionalidade ou por contrariedade ao interesse público.
Decidindo por vetar, o Presidente da República o fará em quinze dias úteis e comunicará ao Congresso, por ofício, as razões de seu veto.
Após o veto ele tem 48 para encaminhar o mesmo ao presidente do Congresso.

APRECIAÇÃO PELO CONGRESSO


O veto será apreciado em sessão conjunta do Congresso (Senado + Câmara) só podendo ser rejeitado pela maioria absoluta de seus
membros.
Prazo – 30 dias.
Se vencido o prazo sem apreciação ele entra na pauta seguinte automaticamente, sobrestadas todas as demais até sua votação.

Se o congresso rejeitar o veto, o projeto será encaminhado ao Presidente para promulgação e publicação.
Caso não o faça – o que “sempre” acontece - , o presidente do Senado o fará, e se este não fizer, o vice-presidente do Senado deverá fazê-lo.
Ao vice presidente não há alternativa.
Se o veto for mantido o projeto será arquivado.

CARACTERÍSTICAS DO VETO
Expresso – feito de forma expressa e não verbal pelo presidente da república. Não há veto tácito
Formal – é feito por escrito, mediante ofício, com as razões do mesmo devidamente explicadas.
Motivado – A motivação pode ser jurídica (inconstitucional) ou política (contrário ao interesse público)

Supressivo - ele só suprime os dispositivos do projeto de lei em apreciação. Não pode acrescentar nada mais
Relativo – Não é absoluto porque pode ser derrubado pelo congresso.
Irretratável – depois de feito, não se pode voltar atrás
Ato político - não pode ser apreciado pelo Poder Judiciário.
FASE COMPLEMENTAR
A fase complementar só existe quando há a sanção do autógrafo pelo presidente da república, ou quando, vetado, há a derrubada do veto.
A Promulgação e a Publicação são as etapas da Fase complementar.
Normalmente, a sanção, a promulgação e a publicação são atos contínuos, “em um só carimbo”.

PROMULGAÇÃO
Ato solene que atesta a existência da lei, inovando o mundo jurídico.
O autógrafo passa a ser chamar lei, porque com a promulgação o chefe do executivo atesta que a lei foi solenemente elaborada e aprovada.
A emenda à constituição é promulgada pelo pelas mesas da Câmara e do Senado.

Se o presidente da república vetou o projeto de lei, ele pode se recusar a promulgá-lo quando o veto for derrubado, oportunidade em que, o
presidente do senado o fará
Decreto legislativo, será promulgado pelo presidente do Congresso e as resoluções pelo presidente da Casa que a promoveu.
De resto, o ato é típico do presidente da República.
PUBLICAÇÃO
Trata-se de requisito para eficácia da lei.
Uma lei só entra em vigor depois de publicada, porque presume-se que as pessoas dela tomam conhecimento a partir do momento de sua
publicação.
A publicação é feita no Diário Oficial

PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO


Ele segue o mesmo padrão do processo legislativo ordinário. Só que os prazos de tramitação dele são mais abreviados
Isso ocorre quando o presidente da república pede “urgência” de tramitação em projetos de lei de sua autoria.
Neste caso, em 100 dias o projeto deverá ser votado (45 + 45 + 10).

Se o prazo não for respeitado, a pauta da casa fica trancada até a votação do projeto.
Este tipo de procedimento não poderá ser exigido em votação de Código.
E, não poderá ser requerida a “urgência” quando o tipo de tramitação já tenha prazos estabelecidos pela Constituição Federal
LEI ORDINÁRIA/LEI COMPLEMENTAR
Lei ordinária/Complementar tem processo legislativo ordinário salvo se foi solicitada “urgência” pelo presidente da república
Em regra todos os assuntos pertencem a Lei ordinária, salvo aqueles que a Constituição de forma expressa determina outra forma, como por
exemplo a lei Complementar
Procedimento do Processo Legislativo Ordinário
Casa Iniciadora
Será a Câmara dos Deputados a casa iniciadora quando o projeto de lei for apresentado pela iniciativa popular, pelo Presidente da República,
pelo Procurador Geral da República, dentre outros.
Significa dizer, portanto, que não apenas o Deputado Federal deflagra o processo legislativo por meio da Câmara dos Deputados.
Por esse motivo, em regra, a casa iniciadora será a Câmara dos Deputados.
Entretanto, poderá ser o Senado Federal quando o senador ou mesa do Senado apresentar o projeto de lei.
Na casa iniciadora, o projeto de lei poderá:
1. Ser aprovado: neste caso, segue para a casa revisora;
2. Ser rejeitado: será arquivado, podendo voltar respeitado o seguinte:
a) Mesma sessão legislativa, pelo voto da maioria absoluta de qualquer das casas: é a regra (e.g. lei ordinária, lei complementar, etc.)
b) Sessão legislativa distinta: é o caso, por exemplo, da Emenda Constitucional.
A doutrina, aqui, fala em cláusula de irrepetibilidade.
A cláusula de irrepetibilidade poderá ser:
1. Absoluta: vale para Emenda Constitucional e Medida Provisória;
2. Relativa: Vale para Lei Complementar e Lei Originária.
Diante da cláusula de irrepetibilidade relativa, poderá o projeto de lei rejeitado ser reapresentado por maioria absoluta de qualquer das casas.
Em paralelo, diante da cláusula de irrepetibilidade absoluta, poderá o projeto de lei rejeitado ser reapresentado em sessão legislativa distinta.

No caso das emendas retornarem à Casa Iniciadora, pode ela:


1. Aceitar as emendas e enviar o Projeto de Lei ao Presidente da República com as respectivas emendas;
2. Rejeitar as emendas, retirando-as e enviando o Projeto de Lei ao Presidente da República sem as emendas.
É curioso observar que a Casa Iniciadora poderá retirar as emendas e enviar o projeto em seu formato genuíno (sem emendas).
Por esse motivo, alguns doutrinadores entendem que a Casa Iniciadora tem preponderância no Processo Legislativo.
Sanção ou Veto do Presidente da República
A sanção é o ato do Chefe do Poder Executivo que implica na aprovação do texto.
Significa dizer que o Presidente da República concorda com o projeto de lei, autorizando o seguimento para a fase posterior (promulgação
e publicação).
Há prazo de 15 dias para o Presidente da República sancionar ou vetar o texto.
Em caso de silêncio, ocorre a denominada sanção tácita.
O Presidente, entretanto, poderá discordar política (veto político) ou juridicamente (veto jurídico) do todo ou de parte do projeto de lei apresentado.
No veto parcial, o Presidente da República não poderá vetar palavras ou expressões isoladas. Deve o presidente vetar artigos, parágrafos, ou ainda,
alíneas.
O Presidente da República, por meio do veto jurídico, exerce controle de constitucionalidade preventivo político. Preventivo porque ocorre durante
o projeto de lei e político porque não é exercido pelo Poder Judiciário. Pode o Presidente, também, entender ser o Projeto de Lei contrário ao
interesse público. Neste caso, ocorrerá veto político.
O veto possui as seguintes características:
1. Irretratável;
2. Expresso: o silêncio acarreta sanção tácita, motivo pelo qual o veto deve ser expresso;
3. Formal: será escrito;
4. Motivado: vetado o Projeto, total ou parcialmente, tem o Presidente da República 48h para comunicar os motivos do veto. Desrespeitado o prazo
de 48h, ocorrerá sanção tácita.
5. Supressivo: não se trata de emenda. Aqui, o Presidente apenas retira e nunca acrescenta ao projeto;
6. Superável: o veto é apreciado em sessão conjunta, podendo ser derrubado pela:
Maioria da Câmara dos Deputados
Maioria do Senado Federal;
Promulgação e Publicação
A promulgação é o atestado formal de existência da lei.
1. A promulgação é realizada pelo Presidente da República no prazo de 48h
2. Caso não seja realizada pelo Presidente da República, será realizada, em 48h, pelo Presidente do Senado Federal.
3. No caso de não ser realizado pelo Presidente do Senado Federal, será realizado pelo Vice-Presidente do Senado Federal, sob pena d
responsabilização
A publicação é o ato que traz vigência e eficácia a lei.
É curioso observar que o Processo Legislativo para Lei Complementar segue o mesmo rito aqui estudado, porém, o quórum de aprovação é maioria
absoluta (e não maioria simples).
Aplica-se o rito da lei ordinária nos casos em que não couber lei complementar, resolução e decreto legislativo.
PROCESSO LESGILATIVO
ESPECIAIS
Processo Legislativo Especial
Aqui, entram os trabalhos referentes à elaboração de leis complementares, medidas provisórias, emendas, resoluções, decretos legislativos, leis
financeiras e leis delegadas.As Medidas Provisórias devem ser aplicadas em caso de urgência e relevância, conforme descrito no art. 62 da
Constituição Federal, e são de iniciativa exclusiva do chefe do Executivo.
Da mesma maneira, apenas o presidente da República poderá apresentar projetos de lei financeira com indicação para processo especial. E, no
caso de propostas de Emenda à Constituição, a promulgação é feita pelo Congresso, sem necessidade de sanção ou veto.
Nossa constituição é do tipo rígida que exige quórum diferenciado e mais dificultoso para aprovação de Emendas à constituição.
Assim, a emenda é resultado de um processo legislativo especial que tem diversas fases, e está estabelecida no artigo 60.
Vamos ver:

Apresentação da proposta por um dos legitimados (artigo 60, I a III)


Discussão e votação em cada Casa do Congresso, em dois turnos, exigidos três quintos dos votos de cada Casa para aprovação.
Promulgação conjunta pelas mesas das duas casas (art. 60, parágrafo 3o)

Se a proposta foi rejeitada será arquivada, com proibição de ser reapresentada na mesma sessão legislativa (art. 60, §5o).
Observar que apesar de poder apresentar proposta de emenda à Constituição sozinho, a atuação do chefe do executivo se encerra aí.
MEDIDAS PROVISÓRIAS
ESTUDO É FEITO DAS MEDIDAS APÓS A EMENDA 32/2001
Disciplinada pelo artigo 62 atual que não prevê mais a obrigatoriedade de convocação de sessão extraordinária do legislativo .

LIMITAÇÕES MATERIAIS
Não é sobre todo assunto que a MP pode existir.
As limitações estão no art. 62, §1o.
Ainda não se pode legislar mediante MP nos assuntos estampados no artigo 25,§2o (gás encanado) e art. 246 (regulamentação de artigo da
Constituição)

PROCEDIMENTO
Adotada pelo Presidente da República, esta será enviada de imediato ao Congresso (primeiro a Câmara e depois o Senado) que terá sessenta
dias, prorrogado por mais 60 para votação.
Desde a publicação ela entra em vigor, e se após o prazo de votação não for aprovada, deixa de vigorar
PRAZO DE EFICÁCIA
É o prazo de tramitação. Sessenta dias, prorrogáveis por mais sessenta.
Se não votada em 45 dias, ela tranca a pauta da casa onde estiver.
Se chegar ao Senado depois de 45 dias, já chega com a pauta trancada.

TRANCAMENTO DE PAUTA
Trancar a pauta significa que nenhum outro projeto será votado, enquanto aquele que está trancando a pauta não for votado.
O prazo para trancamento não pode ser confundido com o prazo de votação nem com sua eventual prorrogação.
Ele é independente dos prazos acima mencionados.

É possível que com a pauta trancada, o prazo de votação se expire. Neste caso, a pauta é destrancada.
Uma outra característica típica da Medida Provisória é que quando ela chega, será apreciada por comissões mistas do congresso.
E o parecer das comissões mistas, valerá para as duas casas legislativas.
PERDA DA EFICÁCIA
Rejeitada pelo voto dos deputados ou dos senadores, ou não votado no prazo, a Medida Provisória perde a eficácia e deixa de
vigorar.
Neste caso, o Congresso deverá editar Decreto Legislativo para regulamentar os atos praticados na vigência da M.P.
Ou seja, as relações jurídicas vigentes sob a M.P. passarão a vigorar de acordo com o Decreto Legislativo.

APRECIAÇÃO PLENÁRIA
A Medida Provisória é apreciada pelas duas Casas do Congresso isoladamente.
Todavia, como já dito, o parecer das comissões é feito por comissões mistas que valem para ambas as casas.
E aqui também devemos observar que cada casa aprecia primeiro se estão presentes os pressupostos e depois verifica o mérito.

CONVERSÃO PARCIAL
O Congresso pode, na Medida Provisória, alterar o texto da mesma e aprová-la com alteração.
Neste caso, enquanto ela não for sancionada ou vetada, permanecerá em vigor o texto original.
Se a MP for aprovada exatamente como o presidente mandou, não há que se falar em sanção ou veto.

REEDIÇÃO
É vedada a reedição de Medidas Provisórias que tenham sido rejeitadas ou que tenham perdido a eficácia em razão do decurso do prazo de
apreciação.
Somente na próxima sessão legislativa é que isso poderá ocorrer.

MEDIDAS PROVISÓRIAS E IMPOSTOS


Podem ser criados ou majorados impostos por meio de Medida Provisória?
Em tese, sim.
Mas existem dois princípios que devem ser respeitados e que na prática inviabilizam o tratamento de Impostos por meio de Medida
provisória:
REVOGAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA
A revogação exige lei, porque a partir do momento que ela é publicada, ela passa ter força de lei, até que seja aprovada ou rejeitada pelo
Congresso.
Então, se tem força de lei, não pode simplesmente ser retirada pelo Presidente da República.
Tem que se revogada, e revogação se faz por meio de lei.

ESTADOS MEMBROS E MUNICÍPIOS


É possível que governadores e prefeitos legislem por meio de Medida Provisória?
Os governadores dos Estados e os Prefeitos Municipais podem legislar mediante Medida Provisória, desde que haja expressa previsão na
Constituição Estadual e na Lei Orgânica de cada Município.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
• Antes de 1988 – defendia os interesses do Estado, função que ficou agora para a AGU, Procuradorias Estaduais e Municipais.

• Art. 128. O Ministério Público abrange:


• I - o Ministério Público da União, que
compreende:
• a) o Ministério Público Federal;
• b) o Ministério Público do Trabalho;
• c) o Ministério Público Militar;
• d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
• II - os Ministérios Públicos dos Estados.
• O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da
carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de
dois anos, permitida a recondução.

• A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria
absoluta do Senado Federal
• Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei
respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.
• Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder
Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
• CUDADO PARA NÃO CONFUNDIR A NOMENCLATURA PROCURADOR DO M.P. COM O PROCURADOR DO ESTADO

Garantias
• a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
• b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto
da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;
• c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4o, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2o, I;
VEDAÇÕES
• a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
• b) exercer a advocacia;
• c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
• d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
• e) exercer atividade político-partidária;
• f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei.

COMPETÊNCIAS
• I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
• II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo
as medidas necessárias a sua garantia;
• III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;
• IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta
Constituição;

• V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;


• VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na
forma da lei complementar respectiva;
• VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
• VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações
processuais;
• IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a
consultoria jurídica de entidades públicas.
O Ministério Público é uma instituição que tem como função definida pela Constituição Federal a defesa da ordem jurídica, do regime democrático
e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Cabe ao Ministério Público atuar na proteção das liberdades civis e democráticas, buscando com
sua ação assegurar e efetivar os direitos individuais e sociais indisponíveis. Embora faça parte do Sistema de Justiça, o Ministério Público é uma
instituição independente, que não está subordinada a nenhum dos Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário), gozando de
autonomia para o cumprimento de suas funções.
Seus membros, que ingressam na carreira por concurso público, são chamados de promotores de Justiça (com atuação no primeiro grau de
jurisdição) e procuradores de Justiça (que atuam no segundo grau de jurisdição). Além dos membros, o MP conta com um quadro de servidores em
funções de apoio. A chefia institucional cabe ao procurador-geral de Justiça, nomeado pelo governador do Estado dentre os três mais votados pelos
próprios membros do MP. A administração superior do Ministério Público conta ainda com três subprocuradorias: de Assuntos Jurídicos, de
Assuntos Administrativos e de Planejamento Institucional.É muito ampla a gama de atuação do Ministério Público, que se envolve diretamente
com questões das mais relevantes, atuando em defesa da saúde pública, do meio ambiente, do patrimônio público, dos direitos da criança e do
adolescente, das famílias, do idoso e das pessoas com deficiência, dos direitos do consumidor, dos direitos humanos, enfim, quase todas as áreas
relacionadas aos direitos fundamentais da cidadania.Para dar conta dessa missão tão ampla de defender os direitos de todos, o MP precisa estar em
contato permanente com a sociedade, de modo a ouvir a população e trabalhar para que seus direitos sejam respeitados. Todos os municípios
paranaenses fazem parte de uma comarca, na qual há ao menos uma Promotoria de Justiça responsável pela atuação do Ministério Público em cada
localidade do estado. Instituição permanentemente aberta para atender a população, o Ministério Público dispõe de diversos canais para ouvir as
pessoas que dele precisam.Estão fora do âmbito de atuação do Ministério Público Estadual as questões das alçadas específicas do Ministério
Público Federal, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Militar.
ADVOCACIA PÚBLICA
ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO foi criada para afastar de vez o Ministério Público Federal das funções de assessoramento e consultoria da
União, como acontecia antes de 1988.
• Hoje, a AGU exerce duas funções distintas: a)Representação judicial e extrajudicial da União b)Consultoria e Assessoramento do Executivo.

• A AGU é comandada pelo Advogado Geral que tem status de ministro.


• Nomeado pelo Presidente da república livremente, tem foro privilegiado no STF
(crimes comuns) e no Senado (responsabilidade)
•Os demais cargos da AGU são providos mediante concurso público
• Os estados e o DF têm, cada qual, suas respectivas procuradorias onde funcionam os procuradores estaduais (aprovados em concurso) e cabe ao
governador do Estado prover o cargo de procurador chefe mediante livre indicação.
• Não confundir com o Procurador Geral que é o chefe do M.P. estadual
• Os municípios também podem instituir suas procuradorias mediante concurso público.
• Todos os procuradores têm funções de representar órgão judicial ou extrajudicialmente , bem como promover as ações que o ente federado for
autor.

A Advocacia Pública é espécie do gênero advocacia, sendo que a suas funções institucionais estão relacionadas à defesa e promoção dos interesses
públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Lembre-se: o advogado público é, antes de tudo, advogado. A Advocacia
Pública está prevista na Constituição Federal de 1988 como uma das funções essenciais à justiça. Afinal, é por meio dela que ocorre a
representação judicial (e extrajudicial) de entes políticos, assessoria jurídica ao poder Executivo e também a concepção de políticas públicas. São
eles: o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Advocacia de Estado. Com maior ou menor grau de independência, cada uma dessas
procuraturas exerce suas prerrogativas de advogados públicos por meio de atividades diversas.
ADVOCACIA
ADVOCACIA
•Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos
limites da lei.
• Duas regras estão implícitas neste artigo:
• A indispensabilidade do advogado e a imunidade do advogado

• O princípio da indispensabilidade do advogado não é absoluto porque a própria CF prevê algumas situações que o processo corre sem advogado:
justiça do trabalho e juizados especiais, por exemplo.
• A Imunidade também não é absoluta porque ela não cobre as ofensas gratuitas, fora dos limites da causa ou do que se discute.

DEFENSORIA PÚBLICA
Instituição essencial à função jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e defesa em todos os graus dos necessitados.
• Devem ser organizadas em carreiras providas na classe inicial, mediante concurso de provas e títulos.
• Têm autonomia funcional e administrativa e iniciativa de propostas orçamentárias

Como funciona em SP
• A Defensoria Pública do Estado de São Paulo é uma instituição permanente cuja função, como expressão e instrumento do regime democrático, é
oferecer, às pessoas necessitadas, de forma integral e gratuita, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus,
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos.

• A Constituição Federal a prevê como órgão de função essencial à Justiça e no Estado de São Paulo foi criada pela Lei Complementar Estadual
no 988 de 9 de janeiro de 2006.
•A Defensoria Pública, apesar de ser uma instituição estadual, não é vinculada ao governo. Sua autonomia é prevista pela Constituição Federal e é
uma garantia para que Defensoras e Defensores Públicos possam representar os direitos da população sem qualquer tipo de constrangimento.
Internamente, cada membro da Defensoria possui independência funcional para seguir livremente sua convicção, em cada caso em que atua.
Atualmente, há 790 Defensoras e Defensores Públicos no Estado de São Paulo, que trabalham em 66 unidades espalhadas por 43 cidades.
Processos de parte dos municípios que integram as mesmas comarcas também são atendidos, nas áreas de execução penal e de medidas
socioeducativas.
• A administração superior da instituição é conduzida pela Defensoria Pública-Geral – órgão dirigido por um Defensor ou Defensora nomeado/a
pelo/a Governador/a, a partir de uma lista tríplice formada pelas pessoas que obtiverem mais votos em eleição com participação de toda a carreira.

• Seu principal órgão para tomada de decisões internas é o Conselho Superior da Defensoria Pública, formado por 5 membros natos e 8 membros
eleitos diretamente pelos Defensores e Defensoras.
• Para ser Defensor/a Público/a do Estado é necessário ser bacharel em Direito e aprovado/a em concurso público específico para atuar em todas as
áreas de atribuição da Defensoria.

A Defensoria Pública.
A Defensoria Pública é o um órgão do Estado, que carrega o dever constitucional de promover o acesso à justiça pelos cidadãos hipossuficientes,
ou seja, aqueles que não possuem condições financeiras suficientes para arcar com os custos de um operador do direito.
Esse acesso gratuito à justiça, é assegurado pelo art. 5º, LXXIV da CF/88, impondo à União, aos Estados e ao Distrito Federal o dever inafastável
da prestação desse serviço de garantia do acesso, diretamente pelo Poder Público, e para esse fim, criou-se a Defensoria Pública, onde houve
determinação para que houvesse defensorias por todo o Brasil, conforme a Lei complementar n. 80 de 1994, em seu parágrafo único do art.134 da
Constituição.
Desta forma, o acesso à justiça que deve ser garantido, consiste em abranger a gratuidade de honorários advocatícios, periciais, e custas judiciais ou
extrajudiciais, entre outros custos judiciais ou extrajudiciais.
Nesse sentido, há as assistências integrais e as assistências judiciárias, entende-se que a assistência jurídica integral abrange maiores proporções que
a assistência judiciária, isso quer dizer que, além de atender tudo o que derivar do processo judicial, a integral abrange também consultoria,
orientações e aconselhamentos jurídicos:
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento
do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta
Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
Em que pese a defensoria seja uma instituição estadual, ela não possui vinculação ao governo, pois é autônoma, conforme redação constitucional,
e desta forma, garante que os defensores possam representar os direitos dos cidadãos sem intimidações.
Por conseguinte, em âmbito interno, os membros da defensoria, os defensores, possuem independência para agir segundo seus conhecimentos,
quando diante dos casos em que trabalhará.
Quem conduz a administração superior é a Defensoria Pública-Geral. Este órgão, é coordenado por um defensor nomeado pelo Governador,
doravante uma lista tríplice formada por aqueles profissionais que obtiverem mais votos em eleição com participação de toda a carreira:
Art. 2º A Defensoria Pública abrange:
I – a Defensoria Pública da União;
II – a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
III – as Defensorias Públicas dos Estados.
(LC n. 80 de 1994).
Portanto, a Defensoria proporciona aos seus assistidos, o serviço prestado na pessoa do defensor público, representando-os diante a Justiça, em
ações, na defesa de seus direitos, orientam durante os acordos e conciliações, dentre outros serviços.

As associações de bairro e organizações, poderão serem assistidas pela defensoria pública, quando a propositura de ação civil pública em questões
de meio ambiente, direitos fundamentais da pessoa humana e interesses individuais e coletivos. Mas para isso, será essencial que essa organização
ou associação demonstre, que não possui condições de arcar com as despesas processuais e por um advogado.
Neste sentido, a defensoria possui funções institucionais, que definem a prestação de seus serviços como: promover extrajudicialmente a
conciliação entre as partes, patrocinar ação penal privada e a subsidiária da pública, ação civil e a defesa em ação penal, exercer a defesa da criança
e do adolescente, atuar conjuntamente com os estabelecimentos policiais e penitenciários, visando assegurar o exercício dos direitos e garantias
individuais, garantir a quem ela assiste o contraditório e a ampla defesa nos procedimentos judiciais e extrajudiciais, atuar junto aos juizados
especiais cíveis, promover os direitos e interesses do consumidor lesado e a assistência a este.
Art. 3º-A. São objetivos da Defensoria Pública: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
I – a primazia da dignidade da pessoa humana e a redução das desigualdades sociais; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II – a afirmação do Estado Democrático de Direito; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
III – a prevalência e efetividade dos direitos humanos; e (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IV – a garantia dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
(LC. n. 80/1994).

É importante recordar que, quando se tratar de atendimento na área criminal, qualquer pessoa pode ser atendida pela defensoria pública, tendo
em vista o princípio constitucional da ampla defesa. Porém, se esse réu na área criminal ter posses, o juízo pode fixar honorários em favor da
defensoria.
AULA 24/10

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