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4° Módulo. 2
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4° Módulo. 2
CONSTITUCIONAL
4° MÓDULO 2° BIMESTRE
PROCESSO LESGISLATIVO
É o conjunto dos atos que integram o procedimento legislativo de elaboração de normas, com base no que dispõe o artigo 59 da
Constituição Federal, que diz:
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
QUE ATOS SÃO ESTES?
Iniciativa
Emenda ao projeto de lei Votação
Sanção ou veto
Promulgação (se sancionada) Publicação (se promulgada)
Como sua eficácia de validade é retirada diretamente da Constituição Federal, estas espécies normativas (emendas, leis complementares,
leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções) são chamadas de “normas primárias”.
Autocrático – quando elaborada pelo próprio governante, excluída a participação do povo direta ou indiretamente. (imposição)
Direto – discutido e votado pelo próprio povo.
Indireto (representativo) – os cidadãos escolhem seus representantes.
Semidireto – quando a elaboração legislativa exige a concordância tanto dos representantes quanto do eleitorado (plebiscito, referendo).
ORDINÁRIO – se destina a elaboração de leis, caracterizado por sua extensão mais ampla.
SUMÁRIO – Segue as mesmas fases do ordinário, mas têm prazos menores.
ESPECIAIS – fogem à regra estabelecida para a elaboração de leis ordinárias, como a emenda constitucional(EC)
O DESRESPEITO ÀS REGRAS, seja no tocante à tramitação, seja no tocante aos prazos, implica em tornar a norma aprovada em ofensiva
à Constituição Federal.
E uma norma ofensiva à Constituição Federal é INCONSTITUCIONAL
No caso, inconstitucionalidade formal, que tem o mesmo efeito, qual seja: inaplicabilidade
Aprovação por decurso de prazo se dá (ou se dava) quando um processo legislativo prevê que determinada espécie normativa tem um determinado
número de dias para ser votada, e ao final destes dias, ela não é votada.
Assim, era considerada aprovada. Caso do antigo Decreto-Lei
Hoje não existe mais este tipo de aprovação no processo legislativo brasileiro, porque quando o prazo é excedido (caso das MP), a norma perde a
vigência.
Entretanto, há ainda um resquício disso que é quando o executivo deixa de sancionar a lei, quando ocorre aquilo que chamamos de sanção tácita.
Destinado à elaboração da Lei .
É marcado por ser o mais amplo, o mais completo e por isso será estudado em primeiro lugar.
Tem três fases distintas: introdutória, constitutiva e complementar
PROCESSO LESGISLATIVO ORDINÁRIO:
É O MAIS LONGO E MAIS COMPLETO DE TODOS.
POR ISSO É ESTUDADO EM PRIMEIRO LUGAR JÁ QUE CONTÉM TODAS AS FASES.
COMPREENDE TRÊS FASES DISTINTAS:
INTRODUTÓRIA, CONSTITUTIVA E FASE COMPLEMENTAR
Dá início ao processo por meio da denominada INICIATIVA de lei
Iniciativa é a faculdade que se atribui a alguém para apesentar projeto de lei
Na CF/88 esta prerrogativa pode ser de qualquer deputado, qualquer senador, Presidente da República, STF, Tribunais Superiores, Procurador
Geral e cidadãos.
Parlamentar é a iniciativa exercida por membros do congresso nacional na União (Câmara Municipal nos municípios e Assembleias legislativa nos
Estados)
Extraparlamentar é aquela exercida aos não integrantes do Congresso.
Pode ser o Presidente da República, o STF, Tribunais Superiores, PGR ou o povo
Iniciativa Geral, é quando os legitimados podem iniciar projeto de lei sobre qualquer assunto.
Na Constituição vigente, ninguém tem propriamente a iniciativa geral, mas chama-se geral aquela iniciativa para todos os assuntos, exceção aos
que são de iniciativa reservada.
Iniciativa restrita é aquela que determinados órgãos ou pessoas têm, e que se limitam a certos assuntos.
Por exemplo, somente dispõe de competência para propor projeto de lei das matérias indicadas no artigo 128, § 5o.
A iniciativa reservada (exclusiva ou privativa) quando só determinado órgão goza do poder de propor leis sobre certa matéria.
É o caso do 61, §1o e 165, I, II e III – somente o P. Rep. Pode propor projeto de lei sobre aqueles assuntos.
a iniciativa é concorrente quando dois ou mais podem apresentar projeto de lei sobre o mesmo assunto.
Ex. – lei sobre matéria tributária que tanto o presidente da república quanto o congresso podem propor.
Se o projeto de lei é apresentado pelo Senador, a casa iniciadora será o Senado.
Se apresentado por qualquer outro, será iniciada a tramitação na câmara dos deputados.
INICIATIVA POPULAR
Só os cidadãos têm o poder de iniciativa popular e desde que obtenham o número mínimo de assinaturas exigidas.
Os estados-membros, o DF e os municípios podem ter projeto de lei de iniciativa popular, desde que conste a previsão em suas respectivas cartas
(Constituição Estadual, Constituição distrital ou L.O.M.)
VETO
Se o presidente sancionar (ratificar) o projeto, ele se torna lei e é publicado no Diário Oficial da União. Mas o presidente pode vetar uma parte do
projeto ou todo ele.
Se vetar alguns trechos, a parte sancionada vira lei, e os vetos voltam para análise do Congresso Nacional (sessão conjunta da Câmara e do
Senado).
Se esses vetos forem mantidos, a lei fica como está.
Se forem derrubados, os trechos antes vetados passam a integrar a lei.
Sobre o Processo Legislativo
O Processo Legislativo é o conjunto de atos realizados pela Assembleia, visando a elaboração das leis de forma democrática, ordenados conforme
as regras definidas em acordo pelas partes, expressas na Constituição e no Regimento Interno.
Como organizar a segurança em nosso Estado? Onde usar as verbas arrecadadas com os impostos? Quem deve pagar pelo uso da água?
Os cidadãos e os diversos grupos que compõem nossa sociedade, raramente, têm a mesma opinião ou os mesmos interesses sobre como resolver
problemas comuns.
A solução desses conflitos, numa sociedade democrática, é feita através da construção de um acordo entre as diversas partes da sociedade, que se
expressa na promulgação de normas garantindo direitos e estabelecendo deveres.
A construção desse acordo político, que permite a convivência civilizada na sociedade entre interesses contrários, acontece através dos debates e
das votações dos Deputados que representam as posições dos cidadãos na Assembleia Legislativa. Esse debate constante, que transforma a proposta
de uns em norma aceita por todos, é a essência da democracia representativa.
Para que ele seja democrático e transparente, deve ser feito com regras claras e aceitas pelo conjunto de parlamentares, deve ser público para que
todos possam dele tomar parte e ter informações, inclusive para demonstrar seu apoio ou reprovação. Essas regras são estabelecidas no Regimento
Interno.
Por isso, o Poder Legislativo é também chamado de "parlamento", o espaço onde a disputa entre interesses distintos dos cidadãos se dá pelo
convencimento dos interlocutores e se materializa em proposições legislativas apresentadas e defendidas pelos seus representantes em todas as
reuniões de debates. Essa atividade é chamada de Processo Legislativo e pode ser acompanhada neste Portal no SPL.
O Processo Legislativo é, portanto, a atividade que garante a publicidade dos debates, das decisões e dos processos de construção de acordos
políticos, que ocorrem na Assembleia. Reúne as regras do jogo, definidas em acordo pelas partes e expressas na Constituição e no Regimento
Interno.
Serve como instrumento que permite transformar em interesse público (de todos) algo que se inicia como proposição de uma parte dos cidadãos.
Transformando projeto em lei
Apresentamos aqui, de forma simplificada, as etapas básicas desse processo, para o caso mais comum que é o da tramitação ordinária de um Projeto
de lei.
Tudo começa quando o Deputado ou os cidadãos, através da iniciativa popular, apresenta uma proposta para regular a vida em sociedade sobre
determinado tema.
Deliberação Legislativa
Quando o projeto é liberado pelas duas Comissões, pode seguir para discussão e votação na Casa em que foi iniciado (Câmara ou Senado). Para
que essa sessão se inicie, é necessária maioria absoluta de membros, o chamado Quórum de Instalação. Já para a aprovação conta-se com a maioria
simples, ou o Quórum de Aprovação.
O projeto aprovado na Casa iniciadora deve ser encaminhado para a Casa revisora, ou seja, após a aprovação no Congresso, ele precisa ser
encaminhado ao Senado, ou vice-versa.
Deliberação Executiva
Assim que aprovado nas duas Casas, o projeto segue para a etapa de Deliberação Executiva: é encaminhado para o presidente para receber sanção
ou veto.A sanção expressa é a total conformidade do presidente com o projeto, manifesta por registro documentado.
Já a sanção tácita é o procedimento no qual o presidente recebe o projeto e não se manifesta dentro do prazo determinado de 15 dias. Não
havendo discordância, considera-se que o projeto segue para a próxima etapa.
Já para o veto há necessidade de justificativa, seja ela jurídica (por inconstitucionalidade) ou política (por desacordo com o interesse público). Ele
pode ser total ou parcial e, neste caso, precisa voltar ao Congresso para análise.
O Poder Legislativo poderá derrubar o veto e retornar o projeto ao presidente ou mantê-lo e arquivar a proposta. No primeiro caso, se o veto for
derrubado pelo Congresso e voltar ao Executivo, a lei deverá ser promulgada.
Fase Complementar
É o momento final, no qual se trata da promulgação e da publicação da lei. A promulgação é o ato que dá validade à nova lei, que deixa de ser
projeto para efetivamente fazer parte dos atos normativos oficiais.
A publicação pretende tornar pública a existência de uma nova lei, através da veiculação em órgãos oficiais (Diário Oficial). Quando não há
especificidade de data para início de seu vigor, uma lei passa a valer a partir do 45º dia após sua publicação.
Aqui temos duas atuações distintas.
Uma é a apresentação e discussão no legislativo
A outra é a manifestação do Chefe do Executivo por meio da sanção ou do veto.
ATUAÇÃO PRÉVIA DAS COMISSÕES
Nesta fase o projeto é encaminhado para as comissões temáticas e para a Comissão de Constituição e Justiça, esta com atuação obrigatória.
Isso acontece tanto na Casa iniciadora quanto na casa revisora. Após o parecer o projeto vai ao plenário
DELIBERAÇÃO PLENÁRIA
No plenário é que efetivamente o projeto é votado.
E, aprovado com maioria simples ou relativa, e maioria absoluta (ver artigo 47 e 69 da CF).
Antes da votação propriamente dita, mas já no plenário, o projeto é colocado em discussão, onde todos têm a oportunidade de se manifestar.
Aprovado em uma casa (iniciadora) o projeto é enviado para a outra (revisora) onde passa de novo por todo o procedimento: comissões,
plenário para discussão e depois votação.
Se rejeitado o projeto em qualquer das casas ele vai para o arquivo e não poderá ser apresentado de novo sobre o mesmo tema na mesma sessão
legislativa
Se a casa revisora aprova mas com mudanças no texto, o projeto volta para a casa iniciadora a fim de que apreciem a mudança feita pela
casa revisora.
Se a casa iniciadora acatar as mudanças, ela aprova daquele jeito e envia ao executivo. Se rejeitar as mudanças ela envia o texto original ao
presidente da república.
Neste momento o projeto ainda se chama “autógrafo”
NO PODER EXECUTIVO
Recebido no Poder Executivo, o presidente da República tem três ações:
Sanção – é a concordância expressa do presidente da república com o autógrafo.
Sanção tácita – é quando ele deixa passar o prazo de 15 dias sem se manifestar. Isso implica em transformar o autógrafo em lei.
Veto – Discordância do presidente da república
O VETO
Poderá ser feito por inconstitucionalidade ou por contrariedade ao interesse público.
Decidindo por vetar, o Presidente da República o fará em quinze dias úteis e comunicará ao Congresso, por ofício, as razões de seu veto.
Após o veto ele tem 48 para encaminhar o mesmo ao presidente do Congresso.
Se o congresso rejeitar o veto, o projeto será encaminhado ao Presidente para promulgação e publicação.
Caso não o faça – o que “sempre” acontece - , o presidente do Senado o fará, e se este não fizer, o vice-presidente do Senado deverá fazê-lo.
Ao vice presidente não há alternativa.
Se o veto for mantido o projeto será arquivado.
CARACTERÍSTICAS DO VETO
Expresso – feito de forma expressa e não verbal pelo presidente da república. Não há veto tácito
Formal – é feito por escrito, mediante ofício, com as razões do mesmo devidamente explicadas.
Motivado – A motivação pode ser jurídica (inconstitucional) ou política (contrário ao interesse público)
Supressivo - ele só suprime os dispositivos do projeto de lei em apreciação. Não pode acrescentar nada mais
Relativo – Não é absoluto porque pode ser derrubado pelo congresso.
Irretratável – depois de feito, não se pode voltar atrás
Ato político - não pode ser apreciado pelo Poder Judiciário.
FASE COMPLEMENTAR
A fase complementar só existe quando há a sanção do autógrafo pelo presidente da república, ou quando, vetado, há a derrubada do veto.
A Promulgação e a Publicação são as etapas da Fase complementar.
Normalmente, a sanção, a promulgação e a publicação são atos contínuos, “em um só carimbo”.
PROMULGAÇÃO
Ato solene que atesta a existência da lei, inovando o mundo jurídico.
O autógrafo passa a ser chamar lei, porque com a promulgação o chefe do executivo atesta que a lei foi solenemente elaborada e aprovada.
A emenda à constituição é promulgada pelo pelas mesas da Câmara e do Senado.
Se o presidente da república vetou o projeto de lei, ele pode se recusar a promulgá-lo quando o veto for derrubado, oportunidade em que, o
presidente do senado o fará
Decreto legislativo, será promulgado pelo presidente do Congresso e as resoluções pelo presidente da Casa que a promoveu.
De resto, o ato é típico do presidente da República.
PUBLICAÇÃO
Trata-se de requisito para eficácia da lei.
Uma lei só entra em vigor depois de publicada, porque presume-se que as pessoas dela tomam conhecimento a partir do momento de sua
publicação.
A publicação é feita no Diário Oficial
Se o prazo não for respeitado, a pauta da casa fica trancada até a votação do projeto.
Este tipo de procedimento não poderá ser exigido em votação de Código.
E, não poderá ser requerida a “urgência” quando o tipo de tramitação já tenha prazos estabelecidos pela Constituição Federal
LEI ORDINÁRIA/LEI COMPLEMENTAR
Lei ordinária/Complementar tem processo legislativo ordinário salvo se foi solicitada “urgência” pelo presidente da república
Em regra todos os assuntos pertencem a Lei ordinária, salvo aqueles que a Constituição de forma expressa determina outra forma, como por
exemplo a lei Complementar
Procedimento do Processo Legislativo Ordinário
Casa Iniciadora
Será a Câmara dos Deputados a casa iniciadora quando o projeto de lei for apresentado pela iniciativa popular, pelo Presidente da República,
pelo Procurador Geral da República, dentre outros.
Significa dizer, portanto, que não apenas o Deputado Federal deflagra o processo legislativo por meio da Câmara dos Deputados.
Por esse motivo, em regra, a casa iniciadora será a Câmara dos Deputados.
Entretanto, poderá ser o Senado Federal quando o senador ou mesa do Senado apresentar o projeto de lei.
Na casa iniciadora, o projeto de lei poderá:
1. Ser aprovado: neste caso, segue para a casa revisora;
2. Ser rejeitado: será arquivado, podendo voltar respeitado o seguinte:
a) Mesma sessão legislativa, pelo voto da maioria absoluta de qualquer das casas: é a regra (e.g. lei ordinária, lei complementar, etc.)
b) Sessão legislativa distinta: é o caso, por exemplo, da Emenda Constitucional.
A doutrina, aqui, fala em cláusula de irrepetibilidade.
A cláusula de irrepetibilidade poderá ser:
1. Absoluta: vale para Emenda Constitucional e Medida Provisória;
2. Relativa: Vale para Lei Complementar e Lei Originária.
Diante da cláusula de irrepetibilidade relativa, poderá o projeto de lei rejeitado ser reapresentado por maioria absoluta de qualquer das casas.
Em paralelo, diante da cláusula de irrepetibilidade absoluta, poderá o projeto de lei rejeitado ser reapresentado em sessão legislativa distinta.
Se a proposta foi rejeitada será arquivada, com proibição de ser reapresentada na mesma sessão legislativa (art. 60, §5o).
Observar que apesar de poder apresentar proposta de emenda à Constituição sozinho, a atuação do chefe do executivo se encerra aí.
MEDIDAS PROVISÓRIAS
ESTUDO É FEITO DAS MEDIDAS APÓS A EMENDA 32/2001
Disciplinada pelo artigo 62 atual que não prevê mais a obrigatoriedade de convocação de sessão extraordinária do legislativo .
LIMITAÇÕES MATERIAIS
Não é sobre todo assunto que a MP pode existir.
As limitações estão no art. 62, §1o.
Ainda não se pode legislar mediante MP nos assuntos estampados no artigo 25,§2o (gás encanado) e art. 246 (regulamentação de artigo da
Constituição)
PROCEDIMENTO
Adotada pelo Presidente da República, esta será enviada de imediato ao Congresso (primeiro a Câmara e depois o Senado) que terá sessenta
dias, prorrogado por mais 60 para votação.
Desde a publicação ela entra em vigor, e se após o prazo de votação não for aprovada, deixa de vigorar
PRAZO DE EFICÁCIA
É o prazo de tramitação. Sessenta dias, prorrogáveis por mais sessenta.
Se não votada em 45 dias, ela tranca a pauta da casa onde estiver.
Se chegar ao Senado depois de 45 dias, já chega com a pauta trancada.
TRANCAMENTO DE PAUTA
Trancar a pauta significa que nenhum outro projeto será votado, enquanto aquele que está trancando a pauta não for votado.
O prazo para trancamento não pode ser confundido com o prazo de votação nem com sua eventual prorrogação.
Ele é independente dos prazos acima mencionados.
É possível que com a pauta trancada, o prazo de votação se expire. Neste caso, a pauta é destrancada.
Uma outra característica típica da Medida Provisória é que quando ela chega, será apreciada por comissões mistas do congresso.
E o parecer das comissões mistas, valerá para as duas casas legislativas.
PERDA DA EFICÁCIA
Rejeitada pelo voto dos deputados ou dos senadores, ou não votado no prazo, a Medida Provisória perde a eficácia e deixa de
vigorar.
Neste caso, o Congresso deverá editar Decreto Legislativo para regulamentar os atos praticados na vigência da M.P.
Ou seja, as relações jurídicas vigentes sob a M.P. passarão a vigorar de acordo com o Decreto Legislativo.
APRECIAÇÃO PLENÁRIA
A Medida Provisória é apreciada pelas duas Casas do Congresso isoladamente.
Todavia, como já dito, o parecer das comissões é feito por comissões mistas que valem para ambas as casas.
E aqui também devemos observar que cada casa aprecia primeiro se estão presentes os pressupostos e depois verifica o mérito.
CONVERSÃO PARCIAL
O Congresso pode, na Medida Provisória, alterar o texto da mesma e aprová-la com alteração.
Neste caso, enquanto ela não for sancionada ou vetada, permanecerá em vigor o texto original.
Se a MP for aprovada exatamente como o presidente mandou, não há que se falar em sanção ou veto.
REEDIÇÃO
É vedada a reedição de Medidas Provisórias que tenham sido rejeitadas ou que tenham perdido a eficácia em razão do decurso do prazo de
apreciação.
Somente na próxima sessão legislativa é que isso poderá ocorrer.
• A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria
absoluta do Senado Federal
• Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei
respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.
• Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder
Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
• CUDADO PARA NÃO CONFUNDIR A NOMENCLATURA PROCURADOR DO M.P. COM O PROCURADOR DO ESTADO
Garantias
• a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
• b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto
da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;
• c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4o, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2o, I;
VEDAÇÕES
• a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
• b) exercer a advocacia;
• c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
• d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
• e) exercer atividade político-partidária;
• f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei.
COMPETÊNCIAS
• I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
• II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo
as medidas necessárias a sua garantia;
• III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;
• IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta
Constituição;
A Advocacia Pública é espécie do gênero advocacia, sendo que a suas funções institucionais estão relacionadas à defesa e promoção dos interesses
públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Lembre-se: o advogado público é, antes de tudo, advogado. A Advocacia
Pública está prevista na Constituição Federal de 1988 como uma das funções essenciais à justiça. Afinal, é por meio dela que ocorre a
representação judicial (e extrajudicial) de entes políticos, assessoria jurídica ao poder Executivo e também a concepção de políticas públicas. São
eles: o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Advocacia de Estado. Com maior ou menor grau de independência, cada uma dessas
procuraturas exerce suas prerrogativas de advogados públicos por meio de atividades diversas.
ADVOCACIA
ADVOCACIA
•Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos
limites da lei.
• Duas regras estão implícitas neste artigo:
• A indispensabilidade do advogado e a imunidade do advogado
• O princípio da indispensabilidade do advogado não é absoluto porque a própria CF prevê algumas situações que o processo corre sem advogado:
justiça do trabalho e juizados especiais, por exemplo.
• A Imunidade também não é absoluta porque ela não cobre as ofensas gratuitas, fora dos limites da causa ou do que se discute.
DEFENSORIA PÚBLICA
Instituição essencial à função jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e defesa em todos os graus dos necessitados.
• Devem ser organizadas em carreiras providas na classe inicial, mediante concurso de provas e títulos.
• Têm autonomia funcional e administrativa e iniciativa de propostas orçamentárias
Como funciona em SP
• A Defensoria Pública do Estado de São Paulo é uma instituição permanente cuja função, como expressão e instrumento do regime democrático, é
oferecer, às pessoas necessitadas, de forma integral e gratuita, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus,
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos.
• A Constituição Federal a prevê como órgão de função essencial à Justiça e no Estado de São Paulo foi criada pela Lei Complementar Estadual
no 988 de 9 de janeiro de 2006.
•A Defensoria Pública, apesar de ser uma instituição estadual, não é vinculada ao governo. Sua autonomia é prevista pela Constituição Federal e é
uma garantia para que Defensoras e Defensores Públicos possam representar os direitos da população sem qualquer tipo de constrangimento.
Internamente, cada membro da Defensoria possui independência funcional para seguir livremente sua convicção, em cada caso em que atua.
Atualmente, há 790 Defensoras e Defensores Públicos no Estado de São Paulo, que trabalham em 66 unidades espalhadas por 43 cidades.
Processos de parte dos municípios que integram as mesmas comarcas também são atendidos, nas áreas de execução penal e de medidas
socioeducativas.
• A administração superior da instituição é conduzida pela Defensoria Pública-Geral – órgão dirigido por um Defensor ou Defensora nomeado/a
pelo/a Governador/a, a partir de uma lista tríplice formada pelas pessoas que obtiverem mais votos em eleição com participação de toda a carreira.
• Seu principal órgão para tomada de decisões internas é o Conselho Superior da Defensoria Pública, formado por 5 membros natos e 8 membros
eleitos diretamente pelos Defensores e Defensoras.
• Para ser Defensor/a Público/a do Estado é necessário ser bacharel em Direito e aprovado/a em concurso público específico para atuar em todas as
áreas de atribuição da Defensoria.
A Defensoria Pública.
A Defensoria Pública é o um órgão do Estado, que carrega o dever constitucional de promover o acesso à justiça pelos cidadãos hipossuficientes,
ou seja, aqueles que não possuem condições financeiras suficientes para arcar com os custos de um operador do direito.
Esse acesso gratuito à justiça, é assegurado pelo art. 5º, LXXIV da CF/88, impondo à União, aos Estados e ao Distrito Federal o dever inafastável
da prestação desse serviço de garantia do acesso, diretamente pelo Poder Público, e para esse fim, criou-se a Defensoria Pública, onde houve
determinação para que houvesse defensorias por todo o Brasil, conforme a Lei complementar n. 80 de 1994, em seu parágrafo único do art.134 da
Constituição.
Desta forma, o acesso à justiça que deve ser garantido, consiste em abranger a gratuidade de honorários advocatícios, periciais, e custas judiciais ou
extrajudiciais, entre outros custos judiciais ou extrajudiciais.
Nesse sentido, há as assistências integrais e as assistências judiciárias, entende-se que a assistência jurídica integral abrange maiores proporções que
a assistência judiciária, isso quer dizer que, além de atender tudo o que derivar do processo judicial, a integral abrange também consultoria,
orientações e aconselhamentos jurídicos:
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento
do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta
Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
Em que pese a defensoria seja uma instituição estadual, ela não possui vinculação ao governo, pois é autônoma, conforme redação constitucional,
e desta forma, garante que os defensores possam representar os direitos dos cidadãos sem intimidações.
Por conseguinte, em âmbito interno, os membros da defensoria, os defensores, possuem independência para agir segundo seus conhecimentos,
quando diante dos casos em que trabalhará.
Quem conduz a administração superior é a Defensoria Pública-Geral. Este órgão, é coordenado por um defensor nomeado pelo Governador,
doravante uma lista tríplice formada por aqueles profissionais que obtiverem mais votos em eleição com participação de toda a carreira:
Art. 2º A Defensoria Pública abrange:
I – a Defensoria Pública da União;
II – a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
III – as Defensorias Públicas dos Estados.
(LC n. 80 de 1994).
Portanto, a Defensoria proporciona aos seus assistidos, o serviço prestado na pessoa do defensor público, representando-os diante a Justiça, em
ações, na defesa de seus direitos, orientam durante os acordos e conciliações, dentre outros serviços.
As associações de bairro e organizações, poderão serem assistidas pela defensoria pública, quando a propositura de ação civil pública em questões
de meio ambiente, direitos fundamentais da pessoa humana e interesses individuais e coletivos. Mas para isso, será essencial que essa organização
ou associação demonstre, que não possui condições de arcar com as despesas processuais e por um advogado.
Neste sentido, a defensoria possui funções institucionais, que definem a prestação de seus serviços como: promover extrajudicialmente a
conciliação entre as partes, patrocinar ação penal privada e a subsidiária da pública, ação civil e a defesa em ação penal, exercer a defesa da criança
e do adolescente, atuar conjuntamente com os estabelecimentos policiais e penitenciários, visando assegurar o exercício dos direitos e garantias
individuais, garantir a quem ela assiste o contraditório e a ampla defesa nos procedimentos judiciais e extrajudiciais, atuar junto aos juizados
especiais cíveis, promover os direitos e interesses do consumidor lesado e a assistência a este.
Art. 3º-A. São objetivos da Defensoria Pública: (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
I – a primazia da dignidade da pessoa humana e a redução das desigualdades sociais; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
II – a afirmação do Estado Democrático de Direito; (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
III – a prevalência e efetividade dos direitos humanos; e (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IV – a garantia dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
(LC. n. 80/1994).
É importante recordar que, quando se tratar de atendimento na área criminal, qualquer pessoa pode ser atendida pela defensoria pública, tendo
em vista o princípio constitucional da ampla defesa. Porém, se esse réu na área criminal ter posses, o juízo pode fixar honorários em favor da
defensoria.
AULA 24/10