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07/08/2023

Limitações ao Poder de Tributar


Direito Tributário I
Princípios: cria-se uma proteção aos
César Maurício Zanluchi contribuintes, por meio de norma
E-mail: constrib@hotmail.com
Facebook: César Zanluchi constitucional, onde o Estado deve respeitar
Instagram: profcesarzanluchi_tributaria certas regras para criar um tributo.
Formação e Atuação:
Formado em Direito, Advogado especialista em Direito
Tributário, Mestre em Direito Tributário/Econômico, Professor Imunidade: é uma barreira que impede o Estado
Universitário e de Pós Graduação, Presidente da Comissão de
Direito Tributário da OAB, Membro Julgador do Conselho de de criar um tributo sobre determinada pessoa,
Contribuintes, professor/palestrante convidado da Escola
Superior da Magistratura de São Paulo, professor convidado da
objeto ou situação.
Escola Superior da Advocacia.
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Legalidade. Legalidade.
Exceções
“é vedado a União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios exigir ou aumentar - IPI (Imposto sobre produtos
tributos sem lei que o estabeleça.” industrializados);
- IOF (Imposto sobre operações financeira);
- II (Imposto de importação);
- IE (Imposto de exportação).

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Legalidade. Legalidade e Medidas Provisórias em Matéria Tributária.
Outras exceções:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato
-CIDE Combustíveis: art. 177, §4º, I, “b”, da ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001)
CRFB/88,
(a redução e o restabelecimento por Decreto). (...)

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos,


- ICMS Combustíveis ou monofásico: art. 155, §4º, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no
IV, da CRFB/88, exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia
daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
(suas alíquotas podem ser fixadas por Convênio 2001)
entre os Estados).

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Legalidade e Medidas Provisórias em Matéria Legalidade e Medidas Provisórias em Matéria
Tributária.
Tributária.
A Medida Provisória produz dois efeitos jurídicos
imediatos: As medidas provisórias podem ser
utilizadas para majorar ou instituir tributos, isso
- promover a alteração provisória do por conta da alteração da Constituição
ordenamento jurídico; promovida pela EC n. 32/01.
- provocar o legislativo para que atue
no sentido de examinar a proposta.

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Legalidade e Medidas Provisórias em Anterioridade.
Matéria Tributária.
É vedado “cobrar tributos no mesmo exercício
financeiro em que estes foram criados ou
Mas os efeitos para o Direito Tributário, em
relação a alteração provisória do ordenamento majorados”.
jurídico, somente serão verificados após a
conversão da Medida Provisória em LEI. Isso em
regra.

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Anterioridade. Anterioridade.

Exceções. Exceções.
- Imposto de Importação – II (art. 153, I);
- Empréstimo Compulsório (art. 148, I)
- Imposto de Exportação – IE (art. 153, II);
OBS: nesse caso, somente se aplica às situações de
- Imposto sobre Produtos Industrializados – calamidade pública e guerra externa. Quanto aos
IPI (art. 153, IV); investimentos urgentes não faz exceção a anterioridade (art.
- Imposto sobre Operações Financeiras – IOF 148, II).
(art. 153, V); - Impostos Extraordinários de Guerra (art.
154, II);

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Anterioridade. Anterioridade.

Exceções.
SUMULA n. 669 – STF – “Norma legal que altera o
prazo de recolhimento da obrigação tributária não
- Contribuições Sociais, pois possuem uma contagem diferenciada
da anterioridade (anterioridade nonagesimal – art. 195, §6º).
se sujeita ao princípio da anterioridade.”
- CIDE – combustíveis – art. 177, §4º, I, “b”.
- ICMS combustíveis - art. 155, §4º, IV, da CRFB/88

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Noventena (EC n. 42/03) Exceção a noventena.

- Imposto de Importação – II (art. 153, I);


Para se exigir a alteração do tributo, deve se
- Imposto de Exportação – IE (art. 153, II);
respeita um prazo de 90 dias entre a data da
- Imposto de Renda – IR (art. 153, V);
publicação da lei que criou ou aumentou o
tributo e sua efetiva cobrança. - Imposto sobre Operações Financeiras – IOF
(art. 153, V);
- Empréstimo Compulsório (art. 148, I)
OBS: calamidade pública e guerra externa.
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Exceção a anterioridade de exercício financeiro, Exceção a anterioridade de exercício financeiro,
devendo respeitar apenas a noventena. devendo respeitar apenas a noventena.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;


- CIDE – combustíveis – art. 177, §4º, I, “b”.
OBS: no caso da redução de 2010, não houve necessidade de - ICMS combustíveis - art. 155, §4º, IV, “c”
respeitar os 90 dias quando aumentou novamente a alíquota, da CRFB/88
pois ocorreu apenas o restabelecimento do percentual
anteriormente cobrado. Para restabelecer a alíquota não é
preciso respeitar os 90 dias, salvo nos casos onde a Constituição
exige).

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Limitações ao Poder de Tributar Quadro das Exceções


Legalidade Anterioridade Noventena

Exceção a noventena, devendo atender apenas - Imposto de Importação; - Imposto de Importação; - Imposto de Importação;
- Imposto de Exportação; - Imposto de Exportação; - Imposto de Exportação;
a anterioridade de exercício financeiro. - Imposto sobre Operações - Imposto sobre Operações - Imposto sobre Operações
Financeiras; Financeiras; Financeiras;
- Impostos sobre Produtos - Impostos sobre Produtos - Impostos de Renda;
Industrializados; Industrializados; - Empréstimo Compulsório
- Imposto de Renda; - CIDE – combustíveis; - CIDE – combustíveis; (calamidade pública e
- ICMS – combustíveis; - ICMS – combustíveis; guerra externa);
- Fixação da base de cálculo do IPVA e do IPTU - Empréstimo Compulsório - Fixação da base de cálculo
(calamidade pública e do IPVA e do IPTU
guerra externa);
- Imposto Extraordinário de
Guerra;
- Contribuição Social;

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A Aplicação dos princípios da anterioridade e qual o início da contagem para a cobrança do tributo?
noventena, provocam consequências jurídicas
quanto a cobrança do tributo no caso das MP’s, Deve respeitar os princípios da:
assim como:
- Anterioridade;
- Noventena.
- qual o início da contagem para a
cobrança do tributo? O inicio da contagem para a aplicação de tais
princípios se dá na data da publicação da MP (RE n.
- e quanto as exceções ao princípio 568.503 – Rel. Carmen Lúcia - 12/02/2014 – inf. n. 735,
da legalidade? STF) – Cuidado com esse julgado

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(RE n. 568.503) – Regra Geral (RE n. 568.503) – Caso haja mudança
Conta-se daqui a:
- Anterioridade de
significativa na MP quando da conversão.
exercício;
- noventena
Conta-se daqui a:
01/01 31/12
14/05 20/06 - Anterioridade de
exercício;
- noventena

01/01 31/12
14/05 20/06

Publicação da MP Conversão em lei

OBS: já pode ser cobrado no 1º dia do próximo exercício se a MP for convertida


em Lei no mesmo exercício financeiro. Publicação da MP Conversão em lei

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(RE n. 568.503) – Quanto as exceções aos Quais as exceções?
princípios da anterioridade e noventena.
- Imposto Extraordinário Causa
Pode passar a cobrar as
alterações já a partir da Guerra (IECG);
publicação da MP
- Imposto de Importação (II);
- Imposto de Exportação (IE);
01/01 31/12
14/05 20/06

- Imposto sobre Operações


Publicação da MP Conversão em lei
Financeiras (IOF).
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(RE n. 568.503) – Caso especial do IPI – Imposto Sobre Irretroatividade.
Produtos Industrializados. (Respeita a noventena)
Pode ser cobrado após 90 dias da publicação da MP, mas, no mesmo exercício
financeiro. “(...) é vedado (...) cobrar tributos em relação a
Pode ser cobrado fatos geradores ocorridos antes do início da
noventa dias após essa
data. vigência da lei que os houver instituído ou
01/01 14/05 20/06 31/12
aumentado.”

Publicação da MP Conversão em lei

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Irretroatividade.
Isonomia ou Igualdade Tributária.
Exceção: É vedado a União, Estados e Municípios ...
O art. 106, do CTN, prescreve algumas possibilidades:

- Em caso de lei expressamente INTERPRETATIVA; “instituir tratamento desigual entre contribuintes


- tratando-se de ato não definitivamente julgado
que se encontrem em situação equivalente,
- Deixar de defini-lo como infração; proibida qualquer distinção em razão de ocupação
- Deixar de tratá-lo como contrário a qualquer
exigência de ação ou omissão profissional ou função por eles exercida,
- Comine-lhe penalidade menos severa independentemente da denominação jurídica dos
rendimentos, títulos ou direitos.”
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Capacidade Contributiva. Vedação de Confisco

“Sempre que possível, os impostos terão caráter


pessoal e serão graduados segundo a capacidade A cobrança de tributos deve se pautar dentro de
econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para um critério de razoabilidade, não podendo ser
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, excessiva, antieconômica
respeitados os direitos individuais e nos termos da
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.”
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Liberdade de Tráfego Liberdade de Tráfego
Exceção
O tráfego de pessoas ou bens não pode ser
limitado pela cobrança de tributos, quando O pedágio cobrado pela utilização de vias
estas ultrapassam as fronteires dos Estados e conservadas pelo Poder Público não se sujeita
Municípios. ao princípio em estudo por força de prescrição
constitucional.

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Uniformidade Geográfica Não diferenciação tributária em virtude da
procedência do bem.
Este princípio proíbe que a União institua
tributos de forma não uniforme em todo o país, Os Estados, Municípios e o Distrito
ou dê preferência a Estados, Municípios ou ao Federal estão proibidos de estabelecer
Distrito Federal em detrimento de outros entes diferenças tributárias entre bens e serviço, de
federativos. qualquer natureza, em razão de sua procedência
ou destino

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Transparência dos Impostos Seletividade

Visa tributar mais fortemente produtos menos


A lei determinará medidas para que os essenciais. Produtos essenciais terão alíquotas menores.
consumidores sejam esclarecidos acerca dos Observação:
impostos que incidam sobre mercadorias e
serviços. 1ª – IPI terá aplicação obrigatório por força de prescrição
constitucional;
2ª – ICMS e IPVA a aplicação é facultada aos Estados
OBS: a Lei n. 12.741/12, alterou o CDC para incluir em seu texto o princípio da
transparência (inciso III, do art. 6º).
membros.

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Não-cumulatividade. Outros princípios – apenas aplicados ao Imposto de
Renda.
Deve ser compensado o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas operações – Generalidade.
anteriores.
Relaciona-se a sujeição passiva. Atinge
todas as pessoas que possuam renda, sem
OBS: obrigatório para o IPI e ICMS. No caso do PIS e distinção.
da COFINS, possuem a chamada cumulatividade
indireta (Lei n. 10.833/03 e 10.637/02)

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Outros princípios – apenas aplicados ao Imposto de Outros princípios – apenas aplicados ao Imposto de
Renda. Renda.

– Universalidade.
– Progressividade.

Está relacionado a extensão da Base de


Cálculo. Aplica-se a todas as formas de rendas, isso Diversidade de alíquotas em função da
para que façam parte da base de cálculo do Base de Cálculo.
Imposto de Renda.

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Imunidade: é uma não incidência tributária Imunidade e sua diferença entre:
juridicamente qualificada, pois a própria
Constituição prescreve qual sua abrangência. - Isenção;
- Não incidência;
A não incidência se dá: - Diferimento/Suspensão;
- juridicamente qualificada; - Alíquota Zero
- pura, simples ou natura.

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Imunidade e sua diferença entre: Imunidade Recíproca (Art. 150, VI, “a”).

- Objetiva; É vedado instituir IMPOSTOS sobre o


patrimônio, renda e serviços das pessoas
- Subjetiva;
políticas entre si.
- Mista

OBS: também se estende a sua autarquias e


fundações. (Art. 150, VI, “a”, §2º).

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Imunidade Recíproca (Art. 150, VI, “a”).
Imunidade Recíproca (Art. 150, VI, “a”).
Ex:
- Município que importa um bem do exterior, de forma restritiva, por não
OBS: com relação aos tributos, o STF fez uma estar a importação no rol do artigo, em tese não poderia ser imunizada a
operação. Porém, de forma ampla, esta importação pode ser qualificada
interpretação restritiva, entendendo que as como patrimônio do ente político, por isso, não poderia ser tributário
imunidades do art. 150, VI, da CRFB/88, (entendimento do STF).

somente aplicam-se aos impostos. Já quanto - Caso dos Correios (ECT – Empresa Brasileira de Correios). Não pode sobre
tributação sobre sua renda, patrimônio e serviço, por ser considerado serviço
aos seus limites materiais (patrimônio, renda e da UNIÂO (art. 22, X, CF/88). (RE 364.202/RS – Min. Carlos Veloso, Segunda
serviço), a interpretação que o STF fez foi Turma, DJ 28-10-2004).

ampliativa. - Não se aplica a tributação sobre as operações financeiras dos entes políticos
(RE 213.059/SP, Min. Ilmar Galvão, primeira Turma DJ 27-02-98).

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Imunidade de Templos de Qualquer Religião Imunidades não auto-aplicáveis (art. 150, VI, “c”).
(art. 150, VI, “b”, Art. 44, IV, CC)
São não auto-aplicáveis porque têm que
Tem imunidade plena, desde que os valores provar sua existência para que possam ser
sejam destinados a suas finalidades (RE n. abrangidos pela imunidade.
325822/SP – Ilmar Galvão – 2004).

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Imunidades não auto-aplicáveis (art. 150, VI, “c”). Imunidades não auto-aplicáveis (art. 150, VI, “c”).

Aplicam-se:
Há a necessidade de se cumprir as regras
inerentes à cada entidade e as regras de
tributação: - Partidos políticos, inclusive as suas fundações.
- Entidades Sindicais de Trabalhadores (não
alcança sindicatos de empregadores);
- Lei Ordinária (Ex: 9532/97 – - Instituição de Educação;
entidades de Assistência Social); - Entidades de Assistência Social.
- Lei Complementar (CTN)
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Questão 22, prova 23º
Imunidades Objetivas:
O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais
superávits, são integralmente reinvestidas no estabelecimento de ensino) deseja saber se está
correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco, que negou a pretendida imunidade tributária,
sob o argumento de que a instituição de ensino privada auferia lucros. Essa imunidade não se aplica a pessoa, mas sim
Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta.
aos objetos (coisa – livros, jornais, periódicos e papel
A) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino destinado a sua impressão).
que não sejam superavitárias.
B) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas de
ensino.
C) O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo
estabelecimento de ensino imune.
D) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não
precisa ser deficitária, desde que o superávit seja revertido para suas finalidades.

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Imunidades Objetivas: Imunidades Objetivas:
Cuidado:
OBS: Livros Eletrônicos (RE n. 432.914-0,
• Não se aplicam aos insumos (tinta, máquinas, manutenção
das máquinas etc) destinados a produção de livros, jornais e Min. Ellen Grace, DJ 16-06-2005).
periódicos (RE 203.859, DJ de 24.08.2001).
• Abrange o papel, filme e papel fotográfico (SUMULA n. 657,
STF)
• não analisa o conteúdo do documento. Por isso, cabe a
imunidade para álbuns de figurinha e lista telefônica por
exemplo.
• Não é possível para encartes de propaganda.

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STF decide que livros digitais têm imunidade tributária Imunidades Objetivas:
– Imunidade cultural (art. 150, VI, “e”) - EC n. 75/13,
08 de maio de 2017, o STF decidiu, com repercussão
geral, os Recursos Extraordinários (RE’s) de números É uma imunidade objetiva que evitará a incidência de
330817 e 595676, que tratavam da questão da aplicação IMPOSTOS sobre a produção musical basicamente, conforme
da imunidade tributária de livros, jornais e periódicos aos o texto legal.
chamados “Livros Eletrônicos” e os suportes
exclusivamente utilizados para fixá-lo. O plenário, por fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
unanimidade, entendeu que, pela natureza da imunidade contendo obras musicais ou literomusicais de autores
prevista no art. 150, inciso VI, alínea “d”, da Constituição brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
Federal, também abrangeria os livros eletrônicos como brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos
meio de difundir a cultura. digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação
industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

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– Outras imunidades. Contribuições Sociais:

– Contribuições Sociais:
- CSLL – o STF entendeu que é possível a incidência.

Art. 149, §2º, I – Relativo a CIDE –


combustíveis e Contribuições Sociais: imunidade Receita Lucro
É a entrada de elementos no É o resultado pecuniário
sobre a receita de exportação. (EC n. 33/01) ativo sob a forma de dinheiro (receitas menos despesas)
ou direito a recebe-lo.

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Contribuições Sociais: - Art. 195, §7º - entidades beneficentes de
assistência social, que atendam os requisitos da
LEI.
- CPMF – o STF entendeu que é possível a incidência –
RE n. 474132 – Rel. Min. Gilmar Mendes (12/08/10). – Imunidade Diplomática.

- Taxas:
Art. 5º, XXXIV, “a” e “b”. - direito de petição e
obtenção de certidões.

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– Impostos.
- Art. 153, §5º - ouro destinado ao ativo
Art. 153, §4º, II – ITR sobre pequenas glebas
de terras rurais. financeiro – só incide o IOF.
Por possuir um caráter extrafiscal, o ITR passou a
não incidir sobre pequenas glebas rurais, assim
definidas por legislação infraconstitucional (Lei n. - Art. 153, §3º, III (IPI) – O IPI não incide sobre
9393/96 – art. 2º), conforme prescrito pelo inciso II, produtos destinados ao exterior. Nessa mesma
do §4º, do art. 153, da Constituição Federal. linha, também não incide ICMS e o ISS (no
ultimo caso, previsto na LC n. 116/03)

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- Art. 156, §2º, I – ITBI (Imposto sobre a
Transmissão de Bens imóveis inter vivos) não incide
nas transferências de bens imóveis para a César Maurício Zanluchi
constituição do capital social de pessoas jurídicas. E-mail: constrib@hotmail.com
Facebook: César Zanluchi
- Desapropriação: Art. 184, §5º, da CF/88 -
“Operações de transferência de imóveis por Instagram: profcesarzanluchi_tributaria
desapropriação”. (cuidado, o artigo fala em isenção,
mas a natureza é de imunidade)

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