Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Guia Do Aluno Administração Financeira - Semana 3
Guia Do Aluno Administração Financeira - Semana 3
Objetivos da Semana
Material Didático
Olá!!! Sejam bem-vindos a Unidade 3 – Estrutura e Custo de Capital.
De onde a empresa tira dinheiro para existir???? Pra responder a essa pergunta, mais uma
vez voltamos a contabilidade. É preciso entender a estrutura de capital. A estrutura de capital de
uma empresa refere-se à composição de suas fontes de financiamento, ou seja, literalmente de
onde a empresa busca recursos para existir.
O capital total de uma empresa é decomposto em duas partes: capital próprio e capital de
terceiros. Vamos relembrar do Balanço Patrimonial:
Todo o capital que a empresa possui está investido no Ativo, ou seja, em bens e direitos.
Todo o dinheiro necessário para adquirir os ativos veio do Passivo e Patrimônio Líquido.
Capital de Terceiros
O capital de terceiros inclui todos os fundos levantados pela empresa junto a credores, e
representados basicamente por empréstimos e financiamentos. A empresa contrata esses
Capital Próprio
Custo do capital próprio é o retorno mínimo que os acionistas exigem de seu capital
investido na empresa. Equivale ao rendimento mínimo que a empresa deve obter para remunerar
seus acionistas e manter o preço de mercado de suas ações.
Se a empresa possui tanto capital de terceiros quanto capital próprio, como saber qual o
custo desse capital? É necessário fazer uma média ponderada desses custos.
Como uma empresa deve escolher seu índice Dívida/Capital próprio? Ross et al. (2015)
apresentam o modelo de pizza, que representa a soma dos direitos financeiros sobre os ativos
da empresa, da dívida e do capital próprio
Se o objetivo da administração da empresa for torná-la tão valiosa quanto possível, então
a empresa deve escolher o índice Dívida/Capital próprio que torna a pizza – o valor total – tão
grande quanto possível.
De acordo com ASSAF NETO & LIMA (2014), Alavancagem Financeira é o efeito
causado por se tomar recursos de terceiros emprestados a determinado custo, aplicando-os
em ativos a outra taxa de retorno.
Considere uma empresa que acabou de ser fundada, com um investimento de $ 50 mil, dos
quais $ 20 mil para aplicação em ativo imobilizado e os restantes $ 30 mil para o capital de
giro (ativo circulante).
Suponha-se que as taxas de juros para os financiamentos sejam de 12% ao ano, e que se
espera um retorno (lucro) de $ 8 mil por ano, antes dos encargos financeiros (lucro operacional
antes do Imposto de Renda). Admita-se neste exemplo, ainda, que não exista Imposto de Renda
e que não haja inflação nessa economia. Dessa maneira, a DRE – Demonstração do Resultado
do Exercício será a seguinte:
Nessa situação, os acionistas teriam um retorno sobre o investimento total de 16%. Este retorno
pode ser obtido a partir da seguinte expressão:
onde ROA é o Retorno sobre o Ativo e ROE o Retorno sobre o Patrimônio Líquido.
Nesta situação, os acionistas decidem utilizar somente $ 25,0 mil (50% do total do investimento)
de recursos próprios, e financiar a outra metade dos ativos através de um financiamento tomado
à taxa de 12% a.a. Com isso, o lucro de $ 8,0 mil é reduzido pelo custo de tomar os $ 25,0 mil
emprestados.
Pode-se perceber agora que o retorno dos acionistas subiu bastante, passando de 16% para 20%
do capital próprio investido. Sem financiamentos, o lucro dos acionistas era de $ 8 mil e o
investimento próprio de $ 50 mil; com o financiamento, o lucro reduziu-se para $ 5 mil, mas o
capital próprio investido desceu pela metade, $ 25 mil, alavancando seu retorno.
A alavancagem é medida pelo Grau de Alavancagem Financeira (GAF), sendo definido por:
20%
𝐺𝐴𝐹 = ≫ 𝐺𝐴𝐹 = 1,25 ≫ é 𝐹𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑙
16%
Probabilidade de falência
Quanto mais elevada a alavancagem financeira de uma empresa, maior é o seu risco financeiro
– o risco de ser incapaz de cobrir seus pagamentos fixos de juros e dividendos preferenciais.
A empresa deve encontrar a sua estrutura ótima de capital. Estrutura ótima de capital é
a composição das fontes de financiamento, próprias e de terceiros, que minimiza o custo total
de capital (WACC), levando à maximização do valor da empresa.
Videoaula(s) da Semana
Você conheceu nesta semana a composição do capital de uma empresa. Aprendeu sobe o
capital próprio e o capital de terceiros, e os custos atrelados a cada um. Estudou a estrutura de
capital de uma empresa e ainda aprendeu a calcular o grau de alavancagem financeira.
Bibliografia da semana
ASSAF NETO, A. LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014
GESSER. H. C. Administração Financeira. Notas de aula, Curso de Graduação em
Administração. Universidade Estácio de Sá, 2012.
ROSS, S. A., et al. Administração financeira. Versão brasileira de Corporate Finance [recurso
eletrônico]. Tradução: [Evelyn Tesche ... et al]. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.