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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO

TRABALHO DE PATOLOGIA

TEMA: SIFILIS

GRUPO Nº05
CLASSE: 11ª
SALA Nº 09
TURMA: A
PERÍODO: MANHÃ
CURSO: FISIOTERAPIA

O DOCENTE
________________________
EUCLIDES DO ROSÁRIO

ITS – BENGO, 2024

i
INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO

SIFILIS

Trabalho apresentado ao Instituto Técnico de Saúde


do Bengo como um dos requisitos para obtenção de
avaliação contínua na cadeira de patologia.

Integrantes do grupo nº 5

1. Inês Muginga
2. Isabel Geoge
3. João Pedro
4. João Salvador
5. Júlio Kizenga
6. Leonardo Makuanda
7. Maria Ndombele

O Professor
___________________________

BENGO, 2024

ii
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, professores, colegas e amigos pelo apoio que
têm nos dado durante o período da nossa formação.

III
AGRADECIMENTOS

À Deus que nos deu tudo, o dom da via.

Desejamos registrar a nossa gratidão a todos que contribuíram com o seu estímulo,
amizade compreensão, ajudas e críticas construtivas para a realização deste trabalho.

Aos nossos pais por acreditarem no nosso sucesso profissional e que, com muito
carinho e apoio, não têm medido esforços para que nós tenhamos uma educação melhor.

IV
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO ...................................................................................... 2

2.1 Conceito ................................................................................................................................ 2

2.2 Epidemiologia ....................................................................................................................... 2

2.3 Agente etiológico .................................................................................................................. 3

2.4 Transmissão .......................................................................................................................... 4

2.5 Tipos de sífilis ...................................................................................................................... 4

2.5.1. Sífilis adquirida ................................................................................................................ 4

2.5.2 Sífilis na gestação .............................................................................................................. 5

2.5.3 Sífilis congênita ................................................................................................................. 5

2.6 Fases da sífilis....................................................................................................................... 6

2.6.1 Sífilis primária ................................................................................................................... 6

2.6.2 Sífilis secundária ............................................................................................................... 6

2.6.3 Sífilis latente ...................................................................................................................... 7

2.6.4 Sífilis terciária ................................................................................................................... 7

2.7 Sinais e sintomas .................................................................................................................. 7

CONCLUSÃO........................................................................................................................... 9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 10

V
1. INTRODUÇÃO

A sífilis é um problema de saúde pública mundial, descrita desde os tempos remotos,


tendo sido reconhecida no Oriente Médio antes de Cristo. A sífilis é uma doença infecciosa
crônica, que acomete praticamente todos os órgãos e sistemas e desafia há séculos a
humanidade. Apesar do tratamento eficaz e de baixo custo, continua sendo problema de saúde
pública até os dias atuais. Em Angola não é diferente, pois de acordo com os últimos dados da
OMS publicados de 2020, as mortes por sífilis em Angola atingiram 1.316 ou 0,63% do total
de mortes (SIQUEIRA, 2021).

Segundo Trevisan et al. (2018), a sífilis é uma patologia infectocontagiosa, curável,


exclusiva do ser humano, e que vem sendo negligenciada na atenção à saúde. É causada pela
espiroqueta Treponema pallidum, uma bactéria transmitida por meio do contato direto via
relação sexual, contato com sangue infectado ou por transmissão vertical, através da via
placentária, nomeada sífilis congênita.

Acomete praticamente todos os órgãos e sistemas, e, apesar de ter tratamento eficaz e


de baixo custo, vem se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais
(CAVALCANTE, 2013). A sífilis é uma doença sistémica de evolução crónica, que, de
acordo com a forma de transmissão, pode ser classificada em sífilis Adquirida e Congénita.
Caracteriza-se por períodos sintomáticos alternados por longos períodos de latência, com
vários estádios e manifestações severas (primária, secundária, latente e terciária) (NETO,
2014; TREVISAN et al., 2018).

A apresentação dos sinais e sintomas da doença é muito variável e complexa. Quando


não tratada, evolui para formas mais graves, podendo comprometer o sistema nervoso, o
aparelho cardiovascular, o aparelho respiratório e o aparelho gastrointestinal (NOGUEIRA et
al., 2014).

A nível laboratorial, a sífilis pode ser diagnosticada com recurso à serologia, que
inclui testes treponêmicos e não treponêmicos, ou por métodos de detecção da bactéria, nos
quais se destacam as técnicas de amplificação génica e microscopia de campo escuro.
(CAVALCANTE, 2013).

Embora o tratamento com penicilina seja muito eficaz nas fases iniciais da doença,
métodos de prevenção devem ser implementados, pois adquirir sífilis expõe as pessoas a um
risco aumentado para outras DST, inclusive a SIDA (NOGUEIRA et al., 2014).

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2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

2.1 Conceito

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, de caráter sistêmico, causada pela


bactéria Treponema pallidum (T. pallidum), exclusiva do ser humano, e que, quando não
tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis
em longo prazo. É transmitida predominantemente por via sexual e vertical, e se não tratada, a
doença pode evoluir a estágios que comprometem a pele e órgãos internos, como o coração,
fígado e sistema nervoso central (BRASIL, 2016).

2.2 Epidemiologia

A OMS estima a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente


Transmissíveis (IST) por dia, mundialmente. Ao ano, calculam-se aproximadamente 357
milhões de novas infecções, entre clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. A sífilis afeta um
milhão de gestantes por ano em todo o mundo, levando a mais de 300 mil mortes fetais e
neonatais e colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil crianças
(CAVALCANTE, 2013).

A sífilis representa a 3ª maior causa de doença transmitida sexualmente no EUA. Após


a diminuição da incidência verificada até meados dos anos 80 assistiu-se no EUA, a
recrudescência entre os heterossexuais, incluindo mulheres, tendo sido identificados como
factores de risco a prostituição e a cocainomania (SLAVEN et al., 2007).

Sífilis é uma doença universal que acomete todas as camadas da sociedade. O meio de
contaminação é restrito ao ser humano e são transmissíveis somente as manifestações da
sífilis primária e secundária. Sendo possível a reinfecção, uma vez que não confere
imunidade. Por ter atividade sexual com mais frequência, os jovens entre 15 e 25 anos são
especialmente os mais acometidos. Verifica-se que houve acréscimo de 68,2% em 2013, com
aumento de 55,7% nos casos entre os homens e 97,7% entre as mulheres, das notificações em
relação ao ano anterior. Observou-se, claramente, a maior ocorrência de sífilis entre os
homens, em todos os anos avaliados, apesar do aumento do diagnóstico em mulheres,
diferente do observado nos dados estaduais. O mais provável é que os estabelecimentos de
saúde estejam disponibilizando mais testes aos homens. Todavia, se considerarmos que as
mulheres costumam buscar mais os serviços de saúde que os homens, estes percentuais são
muito assustadores, pois é bem possível que estejam ainda subestimados (BRASIL, 2016).
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2.3 Agente etiológico

A bactéria que provoca a sífilis pertence à subespécie pallidum do Treponema


pallidum. Este faz parte da família Spirochaetaceae, que por sua vez inclui outros treponemas
patogénicos que provocam doenças não venéreas em humanos. As manifestações clínicas
destas infecções são distintas da sífilis venérea e incluem a bouba (subespécie pertenue do
Treponema pallidum), a pinta (subespécie carateum do Treponema pallidum), e a sífilis
endémica, (subespécie endemicum do Treponema pallidum) (ECCLESTONE, 2007, LOPES,
2011; ARAUJO, 2017).

O Treponema pallidum foi descoberto por Fritz Richard Schaudinn e Paul Erich
Hoffman em 1905 (CASTRO, 2004).

Avanços na biologia molecular permitiram a identificação de diferenças genéticas


entre os microrganismos mencionados anteriormente. A subespécie em discussão,
provocadora da sífilis (Treponema pallidum), é uma bactéria gram-negativa, em forma espiral
(espiroqueta), intensamente espiralada, com extremidades afiladas e possui cerca de 10 a 15
espiras. Três flagelos periplasmáticos estão inseridos em cada uma das extremidades, e é
altamente móvel. É anaeróbio facultativo. O seu pequeno tamanho (0,1 – 0,2 micrómetros em
diâmetro e cerca de 6 – 15 micrómetros de comprimento) implica que seja necessária a
utilização de técnicas de microscopia de fundo escuro para a sua visualização. Esta
dificuldade é atenuada por algumas características distintivas, como as espirais regulares e
apertadas visíveis no organismo, bem como o facto de apresentar característicos movimentos
rotativos e flexíveis no seu centro (ARAUJO, 2017).

O seu corpo está rodeado por uma membrana citoplasmática, por seu turno envolvida
numa membrana externa. Existe ainda uma fina camada de peptidoglicano entre estas duas
membranas, o que lhe permite encurtar o período de incubação. A virulência dos organismos
e o sistema imunitário do hospedeiro podem igualmente afectar o período de incubação
(ARAUJO, 2017).

A bactéria Treponema Pallidum tem uma alta mobilidade e possui alta aderência às
células hospedeiras. A capacidade quimiotáxica dessa bactéria é um importante fator que
contribui para a virulência desse microrganismo. Estudos da sua membrana externa revelam
um baixo número de proteínas integrais, deixando ao sistema imunitário poucos alvos para a
resposta imune (ARAUJO, 2017; LAFAIETE, 2019).

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O Treponema tem uma tremenda capacidade de invadir e fixar-se rapidamente nas
superfícies celulares e adentrar as junções endoteliais e os tecidos. Tem capacidades
biossintéticas muito limitadas e requer múltiplos nutrientes, não consegue sobreviver no
exterior do seu único reservatório natural, os humanos. É uma bactéria com pouca resistência
ao meio ambiente e pode ser facilmente destruída quando fora do organismo hospedeiro
(ARAUJO, 2017; LAFAIETE, 2019).

2.4 Transmissão

A sífilis é transmitida predominantemente pelo contato sexual. O contágio é maior nos


estágios inicias da infecção, sendo reduzido gradativamente à medida que ocorre a progressão
da doença (BRASIL, 2016).

Na maioria dos casos, a infecção é adquirida por contacto directo com lesões de sífilis
primária ou secundária (ARAUJO, 2017).

Outra forma de transmissão da sífilis mais comum é a transmissão vertical, aquelaque


ocorre durante a gestação, através da passagem transplacentária de treponemas, quando a
gestante portadora de sífilis não é tratada ou realiza o tratamento de maneira inadequada.
Embora a maioria dos recém-nascidos com sífilis congénita seja infectada dentro do útero, a
infecção pode também ocorrer durante o parto, pelo contacto com lesões genitais, mas é
menos frequente (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006; BRASIL, 2016).

A sífilis também pode ser transmitida por transfusão sanguínea. O risco de


transmissão através de transfusão sanguínea é hoje considerado negligenciável, devido à
triagem rigorosa das bolsas de sangue quanto à presença de agentes infecciosos, como o T.
pallidum, e pelo pouco tempo de sobrevivência da bactéria fora do organismo humano,
especialmente em baixas temperaturas. No que toca à partilha de seringas, considera-se que é
de importância mínima no panorama da transmissão de sífilis, ainda que tal seja ainda pouco
claro (ARAUJO, 2017).

2.5 Tipos de sífilis

2.5.1. Sífilis adquirida

A sífilis adquirida é uma doença infectocontagiosa sistêmica transmitida através da


relação sexual desprotegida, geralmente pela área genital ou anal. É uma infecção que quase
não apresenta sintomas, o que faz com que o indivíduo não tenha conhecimento da doença,

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podendo transmiti-la a terceiros. Ela pode se classificar em primária, secundária, terciária e
latente (BRASIL, 2010).

2.5.2 Sífilis na gestação

Sua transmissão ocorre da mesma maneira que a sífilis adquirida, ou seja, por via
sexual. O agravante neste caso é a gestante ser acometida pela infecção, e a mesma não ser
tratada ou ser tratada de maneira inadequada, ocorrendo o risco de contaminação vertical. O
feto pode ser infectado por via transplacentária em qualquer fase da gestação ou pelo canal
vaginal durante o parto (SILVA, 2016; NASCIMENTO, 2018).

2.5.3 Sífilis congênita

A sífilis congénita é classificada em precoce e tardia, conforme o período de início dos


sintomas, respectivamente, antes e após os dois anos de idade da criança (PÁDUA, 2009).

A sífilis congénita precoce inclui aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal que
ocorre em aproximadamente 40% dos conceptos infectados, a partir de mães não tratadas.
Cerca de 30% das crianças infectadas são assintomáticas ao nascimento, com surgimento dos
sintomas durante os primeiros três meses de vida. A infecção pode ser fulminante e
disseminada, e os sinais e sintomas mais comuns são febre, anemia, retardo no
desenvolvimento, irritabilidade, lesões mucocutâneas (rashmaculopapular no tronco, palmas
das mãos e plantas dos pés, condiloma lata e erupções bolhosas), rinite sero-sanguinolenta,
hepatoesplenomegalia, icterícia, ascite, glomerulonefrite, linfadenopatia, dactilite, e
pseudoparalisia devido à osteocondrite. Esta última pode ser generalizada e acompanhada de
pericondrite, afectando todos os ossos do esqueleto, mais acentuadamente no nariz e na tíbia.
Fazem parte do quadro sintomas oculares e neurológicos, hemólise e trombocitopenia. Dadas
às múltiplas apresentações da sífilis congénita, esta deve ser considerada no diagnóstico
diferencial de toda doença grave em recém-nascidos, mesmo que a mãe seja soronegativa no
momento do parto, uma vez que a infecção pode ter sido muito recente (NOGUEIRA, 2014).

A sífilis congénita tardia caracteriza-se por deformações ósseas variadas, manifestas


como fronte olímpica e tíbia em lâmina de sabre (achatamento lateral), pelos chamados dentes
de Hutchinson (incisivos e molares espaçados e com entalhamento central), arco do palato
alto, protuberância da mandíbula, espessamento esternoclavicular, nariz em sela (achatamento
da parte superior / ponte do nariz). Outras alterações gerais incluem rágades (cicatrizes
lineares periorais), paresia juvenil, linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia, sintomas
5
neurológicos, incluindo déficits graves, ceratite intersticial (opacidade da córnea), surdez por
lesão do 8º nervo craniano, articulações de Clutton (derrames articulares indolores) e gomas
(nodulações subcutâneas por processo inflamatório e que sofrem degeneração). As
manifestações de sífilis congénita tardia tornaram-se raras, na época, após o uso da penicilina.
Nenhum recém-nascido deve ter alta do hospital sem se ter a informação da realização de
sorologia para sífilis da mãe e/ou do recém-nascido (NOGUEIRA et al., 2014).

2.6 Fases da sífilis

A sífilis é uma doença de evolução lenta. Quando não tratada, alterna períodos
sintomáticos e assintomáticos, com características clínicas, imunológicas e histopatológicas
distintas, divididas em três fases: sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária (BRASIL,
2010).

Não havendo tratamento após a sífilis secundária, existem dois períodos de latência:
um recente, com menos de um ano, e outro de latência tardia, com mais de um ano de doença
(BRASIL, 2010).

2.6.1 Sífilis primária

Após a infecção, ocorre um período de incubação entre 10 e 90 dias. O primeiro


sintoma é o aparecimento de uma lesão única no local de entrada da bactéria. A lesão
denominada cancro duro ou protossifiloma é indolor, tem a base endurecida, contém secreção
serosa e muitos treponemas. A lesão primária se cura espontaneamente, num período
aproximado de duas semanas. As lesões sifilíticas facilitam a entrada do vírus da
imunodeficiência humana – VIH (BRASIL, 2010).

2.6.2 Sífilis secundária

Quando a sífilis não é tratada na fase primária, evolui para sífilis secundária, período
em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do corpo. Nesta fase, aparece como
manifestação clínica o exantema (erupção) cutâneo, rico em treponemas e se apresenta na
forma de máculas, pápulas ou de grandes placas eritematosas branco-acinzentadas
denominadas condiloma lata, que podem aparecer em regiões úmidas do corpo (BRASIL,
2010).

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2.6.3 Sífilis latente

Se não houver tratamento, após o desaparecimento dos sinais e sintomas da sífilis


secundária, a infecção entra no período latente, considerado recente no primeiro ano e tardio
após esse período. A sífilis latente não apresenta qualquer manifestação clínica (BRASIL,
2010).

2.6.4 Sífilis terciária

A sífilis terciária pode levar dez, vinte ou mais anos para se manifestar. A sífilis
terciária se manifesta na forma de inflamação e destruição de tecidos e ossos. É caracterizada
por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas
mucosas, que também podem acometer qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto ósseo.
As manifestações mais graves incluem a sífilis cardiovascular e a neurossífilis (BRASIL,
2010; GUIMARÃES, 2017).

2.7 Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas da fase primária são:

 Cancro duro: lesão genital ulcerada ou rosada, geralmente única, que aparece em 10 a
90dias (média de 21 dias) após o contágio;

 Adenopatia regional (íngua) não supurativa, indolor e múltipla;


 As lesões podem ser extragenitais e desaparecem, independente do tratamento, em3 a
8 semanas (NOGUEIRA, 2014).

Os sinais e sintomas da fase secundária são:

 Lesões cutaneomucosas, não ulceradas que aparecem no corpo em cerca de 8semanas


após o desaparecimento do cancro duro;

 Exantema morbiliforme e máculas (roséolas sifilíticas);


 Excepcionalmente pode ocorrer uveíte, hepatite, periostite e nefropatia;
 Em 70 a 90% dos casos podem ocorrer sintomas gerais como febre, artralgias, mal
estar geral e linfadenopatia generalizada (Nogueira, 2014).

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Fase latente: sem sinais e sintomas clínicos (NOGUEIRA, 2014).

Os sinais e sintomas da fase terciária são:

 Sinais e sintomas que ocorrem após 1 ou 2 a 40 anos após a infecção inicial,


caracteriza-se principalmente por lesões cutaneomucosas (tubérculos ou gomas),lesões
neurológicas (neurossífilis, demência), cardiovasculares (aneurisma
aórtico/insuficiência aórtica) e osteoarticulares (artropatia) (NOGUEIRA, 2014).

 Neurossífilis: meníngea – meningite sifilítica aguda; meningovascular – cerebral e


vascular; parenquimatosa – paralisia geral, tabes dorsalis, paresia tabética, atrofia
óptica; e gomatosa – cerebral e espinal (NOGUEIRA, 2014).

Os sinais e sintomas da sífilis congênita são: febre, anemia, retardo no


desenvolvimento, irritabilidade, lesões na pele e nas mucosas, hepatoesplenomegalia,
icterícia, ascite, glomerulonefrite, linfadenopatia, dactilite, e deformações ósseas variadas.
Essa doença pode resultar num aborto espontâneo ou natimorto (NOGUEIRA, 2014).

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CONCLUSÃO

Após um árduo estudo, podemos finalmente concluir que A sífilis é uma Infecção
Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria
Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios
(sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da
infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação
sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou
parto. A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como
também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto,
graves sequelas ao recém-nascido até mesmo óbito. O acompanhamento das gestantes e
parcerias sexuais durante o pré-natal é fundamental pois viabiliza o diagnóstico e tratamento
adequado, evitando assim a transmissão para o recém-nascido.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Liney Maria de. Guia Prático em Abordagem Sindrômica: Prática Baseada em
Evidência – Sífilis. 1ª ed. Cuiabá-Brasil: S.N., 2017.

AVELLEIRA, João Carlos Regazzi; BOTTINO, Giuliana. Sífilis. Diagnóstico, Tratamento e


Controle. Brasil: ABD, 2006, p. 111.

BRASIL, Ministério da Saúde. SÍFILIS – Estratégias para Diagnóstico no Brasil. 1ª ed.


Brasil: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, 2010.

BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 1ª ed. Brasília: Ministério da


Saúde, 2016.

BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 1ª ed. Brasília: Ministério da


Saúde, 2018.

CASTRO, Rita Maria Rodrigues Teixeira de. Contribuição Para o Estudo de Infecção por
Treponema Pallidum Subespécie Pallidum: Resposta Serológica, Diagnóstico Molecular e
Genotipagem. Lisboa: IHMT, 2004.

CAVALCANTE, Ana Egliny. Diagnóstico e Tratamento da Sífilis: Uma Investigação com


Mulheres Assistidas na Atenção Básica em Sobral, Ceará. Ceará-Brasil, 2013.

DORADO, J.S. Infecciones por treponemas. Sífilis. México: Medicine, 2014.

ERRANTE, P.R. (2016) Sífilis Congênita e Sífilis na Gestação, Revisão de Literatura.


Revista UNILUS Ensino e Pesquisa v. 13, n. 31, p. 120-126.

ECCLESTONE, Isabella Barbosa. Diretrizes de Atendimento de Sífilis em Adultos. Rio de


Janeiro: UFRJ, 2007.

GUIMARÃES, C.C. Sífilis em Gestantes: Prevenção e Tratamento. Revista Enfermagem e


Saúde Coletiva, São Paulo, v.2, n.3, p.71- 86, 2017.

LAFAIETE, Carolina. (2019). Sífilis – Sintomatologia e Prevenção: um desafio histórico e


contemporâneo. [Em linha]. Disponível em: https://pebmed.com.br/sifilis-sintomatologia-e-
prevencao-um-desafio-historico-e-contemporaneo/. Consultado em: [09/11/2022].

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