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Trabalho Sífilis
Trabalho Sífilis
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO
TRABALHO DE PATOLOGIA
TEMA: SIFILIS
GRUPO Nº05
CLASSE: 11ª
SALA Nº 09
TURMA: A
PERÍODO: MANHÃ
CURSO: FISIOTERAPIA
O DOCENTE
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EUCLIDES DO ROSÁRIO
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INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO
SIFILIS
Integrantes do grupo nº 5
1. Inês Muginga
2. Isabel Geoge
3. João Pedro
4. João Salvador
5. Júlio Kizenga
6. Leonardo Makuanda
7. Maria Ndombele
O Professor
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BENGO, 2024
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DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos nossos pais, professores, colegas e amigos pelo apoio que
têm nos dado durante o período da nossa formação.
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AGRADECIMENTOS
Desejamos registrar a nossa gratidão a todos que contribuíram com o seu estímulo,
amizade compreensão, ajudas e críticas construtivas para a realização deste trabalho.
Aos nossos pais por acreditarem no nosso sucesso profissional e que, com muito
carinho e apoio, não têm medido esforços para que nós tenhamos uma educação melhor.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
CONCLUSÃO........................................................................................................................... 9
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1. INTRODUÇÃO
A nível laboratorial, a sífilis pode ser diagnosticada com recurso à serologia, que
inclui testes treponêmicos e não treponêmicos, ou por métodos de detecção da bactéria, nos
quais se destacam as técnicas de amplificação génica e microscopia de campo escuro.
(CAVALCANTE, 2013).
Embora o tratamento com penicilina seja muito eficaz nas fases iniciais da doença,
métodos de prevenção devem ser implementados, pois adquirir sífilis expõe as pessoas a um
risco aumentado para outras DST, inclusive a SIDA (NOGUEIRA et al., 2014).
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2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
2.1 Conceito
2.2 Epidemiologia
Sífilis é uma doença universal que acomete todas as camadas da sociedade. O meio de
contaminação é restrito ao ser humano e são transmissíveis somente as manifestações da
sífilis primária e secundária. Sendo possível a reinfecção, uma vez que não confere
imunidade. Por ter atividade sexual com mais frequência, os jovens entre 15 e 25 anos são
especialmente os mais acometidos. Verifica-se que houve acréscimo de 68,2% em 2013, com
aumento de 55,7% nos casos entre os homens e 97,7% entre as mulheres, das notificações em
relação ao ano anterior. Observou-se, claramente, a maior ocorrência de sífilis entre os
homens, em todos os anos avaliados, apesar do aumento do diagnóstico em mulheres,
diferente do observado nos dados estaduais. O mais provável é que os estabelecimentos de
saúde estejam disponibilizando mais testes aos homens. Todavia, se considerarmos que as
mulheres costumam buscar mais os serviços de saúde que os homens, estes percentuais são
muito assustadores, pois é bem possível que estejam ainda subestimados (BRASIL, 2016).
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2.3 Agente etiológico
O Treponema pallidum foi descoberto por Fritz Richard Schaudinn e Paul Erich
Hoffman em 1905 (CASTRO, 2004).
O seu corpo está rodeado por uma membrana citoplasmática, por seu turno envolvida
numa membrana externa. Existe ainda uma fina camada de peptidoglicano entre estas duas
membranas, o que lhe permite encurtar o período de incubação. A virulência dos organismos
e o sistema imunitário do hospedeiro podem igualmente afectar o período de incubação
(ARAUJO, 2017).
A bactéria Treponema Pallidum tem uma alta mobilidade e possui alta aderência às
células hospedeiras. A capacidade quimiotáxica dessa bactéria é um importante fator que
contribui para a virulência desse microrganismo. Estudos da sua membrana externa revelam
um baixo número de proteínas integrais, deixando ao sistema imunitário poucos alvos para a
resposta imune (ARAUJO, 2017; LAFAIETE, 2019).
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O Treponema tem uma tremenda capacidade de invadir e fixar-se rapidamente nas
superfícies celulares e adentrar as junções endoteliais e os tecidos. Tem capacidades
biossintéticas muito limitadas e requer múltiplos nutrientes, não consegue sobreviver no
exterior do seu único reservatório natural, os humanos. É uma bactéria com pouca resistência
ao meio ambiente e pode ser facilmente destruída quando fora do organismo hospedeiro
(ARAUJO, 2017; LAFAIETE, 2019).
2.4 Transmissão
Na maioria dos casos, a infecção é adquirida por contacto directo com lesões de sífilis
primária ou secundária (ARAUJO, 2017).
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podendo transmiti-la a terceiros. Ela pode se classificar em primária, secundária, terciária e
latente (BRASIL, 2010).
Sua transmissão ocorre da mesma maneira que a sífilis adquirida, ou seja, por via
sexual. O agravante neste caso é a gestante ser acometida pela infecção, e a mesma não ser
tratada ou ser tratada de maneira inadequada, ocorrendo o risco de contaminação vertical. O
feto pode ser infectado por via transplacentária em qualquer fase da gestação ou pelo canal
vaginal durante o parto (SILVA, 2016; NASCIMENTO, 2018).
A sífilis congénita precoce inclui aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal que
ocorre em aproximadamente 40% dos conceptos infectados, a partir de mães não tratadas.
Cerca de 30% das crianças infectadas são assintomáticas ao nascimento, com surgimento dos
sintomas durante os primeiros três meses de vida. A infecção pode ser fulminante e
disseminada, e os sinais e sintomas mais comuns são febre, anemia, retardo no
desenvolvimento, irritabilidade, lesões mucocutâneas (rashmaculopapular no tronco, palmas
das mãos e plantas dos pés, condiloma lata e erupções bolhosas), rinite sero-sanguinolenta,
hepatoesplenomegalia, icterícia, ascite, glomerulonefrite, linfadenopatia, dactilite, e
pseudoparalisia devido à osteocondrite. Esta última pode ser generalizada e acompanhada de
pericondrite, afectando todos os ossos do esqueleto, mais acentuadamente no nariz e na tíbia.
Fazem parte do quadro sintomas oculares e neurológicos, hemólise e trombocitopenia. Dadas
às múltiplas apresentações da sífilis congénita, esta deve ser considerada no diagnóstico
diferencial de toda doença grave em recém-nascidos, mesmo que a mãe seja soronegativa no
momento do parto, uma vez que a infecção pode ter sido muito recente (NOGUEIRA, 2014).
A sífilis é uma doença de evolução lenta. Quando não tratada, alterna períodos
sintomáticos e assintomáticos, com características clínicas, imunológicas e histopatológicas
distintas, divididas em três fases: sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária (BRASIL,
2010).
Não havendo tratamento após a sífilis secundária, existem dois períodos de latência:
um recente, com menos de um ano, e outro de latência tardia, com mais de um ano de doença
(BRASIL, 2010).
Quando a sífilis não é tratada na fase primária, evolui para sífilis secundária, período
em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do corpo. Nesta fase, aparece como
manifestação clínica o exantema (erupção) cutâneo, rico em treponemas e se apresenta na
forma de máculas, pápulas ou de grandes placas eritematosas branco-acinzentadas
denominadas condiloma lata, que podem aparecer em regiões úmidas do corpo (BRASIL,
2010).
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2.6.3 Sífilis latente
A sífilis terciária pode levar dez, vinte ou mais anos para se manifestar. A sífilis
terciária se manifesta na forma de inflamação e destruição de tecidos e ossos. É caracterizada
por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas
mucosas, que também podem acometer qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto ósseo.
As manifestações mais graves incluem a sífilis cardiovascular e a neurossífilis (BRASIL,
2010; GUIMARÃES, 2017).
Cancro duro: lesão genital ulcerada ou rosada, geralmente única, que aparece em 10 a
90dias (média de 21 dias) após o contágio;
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Fase latente: sem sinais e sintomas clínicos (NOGUEIRA, 2014).
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CONCLUSÃO
Após um árduo estudo, podemos finalmente concluir que A sífilis é uma Infecção
Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria
Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios
(sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da
infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação
sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou
parto. A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como
também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto,
graves sequelas ao recém-nascido até mesmo óbito. O acompanhamento das gestantes e
parcerias sexuais durante o pré-natal é fundamental pois viabiliza o diagnóstico e tratamento
adequado, evitando assim a transmissão para o recém-nascido.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, Liney Maria de. Guia Prático em Abordagem Sindrômica: Prática Baseada em
Evidência – Sífilis. 1ª ed. Cuiabá-Brasil: S.N., 2017.
CASTRO, Rita Maria Rodrigues Teixeira de. Contribuição Para o Estudo de Infecção por
Treponema Pallidum Subespécie Pallidum: Resposta Serológica, Diagnóstico Molecular e
Genotipagem. Lisboa: IHMT, 2004.
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