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OLAVO PRÉ-VESTIBULAR

Uso de outros
produtos de tabaco
entre adolescentes
no Brasil
ATUALIDADES 2022
Sobre o Vape

Um pequeno dispositivo surgiu como uma opção


supostamente menos prejudicial à saúde do que o
cigarro convencional - ou até mesmo uma forma de
ajudar a parar de fumar. Com esse discurso
enganoso, que se mantém até hoje, o cigarro
eletrônico virou sensação nos últimos anos e é usado
livremente em bares, festas e até escolas.
O cigarro eletrônico é constituído por um atomizador (aquece
o líquido e gera o vapor), um reservatório (que contém o
líquido), uma bateria, um interruptor e um sensor que detecta a
sucção. Permite simular o ato de fumar um cigarro
convencional, mas ao contrário deste, no qual a folha do
tabaco é queimada, no cigarro eletrônico, uma solução líquida
é vaporizada para ser inalada.
A maior parte dos líquidos à venda são compostos por nicotina
(existem também e-líquidos sem nicotina), propileno glicol
(glicerol) e aromas (há quase 7000 variações de sabores
disponíveis). Porém, uma grande variedade de outras
substâncias já foi identificada, tais como estanho, chumbo,
níquel, crômio, nitrosaminas e compostos fenólicos, alguns
destes com potencial carcinogênico (gerador de câncer).
Aquecido ao máximo e aspirado profundamente, o vapor
com nicotina dos cigarros eletrônicos pode produzir
formaldeído, substância que os torna de cinco a 15 vezes
mais cancerígenos do que os cigarros comuns. Cada
cartucho com o líquido pode gerar de 10 a 250 jatos que
equivale a 5 ate 30 cigarros. Os e-cigarros de 3 ª geração são
capazes de liberar doses maiores de nicotina, aumentando o
risco da dependência. A maioria dos sistemas eletrônicos de
liberação de nicotina imita as formas tradicionais de
utilização do tabaco (cigarro,charuto,cachimbo e menos
frequentemente tem a forma de um objeto de uso diário
como caneta e pen drive). Os produtos de cigarro eletrônico
comercializados para crianças são pequenos e, muitas
vezes, disfarçados como uma caneta ou USB.
Já o Narguilé
Não está ligado com o simples ato de fumar. Ela
é bastante usada no Norte da África, Oriente
Médio e Sul da Ásia, em situações especiais,
datas comemorativas, além de ter um
significado sagrado. Há relatos de que o
cachimbo foi usado na Pérsia e na
Mesopotâmia, feitos com madeira e coco.
Segundo a
Organização Mundial
da Saúde (OMS)
Uma sessão dura, em média, de 20 a 80 minutos,
o que corresponde à exposição a todos os
componentes tóxicos presentes na fumaça de
100 cigarros.A nicotina nos produtos de narguilé
é responsável por seu potencial de
dependência. Além da nicotina, as mesmas
4.700 substâncias tóxicas do cigarro
convencional estão presentes no narguilé, mas
análises comprovaram que a fumaça contém
quantidades superiores de itens como nicotina,
monóxido de carbono e metais pesados..
Sobre as
normativas no
Brasil
Anvisa CFM
No Brasil, em 2009, a Agência Nacional de O Conselho Federal de Medicina (CFM) defendeu,
Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a nesta segunda-feira (2), a proibição do cigarro
importação, comercialização e propaganda eletrônico no Brasil. Após análise das evidências
dos dispositivos eletrônicos para fumar, que disponíveis, a entidade pontua que a
além dos cigarros incluem os produtos de comercialização, a importação e a propaganda dos
tabaco aquecido. vapes não devem ser autorizadas
Alguns dados
sobre o uso entre
os jovens
Pesquisa da UFMG em parceria com
Ministério da Saúde e IBGE de 2022

Entre adolescentes de
13 a 17 anos

Idade escolar
elevadas prevalências de experimentação de
narguilé e cigarro eletrônico
Dos resultados

22,6% já experimentaram cigarro alguma


vez

porcentagem mais elevada entre o


público de 16 e 17 anos de idade, 32,6%.

no sexo masculino, 35%


A experimentação de narguilé,
cigarro eletrônico e outros produtos
do tabaco também se mostra elevada,
com 26,9%, 16,8% e 9,3%,
respectivamente, sendo mais alta
entre os escolares do sexo masculino
de 16 e 17 anos.
Alguns outros dados
importantes

A experimentação do cigarro A prevalência de Em relação ao cigarro


antes dos 13 anos de idade experimentação de narguilé eletrônico, 16,8% dos
foi de 11,1%. No que se refere no Brasil foi de 26,9% adolescentes do Brasil
à convivência com pessoas experimentaram essa
que fumam, 24,3% relataram substância alguma vez na
que pelo menos um dos pais vida.
fuma.
Dos prejuízos à saúde

Apesar de o aerossol não possuiresubstâncias


tóxicas como o alcatrão e o monóxido de carbono e
apresentar quantidades inferiores de outras
substâncias como os formaldeídos, toluenos,
acetaldeídos e a nitrosamina, o cigarro eletrônico
contém uma substância não presente no cigarro
convencional, o propileno glicol, cujos efeitos não
são totalmente conhecidos,os e-cigarros não são
isentos de danos à saúde.
Estudos recentes têm revelado que os
constituintes do aerossol (ex. glicerol,
nicotina, aromas (diacetil) podem produzir
efeitos tóxicos no pulmão. As suas partículas
ultrafinas atingem as vias aéreas mais distais e
os alvéolos.

Entre os adolescentes, demonstra-se uma


associação entre o consumo de cigarro
eletrônico e o aumento da prevalência de
bronquite e asma, cujos sintomas são
responsáveis pela diminuição da qualidade
de vida e gastos com a saúde.
Um estudo 01 Cefaleia Leve

demostrou que 02 Irritação da boca e garganta


após 2 horas e 30
minutos de uso: 03 Salivação e sudorese(suor)

Não se sabe também se a 04 Fraqueza


fumaça liberada por esses
aparelhos é segura para quem
está ao redor dos usuários. 05 Palpitações

06 Náuseas e Vômito

07 Diarréia
Sobre a Dependência...
A substância presente no cigarro comum que gera a
dependência orgânica é a nicotina, que pode ou não estar
presente no líquido vaporizado pelo cigarro eletrônico.
Portanto, a dependência orgânica sim pode acontecer
quando o e-cig é utilizado com nicotina.
Por outro lado, sabe-se que a dependência do cigarro
também está fortemente vinculada ao hábito de fumar e ao
contexto em que ele é utilizado, independentemente da
nicotina.
Enfim, o cigarro eletrônico com nicotina tem sim potencial
para gerar dependência física, enquanto o utilizado sem
nicotina tem mais chance de ter um uso frequente pela
formação de um hábito do que pelo potencial aditivo da
substância inalada em si.
Para pensar...
Quais motivos estão levando o uso desses
dispositivos por jovens, já que o cigarro em si
não é mais uma realidade vigente entre eles?

Como as instituições podem intervir? A


proibição da venda é a solução ou seria
melhor pensar numa alta taxação de impostos
sobre os produtos?

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