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TRABALHO DE CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

Discente: Dandara Fortunato da Silva


Turma: 7° período noturno

1. Qual a diferença entre Autocomposição e Heterocomposição?


Na autocomposição nós temos as partes conseguindo chegar a um acordo
sozinhas, na heterocomposição nós temos a ação direta de terceiros que ajudam as partes
a chegarem em um acordo (poder judiciário ou outros).

2. Existe diferença entre Conciliação e Mediação?


Sim, existe. Na conciliação nós temos uma figura mais ativa, onde o conciliador
aborda de maneira mais direta o problema, vale esclarecer que o conciliador em sua
maioria não tem um vínculo anterior. EX: Consumidor X vendedor.
Na mediação nós temos o mediador que apresenta as vantagens de se fazer um
acordo e há um vínculo anterior nas relações. EX: Pais X filhos.

3. Como o CPC promove a Conciliação e Mediação? (qual previsão do código)


O CPC promove a conciliação e mediação através de diversos dispositivos legais.
Artigo 3º, § 3º: Estabelece que "a conciliação, a mediação e outros métodos de
solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados,
defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo
judicial."
Artigo 165: Dispõe que o juiz deve incentivar as partes a buscarem a solução
consensual dos conflitos e, sempre que possível, promover a autocomposição.
Artigo 334: Estabelece a realização de audiência de conciliação ou mediação antes
da apresentação da contestação pelo réu, a menos que ambos os litigantes manifestem
expressamente o contrário.

4. Quais as formas consensuais de solução de conflitos?


Negociação, mediação, conciliação, arbitragem e constelação familiar.
5. Qual o procedimento básico para a realização ou dispensa da audiência do artigo 334,
do CPC?
O procedimento básico para a realização ou dispensa da audiência de conciliação
e mediação, é o seguinte:

Petição inicial Citação

Despacho Audiência
de citação 30 dias
334/CPC

a. Designação da Audiência: Após a petição inicial, o juiz designará, nos casos em


que entender cabível, audiência de conciliação ou mediação, que deve ocorrer
dentro do prazo de 30 dias.
b. Intimação das Partes: As partes serão intimadas para comparecerem à audiência.
c. Manifestação Expressa de Desinteresse: Caso ambas as partes manifestem
expressamente, por petição, seu desinteresse na realização da audiência de
conciliação ou mediação, o juiz poderá dispensar a audiência de conciliação.
d. Realização da Audiência: Na data as partes e seus advogados comparecem à
audiência perante o conciliador ou mediador designado pelo juiz, onde buscarão
resolver o conflito por meio da autocomposição.
e. Registro do Comparecimento: Se as partes comparecerem à audiência, mas não
houver acordo, o conciliador ou mediador deverá registrar esse fato nos autos.
f. Homologação do Acordo: Caso as partes cheguem a um acordo durante a
audiência, este será reduzido a termo e homologado pelo juiz.
O procedimento básico envolve a designação da audiência pelo juiz, a intimação
das partes, a possibilidade de dispensa da audiência mediante manifestação expressa das
partes, a realização da audiência com a tentativa de conciliação ou mediação e a
homologação do acordo, se tiver.

6. Existe diferença entre a conciliação e mediação? O CPC faz essa diferenciação?


Sim, existem diferenças entre conciliação e mediação, e o CPC faz essa distinção.
Na conciliação um terceiro imparcial auxilia as partes envolvidas a chegarem a
um acordo. O conciliador pode sugerir soluções para o conflito e propor acordos, mas não
tem poder decisório.
Na mediação o terceiro atua como facilitador do diálogo entre as partes,
auxiliando na identificação dos interesses e na busca de soluções para o conflito. O
mediador não sugere soluções nem propõe acordos, seu papel é apenas facilitar a
comunicação e o entendimento entre as partes.

7. Nos termos do CPC, como os Tribunais podem incentivar as formas de conciliação e


mediação?
Os tribunais podem incentivar as formas de conciliação e mediação através dos
CEJUSCs (unidades destinadas à realização de sessões de conciliação e mediação), na
designação de conciliadores e mediadores capacitados para atuar nas sessões de
conciliação e mediação nos CEJUSCs e nos próprios processos judiciais, as intimações
para audiências de conciliação e mediação e essas audiências têm caráter obrigatório, ou
seja, o não comparecimento injustificado pode acarretar multas.

8. Nos termos da Lei de Mediação, lei 13.140/2015, quais os tipos de mediadores, e quais
requisitos são exigidos para alguém atuar na mediação?
Mediador Judicial: aquele designado pelo tribunal para atuar em processos judiciais que
envolvam questões passíveis de resolução por meio da mediação.
Mediador Extrajudicial: aquele que atua em mediações realizadas fora do âmbito judicial,
ou seja, em contextos extrajudiciais, como em empresas, escolas, comunidades, entre
outros.
No artigo 11 da lei, temos os requisitos para ser um mediador judicial, que são:
- Capacidade civil: o mediador judicial deverá ser maior de 18 anos e não possuir de
nenhuma das situações previstas nos artigos 4º do Código Civil.
- Escolaridade: para atuar como mediador judicial a pessoa deve ter diploma de curso
superior a pelo menos 2 anos, em instituição reconhecida pelo MEC.
- Capacitação: é preciso capacitação técnica própria, em escola ou instituição destinada à
formação de mediadores, e que tenha reconhecimento da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM).
- Necessidade de cadastro: para ser um mediador judicial, é preciso estar cadastrado no
Cadastro Nacional de Mediadores e Conciliadores Judiciais.
No artigo 9 da lei de mediação vemos como os requisitos são mais tranquilos para ser
mediador extrajudicial:
Art. 9º Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a
confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de
integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-
se.

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