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CASO 1

Recém-nascido de parto cesariana, prematuro de baixa idade gestacional (26 semanas),


com peso de nascimento de 985 gramas, APGAR no primeiro minuto de vida de 7 e no
quinto minuto de 8. Na sala de parto, já apresentava respiração rápida, difícil e ruidosa,
além de retração supra e subesternal e batimento das aletas nasais. Foi levado ao
compartimento pediátrico, onde foi iniciada a ventilação mecânica com pressão
positiva. Cerca de duas horas pós-parto, apresentou progressão das atelectasias e da
insuficiência respiratória, evoluindo com cianose, letargia, respiração irregular e apneia.
Foi necessária a intubação orotraqueal e a criança foi encaminhada à UTI neonatal de
um hospital do Sul do Rio de Janeiro.

Ao exame físico, já na UTI, apresentava sons pulmonares diminuídos e pulsos


periféricos fracos, com edema das extremidades periféricas e oligúria. Frequência
respiratória de 72 irpm, com frequência cardíaca de 149 bpm. Ausculta cardíaca normal.
Foi realizada radiografia de tórax e gasometria arterial, a saber: PaO2 41 mmHg,
PaCO2 64 mmHg e SatO2 78%.

A equipe da unidade de terapia intensiva neonatal do hospital abordou as hipóteses


diagnósticas de Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido (SDR), além
de pneumonia inicial por estreptococo do grupo B e sepse. Devido à anamnese, ao
quadro clínico e aos achados dos exames de radiografia e de gasometria, o RN foi
diagnosticado com SDR.

Lactente foi intubado, submetido à ventilação mecânica. Além disso, foram


administradas 3 doses de surfactante pulmonar intratraqueal Beractanto a cada 6 horas.

Paciente continuou em acompanhamento contínuo da equipe médica hospitalar e


apresentou melhoras significativas na gasometria e no raio X de tórax. Após 32 dias de
internação, o lactente apresentava-se eupneico, normotenso, com peso adequado para
idade e, então, recebeu alta, mantendo acompanhamento pediátrico adequado.
CASO 2
Gestante de 38 anos, em acompanhamento pré-natal para gravidez gemelar, apresentou
hipertensão arterial na gestação a partir das 24 semanas e disúria dois dias antes do
início do trabalho de parto. Chegou à maternidade referindo dor em baixo ventre e perda
de líquido. Após exames, constatada ruptura de membrana amniótica, sendo
hospitalizada e prescritos corticoide, antibiótico e anti-hipertensivo endovenosos. Após
2 horas, encaminhada ao centro cirúrgico.

Recém-nascido de parto cesariana, prematuro de 28 semanas de idade gestacional, peso


de nascimento de 865 gramas, Apgar 6/8, líquido amniótico claro e bolsa rota no ato. Na
sala de parto, já apresentava desconforto respiratório com cianose central, necessitando
de ventilação com pressão positiva utilizando bolsa-valva-máscara e oxigênio inalatório.
Foi necessária intubação orotraqueal ainda na sala de parto e encaminhado à UTI
neonatal.

Na admissão, apresentava-se com desconforto respiratório grave e radiografia de tórax


evidenciava hipotransparência difusa bilateral. No exame físico, entrada de ar diminuída
bilateralmente. Frequência respiratória de 78 irpm, retrações subcostais e de fúrcula
esternal presente. Frequência cardíaca de 158 bpm e ausculta cardíaca normal.

Colocado em incubadora aquecida e umidificada, acoplado a ventilação mecânica com


fração inspirada de oxigênio de 70% para manter saturação de hemoglobina de 90%,
pressão inspiratória de 23 cmH2O, pressão expiratória de 5 cmH 2O frequência de 50
irpm; realizado cateterismo umbilical arterial e venoso e medidas de suporte
hemodinâmico. Permaneceu com desconforto respiratório e necessidades de oxigênio
inalatório sob forma de CPAP nasal até 65 dias e após sob forma de cateter nasolabial.

O acompanhamento neurológico e oftalmológico evidenciou retinopatia da


prematuridade e encefalopatia hipóxico-isquêmica moderada.
CASO 3
Lactente do sexo feminino, nascida com a idade gestacional (IG) de 26 semanas e três
dias, APGAR cinco no primeiro minuto e cinco no quinto minuto de vida, peso de
nascimento de 990 gramas e estatura de 33 centímetros. Foi considerada RNPT extrema
de muito baixo peso e pequena para IG. Teve diagnósticos médicos de síndrome da
angústia respiratória do RN, sepse neonatal precoce presumida e icterícia neonatal
associadas ao parto prematuro. Foi admitida na UTIN no dia do nascimento
(04/10/2019) e recebeu alta em 15/12/2019, ficou internada por 73 dias de idade,
equivalente a 1735 horas. Ao nascer foi reanimada, entubada, vacinada e teve a rede
venosa puncionada. Mãe primípara esteve em acompanhamento pré-natal com quadro
de infecção do trato urinário, sem tratamento. Verificou-se 12 procedimentos invasivos
nos registros de enfermagem, os cinco mais frequentes durante o tempo de internação
foram: aspiração de vias aéreas; punção capilar; punção arterial e punção venosa
periférica. A média diária desses procedimentos foi de cinco por dia. Por meio do
aprazamento da prescrição médica e da evolução/anotação de enfermagem, foi possível
identificar o uso das terapias de analgesia farmacológicas e não farmacológicas durante
os procedimentos invasivos. Dos 368 procedimentos registrados, 64% foram realizados
com o uso de analgesia e 36% sem medidas analgésicas.
Os fármacos mais utilizados para analgesia e sedação foram: dipirona, fentanil e
midazolan, que foram administrados por 1061 horas do tempo de internação, com doses
contínuas e/ou intermitentes de acordo com a prescrição médica, sobretudo na Intubação
Oro Traqueal (IOT). A glicose 25% foi aplicada uma vez via oral.
As terapias não farmacológicas foram pouco observadas nas anotações de enfermagem.
Das 1735 horas de internação, identificou-se o uso de apenas 249 horas de aplicação das
medidas não farmacológicas (acalento, colo, amamentação/leite humano ordenhado,
posição canguru, sucção não nutritiva – SNN e dobra facilitada – contenção dos
membros junto ao tronco, com flexão dos membros inferiores) durante a hospitalização.
Nos 48 dias em que o bebê esteve intubado os procedimentos invasivos e dolorosos
foram mais frequentes quando comparados aos dias em que não estava entubado.
CASO 4
Paciente do sexo feminino - Cesariana realizada com 28 semanas de gestação - Peso =
1,028kg - Apgar escore 2 no primeiro minuto, subiu para 6 no quinto minuto de vida; -
Seguiu para entubação, com dose inicial de surfactante e ventilação mêcanica - presença
de síndrome respiratória aguda
2º dia: - Ecocardiograma demonstrava Persistência do Canal Arterial (PCA)
hemodinamicamente significativa - Tratamento foi iniciado com dose inicial de 0,2 mg /
kg de indometacina intravenosa, seguida de duas doses de 0,1 mg / kg em intervalo de
24 horas.
3º dia: - Após extubação, paciente apresentava quadro de apneia.
Após identificação da apneia, Iniciou-se a terapia com cafeina: - 1ª dose em bolus -
20mg/kg - Doses de manutenção: 5 mg/kg ao dia - 8º dia, a dose de cafeína foi
aumentada para 9 mg / kg devido à apneia recorrente. Porém, ela desenvolveu
taquicardia (frequência cardíaca, 180 batimentos por minuto), e houve redução na dose
de cafeína . - 12º dia: 7 mg / kg Sua apnéia foi bem controlada depois disso e a terapia
com cafeína foi continuada com 7 mg / kg.

17º dia: Seus níveis de creatinina quinase (CK) sérica aumentaram de 83 U / L (no Dia
6) para 659 U / L. 18º dia: concentração de mioglobina na urina aumentou para 81,1 ng /
mL, enquanto a concentração sérica de cafeína era de 32,59 mcg / mL (Figura 1). Sem
histórico de hipóxia, hipotireoidismo, infecção ou infarto, qualquer um dos quais
poderia ter aumentado os níveis séricos de CK. Além disso, ela não apresentava
sintomas ou história familiar de miopatia.
CASO 5
Prematuro com idade gestacional de 28 semanas, peso de nascimento de 800 g, nasceu
por parto cesárea indicado por iminência de eclâmpsia, com bolsa rota no ato e sem
risco infeccioso; motivando o internamento do recém-nascido na Unidade de
Neonatologia do Hospital de Santa Maria. Com uma hora de vida, o recém-nascido
encontra-se em ventilação não invasiva com fração inspiratória de oxigênio de 50%,
com boletim de Silverman-Anderson de 4 pontos e gasometria com os seguintes
valores: pH 7,16, pCO2 58, pO2 68, bicarbonato 19, BE - 4 e SatO2 91%. A radiografia
de tórax indicou presença de infiltrado bilateral em “vidro moído”, borrando toda a
silhueta cardíaca.

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