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Checklist: Manejo de ferimentos corto contusos

Cortante = linear, bem delimitado

Contuso = estrelado

Corto contuso = ambos

 Apresentação (se identificar, cumprimentar)


 Entendendo o caso (sexo, idade pct, comorbidades, mecanismo e tempo do trauma)
Não pode suturar se t ferimento > 6 h! fecha por 2ª intenção
Mordedura fecha por 2ª intenção! Se área nobre sutura e reconstrói após 72h.
 Explicar procedimento ao paciente e as possíveis complicações
 Lavagem de mãos + paramentação (luvas estéreis, óculos de proteção, touca e
máscara)
 Solicitar material
Escolha do fio correto (monofilamentar, inabsorvível) ex. Nylon
Quanto maior o número do fio, mais fino ele é
A tensão influencia mais no resultado estético do que o tipo de fio
 Remover sujidades
Terra: escovação
Metal, vidro ou madeira: remover com pinça
 Lavagem externa
Assepsia: água + sabão
Antissepsia: clorexidina alcoólica (aquosa se mucosa) da ferida para fora
 Colocação de campo estéril
 Anestesia local
Lidocaína
*Dose máx 5 ml/kg (7 ml/kg com vasoconstritor) -> se intoxicar: suspender
medicamento + O2 100%
Aplicar na borda externa da ferida (agulha no vértice, aspira, injeta na volta sem tirar...
botão anestésico), vai para o outro vértice e por último o meio da ferida por fora!
 Limpeza interna/exploração da ferida
Bucha + sabão
 Técnica = sutura com pontos separados (simples ou Donatti)
Dicas
Nós firmes, distância entre pontos satisfatória, deixar todos do mesmo lado
Agulha: pegar entre 2º e 3º terços distais, entrar a 90º da pele, obrigatório a
apresentação do tecido com a pinça
Sempre passar pelas duas bordas separadamente e nunca de uma vez!
O 1º nó não pode ser frouxo
Nó, semi nó, contra nó
Alternar sentido
 Curativo simples
 Checagens

Clínica: pontos simétricos, bordas evertidas, ausência de espaço morto, ausência de corpos
estranhos e tecidos desvitalizados

Radiológica: falar que não tem

JULIA KELMAN - TXI


Fixação: checar curativo

 Orientações

Lavar a ferida com água + sabão diariamente;

Manter seca e limpa;

ATB s/n;

Atentar para sinais inflamatórios e infecciosos: vermelhidão local, saída de secreção


purulenta, odor fétido, retorno da dor mesmo com analgesia;

Analgesia;

Retorno em 7 dias para retirada dos pontos;

Afastamento do trabalho para melhor cicatrização e preenchimento da CAT s/n;

Atualizar situação vacinal para tétano, raiva.

*Tétano

MS 3 doses 1º ano de vida, reforço 15m e 4 anos de idade

A partir daí, reforço a cada 10 anos da última dose.

Ferimento grave ou gestação: antecipar a dose de reforço caso a última tenha sido há mais
de 5 anos.

Não vacinados, vacinação incerta, última dose > 10 anos: soro antitetânico o mais rápido
possível IM ou IV + ATB

**Raiva

Acidentes leves: ferimentos únicos ou superficiais

Acidentes graves: mãos/pés/face, ferimentos múltiplos, profundos, lambedura de mucosa


ou ferimento.

Protocolo

I. Cães e gatos
a) Animal passível de observação: cd passiva 10 dias

Animal vivo ou saudável? Encerra o caso

Animal morto, desaparecido ou doente? Leve 4 vacinas, grave 4 vacinas + 1 soro

b) Animal não observável ou suspeita de raiva: agir imediatamente

Leve: 4 vacinas

Grave: 4 vacinas + 1 soro

II. Animais de interesse econômico (bovinos, suínos, equinos, ovinos): agir imediatamente

Leve: 4 vacinas

Grave: 4 vacinas + 1 soro

JULIA KELMAN - TXI


III. Animais silvestres (morcegos e mamíferos): todos os acidentes são graves

4 vacinas + 1 soro

 Alternativas

Geralmente o examinador faz uma pergunta

Ex. Qual outro ponto poderia ser feito?

JULIA KELMAN - TXI

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