Dr.

Luiz Antônio Abade Gomes

Advocacia & Consultoria

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DO JUIZADO

ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTANA DO
IPANEMA - AL.

CÍCERO FRANCISCO REIS DE OLIVEIRA, brasileiro, casado, agricultor,

portador do RG nº 454.993 SSP/AL e do CPF nº 347.738.864-04, residente e
domiciliado no Povoado Campinhos, s/nº, Zona Rural, CEP: 57.580-000, Major
Izidoro (AL), através de seus advogados legalmente constituídos conforme
procuraçã o anexa, com endereço profissional no rodapé desta pá gina, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, e com fulcro no art. 201, §7°, II, da
Constituiçã o Federal, nos arts. 48 e seguintes da Lei n° 8.213/91, bem como nos
arts. 51 e seguintes do Decreto n° 3.048/99, propor

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA A CONCESSÃO DE APOSENTADORIA

POR IDADE AO SEGURADO ESPECIAL

em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal com sede
na Rua José Leite Bezerra, s/n, Santa Edwiges, Arapiraca-AL, pelos motivos de fato
e de direito a seguir delineados:

Dos Benefícios da Justiça Gratuita

Em princípio, o autor vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência

requerer os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA (Lei nº. 1.060/50), tendo em vista
ser POBRE NA FORMA DA LEI (Art. 2°, pará grafo ú nico), isentando-a, assim, do
pagamento de eventuais despesas processuais, tais como verbas de sucumbência e
recolhimento de preparo, conforme preceitua a citada lei.

Dr. Luiz Antônio Abade Gomes – OAB/AL 2.293 - Dra. Elisângela Nunes Silva – OAB/AL 10.308
Praça José Pereira Leã o, nº 240 – (Praça dos Curis) – Centro – Arapiraca/AL. CEP: 57.300-140
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I – DOS FATOS.

1.1. O Autor é trabalhador rural e, desde a tenra idade exerce este

ofício, quando, entã o, ajudava os pais na agricultura.

1.2. No ano de 1998, a autor, passou a trabalhar no lote agrícola situado

no povoado Campinhos, Município de Major Izidoro/AL, conforme documentos em
anexo.

1.3. Desde entã o o Autor continuou tocando a lida da roça com a ajuda
dos filhos até os dias atuais.

1.4. É importante afirmar que o autor já conta com 61 (sessenta e um

anos) anos de idade e, ainda assim, trabalha na roça, mantendo o trabalho rural em
regime de economia familiar. E isso nã o é tudo, com a idade os problemas de saú de
estã o aparecendo.

1.5. Assim, tendo em vista sua condiçã o de segurado especial, o

requerente, em 04/02/2020, ingressou com pedido administrativo junto ao INSS
(NB 172.390.126-9), ora réu, pleiteando a aposentadoria por idade, o qual foi
indeferido sob a alegaçã o de nã o comprovaçã o do efetivo exercício da atividade
rural.

1.6. Insatisfeito com o indeferimento do pedido de concessã o do

benefício a que tem direito, o autor viu-se obrigado a procurar o amparo da justiça
com a propositura da presente açã o.

II – DO DIREITO.

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2.1. A Constituiçã o Federal garante, em seu art. 201, §7°, a

aposentadoria por idade no Regime Geral da Previdência Social, assegurando este
direito aos trabalhadores urbanos e rurais. Além da previsã o constitucional, o
Decreto n° 3.048/99 dispõ e, no art.51, que:

Pará grafo ú nico. A comprovaçã o do efetivo exercício de

atividade rural será feita em relaçã o aos meses
imediatamente anteriores ao requerimento do
benefício, mesmo que de forma descontínua, durante
período igual ao da carência exigida para a concessã o
do benefício, observado o disposto no art. 182.

2.2. O autor exerceu a atividade agrícola durante toda a sua vida,

mesmo depois do falecimento do seu companheiro, esta continuou a trabalhar na
roça e comprovou perante o INSS o efetivo exercício de suas atividades rurais no
período de carência exigido através de prova documental inclusa no processo
administrativo.

2.3. Logo, encontram-se presentes todos os requisitos legais bá sicos

para a concessã o da aposentadoria por idade ao rurícola, ou seja, a idade mínima
de 55 anos para a mulher e o exercício das atividades rurais no período de carência
exigido.

2.4. Este período de carência restou devidamente comprovado por toda

a documentaçã o que consta em anexo, como as certidõ es de nascimento dos filhos,
certidã o de ó bito do companheiro, contratos de comodato rural, documentos da
terra.

2.5. Por fim, é imprescindível afirmar que a requerente apresenta o

semblante de verdadeira trabalhadora rural, a qual conta predominantemente com
a força física para desenvolver satisfatoriamente seu trabalho e prover o sustento
de sua família, submetendo-se, rotineiramente, aos rigores do clima da regiã o
Nordeste.

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2.6. E, ante a vasta documentaçã o apresentada, resta suficientemente

comprovada a condiçã o de segurada especial da mesma, bem como o
adimplemento do período de carência legalmente exigido. Tais afirmaçõ es serã o
ratificadas pela oitiva de testemunhas a serem arroladas oportunamente,
demonstrando que a requerente se encontra em total consonâ ncia com as
exigências da legislaçã o vigente para a concessã o do benefício pleiteado.

III – DO PEDIDO.

3.1. Ante o exposto, requer a autora:

a) a concessã o dos benefícios da Justiça Gratuita, ficando isenta do

pagamento de quaisquer custas e despesas do processo, como preceitua a Lei n°
1.060/50;

b) a citaçã o da autarquia ré para, querendo, apresentar contestaçã o no

prazo legal;

c) a PROCEDÊ NCIA do pedido, condenando o réu a implantar o

benefício de aposentadoria por idade em favor da autora, consistente numa renda
mensal correspondente a 01(um) salá rio mínimo;

d) a condenaçã o do réu ao pagamento de todas as parcelas vencidas

desde a data do requerimento administrativo (31/01/2017), acrescidas de juros
morató rios e correçã o monetá ria permitidos por lei, conforme planilha anexa;

e) a condenaçã o do réu em custas e honorá rios advocatícios, em caso

de recurso.

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3.2. Protesta, e desde já requer, provar o alegado por todos os meios de

prova em direito admitidos, em especial a documental e a testemunhal.

3.3. Dá à causa o valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais).

3.4. No mais, declara a autenticidade dos documentos que

embasam essa exordial, nos termos do art. 365, IV, do CPC.

3.5. Por fim, informa que renuncia à parcela de crédito que sobejar
os limites de competência deste Juizado Especial Federal, conforme art. 17, §
4º, da Lei nº 10.259/2001.

Termos em que pede deferimento.

Arapiraca/AL, 30 de Novembro de 2017.

Luiz Antônio Abade Gomes

OAB/AL n° 2.293.

Elisângela Nunes Silva

OAB/AL n° 10.308.

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